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Revista Digital de Podologia Gratuita - Idioma português . N° 6 - Fevereiro 2006

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Revista Digital de PodologiaG r at u i t a - Id i o m a p o r t u g u ê s .

N° 6 - Fevereiro 2006

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revistapodologia.com n° 6Fevereiro 2006

Diretora científica: Podologa Márcia Nogueira

Diretor comercial: Sr. Alberto Grillo.

Colaboradores:

Podólogo Armando Bega. Brasil

Podologo Carlos Alberto Banegas. Argentina

Sr. Alan Luis Vieira Valério. Brasil

Prof. Fabián Darío Piatti. Argentina

Humor

Gabriel Ferrari - Fechu - pag. 33

Mercobeauty Imp e Exp de Produtos de Beleza Ltda.Novo tel: #55 19 3365-1586 - Campinas - San Pablo - Brasil.

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ÍNDICE

Pag.

4 - Tratamento podologico não invasivo e sua elevada eficacia.24- Protocolo de atendimento para hipertensos y cadiopatas.28- Podologia e a promoção da saúde.30- O calçado esportivo.

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Tratamento podologico não invasivo da onicocriptose e sua elevada eficácia.

Podólogo Carlos Alberto Banegas. Argentina.

O objetivo deste trabalho é oferecer ao podólo-go e ao estudante um balanço da minha expe-riência profissional sobre uma das alteraçõesmais conhecidas das unhas: a onicocriptose.

Nos últimos tempos, a terapêutica médico-podológica se adeqüa muito mais a obter resul-tados rápidos e práticos, não invasivos, quecirúrgicos.

As novas técnicas são de uma elevada eficáciaaté nos casos mais extremos, capazes de corri-gir e controlar a morfologia ungueal, evitandoqualquer recidiva do processo, sem complicar aatividade profissional do paciente.

Esta demonstrado que o tratamento podológi-co é apenas um aspecto de terapia.

Os outros pilares são as medidas preventivassobre quais o profissional orientará seus pacien-tes quanto a eliminação dos fatores predispo-nentes, lembrando que a onicocriptose é de eti-mologia traumática e que não existe nenhumtratamento preventivo de ordem farmacêutica.

DEFINIÇÃO

A onicocriptose é uma dolorosa afecção queaparece freqüentemente na altura da últimafalange do primeiro dedo (hálux). Denomina-se,vulgarmente como "unha encravada" e geralmen-te ao redor dela, seproduz um tecido gra-nulomatoso (granulo-ma).

A onicocriptose ficadefinida quando asbordas laterais ou dis-tal da lâmina ungueal,por ação traumáticacomprime exagerada-mente a borda cutâ-neo-adjacente, produ-zindo uma solução decontinuidade (separa-ção de partes contí-nuas, ferida do tegu-mento).

CAUSAS DE SUA ORIGEM

É natural perguntar como e porque aparece aunha encravada.

A responsabilidade corresponde a dois grandesfatores:

-Causas mecânicas e-Causas de má formação.O uso de qualquer tipo de calçado apertado ou

de bico fino (causa mecânica) é uma circunstânciapropensa a formação dessa patologia na unha.

Por exemplo, quando uma das bordas lateraisda unha hálux apresenta alguma distrofia (causadeformativa), agride ao tecido próximo, desenca-deando a onicocriptose.

Sempre é a unha que agride ao tecido, e obvia-mente sempre é desencadeante.

Mas, de outro ponto de vista, podemos dizerque o calçado inadequado predispõe a causamalformativa, e o uso de um calçado mais estrei-to ainda, pode também ser desencadeante.Seguindo este raciocínio, podemos dizer que ocalçado, na maioria dos casos, é o fator que pre-dispõe e desencadeia ao mesmo tempo.

AÇÃO DO CALÇADO

Podemos dizer que o calçado é a grande órte-se podal.

Trabalh publicado na Revista Podologia Argentina entre os anos 1997 y 1999.

FATORESPREDISPOSTOSDE PROCESSO

LENTO

FATORES GATILHODESENCADEANTES DEPROCESSO VIOLENTO

CALÇADO INADEQUADOMORFOLOGIA UNGUEAL MORFOLOGIA DO DEDODACTILOPATIASPODOPATIASPOSTURAS UNHAS MUITO CURTASHIPERHIDROSEESPORTESBAILARINAS

GOLPESCORTE INADEQUADOMEIASCALÇADO INADEQUADO ESPORTES VIOLENTOS

ADQUIRIDACONGÊNITAEXPRESSÃO DEENFERMIDADE

DESCANSOTRABALHO

GROSSASJUSTAS

OUTRONOVO

CLASSIFICAÇÃO

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Foi criado para proteger e adaptar-se a forma-ção e comportamento dinâmico do pé, mas amoda transformou-o em um objeto de tortura,fonte geradora de 90% das consultas podológi-cas em meu consultório.

POR MORFOLOGIA UNGUEAL

Quando as unhas apresentam uma curvaturamaior do que a normal, são classificadas em:

- Involuta - Telha - Funil - Gancho - Torquês

Em geral, as unhas encurvadas tracionam con-tra o tecido dentro do sulco ungueal.

Podem estar muito tempo invaginadas, produ-zindo dor e, em outros casos desencadeando afissura do tecido.

Podem ser adquiridas, congênitas ou expressãode alguma doença.

POR DACTILOPATIAS - MORFOLOGIA DO DEDO

As más formações dos dedos por seu apôioinadequado, tais como Hálux Valgus Pronado,Hálux Flexux, ou Extensus, bordas periungueaisexuberantes ou aqueles casos do Hálux maislargo (pé egípcio), são causas da onicopatia.

POR PODOPATIAS

Desequílibrio nos pontos de apôio plantar. Emum pé plano valgo, o movimento digitigrado doHálux ao caminhar, predispõe a lesão no sulcoungueal interno.

POR POSTURAS DE DESCANSO

Quando se dorme de barriga para cima, a pres-são das cobertas sobre o extremo distal dosdedos em pacientes que têm diminuída sua sen-sibilidade (diabéticos), junto a outros fatores,pode ser causa da onicocriptose.

Existem casos de crianças em fase de ama-mentação que, por dormirem de barriga parabaixo, desencadeiam o processo por pressionar oHálux contra o colchão.

POR HIPERHIDROSE

A maceração da epiderme, seja por excesso detranspiração ou por pediluvios freqüentes, per-mite com facilidade que a porção de unha se

incruste no tecido macio.

POR UNHAS MUITO CURTAS, SUBMERGIDAS

Quando a borda distal apresenta-se proeminen-te, a unha fica submergida retardando seu cresci-mento normal, que somando-se ao impacto fron-tal do calçado causa a onicocriptose frontal.

POR CORTE INCORRETO LATERAL DASUNHAS

Quando se deixa na borda lateral das unhasalguma porção aguda da mesma (espícula), ocrescimento ou compressão gera o problema.

POR TRAUMATISMOS VIOLENTOS

Quando existe um ou mais fatores latentes,estamos na presença de unhas predispostas. Aação de um pisão, tropeção ou caída de um obje-to pesado, pode ser o gatilho desencadeante daonicopatia.

MECANISMOS DA APARIÇÃO E O PORQUE DO GRANULOMA

O mecanismo que produz a onicocriptose,como já dito anteriormente, deve-se a dois gran-des fatores: o mecânico e a má formação.

A borda lateral ou ângulo da unha, sob estímu-los de uma pressão contínua, se funde na pelepróxima e causa uma solução de continuidade.

Em atitude de defesa, o organismo reage parareparar esta ferida, produzindo um tecido granu-lomatoso como resposta normal a qualquer per-dida de sustância nos tecidos.

Só que, no caso considerado por nós, a insis-tência do fator traumatizante, faz com que o teci-do de granulação, em lugar de evoluir em direçãoa cicatriz, prolifere.

Desta forma a borda ungueal e parte damesma, fica recoberta por este tecido granulo-matoso.

A solução de continuidade primitiva provocadapela espícula, não é cicatrizada apesar de haversido formado um abundante tecido de reação.Pelo contrário, ao resistir aos fatores da causa,transforma-se em uma úlcera dolorosa sem nen-huma possibilidade de cura, até a retirada daespícula.

É indispensável dizer com que facilidade seproduzem os processos infecciosos, e os riscos aque está submetido um paciente diabético.

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GRAUS DE EVOLUÇÃO DA ONICROPTOSE

Estágio de dor ou determinanteCaracteriza-se pela inflamação e sensibilidade

da zona. A eliminação do calçado estreito e anossa intervenção com apenas uma pequenamanobra, pode ser suficiente para inibir o pro-cesso evolutivo da afecção.

Primeiro estágio, a ferida: define a onicocripto-se. Aparece um pequeno exudado sem ser puru-lento, aumentando a dor e a inflamação.

Segundo estágio, de infecção: forma-se um inci-piente tecido de granulação de cor vermelho bril-hante com a epiderme intacta, e um princípio deinfecção.

Terceiro estágio, de granulação: aparecerá umaproliferação carnuda exuberante chamada "gra-nuloma piogênico" (tipo benigno); sua cor, umvermelho escuro e, muitas vezes, coberto poruma crosta.

Por ser um tumor muito vascularizado, com osimples atrito do calçado, pode sangrar. Se aatuação profissional não for procurada a situaçãopode prolongar-se até que algum fator desespe-rante leve a uma consulta.

TRANSTORNOS PROVOCADOS PELA ONICOCRIPTOSE E PRECAUÇÕES A SEREM TOMADAS

TRANSTORNOS

O paciente sente muita dor que em muitasvezes só aparece ao caminhar mas, em outrasocasiões a dor persiste mesmo em repouso.

Ao caminhar, devido à dor, a tendência é nãoapoiar o dedo dolorido, portanto, se tomam pos-turas viciosas ou transtornos de marcha visíveis.

Quando a dor fica mais intensa e a região infla-ma ocasionando aumento de temperatura, sur-gem os fenômenos da infecção.

PRECAUÇÕES MAIS IMPORTANTES

-Proibir o uso de calçados estreitos.-Saber se o paciente é diabético.-Na utilização do iodo (anti-séptico)-Saber se tem a vacina antitetânica.-Atenção com todas as normas de bioseguran-

ça (todos os pacientes são de alto risco até quese demonstre o contrário).

-Aplicação local de antibióticos ou curativos (otipo de medicação dependerá do caso clínico -sob prescrição médica).

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A) PRECAUÇÕES SOBRE O TÉTANO

O tétano é uma doença grave com um índice demortalidade elevado. Um a cada três adultos etodos os recém-nascidos que são acometidos poressa doença, falecem.

A forma mais comum aparece quando o micro-organismo (clostridium tetani) se introduz atra-vés de feridas punçantes, cortes ou outras lesõesda pele. O sintoma principal, chamado "trismus",é o endurecimento (contratura) dos músculos damastigação que impede abrir a boca.

