Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

68
XXXV Curso de Reumatologia dos CHUC “Ciência na Prática” Coimbra, 16 e 17 Outubro de 2014 Manuel Salgado Unidade de Reumatologia Pediátrica Hospital Pediátrico de Coimbra, CHUC Diagnósticos Frequentes em Reumatologia Pediátrica

Transcript of Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

Page 1: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

XXXV Curso de Reumatologia dos CHUC

“Ciência na Prática”

Coimbra, 16 e 17 Outubro de 2014

Manuel Salgado

Unidade de Reumatologia Pediátrica

Hospital Pediátrico de Coimbra, CHUC

Diagnósticos Frequentes

em

Reumatologia Pediátrica

Page 2: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

“Rheumatology remains one of the few

medical specialities where the story and

examination are the most important aspects

in establishing a differential diagnosis”.(1)

Foster HE. Cabral DA. Is musculoskeletal history and examination so different in paediatrics?

Best Pract Res Clin Rheumatol 2006;20(2):241-62.

Desafiante…

Page 3: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

• Ausência de formação pré e pós graduada no

aparelho musculoesquelético .

• A revisão da história clínica (anamnese e exame

físico) de 257 internamentos de crianças mostrou:

> 90% da observação (e dos registos)

dos aparelhos respiratórios e cardíaco

apenas 4% de registos sobre

o aparelho musculoesquelético.

Meyers A et al. More “cries from joints”: assessment of the musculoskeletal system is

poorly documented in routine paediatric clerking. Rheumatology 2004;43:1045-9

More “cries from joints”

UK

Page 4: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14
Page 5: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

Todo o diagnóstico se baseia na clínica… isto é na

SEMIOLOGIA.

A SEMIOLOGIA é a interpretação do PORMENOR.

Não existe nenhuma associação de exames complementares

que informem mais do que uma anamnese cuidadosa

complementada com uma observação minuciosa.

Page 6: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

Arnold Capute

“Erra-se mais por não observar

do que por não saber”.

“Quem não sabe o que procura,

não entende o que encontra”.

Claude Bernard

Page 7: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

Dores musculoesqueléticas e/ou

claudicação em Ambulatório

Total MMEc %

Crianças 4.292 396 9,2%

Consultas 11.052 487 4,4%

Salgado M. Consulta privada informatizada FileMaker ≈ 20 anos, Outubro 2014

Idades > 12 meses – 17 anos

Page 8: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

MME Ambulatório: “Os 10 mais”Doenças Nº %*

Dores crescimento 83 1,9

Dores membros inf., cronicas / recor 68 1,6

Artralgias recorrentes 39 0,9

“Reumatismos” agudos 36 0,9

Osteocondrites / Osteocondroses 22 0,5

Infeções agudas graves / “severas” 17 0,4

Titulites (TASO 15; RA teste 1) 16 0,4

Pronação dolosa 16 0,4

Doença soro 12 0,3

“Reumatimos” crónicos 11 0,3

* 332 = 7,7% das crianças (84%)Salgado M. 2014

Page 9: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

“DORES de CRESCIMENTO”

Primeira descrição:

Duchamp M. Maladies de la Croissance.

In: Levrault FG,ed. Mémoires de Médicine

Practique. Paris.

Jean-Frederic Lobstein, 1832

Page 10: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

http://areadospais.asic.pt/

Page 11: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

DC: Localização

• 80-90 % exclusiva/. membros inferiores

• Face anterior coxas, face anterior e posterior das pernas, joelhos (cavado poplíteo, zonas periarticulares), dorso pés.

• Mais raro: m. superiores

• Nunca articulares (exceto joelho, ...)

• Localização imprecisa: não aponta, antes desliza a palma da mão ao longo da coxa, perna, joelho,..

