Auditoria UATD.doc

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Prof. António Dias – Contabilidade e Finanças UTAD 08/09 1 Mestrado em Auditoria e Finanças Apontamentos Teóricos Disciplina: Auditoria Docente: António Dias Ano Lectivo: 2008/2009 AUDITORIA - INTRODUÇÃO 1. Introdução à Auditoria Financeira 1.1 Definição e Objectivos da Auditoria • “É o exame das demonstrações financeiras de uma empresa ou entidade, realizado em conformidade com determinadas normas por um profissional qualificado e independente, com o fim de expressar a sua opinião sobre a razoabilidade com que essas demonstrações financeiras apresentam a informação nelas contida de acordo com certas regras e princípios”. In La auditoria Financiera – Manuel Soto Serrano • “Consiste no exame de certos documentos inerentes às transacções de um período e a posição financeira da empresa em certa data, afim do auditor poder emitir opinião sobre eles”. In Elementos de Auditoria – António Carvalho • É um exame independente de, e expressão de opinião sobre, as demonstrações financeiras de uma empresa, por um auditor”. In Explanator Foreword to the Auditing Standarts, IASC, Londres, Jan 1989

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Prof. Antnio Dias Contabilidade e Finanas UTAD 08/09

1

Mestrado emAuditoriae Finanas

ApontamentosTericos

Disciplina: AuditoriaDocente: Antnio Dias

Ano Lectivo: 2008/2009

AUDITORIA- INTRODUO

1. Introduo AuditoriaFinanceira

1.1 Definio e Objectivos daAuditoria

o exame das demonstraes financeiras de uma empresa ou entidade, realizado em conformidade com determinadas normas por um profissional qualificado eindependente, com o fim de expressar a sua opinio sobre a razoabilidade com que essas demonstraes financeiras apresentam a informao nelas contida de acordo com certas regras e princpios.

InLaauditoriaFinanciera Manuel Soto Serrano

Consiste no exame de certos documentos inerentes s transaces de um perodo e a posio financeira da empresa em certa data, afim do auditor poder emitir opinio sobre eles.

InElementos deAuditoria Antnio Carvalho

um exame independente de, e expresso de opinio sobre, as demonstraes financeiras de uma empresa, por um auditor.

InExplanator Foreword to the Auditing Standarts, IASC, Londres, Jan 1989

Objectivos principais:

O principal objectivo daauditoriafinanceira concluir se as demonstraes financeiras apresentam de formaverdadeira e apropriada (a true and fair view, fidlement, adecuadamente) a situao financeira e os resultados das operaes de acordo com os Princpios contabilsticos geralmente aceites (PCGA);

Oferecer credibilidade s demonstraes financeiras junto dos seus utilizadores;

Detectar os pontos fracos do Sistema deControloInterno;

Exercer aco pedaggica e decontrolosobre a estrutura.

Notem como objectivo detectar erros e/ou fraudes.

Utilizadores da Informao Financeira:

Investidores;

Colaboradores;

Financiadores;

Fornecedores e Outros Credores

Clientes

Estado

Pblico

Investigadores

1.2 Outros tipos deAuditoria

AuditoriaInterna

AuditoriaOperacional

Auditoriade Gesto

AuditoriaPrevisional ou Prospectiva

AuditoriaInformtica

AuditoriaSocial

AuditoriaAmbiental

Auditoriade Qualidade

Auditoriade Segurana e Sade no Trabalho

AuditoriaFiscal

Interpessoal

Trata com registos

Eficcia dos procedimentos de Gesto: Sistema decontrolointerno global, performance das politicas, outros aspectos no financeiros

Avalia a eficcia contabilstica e financeira

Orientada para o investimento, distribuio de recursos e resultados das actividades e operaes

Orientada para os resultados

Inovadora

Rotineira

Avaliao de todas as actividades

Limitada informao contabilstica e financeira

Ponto de vista da Gesto

Ponto de vista tcnico -contabilstico

Orientada para o futuro

Anlise do passado

Auditoriade Gesto

AuditoriaFinanceira

Tratamento estatstico automtico

Tratamento estatstico moroso

Reduo de tempo significativa entre a 1auditoriae seguintes

Tempo de execuo deauditoria no varia entre a 1auditoriaeseguintes

Maior flexibilidade nos testes

Menor flexibilidade nos testes

Realiza-se no depto. de auditoria

Requer deslocao aos locais.

Exige anlise preliminar dos documentos (base de dados)

No exige anlise preliminar dos documentos

Amostras maiores

Amostras pequenas

Permite o tratamento de grandes volumes de informao

Dificuldade no tratamento de grandes volumes de informao

Exige conhecimentos informticos

No exige conhecimentos informticos

AuditoriaInformtica

AuditoriaTradicional

1.3AuditoriaFinanceira em Portugal

Em Portugal aAuditoriade base legal designada por Reviso Oficial de Contas

Por sua vez o Auditor designado por Revisor Oficial de Contas

Aparece pela primeira vez na legislao atravs da publicao do Decreto-Lei n.49381 de 15/11/1969 que estabelece o Regime Jurdico para a Fiscalizao das

Sociedades Annimas

No entanto a actividade profissional s veio a ser regulada em 03/01/1972 com a publicao do Decreto - Lei n. 1/72

Actualmente DL n. 487/99, de 16/11, Estatuto dos ROC

De acordo com o n. 2 do art. 44 do diploma anterior:

A certificao legal de contas exprime a opinio do revisor oficial de contas de que as demonstraes financeiras apresentam ou no, de forma verdadeira e apropriada, a posio financeira da empresa ou outra entidade, bem como os resultados das suas operaes, relativamente data e ao perodo a que as mesmas se referem.

1.4 A profisso de Revisor Oficial de Contas

1.4.1 Estatuto dos ROC

As competncias dos ROC, no exerccio de funes de interesse pblico, encontram-se definidas no DL n. 487/99, de 16/11 e dividem-se em:

Competncias Exclusivas

Competncias Especificas

Veja-se sobre este tema os art.s 40, 47 e 48 do DL n. 487/99, de 16/11 - Estatuto dos ROC

Competncias Exclusivas (art. 40):

A reviso legal de contas, aauditorias contas e os servios relacionados, de empresas ou de outras entidades;

O exerccio de quaisquer outras funes que por lei exijam a interveno prpria e autnoma de ROC sobre determinados actos ou factos patrimoniais de empresas ou de outras entidades;

Outras funes de interesse pblico que a lei lhes confira.

Competncias Especficas(art. 47):

A fiscalizao da gesto e da observncia das disposies legais e estatutrias de empresas ou de outras entidades, sem prejuzo da competncia atribuda por lei aos rgos e aos membros destes;

Quaisquer outras funes definidas por lei.

Outras Funes (art. 48):

Exerccio de consultoria e de docncia em matrias que integram o programa de exame de admisso OROC.

1.4.2 O Cdigo de tica e Deontologia Profissional

Dirio da Repblica III srie n. 297 de 26.12.2001

O ROC deve exercer a actividade profissional com:

Independncia

Responsabilidade

Competncia

Urbanidade

Legalidade

Sigilo profissional

De forma a atingir os objectivos fundamentais da profisso:

Credibilidade

Profissionalismo

Qualidade

Confiana

1.4.3 Acesso Profisso de ROC

Decreto-Lei 487/99 de 16.11 Art. 123 e seguintes

Requisitos Gerais:

Ter nacionalidade Portuguesa

Ter idoneidade moral para o exerccio do cargo

Estar no pleno gozo dos direitos civis e polticos

No ter sido condenado por qualquer crime gravemente doloso nem declarado incapaz de administrar as suas pessoas e bens por sentena transitada em julgado, salvo se obtida reabilitao judicial

Possuir licenciatura emAuditoria, Contabilidade, Direito, Economia, Gesto de Empresas ou cursos equiparados

Realizar com aproveitamento o exame de admisso Ordem (actualmente composto por 4 exames que versam 12 disciplinas)

Realizar com aproveitamento o estgio (700h/ano durante 3 anos) ou ser concedida dispensa de estgio

1.4.3 Acesso Profisso de ROC

Decreto-Lei 487/99 de 16.11 Art. 123 e seguintes

Exame s seguintes disciplinas:

Economia

Matemticas financeiras e mtodos quantitativos

Direito

Contabilidade financeira

Contabilidade econtrolode gesto

Actividades financeira e seguradora

Fiscalidade

Finanas empresariais

Sistema de informao de gesto

Reviso/Auditoria

Teoria do comportamento

tica e deontologia e Estatuto profissional

1.5 Legislao (aspectos relevantes)

1.5.1 Cdigo das Sociedades Comerciais (CSC)

1.5.1.1 Empresas sujeitas a Reviso Oficial de Contas

Sociedades Annimas (art. 414 e 446).

Sociedades por quotas com Conselho Fiscal (art. 262, n. 1)

Sociedades por quotas sem Conselho Fiscal, que ultrapassem dois dos trs limites do n. 2 do art. 262, durante dois anos consecutivos.