Como previnir o tétano?

Previene-se través de imunizações ativas oupassivas.

A imunização ativa consegue-se com a vacina.A passiva, por meio da gamaglobulina antitetâ-

nica, que se indica somente quando há uma feri-da ou lesão na pele (úlcera, queimadura, etc.),em uma pessoa não vacinada previamente.

No nosso caso, quando um paciente com oni-cocriptose quiser ser atendido e não está vacina-do, além de receber a vacina, deverá receber apli-cação de gamaglobulina antitetânica, que é deprescrição médica.

B) PRECAUÇÕES COM IODO

Não aplicar iodo em menores de 2 anos, nemem pacientes em que estejam sendo investigadaas funções tireoidais. Aplicar com precaução nospacientes com hipertireoidismo ou bócio modu-lar. Não utilizar o iodo com soluções tópicas oupomadas com derivados de mercúrio, (ex.:iodex); são incompatíveis.

Existem pacientes hipersensíveis ao iodo queapresentam uma sensação transitória de ardên-cia durante a primeira hora e eritemia leve.

C) PRECAUÇÕES COM UM PACIENTE DIABÉTICO.

O porque do máximo cuidado sobre uma ferida.

Todos sabemos que a pele é um órgão impor-tante do corpo, e dentro de suas variadas e diver-sas funções, protege o corpo dos organismospatogênicos.

É conveniente lembrar que os processos meta-bólicos das células produzem permanentementecalor que se distribui pela corrente sangüínea, eparte deste deve ser eliminado pelo órgão cutâ-neo para não variar a temperatura do corpo(aproximadamente 90% se elimina pela pele).

Se a temperatura exterior é baixa, são estimu-ladas as terminações nervosas termosensíveis da

pele, que contraindo os capilares cutâneos distri-bui a irrigação da pele. Então, a velocidade deperda de calor é diminuída

Em um lugar quente ocorre situação contrária:os capilares dilatam-se, a pele toma uma corrosada e gera maior perda de calor.

Quando a perda de calor é muito alta, a funçãoanterior antecipa-se para dissipar o excesso decalor, as glândulas sudoríparas entram em açãosegregando uma quantidade maior de suor e, aoevaporar-se da pele, diminui a temperatura docorpo.

Para converter um litro de água em vapor, sãonecessárias 540 calorias.

A pele pode sentir pressões, temperaturas, dor,diferenciar objetos tocados graças a variedade equantidade de receptores sensoriais. Imaginem,por um momento, o que aconteceria se estessensores se encontrassem alterados.

Na pele também encontramos glândulas sebá-ceas que separam uma película de gordura queevita o ressecamento e a fissura da mesma.

Segundo o exposto, na pele normal temos ummicrohabitat a uma determinada temperatura,com uma certa umidade e com pH ligeiramenteácido, com uma película de gordura sebácia.

Neste próprio ecossistema habitam germesnão patogênicos (saprófitas) em permanentecompetição com os patogênicos, mantendoassim um equilíbrio.

Em um diabético todos os fatores antes citadosencontram-se alterados. Os riscos de infecçãoaumentam porque não se tem a mesma tempe-ratura devido as microangeopatias. A pele torna-se anidrótica pela atrofia das glândulas sebácease sudoríparas, favorecendo a proliferação demicroorganismos.

Lembremos que o aumento de glicose no san-gue (hiperglicemia) produz doenças vasculares(micro e macroangeopatias), que interferem nairrigação.

Também a hiperglicemia produz alterações noaxônio e mielina dos neurônios (neuropatias)desequilibrando o trofismo normal dos tecidos.

Por este motivo, as características do dorso dopé e da perna de um diabético, são fendas, pelefina e tensa, fissuras, anidrótica, descamativa,perda de pelos e flictenas.

CONCLUSÃO

Qualquer ferida ou solução de continuidade emum diabético, tem uma evolução atrasada, cica-trização demorada com propensão à morte dostecidos (necroses ou gangrena), com poucas

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armas defensivas para a infecção.O podólogo está obrigado a extremar todos os

cuidados porque qualquer deslize pode provocarresultados gravíssimos.

Importante: o tratamento da onicocriptose é deatuação médico-podológica.

TRATAMENTO PODOLÓGICO

ONICOTOMIA ESPICULAR

Para a ablação (retirada de uma parte, espe-cialmente cortando) de fragmento ungueal (espí-cula), os passos são os seguintes:

1) Preparação do campo - fase preparatória

a) Desengordurar o pé.

b) Antisepsia total.

c)Limpeza da zona a tratar com solução fisiológica, após água oxigenada em abundância.

d) Pincelar o campo com iodo ou outra subs- tância para o caso.

2) Fase operatória - um exemplo de técnica aplicada

Onicocriptose de terceiroestágio. Indica-se linha de

corte imaginária. Dissecçãocom nuclear largo, gúbiaou broca (broca de corte

cônico invertido truncado),segundo o critério do pro-

fissional atuante.

1- Granuloma2- Espícula3- Linha de corte4- Borda livre5- Lâmina ungueal6- Lúnula7- Eponiquio

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OUTRAS INDICAÇÕES PARA A ONICOECTOMIA ESPICULAR

a) Casos não avançados - Nas formas não avan-çadas, de primeiro estágio, quando a bordaungueal está muito aderida, com o nuclear, brocaou gúbia se rebaixará toda a irregularidadeagressora. A seguir, lentamente preencher osulco com pasta antiséptica (odontológica).Manter por 48h.

b) Casos com muita dor - Quando o processopatológico está avançado não permitindo qual-quer tipo de manobra devido a uma grande dor,teremos que aplicar cimento cirúrgico (odontoló-gico) para reduzir a inflamação e, porteriormen-te, dissecar.

c) Recidivas - Com o passar do tempo, volta acrescer a unha e a infecção não deve repetir-se,mas se houver recidiva (reaparecimento com ocrescimento da unha), seguramente o tratamen-to profilático não esteve bem dirigido ou opaciente não seguiu as indicações para evitar osfatores predispostos.

d) Onicotomia espicular com broca - Esta téc-nica requer certa habilidade. Uma vez determi-nada a linha imaginária de corte, apoia-se naborda lateral da unha uma broca cônica trunca-da invertida, e com o máximo cuidado procede-se ao corte, desde o extremo distal até o proxi-mal. Apos, extrai-se o fragmento seccionado.

e) Pequena Cirurgia do tecido de granulação -(ver figuras A e B). É de incumbência médica.Consiste na extirpação do tecido exuberante, pró-ximo à borda ungueal. Primeiro, para impedir ahemorragia é necessário colocar um laço isquê-mico no dedo; posteriormente, mediante umaseringa, injeta-se anestésico em 4 pontos. Depois

a) Com alicate reto pequenho, faz-se um cortede entrada desde o extremo lateral distal da unhaa 4 ou 5 mm. da borda lateral em direção àborda lateral proximal. O tamanho do corte esta-rá determinada pela dor a que se refira o pacien-te.

b) Separar suavemente o fragmento cortadocom a gúbia para colocar por baixo um pequenopedaço de algodão banhado com álcool por umminuto; logo retirar.

c) Corte final, extirpação da espícula. Com oformão fino curvo ou gúbia, se continuará o corteda espícula penetrando com pressão intermiten-te, acompanhado de pequenos movimentos deesquerda para direita, de cima para baixo, atédissecar (excisão de uma parte) num só ato.

Pode acontecer de a espícula ficar presa; nes-tes casos, com a gúbia levantar o fragmentoungueal de baixo, e com uma pequena pressãoem direção ao dorso, desprender.

A retirada da espícula nesta etapa tambémpode ser feita com uma pinça, puxando levemen-te para frente ou para trás, segundo convenha(menor dor), e desprendendo definitivamente.

d) Desinfecção. Proceder-se-á a assepsia dazona com água oxigenada em abundância. Podeocorrer que durante as manipulações, se produzaalguma hemorragia como conseqüência da ruptu-ra de numerosos capilares sangüíneos. Esta hemo-rragia deve ser estancada rapidamente. Aplicar umalgodão banhado em água oxigenada, tampar eesperar por 7 minutos aproximadamente (tempode coagulação).

Se o sangue continuar fluindo, pode complicaro curso pós-operatório podológico e provocarfebre, ja´que o sangue se infecta facilmente.Nestes casos, a hemostasia (detenção espontâ-nea ou artificial do fluxo sangüíneo) deve ser cui-dada pessoalmente, recomendo-se um produtoexcelente, Albocresil solução (vendido em farmá-cias).

Pingar e aguardar 2 minutos.

3) Término - fase pós-operatória

Aplicar pomada cicatrizante, e proteger comgase tubular. Em continuação, veremos a aplica-ção de descargas com feltros, proteção tubular,Moleskin, T.P. Foam ou Gels, segundo a conside-ração profissional.

Tudo estará dirigido a evitar a compressão dazona tratada. A seguir, daremos as indicações aopaciente e confeccionaremos a ficha podológica.

A linha pontilhada é oguia de incisão combisturi para o disseca-mento do tecido.

A

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de alguns minutos, a parte que deve ser operadaestá anestesiada. Com o bisturi realiza-se umaincisão ao redor do tecido granulomatoso que édissecado, com pinça e tesoura. Em seguida, asbordas da ferida são suturadas.

f) Cimento Cirúrgico (de uso odontológico -Quadro C) - Após a cicratização, na etapa de ree-ducação da curvatura das unhas (ortonixia), sejacom órteses de fibras elasto-flexíveis (fibra commemória molecular) ou com a eliminação deoutros fatores predispostos, podemos ajudarcom a aplicação de cimento cirúrgico para limi-tar o conflito entre lâmina e o sulco ungueal. Estainterposição (ao separar), favorece as condiçõesterapêuticas.

g) Soluções antisépticas não cáusticas paradiabéticos. Recomenda-se nestes pacientes ahigiene da ferida com solução fisiológica, aguaoxigenada 10 V, rebaixada com agua destilada ao50 %.. A rápida recuperação dos tecidos podeser conseguida através de curativos com nitrofu-razona ou furacim, ou outros segundo prescriçãomédica. Lembrar que este tratamento é de aten-ção médico-podológica.

PROFILAXIA

O profissional orientará seus pacientes na eli-minação de todos os fatores causadores da afec-ção. Para isso é recomendável observar-se apedigrafia, se houve corte inadequado, se o queaparece tem relação com hereditariedade dopaciente, etc.

Em definitiva, determinar a verdadeira causada onicopatia, dar toda a orientação e possíveltratamento pós-operatório podológico.

Segundo o caso, o tratamento pode estar orien-tado para corrigir a curvatura ungueal (ortoni-quia), aplicando fibras elasto-flexíveis com resul-tados excelentes.

No caso de desequilíbrios biomecânicos pode-mos aplicar dispositivos ortésicos comerciaiselaborados com resina ou gel.