• BILATERAIS

Page 12: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

DC: Horário e Periodicidade:

• Vespertinas e/ou nocturnas

• 25% exclusivamente noturnas

– primeira metade da noite (++ no 1º 1/3)

– só uma vez por noite

• Duração: < 30 minutos (excecional até 2 H)

• Raramente ocorrem durante o dia

• NUNCA pela matinais

Das raras situações clínicas não orgânicas com dor noturna

Page 13: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

DC: Outras Características:

• Localização imprecisa são ”profundas”

• Intermitentes - intervalos livres variáveis

• Mimetismo: horário, localização, padrão

• Ausência de outras manifestações:

• Ø sinais sistémicos

• Ø pontos dolorosos

• EO sempre normal (crise e intervalos)

• Marcha normal

• Crescimento normal

• Melhoria com massagem / calor local

Page 14: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

DC: Diagnóstico

• Manifestações clínicas características:

• Intermitência, bilaterais, horário, duração crises,

localização, mimetismo das crises, Ø desencadeantes,

Ø clínica associada, exame objetivo sempre normal,

• NÃO é um diagnóstico de exclusão

• Exames complementares são dispensáveis

• Critérios de Exclusão bastará > 1 (um)

Page 15: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

Salgado M, Estanqueiro P. “Dores decrescimento. Saúde Infantil 2007;29(2):83-6

DC: 11 Critérios Exclusão

Page 16: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

Salgado M, Estanqueiro P. “Dores decrescimento. Saúde Infantil 2007;29(2):83-6

DC: 11 Critérios Exclusão

Page 17: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14
Page 18: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

Am Fam Physician.

2011;83(3):285-291.

Osteochondrosis: Common Causes of Pain in Growing Bones

22 osteocondrites

(0,5% população)

2 Legg-Perthes

2 van Neck

8 Larsen

3 Osgood-Schlatter 7 Sever

Page 19: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

Padrão Mecânico

Page 20: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

Caso Clínico

• MC: Dores no Joelho direito (5 anos + 8 meses)

• DA:

• Dor + claudicação intermitente do MID desde 2A

• 5A - dor à mobilização” do joelho direito +

claudicação matinal breve

• VS (22), hemograma N, TASO < 200

• RX joelho D – “discreta irregularidade do

contorno do núcleo epifisário distal do fémur, …”

Page 21: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

Sinal Galeazzi

positivo à direita

Amiotrofia músculos coxa e

perna direitas

Caso Clínico

Page 22: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

4324.93

5A + 8M

27.10.95

O nervo obturador passa junto da cápsula articular

da anca, e tem expressão cutânea a nível do joelho.

Page 23: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

REGRA BÁSICA

Perante uma dor referida a um determinada

local dum membro, deve-se examinar também

cuidadosamente:

• Articulações acima e abaixo do local da dor

• Segmentos compreendidos entre “articulação

acima” e a “articulação abaixo”.

Page 24: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

Joelho: POSTURA ANTÁLGICA

Posição antálgica: FABRe:• Flexão Abdução e Rotação externa

Artrite séptica JE

Page 25: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

Manobras de Exploração da Anca

Limitação movimentos (+ a rotação interna):

Artrite anca esquerda

“Log-roll test”

Page 26: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

Manobras de Exploração da Anca:

ROTAÇÃO INTERNA

Posição antálgica:

Flexão, Abdução e Rotação Externa

Page 27: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

Fausto

, 13 A

- dor relacionado com esforço

- pontos dolorosos

- arrancamento parcial da tuberosidade proximal da tíbia

na inserção do tendão

- formação óssea na inserção do tendão tumoração

Osgood-Schlatter

Page 28: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

94010353

, 13 A Osgood-Schlatter

Page 29: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

12 casos

(0,3%)

Doença Soro-like

Page 30: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

Doença “Soro-like”2 dias após suspender cefaclor

(D.11)

Idade: 26 meses

Débora

rash + febre elevada + poliartrite + rash sobre as articulações

Mais

comum do

D7 – D11

de fármaco

Page 31: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

D9 cefaclor (re-exposição):

- exantema polimorfo / multiforme

- exantema sobre articulações

- poliartrite migratória

- impotência funcional

- febre 40 ºC

Doença Soro-Like

artrite

Page 32: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

Infeciosas (17)

Doenças Nº

Osteomielite 4

Artrite septica 4

Celulite membros 4

Miosite vírica 2

Piomiosite 1

Bursite 2

Salgado M. 2014

Page 33: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

“Erythema of the skin overlying a swollen joint is unusual in JIA and suggest

an alternative diagnosis such as acute rheumatic fever or septic arthritis”. 1

1. Davies K, Coperman A. The spectrum of paediatric and adolescent rheumatology.

Best Pract Res Clin Rheumatol 2006;20(2):179-200.

