Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos Gabriele Pereira Marcos Oliveira

46
Propranolol oral para Retinopatia da Prematuridade: Riscos, segurança e as perspectivas Oral Propranolol for Retinopathy of Prematurity: Risks, Safety Concerns, and Perspectives Filippi, et. al (Itália) (Publicação online:J Pediatr. 2013 Sep 18) Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos Gabriele Pereira Marcos Oliveira Henrique Yuji Coordenação: Paulo R. Margotto www.paulomargotto.com.br Brasília, 5 de outubro de 2013.

description

Propranolol oral para Retinopatia da Prematuridade: Riscos, segurança e as perspectivas Oral Propranolol for Retinopathy of Prematurity: Risks, Safety Concerns, and Perspectives Filippi, et. al (Itália) J Pediatr. 2013 Dec;163(6):1570-1577 ). Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB - PowerPoint PPT Presentation

Transcript of Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos Gabriele Pereira Marcos Oliveira

Page 1: Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos  Gabriele Pereira Marcos Oliveira

Propranolol oral para Retinopatia da Prematuridade: Riscos, segurança e as perspectivas

Oral Propranolol for Retinopathy of Prematurity: Risks, Safety Concerns,

and PerspectivesFilippi, et. al (Itália)

(Publicação online:J Pediatr. 2013 Sep 18)Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB

Pedro dos Santos Gabriele PereiraMarcos OliveiraHenrique Yuji

Coordenação: Paulo R. Margottowww.paulomargotto.com.br

Brasília, 5 de outubro de 2013.

Page 2: Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos  Gabriele Pereira Marcos Oliveira

OBJETIVO

Avaliar a segurança e a eficácia da administração oral propranolol em recém-nascidos pré-termos afetados por

uma fase precoce da retinopatia da prematuridade

Page 3: Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos  Gabriele Pereira Marcos Oliveira

Introdução• Retinopatia da prematuridade (ROP) continua a ser a

principal causa de cegueira e deficiência visual em crianças nos países em desenvolvimento e industrializados (1).

• A incidência da doença está intimamente relacionada:– ao peso de nascimento e idade gestacional (IG):

• ROP é mais grave e mais freqüente em – prematuros extremos– recém-nascidos com muito baixo peso ao nascer

(2)

Page 4: Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos  Gabriele Pereira Marcos Oliveira

Introdução• A patogênese da ROP:

– Hipóxia induz up-regulation do fator de crescimento do endotélio (VEGF) e a da neovascularização retiniana(3);

– A medida que se foi conhecendo a fisiopatologia , tornaram as terapias mais seletivas para os componentes da cascata de angiogênese.

• Evidências e experimentos em relação a influência do sistema β-adrenérgico (β-AR) sobre a ROP– Menor incidência em crianças afro-descendentes (possível relação com

maior polimorfismo do receptor)(4,2,5).– O polimorfismo da Proteína-G-acoplado ao receptor kinase (isto é, GRK5-

L41) facilita a fosforilação do β-AR, recrutamento do β-arestin e consequentemente, disensibilização durante o excesso de catecolamina, tornando esta população geneticamente β-bloqueada(6)

– Além disto, o bloqueio do β-AR com propranolol, um não seletivo bloqueador β1-AR e β2-AR (7), induziu involução no hemangioma infantil (8), o tumor mais comum na infância associado a ROP (9), sugerindo que os bloqueadores β-AR podem ser efetivos na ROP;

– Em estudo com ratos observaram(10,11):• O estímulo hipóxico levou ao aumento da norepinefrina retiniana • Os receptores β-AR regularam a produção do VEGF e a neovascularização retiniana• Redução significante da neovascularização com administração tópica de

propranolol (15), sugerindo que o uso terapêutico de bloqueadores β-AR pode neutralizar a neovascularização na ROP

Page 5: Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos  Gabriele Pereira Marcos Oliveira

METODOLOGIA• Foi realizado um ensaio clínico randomizado, piloto. ,

controlado com os seguintes critérios:– Recém-nascidos (RN) pré-termo com IG <32

semanas de idade – Em estágio 2 da ROP em zona II , sem a forma

“plus”• Foi realizado em 2 UTI’s neonatais: ambos centros de

referência regional para as doenças cirúrgicas neonatais.

• Mantido saturação entre 91-95% com uso de oxigênio suplementar

• Foi randomizado o grupo tratado e o controle em uma relação de 1:1 alocados em blocos de 8, por meio de um computador.