Outro tipo de órtese é a plantar, para isolar ospontos de hipertensão.

Por último, podemos recorrer à fabricação deórteses siliconadas sob medida (ortoplasia) parareduzir qualquer efeito deformativo ou enfrenta-mento doloroso.

O importante é saber que a especialização e otrabalho interdisciplinar nos permite limitar agravidade da afecção, retardar sua evolução e,inclusive, fazer com que a mesma desapareça.

CAUSA DE ONICOCRIPTOSE POR MORFOLOGIA UNGUEAL

Podermos dizer que as laminas ungueales dis-mórficas apresentam transversalmente uma cur-vatura exagerada em relação á normal convexi-dade.

A causa habitual desta alteragáo morfológicatem muito que ver com o calqado (grande ortesepodal) inadequado, é dizer, quando este nao seadapta á con formação e comportamento diná-

Tejido granulomatoso. Se extirpa con pinzas y tijera. En el mismo acto, a posteriori, se resecala espícula. Luego, legrar la zona y suturar.

PinzaPinça

Lazo isquémicoLaço esquemico

TijeraTesoura

APLICAÇÃO DO CIMENTO CIRÚRGICO

Dois componentes: Pó e líquido1) Coloca-se em um copo Dappen a medida depó necessária. 2) Pinga-se algumas gotas do líquido. Mistura-secom a espátula até obter consistência semi-líqui-da.3) Previamente proceder à desinfecção da zona.Colocar o preparo no sulco ungueal, diretamentesobre a ferida e granuloma. Deixar secar por 3minutos, e em seguida proteger com gase tubulare descargas.Dentro de 24 ou 48 horas no máximo, retirar opreparo com algum instrumento e limpar comsolução fisiológica. Em seguida proceder a onico-tomia espicular.

B

C

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exagerada da unha para evitar a perfuração daspartes macias por microtraumatismos ocasiona-dos pelo calçado.

TRATAMENTO PODOLÓGICO NAO INVASIVO

Aliviar a presção da exagerada curvatura daplaca contra o tecido macio é o objetivo principaldo podólogo, asegurando-se de que o cargadoseja o adequado para os pés do paciente.

Técnica aplicada:

Aplicação da ortese redutora da curvaturaungueal com fibras elastoflexiveis.

Este material tem a particularidade de umamola, se pode curvar mas sempre volta a suaposição original (é difundido no ambiente podo-lógico como fibra com memoria molecular).

Ter em conta: desde o meu ponto de vista eatuação profissional, a ortonixia náo correspon-dente ao tratamento da onicocriptose, porqueesta náo permitirá a aplicação da fibra correta.

A atuação do podólogo esta marcada em doistempos:

1) Onicotomia especular,

2) depois de passado o periodo séptico e deter-minado a causa, talvez (náo sempre) seja neces-sário reeducar a curvatura ungueal com fibraselastoflexiveis.

Ação da fibra: possue uma forma de traçãoequilibrada uma vez pegada transverssalmenteno limbo (unha), a uns 3 ou 4 milimetros doextremo proximal ou também na zona média daunha.

mico do pé. Tenhamos em conta que existem algumas exce-

ções de origem congenita e outras que contamcom antecedentes familiares, como otras queestão orientadas para patologías particulares(hipocratismo). A lámina pode estar abarquilladoou involuta, ou ter barquilla brusca sem compli-car o paciente, mas sempre esta presente a pre-disposição para que esta alteração avance quan-do a pressão do calçado insulta permanente-mente o pé.

Em 90% dos desmorfismos ungueales náo tempor si próprio interresse podológico algum, senáosaber que problemas são capazes de ocasionar.

CLASSIFICAÇÃO GENÉRICA DE PLACAS UNGUEALES DESMÓRFICAS

Quando as unhas apresentam uma curvaturasuperior a normal, se classificam em:

Abarquilhada. Angulosa cônica. Angulosa. lnvoluta cônica. lnvoluta o arrollada. Barquilha brusca o retangular. Barquilha brusca cônica.

Em geral as unhas encarnadas tracionam con-tra o tecido dentro do sulco. Podem estar muitotempo invaginadas produzindo a dor e, emoutros casos, desencadeiam a fisura do tecido.Lembramos que podem ser adquiridas, congéni-tas ou a expresção de alguma doença.

ORTONIXIA

É a técnica destinada a reeducar a curvatura

CLASSIFICAÇÃO GENÉRICA DE PLACAS UNGUEALES DESMÓRFICAS

Barquilha brusca cônica Barquilha brusca o retangular

Em torquês Em torquês cônica Angulosa Angulosa cônica

Abarquilhada

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para ter uma vição clara da curvatura. Semprehaverá um molde do antes e outro do depois.Cada um deles será codificado para a avaliaçãodo tratamento de correção.

4) Polimento da unha (fressa diamante). lssonáo debe faltar em nenhuma circunstancia.

5) Desengordurado da unha com álcool. Ter emconta, muito importante: jamais antes do trata-mento se humedecerá a unha com queratoliticosou outras substancias medicamentosas.

O exudado destes produtos nos pertiram a boaaderencia das fibras. Também, o excesso de cola(cianocrilato) é contraprodutor.

6) Com um marcador, marcar a posição dafibra a colar.

7) Limado da cara que va colada à unha dafibra elastoflexivel, com uma lima para unhas oulixa para madeira media.

8) Sobre o aplicador, colocar 1/2 gota de cola.Nunca se colocara sobre a fibra.

9) De maneira vertical, aplicar a cola na porçãomedia da unha (como pincelando).

Para conseguir maior tração, se pode montaruma fibra encima da outra em casos de unhasengrossadas.

O tratamento, como máximo, pode durar 3meses, mudando as mesmas a cada 30 dias,tempo suficiente para que a curvatura se norma-lice gradualmente.

O tratamento se pode acompanhar com pastade obturação nos sulcos.

Esta interposição onico dactilar ajuda muito.Sobretudo, no pós-tratamento com fibras, evita arecidiva mantendo a correção.

Pode dizer, com total segurança, que estemétodo me deu e esta dando resultados sur-prendentes.

TÉCNICA: PASSOS A SEGUIR

1) Medir a largura total da unha.

2) Determinar a medida da fibra corretora (amedida será menor até 2 mm que a largura totalda unha).

3) Aconselha-se tomar molde de gesso do dedo

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10) Tomar a fibra com uma pinça de boa traçãoe aplicar sobre a unha transverssalmente. Logo,pressionar com a parte porterior do aplicador nazona central da fibra. Esperar 10 segundos, logotirar pressáo (figura 1).

11) Repitindo o passo N° 8, colar um dos extre-mos da fibra corretora.

12) Pressionar o extremo da fibra contra oborde lateral da unha com a parte posterior doformão (figura 2), e esperar 10 segundos.

13) Os passos 11 e 12 se repetem para o outroextremo da férula (figura 3).

14) Com fressa diamante, se reduzem os bor-des livres da fibra para evitar o rompimento dasmeias. Também se pode aplicar pinceladas depolímero e monómero sobre a fibra para formaruma capa protetora acrílica; sem correr nenhumrisco de má tração.

Figura 1: Em algums casos é aconselhável colocar aférula a 5 mm da cutícula. Sugiro também que reall-zem a seguinte experiência: pegar apenas os extre-mos, o resultado pode ser interressante.

Fig. 1

Fig. 2Fig. 3

A aplicação de ostesis ungueales (ortonixias)tem como objetivo evitar a desorden común dasunhas.

As afecções que aparecem frequentemente naaltura da última falange do primeiro dedo são asseguintes: onicocriptoses e onicofoses, causadaspor diferentes morfologias ungueales.

A terapia podológica debe estar orientada noseguinte:

Por um lado perguntar-se: Quais são as causasque dão origem ao desordenamento do processoalgico?Descobertas estas, orientar aos nosssospacientes sobre as medidas que devem tomarpara evitar os processos traumáticos. Por outraparte devemos decidir de acordo ao caso, aescolha da terapia a seguir.

Técnicas de correção

Cercado ou coroa de uma placa ungueal(omega). Em nosso pais (Argentina) esta técnicavem sendo substituida por outra, férulas elasto-flexiveis (clip-FMM).

A fase de correção esta dada pela elasticidadedo fio metálico e pelo raio de curvatura que deve-rá ser maior ao que da placa un-gueal (Figura 4).

Ortesis elastoflexiveis (Clip-FMM) com memória molecular

É uma fibra plana, com uma expessura aproxi-mada entre 0,3 e 0,4 mm, sua caracteristica fun-damental é a ação de mola que produz ao tomarcurvatura.

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Existem varias medidas e formas.Esta técnica oferece resultados excelentes.

Mas tanto na omega como no clip as contra-indica-ções da sua aplicação são as seguintes:

- Onicolises por dermatose ou açõestraumáticas.

- Micose total da unha.- Rodetes hipertrofiados.- Perionixis infecciosa.

Se está indicado nos dedos dolorosos por dis-morfias ungueales traumáticas.

Em alguns casos de origem congenita podemcumprir ação antialgica enquanto encontrem-seaplicadas, (ação passiva).

As fibras são escolhidas em função do desmor-fino que será tratado.

A montagem de posição da mesma será proxi-mal, madial ou distal. Na figura 5 observamos afixação medial.

No caso da unha em torquês cônica (arolladu-ra distal), a fixação será distal.

O processo é mais lento, mas é garantido.Devemos lembrar que a fibra deve superar a

pressão da convexidade da placa. Neste desequi-librio de forças, se cumpre a ação terapeutica.

As modificações da curvatura obrigam a variara verticalização dos bordes laterais que agridemos sulcos.

Aproximadamente depois de 60 dias de trata-mento, a altura dos sulcos irá variar considera-velmente ao desaparecer a verticalização lateralda placa. (Ver Fig. 6 e Fig. 7).

O novo ângulo da tábua ungueal, produz o ali-vio que buscamos.

Criação de espaço temporário com a aplicaçãoda pasta ou cimento de obturação.

No caso da onicocriptose, logo de sequestrar aespícula, temos que considerar a manutenção dosulco, para que a placa encontre o seu carril noseu movimento lógico.

As pastas temporárias para obturação (odonto-lógicas), se aplicarão depois do processo de cica-rização.

Em determinados casos se poderá cubrir apasta com acrílicos (polímeros e monómero),(ver Figura 8).

A aplicação da pasta obturada não oferecemcontra-indicações, podem ser removidas comfacilidade por sua propriedade antirígida.

Fig. 6

Fig. 7

Fig. 8

Fig. 5

Fig. 4

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Férulas onicosulcais: Método Carre, Pelthon eFrederick

Estas férulas se utilizam como guia da láminasobre o sulco, impedem a ação direta do acrílicosobre o tecido para evitar qualquer reação alérgi-ca.