Presença de Rubor

Poliartrite séptica Artrite (cotovelo) + artrite calcâneo

Page 34: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

• Febre + artrite (“tibiotársica d.ta“ e cotovelo esq.)• Artrite com padrão aditivo, com dor muito intensa, calor ++ e rubor ++ “Reumatológico”.• Hemocultura D3: Streptococcus pyogenes

Caso clínico

“Osteoartrite” Multifocal:

Reumatológico ou Infeccioso?

98003119 , 10 anos

Page 35: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

Caso de artrite séptica por Kingella Kingae

29.09.2010

16

meses

DOR Impotência funcional

Dor despertada pelo

exame object. articulação

Choro /

queixume

Intensa

Incapaz de utilizar a

articulação Com qualquer movimento Sim

• Surtos em infantários 3

• O segundo gérmen mais

comum de osteomielite/artrite

em < 3 anos idade 3

• Febre em 50% casos de

osteomielite atraso 3

• Característico:

- Infecção respiratória prévia

- VS ligeiramente ↑↑

- PCR normal 3

3. Kuhls TL. Kingella species. In: Feijin & Cherry Textbook of Pediatric Infectious Diseases. 2009:1773-7.

Page 36: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

93003256

• ♂, 27 M

• MC: Anca dolorosa esquerda D7

• DA: Claudicação + dor espontânea + mobilização

• Apirético.

• AP e AF: irrelevantes

• EO:

– Recusava a carga

– Anca em posição flexão, abdução rotação

externa (FAbRe)

JPBF

Caso clínico

Page 37: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

JPBF 93003256

▲ “Sinovite transitória” anca esquerda

- Ecografia: derrame articular

- RX bacia / ancas: “normal”

Leuco: 6.200 5.400 6.780

Page 38: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

16.06.93

93003256

♂, 27 meses

JPBF

D15D15

D2 D4OSTEOMIELITE metáfises:

• Manifestações radiológicas (ósseas): surgem > 7 – 10 dias depois

início infecção

• manifestações líticas surgem após 2 a 6 semanas

• manifestação mais precoce: perda da estrutura trabecular

Artrotomia: osteomielite séptica complicada de artrite

Líquido: muitos leucócitos; cultura negativa (flucloxacilina)

Page 39: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

Reumatismos (47)

Doenças Nº

Sinovite transitória anca 17

Artrite reactiva 11

Purpura Schoenlein-Henoch 6

RAA + ARe pós-Strept pyog 2

Artrites Idiopática Juvenis 10

LES 1

Salgado M. 2014

Page 40: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

Current Orthopaedics 2004;18:284-290

“The irritable hip in childhood”

Page 41: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

Sinovite Trnsitória da Anca

• Causa + freq. de dor na anca na criança

• Idades: 18 mese - 13 anos; pico 4-7 anos

• Sexo: ♂ > ♀ = 2 : 1

• Etiologia ?

• Comum: prévio CRS 2 semanas antes (30%)

Excessivamente diagnosticada

Page 42: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

Sinovite Transitória- Clínica

* Mais para exclusão de outras patologias

• Deita-se bem …

• Ao acordar - dor, claudicação; por vezes recusa em caminhar e a apoiar MI afectado

• Dor pode irradiar para coxa ou joelho

• Posição antálgica (FAbRe)

• Febre baixa por vezes

• VS / Leucócitos: normal ou ligeiramente

• Ecografia anca: derrame articular (70%)

• RX bacia / anca: normal ou alargamento

interlinha *

Page 43: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

Sinovite Transitória (cont.)

• Bilateral: < 4%

• Duração: desde 4 a 5 dias a 1 a 2 semanas

• Recorrência: 4 - 17% (+++ primeiros 6 meses)

se bilateral …

Deve-se questionar diagnóstico !!!

Page 44: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

Sinovite Transitória (cont.)

• Diagnóstico diferencial:

– Artrite séptica – sem febre ou febre baixa

– Osteomielite – sem febre !!!