Page 6: Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos  Gabriele Pereira Marcos Oliveira

METODOLOGIA• Foi estratificado em 2 grupos

– IG: 23-25sem e IG: 26-32 sem• Eles alternaram entre o uso do propranolol adicionado a

tratamento padrão ou tratamento padrão sozinho• Critérios de exclusão

– Anormalidades cardiovasculares congênitas ou adquiridas– Comprometimento renal ou hemorragia cerebral– RN com ROP em zona 1 ou estágio > 2– Com efeitos adversos severos da medicação (bradicardia,

hipotensão), sendo suspensa • *se até 2 dias transferia o RN para o grupo controle

• O estudo foi realizado entre fev/2010 a Maio/12 (2 anos)• Composto por 52RN + 4 excluídos (3 por ROP agressiva e 1

com estágio 3): 26 tratados e 26 controles (figura 1).Na tabela 1, características obstétricas, demográficas e comorbidades entre ambos os grupos, não havendo diferenças.

Page 7: Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos  Gabriele Pereira Marcos Oliveira

METODOLOGIA

Page 8: Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos  Gabriele Pereira Marcos Oliveira

METODOLOGIANo grupo com IG:23-

25sem, os 4 primeiros iniciaram em alta

dosagem, contudo devido a grande

quantidade de efeitos adversos, os 8

seguintes foi optado por iniciar baixa

dosagem

Fig.1.Envolvimento, randomização e análise de 52 recém-nascidos estudados

Page 9: Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos  Gabriele Pereira Marcos Oliveira

Tabela 1. Comparação das características básicas

Page 10: Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos  Gabriele Pereira Marcos Oliveira

METODOLOGIA• Os RN eram submetidos a avaliação oftalmológica semanalmente

ou mais frequentemente de acordo com a severidade. (The RetCam Imaging System II )– Somente os oftalmologista foram cegados no estudo

• Propanolol :via , doses, duração:– Administrado por via oral 2mg /ml (xarope), logo após a alimentação.– 0,5mg/kg/6/6horas (alta dose)– 0,25mg/kg/6/6horas (baixa dose)– Com duração de -66.1 +/- 31 days (intervalo de 6-90 dias) - 23-25 sem, -71.2 +/- 28 dias (intervalo 8-90 dias) – 26-32 sem– O tratamento era continuado até completar o desenvolvimento da

vascularização da retina ou no máximo 90 dias• Quando era atingido o estágio 2 ou 3 com “forma plus”

– Tratado com ablação retiniana periférica – por fotocoagulação a laser– Injeção intravítreo de bevacizumab – nas formas refratárias a

fotocoagulação

Page 11: Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos  Gabriele Pereira Marcos Oliveira

METODOLOGIA-• A análise estatística

– O ensaio foi realizado como um estudo piloto com limitado recrutamento;

– A percentagem de qualquer ROP que progride para forma mais severa está em torno de 37%(2)

– O estudo teve como hipótese de que o propanolol pode ser capaz de bloquear a progressão desta doença.

– O tamanho estimado da amostra para cada grupo, considerando distribuição normal, erro tipo alfa de 0,05 e força de 80%, foi de 22 participantes

– -test-te para diferenças entre variáveis demográficas, bioquímicas, hemodinâmicas e respiratórias entre ambos os grupos;

– a eficácia do tratamento foi avaliada através do risco relativo (23):proproção dos pacientes que progrediram para mais avançado estágio da ROP no grupo propranolol versos grupo controle

– Software: Statistical Software Program (McGraw-Hill, New York, New York) (24)

Page 12: Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos  Gabriele Pereira Marcos Oliveira

RESULTADOS -SEGURANÇA• No grupo tratado:

– 1 RN faleceu após 9 dia de tratamento (volvo intestinal)

• No grupo controle– 2 RN morreram:

• 1º aos 61 dias após admissão por meningite Enterococcus faecium resistente a vancomicina

• 2º aos 87 dias de sepse por E. coli

Durante os 90 dias de estudo hemodinâmico e respiratório não houve diferença entre o grupo controle e o tratado (figura 2 e 3).

Page 13: Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos  Gabriele Pereira Marcos Oliveira

RESULTADOS -SEGURANÇA

Variáveis hemodinâmicas durante os 920 dias de estudo

Page 14: Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos  Gabriele Pereira Marcos Oliveira

RESULTADOS -SEGURANÇA

Fig. 3. Variáveis respiratórias durante os 90 dias de estudo.FiO2 (fração inspiratória de oxigênio);SaO2: saturação de oxigênio

Page 15: Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos  Gabriele Pereira Marcos Oliveira

RESULTADOS -EFICÁCIA• Houve redução significativa da progressão da ROP no grupo recebendo

propranolol (tabela III) – para estágio 3 (RR:0,52;IC a95%::0,47-0,58):redução do risco em 48%

e sem plus (RR:41;IC a 95%:0,31-0,58): redução do risco em 58%– Consequente redução da necessidade de fotocoagulação e uso de

bevacizumab (RR:0,48;IC a 95%:0,29-0,79):redução do risco em 52%e nenhum progrediu para estágio 4