Estes tubos podem ser flexiveis, rígidos e emdiametros diferentes.

A férula é aplicada em casos de inflamação por-que a lámina esta desprendida do leito fixando-secom acrílicos.

Esta técnica é excelente para desenvolver sulcos limpos, amplos, para melhor movimentaçãoungueal, (não corrige curvaturas).

A possibilidade de combinar as férulas e fibra clip pode ser interessante. Apenas fica por critériodo profissional determinar quando irá aplicar esta técnica. (Figura 9).

Fig. 9

Devido a quantidade de consultas e dúvidas com respeito a existência e aplicação das férulas deno-minadas onicodactilares decidi desenvolver uma explicação detalhada do tema, com uma denomina-ção específica.

FÉRULA ONICOCANAIS, PERIUNGUEAIS OU TAMBÉM ONICOSULCAIS:

São fundas unilaterais preparadas para evitar o enfrentamento injuriante da borda lateral da unhasobre o sulco da mesma.

Lembramos que:

Férula: são todos os elementos utilizados para imobilizar, limitar o movimento ou sustentar qual-quer parte do corpo.

Podem ser rígidas, semi-rígidas ou flexíveis.

Diferenças das férulas onicosulcais:

Férulas

Flexível

Rigidas

Perfil

Seçãolongitudinal

Semiflexível

Carre Frederick Nasogastrica Pelthon

Em U acha-tada aberta

Circular cerrada

Circular fechada

Em olho de fechadura aberta

X

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X

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X

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ONICOCRIPTOSE, TERAPEUTICA COM FUNDAS ONICOLATERAIS

Se por algum fator, no sulco periungueal exis-tem pequenos restos de substâncias, ocasionadapela borda lateral da unha (espícula), e que ape-nas interessam para a epiderme, sem lesionar aderme, com algias intermitentes, de fácil acessoperiungueal e uma leve inflamação, estamosfrente ao primero estágio daonicoinjúria.

Ver figuras 10 e 11.

Os podólogos frente a esta síndrome podemtomar dois caminhos diferentes para umamesma solução, exemplos:

CLASSIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS DAS FÉRULAS PERIUNGUEAIS MAIS CONHECIDAS

Férulas do Método Carre. Origem: Espanha(Fresco). Material: polietileno. Largura: 2,6 cm.Altura: de 3 e 1,5 mm. Espesura: 0,3 e 0,4 mm.

Abertura expandível

1.5 - 3 mm

Férulas Pelthon. Origem: Argentina. De usopodológico. Material: polipropileno. Largura: apro-ximadamente 2,4 cm. Altura: 3 e 2,5 mm.Espesura: 0,3 mm. Diámetro interno de 1 a 1,5 mm.

Ø 2 a 2,5 mm

1 mm

1 mm expandivel até 3 mm

Fig. 10:Onicoinjuria lateral, primiero dedo pronado, péplano valgo, hallux valgus.

Onicólise

Fig. 11 - Representação esquemática. Anatomia da onicoinjúria sulcal.

Injúria

Rodete periungueal

Granuloma - Botriomicoma

Linha de corte, último recurso,onicoectomia espicular

Sulco / canal lateral

Leito

Táboa Ungueal

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APLICAÇÃO DO MÉTODO CARRÉ

Segundo a empresa Fresco de Barcelona(Espanha) (Us. Pat. N° D9101923/E), a informa-ção é a seguinte:

Preparação previa:Passo indispensável para a correta aplicação

do dispositivo. Consiste em separar a unha daepiderme subjacente em uma franja ao redor daferida, com o objetivo de deixar espaço para odispositivo.

Esta preparação, se efetuada com o instrumen-to adequado não resultará muito incômoda.

Ver figura 12.

Não obstante as circunstâncias podem com fre-qüência serem aconselháveis (inflamação, hiper-sensibilidade) o uso de anestesia local.

Regularmente, ao substituir o dispositivo deve-rá ser repetida a operação, mas então a zona aseparar será muito menor, apenas determinadapelo crescimento da unha desde a anterior apli-cação. Além do mais já não haverá inflamação enão será necessária a anestesia.

Aplicação:

Apoiamos um extremo do dispositivo, colocan-do no seu interior o fio da unha, e se desliza odispositivo ao longo do mesmo separando-o daferida. Ver figura 13 e 14.

Uma vez introduzido cortamos o outro extremorestante no âmbito da unha (é importante quenão sobressaia). Ver figura 15 e 16.

Duração do tratamento:

Recomendamos por razões de higiene, substi-tuir o dispositivo aproximadamente a cada duassemanas. Uma vez que esteja curado, o tecidocicatricial formado não pode resistir o contatopermanente com a borda da unha.

O tratamento deve continuar enquanto vaisendo substituido - célula por célula - pelo tecidoepidérmico, muito mais resistente, que normal-mente ocupa esse lugar.

Este processo pode durar de 2 a 6 meses. Apossibilidade de uma recaida será eliminadaapenas se tratamento continua durante o temposufíciente.

Efetividade:

A dor desaparece instantâneamente. A feridacicatriza e a inflamação desaparece em poucosdias. Usado durante o tempo sufíciente elimina apossíbilidade de reaparição do problema.

Fig. 12Exploração e separação da unha da epiderme.Realizar antisepsia.

Apresentação do dispositivo.

Fig. 13

Aplicação do dispositivo. Deslizar com suave pressão.

Fig. 14

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Sem adesivos:

O dispositivo, pode ser tirado rapidamente efácilmente no caso de acidente, má colocação ousimplesmente para efetuar uma limpeza e subs-tituição.

Não atrai olhares:

Sua localização e tamanho dificultam a suavisibilidade para os demais, inclusive com o pédescalço.

Não agressivo:

Os métodos anteriores se baseavam em alterara anatomia natural da unha, deformando duran-te o tratamento, a eliminando total ou parcial-mente (métodos cirúrgicos). Este método nãomodifica a anatomia, nem da própria unha nemde nenhuma das partes adjacentes.

FÉRULA ONICODACTILAR DE FEDERICK(Pdgo. Federico Saldarini)

A férula é um elemento de relação da lâmina edo sulco ungueal, que se utiliza como guia destalâmina.

Esta técnica apresenta duas vantagens signifi-cativas: evita recidivas, permitindo a substituiçãode laminectomias parciais ou totais, faixas defibras de memória micro molecular ou práticasde ortomorfia; e admite a ação direta do acrílicosobre a férula, impedindo eventuais reações alér-gicas ou inflamatórias.

Os elementos necessários para a confecção daférula onicodactilar são:

- Férula: guia de polietileno, plástico ou poli-propileno (Allevato, M.A.) e colaboradores.

- Acrílico: polimero e monomero.- Pote dapen.- Espátula- Tesoura

Na sua origem, as férulas são ductos de dife-rentes diâmetros e calibres, em alguns casosmais flexíveis; em outros mais rígidas.

Estes produtos são cortados longitudinalmenteao meio (1/2), ao terço (1/3) ou aos dois terços(2/3), para conquistar diferentes alturas, segun-do o canal ungueal onde será instalada.

Considerando que os seus materiais não sãoabsorventes, as férulas devem esterelizar-se comanti-sépticos avançados, com a finalidade deconquistar uma desinfecção total.

O tratamento viável nos casos de onicocriptosede primeiro, segundo e terceiro grau (Allevato ecolaboradores). Obra já citada. Sisto, Horacio.

Ortocorreção sulcal e reabilitação da bordaperiungueal. (Conferência no Primeiro CongressoPodológico Interinstitucional) na onicocriptosecomo conseqüência da unha na pinça (Allevato -Bibliografía citada) ou em qualquer patologiaque implique a relação lâmina-sulco ungueal(Tignanelli, Marta-no Primeiro CongressoPodológico Interinstitucional), sendo aplicávelem pacientes de qualquer idade (crianças, ado-lescentes ou adultos).

Frente a um paciente com granuloma deve,segundo casos, extrair-se ou não a espícula, lavara zona ou tratar com uma seringa que tenhaagulha de ponta roma e água oxigenada.

Logo se introduz a férula como se fosse umaguia, recorrendo a borda ungueal sem agredir,até a espícula ou a imperfeição da lâmina.

A férula pode ser introduzida sem inconvenien-tes quando existe inflamação, e que a lâmina semantém descolada do leito, enquanto que a unhasem patologia, seria virtualmente impossível aoencontrar-se a lâmina aderida ao leito pelas cris-tas de Henle.

Em geral, se recomenda a utilização de umaférula semi-flexível ao começar ao tratamento, eum material de maior rigidez, apartir da segun-da semana, dependendo da sua elasticidade do

Cortar extremosobrante no nivelda unha.

Férula Carre apliacada sem cola para a sua fixação.

Fig. 15

Fig. 16

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grau da onicocriptose e/ou do sulco ungueal.Uma vez inserida, se fixará uma férula com

acrílico. Cuidando que não chegue ao tecido,para evitar potenciais alergias ou inflamações; sedeseja endurecer e se recortam os excedentesutilizando um esmeril. Desta forma, se restabe-lece, com a férula, o sulco ungueal fechado ouobstruido, gerando a pronta recuperação dopaciente.

A duração do tratamento depende da distânciaentre espícula e a borda livre, e do crescimentoda unha. Ver figura 17.

Recomendamos o uso de calçados amplos edescarregar ou separadores adequados.

Finalmente, e conveniente ter em conta que emtoda onicocriptose existem fatores etiopatológi-cos - hiperhidrose, alterações ou mal corte dasunhas, patologias ortopédicas, calçado impró-prio, que ao não ser tratado poderão incidir nofracasso ou prolongação do tratamento aplicado(Saldarini-Allevato) oficina de patologia dermato-lógica do pé.

FÉRULAS PELTHON

A aplicação deste dispositivo é similar ao dosmetodos anteriores. Fica a consideração do pro-fissional a eleição dos passos a seguir e omomento da sua aplicação. Ver Figura 18.

Férula onicodactilar Frederick.Fixação com polimero e monomero (acrílico).

Férula Pelthon.Fixação com polimero e monomero (acrílico).

Fig. 17

Fig. 18

Temos a satisfação de colocar em suas mãos o primeiro livro traduzidopara o português deste importante e reconhecido profissional espanhol,e colaborar desta forma com o avanço da podologia que é a arte de cui-dar da saúde e da estética dos pés exercida pelo podólogo.

- Podólogo Diplomado em Podologia pela Universidade Complutense de Madri.

- Doutor em Medicina Podiátrica (U.S.A.)- Podólogo Esportivo da Real Federação Espanhola de

Futebol e de mais nove federações nacionais, vinte clubes, associações e escolas esportivas.

- Podólogo colaborador da NBA (liga nacional de basquete de USA).