Total do Balano: 1.500.000

Total das Vendas Lquidas e Outros Proveitos: 3.000.000

Nmero mdio de trabalhadores durante o exerccio: 50

1.5.1.2 Outras disposies do CSC

Confirmao do valor das realizaes de capital em espcie (28)

Verificao e avaliao das aquisies de bens a accionistas (29)

Parecer na transformao de sociedades (art. 132)

Representante comum dos accionistas (art.357)

Parecer na fuso de sociedades (art. 99)

Apoio aos scios no exerccio do direito de informao (art. 214)

Obrigaes com juros suplementares ou prmio de reembolso ( 362)

Certificao de balanos especiais (art. 91/93)

Dever de denncia ao Ministrio Pblico de crimes pblicos (492)

Certificao de Balanos intercalares (art. 297)

Dever de preveno nas sociedades por quotas (art. 262-A)

Dever de vigilncia nas sociedades annimas (art. 420-A)

Avaliao de empresas e quotas no caso de exonerao e amortizao de quotas (art. 105 e 235)

1.5.2 Cdigo do Mercado de Valores Mobilirios

Sociedades cotadas em bolsa 2auditoria(art. 341)

Parecer sobre as informaes semestrais divulgadas pelas empresas cotadas (art. 246)

Parecer sobre situao econmica e financeiras das empresas que efectuem operaes pblicas de subscrio (art. 29)

Parecer sobre o pedido de registo de uma OPA (art. 115)

Parecer sobre o pedido de admisso de uma OPV (art. 115)

Parecer sobre o pedido de admisso de valores mobilirios cotao (art. 205)

Comunicao CMVM das situaes que constituam crimes ou afectem a continuidade da actividade dos intermedirios financeiros a quem prestam servios (art. 317)

1.5.3 Outras Funes dos ROC

Empresas Pblicas (DL 260/76 e DL29/84)

Soc. Gesto e Investimento Imobilirio (DL 291/85)

Soc. Capital de Risco (DL 17/86)

Fundos de Investimento (DL 134/85)

Soc. Gestoras de Participaes Sociais (DL 495/88)

Soc. Administrao de Compras em Grupo (DL 237/91)

Caixa Crdito Agrcola Mutuo (DL 24/90)

Estab. Individual de Responsabilidade Limitada (EIRL) (DL

248/86)

1.5.3 Outras Funes dos ROC

No exclusivas:

Gestor Judicial

Liquidatrio Judicial

Perito em processos judiciais

Consultor Fiscal

Consultor em Finanas, Investimentos, Gesto

Tcnico Oficial de Contas

Professor

AUDITORIA Estrutura Conceptual

2. A Estrutura Conceptual

2.1 Normas deAuditoria

2.1.1 Normas Internacionais (AICPA, IFAC e FEE)

2.1.2 Normas Nacionais (OROC)

2.2 Princpios e Normas da Contabilidade

2.3 Importncia da harmonizao contabilstica para o trabalho do auditor

2.1 Normas deAuditoria

2.1.1 Normas Internacionais

American Institute of Certified Public Accountants (AICPA) emite os princpios Generally Accepted Auditing Standarts (GAAS) e as interpretaes Statements on Auditing Standards (SAS)

International Federation of Accountants (IFAC) emite as normas designadas International Auditing Standarts (ISA)

Fdration des Experts Comptables Europens (FEE) emite normas deauditoria

Sobre o tema recomenda-se o capitulo 2 do manual adoptado e o site www.oroc.pt.

2.1.2 Normas Nacionais

Ordem dos Revisores Oficiais de Contas (OROC)

Emite:

Normas Tcnicas de Reviso/Auditoria (NTR/A) substituem as Normas Tcnicas de Reviso Legal de

Contas (NTRLC)

Directrizes Tcnicas de Reviso/Auditoria(DR/A) substituem as Recomendaes Tcnicas (RT)

Recomendaes Tcnicas (RT) substituem as

Directrizes Tcnicas (DT)

Interpretaes Tcnicas (IT)

Sobre o tema recomenda-se o capitulo 2 do manual adoptado e o site www.oroc.pt.

2.2 Princpios e Normas da Contabilidade

Princpios contabilsticos geralmente aceites (PCGA):

So um conjunto de normas e convenes que guiam ou orientam os contabilistas na preparaodas demonstraes financeiras.

2.2 Princpios e Normas da Contabilidade Internacionais:

American Institute of Certified Public Accountants (AICPA) Publica os ARB (accounting research bulletins) e os APB (Accounting Principles Board)

Financial Accounting Standards Board (FASB) Emite as FAZ (Financial Accounting Standards)

International Accounting Standards Committe (IASC) Emite as NIC (Normas Internacionais de Contabilidade)

Em Portugal:

POC (1977)

Directrizes Contabilsticas (DCs)

Normas Internacionais de Contabilidade (NICs)

Comisso de Normalizao Contabilstica (CNC)

2.3 Importncia da harmonizao contabilstica para o trabalho do auditor

O trabalho do auditor pretende assegurar que as Demonstraes Financeiras (DFs) esto de acordo com os PCGA.

Em Portugal as Normas Tcnicas de Reviso/Auditoriaemanadas pela OROC referem que a opinio do revisor deve ser expressa tendo em conta os PCGA ou os especificamente adoptados para um sector de actividade (planos de contas sectoriais).

3. O Processo deAuditoria

3.1 As fases do processo deAuditoria

3.1 Processo deAuditoria

FASE 1

Planeamento DR/A 300

Avaliao do Risco deAuditoriaDR/A 400

Avaliao Preliminar e Materialidade DR/A 320

Conhecimento da Empresa, do Negcio e da Gesto DR/A 310

Levantamento do Sistema Contabilstico e deControloInternoDR/A 410

Definio da Estratgia de Trabalho

Definio da Estratgia de Trabalho

Identificao das matrias relevantes para aAuditoria

Fixao dos objectivos especficos por rea

Definio de metodologia e distribuio de recursos

Programa de Trabalho

FASE 2

Execuo

Procedimentos deAuditoria

Testes Substantivos - Validao de Saldos

Recolha de Prova

Concluses por rea

Concluses Gerais e Emisso de Relatrio

FASE 3

Relato

Por"Planeamento"entende-se o desenvolvimento de uma estratgia geral e de uma metodologia detalhada quanto s esperadas natureza, tempestividade e extenso da reviso/auditoria, de modo que os respectivos trabalhos sejam executados de uma maneira eficiente e tempestiva.

Um planeamento adequado, necessrio em todos os exames, a executar anteriormente ao incio dos trabalhos de reviso/auditoria, contribui para assegurar:

Que seja prestada ateno apropriada a reas importantes da reviso/auditoria,

Que potenciais problemas sejam identificados,

Que o trabalho seja completado de forma expedita,

A devida atribuio de tarefas aos membros da equipa de reviso/auditoriae a verificao do seu trabalho, e

A coordenao do trabalho feito por outros revisores/auditores e peritos.

3.2 Conhecimento da Empresa e do Negcio ISA310 e DR/A310

O conhecimento do negcio fundamental para que o Auditor identifique e compreenda os acontecimentos, as transaces e as prticas que, no seu julgamento, podem ter um efeito significativo nas DFs, ou naauditoriaou no relatrio da mesma.

Ajuda o Auditor a determinar riscos, identificar problemas, planear de forma eficaz e eficiente o trabalho a desenvolver, avaliar as provas recolhidas e proporcionar um melhor servio ao cliente.

Assuntos a conhecer:

Factores econmicos gerais

O sector de actividade

A empresa:

Gesto e propriedade

O negcio da empresa

Desempenho financeiro

Meio envolvente

Legislao (Geral e Especfica da actividade)3.3 Materialidade DR/A320

Materialidade: A informao materialmente relevante se influenciar as decises econmicas dos utilizadores tomadas com base nas DFS.

Traduz-se na magnitude de uma omisso ou erro existente na informao financeira possa alterar ou influenciar a deciso do utilizador.

A definio do que materialmente relevante depende do julgamento profissional do auditor.

Este julgamento envolve a definio de valor (quantidade) e natureza (qualidade) dos erros, o qual dever considerar a globalidade das DFs.

A materialidade deve ser considerada quando:

Se determina a natureza e extenso dos procedimentos deauditoria

Se avalia o efeito das distores

Existe uma relao inversa entre a materialidade e o nvel de risco de reviso/auditoria, isto , quanto mais elevado o nvel de materialidade, mais baixo o risco de reviso/auditoriae vice-versa.

Determinantes da materialidade

A materialidade de um item depende da dimenso (quantidade), da natureza (qualidade) e das circunstncias.

Nveis de Materialidade

A estratgia da reviso/auditoriaconsidera a materialidade em dois nveis bsicos:

A) -Um nvel global para as demonstraes financeiras tomadas como um todo;

A1) Materialidade baseada nos resultados das operaes

A2) Materialidade baseada na posio financeira

B) -Outro nvel por cada conta ou grupo(s) de contas ou classe(s) de transaces.

3.4 Anlise do risco como factor determinante do planeamento ISA400 e DR/A400

3.4.1 Definio do risco emauditoria

O risco do auditor expressar uma opinio inapropriada quando as DFs apresentam distores materialmente relevantes

A informao materialmente relevante se influenciar as decises econmicas dos utilizadores tomadas com base nas DFS

3.4.2 Modelo e componentes do Risco em Auditoria (RA)

Componentes:

Risco Inerente (RI)

Risco deControlo (RC)

Risco de Deteco (RD)

Modelo:

RA = RI x RC x RD

Risco Inerente:

a susceptibilidade de um saldo de uma conta ou uma classe de transaces apresentar erros que podem ser materialmente relevante, quer sejam considerados individualmente ou agregados com distores noutros saldos ou classes, antes de se considerar os efeitos dos controlos internos relacionados.

Risco Inerente: Ao desenvolver o plano global deauditoria, o auditor deve avaliar o risco inerente ao nvel das demonstraes financeiras, devendo relacionar tal avaliao com os saldos de conta e classes de transaces materialmente relevantes ao nvel da assero.

Risco deControlo:

o risco de que uma distoro, que possa ocorrer num saldo de conta ou numa classe de transaces e que possa ser materialmente relevante, individualmente ou quando agregada com distores noutros saldos ou classes, no seja evitada ou detectada e corrigida em tempo oportuno pelos sistemas contabilsticos e decontrolo interno.

Risco deControlo: A avaliao preliminar do risco decontrolo o processo de avaliar a eficcia do sistema decontrolointernode uma entidade na preveno ou deteco e correco de distores materialmente relevantes.

Existir sempre algum risco decontrolo devido s limitaes inerentes de qualquer sistema decontrolointerno.

Risco de Deteco:

o risco de que os procedimentos substantivos do auditor no detectem uma distoro que exista num saldo de conta ou numa classe de transaces e que possa ser materialmente relevante, individualmente ou quando agregado com distores noutros saldos ou classes.

O nvel do risco de deteco relaciona-se directamente com os procedimentos substantivos executados pelo auditor.

O risco de deteco uma funo entre a eficcia dos procedimentos de reviso/auditoriae a sua aplicao pelo auditor.

A avaliao do RC pelo revisor, juntamente com a avaliao do RI, influencia a natureza, extenso, profundidade e oportunidade dos procedimentos substantivos a serem executados para reduzir o RD e, portanto, o RA a um nvel aceitavelmente baixo.