Tabela III. Desfecho oftalmológico

Page 16: Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos  Gabriele Pereira Marcos Oliveira

• Na maioria dos recém-nascidos após 10-15 dias de tratamento, as cristas tendem a empalidecer e uma segunda crista mais periférica apareceu normalmente em duas ou três quadrantes;

• Depois de 1 mês, a crista periférica era mais evidente do que a primeira, que desapareceu ao fim de 2 meses de terapia, deixando apenas uma linha de demarcação fina (figura 4 A);

• Depois aproximadamente 2 meses, os vasos retinianos normais também passaram sobre a crista periférica, que foi reduzida em largura e altura (figura 4, B)

RESULTADOS -EFICÁCIA

EFEITOS ADVERSOS5 de 26 RN tratados com propanolol tiveram sérios

efeitos adversos (HIPOTENSÃO, BRADICARDIA)

Page 17: Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos  Gabriele Pereira Marcos Oliveira

Fig 4. Depois de 1 mês, a crista periférica era mais evidente do que a primeira, que desapareceu ao fim de 2 meses de terapia, deixando apenas uma linha de

demarcação fina (figura 4 A); Depois aproximadamente 2 meses, os vasos retinianos normais também

passaram sobre a crista periférica, que foi reduzida em largura e altura (figura 4, B)

Page 18: Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos  Gabriele Pereira Marcos Oliveira

Níveis plasmáticos de propanolol, VEGF e Se-Selectin

Concentração plasmática com VEGF– Foi altamente variável em ambos os grupos, mas não foi

diferente significativamente entre os grupos, assim como entre os tratados com altas e baixas doses (tabela III)

Tabela III. Mediana das concentrações plasmáticas do VEGF durante as 3 primeiras semanas do estudo

Page 19: Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos  Gabriele Pereira Marcos Oliveira

As concentrações de propanol durante os primeiros 3 dias e aqueles no 10º dia são mostrados na figura 5

Níveis plasmáticos de propanolol, VEGF e Se-Selectin

Fig 5.Concentrações plasmáticas de propranolol em 14RN com IG de 26-32 semanas e em 4 RN com IG 23-25 semanas, tratados com 0,5 mg/kg/6 horas de propranolol (dose alta) e nos 8 RN comIG de 23-25 semanas tratados com 0,25 mg/kg/6 horas de propranolol (dose baixa): A, durante os primeiros 3 dias e em B, no dia 10 de tratamento

Page 20: Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos  Gabriele Pereira Marcos Oliveira

-As concentrações plasmáticas de sE-selectin (uma induzível molécula de adesão de leucócitos ao endotélio expresso na superfície das células endoteliais e está diretamente envolvida na angiogênese e morfogênese capilar e seus níveis relacionam-se de forma importante com a ROP45) foi significativamente menores nos recém-nascidos do grupo tratado, a partir de 7 dias de tratamento-A comparação das concentrações entre sE-selectinNa randomização e após 21 dias de tratamento mostrou significante redução nos RN tratados, mas não no grupo controle

-Não houve diferenças entre os RN que receberam altas e baixas

doses (figura 6)

Níveis plasmáticos de propanolol, VEGF e Se-Selectin

Page 21: Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos  Gabriele Pereira Marcos Oliveira

Fig.6. Médias de concentrações plasmáticas de sE-selectrin durante as 3 primeiras semanas do estudo no grupo tratado e controle

Page 22: Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos  Gabriele Pereira Marcos Oliveira

DISCUSSÃO• O presente ensaio clínico ocorreu em função de modelos

animais que mostrou o papel do sistema adrenérgico no desenvolvimento da retinopatia da prematuridade;

• Em modelo animal de rato com ROP induzida pelo oxigênio, Ristori et al (12) demonstraram que o uso de propanolol diminui os níveis de fatores angiogênicos tais como o VEGF e reduz a neovascularização retinal induzida pelo hipoxia e o mecanismo: bloqueio do β2-AR predominantemente localizado nas células de Muller (13);

• O β3-AR também desempenha papel patogênico na angiogênese retinal (pode modular a produção de VEGF em resposta à hipoxia via óxido nítrico, sugerindo que o bloqueio desta via pode ser efetivo nas redução da estimulação da angiogênese retinal estimulada pelo VEGF (14)

Page 23: Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos  Gabriele Pereira Marcos Oliveira

DISCUSSÃO– Estudos em animais (ratos) mostraram que o VEGF

participa da morfogênese cerebral (31) e severa redução dos níveis de VEGF pode levar á degeneração do córtex cortical (32);

– Estudos em animais, o propranolol reduziu a superprodução de VEGF na retina hipóxica de ratos com retinopatia induzida pelo oxigênio sem afetar os níveis de VEGF na retina normóxica dos ratos controles, sugerindo haver diferentes mecanismos da regulação do VEGF em em condições de hipoxia e normoxia (12);

– No entanto, alterações observadas em animais foram associadas com altas doses de propranolol (10 a 20 vezes mais a dose usada no presente estudo, havendo necessidade, no entanto, de monitorar os níveis plasmáticos de VEGF e o neurodesenvolvimento de todas as crianças tratadas com β-bloqueadores (33,34,35).