Professor de Cursos de Doutorado para Licenciados em Medicina e Cirurgia, Cursos de aperfeiçoa-mento em Podologia, Aulas de prática do sexto curso dos Alunos de Medicina da UniversidadeComplutense de Madrid e da Aula Educativa da Unidade de Educação para a Saúde do Serviço deMedicina Preventiva do Hospital Clínico San Carlos de Madri. Assistente, participante e palestrante emcursos, seminários, simpósios, jornadas, congressos e conferências sobre temas de Podologia.

Autor: Podologo Dr. Miguel Luis Guillén Álvarez

Vendas: shop v ir tual [email protected] - w w w. r e v i s t a p o d o l o g i a . c o m

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TÉCNICA REVER, MÉTODO COMBINADO: FÉRULA ONICOCANAL COM BANDA ORTÉSICA (BANEGAS)

O passo a passo da técnica:

1- Espiculoectomia como último recurso (Totalou parcial).

2- Limpeza a pressão com água oxigenada.

3-- Secar bem com gase esterilizada.

4- Aplicar tópicos de policressuleno com solu-ção pura, deixar atuar durante 5 minutos.(Policressuleno: esta indicado em afecções querequerem quimiocoagulação, e um poderosoantisseptico bactericida).

5- Secar com gase esterilizada.

6- Aplicar cimento cirúrgico, enchendo o sulcoe cobrindo a tabela ungueal. Importante: previa-mente verificaremos a gravidade da infecção(adenopatias inguinais, muitas vezes associada auma linfangite).

O tipo de medicação (antibiótico) dependera docaso clínico. Prescrição médica.

Últimas experiências: Foi substituido o cimentocirurgico pós-operatório pelo aposito hidrocoloi-de com resultados satisfatórios. (Taibo-Banegas).

7- Seguindo com a técnica do cimento cirúrgi-co, depois de ter aplicado, esperamos 3 minutosaproximadamente para cobrir com moleskin naoclusão total.

8- Depois de 48 hs. retirar o cimento cirúrgico.

9- Limpar com solução fisiológica e secar.

10- Aplicar no espaço sulcal um pedaço degase com creme cicatrizante, pode ser com neo-micina (contra-indicação: alergia comprovada aneomicina), cobrir com fita hipoalérgica. Opaciente deve realizar a cura com o mesmo pro-cedimento durante 5 dias, todos os dias.

Recomendar: na higiene diária não utilizar nen-hum tipo de anti-septico, apenas água e sabão,para nao atrasar a epitelização.

Últimas experiências: substituimos o pedaço degase por hidrocoloide, cobrimos com pinceladasde polímero e monômero. Retiramos no quintodia. Este método foi realizado em poucos pacien-tes. No momento a resposta e satisfatória(Banegas-Taibo).

11- No quinto dia, avaliamos o processo de res-tauração do tecido. Se é ótimo, estamos saindoda primera etapa terapêutica da onicocriptose.

12- Depois de ter passado todo o período sép-tico e suas conseqüências entramos na segundaetapa, onde e necessário proceder ao tratamentoconservatório do sulco aplicando a férula onico-canal, mas se o fator etiológico ou causa primá-ria da onicoinjuria e devido a morfologia da tabe-la ungular, neste caso se determina a aplicaçãoda banda ortésica elastoflexível (clip-FMM), paracorrigir a hipercurvatura, em seguida colocamosa funda onicolateral. Controlamos a cada 15dias.

O exito da técnica Rever demostra que uma téc-nica nao invalida a outra. Os dois métodos comações diferentes convivem perfeitamente.

Onicoinjuria por reiteração de maus cortesOnicoinjuria por mau corte,perda do sulco, encravamento.

Fig. 19 Fig. 20

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Nota: está demonstrado que o tratamentopodológico e apenas um aspecto da terapia.

Os outros pilares são as meias preventivas nasquais o profissional orientara ao seus pacientesna eliminação dos fatores pre-disponentes: cal-çado inadequado, morfologia do dedo, qualidadede tecidos circundantes (hiperhidrose), dactilo-patias, afecções estáticas, posturas de descansoou de trabalho, unhas muito curtas (onicoinjuriadistal), meias grossas, justas ou curtas, esportesviolentos, dançarino, cirurgia, golpes, medica-mentos (retinóides),edemas em membros infe-riores, etc.

A IMPORTÂNCIA DA TERAPEUTICA COM FÉRULAS ONICOCANAIS FRENTE AO CÍRCULO VICIOSO DOS MAUS CORTES

Pela minha experiência profissional as F.O. sãoexcelentes dispositivos para proteger o sulco da

Bibliografia: Alexander, 1. J. El pie, Edit. Jins, Barcelona, 1992. Andersen, C. Histologia e embriología. Edit. El Ateneo, Buenos Aires, 1981. Azorey, Fundamentos de pedicuria. Edit. de la Reconquista, Buenos Aires, 1981. Basombrio, G., Cardana, J. E., Gattic, J., Marino, H. Terapéutica Clínica. Edit. El Ateneo, Buenos Aires, 1960.Cailliet, R. Síndromes dolorosos, tobillo y pie. Edit. El Manual Moderno, México, 1985. Diccionario médico, Salvat Editores, Barcelona, 1986. Di Fillippi Novoa Quiropodia Librería Perlado Editores Buenos Aires. Folino, Romeo, Podologia total, Buenos Aires, 1996. Fratelli, Consulta mádica, Fabbri Editorí SRL, Milan, Italia, 1964. Goldcher, A. Podologia, Edít. Masson, Barcelona, 1992. Rocea Villalba, El pie diabético, Machin Torres, Uruguay, 1994. Schoeder, h. Manual clinico, Alemanha, 1996. Tejo, J. L. Dermatosis en podología, Impreso en Salta, Argentina, 1970. Verleysen, J, Compendio de podología. Viladot.Períce, Dez licoes sobre patología do pé, Barcelona, 1979. Villé, C., Biología, Eudeba, Buenos Aires, 1993. Zavala, A. V. y colaboradores,.}Ttratamento da vasculopatia periferica em diabéticos. Yale, Irving, podologia médica, Editorial Jins, Barcelona, 1978. Fresco. "Boletín Informativo". Barcelona España. 1998.Banegas. C. A. "Revista Podología Argentina". Nro.6 - 1997 y Nro. 11 - 1998. Bs. As.Saldarini. F. "La nueva Revista de Podología" A.A.P. 1993. Bs. As.Van Lith R. "Onicopatías en Podología" Congreso 1997. Bs. As.

unha e poder guiar esta durante o seu cresci-mento até o extremo distal, sem provocar inco-modo mecânico nenhum.

Esta amplamente admitido que a causa maisfreqüente do ponto de partida das unhas encra-vadas é um mal corte. Apesar disso, se contras-ta que mesmo os profissionais pecam regular-mente contra essa lei.

É um começo de um circulo vicioso; maiscurto, mais se altera a forma da unha e a suarecomposição, mais se abrem as portas paraincomodos mecânicos. Ver figuras 19 e 20.

O tratamento pós-operatório é indispensávelpara prevenir um conflito mecânico do sulco.Sem o tratamento adequado estaremos na próxi-ma atenção obrigados a recortar a unha e oretorno terá começado.

Ate aqui os conceitos fundamentais sobre aterapia com férulas. ¤

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PRESSÃO ARTERIAL

�Pressão arterial é a força ou pressão que osangue exerce sobre a parede interna dos vasossanguíneos

�PA (Pressão arterial) depende do DC (DébitoCardíaco) e da RPT (Resistência Periférica Total)

DÉBITO CARDÍACO

�Lei de Frank Starling: O coração é capaz debombear todo sangue que chega nele provenien-te do retorno venoso

�Débito cardíaco é dependente da FC (frequên-cia cardíaca) e o volume (em litros) do sangueejetado pelo coração (em um minuto)

�DC = FC x volume de sangue / minuto

Capacidade de bombeamento do coração:

�Força de contração: depende do volume desangue que chega no coração

�Capacidade fisiologica de bombeamento doventrículo: 120 mL

�Volume ejetado: 70 mL (50 mL restam dentrode cada ventrículo)

�Aumentando a força de contração o volumeejetado será maior

RESISTÊNCIA VASCULAR PERIFÉRICA

�O sangue é ejetado do coração na sístole�A ejeção é pulsátil�As artérias tornam esses pulsos uniformes

até a chegada aos capilares�Artérias elásticas (Aorta e Pulmonares), ricas

em elastina e colágeno: próximas ao coração: sedistendem na sístole e voltam ao normal na diás-tole - Principal função: manter o fluxo sanguíneodurante a diástole�Artérias musculares ou condutoras (espessa

camada de músculo liso com fibras vasoconstri-toras simpatomiméticas): principais responsá-veis pela RPT�Quanto maior a vasoconstrição maior a resis-

tência ao fluxo sanguíneo = maior a PA�Arteríolas: apresentam pequeno calibre e têm

as mesmas funções das artérias musculares -capazes de potente vasoconstrição.�Possuem um anel de músculo liso circular na

extremidade adjacente aos capilares: esfínteterespré-capilares: função de controlar o sangue quepassa para os capilares�Capilares: apresentam paredes finas, com

uma única camada de células endoteliais e lâmi-na basal: local onde passam substâncias do inte-rior dos capilares para os tecidos e vice-versa

RETORNO VENOSO

�Vênulas: vasos que são dotados de uma finaparede e apresentam músculo liso - têm a funçãode absorver líquido dos tecidos, devido à baixapressão que apresentam no seu interior.

�Veias: são vasos sanguíneos que apresentamalta complacência, ou seja, aceitam grandequantidade de sangue, armazenando-o e dirigin-do-o ao coração.

�Diante do aumento da PA ou do aumento dosangue circulante (aumento da volemia) as veiasse dilatam.

�Nos casos de diminuição da PA ou diminuiçãoda volemia as veias se contraem para aumentara circulação.

Protocolo para o Atendimento de Hipertensos e Cardiópatas.

Podólogo Armando Bega. Acadêmico de Enfermagem. Diretor do ICP Instituto Científico de Podologia. Brasil

Trabalho apresentado como palestra no ultimo Congresso Internacional de Podologia (Dezembro 2005 - SãoPaulo) e nas aulas ministradas pelo professor na universidade de enfermagem. Tentamos passar do forma-to Power Point original para formato texto, nesta materia, da forma mais didática possível.

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-Agem juntamente com os barorreceptores, afim de potencializar o controle da PA;

�Reflexos atriais: o estiramento dos átrios peloaumento da PA está relacionado com uma vaso-dilatação das arteríolas renais com a finalidadede aumentar a diurese através do aumento da fil-tração resultando em consequente diminuição daPA.

�Reflexo de Bainbridge: ocorre com o estira-mento dos átrios, elevando instantaneamente aFC e a força de contração.

-Tem a finalidade de impedir o acúmulo desangue nos átrios e na circulação pulmonar.

