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    UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO

    GRANDE DO SUL

    DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVA, CONTÁBEIS,ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO

    CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

    ROBERTA MALLMANN

    ANÁLISE DA VIABILIDADE DE UM EMPREENDIMENTO DE

    PRODUÇÃO MUSICAL 

    Ijuí (RS),

    2012

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    ROBERTA MALLMANN

    ANÁLISE DA VIABILIDADE DE UM EMPREENDIMENTO DE

    PRODUÇÃO MUSICAL

    Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Cursode Ciências Contábeis do Departamento de Ciências

     Administrativas, Contábeis, Econômicas e daComunicação (DACEC) para obetenção do título debacharel em Ciências Contábeis junto a UniversidadeRegional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul-UNIJUÍ.

    ORIENTADORA: Maria Margarete Baccin Brizolla

    Ijuí (RS),2012 

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    AGRADECIMENTOS

    Primeiramente, agradeço a Deus, por ter me dado à oportunidade de viver e

    por não ter me permitido desistir diante das dificuldades.

     Agradeço aos meus pais, Romeu e Ireni pelo amor, carinho e dedicação e

    por terem me apoiado a realizar mais um curso de graduação.

     Ao meu amor Marcelo, agradeço por todo incentivo, compreensão e amor.

     Agradeço de forma especial à minha orientadora Maria Margarete, pela

    sabedoria, apoio e dedicação, me auxiliando nesta tarefa tão importante do curso, o

    TCC. Agradeço a todos os professores do curso que contribuíram para o meu

    conhecimento, crescimento profissional e pessoal.

    Por fim, agradeço a todos familiares e amigos que acreditaram em mim e

    que de alguma forma contribuíram para que esta etapa fosse concluída.

    Muito Obrigado.

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    LISTA DE QUADROS

    Quadro 01. Métodos para avaliação e análise de investimentos....... 21

    Quadro 02. Vantagens e desvantagens da TIR.................................. 22

    Quadro 03. Vantagens e desvantagens do Payback  Descontado...... 26

    Quadro 04. Esquema de entradas e saídas de caixa....................... 28

    Quadro 05. Estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício. 30

    Quadro 06. Demonstração do Valor Adicionado............................... 32

    Quadro 07. Investimentos Pré Operacionais..................................... 39

    Quadro 08. Investimento Fixo........................................................... 40

    Quadro 09. Investimento Inicial......................................................... 41

    Quadro 10. Custos Variáveis............................................................. 43

    Quadro 11. Depreciação.................................................................... 44

    Quadro 12. Estimativa de Despesa Pessoal................................ ..... 47

    Quadro 13. Pró-Labore...................................................................... 48

    Quadro 14. Despesas Operacionais Mensal e Anual........................ 48

    Quadro 15. Alíquotas do Simples Nacional a partir 01/12................. 50

    Quadro 16. Tributação do Simples Nacional..................................... 51

    Quadro 17. Preço do Show............................................................... 51

    Quadro 18. Receitas.......................................................................... 52

    Quadro 19. Projeção do aumento da Receita................................... 54

    Quadro 20. Cálculo do Simples Nacional.......................................... 55

    Quadro 21. Despesas Operacionais.................................................. 55

    Quadro 22. Estimativa de Custos Variáveis...................................... 56

    Quadro 23. Entradas e saídas monetárias da empresa.................... 57Quadro 24. Payback   Simples............................................................ 60

    Quadro 25. Payback  Descontado...................................................... 61

    Quadro 26. Valor Presente Líquido................................................... 63

    Quadro 27. Taxa Interna de Retorno................................................. 64

    Quadro 28. Demonstrativo do Resultado do Exercício...................... 66

    Quadro 29. Demonstrativo do Resultado do Exercício Resumida.... 68

    Quadro 30. Demonstração do Valor Adicionado............................... 70Quadro 31. Índice de distribuição do Valor Adicionado..................... 71

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    LISTA DE FIGURAS

    Figura 01. Representação Investimentos Iniciais............................ 42Figura 02. Representação das Despesas Operacionais................ 49

    Figura 03. Payback   Simples............................................................ 60

    Figura 04. Payback  Descontado...................................................... 61

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    LISTA DAS SIGLAS E ABREVlATURAS

    IRPJ  –  Imposto de Renda sobre Pessoa JurídicaCSLL  –  Contribuição Social sobre o Lucro Líquido

    COFINS  –  Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social

    PIS/PASEP  –  Programa de Integração Social

    CPP  –  Contribuição Patronal Previdenciária

    ISS  –  Imposto sobre Serviços

    DRE  –  Demonstrativo do Resultado do Exercício 

    SWU  –  Forum Global de SustentabilidadeTIR  –  Taxa Interna de Retorno

    TMA  –  Taxa Mínima de Atratividade

    VAUE  –  Valor Atual Uniforme Equivalente

    VPL  –  Valor Presente Líquido

    VFL  –  Valor Futuro Líquido

    FC  –  Fluxo de Caixa

    PB  –  Payback

    PBD  –  Payback Descontado

    NBC  –  Norma Brasileira de Contabilidade

    DVA  –  Demonstração do Valor Adicionado

    IR  –  Índices de Rentabilidade

    IL  –  Índices de Lucratividade

    I  –  Investimentos

    CDI _ Certificado de Depósito Interbancário

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    SUMARIO 

    INTRODUÇÃO  ................................................................................................... 8 

    1.1 Contextualização do estudo ...................................................................... 9 

    1.1.1  Área de conhecimento contemplada ......................................................... 9 

    1.1.2 Caracterização do empreendimento ....................................................... 10 

    1.1.3 Problematização do tema ........................................................................ 11 

    1.1.4 Objetivos ................................................................................................. 11 

    1.1.5 Justificativa .............................................................................................. 12 1.1.6 Metodologia do Trabalho ......................................................................... 13 

    2 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................ 19 

    2.1 Contabilidade ............................................................................................ 19 

    2.1.1 Contabilidade gerencial ........................................................................... 20 

    2.2 Metodologias de análise de viabilidade ................................................. 21 

    2.2.1 Taxa Interna de Retorno – TIR ................................................................ 22 

    2.2.2 Taxa Mínima de Atratividade - TMA ....................................................... 23 

    2.2.3 Valor Presente Líquido – VPL ................................................................. 24 

    2.2.4 Período de recuperação do Investimento - Payback  ............................... 25 

    2.2.5 Valor Atual Uniforme Equivalente – VAUE .............................................. 26 

    2.2.6 Fluxo de Caixa ........................................................................................ 27 

    2.2.7 Demonstração de resultados- DRE ......................................................... 29 

    2.2.8 Demonstração de valor adicionado – DVA .............................................. 31 

    2.2.9 Índices de Rentabilidade – IR .................................................................. 33 

    2.2.10 Índices de Lucratividade - IL .................................................................. 33 

    2.3 Receitas, Despesas e Custos .................................................................. 34 

    2.3.1 Custo do Investimento ............................................................................. 35 

    2.3.2 Custos Operacionais ............................................................................... 36 

    3 ANÁLISE DESCRITIVA DOS DADOS ......................................................... 38 

    3.1 Ramo de atividade .................................................................................... 38 

    3.2 Investimentos Necessários  ..................................................................... 39 

    3.3 Custos, Despesas e Receitas .................................................................. 42 

    3.3.1 Custos ..................................................................................................... 42 

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    3.3.2 Despesas ................................................................................................ 44 

    3.3.3 Receitas .................................................................................................. 51 

    3.4 Viabilidade Econômica e Financeira....................................................... 52 

    3.4.1 Fluxo de caixa ......................................................................................... 53 

    3.4.2 Método payback  simples ......................................................................... 59 

    3.4.3 Método Payback  descontado .................................................................. 60 

    3.4.4 Taxa Média de Atratividade – TMA ......................................................... 62 

    3.4.5 Valor Presente Líquido – VPL ................................................................. 62 

    3.4.6 Taxa Interna de Retorno – TIR ................................................................ 63 

    3.5 Viabilidade Contábil  ................................................................................. 64 

    3.5.1 Demonstrativo do Resultado do Exercício – DRE ................................... 64 

    3.5.2 Demonstração do Valor Adicionado – DVA ............................................. 69 

    3.6 Análise Econômica Financeira ................................................................ 72 

    CONCLUSÃO  .................................................................................................. 74 

    REFERÊNCIAS ................................................................................................ 76 

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    INTRODUÇÃO

     A música é uma forma de arte que se constitui basicamente em combinarsons, é uma forma de linguagem que se utiliza de voz, instrumentos musicais e

    outros artifícios para expressar algo. Expandiu-se ao longo dos anos, e atualmente

    se encontra em diversas utilidades não só como arte, mas também como

    educacional e terapêutica. As melodias afetam as emoções e os sentimentos das

    pessoas.

    Existem muitas divisões e agrupamentos da música em gêneros, estilos e

    forma. O estilo do empreendimento em estudo é  pop reggae, que apresenta umritmo dançante e suave, porém com uma batida característica. A guitarra, o

    contrabaixo e a bateria são os instrumentos musicais mais utilizados neste tipo de

    música (REGGAE, 2011).

     Assim este estudo, tem como objetivo principal analisar a viabilidade

    econômica, financeira e contábil para instalação de uma empresa de prestação de

    serviços na área musical  pop/reggae, num momento posterior à tomada de decisão

    de implantar o empreendimento.

    Um estudo de viabilidade possibilita que se tomem decisões sobre

    aquisição, implantação, expansão ou modernização de novos empreendimentos,

    sob a análise de indicadores econômico-financeiros, projeções de fluxos de caixa

    que irão identificar as disponibilidades de recursos e o equilíbrio entre entradas e

    saídas de valores monetários. Também gera informações privilegiadas, identifica

    oportunidades e ameaças e facilita as decisões que o empreendedor deverá adotar

    para se tornar bem sucedido.

    Segundo Lacruz, (2008, p. 3), “planejar detalhadamente significa antever nos

    mínimos detalhes o resultado futuro de ações que se pretendem tomar acerca de um

    empreendimento, objetivando indicar sua viabilidade ou inviabilidade”. 