Page 24: Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos  Gabriele Pereira Marcos Oliveira

DISCUSSÃO– Em RN estáveis o propranolol é bem tolerado, com boa

estabilidade hemodinâmica e respiratória– A concentração plasmática de VEGF não foi modificada pela

administração de propranolol. Concordante com outros estudos.

– O nível de plasmático de VEGF em crianças com ROP, sugere que a patogênese se deve principalmente pela síntese local.

• Para descartar possíveis efeitos adversos do propranolol no desenvolvimento cerebral – eles avaliaram por meio de testes neurológicos padronizados .

• Dados preliminares aos 12 meses idade corrigida:– só 25% persiste com estrabismo , com bom desenvolvimento

visual.– 80 % (grupo tratado) vs. 60 % (do grupo controle) manteram

acuidade visual preservada– Nistagmo presente em: 10% (grupo tratado) vs. 30% (grupo

controle). -os RN tratados com propanolol apresentam melhor motricidade

ocular em relação aos controles.

Page 25: Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos  Gabriele Pereira Marcos Oliveira

DISCUSSÃO– O propranolol tem sido usado por várias décadas

em crianças jovens por uma variedade de indicações cardiovasculares (12);

– Há evidência de que o propanol induz involução de hemangiomas infantis, o mais comum tumor vascular da infância, pela inibição da expressão do VEGF (36);

– Embora seja bem tolerado, os prematuros tem maior risco de complicações como sepse, apnéia, displasia broncopulmonar. Eis por que o objetivo principal deste estudo foi a avaliação da segurança

Page 26: Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos  Gabriele Pereira Marcos Oliveira

DISCUSSÃO– Quando o propranolol foi administrado a RN

instáveis (durante a sepse, insuficiência respiratória ou após a indução anestésica), houve alto risco de hipotensão arterial e bradicardia, algumas vezes não responsivas a catecolaminas;

– No entanto, a severa hipotensão foi revertida com o uso de terlipressina, um agente que atua em vários receptores (39);

– Devido a depressão do miocárdio é uma conhecida manifestação da disfunção de órgãos na sepse, o tratamento com β-bloqueadores pode privar o RN do único mecanismo compensatório para aumentar a função do miocárdio.

Page 27: Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos  Gabriele Pereira Marcos Oliveira

DISCUSSÃO– Uma possível explicação para a alta incidência de ROP

na população estudada foi o uso de maiores alvos de saturação de oxigênio, uma vez que o uso de menores alvos (85-89%) mostrou aumento da mortalidade, a despeito da redução do risco de ROP nos sobreviventes (43);

– No entanto, o risco de progressão da ROP foi significativamente menor no grupo tratado com propranolol, mesmo nos RN entre 23-25 semanas recebendo oxigênio por um longo período de tempo e nos RN de 26-32 semanas que apresentaram maior incidência de hidrocéfalo pós-hemorrágico requerendio neurocirurgia;

– O número de pacientes que necessitou de tratamento de resgate com bevacizumab e progressão para o estágio 4 foi menor no grupo com uso de propanolol.

Page 28: Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos  Gabriele Pereira Marcos Oliveira

DISCUSSÃO– Outro sinal do efeito antiangiogênico do

propanolol foi a redução do nível de sE-selectin, uma induzível molécula de adesão de leucócitos ao endotélio expresso na superfície das células endoteliais e está diretamente envolvida na angiogênese e morfogênese capilar e seus níveis relacionam-se de forma importante com a ROP45)

Page 29: Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos  Gabriele Pereira Marcos Oliveira

DISCUSSÃO• Limitações

– Um estudo piloto com um pequeno número de pacientes inscritos.

– Não foi controlado por placebo, – Apenas os oftalmologistas foram cegados, – Incertezas: -foi escolhido doses que normalmente não produzem

efeitos adversos, mas que são eficazes no tratamento de hemangiomas (8).

-desconhece-se qual é a concentração de propanolol,quando administrados por via oral, atinge a retina.