�Reflexo quimiorreceptor: trata-se de recepto-res que detectam a diminuição do aporte de O2

�Excesso de CO2 e H+ -Sua localização é nas grandes artérias, pró-

ximo aos barorreceptores.-A diminuição da PA apresenta uma diminui-

ção reflexa do sangue que chega aos tecidos eisto tem como consequência a diminuição de O2

-E o acúmulo de CO2 e H+ nos tecidos-Essas alterações são responsáveis pelos estí-

mulos aos quimiorreceptores que enviam sinaisao centro vasomotor e este, por sua vez, estimu-la a vasoconstrição e inibe a vasodilatação a fimde aumentar a PA

�Resposta isquêmica do SNC: Entra em açãoquando há uma forte diminuição da PA (abaixode 60mm/Hg e tem sua ação máxima em PA de15 a 20mm/Hg.

-Age, principalmente, quando há uma grandehemorragia;

-O baixo nível de O2 no encéfalo, bem como oacúmulo de CO2 e H+ desencadeiam uma res-posta do CV (centro vasomotor) com intensavasoconstrição a fim de aumentar a PA.

�Reflexo de compressão abdominal: Atua coma estimulação do sistema vasoconstritor simpáti-co.

-É o aumento do tônus da musculatura abdo-minal, em resposta à estimulação vasoconstrito-ra simpática, enviando o sangue das veias abdo-minais no sentido do coração, para aumentar odébito cardíaco, através do aumento da volemia(Lei de Frank Starling), e aumento da PA.

Mecanismos hormonais

�Sistema renina-angiotensina-aldosterona: adiminuição da PA é responsável por levar menos

REGULAÇÃO DA PA

Mecanismos neurais:

�CV (centro vasomotor) localizado no troncoencefálico, na ponte e no bulbo.

É dividida em três partes:a) área vasoconstritorab) área vasodilatadorac) área sensorial

�Área vasoconstritora: através de nervos efe-rentes do sistema nervoso simpático: mantém otônus vascular e a atividade cardíaca

-Aumenta o DC quando há um estímulo nessaárea (devido ao aumento da FC e da força de con-tração) e aumenta a RPT (vasoconstrição)

= aumento da PA

�Área vasodilatadora: ao ser estimulada elainibe a área vasoconstritora, ou seja, inibe osefeitos simpáticos e estimula o nervo vago, poronde passam fibras parassimpáticas, provocan-do um efeito parassimpático.

-O estímulo parassimpático diminui o DC pordiminuir a FC;

-A inibição do sistema nervoso simpático e aestimulação do parassimpático diminuem a PA

�Área sensorial: recebe informações oriundasdos nervos vago e glossofaríngeo e através des-sas informações identifica alterações na PA.

-Havendo aumento da PA a área sensorialenviará sinais de inibição para a área vasocons-tritora e de excitação para a área vasodilatadora= diminuição da PA

-Havendo diminuição da PA acontecerá efeitoinverso = aumento da PA

�Reflexo Barorreceptor: trata-se de receptoresde estiramento que se localizam nas paredesinternas de grandes vasos sistêmicos (arco daaorta e seio da carótida).

-Respondem a mudanças rápidas na PA;-Adaptam-se às alterações da PA, por isso têm

pouca importância no seu controle a longo prazo;-As grandes artérias se estiram quando há

aumento da PA, promovendo estiramento dosbarorreceptores que, por conseguinte, informama área sensorial do centro vasomotor que, rapi-damente, inibirá a área vasoconstritora e estimu-lará a área vasomotora, diminuindo a PA;

-Com a situação inversa, haverá estímulo daárea vasoconstritora e inibição da vasodilatado-ra, diminuindo a PA.

�Receptores de baixa pressão: são semelhan-tes aos barorreceptores e encontram-se em áreasde baixa pressão: átrios e artérias pulmonares.

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veias para promover o acúmulo maior de sangue,com consequente diminuição do RV, do DC e daPA;

-Inversamente: a PA baixa leva as veias a secontraírem, aumentando a volemia, o DC e a PA.

�Desvio do Líquido Capilar: o aumento da PA éresponsável pelo extravasamento de líquidospelos capilares, com diminuição do RV, diminui-ção da volemia, diminuição do DC e diminuiçãoda PA; Todavia, há um aumento do LEC.

-A situação inversa também ocorre: com dimi-nuição da PA, aumento da absorção dos líquidospelos capilares, aumento da volemia, aumentodo RV, aumento do DC e aumento da PA.

Mecanismo de controlepressão-rim-líquidos corporais:

�O aumento da PA eleva o fluxo de sangue nosrins, maior filtração e aumento da diurese;

�Diminuição de volume do LEC, diminuição davolemia, diminuição do RV, diminuição do DC ediminuição da PA.

�A diminuição da PA diminui o fluxo de sanguenos rins, diminui a filtração e diminuição da diu-rese; O líquido não eliminado faz aumentar avolemia, o RV, o DC e a PA.

CAUSAS E FATORES QUECONTRIBUEM PARA HAS

- Idiopática;- Predisposição hereditária;- Vida sedentária;- Álcool;- Cigarro;- Estresse;- Dietas alimentares inadequadas;- Dislipidemias;- Associação com diabetes- Problemas renais;- Cardiopatias- Etc.Acomete 20% da população mundialAcomete 30% da raça negra

COMPLICAÇÕES DA PA

�Atinge mais frequentemente:- Coração;- Rins;- Olhos;- Artérias periféricas.

ICC

�Doença do coração, geralmente associada a

sangue aos tecidos; -A diminuição do fluxo sanguíneo renal esti-

mula a produção de renina;-A renina é um hormônio que age sobre o

angiotensinogênio (proteína plasmática) trans-formando-o em Angiotensina 1;

-A Angiotensina I tem pouco valor vasocons-trictivo;

-A Angiotensina I é transformada emAngiotensina II nos pulmões através da ação deuma enzima presente nos pulmões.

�Efeitos da Angiotensina II:-Vasoconstrição: aumento da RPT e aumento

da PA;-Aumento da reabsorção rena de Na e conse-

quente reabsorção de H2O, levando a um aumen-to do LEC (líquido extra celular) e aumento davolemia (volume de sangue circulante);

-O aumento da volemia faz aumentar o DC e,por conseguinte, aumenta a PA;

-Estímulo para a produção de Aldosterona(pelo córtex da glândula Supra-renal);

-A Aldosterona promove a reabsorção renal doNa.

�ADH ou Vasopressina: O ADH é um hormônioproduzido pela neurohipófise. A diminuição daPA está associada à diminuição do LEC o queprovoca desidratação de osmorreceptores pre-sentes no hipotálamo. Nesta situação os osmo-rreceptores enviam sinais à neurohipófise paraocorrer a secreção de ADH.

�Efeitos do ADH ou Vasopressina:-Vasoconstrição com aumento da RPT e da

PA;-Aumento da reabsorção renal de H2O, aumen-

to da volemia, aumento do RV (retorno venoso),aumento do DC e aumento da PA;

-Os osmorreceptores, também, enviam sinaispara o centro da sede com consequente aumen-to da ingestão de água.

�Peptídeo Natriurético Atrial: trata-se de hor-mônio produzido pelo átrio em resposta ao seuestiramento.

-O aumento da PA faz com que os átrios libe-rem PNA;

-O PNA promove a natriurese;-A natriurese promove a eliminação de H2O;-Diminuição do LEC, da volemia, do RV, do DC

e da PA

Mecanismos Intrínsecos:

�Relaxamento por Estresse: O aumento da PAestá associado ao relaxamento das paredes das

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�Verificação da PA�Atenção para sintomas de fadiga e dispnéia

�Verificação do IMC

�Inspeção minuciosa;

�Palpação, em especial dos pulsos dos MMII

�Verificação da temperatura da pele;

�Verificação do índice isquêmico e digitopressão;

�Cuidados:-Não efetuar o atendimento se a Pressão arte-

rial (PA) estiver descontrolada (ver quadro maisna frente);

-Encaminhar o cliente para atendimento médi-co se PA estiver descontrolada;

-Não elevar os pés do cliente acima do níveldo coração (muito cuidado em situações deperda momentânea da consciência);

-Evitar massagens (drenagens) em situaçõesde edema em HAS e ICC;

-Evitar lesões;-Cuidar para que lesões por solução de conti-

nuidade não infeccionem

TABELA DE PA

�Sistólica120 mm/Hg: normal

> 130 mm/Hg: hipertensão< 110 mm/Hg: hipotensão

�Diastólica80 mm/Hg: normal

> 80 mm/Hg: hipertensão< 70 mm/Hg: hipotensão

ÍNDICE ISQUÊMICOÍNDICE TORNOZELO/BRAÇO

�Comparar os valores da pressão sistólica dasartérias TP (tibial posterior) e da ADP (artériadorsal do pe) com os valores da pressão sistólicada artéria braquial (braços):�Pé direito x braço direito�Pé esquerdo x braço esquerdo�Dividir o valor da pressão encontrada em

cada uma das artérias dos pés pelo valor encon-trado em cada um dos braços.�Análise dos valores encontrados:

-1,0: Normal->1,1: hipertensão (valor pode ser falso devi-

do a calcificações nos MMII)-De 0,8 a 0,9: isquemia leve-De 0,6 a 0,7: Isquemia moderada-< 0,6: Isquemia grave-< 0,4: cliente refere dor em repouso. ¤

outras doenças, como à HAS, por exemplo.

�Trata-se de um desequilíbrio na função dabomba cardíaca, onde o coração não conseguemanter a circulação do sangue adequadamente.

�Outras possíveis causas: angina, IAM, cardio-miopatia, miocardiopatia, hipertireoidismo, ane-mia severa, etc.

�Edema em membros inferiores:-É uma das principais consequências e um

dos principais sinais clínicos da ICC:Costuma ser vespertino (após horas em pé)

A PODOLOGIA x HAS E CARDIOPATIAS

�O tratamento desenvolvido pelo podólogodeve levar em conta patologias como a HAS e aICC, entre outras;

�O cliente portador de HAS e/ou de cardiopa-tias deve ter tratamento diferenciado;

�Deve-se levar em consideração que nem sem-pre o cliente sabe que é portador de uma doen-ça hipertensiva ou cardíaca, entre outras...

�A DM pode estar associada e compor um qua-dro sindrômico: Síndrome MetabólicaHipertensiva

�O podólogo deve estar preparado para recon-hecer sinais e sintomas decorrentes dessasdoenças;

�O podólogo não vai diagnosticar a doença,mas pode contribuir para evitar agravos deco-rrentes da HAS e de diversas cardiopatias;

�A manipulação dos MMII pelo podólogo develevar em conta a possível existência da HAS;

�O podólogo deve ser um profissional da áreada saúde para saber lidar com esses problemas

�Importância dos exames preliminares quedevem ser realizados pelo podólogo para direcio-nar o tratamento:

�Confecção de histórico, levando em conside-ração fatores ambientais, nutricionais, sócio-psí-quico-econômicos, familiares, culturais e religio-sos, entre outros;

�Realização de exame clínico detalhado,incluindo o cliente como um todo e não, apenas,como pés que chegam sozinhos para o atendi-mento podológico.