    Vasconcelos e Crispim da Silva (2007, p. 57) afirmam que “o plano de

    negócios consiste em um documento que mostra a caracterização do negócio que

    se pretende empreender e do mercado no qual o empreendimento estará inserido”. 

    Para Giordani Junior (2009) “um plano de negócios bem feito funciona

    também como uma ferramenta de gestão, auxilia na tomada de decisão”. 

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    Inicialmente é apresentada a contextualização do assunto, com a definição

    do tema, a caracterização do empreendimento, a problematização do estudo, os

    objetivos geral e específicos, a justificativa quanto à escolha do tema e a

    metodologia da pesquisa.

    Num segundo momento é apresentada a revisão bibliográfica para a

    fundamentação teórica do tema, realizada em diversas fontes tais como livros, sites

    e artigos que tratam sobre o assunto.

    No terceiro capítulo apresenta-se o estudo aplicado, onde analisamos a

    viabilidade para implantação de um empreendimento prestador de serviços na área

    musical pop/reggae observando a rentabilidade da atividade.

    Finalizando apresenta-se a conclusão e a bibliografia consultada durante arealização do estudo.

    1.1 Contextualização do estudo

     A contextualização do estudo tem por finalidade apresentar a análise e

    avaliação da viabilidade econômica e financeira de um empreendimento de

    produção musical, evidenciando a caracterização do empreendimento, a área de

    conhecimento contemplada, o tema e problema inerentes ao assunto, os objetivos

    geral e específicos, a justificativa para a escolha do assunto bem como a

    metodologia que foi utilizada para a realização do estudo.

    1.1.1 Área de conhecimento contemplada

     A contabilidade é uma ciência que tem como objeto de estudo o patrimônio

    das entidades, seus fenômenos e variações, tanto no aspecto quantitativo como

    qualitativo, registrando os fatos e atos de natureza econômico-financeira. Os

    estudos em contabilidade envolvem várias ramificações, como: contabilidade de

    custos, contabilidade gerencial, auditoria contábil, análise de balanços, contabilidade

    financeira, entre outras.

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     As taxas deste imposto serão aplicados sobre o faturamento da empresa.

    Com relação aos clientes que se pretende atingir, estima-se, segundo os

    proprietários do empreendimento, que em sua maioria serão casas noturnas, feiras,

    eventos entre outros. Seu foco mercadológico inicialmente estará voltado para a

    região Noroeste, após o estado do Rio Grande do Sul, abrangendo posteriormente

    os estados vizinhos de Santa Catarina e Paraná, para depois atingir o país.

    1.1.3 Problematização do tema

    Este estudo tem como preocupação central analisar a viabilidade econômica

    da implantação de uma empresa de prestação de serviços na área musical,

    buscando suprir a necessidade de mercado de uma banda musical no estilo  pop

    reggae, pois se observa que ultimamente estão surgindo apenas bandas no estilo

    sertanejo.

    Mesmo com a existência de outras bandas na região e no próprio município,

    a Banda objeto desse estudo tem um estilo musical inovador, com letras e arranjos

    próprios.

    No entanto, é necessário um estudo quanto à viabilidade de sua

    implementação, devido à grande dificuldade do estilo pop reggae entrar no mercado,

    pois atualmente o mercado musical é dominado pelo estilo sertanejo universitário.

    Porém como em 2011 no Rio de Janeiro teve mais uma edição do grande evento do

    Rock in Rio, acredita-se que o mercado vai mudar e abrir as portas para outros

    estilos musicais.

    Diante disso, surge a questão de pesquisa para este estudo que é saber se  

    é viável econômica, contábil e financeiramente o investimento em uma

    empresa na área de produção musical?

    1.1.4 Objetivos

     A partir do tema e problema de estudo proposto, apresenta-se a seguir oobjetivo geral e os objetivos específicos.

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    1.1.4.1 Objetivo geral

    Demonstrar se o investimento na implantação de uma empresa na área de

    produção musical é viável econômica, contábil e financeiramente.

    1.1.4.2 Objetivos específicos

    Revisar a Literatura pertinente ao tema objeto deste estudo;

    Levantar os investimentos necessários a implantação da empresa eprojetar os custos, despesas e receitas operacionais da empresa por

    período;

     Apresentar os indicadores de retorno econômico, financeiro e contábil,

    com vista a identificar se o negócio avaliado apresenta o retorno

    desejado.

    1.1.5 Justificativa

    O tema escolhido para o estudo é de grande importância devido ao fato de

    haver grande números de bandas do estilo sertanejo e devido a carência de músicas

    novas especialmente no estilo pop reggae. Contribuiu para acadêmica aprofundar os

    conhecimentos desenvolvidos no decorrer do curso ajudando na sua formação

    profissional, e para a empresa oferecendo um resultado sobre o seu investimento. È

    importante o estudo pois colabora para o sucesso do empreendimento, através do

    planejamento da avaliação de custos e despesas e sua relação com as receitas.

     Além disso, para a ciência contábil o desenvolvimento deste estudo é uma

    ferramenta necessária para auxiliar os empreendedores da organização e na

    tomada de decisão, pois o objetivo deste é através da contabilidade gerencial

    verificar se a empresa é viável econômica, contábil e financeira.

    É essencial que haja um planejamento baseado em informações gerenciais,pois permite a percepção de nichos de mercado e antecipação de riscos evitando

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    assim, a falência. Um empreendimento que passa por um planejamento, reduz

    consideravelmente os riscos inerentes e fornece maior segurança ao negócio.

    Para a organização o estudo facilita o planejamento, o controle a tomada

    de decisões buscando um resultado satisfatório.

    Para a Universidade em especial o curso de Ciências Contábeis, este

    trabalho contribui como subsídio e fonte de pesquisa para a elaboração de trabalhos

    nesta área.

    E particularmente para a acadêmica a escolha deste estudo deu-se por ser

    integrante desta empresa e assim possui interesse pessoal e profissional em

    analisar a viabilidade econômica do empreendimento.

    Busca-se com este trabalho, uma visão mais clara e segura para aimplantação de tal empreendimento e é importante lembrar que em todo processo

    de criação, analise, estruturação e implantação de um negocio são exigidos

    dedicação e uma boa gestão para superar os obstáculos que possam surgir.

     A realização do trabalho na área de viabilidade permite que os

    conhecimentos obtidos neste ramo sejam capazes de contribuir para a viabilidade e

    rentabilidade do investimento com uma situação financeira sustentável.

    1.1.6 Metodologia do Trabalho

    Metodologia é o método ou etapas seguidos para um determinado processo.

    É a explicação minuciosa sobre um determinado tema, de como o estudo foi

    efetuado para chegar a determinado ponto.

    Neste item será explanado como o trabalho foi desenvolvido e quais os

    métodos utilizados para realização do mesmo.

    1.1.6.1 Classificação da pesquisa

    O presente estudo apresenta a seguinte classificação quanto à sua

    natureza, seus objetivos, procedimentos e quanto à abordagem do problema. 

    Quanto à natureza, pode-se definir pesquisa como “a  realização de um

    estudo planejado que tem como ponto de partida um problema e cuja finalidade é

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    chegar a respostas para determinadas questões, mediante a aplicação de método

    científico” (OLIVEIRA, 2003).

    Segundo Gil (1999, p. 43), “a pesquisa aplicada depende das suas

    descobertas e enriquece com o seu desenvolvimento. Sua característica principal é

    o interesse na aplicação, utilização e consequências praticas dos conhecimentos”.

    Neste trabalho, a presente pesquisa possui características de natureza

    aplicada, pois agregou conhecimento e prática aplicados a um estudo que analisa a

    viabilidade ou não do investimento incremental no empreendimento estudado.

    Quanto aos objetivos,  a pesquisa se caracteriza como descritiva e

    explicativa. Segundo Gil (1999, p. 44) e Beuren (2004, p. 81), “a pesquisa descritiva

    tem como objetivo principal descrever características de determinada população,fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis”. 

    Conforme Andrade (apud   Beuren, 2004, p. 81) “a pesquisa descritiva

    preocupa-se em observar os fatos, registrar, analisar, classificar e interpretar. Assim

    os fatos são estudados e não manipulados pelo pesquisador ”.

    Para Beuren (2004, p. 81), “vários estudos utilizam a pesquisa descritiva

    para análise e descrição de problemas de pesquisa na área contábil”. Esta pesquisa

    é descritiva, pois foi descrita de forma detalhada todo o processo de análise erentabilidade do negócio, bem como todos os seus custos, a fim de se obter

    conclusões econômicas e financeiras a respeito da viabilidade do empreendimento.

     A presente pesquisa também é classificada como explicativa, pois, de

    acordo com Marion (2010, p. 57), “as metas da pesquisa explicativa incluem a

    compreensão das bases dos fenômenos naturais e a explicação das relações entre

    os mesmos; as causas ou a natureza do fenômeno”. Assim, a pesquisa explicativa

    busca identificar os fatores determinantes da viabilidade ou não do negócio.Segundo Andrade (apud  Beuren, 2004, p. 82),

     A pesquisa explicativa é mais complexa, pois, além de registrar, analisar,classificar, e interpretar os fenômenos estudados, procura identificar seusfatores determinantes. A pesquisa explicativa tem por objetivo aprofundar oconhecimento da realidade, procurando a razão, o porquê das coisas e poresse motivo está mais sujeita a erros.

    Quanto aos procedimentos técnicos, “referem-se a maneira pela qual se

    conduz o estudo e portanto, os dados foram obtidos” (BEUREN, 2004).

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    Podendo este estudo ser classificado em: pesquisa bibliográfica, pesquisa

    documental, levantamento e estudo de caso.

     A pesquisa bibliográfica é indispensável em pesquisas e, de acordo com

    Cervo e Bervian (apud BEUREN, 2004, p. 86), “explica um problema a partir de

    referenciais teóricos publicados em documentos”. 

    Para Beuren, (2004, p. 86),

    Esse tipo de pesquisa constitui parte da pesquisa descritiva, quandoobjetiva recolher informações e conhecimentos prévios acerca de umproblema para o qual se procura resposta ou acerca de uma hipótese quese quer experimentar.

     A pesquisa bibliográfica foi de grande importância para a elaboração do

    estudo, pois forneceu embasamento teórico para a análise da viabilidade do

    empreendimento.