-não foi possível estimar o [otimo início e a duração da administração

Page 30: Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos  Gabriele Pereira Marcos Oliveira

CONCLUSÃO• Os dados sugerem que o tratamento com o propranolol é eficaz na

luta contra a progressão da ROP e acrescenta novas perspectivas para o tratamento destas e outras retinopatias proliferativas;

• No entanto, a elevada incidência de efeitos adversos em recém-nascidos sugere que a sua administração sistêmica não é suficientemente segura;

• Um objetivo futuro será : explorar e desenvolver sistemas de liberação tópica para garantir concentrações altas de propranolol na retina e baixas na plasma;

• Recentemente os autores descreveram como a aplicação tópica nos olhos de ratos promove a recuperação da retinopatia induzida pelo oxigênio, sugerindo que a aplicação tópica de propanolol poderia representar uma rota alternativa à administração sistêmica8 (Dal Monte M, Casini G, la Marca G, Isacchi B, Filippi L, Bagnoli P. Eye drop propranolol administration promotes the recovery of oxygen-induced retinopathy in mice. Exp Eye Res 2013;111C:27-35).

Page 31: Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos  Gabriele Pereira Marcos Oliveira

ABSTRACT

Page 32: Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos  Gabriele Pereira Marcos Oliveira

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS• 1. Gilbert C. Retinopathy of prematurity: a global perspective of the epi-

demics, population of babies at risk and implications for control. Early Hum Dev 2008;84:77-82.

• 2. Good WV, Hardy RJ, Dobson V, Palmer EA, Phelps DL, Quintos M, et al. The incidence and course of retinopathy of prematurity: findings from the early treatment for retinopathy of prematurity study. Pediatrics2005;116:15-23.

• 3. Penn JS, Madan A, Caldwell RB, Bartoli M, Caldwell RW, Hartnett ME.Vascular endothelial growth factor in eye disease. Prog Retin Eye Res 2008;27:331-71.

• 4.Good WV, Hardy RJ, Wallace DK, Bremer D, Rogers DL, Siatkowski RM, et al. b-Blocking and racial variation in the severity of retinopathy of prematurity. Arch Ophthalmol 2012;130:117-8.

• 5. Saunders RA, Donahue ML, Christmann LM, Pakalnis AV, Tung B,• Hardy RJ, et al. Racial variation in retinopathy of prematurity. The Cryo-

therapy for Retinopathy of Prematurity Cooperative Group. Arch Oph- thalmol 1997;115:604-8.

• 6. Liggett SB, Cresci S, Kelly RJ, Syed FM, Matkovich SJ, Hahn HS, et al. A• GRK5 polymorphism that inhibits beta-adrenergic receptor signaling is

protective in heart failure. Nat Med 2008;14:510-7.• 7. Baker JG. The selectivity of beta-adrenoceptor antagonists at the human

beta1, beta2 and beta3 adrenoceptors. Br J Pharmacol 2005;144:317-22.

Page 33: Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos  Gabriele Pereira Marcos Oliveira

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS• 8. L eaut e-Labr eze C, Dumas de la Roque E, Hubiche T, Boralevi F, Thambo

JB, Ta€ıeb A. Propranolol for severe hemangiomas of infancy. N Engl J Med 2008;358:2649-51.

• 9. Praveen V, Vidavalur R, Rosenkrantz TS, Hussain N. Infantile hemangi-• omas and retinopathy of prematurity: possible association. Pediatrics• 2009;123:e484-9.• 10. Smith LE, Wesolowski E, McLellan A, Kostyk SK, D’Amato R, Sullivan R, et

al. Oxygen-induced retinopathy in the mouse. Invest Oph- thalmol Vis Sci 1994;35:101-11.

• 11. Chen J, Smith LE. Retinopathy of prematurity. Angiogenesis 2007;10:• 133-40.• 12. Ristori C, Filippi L, Dal Monte M, Martini D, Cammalleri M, Fortunato

P, et al. Role of the adrenergic system in a mouse model of oxygen-induced retinopathy: antiangiogenic effects of beta- adrenoreceptor blockade. Invest Ophthalmol Vis Sci 2011;52:155-70.

• 13. Martini D, Monte MD, Ristori C, Cupisti E, Mei S, Fiorini P, et al. Anti- angiogenic effects of b2 -adrenergic receptor blockade in a mouse model of oxygen-induced retinopathy. J Neurochem 2011;119:1317-29.

• 14. Dal Monte M, Filippi L, Bagnoli P. Beta3-adrenergic receptors modulate vascular endothelial growth factor release in response to hypoxia through the nitric oxide pathway in mouse retinal explants. Naunyn Schmiedebergs Arch Pharmacol 2013;386:269-78.