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saúde dos pés, sugerindo propostas para melho-rar a qualidade de vida das pessoas e promovera saúde de modo integral.

A saúde no nível de aplicação individual é ava-liada e diagnosticada tanto nas escolas técnicasde podologia como nas clínicas privadas. Nestecontexto, as dimensões preventiva e curativa con-tinuam presentes e necessárias para que o trata-mento converta-se numa atitude de manutençãoda saúde dos pés, refletindo na saúde geral doindivíduo.

Conciliar a saúde individual e coletiva na práti-ca clínica é uma tarefa indispensável para opodólogo. Neste sentido, a ConferênciaInternacional de Promoção de Saúde, realizadaem Bogotá em 1992, sugeriu uma importanteferramenta para mediar esta conciliação: impul-sionar a cultura da saúde através da educação.

Esta proposta pode ser dinamicamente aplica-da à podologia, quer no ensino técnico, quer naatividade privada.

A EDUCAÇÃO COMO PROMOTORA DE SAÚDE

O podólogo deve ter consciência de que os con-hecimentos adquiridos em cursos técnicos, con-gressos e feiras não são apenas informaçõespara o seu aprimoramento técnico-científico.

A ação educativa na atividade clínica deve serparte de um feed-back entre o profissional e seuspacientes, de acordo com a visão crítico-constru-tivista que defende: "a tomada de consciência crí-tica, a construção do conhecimento pelo sujeitodo processo, a construção de projeto de enfren-tamento dos problemas conscientizados, a auto-organização de modo competente com a leituracrítica da realidade, como primeiro passo para aformação do sujeito social" (7).

O critério de enfrentamento de problemas indi-ca a construção de um diagnóstico em saúdecoletiva, levando-se em consideração os gruposde risco em clínica podológica.

Doenças crônicas como o diabetes e a hiper-tensão são considerados problemas de relevân-cia em saúde pública, tanto que elas passaram aser avaliadas e controladas por meio da atenção

O Expert Committee on Planning andEvaluation of Health Education Services(Comitê de Especialistas em Planejamento eAvaliação dos Serviços de Educação em Saúde),da Organização Mundial de Saúde - OMS, pon-tua que "o foco da educação em saúde esta vol-tado para a população e para a ação.

De uma forma geral seus objetivos são encora-jar as pessoas a:

a) adotar e manter padrões de vida sadios;

b) usar de forma judiciosa e cuidadosa os ser-viços de saúde colocados à sua disposição, e

c) tomar sua próprias decisões, tanto individualcomo coletivamente, visando melhorar suas con-dições de saúde e as condições do meio ambien-te" (6).

INTRODUÇÃO

A podologia é um ramo auxiliar da Medicina e,portanto, uma dimensão das ciências biológicas.Ela precisa ser desenvolvida numa perspectivamultidisciplinar tal qual as outras áreas da ciên-cia, integrando o conhecimento técnico-científicoà prática clínica.

Para tanto, a educação em saúde na podologiatorna-se um rico instrumento capaz de conciliara formação técnica do profissional às ações depromoção de saúde dentro dos parâmetros dasaúde pública vigentes no Brasil.

Promover saúde alcança seu objetivo mais con-creto na ação do podólogo quando ele discute eaplica métodos de caracterização de problemasde saúde e seus meios de controle, recuperaçãoe prevenção.

Atualmente, a saúde coletiva em podologia édiscutida e aplicada, sobretudo, nas escolas deformação técnica porque o espaço escolar per-mite a promoção da investigação científica, oaprimoramento da técnica e o despertar para ogosto da atividade clínica, com suas dimensõespreventiva e curativa.

A escola técnica tem um papel fundamental emdespertar o aluno para sua realização humana,consciência social e buscar identificar problemasde relevância individual e coletiva com relação à

Podologia e a Promoção da Saúde.

Sr. Alan Luis Vieira Valerio. Brasil.

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qüentemente, do organismo como um todo.Da mesma forma, a atividade educativa em

podologia forma a consciência crítica em seuspacientes, informando-os e os orientando sobrecuidados fundamentais em saúde.

Porém, a ferramenta epidemiológica deve fazerparte da vida clínica do podólogo para que a ava-liação dos principais problemas dos pés torne-sefundamentada cientificamente, gerando a neces-sidade de intervenção em saúde coletiva.Conseqüentemente, a podologia poderá conquis-tar um espaço muito importante no âmbito daciência médica: a saúde pública.

Em contrapartida, a história da podologia e suaatividade nos dias de hoje provam que ela é umaciência que tem muito a oferecer à saúde coleti-va bem como os podólogos devem incentivar asações educativas em saúde, evitando perder estadimensão em prol de uma atividade meramentecomercial.

A atividade clínica e educativa integram-se e seunem formando um só corpo clínico. Destemodo, o paciente notará a diferença entre umprofissional estritamente técnico e outro complena formação humana e sensibilidade social.

Você tem alguma dúvida em qual profissionaleste paciente irá depositar sua confiança... eseus pés ? ¤

básica em saúde no sistema público - SUS(Sistema Único de Saúde).

Neste caso, a podologia é essencial no auxílio àeducação preventiva e na promoção da saúdedos pés em pacientes deste grupo de risco.Identificar estes pacientes crônicos sem trata-mento, orientá-los e encaminhá-los ao serviçopúblico para tratamento médico efetivo torna opodólogo um mediador eficiente nos cuidadosprimários à saúde.

CONCLUSÃO

Nota-se que a podologia está inserida no prin-cípio mais básico e pleno da saúde, garantidapela Constituição da República Federativa doBrasil, promulgada em 1988 no artigo 196:

"A saúde é direito de todos e dever do Estado,garantido mediante políticas sociais e econômi-cas que visem à redução do risco de doença e deoutros agravos e ao acesso universal e igualitárioàs ações e serviços para sua promoção, proteçãoe recuperação" (2)

Assim como a atenção básica à saúde oferecea acessibilidade de todos os indivíduos e famíliasde uma comunidade a serviços essenciais desaúde, a podologia promove a saúde através desua atividade clínica, recuperadora e coadjuvan-te na recuperação da saúde dos pés e, conse-

Dentista, licenciado en ciencias, cursando pos-graduación en salud colectiva en la Universidad Cruzeiro do Sul(Unicsul), San Pablo. Profesor de la disciplina de visión sistémica de la salud para el curso técnico de podologia, de laescuela técnica CCB, San José de los Campos/SP.

Bibliografia1. Bega, Armando. Podologia Básica. São Paulo, 1998.2. BRASIL: Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, Senado Federal, 1988, acessível a Internet:

www.senado.gov.br3. BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. PCN+Ensino médio: orientações Educacionais complemen-

tares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília:MEC/SEMTEC,2002.

4. _.Ministério da Saúde. Promoção de saúde: Declaração de Bogotá. Brasília, DF, 2001.5. _.Ministério da Saúde. Manual para a organização da atenção básica, disponível em:

<http://dtr2001.saude.gov.br/bvs/publicacoes/organizacao_atencao.pdf6. Conferência Nacional de Saúde on-line. Educação em saúde - histórico, conceitos e propostas. Acessível a Internet:

www.datasus.gov.br/cns7. Demo P., A sociologia crítica e a educação - contribuições das sociais para a educação. Em Aberto, Brasília, INEP,

ano IX, no 46, abril-junho, 1990.8. SCHALL, Virgínia T. and STRUCHINER, Miriam. Health education: news perspectives. Cad. Saúde pública, 1999,

vol 15 suppl. 2, p.4-6. ISSN 0102-311X.9. Rouquayrol, M.Z; ALMEIDA FILHO, N. Epidemiologia & Saúde. 5 ed. Rio de Janeiro: MEDSI,1999.

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ligamentos que traz complicações e patologiasque podem chegar a ser, em alguns momentos,muito dolorosas. Também temos que somar, ade-mais, que em alguns momentos o calçado chegaa exercer umas pressões totalmente antinaturaissobre alguns pontos do pé.

Do anteriormente exposto se deduz que os pésmerecem ser tidos em conta em todos seusaspectos, não em vão são nossos médios natu-rais de locomoção, a pesar que às vezes o seden-tarismo os hábitos cotidianos nos fazem esque-cê-lo.

Nisto tem vital importância o calçado, temageralmente tratado em forma muito pobre e rudi-mentar em todos os âmbitos, e especialmente naárea esportiva.

O calçado, a traves da historia tem sido geradorde infinidade de anomalias produzidas principal-mente por seu mau uso, incorreto desenho, mate-riais inadequados e errôneos critérios da eleiçãofundados geralmente no desconhecimento.

O avanço da ciência e da tecnologia tem per-mitido a confecção de um calçado adequado àsnecessidades e as diferentes exigências as que sevêm submetidos nossos pés, já sejam desde oponto de vista esportivo e/ou do uso diário.Tendo ao alcance das mãos a possibilidades deescolher, entre um sem numero de marcas, cus-tos, utilidades, benefícios e rendimento.

Por ultimo poderíamos dizer que em nossopaís, não existe informação suficientementeexplicativa que nos permita fazer uma corretaavaliação da qual será o calçado mais apropria-do para tal ou qual atividade, e que pareceria quedita eleição esta regida pela moda, classe sociala que se pertence ou pretende pertencer e fun-damentalmente aos custos.Mas em linha geral ahora de escolher a indumentária esportiva, aferramenta fundamental como é o calçado ficarelegada a um segundo plano, como se fosse umobjeto meramente decorativo.

Em função deste tema temos por exemplo pes-soas que praticam paddle com calçados aptaspara corrida, o pessoas que correm com os tênispara "futebol de salão", e assim um sim numerode casos, que o único que fazem e gerar todo tipode lesões já sejam articulares, ligamentosas,musculares, etc., nem que falar daqueles calça-dos de saltos altos e estreitos os quais modifi-cam a estrutura dos pés, trasladando os pontosnaturais de apoio e gravidade. Esta modificação

Introdução

Os pés, elementos de nossa anatomia, funda-mentais para o desenvolvimento diário de nossasatividades cotidianas.

Sem eles não poderíamos transladarmos deforma normal a nenhuma parte, são os que nospermitem caminhar, correr, saltar, dançar, nadar,dirigir, andar de bicicleta, trepar nas arvores,etc., podemos dizer sem temor a equivocarmosque o pé é um órgão vital para a pratica esporti-va e que qualquer alteração em sua morfologiapode diminuir seu rendimento.

Sua estrutura permite a través de seus arcos,(arco plantar e arco metatarsiano), distribuir ascargas e/ou o peso do nosso corpo em formauniforme a aqueles lugares de sua anatomia pre-parados a tais efeitos.