Quando desenvolver a metodologia de reviso/auditoria, o revisor/auditor considera a avaliao preliminar do risco decontrolo(em conjugao com a avaliao do risco inerente) para avaliar o risco de deteco apropriado a aceitar para as asseres contidas nas demonstraes financeiras e para determinar a natureza, extenso, profundidade e oportunidade dos procedimentos substantivos para tais asseres.

O risco inerente e o risco decontrolodiferem do risco de deteco pelo facto de aqueles existirem independentemente daauditoriadas demonstraes financeiras, enquanto o risco de deteco est relacionado com os procedimentos do auditor e pode ser,alterado ao seu arbtrio, conforme o seu juzo profissional

Inter-relao dos componentes do RA

Oitlicorepresenta o Risco de Deteco

Mdia

Mais

baixa

A mais

baixa

Alta

Determinao

do RI pelo

Auditor

A mais

alta

Mais

alta

Mdia

Baixa

Mais

alta

Mdia

Mais

baixa

Mdia

Baixa

Mdia

Alta

Determinao do RC pelo Auditor

A reduo do Risco, e consequentemente os procedimentos deauditoriaa efectuar, dependem do nvel de materialidade calculado.

Existe uma relao inversa entre Materialidade e nvel de Risco deauditoria. Quanto mais elevado for o nvel de materialidade menor ser o risco deauditoriae vice-versa.

3.5 Compreenso dos sistemas contabilsticos e decontrolointernoISA400 e DR/A410

Sistema contabilstico Srie de tarefas e registos de uma entidade pelas quais as transaces so processadas como meio de manter os registos financeiros. Estes sistemas agregam, analisam, calculam, classificam, registam, resumem e relatam transaces e outros acontecimentos

Sistema decontrolointerno politicas e procedimentos adoptados pela Gesto que visam assegurar, tanto como possvel, a conduo ordenada e eficiente do negcio, a salvaguarda dos activos, a preveno e deteco de fraude e erros, o rigor e a plenitude dos registos contabilsticos, e a preparao, em tempo oportuno, de informao financeira credvel.

O SCI compreende cinco componentes interligados, que so:

a) "Ambiente decontrolo" - as aces da gesto a respeito do SCI e a sua importncia dentro da entidade

b) "Avaliao do risco" - a identificao e anlise pela entidade dos riscos relevantes para a realizao dos seus objectivos

c) "Procedimentos decontrolo" - so as polticas e procedimentos que ajudam a assegurar que as directivas da gesto so executadas.

d) "Informao e comunicao" - a identificao, recolha e troca de informao por forma a permitir aos empregados levarem a cabo as suas responsabilidades.

e) "Monitorizao" - o processo que avalia a qualidade do desempenho docontrolointernoao longo do tempo.

4.Procedimentos e Testes

4.1 Procedimentos gerais deauditoriaDRA 510 (OROC)

Inspeco- Consiste em examinar os registos e documentos ou bens (existncias, imobilizado, caixa).

Observao- Consiste em presenciar um processo ou um procedimento que est a ser executado por outros.

Exemplo: Observao da contagem fsica das existncias realizada por pessoal da empresa.

Indagao- Procura de informao apropriada junto de pessoas informadas sobre as diversas funes da empresa. Podem ser escritas ou verbais.

Confirmao Obteno de prova deauditoriapor solicitao a terceiros. Exemplo: Circularizao a fornecedores e bancos.

Clculo A execuo de clculos consiste na verificao da exactido dos clculos aritmticos efectuados pela empresa assim como da adequao das bases em que os mesmos foram efectuados.

Procedimentos analticos Consistem na anlise de rcios e tendncias significativas incluindo a investigao de flutuaes e relacionamentos que sejam inconsistentes com outra informao relevante ou que se de sviem das quantias esperadas.

4.2 Tipos de testes e de procedimentos ISA500

Testes deControlo

Testes que tm por objectivo verificar a concepo e operacionalidade do sistema contabilstico e de controlointerno.

Testes (procedimentos) Substantivos

Testes que tm por objectivo detectar distores materialmente relevantes nas DFs.

4.3 Tcnicas de seleco de amostras em auditoria

Amostragem no estatstica

Por intervalos (sequencial)

Por blocos

Por nmeros aleatrios

Sobre valores estratificados

Amostragem estatstica

Sobre valores acumulados

Numrica

5. OControloInterno

5.1 Definio, importncia e objectivos do controlointerno

Sistema decontrolointerno politicas e procedimentos adoptados pela Gesto que visam assegurar, tanto como possvel, a conduo ordenada e eficiente do negcio, a salvaguarda dos activos, a preveno e deteco de fraude e erros, o rigor e a plenitude dos registos contabilsticos, e a preparao, em tempo oportuno, de informao financeira credvel.

5.1 Objectivos docontrolointerno

O SCI visa assegurar:

A confiana e a integridade da informao;

A conformidade com as politicas, planos, procedimentos, leis e regulamentos;

A salvaguarda dos activos;

A utilizao econmica e eficiente dos recursos;

A realizao dos objectivos estabelecidos para as operaes ou programas.

5.2 Tipos decontrolointerno

CI Administrativo inclui, mas no se limita, o plano de organizao e os procedimentos e registos que se relacionam com os processos de deciso e que conduzem autorizao das transaces pelo rgo de gesto.

Elementos fundamentais de um SCI: Definio de autoridade, delegao de responsabilidade, segregao de funes,controlodas operaes, numerao sequencial e adopo de mecanismos de conferncia independentes.

CI Contabilstico compreende o plano da organizao e os registos e procedimentos que se relacionam com a salvaguarda dos activos e com a confiana que inspiram os registos contabilsticos, de modo a proporcionar certeza razovel de que as transaces :

- So executadas de acordo com o processo de autorizao;

- So registadas de modo a permitirem a preparao das DFs de acordo com os PCGA e a manteremcontrolosobre os activos.

5.3 Limitaes docontrolointerno

Falta de interesse da Gesto;

Falta de dimenso da empresa;

Relao Custo Benefcio;

Existncia de conluio e fraudes:

Dificuldade nas transaces pouco usuais;

Proteco dos dados informticos.5.4 Conhecimento, Registo e Avaliao do SC e do SCIO Auditor deve analisar e avaliar o SCI para poder determinar a confiana que o mesmo merece e determinar a extenso dos procedimentos deauditoriaa realizar durante o trabalho de campo. Para tal analisa:

- Organigramas

- Manuais de descrio de funes

- Manuais de polticas e procedimentos contabilsticos e das medidas de CI

- Outros documentos ou informaes relacionadas com o controloadministrativo e contabilstico

Na ausncia de documentos formais ter que realizar entrevistas com os responsveis das diversas seces e observar a forma como as tarefas so executadas e a documentao tratada.

Formas de recolha da informao:

Questionrios padronizados;

Narrativas

Fluxogramas

Forma Mista (combinao das anteriores)

A Avaliao do sistema decontrolointerno efectuada atravs da realizao de testes de conformidade, pois estes tm como objectivo verificar a concepo e operacionalidade do sistema contabilstico e decontrolointerno.

Estes testes para alm de testarem a adequacidade do sistema devem permitir auferir se de facto o mesmo se encontra implementado.

5.6 Sugestes para a melhoria dos procedimentos contabilsticos e medidas CI

Aps a avaliao do SC e do SCI o auditor est em condies de emitir uma opinio independente sobre os mesmos. Embora este no seja o objectivo principal do seu trabalho pode emitir um relatrio com sugestes para a melhoria destes sistemas.

6. A prova deauditoria

6.1 Obteno e importncia da prova no trabalho deauditoriaDR/A 510 e ISA500

O auditor deve recolher evidncias, em quantidade e qualidade suficiente, de forma a retirar concluses e basear a sua opinio.

Logo a prova emauditoriasignifica a informao obtida pelo auditor para chegar s concluses em que baseia a sua opinio.

A suficincia da prova tem a ver com a quantidade, enquanto o facto de a mesma ser apropriada se relaciona com a sua qualidade, a qual depende da sua credibilidade e da relevncia que possa ter para uma particular assero.

Ao obter prova a partir de testes decontroloou procedimentos substantivos deve-se considerar se a evidncia obtida suficiente e apropriada ao nvel de risco definido.

6.2 A documentao da prova Papis de Trabalho DR/A 230

Objectivos:

- Auxiliar no planeamento e execuo do trabalho

- Auxiliar na superviso e reviso do trabalho

- Proporcionar prova do trabalho realizado de forma a suportar a opinio do auditor.

Papis de Trabalho:

- Dossier Permanente

- Dossier Corrente:

- Programas de Trabalho

- Mapas de Trabalho

6.3 Tipos e valor da prova recolhida

A credibilidade da prova influenciada pela sua fonte: - Interna

- Externa

E pela sua natureza: - Visual

- Documental

- Verbal

Embora a credibilidade da prova esteja dependente de circunstncias individuais, podemos apresentar as seguintes generalidades:

A fonte externa mais credvel que as internas;

A prova interna mais credvel quando os SC e SCI so adequados e efectivos;

A prova obtida pelo Auditor mais credvel do que a obtida pela entidade;

A prova na forma documental e os esclarecimentos escritos mais credvel que a prova verbal.

6.4 Fraudes e erros (ISA 240)

Fraude Acto intencional, tal como:

- Manipulao, falsificao, alterao, supresso ou omisso de registos ou documentos;

- Apropriao indevida de activos;

- Registo de transaces inexistentes;

- Aplicao indevida de polticas contabilsticas.

Erro Acto no intencional, tal como:

- Erros aritmticos nos registos contabilsticos;

- Descuido ou interpretao indevida de factos;

- Ausncia de registos;

- Aplicao indevida de polticas contabilsticas;

- Transaces no usuais.

Quando detectados erros ou fraudes, relevantes, devem ser revistos os procedimentos previstos, devendo-se executar procedimentos adicionais adequados.

Tais situaes devem ser comunicadas Gesto. No caso de fraude mesmo que no seja materialmente relevante.