Page 34: Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos  Gabriele Pereira Marcos Oliveira

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS• 15. Dal Monte M, Casini G, la Marca G, Isacchi B, Filippi L, Bagnoli P. Eye drop

propranolol administration promotes the recovery of oxygen- induced retinopathy in mice. Exp Eye Res 2013;111C:27-35.

• 16. International Committee for the Classification of Retinopathy of Prema-• turity. The International Classification of Retinopathy of Prematurity re- visited.

Arch Ophthalmol 2005;123:991-9.• 17. Early Treatment For Retinopathy Of Prematurity Cooperative Group.• Revised indications for the treatment of retinopathy of prematurity: re- sults of

the early treatment for retinopathy of prematurity randomized trial. Arch Ophthalmol 2003;121:1684-94.

• 18. Section on Ophthalmology American Academy of Pediatrics, American• Academy of Ophthalmology, American Association for Pediatric Ophthalmology

and Strabismus. Screening examination of premature infants for retinopathy of prematurity. Pediatrics 2006;117:572-6.

• 19. Jalali S, Balakrishnan D, Zeynalova Z, Padhi TR, Rani PK. Serious• adverse events and visual outcomes of rescue therapy using adjunct bev-

acizumab to laser and surgery for retinopathy of prematurity. The Indian Twin Cities Retinopathy of Prematurity Screening database Report number 5. Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed 2013;98:F327-33.

• 20. Nuntnarumit P, Yang W, Bada-Ellzey HS. Blood pressure measurements in the newborn. Clin Perinatol 1999;26:981-96.

Page 35: Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos  Gabriele Pereira Marcos Oliveira

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS• 21. Della Bona ML, Malvagia S, Villanelli F, Giocaliere E, Ombrone D,Funghini S,

et al. A rapid liquid chromatography tandem mass spectrometry-based method for measuring propranolol on dried blood spots. J Pharm Biomed Anal 2013;78-79:34-8.

• 22. Filippi L, Cavallaro G, Fiorini P, Malvagia S, Della Bona ML,Giocaliere E, et al. Propranolol concentrations after oral administration in term and preterm neonates. J Matern Fetal Neonatal Med 2013;26:833-40.

• 23. Glantz SA. Primer of bostatistics. 6th ed. New York: McGraw-Hill; 2005.• 24. Glantz SA. Statistical software program. Version 6.0. New York:

McGraw-Hill; 2005.• 25. Dal Monte M, Martini D, Latina V, Pavan B, Filippi L, Bagnoli P. Beta-

adrenoreceptor (b-AR) agonism influences retinal responses to hypoxia in a mouse model of retinopathy of prematurity. Invest Ophthalmol Vis Sci 2012;53:2181-92.

• 26. Lavine JA, Sang Y, Wang S, Ip MS, Sheibani N. Attenuation of choroidal neovascularization by b2-adrenoreceptor antagonism. JAMA Ophthal- mol 2013;131:376-82.

• 27. Chan CK, Pham LN, Zhou J, Spee C, Ryan SJ, Hinton DR. Differential• expression of pro- and antiangiogenic factors in mouse strain- dependent

hypoxia-induced retinal neovascularization. Lab Invest• 2005;85:721-33.

Page 36: Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos  Gabriele Pereira Marcos Oliveira

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS• 28. Hoffmann C, Leitz MR, Oberdorf-Maass S, Lohse MJ, Klotz KN.• Comparative pharmacology of human beta-adrenergic receptor sub- types—

characterization of stably transfected receptors in CHO cells. Naunyn Schmiedebergs Arch Pharmacol 2004;369:151-9.

• 29. Chen J, Joyal JS, Hatton CJ, Juan AM, Pei DT, Hurst CG, et al. Propran-• olol inhibition of b-adrenergic receptor does not suppress pathologic

neovascularization in oxygen-induced retinopathy. Invest Ophthalmol Vis Sci 2012;53:2968-77.

• 30. Filippi L, Monte MD, Bagnoli P. Different efficacy of propranolol in mice with oxygen-induced retinopathy: could differential effects of pro- pranolol be related to differences in mouse strains? Invest Ophthalmol Vis Sci 2012;53:7421-3.

• 31. Raab S, Beck H, Gaumann A, Yu€ce A, Gerber HP, Plate K, et al. Impaired brain angiogenesis and neuronal apoptosis induced by conditional ho- mozygous inactivation of vascular endothelial growth factor. Thromb Haemost 2004;91:595-605.