    Segundo Silva e Grigolo (apud  BEUREN, 2004, p. 89):

     A pesquisa documental vale-se de materiais que ainda não receberamnenhuma análise aprofundada. Esse tipo de pesquisa visa, assim,selecionar, tratar e interpretar a informação bruta, buscando extrair delaalgum sentido e introduzir-lhe algum valor, podendo, desse modo, contribuir

    com a comunidade científica afim de que outros possam voltar adesempenhar futuramente o mesmo papel.

    No presente estudo foram levantados os dados necessários para a

    implantação do negócio. Gil (1999, p. 70), define levantamento da seguinte forma:

     As pesquisas deste tipo se caracterizam pela interrogação direta daspessoas cujo comportamento se deseja conhecer. Basicamente, procede-seà solicitação de informações a um grupo significativo de pessoas acerca doproblema estudado para em seguida, mediante analise quantitativa, obter asconclusões correspondentes dos dados coletados.

    De acordo com Gil (2002, p. 54), “o estudo de caso  consiste no estudo

    profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e

    detalhado conhecimento”. Seguindo essa mesma ideia, Beuren (2004, p. 84)

    “destaca a importância desse tipo de estudo por reunir informações numerosas,

    detalhadas e ricas a respeito de uma situação, auxiliando num maior conhecimento

    e numa possível resolução de problemas acerca do assunto estudado”. 

     Assim o presente estudo também se caracteriza pelo levantamento a fim dese obter informações referentes aos nichos de mercados (clientes), concorrentes.

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    Também se caracteriza como um estudo de caso, por se tratar de um estudo de

    viabilidade, onde não pode ser generalizado a outras empresas, visto que possuem

    características próprias.

    Quanto à abordagem do problema, referente aos tipos de abordagem do

    problema existem dois que podem ser aplicados em contabilidade: qualitativa e

    quantitativa, para o estudo foi usada a pesquisa qualitativa, por não fazer uso de

    bases estatísticas na análise dos dados.

    Segundo Marion (2010, p. 58), pesquisa qualitativa “é aquela em que se

    busca conhecer os fenômenos sociais através dos significados que estes têm para

    as pessoas”. De acordo com Beuren (2004, p. 92), “esse tipo de pesquisa possibilita

    uma análise mais profunda em relação ao fenômeno que esta sendo estudado, vistoque pela análise quantitativa o assunto é tratado superficialmente”.

    1.1.6.2 Coleta de dados

    Neste item do trabalho foram descritos os métodos utilizados para a coletados dados necessários à elaboração da pesquisa.

    O plano de coleta de dados é a “etapa da pesquisa em que se inicia a

    aplicação dos instrumentos elaborados e das técnicas selecionadas, a fim de se

    efetuar a coleta dos dados previstos.” (MARCONI e LAKATOS, 1996, p. 30).

     As fontes que compõem o trabalho de pesquisa são oriundas de estudos

    bibliográficos, artigos extraídos da internet, de diversas áreas da contabilidade,

    especialmente contabilidade gerencial e financeira contempladas neste trabalho.Por se tratar do estudo de viabilidade de um empreendimento na área de

    produção musical, foi necessário coletar informações quanto aos custos, a estrutura

    necessária para iniciar as atividades, bem como outras informações necessárias ao

    estudo de viabilidade sendo usado para tanto a observação e entrevista semi-

    estruturada.

    Intuitivamente o ser humano se vale da observação para estudar, analisar

    obter conhecimento de tudo o que o envolve (OLIVEIRA, 2003 p. 66).

     Ainda Oliveira (2003, p. 67) afirma que:

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    Observar consiste em aplicar os sentidos na obtenção de dados sobredeterminado objeto, buscando conhecê-lo. É de grande importância nasciências, pois permite ao pesquisador estudar uma realidade e as suas leis,sem se prender apenas à adivinhação.

    Enfim, observar é uma técnica de coleta de dados para obter informações

    sobre determinado assunto.

    Entrevista diz respeito à obtenção de dados relevantes para uma pesquisa

    mediante o diálogo com determinada fonte. É uma conversa orientada para o

    objetivo de recolher dados para a pesquisa (OLIVEIRA, 2003).

    Para o mesmo autor, na entrevista não estruturada, há grande liberdade,

    ausência de padrões ou perguntas fechadas e os interlocutores têm total liberdade

    de perguntas e respostas. Assim, a entrevista é uma conversa entre duas pessoas,

    para que uma obtenha informações sobre um assunto.

    Para a obtenção dos dados necessários à elaboração da presente pesquisa,

    foram efetuadas entrevistas informais junto aos empresários do setor e pessoas

    ligadas ao ramo de atividade musical, bem como utilizado o método da observação

    em relação ao mercado, concorrentes, entre outros.

    1.1.6.3 Análise e interpretação dos dados

     Após coletar os dados necessários à pesquisa foi realizada uma análise e

    interpretação dos mesmos, com o objetivo de encontrar resposta ao problema

    investigado.

    Para Beuren (2004, p. 136):

    Quando se fala em analisar dados, espera-se que o estudante consigasumariar os dados coletados para transformá-los em informações quesustentem um raciocínio conclusivo sobre o problema proposto. Já na fasede interpretação dos dados, deverá haver uma correlação dos dadoscoletados com a base teórica que sustentou a pesquisa.

    No presente estudo, após a obtenção dos dados necessários, os mesmos

    foram analisados para que se transformassem em informações úteis, e assim foram

    elaboradas planilhas, quadros, gráficos com a finalidade de garantir um bomdesenvolvimento ao estudo de viabilidade do empreendimento. Assim, foram

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    analisadas e interpretadas questões como investimentos necessários para a

    operacionalização da produção musical, custos, receitas e despesas relacionadas

    ao negócio para elaboração da Demonstração do Resultado do Exercício, Fluxo de

    Caixa projetados e os cálculos e análises para identificar a rentabilidade do negócio.

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    2 REFERENCIAL TEÓRICO

    Neste capítulo foi realizado um estudo aprofundado por meio de consultas avários autores relevantes, tendo como objetivo principal dar embasamento a

    fundamentação teórica do trabalho para dar sustentação ao mesmo.

    2.1 Contabilidade

     A contabilidade é a ciência social que busca registrar, classificar,

    demonstrar, analisar, interpretar todos os fenômenos que afetam as situações

    patrimoniais das entidades. Seu objeto de estudo é o patrimônio das entidades, em

    seus aspectos qualitativos e quantitativos.

    Basso (2011, p. 26) define contabilidade como:

    Conjunto ordenado de conhecimentos próprios, leis científicas, princípios e

    método de evidenciação próprios, é a ciência que estuda, controla eobserva o patrimônio das entidades nos seus aspectos quantitativo(monetário) e qualitativo (físico) e que, como conjunto de normas, preceitose regras e padrões gerais, se constitui na técnica de coletar, catalogar eregistrar informações de suas variações e situação, especialmente denatureza econômico-financeira e, complementarmente, controla, registra einforma situações impactantes de ordem socioambiental decorrentes deações praticadas pela entidade no ambiente em que está inserida.

    Para Marion (1998, p. 24), “contabilidade é o instrumento que fornece o

    máximo de informações úteis para a tomada de decisões, não devendo ser feita

    apenas para atender as exigências do governo, mas para auxiliar nas decisões daentidade”.

     A contabilidade é imprescindível para uma entidade, pois atua na

    administração e gerenciamento de seu patrimônio constituído por um conjunto de

    bens, direitos e obrigações. “ A Contabilidade é a linguagem dos negócios, mede os

    resultados das empresas, avalia o desempenho dos negócios, dando diretrizes para

    tomadas de decisões” (MARION, 2003, p. 24).

    Para Capellari e Treter (2007, p. 36):

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     A Contabilidade tem sido a base de dados da qual os empresários se valempara extrair as informações de que necessitam para uma eficiente gestãodos recursos, uma vez que as demonstrações contábeis servem de apoioao gerenciamento da entidade, possibilitando conhecer com maior precisãoa sua situação patrimonial e econômica financeira.

    Toigo, citado por Basso (2011, p. 26) afirma: “Contabilidade é a ciência que

    estuda e controla o patrimônio sob ponto de vista econômico-financeiro, observando

    e registrando seus aspectos quantitativos e qualitativos e as variações por ele

    sofridas”. 

    Para Basso (2011, p. 28) “a finalidade básica da Contabilidade é gerar

    informações de ordem física, econômica e financeira sobre o patrimônio, com ênfase

    para o controle e o planejamento- processo decisório”.  Ainda para o Basso (2011, p. 32):

    a informação contábil se expressa por diferentes meios, comodemonstrações contábeis, escrituração ou registros permanentes esistemáticos, documentos, livros, planilhas, listagens, notas explicativas,mapas, pareceres, laudos, diagnósticos, descrições críticas ou quaisqueroutros empregados no exercício profissional ou previstos em legislação.

     Assim, a Contabilidade é uma ciência social, pois estuda o patrimônio de

    uma organização, fornecendo informações para a tomada de decisões.

    2.1.1 Contabilidade gerencial

    Contabilidade gerencial tem como objetivo coletar e registrar informações

    para auxiliar os gestores a tomar decisões na empresa, apurar a sua situação

    financeira e buscar tendências futuras de investimentos. “Ponto fundamental da

    contabilidade gerencial é o uso da informação contábil como ferramenta para a

    administração” (PADOVEZE, 2010, p. 47).

    Para Warren, Reeve e Fess (2001, p. 3):

     As informações de contabilidade gerencial incluem dados históricos eestimados usados pela administração na condução de operações diárias, noplanejamento de operações futuras e no desenvolvimento de estratégias de

    negócios.

    Segundo Padoveze (2010, p. 48)

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    Para se fazer contabilidade gerencial é necessário um sistema deinformação contábil gerencial, um sistema de informação operacional, queseja um instrumento dotado de características tais que preencha todas asnecessidades informacionais dos administradores para o gerenciamento desua entidade.

    O Sistema de Informações Contábil Gerencial em uma empresa pode

    auxiliar e direcionar a tomada de decisão por meio de relatórios com qualidade e

    confiabilidade (ZOUNAR, SANTIAGO e VIERIA, 2007).