– Brucelose

– Legg-Perthes, etc... – se recorrente ou prolongada

– RAA / FR / ARe pós estreptocócica

– AIJ oligoarticular

2% das Sinovites Transitórias Anca

Page 45: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

Prevalência

1: 1.000 crianças tem “reumatismo”

6 vezes mais frequente que o síndroma nefrótico

Page 46: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

CASUÍSTICAS 12.939 1 3.269 2 2.460 3

• Artrites Idiopáticas Juv. 28,1 21,0 18,1

• Conectivites 12,4 8,5 13,6

• Outras d. reumáticas = 1,3 3,1

• Acrossíndromes 2,2 0,5 3,7

• S. Auto-inflamatórios ? ? 1,9

• Dores / artrite sem causa 6,2 26,1 11,6

• Dores crescimento 1,9 0,2 3,2

• Fibromialgia 2,0 1,1 1,3

• Algoneurodistrofia (DRCT1) 1,9 0,3 3,5

• Mecânicas / Ortopédicas 8,7 10,6 3,3

• Infecciosas 3,6 7,0 3,3

• Displasias esqueléticas 0,08 0,1 0,4

• Doenças metabólicas 0,01 0,03 0,04

• Doenças malignas 0,3 0,8 1,2

• Imunodeficiências ? ? 0,5

• Iatrogenia (D. soro-like +++) 0,8 0,2 2,7

• Miscelânea 32 ≈24 18,8

3. HPC

42

,7%

31

,3%

40

,4%

0,2% 3

1. J R

heum

ato

l1996;2

3:1

968

-73

2. J R

heum

ato

l2005;3

2.1

992

-2001

Resultados e

m %

3. R

ev B

ras R

eum

ato

l 2007;4

7:4

18

-23.

Page 47: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

CASUÍSTICAS 12.939 1 3.269 2 2.460 3

• AIJ 28,1 21,0 18,1

• LES 1,8 1,0 2,3

• LES Neonatal 0,8 0,2 0,3

• DMJ 1,3 0,6 0,9

• S. Sjögren 0,8 0 0,4

• DMTC (..%) + DITC (..%) 0,4 0,06 0,2

• Behçet 0,1 0,06 1,0

• Vasculites graves 0,2 0,2 0,4

• Artrites Reactivas ? ? 2,9

• F. reumática / ARe Str py 2,1 0,9 1,8

• Esclerodermias 0,8 0,7 0,7

• Sind. Auto-inflamatórios ... … 1,9

3. HPC

42

,7%

31

,3%

40

,4%

1. J R

heum

ato

l1996;2

3:1

968

-73

2. J R

heum

ato

l2005;3

2.1

992

-2001

Resultados e

m %

Page 48: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

Artrites Idiopáticas Juvenis

Page 49: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

AIJ Poliarticular

02002061Nov. 2005

♂, 7 anos (início 3,5 A)

AIJ Poli FR negativo

Page 50: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

Definição de Artrite

Page 51: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

ARTRITES IDIOPÁTICAS

JUVENIS

• Início < 16 anos = “juvenil”

• Idiopáticas – não se sabe a causa

• AIJs (plural) – associa grupo heterogéneo

Page 52: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

2

1

3

4

5

6

7

7 Subtipos AIJ

Page 53: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

Subtipos AIJ (ILAR*, 1997):UK 1

2000

Ger 2

2000

Fra. 3

2000Spñ 4

2001HPC

2014

Sistémica 15 17 17 14 9

Oligoarticular 44 27 35 38 52

Poliarticular FR neg. 20 26 15 22 19

Poliarticular FR pos. 5 3 2 2 2,2

Artrite com entesite 7 6 7 7 12

Artrite Psoriática 8 5 4 2 5

Indiferenciada 2 16 20 15 2

DOENTES (nº) 572 172 194 125 448

em %

1. Thomas E et al. Subtyping of juvenile idiopathic arthritis using latent class analysis. Arthritis Rheum 2000;43:1496-503

2. Krumrey-Langkammerer M et. al. Evaluation of the ILAR criteria for juvenile idiopathic arthritis. J Rheumatol 2001;28:2544-7

3. Hofer M, et al. Juvenile idiopathic arthritis evaluated prospectively in a single center according to the Durban criteria. J Rheumatol 2001;28:1083-90

4. Merino R, et J. Evaluation of ILAR classification criteria for juvenile idiopathic arthritis in Spanish children. J Rheumatol 2001;28:2731-6

Page 54: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

Dor na Artrites Idiopáticas Juvenis

Page 55: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

10024474 AIJ oligoarticular

“… ≈ 25% das crianças com AIJ oligoarticular NÃO têm

dores ou comportam-se como não tendo dores,

observando-se apenas a tumefacção articular” (1).

AIJ: AUSÊNCIA / DOR LIGEIRA

Page 56: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

“… ≈ 25% das crianças com AIJ oligoarticular NÃO têm

dores ou comportam-se como não tendo dores,

observando-se apenas a tumefacção articular” (1).