• 32. Haigh JJ, Morelli PI, Gerhardt H, Haigh K, Tsien J, Damert A, et al.• Cortical and retinal defects caused by dosage-dependent reductions in• VEGF-A paracrine signaling. Dev Biol 2003;262:225-41.• 33. Sullivan RM, Stenwalt G, Nasr F, Lemon C, Wilson DA. Association of an

odor with activation of olfactory bulb noradrenergic beta-receptors or locus coeruleus stimulation is sufficient to produce learned approach

Page 37: Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos  Gabriele Pereira Marcos Oliveira

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS• 28. Hoffmann C, Leitz MR, Oberdorf-Maass S, Lohse MJ, Klotz KN.• Comparative pharmacology of human beta-adrenergic receptor sub- types—

characterization of stably transfected receptors in CHO cells. Naunyn Schmiedebergs Arch Pharmacol 2004;369:151-9.

• 29. Chen J, Joyal JS, Hatton CJ, Juan AM, Pei DT, Hurst CG, et al. Propranolol inhibition of b-adrenergic receptor does not suppress pathologic neovascularization in oxygen-induced retinopathy. Invest Ophthalmol Vis Sci 2012;53:2968-77.

• 30. Filippi L, Monte MD, Bagnoli P. Different efficacy of propranolol in mice with oxygen-induced retinopathy: could differential effects of pro- pranolol be related to differences in mouse strains? Invest Ophthalmol Vis Sci 2012;53:7421-3.

• 31. Raab S, Beck H, Gaumann A, Yu€ce A, Gerber HP, Plate K, et al. Impaired brain angiogenesis and neuronal apoptosis induced by conditional ho- mozygous inactivation of vascular endothelial growth factor. Thromb Haemost 2004;91:595-605.

• 32. Haigh JJ, Morelli PI, Gerhardt H, Haigh K, Tsien J, Damert A, et al.• Cortical and retinal defects caused by dosage-dependent reductions in• VEGF-A paracrine signaling. Dev Biol 2003;262:225-41.• 33. Sullivan RM, Stenwalt G, Nasr F, Lemon C, Wilson DA. Association of an

odor with activation of olfactory bulb noradrenergic beta-receptors or locus coeruleus stimulation is sufficient to produce learned approach

Page 38: Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos  Gabriele Pereira Marcos Oliveira

RETINOPATIA DA PREMATURIDADE

HEMANGIOMA INFANTILEstudando Juntos

Consultem Aqui e Agora!Dr. Paulo R. Margotto

Page 39: Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos  Gabriele Pereira Marcos Oliveira

A fisiopatologia da ROP ainda não está completamente elucidada. O desenvolvimento dos vasos sanguíneos retinianos se inicia no quarto mês de

gestação. Os vasos crescem a partir do nervo óptico, alcançando a periferia da retina nasal no oitavo mês e temporal ao termo. Assim, a retina do prematuro

encontra-se avascular na periferia por ocasião do nascimento. Após o nascimento prematuro, o crescimento vascular normal é interrompido,

havendo, também, obliteração de alguns vasos. À medida que o recém-nascido cresce, aumenta a demanda metabólica da retina e, como resultado da não

vascularização, a retina torna-se hipóxica. Em modelos animais, foi comprovada a associação entre hipóxia e oclusão vascular.

A hipóxia estimula o fator de crescimento endotelial (VEGF). Esse fator é angiogênico e provoca a neovascularização. O VEGF também é importante para

o desenvolvimento normal da vasculatura retiniana. Ao sair do ambiente uterino para outro relativamente hipóxico, ocorre um down regulation do VEGF,

cessando o crescimento normal dos vasos.

O fator de crescimento insulino-símile ou insulin-like growth factor (IGF-1) também tem seu papel no desenvolvimento normal da vasculatura retiniana. Logo após o nascimento prematuro, as fontes de IGF-1, a placenta e o líquido amniótico, são perdidas. Na ausência do IGF-1, o crescimento vascular cessa.

Como a demanda metabólica do olho em desenvolvimento é crescente, ocorre hipóxia, que estimula a produção de VEGF e conseqüente neovascularização.

Retinopatia da prematuridadeAutor(es): Rodolfo Alves Paulo de Souza, Nilcéia Peclat Lessa/ Rosângela Cândido Marinho, Paulo R. Margotto

Page 40: Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos  Gabriele Pereira Marcos Oliveira

Retinopatia da prematuridade (Curso de Fundamentos da Coagulação para a Prevenção da Cegueira , São Paulo)Autor(es): Rodolfo Alves Paulo de Souza (DF)

Page 41: Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos  Gabriele Pereira Marcos Oliveira