7.Auditorias DFs e outros documentos de prestao de contas

7.1.Auditorias diversas reas de balano e de resultados:

7.1.1 Disponibilidades

7.1.2 Compra, pessoal e dvidas a pagar

7.1.3 Existncias e CMVMC

7.1.4 Imobilizaes

7.1.5 Investimentos Financeiros

7.1.6 Vendas, prestaes de servios e dvidas a receber

7.1.7 Acrscimos e diferimentos

7.1.8 Provises para riscos e encargos

7.1.9 Capital Prprio

7.2. Reviso do cumprimento das obrigaes fiscais

Caractersticas da informao

Relevncia

Fiabilidade

Comparabilidade

Princpios Contabilsticos Geralmente Aceites

Continuidade

Consistncia

Especializao (ou do acrscimo)

Custo Histrico

Prudncia

Substncia sob a forma

Materialidade

7.1.1 Disponibilidades

Compreendetodas as contas da classe 4, conta

68.4 e algumas sub-contas da 78.

Objectivos daauditoria- Concluir se:

- Os procedimentos contabilsticos e medidas de CI so adequados e a funcionar;

- Saldo de Caixa representa apenas meios lquidos de pagamento, de propriedade da empresa;

- Os saldos de Depsitos representam meios de pagamento de facto existentes nas Inst.

Bancrias;

- Os saldos de Ttulos Negociveis e de Aplicaes de Tesouraria pertencem empresa, esto devidamente valorizados e classificados no Balano, e os respectivos resultados esto adequadamente reconhecidos na D Resultados;

- Todas as informaes pertinentes constam do Anexo s DFs.

Medidas de CI

- Pagamentos a dinheiro Fundo Fixo de Caixa

- Pagamentos por banco

- Cheque nominativos e cruzados

- Transferncia Bancria

- Ordens permanentes de pagamento

- Recebimentos

- Por correio

- Por cobradores

- Na tesouraria

- Via Vendas a Dinheiro

- Reconciliaes bancrias

Procedimentos Aplicveis

- Inspeco ao Caixa

- Confirmao de Saldos de Depsitos e Tit.Negociveis - Circularizao

- Analisar saldos de Provises, Conta 68 e 78

- Analisar Transferncias entre Bancos Programa deAuditoria Ver exemplo do livro

Aspectos relevantes de natureza contabilstica

Critrios de valorimetria de divisas

A moeda estrangeira expressa no balano de final do exerccio ao cmbio em vigor nessa data.

Tal pode originar diferenas de cmbio positivas ou negativas

Contabilizam-se as primeiras na conta 785 e as segundas na conta 685, ambas por 41.

Definio e correcta contabilizao de depsitos.

Diferena dos movimentos a considerar nas contas de depsitos ordem, depsitos a prazo e outros depsitos bancrios.

Ttulos Negociveis (15) e Outras Aplicaes de Tesouraria (18)

Noo Aplicaes de tesouraria de curto prazo (inferior a um ano).

Definio de empresas do grupo, empresas associadas, outras empresas.

Critrios de valorimetria de Ttulos Negociveis (15 e 18) -Pelo custo de aquisio (acrescido dos gastos da compra), excepto se esse custo for superior ao seu preo de mercado. Quando se prev uma descida de valor deve-se constituir uma proviso para a perda que eventualmente venha a ocorrer.

Mtodo de custeio das sadas os critrios definidos para as existncias, desde que aplicveis.

Provises para aplicaes de tesouraria.

Regista as diferenas entre o custo de aquisio e o preo de mercado das aplicaes de tesouraria, quando este for inferior quele. (49/6841)

7.1.2 Compra, pessoal e dvidas a pagarCompreende as contas 22, 23, 24, 25, 26, 31, 62,64, 65 e 68Objectivos daauditoria- Concluir se:

- Os procedimentos contabilsticos e medidas de CI so adequados e a funcionar;

- As aquisies e os restantes custos respeitam empresa e ao exerccio em anlise, e encontram-se convenientemente reflectidos nas DFs;

- As responsabilidades incorridas , ou at , data do Balano esto mensuradas, registadas e classificadas apropriadamente;

- Todas as informaes pertinentes constam do Anexo s DFs.

-Medidas de CI

- Processamento da Compra

- Recepo das Existncias

- Conferncia de Facturas

-Controlodas Dvidas a pagar

- Custos com Pessoal

Medidas de CI - Processamento da Compra

As compras so, em geral desencadeadas pela seco responsvel pela gesto de stocks que dirige seco de compras a respectiva requisio onde constam todas as especificaes (artigo, quantidade, eventuais fornecedores)

Estarequisiodeve ser emitida emtrsexemplares:

-Original: para a seco de compras

-Duplicado: para a seco de compras que o devolve seco de gesto de stocks quando a compra for lanada na contabilidade

-Triplicado: para o arquivo da seco de gesto de stocks

Medidas de CI - Processamento da Compra

AOrdem de Compradeve ser emitidas emquatro exemplares:

Original: para o fornecedor

Duplicado: para a contabilidade

Triplicado: para a recepo do armazm

Quadruplicado: para o arquivo temporrio da seco de compras, sendo transferido para o arquivo definitivo aps a entrega do produto

Nota: A cpia da Ordem de Compra enviada para a recepo no deve indicar as quantidades encomendadas.

Medidas de CI Recepo de Existncias

O recepcionista deve contar as quantidades entregues, confronta-las com as constantes nas guias de remessa do fornecedor, assinando-a caso confiram.

Posteriormente emite uma guia de recepo, onde identifica o nmero da ordem de compra, que envia para a contabilidade juntamente com a guia de remessa do fornecedor.

Se a recepo estiver fisicamente separada do armazm ou se existir mais que um armazm a guia de recepo deve ser emitida em quatro vias:

Original: para a contabilidade

Duplicado: para o armazm a que se destinam as mercadorias

Triplicado: para a seco de compras

Quadruplicado: para o arquivo da recepo

Medidas de CI Conferncia de Facturas

Quando afacturado fornecedor chega contabilidade j l se encontram os documentos necessrios a sua conferncia, que so:

- Duplicado da Ordem de Compra (ou contrato)

- Original da Guia de Remessa do fornecedor

- Original da Guia de Recepo

- Original da Guia de Entrada em Armazm (quando vrios armazns)

A conferncia da facturainclui:

- A confirmao de que a factura corresponde encomenda

e mercadoria recepcionada;

- A confirmao se os clculos aritmticos esto correctos

e de acordo com as condies negociadas

- A factura dever evidenciar a sua conferncia e a respectiva autorizao de pagamento

Controlodas Dvidas a pagar

Realiza-se atravs das respectivas contas de fornecedores e outros credores (corrente, facturas em recepo e conferncia, ttulos a pagar)

Deve-se extrair mensalmente os balancetes de terceiros onde conste:

- Dbitos e crditos do ms

- Dbitos e crditos acumulados

- Saldos devedores e credores

Nota: Os balancetes das contas de ttulos a pagar devem ser confrontados com o sistema de registo de letras que deve identificar os sacadores, data de emisso e de vencimento do aceite e respectivo valor.

Controlodos Custos com Pessoal

- Constituio de um processo individual por cada trabalhador, onde conste a sua identificao completa, condies de admisso, currculo acadmico e profissional, contrato de trabalho, relatrios mdicos, ;

- Definio do processo decontrolode assiduidade;

- Definio do sistema decontroloda produtividade;

- As folhas de vencimento devem ser elaboradas pela seco de pessoal, devendo estas garantir que os valores pagos correspondem ao trabalho efectuado e nas condies previstas no contrato;

- Estas folhas devem ser vistas e autorizadas para pagamento pelo responsvel pela seco de Pessoal e pelo Director Financeiro;

- Os pagamentos devem ser efectuados por transferncia bancria ou cheque, devendo existir prova do recebimento

- Definio da poltica de vales e adiantamentos, devendo os mesmos, quando no regularizados no prprio ms, ser contabilizados na respectiva conta de terceiros;

- Nas empresas com mais de 50 trabalhadores deve ser apresentado com as restantes DFs o Balano Social

Decreto-Lei 9/92 de 22.06

Procedimentos aplicveis

- Testes deControlo

- Teste s Compras (complementado pelo corte de recepo e de compras)

- Teste aos Custos com Pessoal

- Teste s Dvidas a Fornecedores

- Procedimentos Substantivos

- Confirmao de saldos

- Circularizao e obteno de certides quando se trate de dvidas administrao pblica

- Anlise das contas de Acrscimos e Diferimentos

Programa deAuditoria Ver exemplo do livro

Notas:

- O teste de conformidade aos Custos com Pessoal realizado a um conjunto seleccionado de funcionrios e tem como base as folhas de ordenados.

- Quanto aos restantes custos deve-se realizar anlises mensais comparativas com os custos do ano anterior e caso existam com os valores oramentados.

- Detectadas variaes significativas deve-se solicitar explicaes aos responsveis.

- As contas que apresentam movimentos repetitivos ao longo do ano (exemplo: rendas) no carecem de anlise mensal.

- Nas contas com saldos significativos deve-se seleccionar um ou dois meses e dentro destes os dbitos de maior valor, verificando-se:

- A autorizao para a realizao da despesa:

- A imprescindibilidade da mesma dada a actividade;

- A adequada classificao e especializao da mesma.

- H contas de custos que esto relacionadas com as contas do balano, como o caso das amortizaes, devendo obter-se referncias cruzadas entre elas.

- O auditor deve auferir se a classificao temporal das dvidas a pagar correcta.

Notas aos Testes Substantivos:

- Os saldos do balano que evidenciem valores lquidos (compensaes entre dbitos e crditos) tm que ser objecto de reclassificao e desdobrados nos correspondentes valores activos e passivos. Princpio da No Compensao de Saldos

- Com base em amostragem deve-se verificar os clculos aritmticos do balancete de encerramento, bem como se todos os saldos das vrias contas se encontram no mesmo;

- A probabilidade de haver passivos no contabilizados maior nos fornecedores mais regulares, pelo que estes devem ser seleccionados para circularizao.