     Assim, mediante a competitividade do mercado, onde as organizações tem

    dificuldade de cumprir com suas obrigações e ainda gerar lucros é imprescindível

    que estejam munida de sistemas e controles que lhe forneçam informações para um

    bom gerenciamento e tomada de decisões.

    2.2 Metodologias de análise de viabilidade

     A análise de viabilidade busca identificar e quantificar as estimativas de um

    novo projeto que detectará a partir dos métodos de investimentos a melhor

    oportunidade que irá gerar valor à empresa.

    Segundo Santos (2001, p. 144) “as decisões de investimentos são

    importantes para a empresa porque envolvem valores significativos e geralmente

    têm um alcance de longo prazo”. 

    Silva (2005, p. 51) “afirma que para analisar a viabilidade econômica do

    investimento, utiliza-se a engenharia econômica, que usa métodos de análise

    (Quadro 01) que facilitam a escolha da melhor alternativa de investimento”.

    Quadro 01: Métodos para avaliação e análise de investimentos

    Método do valor presente líquido  – VPL: determina o valor no momento inicial de uma operação,considerando um fluxo de caixa composto de receitas e dispêndios, descontados com a TaxaMínima de Atratividade - TMA.Método do valor futuro líquido  – VFL: determina o valor no momento futuro de uma operação,considerando um fluxo de caixa composto de receitas e dispêndios, aplicando-se a Taxa Mínima de Atratividade –TMA a cada valor do fluxo de caixa.Método do valor uniforme líquido: determina transformar uma série diferente em valoresuniformes, através de uma Taxa Mínima de Atratividade - TMA.Método de taxa de retorno: a taxa de juros que anula o valor presente líquido correspondente àTaxa Interna de Retorno (TIR). Entre duas alternativas econômicas com TIR diferentes, a que tiver amaior taxa significa que o investimento vai proporcionar maior retorno. O investimento seráeconomicamente atraente apenas se a TIR for maior do que a Taxa Mínima de Atratividade  – TMA.

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    Método do prazo de retorno: considera a apuração do tempo adequado para que o somatório dosbenefícios econômicos de caixa se nivele ao somatório dos dispêndios de caixa.Índice de lucratividade: é a comparação de dois investimentos. Acha-se o Valor Presente Líquido(VPL), que depois é dividido pelo valor do investimento inicial, e então se encontra o índice.Payback simples: considera em quanto tempo se dará o retorno do investimento inicial.Payback descontado: é o mesmo conceito do payback  simples, mas o fluxo de caixa é analisadodepois que se deduz a capitalização da taxa de desconto, isto é, o VPL.Fonte: adaptado de Silva (2005, p. 51-52).

    Existem várias metodologias para a análise de viabilidade do projeto

    devendo ser escolhidas aquelas que estão de acordo com os objetivos do

    empreendimento, pois é através desta análise de investimentos que saberemos se o

    empreendimento trará benefícios futuros.

    2.2.1 Taxa Interna de Retorno – TIR

     A Taxa Interna de Retorno (TIR) representa a rentabilidade gerada pelo

    investimento. De acordo com Santos (2001, p. 154):

     A Taxa Interna de retorno de um investimento é o percentual de retornoobtido sobre o saldo do capital investido e ainda não recuperado.Matematicamente, a taxa interna de retorno é a taxa de juros que iguala ovalor presente das entradas de caixa ao valor presente das saídas de caixa.

    Segundo Ross, Westerfield e Jaffe (2002, p. 131) a TIR “é a taxa do projeto

    que faz com que o VPL do projeto seja nulo”. 

     Assim, quando a Taxa Interna de Retorno de um projeto de investimento for

    maior que a sua TMA, este investimento pode ser considerado vantajoso e trará

    lucros. Se a Taxa Interna de Retorno for menor que a TMA, este investimento nãoserá vantajoso, pois não compensará o custo de oportunidade da empresa.

    No Quadro 02 são apresentadas as vantagens e desvantagens da TIR:

    Quadro 02: Vantagens e desvantagens da TIR

    Vantagens  Desvantagens Considera o fluxo de caixa completo doprojeto e o valor do dinheiro no tempo.Informa se o projeto simples cria ou destrói

    valor.É uma taxa de juro, uma medida relativa, emvez de uma medida absoluta, como o VPL. A TIR é fácil de ser comunicada e,

    Deve ser aplicada somente na avaliação deprojetos com fluxo de caixa com uma únicamudança de sinal, denominados projetos do

    tipo simples ou projetos simples.É necessário determinar a priori a taxarequerida do projeto.Não tem a propriedade aditiva do VPL de

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    aparentemente, pode ser bemcompreendida por muitos.

    fluxo de caixa de um mesmo projeto. A maior TIR não seleciona o melhor projetode um grupo de projetos mutuamenteexcludentes com o mesmo prazo de análise,exceto aplicando a análise incremental, ou

    grupo de projetos independentes sobrestrição orçamentária.Há a dificuldade em reinvestir os retornos doprojeto para garantir a rentabilidadeperiódica igual à TIR.

    Fonte: adaptado de Lapponi (2007, p. 177).

    Portanto, a Taxa Interna de Retorno (TIR) é uma taxa de juro que anula o

    VPL do projeto, ela detecta, mas não mede o valor do projeto, ou seja, é a taxa que

    com o valor atual das entradas seja igual ao valor atual das saídas de caixa.

    2.2.2 Taxa Mínima de Atratividade - TMA

    “A Taxa Mínima de Atratividade é a taxa requerida como a taxa mínima de

     juro que a empresa exige para aceitar um projeto, conhecida também como custo de

    oportunidade” (LAPPONI, 2007, p. 37). Para Santos (2001, p. 153) essa taxa “é específica para cada empresa e

    significa a taxa de juros mínima aceitável quando ela faz um investimento ou a taxa

    de juros máxima a pagar por um financiamento”. 

    Lapponi (2007, p. 9) destaca que “a determinação da taxa requerida de um

    novo projeto é fundamentada no mercado de capitais e é definida pelo retorno

    oferecido por outros investimentos disponíveis com risco equivalente ao do novo

    projeto”. Para Casarotto Filho e Kopittke (2010, p. 97)

     Ao se analisar uma proposta de investimento deve ser considerado o fatode se estar perdendo a oportunidade de auferir retornos pela aplicação domesmo capital em outros projetos. A nova proposta para ser atrativa deverender, no mínimo, a taxa de juros equivalente à rentabilidade dasaplicações correntes e de pouco risco. Esta é, portanto, a Taxa Mínima de Atratividade.

    De acordo com Souza e Clemente (2010):

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    Entende-se como Taxa de Mínima Atratividade a melhor taxa, com baixograu de risco, disponível para aplicação do capital em análise. A decisão deinvestir sempre terá pelo menos duas alternativas para serem avaliadas:investir no projeto ou “investir na Taxa Mínima de Atratividade”. Ficaimplícito que o capital para investimento não fica mais no caixa mas, sim,

    aplicado à TMA. Assim o conceito de riqueza gerada deve levar em contasomente o excedente sobre aquilo que já se tem, isto é, o que será obtidoalém da aplicação do capital na TMA.

    Para Santos (2001, p. 154) “a TMA de uma empresa é um parâmetro

    permanente e não é afetado pelas mudanças conjunturais do ambiente econômico

    onde ela atua”. 

    Portanto a TMA é definida num projeto baseada no que se espera ganhar e

    deve ser igual ou maior á seu custo de capital de modo que os investimentos da

    empresa deverão proporcionar lucro econômico.

    2.2.3 Valor Presente Líquido – VPL

    O método de Valor Presente Líquido analisa os investimentos considerando

    o valor do dinheiro no tempo. Segundo Ross, Westerfield e Jaffe (2002, p. 75), “VPLé o valor presente dos fluxos futuros de caixa menos o valor presente do custo do

    investimento”. 

    Santos (2001, p.155) diz que:

    O VPL de um investimento é igual ao valor presente do fluxo de caixalíquido, sendo portanto, um valor monetário que representa a diferençaentre as entradas e saídas de caixas trazidas a valor presente. É efetuadocom a utilização da Taxa Mínima de Atratividade (TMA) da empresa como

    taxa de desconto.

    Segundo Lapponi (2007, p. 132), “o VPL do projeto com prazo de análise n,

    custo inicial I  na data zero, os retornos gerados FC1, FC2, FC3... , FCn e a taxa K  é

    obtida com a expressão”:

    n

    n

    32 k)(1

    FC ...

    k)(1

    FC3 

    k)(1

    FC2 

    k1

    FC1 l-VPL  

    Santos (2001, p. 156) destaca que:

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    Quando o Valor Presente Líquido (VPL) é maior do que zero, significa que oinvestimento é vantajoso, pois existe lucro econômico, já que o valorpresente das entradas de caixa é maior do que o valor presente das saídasde caixa. Também indica que a taxa interna de retorno do projeto é maiorque a TMA da empresa. Se for igual a zero, o investimento está numa

    situação de indiferença, pois o valor presente das entradas de caixa é igualao valor presente das saídas de caixa. E para um VPL menor que zero,conclui-se que o investimento não é economicamente atrativo, pois o valorpresente das entradas de caixa sendo menor do que o valor presente dassaídas de caixa significa a existência de prejuízo econômico.

    É importante ressaltar que o VPL é um cálculo que evidencia resultados

    financeiros e não econômicos como destaca o autor acima. Assim para um VPL

    menor que zero conclui-se que o investimento não é financeiramente atrativo.

    Enfim, o melhor projeto de investimento será o que apresentar um maior

    VPL ou maior que zero o que significa que o investimento terá um retorno acima do

    custo de oportunidade da empresa, assim o mesmo é vantajoso e deve ser

    realizado.

    2.2.4 Período de recuperação do Investimento - Payback

    O método do payback  representa o prazo de retorno do investimento inicial,

    ou seja, é o período de tempo necessário para que as entradas de caixa geradas por

    um determinado projeto se igualem ao valor do investimento. Conforme Santos

    (2001, p. 150) “este método estima em quanto tempo ocorrerá a recuperação do

    capital investido em função do fluxo de caixa gerado”. 