• Quanto à patogênese: esta foi descrita por um grupo de Boston (Smith LE) e outro da Suíça (Hellström A). De qualquer maneira, o crescimento dos vasos da retina está sob controle de vários fatores como o hypoxia inducible factor (HIF) e o vascular endothelial growth factor (VEGF), regulados pelo insulin-like growth factor (IGF-1). O VEGF é induzido pela hipoxia e inibidos pela hiperoxia. O IGF-1 atua como um fator de transcrição para o VEGF. Em experiências animais vimos que estes fatores de crescimento agem como uma ação permissiva e outro com sinalização do VEGF para o crescimento do próprio vaso. De qualquer maneira, o crescimento do vaso intra-útero em relação ao disco óptico pode ser controlado pelo IGF-1 produzido pela placenta e com o VEGF também. Depois do nascimento, a placenta é removida e então, há pouco VEGF nos níveis desejados. Existindo hiperoxia, você pode aumentar a supressão do VEGF como todos sabemos e induz vasobliteração devido a apoptose celular endotelial. À proporção que a retina neural continua a se desenvolver, há uma demanda grande por oxigênio, havendo assim uma hipoxia relativa, resultando num aumento do nível do VEGF que vai causar um excesso de neovascularização. Se o IGF-1 for suficiente poderá haver um crescimento normal do vaso. Se houver um excesso de VEGF, e inadequação do IGF-1, resulta na retinopatia proliferativa. Os prematuros que desenvolvem RP tem menores níveis de IGF-1 em relação aos controles. O IGF-1 é crítico para o desenvolvimento da retina.

Retinopatia da PrematuridadeAutor(es): Gilbert Clare(Inglaterra), Brian Darlow (Nova Zelândia), Andréa de Araújo Zin (RJ). Realizado por Paulo R. Margotto

Page 42: Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos  Gabriele Pereira Marcos Oliveira

Qual é O Alvo de Saturação de Oxigênio seguro?

Níveis de oxigenação no período neonatal: existe limite seguro? (Atualização em Neonatologia: O PULMÃO FETAL, Hospital Universitário, Universidade de Brasília, 21/5/2013)Autor(es): Paulo R. Margotto

Oxigênio(oxi=ácidos e geno=formadora; molécula relativamente inerte)

Existe um antes e um depois de 5 de maio de 2013!

Page 43: Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos  Gabriele Pereira Marcos Oliveira

À luz das evidência (maio de 2013), enquanto 2014 não chega....

Alvo de SatO2 seguro: entre 90-95% (nunca acima de 95%)

A HIPEROXEMIA ESTÁ NAS MÃO DO PROFISSIONAL!

É TÃO (OU MAIS) LESIVA QUANTO À HIPOXEMIA

MENSAGENS!

O problema continua nas nossas mãos!

Sola, 2010; Bancalari/Claure,2013; Ramos, 2005

(RN com cardiopatia? >75% (80-85%)

90-95%

Page 44: Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos  Gabriele Pereira Marcos Oliveira

Propanolol no hemangioma infantil

Caso: hemangioma capilar nasal.

Apesar do tratamento com corticosteróides, a lesão foi estabilizada, mas devido ao desenvolvimento

de miocardiopatia hipertrófica obstrutiva o paciente foi tratado com propranolol

(2mg/kg/peso/dia). Um dia após o início do tratamento, o hemangioma mudou de vermelho

intenso ao roxo, e se suavizou. Com 7 dias, a criança já abria os olhos. Os corticosteróides

foram espaçados, mas o hemangioma continuou a melhorar. Quando os corticosteróides foram

suspensos, se observou não haver regeneração do hemangioma. Quando a criança tinha 14 meses de

idade, o hemangioma estava completamente plano.

Propranolol for severe hemangiomas of infancy.Léauté-Labrèze C, Dumas de la Roque E, Hubiche T, Boralevi F, Thambo JB, Taïeb A.

N Engl J Med. 2008 Jun 12;358(24):2649-51. Artigo Integral

Page 45: Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos  Gabriele Pereira Marcos Oliveira

Possíveis explicações para o efeito terapêutico de propranolol, um bloqueador beta não seletivo, sobre

hemangiomas capilares infantis incluem:

-vasoconstrição, que é imediatamente visível como uma mudança de cor, associada a um amolecimento

palpável do hemangioma; -diminuição da expressão dos genes do VEGF e Bfgf (fator de crescimento fibroblástico básico) através da

down-regulation da RAF-via da proteína quinase ativada por mitógeno (o que explica a melhora

progressiva do hemangioma) e o -desencadeamento de apoptose das células capilares

endoteliais.

Page 46: Internato ESCS – Pediatria/HRAS/HMIB Pedro dos Santos  Gabriele Pereira Marcos Oliveira

OBRIGADO

Dr. Paulo R. Margotto e Ddos Gabriele P Barboza, Pedro dos Santos Soares, Marcos V S Oliveira e Henrique Yuji W.Silva