Aspectos relevantes de natureza contabilstica

Dividas a pagar expressas em moeda estrangeira

Critrios de valorimetria final das dvidas a pagar

Cmbio fixado ou cmbio garantido

Cmbio data de balano (ou de fecho)

Tratamento das contabilstico diferenas de cmbio

De dvidas a curto prazo

.Se negativas conta 68.5

.Se positivas conta 78.5

De dvidas a mdio e longo prazo

.Reversibilidade do resultado

.Negativo Custo (conta 68.5)

Diferir (conta 27.2.8.2)

.Positivo Diferir (conta 27.4.8.2)

.Irreversibilidade do resultado

.Negativo Custo (conta 68.5)

.Positivo Proveito (conta 78.5)

Tratamento das contabilstico das diferenas de cmbio relacionadas com imobilizaes em curso

No incluso das diferenas de cmbio em I.Curso

.Negativa Diferir (conta 27.2.8.1)

.Positiva Diferir (conta 27.4.8.1)

Incluso das diferenas de cmbio em Imob. Curso ou em Acrscimos e Diferimentos

De dvidas a curto prazo

.Se negativas

Imob. Curso (conta 14)

.Se positivas

Imob. Curso (conta 14)

De dvidas a mdio e longo prazo

.Reversibilidade do resultado

.Negativo Imob. Curso (conta 44)

Diferir (conta 27.2.8.1)

.Positivo Diferir (conta 27.4.8.1)

.Irreversibilidade do resultado

.Negativo Imob. Curso (conta 14)

.Positivo Imob. Curso (conta 14)

Diferir (conta 27.2.8.1)

Estes diferimentos so transferidos para resultados financeiros no exerccio em que se verificarem os pagamentos.

7.1.3 Existncias e CMVMC

Compreende as contas 32, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 71

Objectivos daauditoria- Concluir se:

-Os procedimentos contabilsticos e medidas de CI so adequados e a funcionar;

- As quantidades em stock representam existncias de propriedade da empresa;

- As listas de existncias finais esto devidamente compiladas, valorizadas de acordo com os PCGA, aritmeticamente correctas, e os seus totais so concordantes com os saldos das respectivas contas;

- Foram realizadas provises para depreciao de existncias;

- O CMVMC respeita ao exerccio, foi determinado de acordo com os PCGA, de forma consistente, e relaciona-se com proveitos ou existncias do exerccio.

- Todas as informaes necessrias encontram-se no anexo.

Aspectos contabilsticos:

- As existncias so valorizadas data do balano, ao custo - de aquisio ou de produo - ou ao preo de mercado, dos dois o mais baixo.

- Noo de Custo de Aquisio e de Custo de Produo

- Custos financeiros no so incorporados no custo de produo

- Podendo ser diferidos caso as existncias tenham um prazo de rotao superior a um ano, sendo imputados a resultados medida que as existncias sejam vendidas.

Aspectos contabilsticos:

- Preo de Mercado - duas pticas:

- Custo de Reposio de um bem (quando se trata de bens adquiridos para a produo) o custo que a empresa teria de suportar para o substituir nas mesmas condies, qualidade, quantidade, localizao e utilizao

- Valor Realizvel Liquido de um bem (quando se trata de bens para venda) o preo de venda esperado deduzido dos custos da venda

- Sempre que o Preo de Mercado inferior ao custo de aquisio ou produo a diferena corrigida atravs de proviso para depreciao de existncias.

- O mesmo acontece com outras variaes negativas nas existncias (obsolescncia, deteriorao, quebras de preos)

- Critrios de valorimetria das existncias:

- Custo padro

- Valor realizvel lquido- Valor realizvel lquido deduzido da margem normal de lucro

- Preo ilquido de venda deduzido da margem de lucro

- Mtodo da percentagem de acabamento

- Quantidade e valor fixos

- Mtodos de Custeio das sadas existncias:

- Custo especfico

- Custo Mdio Ponderado

- FIFO

- LIFO

- Custo padro

- Anlise ao contedo das contas do POC

Medidas de CI

1. Entrada em armazm das existncias compradas

2. Armazenagem, movimentao e sada de existncias

3. Controlo fsico das existncias

4. Contagens fsicas s existncias;

5. Controlo contabilstico das existncias;

1.Entrada em armazm das existncias compradas

Emisso de Guia de entrada em armazm (aps conferncia):

-

Original:para a seco de controlo de stocks

-

Duplicado:para a contabilidade

-

Triplicado:para a seco de compras

-

Quadruplicado:para arquivo do prprio armazm

7.1.3 Existncias e CMVMC

2 -Armazenagem, movimentao e sada de existncias

Atravs de requisies (da produo ao armazm de MP) ou

ordens de expedio (da facturao ao armazm de

produtos acabados ou mercadorias):

-Original:para a seco de controlo de stocks

-Duplicado:para a contabilidade

-Triplicado:para a seco requisitante

-

Quadruplicado:para arquivo do prprio armazm

3 -Controlo fsico das existncias

Atravs da sua inventariao (contagem) quer exista ou no sistema de inventrio permanente.

Inventrio intermitente ou peridico perto do final de exerccio.

Inventrio permanente Contagens cclicas ao longo do ano

4 Contagens fsicas s existncias

Sempre que se procede ao inventrio anual deve-se emitir instrues escritas sobre a sua forma de realizao:

- Data e locais da contagem

- Se uma contagem completa ou parcial, no segundo caso quais os items a analisar

- Procedimentos pr inventrio: items obsoletos, pouco rotativos, ainda no recepcionados, consignao, bens de terceiros.

- Constituio de equipas de contagem

- Forma de realizao do inventrio

- Anotao das contagens

- Procedimentos relativos ao corte de operaes

- Procedimentos ps inventrio

- Reunio preparatria

5 -Controlo contabilstico das existncias

Apenas possvel em sistema de inventrio permanente, pois permite conhecer a qualquer momento

- As quantidades e o valor em stock

- O CMVMC

- A Margem Bruta

Programa de Auditoria Ver exemplo do livro

Procedimentos de Auditoria

1. Testes s Contagens fsicas

2. Cortes de recepo e de compras e de expedio e de vendas de existncias

3. Testes s mercadorias em trnsito e em poder de terceiros

4. Testes das listas de existncias finais

5. Teste ao custo de aquisio ou de produo e ao mtodo de custeio das sadas

6. Teste valorimetria das existncias finais

7. Anlise do saldo de provises

8. Verificao da consistncia

9. Elaborao de relatrio final sobre o trabalho efectuado

10. Verificao do CMVMC

- Sistema de inventrio intermitente

- Sistema de inventrio permanente

- Sistema de custos padro

1. Testes s Contagens fsicas

- Os auditores observam os procedimentos seguidos pela empresa, quer quanto aos processos de contagem, quer quanto valorizao do stock;

- da competncia do rgo de gesto a definio de procedimentos a adoptar na contagem de existncias;

- Se o SCI adequado e rigoroso as contagens fsicas podem ocorrer antes da data de fecho do exerccio, tendo-se em ateno as operaes ocorridas entre a data de contagem e a data do balano;

- Se a empresa possui sistema de inventrio permanente e realiza contagens cclicas os auditores devem fazer testes selectivos s contagens;

- As instrues sobre os procedimentos de inventrio devem ser fornecidas aos auditores para estes poderem analisa-las e planear o seu trabalho;

1. Testes s Contagens fsicas

- Aces do auditor snior em relao contagem fsica:

- Confirmao da data das contagens;

- Nomeao dos elementos da equipe de auditoria que devem assistir s contagens;

- Conhecer o(s) armazm;

- Definir o modo de actuao dos assistentes e controlar as fichas de contagem;

- Indicar as referncias que devero ser testadas.

- Aps o inicio das contagens os auditores devem certificar-se de que os procedimentos constantes no programa esto de facto a ser cumpridos;

- Os testes iniciam-se com a confirmao das quantidades inscritas nos tales de contagem;

- Detectadas diferenas devem ser esclarecidas no local;

1. Testes s Contagens fsicas

- A definio dos items a testar deve ser realizada previamente pelo auditor snior;

- Existindo sistema de inventrio permanente mais fcil proceder a seleco dos items a testar com base nos valores do balancete do ms anterior. Em qualquer caso fundamental seleccionar algumas referncias nos locais de contagem de forma a tornar os testes mais representativos;

- Se a empresa utiliza o sistema de inventrio intermitente, deve atender-se ao valor dos diversos items de existncias, procurando seleccionar amostras representativas;

- Devero ser obtidos esclarecimentos quanto a existncias obsoletas, defeituosas e stocks excessivos, de modo a avaliar se as provises so adequadas.

2. Cortes de recepo e de compras e de expedio e de vendas de existncias

- O corte deve ser rigoroso de forma a no incluir ou incluir existncias contabilizadas em exerccios diferentes;

- O auditor tem de confirmar que entraram na contagem todas as existncias recepcionadas at data do inventrio e que as facturas foram contabilizadas no mesmo exerccio e ainda que no foram contabilizadas facturas de artigos no recebidos.

3.Testes s mercadorias em trnsito e em poder de terceiros

- Para as mercadorias em trnsito necessrio verificar as guias

de remessa e as facturas dos fornecedores;

- Para as mercadorias em poder de terceiros (consignadas) deve obter-se listagem das entidades e caso o valor seja relevante proceder-se sua contagem. No sendo relevantes deve obter-se confirmao escrita.

4. Testes das listas de existncias finais

- Com o objectivo de verificar a sua razoabilidade deve-se:

- Somar as listas numa base de amostragem;

- Verificar se os valores constantes na contabilidade so coincidentes;

- Verificar clculos aritmticos;

- Confirmar por amostragem se todos os items contados constam da lista final;

- Verificar atravs de contagens retroactivas os items mais significativos, que no tenham sido objecto de teste;

- Investigar elementos que pela sua natureza paream pouco frequentes.

5. Teste ao custo de aquisio ou de produo e ao mtodo de custeio das sadas

5.1 Matrias-primas, subsidirias, consumo e mercadorias (FIFO)

-A quantidade final deve ser reconstituda a partir da ltima entrada, com base nas guias de recepo;

-Para cada entrada deve-se obter, com base nas facturas dos fornecedores, o valor facturado:

-

Para cada entrada deve-se calcular proporcionalmente todas as despesas de compra que lhe estejam associadas;

-Com base nos elementos anteriores deve-se calcular o custo total e o custo unitrio de cada item;

-Este custo deve ser comparado com o custo unitrio constante na lista de existncias finais e calcular eventuais diferenas;

-

Deve-se concluir se os custos unitrios so adequados, comparando-os com os preos de mercado. Caso existam diferenas significativas deve-se promover o respectivo ajustamento em relao ao saldo das contas de existncias.