    O critério do período  payback , na tomada de decisões de investimento, é

    simples. Seleciona-se certo período de corte, digamos, de dois anos. Todosos projetos que tiverem períodos de payback  de dois anos ou menos serãoaceitos, e todos os que proporcionarem recuperação do investimento emmais de dois anos serão rejeitados (ROSS, WESTERFIELD e JAFFE, 2002,p. 127).

    Pode ser aplicado de duas formas:  payback  simples e payback descontado.

    Santos (2001, p. 151) “diz que uma alternativa para diminuir a imprecisão do critério

    do tempo de retorno é considerar os fluxos de caixa pelo seu valor presente”. Esse

    método é denominado tempo de retorno descontado.

    Lapponi (2007, p. 242) “traz algumas vantagens e desvantagens de utilizar o

    Payback  Descontado na avaliação de projetos simples”.

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    Quadro 03: Vantagens e desvantagens do Payback Descontado

    Vantagens Desvantagens

    - O método do PBD é fácil de ser aplicado,embora o procedimento de cálculo seja umpouco trabalhoso.- O resultado do PBD é de fácil interpretação,quanto menor for o PBD, tanto melhor para oprojeto.- Dá uma noção da liquidez e do risco doprojeto.

    - O PBD não considera todos os capitais dofluxo de caixa do projeto, e a definição de tempomáximo tolerado é arbitrária. Avaliando somenteo método do PBD, a empresa tenderá a aceitarprojetos de curta maturação e menorrentabilidade, e tenderá a rejeitar projetos demaior maturação e rentabilidade.- O PBD não é uma medida de rentabilidade doprojeto.- Não deve ser aplicado:- Quando o desembolso do custo inicial forrealizado em mais de um ano; comodesembolsos do ano zero e no final do 1º ano e

    seguintes.- Quando o projeto não for do tipo simples.- Seleciona o melhor de um grupo de projetosmutuamente excludentes, ou grupo de projetosindependentes sob restrição orçamentária. Oprojeto com menor PBD poderá não ser omelhor projeto, pois não considera todo o fluxode caixa, e o TMA é uma referência arbitrária.

    Fonte: adaptado de Lapponi (2007, p. 242).

    Enfim, Payback   é o tempo decorrido entre o investimento inicial e o

    momento no qual o lucro líquido acumulado se iguala ao valor desse investimento,

    assim quanto menor for o tempo de recuperação, mais atrativo se torna o

    empreendimento.

    2.2.5 Valor Atual Uniforme Equivalente – VAUE

    O Valor atual uniforme equivalente é mais uma ferramenta utilizada na

    análise de investimentos.

    “Este método consiste em obter um valor médio periódico dos fluxos de caixa

    positivos e compará-lo com o valor médio dos fluxos de caixa negativo” (KASSAI et.

    al , 2000).

    Segundo Casarotto Filho e Kopittke (2010, p. 95):

    Este método consiste em achar a série uniforme anual (A) equivalente aofluxo de caixa dos investimentos à Taxa Mínima de Atratividade (TMA), ouseja, acha-se a série uniforme equivalente a todos os custos e receitas para

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    cada projeto utilizando-se a TMA. O melhor projeto é aquele que tiver maiorsaldo positivo de VAUE.

    Para o mesmo autor o cálculo do VAUE consiste em determinar o que

    renderia o capital empregado à taxa mínima de atratividade e subtrair este valor, dos

    saldos líquidos anuais.

    Segundo Kassai et. al ( 2000, p. 81) “enquanto o valor presente líquido (VPL)

    demonstra o resultado líquido de um fluxo de caixa a valor presente, o VAU mostra

    um resultado equivalente em bases periódicas (ex: por ano) e é apurado da seguinte

    forma”: 

    VAU= PMT (Fluxos Positivos; TMA) –  PMT (Fluxos Negativos; TMA)

    Portanto, a VAUE é um método de análise que tem como objetivo verificar o

    retorno do capital investido descontando as entradas de caixa.

    2.2.6 Fluxo de Caixa

     A administração financeira para ser eficaz precisa estar orientada pelo

    planejamento de suas disponibilidades, ou seja, o fluxo de caixa. Para Padoveze

    (2010, p. 83) “o fluxo de caixa é considerado peça-chave na administração

    financeira”. 

    Porém para Frezatti (1997, p. 35) “um fluxo de caixa não adequadamente

    estruturado leva a empresa a não entender, não analisar e não decidir

    adequadamente sobre sua liquidez”. 

    De acordo com Santos (2001, p. 145) “para efetuar a análise econômica de

    um projeto de investimentos, seus dados de entradas e saídas de dinheiro são

    dispostos na forma de um quadro denominado fluxo de caixa”. Novamente devemos

    ressaltar que o fluxo de caixa é uma análise financeira e não econômica como

    destaca o autor acima.

    Então o fluxo de caixa demonstra todo o montante de recebimentos e

    pagamentos por uma entidade em um determinado período de tempo, podendo

    estar ligado a um projeto específico, sendo um importante instrumento gerencial.

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    Segundo Silva (2005, p. 3) “fluxo de caixa é o principal instrumento da

    gestão financeira que planeja, controla e analisa as receitas, despesas e os

    investimentos, considerando determinado período projetado”. 

    No fluxo de caixa orçado estarão as informações de compromissos e

    recebimentos futuros. Não existe regra de período e criação do fluxo de caixa

    (MEIRELLES JUNIOR e PINHEIRO DE SÁ, 2007).

    O Fluxo de caixa representa uma importante ferramenta gerencial. Segundo

    Silva (2005, p. 12) “através dessas demonstrações, podem ser analisadas as

    alternativas de investimentos, os motivos que ocasionaram as mudanças da

    situação financeira da empresa, as formas de aplicação de lucro gerado pelas

    operações”. Para Wbatuba, Fortes e Treter (2004, p. 66):

    ....este demonstrativo é incapaz de fornecer informações precisas sobre olucro e sobre os custos dos produtos da empresa. Isto porque suaelaboração e demonstração são realizadas pelo regime de caixa e não peloregime de competência.

    O Quadro 04 apresenta o esquema geral do demonstrativo do fluxo de caixa.

    Quadro 04: Esquema de entradas e saídas de caixa

    FLU

    XO

    DE

    CAIXA 

    ENTRAD

    AS

    Das OperaçõesRecebimento de vendasDividendos de participaçõesReceitas financeiras líquidasOutras receitas (aluguéis, comissões etc.)

    Dos FinanciamentosIntegralização de capital, em dinheiroEmpréstimos diversosReservas de Capital (em dinheiro)

    Dos InvestimentosVenda de outros valores do ativoLucro na venda de outros valores do ativo

    SAÍDAS 

    Das operaçõesDespesas financeiras líquidasPagamento de despesasPagamento de compras

    Dos financiamentosPagamento de empréstimoPagamento de juros e outros ônus financeirosPagamento de dividendos

    Dos Investimentos

     Aquisição de outros valores do Ativo Aplicação em Ativo DiferidoFonte: Reis (2003, p. 239).

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    Enfim, o fluxo de caixa é um retrato fiel da composição da situação liquida da

    empresa, constitui-se em instrumento essencial para que a empresa possa ter

    agilidade e segurança em suas atividades financeiras. Ele demonstra como a

    empresa gera e usa seus recursos de caixa, permite avaliar se as receitas geradas

    serão maiores do que as despesas envolvidas. É uma ferramenta que auxilia o

    gestor a planejar, organizar, coordenar e dirigir os recursos financeiros facilitando a

    tomada de decisões.

    2.2.7 Demonstração de resultados- DRE

     A Demonstração do Resultado do exercício fornece aos seus usuários o

    resultado operacional e o resultado não operacional da empresa.

    Conforme Basso (2011, p. 306), “a demonstração do resultado do exercício

    é o relatório contábil que sintetiza as operações que deram origem ao resultado de

    um determinado período ou exercício social”. 

    Para Marion (1998, p. 81) “a DRE é um resumo ordenado das receitas e

    despesas da empresa em determinado período. E apresentada de forma dedutiva,

    ou seja, das receitas subtraem-se as despesas obtendo o resultado”. 

     Ainda segundo Silva (2005, p. 6) “esse demonstrativo relata a história da

    atividade da empresa durante um exercício social ou durante períodos mais curtos,

    que podem ser, por exemplo, um trimestre ou um semestre”. 

     A Resolução do Conselho Regional de Contabilidade nº 1283/10 aprova a

    Norma Brasileira de Contabilidade NBC T.3.3 e diz que a demonstração do resultado

    evidenciará, no mínimo, e de forma ordenada:

    a) as receitas decorrentes da exploração das atividades-fins;b) os impostos incidentes sobre as operações, os abatimentos, asdevoluções e os cancelamentos;c) os custos dos produtos ou mercadorias vendidos e dos serviçosprestados;d) o resultado bruto do período;e) os ganhos e perdas operacionais;f) as despesas administrativas, com vendas, financeiras e outras e asreceitas financeiras;

    g) o resultado operacional;h) as receitas e despesas e os ganhos e perdas não decorrentes dasatividades-fins;i) o resultado antes das participações e dos impostos;

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     j) as provisões para impostos e contribuições sobre o resultado;l) as participações no resultado;m) o resultado líquido do período. 

     A estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício se compõe daseguinte forma:

    Quadro 05: Estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício

    Demonstração do Resultado do Exercício 1- RECEITA (OPERACIONAL) BRUTA

    Venda de MercadoriasVenda de ProdutosPrestação de Serviços

    2- DEDUÇÕES DA RECEITA (OPERACIONAL) BRUTA

    Impostos faturadosDevoluções e Abatimentos

    3- RECEITA (OPERACIONAL) LÍQUIDA (1-2)4- CUSTOS

    Das Mercadorias VendidasDos Produtos VendidosDos Serviços Prestados

    5- LUCRO (OPERACIONAL) BRUTO (3-4)6- DESPESAS (OPERACIONAIS)

    De vendasReceitas FinanceirasDespesas FinanceirasGerais e Administrativas

    7- OUTRAS RECEITAS E DESPESAS (OPERACIONAIS)ReceitasDespesas

    8- RESULTADO (OPERACIONAL) LÍQUIDO (5-6+-7)9- RESULTADO NÃO OPERACIONAL (opcional)

    ReceitasDespesas

    10- RESULTADO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA (8+-9)11- PROVISÃO PARA O IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL12- PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES

    Debenturistas Administradores

    EmpregadosOutros BeneficiáriosOutras Contribuições

    13- RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (10-11-12)14- RESULTADO LÍQUIDO POR AÇÃO

    Fonte: Basso (2011, p. 313).