AIJ: AUSÊNCIA / DOR LIGEIRA

1. Woo P, Laxer RM, Sherry DD. Pediatric Rheumatology in Clinical Practice

London, Springer-Verlag 2007: pg 25

+++ Tumefacção e rigidez articular com padrão inflamatório

AIJ

psoriática

Page 57: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

2 meses depois de

Hexacetonido triamcinolona.

intra-articular JD + JE

Flexo articular

e/ou

rigidez articular

mantidas

AIJ Oligoarticular (52%)

Dor +

04005835

03004020

Dor +

Page 58: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

abertura da boca 1,5 dedos da própria doente (≈ 3 cm)

Martini G et al. Isolated temporomandibular synovitis as unique presentation of

juvenile idiopathic arthritis. J Rheumatol 2001;28:1689-92.

Normal (3 dedos)

Qualquer articulação a Inaugural

Page 59: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

0300484201.07.2003 03004842

♂, 4 A

01.07.2003

Febre D13 + rigidez nuca com LCR normal

+ peritonite +

2 episódios de rash morbiliforme transitório

Envolvimento inaugural e único da coluna cervical

(vários meses)

• 5 das 448 AIJ (≈1%)

• AIJ sistémica – 1

• AIJ oligoarticular (> 6 meses) – 4 (3 oligoestendida)

2ª manif. - Uveíte

Page 60: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

TOTAL Uveítes %

Oligoarticular 58 24 41%

Poliarticular FR negat. 25 2 8%

Poliarticular FR posit. 4 - -

Sistémica 16 1* 6%

Espondiloartropatias 13 1 8%

Psoriática 4 2 50%

Não classificável 7 1 14%

TOTAL 127 31 24%

Uveíte nas AIJs (HPC):

(duração > 5 anos)

* 1 vitriteAIJs avaliadas: 312

Page 61: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

Uveítes agudas

Espondiloartropatias

Incidência: ++

♂♂♂♂♂♂:♀

Sintomas / sinais evidentes

> 8 anos

HLA.B27 +++ (80%)

Boa resposta tratamento

Não evolução crónica

História familiar ++ (=)

Uveítes crónicas

AIJ oligo / Psoríatica

Incidência: ++++

♀♀♀♀:♂♂

Ausência sintomas / sinais

+++ < 5 anos

ANA positivos

Má resposta tratamento

Cronicidade +++

História familiar ausente

UVEÍTEs nas AIJs

Page 62: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

UVEÍTEs nas AIJs

Uveítes crónicas

Uveítes agudas

Page 63: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

Demora entre Artrite e 1ª Uveíte (127 AIJs duração > 5 A)

58 AIJ Oligoarticulares

24 uveítes (41%)

69 Outras AIJs

7 Uveítes (10%)

3 /31 (10%) uveíte precedeu artrite.

+ 3 /31 (10%) artrite desvalorizada até à ocorrência de uveíte.

8 / 24 (33%)

em 3 (10%) a uveíte precedeu a artrite: 0,4; 5; 9 meses

Início da ARTRITE

2 / 7 (29%)

Idade

(anos)

Page 64: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

Exame Objectivo e Exames Complementares

Em reumatologia a tecnologia não substitui o convencional.

CONCLUSÕES:

Page 65: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

CONCLUSÕES:

Page 66: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

• O crescimento não faz doer

• As “dores de crescimento” são um nome ambíguo que inclui:

- Dores idiopáticas (noturnas ou não)

- Osteocondroses (relacionadas com o crescimento)

• As dores de crescimento têm manifestações clínicas muito características

• RX osteocondroses sem clínica não tem valor clínico

CONCLUSÕES:

Page 67: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

CONCLUSÕES

• A doença soro-like é uma complicação muito

frequente do uso indescriminado de antibiótico

• A artralgia na criança com reumatismo é bem

tolerada ao invés das infeções e dos

reumatismos agudos

• As Artrite idiopáticas juvenis são o reumatismo

crónico mais frequentes, sendo uveíte crónica a

principal complicação extra-articular

Page 68: Diagnósticos frequentes reumatologia pediátrica 16.10.14

CONCLUSÕES

• Os critérios de exclusão das dores de

crescimento poderão ser um instrumento de

selecção nos doentes a investigar e/ou a a

referenciar.