5. Teste ao custo de aquisio ou de produo e ao mtodo de custeio das sadas

5.2Produtos e trabalhos em curso, Produtos acabados e semi-acabados no sistema de custeio por ordem de encomenda

- Rever o fluxo de custos, atravs das contas de controlo de existncias;

- Testar as MP, MO, GGF imputados s referidas contas de existncias, data do balano;

- Rever operaes menos usuais em natureza e valor;

- Conferir as quantidades de MP atravs das requisies;

- Rever as horas de MO e as importncias debitadas por perodo de pagamento.

- Analisar as bases de imputao dos GGF e confirmar a sua coerncia e base de imputao, de forma a garantir que o sistema de imputao de custos no altera os resultados

5. Teste ao custo de aquisio ou de produo e ao mtodo de custeio das sadas

5.3 Produtos e trabalhos em curso, Produtos acabados e semi-acabados no sistema de custeio por processos

- Rever o fluxo de custos atravs dos centros de custo por processos por meio de produtos seleccionados;

- Fazer testes aos custos imputados a tais centros de custos;

- Anlise das contas e preparao de resumos para conferir o fluxo de quantidades fsicas e o custo por produtos atravs de centros de custo;

As quantidades e os custos transferidos de MP devem ser conferidas com as contas de controlo do razo, assim como as transferncias de produtos e trabalhos em curso para produtos acabados devem ser conferidas com os relatrios de custo de produo.

5. Teste ao custo de aquisio ou de produo e ao mtodo de custeio das sadas

5.4 Produtos e trabalhos em curso, Produtos acabados e semi-acabados no sistema de custos padres

- Testar o clculo dos custos padres de modo a verificar se todos os elementos so integrados no custo padro;

- Rever as contas de desvios para comprovar se os custos padres se aproximam ou no dos custos reais;

- Determinar se os custos padres so os mesmos dos utilizados na valorimetria das existncias.

Tambm neste caso se deve conferir as quantidades e preos da MP utilizada e as bases de imputao da MO e dos GGF.

6. Testes valorimetria das existncias

- Compara-se o custo constante das listas com o respectivo preo de mercado.

7. Anlise ao saldo de provises

A complexidade de avaliao correcta do valor das provises aconselha a que se examinem as fichas de stock para ter noo da existncia de produtos obsoletos, de baixa rotao edefeituosos. Para tal deve-se:

- Detectar no inventrio a existncia deste tipo de situaes;

-Baixa rotao de stocks detectada durante os testes ao custo, verificada pela ausncia ou escassez de compras;

- Provveis mudanas de produtos de venda por evoluo dos mesmos;

- Anlise das devolues dos clientes;

- Anlise da antiguidade dos artigos sem sada.

8. Verificao da consistncia

O cumprimento deste objectivo essencial pois uma mudana no sistema de custeio das sadas e de valorimetria das existncias finais pode afectar significativamente o resultado.

9. Relatrio Final sobre o trabalho efectuado

A concluso do trabalho deve ser resumida num mapa (ver exemplo do livro) que indique:

- A poltica de existncias da empresa, procedimentos, medidas de CI e eventual adequada cobertura de seguros;

- Relaes deste controlo e procedimentos com a extenso do trabalho de auditoria;

- Procedimentos da empresa relativos s contagens fsicas;

- Explicao de variaes, em volume e valor, entre anos;

-Resumo do trabalho de auditoria relativo a quantidades, condies das existncias, cortes de recepo e expedio, custeio das sadas, valorimetria e conferencia dos clculos efectuados pela empresa;

-Concluses da Auditoria.

10. Verificao do CMVMC

Os procedimentos desta conta dependem da existncia ou no de contabilidade de custos. No entanto h procedimentos gerais indispensveis em funo do sistema de inventrio.

10.1 Inventrio Intermitente

-Obter anlise mensal das compras e compar-las com o ano anterior. Verificar variaes mais significativas;

-Realizar cortes de recepo e compras de forma a detectar eventuais passivos no registados;

-Considerar a variao das existncias ocorrida no perodo.

10.2 Inventrio Permanente

-O custo das vendas determinado automaticamente atravs da valorizao dos produtos vendidos pelo seu custo unitrio;

-Deve-se verificar por amostragem alguns custos das vendas de modo a verificar se so correctos e esto convenientemente suportados por documentos

10.3 Sistema de Custos Padres

-No caso de custos padro h que verificar, para cada produto, se este foi adequadamente determinado;

-Para tal h dois procedimentos fundamentais:

- Verificar a composio do custo padro unitrio do produto;

- Analisar os desvios (Custo Padro/Custo Real)

-A anlise dos diversos desvios fundamental para a determinao da imputao (ou forma de imputao) de tais desvios s contas de existncias e ou custo das vendas.

7.1.4 Imobilizaes compreendem as contas da classe 1 (excepto investimentos financeiros), 66 (69 e 79 parcial)

Objectivos da auditoria - Concluir se:

- Os procedimentos contabilsticos e as medidas de CI so adequados e a funcionar;

- As imobilizaes so propriedade da empresa (ou em locao) e esto relacionadas com a actividade;

- As imobilizaes apresentadas no balano esto de acordo com os PCGA e estes tm sido aplicados de forma consistente;

- No caso de existir reavaliaes estas foram feitas de acordo com os PCGA (DC16);

- Os custos e amortizaes acumuladas relativos a bens abatidos esto completamente retirados das contas;

- As amortizaes do exerccio so adequadas, calculadas em bases aceitveis e consistentes com exerccios anteriores;

- O saldo de Amortizaes acumuladas razovel atendendo vida til e ao valor residual dos bens ou direitos;

- Existem dbitos em contas de custos que digam respeito a bens ou direitos que devessem ter sido capitalizados;

- O saldo de Imobilizaes em curso respeita a obras em curso ainda no includas data do Balano e destinadas s imobilizaes corpreas ou incorpreas e/ou adiantamentos efectuados a terceiros por conta de investimentos ou imobilizaes;

- Todas as informaes necessrias encontram-se no anexo.

Aspectos contabilsticos:

- De acordo com o POC os critrios de valorimetria final das imobilizaes so:

1. Imobilizaes Corpreas

- Custo (aquisio ou produo) a preos nominais e a preos constantes;

- Preo de mercado (se inferior ao custo)

- Quantidades e valores fixos, desde que satisfaa as seguintes condies:

- Sejam frequentemente renovadas;

- Representem um valor global de reduzida importncia para a empresa;

- No seja previsvel variao significativa na sua quantidade, valor e composio;

2. Imobilizaes Incorpreas

- Custo (aquisio ou produo);

- Preo de mercado (se inferior ao custo).

3. Imobilizaes em Curso

- Custo (aquisio ou produo);

Notas:

- O POC estabelece para o Imob. Corpreo e Incorpreo, que data de Balano, caso os valores inscritos tenham um valor inferior ao registado, deve-se reconhecer uma amortizao correspondente diferena, se for de prever que essa reduo seja permanente.

7.1.4 Imobilizaes

Notas:

- No imobilizado o custo de produo e o custo de aquisio pode englobar os custos financeiros, durante o perodo em que estiverem em curso.

- Tambm devem ser reconhecidas eventuais variaes cambiais desfavorveis (aquisies em moeda estrangeira);

- Caso as imobilizaes em curso se encontrem contabilizadas por valor superior ao preo de mercado estimado, deve-se proceder sua correco atravs do correspondente ajustamento.

- No entanto s se dever aplicar estes critrios caso a poltica contabilstica da empresa no que concerne ao reconhecimento dos custos financeiros seja observada de forma consistente.

Quanto poltica de amortizaes:

Imobilizaes Corpreas e Incorpreas

- Sempre que os elementos tenham uma vida til limitada ficam sujeitos a amortizao sistemtica durante esse perodo.

Imobilizaes Incorpreas (casos especiais)

-

As despesas de instalao, investigao e desenvolvimento, e trespasses, devem ser amortizados no prazo mximo de cinco anos;

- Quanto aos trespasses (entenda-se goodwill) admite-se um prazo mximo de 20 anos se justificvel. -No podem ser distribudos aos scios lucros do exerccio enquanto as despesas de constituio, investigao e desenvolvimento, no estiverem completamente amortizadas, excepto se o montante de reservas livres e dos resultados transitados for, pelo menos, igual ao dessas despesas no amortizadas (art. 33 do CSC).

Notas:

- A conta 42 inclui as grandes reparaes e as benfeitorias (melhoramentos que aumentem a vida til esperada) efectuadas. Devendo ser amortizadas em funo do aumento da referida vida til.

- Os bens em regime de locao financeira so contabilizados de forma idntica dos bens de adquiridos em propriedade plena (ver IT2 e IT7);

- Pode-se contabilizar de duas formas:

- No considerao dos Custos Financeiros vincendos

- Considerao dos Custos Financeiros vincendos na conta 26.1 por dbito na conta 27.2.5 Custos diferidos por locao financeira (pouco usual).

- Os resultados decorrentes da venda de imobilizado corpreo e incorpreo so reconhecidos nas contas 7942 e 6942.

- As amortizaes normais reconhecem-se na conta 66 e as extraordinrias na 69.6.1;

- Caso existam imveis considerados como investimentos financeiros a sua amortizao contabilizada em custos financeiros;

- Os investimentos de adaptao, manuteno ou melhoria realizados em propriedade alheia deve ser consideradas na conta 43.5. Caso sejam revertveis sero contabilizados em imobilizaes corpreas.