    Segundo Meirelles Junior e Pinheiro de Sá (2007, p. 51) “essa estrutura

    representa um trabalho eficiente dos contadores ao confrontar os itens pertinentes

    das receitas com os itens pertinentes de custos e despesas para o período que

    envolve o regime de competência”. 

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     A DRE projetada pode fornecer informações antecipadas sobre a

    capacidade econômica - financeira da empresa. Para Zdanowicz (2001, p. 104)

    “essas informações serão importantes para que o gestor possa analisar e concluir se

    o retorno sobre o investimento será ou não aceitável”. 

    Para o mesmo autor, os objetivos da DRE projetada são:

    a) avaliar a eficiência do plano geral de operações, obtendo relaçõessignificativas entre as receitas, os custos e as despesas operacionais;

    b) analisar e comparar as situações econômicas atuais e futuras daempresa;

    c) constituir-se instrumento de planejamento e controle econômico;d) informar aos atuais e novos proprietários e acionistas sobre a

    remuneração de capitais investidos na empresa;e) projetar todas as contas diferenciadas resultantes ou não da atividade

    fim da empresa.

     Assim, a demonstração do resultado do exercício é o demonstrativo que

    compara receitas com despesas do período, reconhecidos e apropriados pelo

    regime de competência.

    2.2.8 Demonstração de valor adicionado – DVA

     A demonstração de valor adicionado representa a riqueza criada por uma

    empresa num determinado período.

     A Resolução do Conselho Regional de Contabilidade nº 1162/09 aprova a

    Norma Brasileira de Contabilidade NBC TG 09 e diz que:

     A DVA deve proporcionar aos usuários das demonstrações contábeis

    informações relativas à riqueza criada pela entidade em determinadoperíodo e a forma como tais riquezas foram distribuídas. A distribuição dariqueza criada deve ser detalhada, minimamente, da seguinte forma:(a) pessoal e encargos;(b) impostos, taxas e contribuições;(c) juros e aluguéis;(d) juros sobre o capital próprio (JCP) e dividendos;(e) lucros retidos/prejuízos do exercício.

    Para Padoveze (2010, p. 94) “esta demonstração é considerada

    fundamental, tanto para análise da geração e distribuição do lucro, como para o

    processo de integração da empresa com a comunidade”. 

    Segundo Neves e Viceconti (2003, p. 300):

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    Enfim a DVA é um importante relatório gerencial, pois ajuda a empresa

    evidenciar a geração de valor econômico e a sua distribuição.

    2.2.9 Índices de Rentabilidade – IR

     A rentabilidade é uma análise conclusiva no que diz respeito ao sucesso ou

    não de um investimento.

    “Os índices de rentabilidade medem a capacidade de produzir lucro de todo

    o capital investido nos negócios (próprios e de terceiros)” (REIS, 2003, p. 153). 

    De acordo com Brizolla (2008, p. 103) “representa o quanto a empresaconseguiu obter de lucro líquido para cada R$ 1,00 de ativo total”. 

    O Índice de Rentabilidade é definido pela divisão do Lucro Líquido do

    Exercício pelo ativo total (investimento) multiplicado por 100 para obter o resultado

    em porcentagem.

    Indice de Rentabilidade (IR) = Lucro Líquido do Exercício x 100

    Investimento

    Enfim, o índice de rentabilidade busca mensurar num projeto qual o retorno

    obtido após os valores investidos, ou seja, a capacidade que os ativos apresentam

    de gerar lucros.

    2.2.10 Índices de Lucratividade - IL

    Outra ferramenta usada para avaliar os projetos é chamada de índice de

    lucratividade (IL).

    Segundo Brizolla (2008, p. 99) “representa o valor que permanecerá na

    empresa sob a forma de lucro após cobrir todos os custos e despesas incorridas na

    atividade a cada R$ 1,00 de vendas líquidas”. 

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    O índice de lucratividade é definido com o resultado de dividir o lucro líquido

    do exercício pelas receitas operacionais líquidas, multiplicado por 100 para obter o

    valor em porcentagem.

    IL= Lucro Líquido do Exercício____ x100

    Receitas Operacionais Liquídas

    Portanto, o índice de lucratividade é mais um método de avaliação de

    projetos, onde se utiliza o lucro líquido do exercício pelas receitas operacionaislíquidas.

    2.3 Receitas, Despesas e Custos

    Toda organização tem como objetivo crescer patrimonialmente e gerar

    lucros. Segundo Casarotto Filho e Kopittke (1996, p. 198) “para analisar uma análise

    econômica de um investimento, é necessário um perfeito levantamento dos custos e

    receitas decorrentes deste investimento”. 

    Para o Conselho Regional de Contabilidade (2010, p. 41) “receita é um

    aumento do patrimônio líquido que se origina no curso das atividades normais da

    entidade e é designada por uma variedade de nomes, tais como vendas, honorários,

     juros, dividendos, lucros distribuídos, royalties e aluguéis”. 

     A Resolução do Conselho Regional de Contabilidade nº 1187/09 aprova a

    Norma Brasileira de Contabilidade NBC TG 30 e define receita como:

    aumento nos benefícios econômicos durante o período contábil sob a formade entrada de recursos ou aumento de ativos ou diminuição de passivosque resultam em aumentos do patrimônio líquido da entidade e que nãosejam provenientes de aporte de recursos dos proprietários da entidade. Asreceitas englobam tanto as receitas propriamente ditas como os ganhos. Areceita surge no curso das atividades ordinárias da entidade e é designadapor uma variedade de nomes, tais como vendas, honorários, juros,

    dividendos e royalties.

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    Basso (2011, p. 369) afirma que “as despesas, na maioria das vezes,

    representam consumpção de ativos que, tanto podem ter sido pagos em períodos

    passados, quanto no próprio período, ou ainda virem a ser pagos no futuro”. 

    Despesas para o Conselho Regional de Contabilidade (2010, p. 41) é:

    Uma redução do patrimônio liquido que surge no curso das atividadesnormais da entidade e inclui, por exemplo, o custo das vendas, salários edepreciação. Ela geralmente toma a forma de desembolso ou redução deativos como caixa e equivalentes de caixa, estoques, ou bens do ativoimobilizado.

    “Os custos podem ser classificados da seguinte forma: custos de

    investimento: decorrentes das transações do ativo e custos operacionais:decorrentes da operação dos ativos”  (CASAROTTO FILHO E KOPITTKE, 1996, p.

    198).

    Contudo na empresa temos receitas que serão obtidas através da atividade

    fim da organização e as despesas representam os gastos operacionais necessários

    ao funcionamento desta entidade.

    2.3.1 Custo do Investimento

    Custo de investimentos representam os investimentos realizados pela

    empresa. Segundo Alieve (1999, p. 57) “investimentos são dispêndios efetuados

    com o objetivo de melhorar as instalações e os equipamentos e alavancar o

    empreendimento”. 

    Para Padoveze (2010, p. 319) “investimentos são os gastos efetuados em

    ativo ou despesas e custos que serão imobilizados ou diferidos. São gastos ativados

    em função de sua vida útil ou benefícios futuros”. De acordo com Lenza (2011, p.

    58) “é o gasto em um bem ou serviço que poderá ser ativado para uso e que

    contribuirá para produzir resultado em mais de um exercício”. 

    Os investimentos podem ser classificados de duas formas: investimentos

    fixos e investimentos de giro.

    Segundo Casarotto Filho e Kopittke (1996, p. 198),

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    O investimento fixo representa os equipamentos, as instalações industriaispara operação dos equipamentos, a montagem e o projeto quando houver,as construções civis necessárias e outros investimentos como móveis etransportadores.

    Neste empreendimento os investimentos fixos são os gastos na estrutura

    necessária ao funcionamento da empresa, neste caso os instrumentos, objetos

    musicais e o investimento inicial de divulgação do empreendimento.

    Casarotto Filho e Kopittke (2010, p. 192) também faz uma definição de

    investimento em capital de giro:

    O investimento em capital de giro é o capital de giro próprio adicionalnecessário para a operação do equipamento ou da nova fábrica, sendo

    constituído principalmente pelo estoque de matérias-primas, produtos emelaboração e produtos acabados, além dos recursos disponíveis em caixa epara sustentar as vendas a prazo.

    Os investimentos de giro nesta entidade serão necessários para cobrir o

    caixa dos gastos com publicidade da empresa nos primeiros meses de atividade.

    Então, custos de investimentos são necessários para iniciar um

    empreendimento ou mesmo para melhorar as instalações e trazer um benefício

    futuro.

    2.3.2 Custos Operacionais

    Os custos operacionais são necessários para a atividade da empresa. De

    acordo com Casarotto Filho e Kopittke (1996, p. 198):

    Os custos são subdivididos em custos de produção e despesas gerais. Oscustos de produção são aqueles que ocorrem até a fabricação do produto.Como exemplos, tem-se o custo da matéria - prima ou o custo demanutenção. As despesas gerais ocorrem do término da fabricação até acomplementação da venda, e como exemplo há as despesas com vendas eimpostos sobre receitas.

     Assim, o custo operacional é o total dos recursos utilizados para a atividade

    do empreendimento, sendo relacionados custos e despesas.

    Crepaldi (1998, p.56) diferencia custo de despesa:

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    3 ANÁLISE DESCRITIVA DOS DADOS

    Este capítulo do estudo objetiva analisar a viabilidade de implantação de um

    empreendimento de produção musical. Com o intuito de atingir o propósito do estudo

    ora proposto, este capítulo é dividido em três itens: a) investimentos necessários

    para implantação do empreendimento; b) levantamento das projeções dos custos,

    despesas e receitas; e c) cálculo da viabilidade econômica, financeira e contábil do

    empreendimento musical.

    3.1 Ramo de atividade

    O mercado para este estilo musical está abrindo portas. Através de suas

    viagens e conversas com vários locutores de diversas rádios do Rio Grande do Sul,

    Paraná e Santa Catarina um dos sócios enfatizou que os radialistas destacam a

    importância de surgir músicas de qualidade em outros estilos. Destacam que todosos dias chegam muitas músicas de duplas e bandas na área sertaneja e muito

    pouco no estilo pop reggae e rock . Comentam que precisam de músicas em outros

    estilos, pois os ouvintes querem novidades. Segundo Alcyr Boza, (2011) locutor da

    rádio 98,3 FM de São Jose dos Pinhais do Paraná o estilo musical  pop reggae tem

    uma magia e está em falta no mercado.

    Percebemos também que na região noroeste e também no estado do Rio

    Grande do Sul predomina muito o estilo sertanejo, mas analisando algumas casasnoturnas da região como, por exemplo, a Estação da Mata de Ijuí-RS, observamos

    que no ano de 2011 trouxeram várias bandas no estilo  pop reggae e rock  como por

    exemplo: Armandinho e banda, Maskavo, Nego Joe, Reação em Cadeia entre

    outras. Isso enfatiza que os responsáveis por eventos estão procurando bandas de

    outros estilos e não só no ritmo sertanejo.

    Em 2011 no Brasil também ocorreu dois grandes festivais de musica com

    shows de estilos pop, rock  e reggae. Um deles é o Rock in Rio no Rio de Janeiro e o

    outro Festival da Música SWU em São Paulo que reuniu artistas de diversos

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    gêneros e estilos. Ainda em fevereiro de 2012 também ocorreu o grande evento

    Planeta Atlântida nos estados do RS e SC.

    Baseado nestes fatos, os empreendedores apostam que uma banda no

    estilo pop reggae tem futuro devido a falta deste estilo musical no mercado.

    3.2 Investimentos Necessários

    Para iniciar as atividades de qualquer empreendimento é necessário um

    investimento inicial. Nesta situação foram necessários para abertura doempreendimento os recursos com despesas pré - operacionais, os investimentos

    fixos e o capital de giro para continuidade do empreendimento.

    O Quadro 07 apresenta de forma descritiva os investimentos pré-operacionais

    necessários para o início do empreendimento, totalizando R$ 52.462,77, dentre os

    quais o valor mais representativo se refere á divulgação seguido da publicidade,

    criação e hospedagem de web site, plotagem do veículo, elaboração da logo marca,

    registro de marca, encartes do cd, abertura de empresa e alvará municipal.

    Quadro 07: Investimentos Pré-OperacionaisINVESTIMENTOS PRÉ-OPERACIONAIS

    Descrição Valor - (R$) %

     Abertura de empresa 545,00 1,04

     Alvará municipal 61,77 0,12

    Criação e hospedagem de web site 2.100,00 4,00

    Publicidade 17.556,00 33,46

    Divulgação 27.000,00 51,47

    Elaboração de logo marca 1.500,00 2,86

    Registro de marca 1.150,00 2,19

    Encartes do CD 700,00 1,33

    Plotagem veículo 1.850,00 3,53

    Total de investimentos Pré-operacionais de Instalação 52.462,77 100Fonte: Dados conforme pesquisa

    No investimento com publicidade foram considerados investimentos com fotos

    para divulgação da banda no valor de R$ 1.500,00, elaboração de 10mil cds para

    distribuição no valor de R$ 8.100,00, elaboração de 10 mil flyers para o show de

    estréia no valor de R$ 1.290,00 e investimentos em rádios e jornais da região no

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    valor de R$ 6.666,00 totalizando os R$ 17.556,00 conforme o quadro. Já o

    investimento com divulgação no valor de R$ 27.000,00 significa a contratação de

    empresas que divulgam o trabalho da banda em todos os locais de interesse como

    rádios, casas noturnas, eventos, Tvs, sendo que este valor se refere a um período

    de 6 meses antes do início das atividades, ou seja, do show de estreia da empresa.

    O capital total a ser investido integralizado pelos sócios em moeda corrente

    nacional foi de R$ 238.760,22 dos quais R$120.662,45 representou o investimento

    fixo, sendo R$ 37.000,00 na aquisição de veículos, R$ 69.892,05 em máquinas e

    equipamentos e R$ 13.770,40 em móveis e utensílios, conforme demonstrado no

    quadro 08.

    Quadro 08: Investimento fixoINVESTIMENTO FIXO

    Descrição Quantidade Valor - (R$)

    Veículo 37.000,00

    Veículo fiesta 1 30.000,00

    Reboque 1 7.000,00

    Máquinas e equipamentos 69.892,05

    Climatizador 12000 BTUS 2 3.485,00

    Bebedouro d'água 1 375,00Computador 1 1.070,00

    Impressora 1 198,00

    Estabilizador 1 160,00

     Aparelho celular 1 199,00

    Guitarra 1 3.000,00

     Amplificador para guitarra valvulado- Laney 1 4.408,00

    Pedaleira para guitarra 1 1.485,00

    Contra baixo 1 3.000,00

     Amplificador para contra baixo – Ampeg 1 8.618,00

    Caixa contra baixo- Ampeg SVT810 1 6.672,00

    Pedaleira para contra baixo 1 489,00

    Violão- Condor 1 1.000,00

    Okulele- Calani 1 180,00

    Bateria e pratos 1 10.958,40

    Microfone sem fio – Sennheiser 1 2.619,00

    Microfone - Shure Beta 57 4 1.880,00

    Ear phone – Sennheiser 3 12.759,00

    Transmissor sem fio – Shure 2 3.488,00

    Cabos 35 2.600,00Distribuidor de energia PC 8000- Pentacústica 1 840,65

    Régua de palco PSG 5 – Pentacustica 4 408,00

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    Móveis e utensílios 13.770,40

    Escrivaninha 2 480,00

    Cadeiras 2 500,00

     Armário 1 400,00

    Persianas 2 500,00

    Cenario Palco 1 2.382,40

    Banco com encosto para bateria- Gibraltar 1 560,00

    Case para bateria e pratos 1 2.017,00

    Case para contra baixo 1 320,00

    Case para amplificador contra baixo 1 474,00

    Case para caixa contra baixo 1 1.220,00

    Case para guitarra 1 968,00

    Case para amplificador guitarra 1 610,00

    Case para pedaleira guitarra 1 290,00Case de suporte uso no palco 1 552,00

    Rack periféricos 8 compartimentos e 1 gaveta 1 550,00

    Case sem gavetas 1 810,00

    Pedestal para microfones 6 1.137,00

    Total do Investimento fixo 120.662,45Fonte: Dados conforme pesquisa

    Então chega-se ao investimento inicial total de R$ 238.760,22 necessários

    para o início das atividades do empreendimento de produção musical, capital esteque os proprietários aplicaram com recursos próprios, sendo distribuídos em

    investimentos fixos, de capital de giro e investimentos pré  – operacionais, conforme

    mostra o quadro 09.

    Quadro 09: Investimento inicial

    INVESTIMENTO INICIAL

    Descrição Valor - (R$) %

    Investimentos fixos 120.662,45 50,54Investimentos pré – operacionais 52.462,77 21,97

    Capital de giro 65.635,00 27,49

    Total de investimento 238.760,22 100Fonte: Dados conforme pesquisa

    Na seqüência apresenta-se a figura 01 que demonstra com mais clareza a

    composição do investimento inicial.

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    Figura 01: Representação do Investimento Inicial

    Fonte: Dados conforme pesquisa

     A maior parte do capital representa a necessidade de investimento fixo no

    valor de R$ 120.662,45 ou 50,54% do capital inicial. As despesas pré-operacionais

    foram R$ 52.462,77 representando 21,97% do capital e o valor restante de R$

    65.635,00 para capital de giro representando 27,49% do capital que consiste num

    valor a ser utilizado para as necessidades no início da atividade, principalmente

    publicidade e divulgação.

    3.3 Custos, Despesas e Receitas

    3.3.1 Custos

    Os custos variáveis são os que variam conforme as quantidades de shows

    realizados, estando assim diretamente ligados à prestação de serviços. Desta forma,

    enquadram-se nesse conceito custos com o transporte, alimentação, estadia (diárias

    hotéis) e a contratação de prestador de serviços para auxiliar em cada evento.

    Será contratado serviços de um prestador autônomo ou MEI apenas paraauxiliar nos shows, onde a Lei complementar nº 123 de 14 de dezembro de 2006 art

    18-B diz o seguinte:

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    43

     A empresa contratante de serviços executados por intermédio do MEImantém, em relação a esta contratação, a obrigatoriedade de recolhimentoda contribuição a que se refere o inciso III do caput e o § 1º do art. 22 da Lei

    nº 8.212, de 24 de julho de 1991, e o cumprimento das obrigaçõesacessórias relativas à contratação de contribuinte individual. (produção deefeitos: 1º de julho de 2009).

     A Lei nº 8.212 de 24 de julho de 1991 prevê o recolhimento da contribuição de

    20% (vinte por cento) sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, a

    qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados empregados, empresários,

    trabalhadores avulsos e autônomos que lhe prestem serviços.

    Sendo assim integram estes gastos com prestador de serviço, o valor de R$70,00 pagos ao prestador e sobre este o valor de R$ 14,00 referente ao INSS

    repassados ao órgão competente, totalizando uma despesa de R$ 84,00 por show.

    Referente aos gastos com alimentação foram estipulados um valor de R$

    25,00 por pessoa, sendo assim uma despesa por show no valor de R$ 150,00

    considerando 5 sócios (músicos) e o prestador de serviço autônomo. Ainda tem-se o

    custo de estadia sendo considerado um valor de R$ 70,00 reais por pessoa vezes os

    6 componentes tem-se um custo total por show de R$ 420,00. Sendo assim, estima-se um custo variável por show, conforme mostra o Quadro 10.

    Quadro 10: Custo Variáveis

    CUSTOS VARIÁVEIS

    Descrição Valor (R$) INSS 20% Total

    Prestador de serviço 70,00 14,00 84,00

    Gastos com alimentação por pessoa 25,00 x 6 pessoas 150,00

    Gastos com estadia por pessoa 70,00 x 6 pessoas420,00

    Total dos custos por show 654,00Fonte: Dados conforme pesquisa

    Com o gasto de transporte foram estipulados uma porcentagem da receita,

    baseado nos valores gastos até o momento, sendo considerado como custo de

    transporte o valor de 12% do valor das receitas.