Medidas de CI

1. A responsabilidade associada aquisio deste tipo de bens deve caber exclusivamente ao rgo de gesto.

2. Os procedimentos bsicos da aquisio so semelhantes aos mencionados para as existncias (seleco do fornecedor, emisso de ordem de compra ou celebrao de contrato, recepo e conferio da factura);

3. Deve existir manual sobre os aspectos contabilsticos e de controlo interno inerentes ao imobilizado (ver livro);

4. Definio da politica de capitalizao;

5. Existncia de ficheiro de imobilizado (art. 51 CIVA);

6. Poltica de seguros.

Programa de Auditoria Ver exemplo do livro

Procedimentos de Auditoria

1. Numa primeira Auditoria

-Obter uma anlise histrica dos bens que compe o imobilizado corpreo e reconciliar os valores constantes no ficheiro com os do razo;

-Verificar se existem bens objecto de reavaliao, se sim quando, e se foram adequadamente capitalizados;

- Note-se que de acordo com a DC 16, a utilizao da reserva de reavaliao s possvel depois de realizada, pelo seu uso ou pela sua alienao. Caso a empresa tenha utilizado parte da reserva de reavaliao ainda no realizada em aumento de capital social ou cobertura de prejuzos o ROC deve emitir uma opinio com reservas por desacordo;

-Verificar se existe na conta ferramentas e utenslios de desgaste rpido bens que deveriam ter sido capitalizados;

-Verificar se as amortizaes acumuladas esto concordantes com a anlise histrica efectuada s imobilizaes e verificar se as taxas adoptadas esto correctas;

Procedimentos de Auditoria

1. Numa auditoria continuada

- O auditor deve preocupar-se apenas com os movimentos ocorridos no exerccio;

- Deve seleccionar vrios items e auferir se a aquisio foi devidamente autorizada;

- Confirmar a titularidade junto da CRP e CRA;

-Verificar se existe na conta ferramentas e utenslios de desgaste rpido bens que deveriam ter sido capitalizados;

- Verificar se os abates ocorridos foram devidamente autorizados e contabilizados, analisando os documentos de suporte. Verificar se foi apropriadamente calculada e contabilizada a eventual mais ou menos valia.

-

Verificar se as amortizaes acumuladas esto concordantes coma anlise histrica efectuada s imobilizaes e verificar se as taxas adoptadas esto correctas;

7.1.5 Investimentos Financeiros compreende a conta 41

Objectivos da auditoria - Concluir se:

- Os procedimentos contabilsticos e as medidas de CI so adequados e a funcionar;

- Os ttulos so propriedade da empresa e esto em seu poder ou entregues guarda de instituies financeiras;

- A valorizao foi realizada de acordo com os PCGA, consistentemente aplicados;

- Os investimentos financeiros e os respectivos resultados esto apropriadamente classificados e descritos nas DFs;

-Os ganhos ou perdas provenientes da alienao de tais activos esto adequadamente contabilizados;

- Esto cumpridas todas as disposies legais em vigor;

- Todas as informaes pertinentes esto adequadamente divulgadas no anexo.

Aspectos contabilsticos: (ver DC 1, DC 6 e DC 9)

- So investimentos financeiros as aplicaes financeiras de carcter permanente;

- A valorizao feita ao custo de aquisio que comporta as despesas efectuadas com a prpria aquisio, excepto quando existe uma parcela de rendimento contida no valor de compra do ttulo;

- Ligaes entre as empresas na ptica da contabilidade:

- Empresa do Grupo:

- Empresa Me (domnio sobre as empresas filiais> 50%)

- Empresas Filiais (dominadas);

- Empresas Associadas (participao entre 20% e 50%);

- Outras Empresas (participao entre 0 e 20%)- Mtodos de contabilizao:

- Pelo custo de aquisio (mtodo excepcional)

- Pelo mtodo de equivalncia patrimonial MEP

(mtodo normal)

- No MEP, se data de aquisio o valor de aquisio for superior ao Justo Valor dos activos e passivos identificveis, a diferena reconhecida em Custos e

Perdas Financeiras;

- data do balano as participaes so valorizadas pelo menor dos seguintes valores, valor de mercado ou custo de aquisio;

-Nos investimentos financeiros que no sejam Partes de

Capital a proviso constitui-se na conta 68.4;

- Se for uma proviso extraordinria contabiliza-se na

69.6.2;

- Nos investimentos em imveis, os custos suportados com a sua manuteno so reconhecidos na conta

68.8.2 Outros custos com investimentos em imveis;

- data do balano as participaes so valorizadas pelo menor dos seguintes valores, valor de mercado ou custo de aquisio;

Medidas de CI

1. A responsabilidade associada aquisio deste tipo de bens deve caber exclusivamente ao rgo de gesto.

2. Deve existir manual sobre os aspectos contabilsticos e de controlo interno inerente aos investimentos financeiros;

Programa de Auditoria Ver exemplo do livro

Procedimentos de Auditoria

- Obter junto das instituies bancrias certido que comprove a titularidade dos mesmos;

- No caso de serem quotas verificar a respectiva escritura da sociedade participada;

- Obter certides da Conservatria do Registo

Comercial, em Janeiro de cada ano, de todas as empresas participadas, de forma a verificar se foi feita qualquer alterao ao capital ou ao pacto social;

- Verificar o valor de mercado de ttulos ou inexistindo estim-lo com base nas DFs das empresas participadas.

7.1.6 Vendas, prestaes de servios e dvidas a receber compreende as contas 71, 72, 21, 21.3, 21.4, (24, 25, 26), 28

Objectivos da auditoria - Concluir se:

- Os procedimentos contabilsticos e as medidas de CI so adequados e a funcionar;

- O valor das Vendas e P.Servios respeita ao exerccio e:

a) No est sobreavaliado atravs de crditos ilegtimos

(vendas no efectuadas, servios no prestados, mercadorias no expedidas, facturao falsa);

b)No est subavaliado em consequncia de vendas ou servios do exerccio diferidos para exerccios seguintes;

- As dedues s Vendas e P.Servios (descontos, abatimentos, devolues) esto adequadamente representadas nas DFs.

Objectivos da auditoria - Concluir se:

- As dvidas a receber representam crditos legtimos sobre terceiros, devidamente valorizados e classificados no Balano;

- O saldo de Provises para cobrana duvidosa adequado;

- O saldo das contas de Acrscimos de Custos so adequados para fazer face a riscos que possam resultar de dedues s vendas;

- Esto cumpridas todas as disposies legais em vigor;

- Todas as informaes pertinentes esto adequadamente divulgadas no anexo.

Aspectos contabilsticos:

Critrios de valorimetria final das dvidas a receber POC:

- Cmbio fixado ou garantido (caso exista)

- Preo de mercado, ie, cmbio data do balano

As operaes em moeda estrangeira so registadas ao cmbio da data considerada para a operao, salvo se o cmbio estiver fixado pelas partes ou garantido por terceiro;

Tratando-se de Dvidas a receber esta data aquele em que se deve reconhecer o proveito resultante da operao, a qual poder ser diferente da data da factura enviada ao cliente.

O que origina diferenas de cmbio.

Tratamento contabilstico das diferenas de cmbio

De dvidas a curto prazo

. Se negativas custo (conta 68.5)

. Se positivas proveito (conta 78.5)

-De dvidas a mdio e longo prazo

.Reversibilidade do resultado

.Negativo Custo (conta 68.5)

Diferir (conta 27.2.8.2)

.Positivo Diferir (conta 27.4.8.2)

.Irreversibilidade do resultado

.Negativo Custo (conta 68.5)

.Positivo Proveito (conta 78.5)

Diferir (conta 27.2.8.1)

Aspectos contabilsticos:

- Os diferimentos anteriores so devem ser transferidos para resultados financeiros no exerccio em que se realizar em os respectivos recebimentos;

- A constituio ou reforo da Proviso para cobrana duvidosa efectua-se atravs de uma conta de resultados correntes;

- Por outro lado a sua reduo processa-se por resultados extraordinrios (79.6.2 reduo de Provises)

Medidas de CI

1. Aprovao da Venda

- As vendas devem ser devidamente planeadas devendo verificar-se a sua existncia em armazm, preo de venda, descontos, prazo de pagamento e aprovao da concesso de crdito;

- Normalmente as empresas tm previamente aprovada a poltica de vendas que inclui alguns dos quesitos anteriores, devendo o auditor solicitar esses elementos.

2. Documentos da Venda

- Ordem de Expedio

- Guia de Remessa

- Factura da Venda

7.1.6 Vendas, prestaes de servios e dvidas a receber

Medidas de CI

3. Controlo das contas e ttulos a receber

- Atravs do balancete de todas as contas subsidiria das contas de Clientes (e restantes contas de devedores diversos), onde conste dbitos e crditos do ms, dbitos e crditos acumulados at data, saldos devedores e credores;

- Dever possuir-se um sistema de controlo dos ttulos a receber onde conste toda a informao relacionada com os mesmos;

- Analisar balancete de clientes por antiguidade de saldos;

- Controlo da emisso de Notas de Crdito: autorizao e suporte documental

Programa de Auditoria Ver exemplo do livro

Procedimentos de Auditoria

1. Testes de controlo;

-Obter anlise mensal das Vendas e das P.Servios (e outras contas de Proveitos) e compar-la com a do ano anterior, questionar variaes quer entre meses do prprio ano, como em relao ao exerccio anterior e valores oramentados para o ano em causa;

-Aps seleco dos documentos a testar: Teste s Facturas de Venda e s Notas de Crdito;

-Especial cuidado com as operaes de fim de exerccio;

-Mapa resumo do trabalho efectuado e classificao do SCI;

2. Procedimentos substantivos;

a) Procedimentos bsicos

-Verificar se os saldos do balano so os que constam nos balancetes;

-Verificar se as dvidas a receber se encontram adequadamente classificadas no que respeita ao seu horizonte temporal;

b) Procedimentos especficos

- Circularizao aos devedores

- Anlise das respostas

c) Anlise da adequao do saldo das provises

- Analisar o movimento ocorrido no perodo;

- Analisar os balancetes de antiguidade de saldos;

- Comparar com anos anteriores;

- Analisar a evoluo do prazo mdio de recebimento nos ltimos anos: (Saldo mdio de cliente / Vendas a crdito) x 365

- Analisar os acontecimentos subsequentes7.1.7 Acrscimos e diferimentos compreende as contas 27.1 a 27.4

Objectivos da auditoria - Concluir se:

a) Relativamente aos acrscimos e diferimentos activos

- Os saldos das contas representam activos apropriados contra operaes futuras esperando-se que sejam absorvidos atravs das mesmas;

- As adies efectuadas durante o perodo em anlise representam dbitos apropriados a estas contas;

- As transferncias efectuadas para proveitos e/ou custos do exerccio esto devidamente justificadas cumprindo-se o princpio do acrscimo.

- Todas as informaes pertinentes esto adequadamente divulgadas no anexo.