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    3.3.2 Despesas

     As despesas representam o consumo de bens ou serviços no processo deobtenção de receita, ou seja, são despesas aquelas pagas ou incorridas para vender

    serviços e administrar a empresa, como exemplo de despesas fixas temos

    depreciação, pró-labore, salários e encargos, energia elétrica, telefone, internet,

    entre outros.

     A depreciação é caracterizada como uma despesa fixa, visto que não sofre

    alteração em função da prestação de serviços. De acordo com Lenza (2011, p. 275)

    “o significado da palavra depreciar é “perder valor” por desgaste, uso, ação danatureza ou obsolecência. Nas definições do CPC 27, temos que Depreciação é a

    alocação sistemática do valor depreciável de um ativo ao longo da sua vida útil.

    O valor da depreciação tem por base o custo de aquisição subtraído o valor

    residual, que poderá ser recuperado ao fim de sua vida útil. Vários métodos de

    depreciação podem ser utilizados para apropriar o valor depreciável de um ativo ao

    longo da sua vida útil. Usamos o método da linha reta, que resulta em despesa

    constante durante a vida útil do ativo. O Quadro 11 apresenta de forma

    individualizada o cálculo da depreciação do veículo, máquinas, equipamentos,

    móveis e utensílios da empresa de acordo com a vida útil dos referidos bens.

    Quadro 11: DepreciaçãoDEPRECIAÇÃO

    DescriçãoValor doBem (R$)

    ValorResidual(R$)

    Valor a serDeprec. (R$)

    Taxa deDeprec.(%)

    Deprec. Anual (R$)

    Deprec.Mensal(R$)

    Veículo

    Veículo fiesta 30.000,00 15.000,00 15.000,00 20% 3.000,00 250,00

    Reboque 7.000,00 3.500,00 3.500,00 20% 700,00 58,33Total depreciação deVeículos 37.000,00 18.500,00 18.500,00 3.700,00 308,33

    Máquinas e equipamentosClimatizador 12000BTUS 3.485,00 348,50 3.136,50 20% 627,30 52,28

    Bebedouro d'água 375,00 37,50 337,50 20% 67,50 5,63

    Computador 1.070,00 107,00 963,00 20% 192,60 16,05

    Impressora 198,00 19,80 178,20 20% 35,64 2,97

    Estabilizador 160,00 16,00 144,00 20% 28,80 2,40

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     Aparelho celular 199,00 19,90 179,10 20% 35,82 2,99

    Guitarra 3.000,00 300,00 2.700,00 10% 270,00 22,50 Amplificador para

    guitarra valvulado-Laney 4.408,00 440,80 3.967,20 10% 396,72 33,06

    Pedaleira para guitarra 1.485,00 148,50 1.336,50 10% 133,65 11,14

    Contra baixo 3.000,00 300,00 2.700,00 10% 270,00 22,50 Amplificador para contrabaixo - Ampeg 8.618,00 861,80 7.756,20 10% 775,62 64,64Caixa contra baixo- Ampeg SVT810 6.672,00 667,20 6.004,80 10% 600,48 50,04Pedaleira para contrabaixo 489,00 48,90 440,10 10% 44,01 3,67

    Violão- Condor 1.000,00 100,00 900,00 10% 90,00 7,50

    Okulele- Calani 180,00 18,00 162,00 10% 16,20 1,35

    Bateria e pratos 10.958,40 1.095,84 9.862,56 10% 986,26 82,19Microfone sem fio -Sennheiser 2.619,00 261,90 2.357,10 10% 235,71 19,64

    Microfone - Shure 1.880,00 188,00 1.692,00 10% 169,20 14,10

    Ear phone - Sennheiser 12.759,00 1.275,90 11.483,10 10% 1.148,31 95,69Transmissor sem fio -

    Shure 3.488,00 348,80 3.139,20 10% 313,92 26,16

    Cabos 2.600,00 260,00 2.340,00 10% 234,00 19,50

    Distribuidor de energiaPC 8000 840,65 84,07 756,59 10% 75,66 6,30Régua de palco PSG 5 -Pentacustica 408,00 40,80 367,20 10% 36,72 3,06Total depreciação deMáquinas eequipamentos 69.892,05 6.989,21 62.902,85 6.784,11 565,34

    Móveis e utensílios

    Escrivaninha 480,00 48,00 432,00 10% 43,20 3,60

    Cadeiras 500,00 50,00 450,00 10% 45,00 3,75

     Armário 400,00 40,00 360,00 10% 36,00 3,00

    Persianas 500,00 50,00 450,00 10% 45,00 3,75

    Cenario Palco 2.382,40 238,24 2.144,16 20% 428,83 35,74Banco com encostopara bateria- Gibraltar 560,00 56,00 504,00 20% 100,80 8,40Case para bateria epratos 2.017,00 201,70 1.815,30 10% 181,53 15,13

    Case para contra baixo

    320,00 32,00 288,00 10% 28,80 2,40

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    Case para amplificadorcontra baixo 474,00 47,40 426,60 10% 42,66 3,56Case para caixa contrabaixo 1.220,00 122,00 1.098,00 10% 109,80 9,15

    Case para guitarra 968,00 96,80 871,20 10% 87,12 7,26Case para amplificadorguitarra 610,00 61,00 549,00 10% 54,90 4,58Case para pedaleiraguitarra 290,00 29,00 261,00 10% 26,10 2,18Case de suporte uso nopalco 552,00 55,20 496,80 10% 49,68 4,14Rack periféricos 8compartimentos e 1gaveta 550,00 55,00 495,00 10% 49,50 4,13

    Case sem gavetas 810,00 81,00 729,00 10% 72,90 6,08Pedestal paramicrofones 1.137,00 113,70 1.023,30 10% 102,33 8,53Total depreciação deMóveis e utensílios 13.770,40 1.377,04 12.393,36 1.504,15 125,35

    Total da despesa de Depreciação 11.988,27 999,02Fonte: Dados conforme pesquisa

     Assim estima-se que a depreciação do grupo veículos seja de R$ 308,33

    mensais, do grupo máquinas e equipamentos seja de R$ 565,34 e do grupo móveis

    e utensílios de R$ 125,35. Então mensalmente deve-se proceder a contabilização dedespesa com depreciação do imobilizado no valor total de R$ 999,02 sendo que no

    ano tem-se depreciação de R$ 11.988,27.

     A despesa com pessoal representa o total de dispêndios que a empresa tem

    com seus funcionários, incluindo os valores pagos diretamente a eles, bem como os

    encargos sociais e as provisões de férias e 13º salários. Inicialmente não serão

    contratados colaboradores pois os sócios darão conta da demanda dos serviços,

    visto que inicialmente as atividades da empresa serão nos finais de semana devidoa sua atividade de produção musical. Ressalta-se a necessidade de contratar um

    prestador de serviços para auxiliar nos serviços de montagem e desmontagem dos

    instrumentos no palco, como já foi descrito anteriormente, sendo este, considerado

    um custo variável do empreendimento.

     Após 2 anos de atividade os sócios preveem a contratação de 1 secretária,

    pois entendem que nos primeiros anos de atividades eles darão conta da demanda

    dos serviços visto que os shows serão praticamente finais de semana, tendo tempo

    para organização e realização de outras atividades no restante dos dias. No quadro

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    12 apresenta-se o valor estimado com gastos com pessoal a partir do segundo ano

    no valor de R$ 1.167,53 por mês e no ano de R$ 14.010,31.

    Quadro 12: Estimativa de Despesa com PessoalESTIMATIVA DE DESPESA COM PESSOAL

    Descrição % Valor mês (R$) Valor anual (R$)

    Salário Bruto 850,00 10.200,00

    13º Salario 8,33% 70,81 849,66

    Férias 8,33% 70,81 849,66

    1/3 de férias 2,78% 23,63 283,56

    Sub- total 1.015,24 12.182,88

    Fgts 8% 81,22 974,63

    Previsões 7% 71,07 852,80Total 1.167,53 14.010,31

    Quantidade de funcionárias 1 1

    Total de Despesa com Pessoal 1.167,53 14.010,31Fonte: Dados conforme pesquisa

     As despesas com pessoal incluem o salário bruto, sobre o qual incidem

    8,33% referente o 13º salário, 8,33% de férias e ainda 2,78% de 1/3 férias. No que

    se refere à provisão do décimo terceiro salário, também conhecida como gratificação

    de Natal, esta foi instituída pela Lei nº 4.090, de 13 de julho de 1962, e corresponde

    a 1/12 da folha de pagamento, completando ao final do período um salário, ou seja,

    1/12 x 100= 8,33%. O cálculo da provisão de férias é feita da mesma forma como a

    provisão do décimo terceiro salário: 1/12 x 100 = 8,33%, porém regido pelo Decreto-

    Lei nº 5.452, de 1943, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O art. 7º, inciso

    XVII da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (CF/88) determina

    gozo de férias anuais remuneradas, com pelo menos, um terço a mais do que o

    salário normal. Assim, a provisão do adicional de 1/3 de férias é calculada da

    seguinte forma: (1/3)/12 x 100 = 2,78%.

    Quanto aos encargos sociais, temos uma despesa de 8% de FGTS (Fundo de

    Garantia do Tempo de Serviço) que tem a finalidade de proteção ao trabalhador

    demitido sem justa causa, regido pela Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990 e ainda

    7% referente à faltas justificadas e licenças de direito dos trabalhadores devido

    falecimento de familiar, casamento, nascimento de filho e doença. Em relação à

    contribuição previdenciária patronal, por ser uma empresa optante do SimplesNacional, a arrecadação se dá em um documento único de arrecadação, onde este

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    encargo está embutido mensalmente na guia do Simples Nacional de acordo com a

    Lei complementar nº 123 de 14 de dezembro de 2006, art 13 inciso VI.

    Em relação ao Inss dos funcionários e Imposto retido na Fonte (caso atinja)

    sobre salários e pró-labore, a empresa somente irá reter o valor e repassá-lo ao

    órgão competente, não sendo considerado uma despesa para empresa.

     A retir