7.1.7 Acrscimos e diferimentos compreende as contas 27.1 a 27.4

Objectivos da auditoria - Concluir se:

b) Relativamente aos acrscimos e diferimentos passivos

- Os saldos das contas representam passivos apropriados contra operaes futuras esperando-se que sejam absorvidos atravs das mesmas;

- As adies efectuadas durante o perodo em anlise representam crditos apropriados a estas contas;

- As transferncias efectuadas para custos e/ou proveitos do exerccio esto devidamente justificadas cumprindo-se o princpio do acrscimo.

- Todas as informaes pertinentes esto adequadamente divulgadas no anexo.

Aspectos contabilsticos:

De acordo com o POC - o Princpio da Especializao (ou do acrscimo) - estabelece que os: proveitos e os custos so reconhecidos quando obtidos ou incorridos independentemente do seu recebimento ou pagamento, devendo incluir-se nas DFs dos perodos a que respeitam.

A conta 27 cumpre este princpio permitindo registar os custos e os proveitos no exerccio a que respeitam.

Proveito / Receita / Recebimento

Custo / Despesa / Pagamento

a) Acrscimos e diferimentos activos

27.1 Acrscimos de Proveitos (acrscimos do tipo econmico)

- Proveito a reconhecer no exerccio mas que ainda no originam receitas (ex: juros de aplicaes de tesouraria que venam no exerccio seguinte)

27.2 Custos Diferidos (diferimentos do tipo financeiro)

- Despesas (pagas ou no) que no so custos do exerccio mas sim de exerccios seguintes (ex: rendas pagas antecipadamente, custos plurianuais conservao, publicidade, )

b)Acrscimos e diferimentos passivos

27.3 Acrscimos de Custos (acrscimos do tipo econmico)

- Custo a reconhecer no exerccio mas que ainda no originam despesas (ex: frias e subsdio de frias, juros a liquidar, telefone e electricidade outras despesas a liquidar)

27.4 Proveitos Diferidos (diferimentos do tipo financeiro)

- Receitas (recebidas ou no) que no so proveitos do exerccio mas sim de exerccios seguintes (ex: rendas recebidas antecipadamente, prmios e emisso, subsdios ao investimento )

Medidas de CI

Deve existir manual sobre os aspectos contabilsticos e de controlo interno associados ao registo nestas contas;

Programa de Auditoria Ver exemplo do livro

Procedimentos de Auditoria

- Comparar os saldos actuais com os existentes no final do perodo anterior;- Verificar se a empresa tem sido consistente na aplicao da poltica contabilstica relacionada;

- As adies significativas devem ser verificadas;

- Verificar clculos aritmticos (seguros, juros, impostos).

- Analisar os acontecimentos subsequentes;

- Elaborar mapa resumo adequado.

7.1.8 Proviso para riscos e encargos compreende as contas 29, 67 e 69.6.2

Objectivos da auditoria - Concluir se:

- Os procedimentos contabilsticos e as medidas de CI so adequados e a funcionar;

- Foram criadas as provises necessrias a fim de se cumprir o princpio contabilstico da prudncia;

- Os saldos das diversas provises so adequados;

- Todas as informaes pertinentes esto adequadamente divulgadas no anexo.

Aspectos contabilsticos:(ver NIC 37)

De acordo com o POC - Princpio da Prudncia significa que:

possvel integrar nas contas um grau de preocupao ao fazer as estimativas exigidas em condies de incerteza sem, contudo, permitir a criao de reservas ocultas ou provises excessivas ou a deliberada quantificao de activos e proveitos por defeito ou de passivos e custos por excesso

A conta 29 cumpre este princpio permitindo registar as responsabilidades derivadas dos riscos especficos e provveis (contingncias).

Aspectos contabilsticos: (ver NIC 37)

Deve constituir-se uma proviso quando existir:

- Uma incerteza associada a um risco do acontecimento, e

- Quando houver uma indeterminao ou uma estimativa da quantia a pagar

- As contas 29.2 e 67.2.2 nada tm a ver com o Imposto sobre o rendimento (pois neste caso trata-se da estimativa de um passivo certo)

Medidas de CI

Deve existir manual sobre os aspectos contabilsticos e de controlo interno inerentes aos investimentos financeiros;

Programa de Auditoria Ver exemplo do livro

Procedimentos de Auditoria

- Reviso dos motivos que as originam;

- Verificao dos critrios usados nas estimativas;

- Verificar se a empresa tem sido consistente na aplicao da poltica contabilstica relacionada;

- As adies significativas devem ser verificadas;

- Havendo provises em que a sua constituio de exerccios anteriores verificar se os respectivos motivos se mantm e comparar saldos entre os exerccios.

- Analisar os acontecimentos subsequentes.

7.1.9 Capital Prprio compreende toda a classe 5, 88 e 89

Objectivos da auditoria - Concluir se:

- Os procedimentos contabilsticos e as medidas de CI so adequados e a funcionar;

- Os saldos evidenciados no balano relacionados com as contas de capital prprio reflectem uma classificao e extenso que respeita os PCGA;

- Tais saldos e as relaes entre si esto de acordo com as leis vigentes, estatutos da empresa e as deliberaes aplicveis;

- Os movimentos ocorridos nas contas durante o perodo em anlise esto devidamente documentados e autorizados por pessoas ou rgos responsveis;

- Todas as informaes pertinentes esto adequadamente divulgadas no anexo.

Aspectos contabilsticos:

- A conta 51 respeita ao capital subscrito;

- A conta 52 aces/quotas prprias subdivide-se em valor nominal 52.1 e descontos e prmios 52.2;

- As mais-valias resultantes da alienao de aces/quotas so reconhecidas como reservas livres conta 57;

- A aquisio de aces/quotas prprias equivale na prtica a uma reduo de capital, pelo que se apresenta no Balano como uma deduo de capital;

- Quotas prprias - ver art. 317, 323 e 324 do CSC.

- A conta 53 Prestaes suplementares deve ser utilizada de acordo com o CSC, no incluindo suprimentos (conta 25);

Aspectos contabilsticos:

- A conta 54 Prmios de emisso no pode ser distribuda, mas apenas ser incorporada em capital ou cobrir prejuzos

- A conta 55 serve para registar ajustamentos de partes de capital em filiais e associadas;

- A conta 56 Reservas de reavaliao serve para registar as correces monetrias da resultantes. Ver DC16;

- A conta 59 Resultados transitados regista os resultados lquidos e os dividendos antecipados, provenientes do exerccio anterior;

Medidas de CI

1. Os movimentos ocorridos nas contas de capital devem ser autorizados por escrito por pessoa ou rgo responsvel.

Programa de Auditoria Ver exemplo do livro

Procedimentos de Auditoria

- Confirmar o valor do capital na C.R. Comercial;

- Verificar como se realizou o capital inicial (e eventuais aumentos);

- Verificar os movimentos do perodo e respectivas autorizaes, confirmando a sua legalidade ;

- Analisar os livros de actas de forma a garantir que as mesmas reflectem as decises que fundamentam os movimentos ocorridos;

- Analisar os acontecimentos subsequentes;

7.2. Reviso do cumprimento das obrigaes fiscais

Objectivos da auditoria - Concluir se:

- O auditor deve verificar se as obrigaes fiscais da empresa foram de facto cumpridas ou se esto devidamente reconhecidas no Balano;

- Deve analisar o clculo da estimativa para imposto sobre o rendimento e avaliar a sua adequao;

- Confirmar os movimentos ocorridos no exerccio nas contas relativas ao Estado e outros entes pblicos;

- Todas as informaes pertinentes esto adequadamente divulgadas no anexo.

8. O relato em auditoria

8.1. O relatrio: a parte visvel do trabalho do auditor

8.2. Princpios gerais a observar na elaborao do relatrio

8.3. Estrutura genrica dos relatrios de auditoria

8.4. A certificao legal das contas

8.5. Tipos de opinio em auditoria

8.1. O relatrio: a parte visvel do trabalho do auditor

Aps o exame s contas da empresa o trabalho do auditor culmina com a emisso de um relatrio onde consta a sua opinio profissional e independente sobre as DFs.

Em Portugal este relatrio designa-se

Certificao Legal de Contas art.43 do DL 487/99 de16.11

8. O relato em auditoria

8.3. Estrutura genrica dos relatrios de auditoria

Introduo:

- Identifica a empresa e as DFs em apreciao (data e perodo);

- Evidencia os nmeros mais significativos que constam nas DFs como sejam total do balano, total do capital prprio e resultado liquido.

Responsabilidades:

- Responsabilidade do rgo de gesto da empresa;

- Responsabilidade do ROC

8. O relato em auditoria

8.3. Estrutura genrica dos relatrios de auditoria mbito:

- Meno de que o exame foi efectuado de acordo com as Normas e as Directrizes Tcnicas da OROC;

- Descrio sucinta do exame realizado.

Opinio (DRA700):

- Expressa de forma positiva;

- Expressa de forma negativa;

8. O relato em auditoria

8.4. A certificao legal das contas

- CLC com opinio sem reservas;

- CLC com opinio sem reservas mas com nfases;

- CLC com opinio com reservas por limitao do mbito do exame;

- CLC com opinio com reservas por desacordo;

- CLC com opinio adversa;

- CLC com impossibilidade de opinio.

8. O relato em auditoria

8.5. Tipos de opinio em auditoria

1. CLC com opinio sem reservas - no existem situaes que levem modificao da CLC;

2. CLC com opinio sem reservas mas com nfases existem situaes modificativas da CLC mas no afectam a opinio;

3. CLC com opinio com reservas por limitao quando existem limitaes no mbito do exame, que na opinio do auditor possam vir a ter importncia significativa na informao proporcionada pelas DFs;

8. O relato em auditoria

8.5. Tipos de opinio em auditoria

4. CLC com opinio com reservas por desacordo quando se verificar derrogao dos PCGA ou a alterao de politicas contabilsticas que no meream o acordo do auditor ou no se encontrem adequadamente divulgadas e justificadas nas DFs.

5. CLC com opinio adversa quando os efeitos do desacordo so to profundos e significativos, que afectam de tal modo as DFs ao ponto de induzir em erro os destinatrios;

6. CLC com impossibilidade de opinio quando as limitaes de mbito so to profundas e significativas que o auditor no tem a possibilidade de obter provas de auditoria apropriadas e suficientes.