Como dato acessório basta recordar que aoestarmos parados descarregamos 1 vez nossopeso, ao caminhar 1,1 vez nosso peso, ao correr2,5 vezes nosso peso e ao saltar dito valor seeleva a 6 vezes nosso peso.

A podologia a través do tempo tem permitidoestabelecer por exemplo três tipos de pe, aosaber:

- Pe grego: o dedo gordo ou hallux sobressaicomo o mais largo seguindo-lhe o resto dosdedos de forma proporcional com respeito aolargo dos mesmos.

- Pe egípcio: em este caso o dedo mais largo eso segundo, o seguinte ao dedo gordo ou hallux.

- Pe quadrado: todos os dedos do pé apresen-tam uma uniformidade com respeito a seu largo.

Podemos dizer que grande parte da patologiado pé deve catalogar-se entre as chamadas doen-ças da civilização ao levar implícita a obrigaçãode caminhar pelo terreno liso e duro e não porterrenos naturais como seria ideal para a estru-tura e morfologia de nossos pés

Alguns estudiosos do tema dizem que nossosantepassados, que andavam geralmente descal-ços, desconheciam os transtornos como porexemplo o pé plano.

Assim mesmo acham que no futuro, ditas ano-malias serão generalizadas devido ao predomíniodas superfícies lisas e duras e, também, á utili-zação de um calçado inadequado.

Este fato nos leva, em muitos casos, a produzirum desequilíbrio e uma atrofia de músculos e

O Calçado Esportivo.

Sr. Fabián D. Piatti. Entrenador, Preparador Físico. Argentina.

Trabalho apresentado como monografia do ultimo ano do professorado de Educação Física.

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movimentos do pé estão controlados por os mús-culos da perna.

Para que servem os pés ?

Manter o apoio necessário de todo o corpo aoestar de pe, andando ou correndo é a caracterís-tica mais importante dos pés.

Sua forma arqueada e especialmente articular,configura entre outras, duas importantes funçõ-es:

- Absorver e amortecer as vibrações e golpesque se produzem a cada passo.

- Ativar a circulação sanguínea ao comprimissee contrair-se pelo peso do corpo ao dar o passo.

Se nossos pés fossem planos, e dizer pouco ounada arqueado, ou cavos com muito arco, o riscode sofrer danos nos joelhos, cadeiras e coluna,seria mais elevado.

Quando caminhamos nossos pés suportamuma pressão de ate 50 K/cm2, em corrida 2.500K/cm2. Daí a importância de sua arquiteturapara suportar tão enorme trabalho.

Industria do calçado

Refere-se à fabricação de todo tipo de sapato,tênis, bota ou sandália, que serve para cobrir ouproteger o pé. Se sole agrupar na mesma ramaque a industria da confecção, já que boa partedela se integra no complexo da industria damoda. É freqüente que os parâmetros da modapara produção de prendas de confecção incorpo-rem também o calçado em suas estratégias devenda, ao ser cada vez mais habitual que as fir-mas do setor apresentem uma oferta ampla detodo tipo de complementos.

A industria do calçado nasce com a mesmahumanidade, pois se tem noticia desde o paleolí-tico superior da existência de técnicas de trata-mento de peles de animais para elaborar pren-das e calçados. A tecnologia empregada pelosprimeiro seres humanos foi refinada, e já naidade antiga apareceu a oficina de fabricaçãoartesã.

Em tempos do Império Romano se consolidaum tipo de oficina na que um ou vários mestresartesãos, junto com alguns novatos, produziampara o mercado local, servindo a mesma oficinacomo ponto de venda.Com diversas variações,esta foi a base produtiva que se manteve ate oséculo XIX.

No século XVII apareceram algumas grandesfábricas, especialmente na França, protegidapela coroa e orientada a parte de luxo.

Outro modelo organizativo do setor, tambémusual desde o século XV, foi à articulação da pro-dução em pequenas oficinas que trabalham para

não só afetara os pés, senão que repercutira indi-retamente em joelhos, cadeiras e colunas.

Este fato pode provocar parte de uma grandeinstabilidade, lesões como torceduras, entorses,rupturas de ligamentos e incluso fraturas. Os cal-çados com saltos geram moléstias leves ou seve-ras nos pés, inchaço, até problemas nos ossoscomo são os joanetes, dedos em martelo, calos,calosidades e, incluso, dor nas costas.

Este tipo de calçado afeta o calcanhar deAquiles e cria uma pressão excessiva na partedianteira do pé. Segundo os expertos, andarsobre saltos leva o corpo para frente e obriga osdedos e o ante pé a suportar todo o peso, provo-cando dor e dano nestas extremidades.

Ao longo desta pequena investigação tratare-mos de colocar algumas informações que permi-ta uma melhor e adequada eleição do calçado.

Descrição do pé

Está constituído por 26 ossos, 33 articulações,19 músculos, numerosos vasos sanguíneos, ner-vos e mais de 100 tendões, que são os elemen-tos que permitem aos pés realizar seus seismovimentos fundamentais: flexão, extensão, adu-ção, abdução, pronação, e supinação.

Mas a qualidade que mais surpreende destaestrutura tão dinâmica e sua capacidade paraadaptar-se comodamente a todos os terrenosque pisa. E esta faculdade se deve, possivelmen-te, as complexas interações bioquímicas que seproduzem entre as diferentes articulações e osmúsculos que enlaçam o pé e a perna.

O calçado permite que esta adaptabilidade dospés se incremente, ainda que também a umsuposto aumento ou exacerbação dos problemasque sofrem os pés: roçaduras, inchaço, calos,calosidades e infecções por fungos.

Dizem os que sabem que o pé e uma obra demestre, concedida para andar sem calçado esobre qualquer terreno, mas também e o órgãoque pior tratamos.

Com respeito a sua composição podemos agre-gar que o talão e o dorso do pé está formado porsete ossos tarsianos curtos e grossos; cincoossos metatarsianos paralelos que formam aparte frontal do peito do pé e se estende ate aparte dianteira do pé para formar a eminênciametatarsiana.

Os dedos estão constituídos por quatorze falan-ges menores; o hallux tem dois e os demais temtrês cada um. Todo os ossos estão conectadosatravés de bandas de tecido que recebem o nomede ligamento; o ligamento plantar se estendedesde o osso do peito do pé ate os metatarsianose mantém a todos os ossos em seu sitio. Os

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O calçado esportivo na atualidade

Maneira correta de caminhar e calcar.

Em linha geral podemos dizer, para adentrar-mos de a pouco no tema, que:

- Os pés devem estar paralelos entre si.Tantoquando se esta de pe, como ao caminhar osdedos dos pés devem estar dirigidos diretamen-te para frente. Colocar os pés com as pontas diri-gidas para fora debilita o arco dos pés

- O calçado tem que ter salto largo e não muitoalto. Na cidade e preferível que tenha uma tampade borracha, para que diminua o golpe sobre opavimento duro.

- A borda interna do calçado apresentará emsua parte interna uma linha reta desde o calcan-har ao hallux, para não obrigar a este se desviarpara fora, o que pode favorecer a aparição de um''joanete'' ou Hallux Valgus.

- O cumprimento do calçado será aproximada-mente de 1 a 1,5 cm maior que o pé devendomediar esse espaço entre as pontas do dedogordo e do segundo dedo até a ponta do calçado.

- A largura e a altura da ponta do calçado temde ser modo que permitam mover livremente osdedos dos pés.

- A sola não tem que ser tão grossa ou tão duraque limite os movimentos normais do pé.

- O calçado se adaptara exatamente ao calca-nhar e a dorso do pé.

Tenhamos em conta que para facilitar o acoplepé-calçado se recomenda não estrear o esportivoo dia da competição.

Quando adquira o calçado valore o amorteci-mento, o contraforte, o desenho do solado esegundo o terreno e o esporte a praticar.

Também e certo que se observam alguns errosno material do calçado produzidos em ocasiõespor um desgaste o fadiga prematura dos mate-riais utilizados ou simplesmente se trata de cal-çados de baixa qualidade ou copias.

Tenhamos em conta o seguinte:- Controle de quilometragem: A vida útil do cal-

çado esportivo oscila entre 800 a 1500 km.- Desgaste da sola: Se apoiarmos bem o pé a

parte que mais devera desgastar-se e a traseiraexterior, é dizer aonde apoiamos o pé.

- Despegue da sola: Se o calçado não e de boaqualidade a sola tem a descolar.

- Endurecimento do material: o que faz queperda a absorção dos impactos.

Hoje na atualidade existe no mercado umaampla variedade de calçado para a pratica espor-tiva, e que se adaptam a nossas necessidadesem quanto tamanho, gostos, preferências, tipo

um comerciante, que proporcionavam subminis-tros e compravam o produto acabado.

Estes sistemas desapareceram atrás da revolu-ção industrial. Desde o começo do século XIX segerava o modelo de fabrica, tal como se conheceagora. O processo de produção se organizava, eiam incorporando sucessivas melhorias tecnoló-gicas, entre as que cabe destacar: maquinas cor-tadoras cada vez mais precisas, que permitiamaproveitar melhor as matérias primas; sistemasde curtido com dissolventes químicos, que mel-horavam a qualidade dos materiais; a agulha deacero, que solucionava o estrangulamento docosido, e as colas do tipo sintético, que baixavamos custos e melhoravam a resistência do produtoacabado.

A crise econômica da década de 1970 afetou aesta industria de forma grave. Nos paises desen-volvidos, os custos de produção, e de maneiraespecial do trabalho, se encontravam a níveisque impossibilitavam sua competitividade.

No mercado mundial alguns paises menos des-envolvidos tinham obtido crescentes vantagensgraças à incorporação de tecnologias muitoestandardizadas e ao uso da mão de obra debaixo custo, por que o setor se encontrava emrecessão.

A primeira resposta foi um recrudescimento doprotecionismo, o que contribuiu a generalizar acrise e parou o crescimento do comercio interna-cional. Esta situação se manteve durante bastan-tes anos, e só as sucessivas rondas de AcordoGeral sobre Aranceles e Comercio tem permitidoir reduzindo as travas arancelarias.

A resposta em longo prazo da industria temsido uma reorganização internacional da produ-ção, na que os paises mais desenvolvidos temretido a fabricação de produtos de alta qualidadee desenho inovador, muito ligados a industria damoda, enquanto que em outros paises trabalhamuma industria de baixo custo para mercados degrande extensão.

Existe um terceiro nível de empresas, aquelasde qualidade e desenho intermédios, que perma-necem nos paises desenvolvidos burlando as nor-mativas laborais que elevam os custos. São par-tes de um extenso conjunto de atividades que sedenominam economias submergidas.

As empresas submergidas solem contar comgrandes oficinas familiares que dependem deuma empresa que compra o produto terminado,ao que coloca sua marca. Incluso firmas de pres-tigio recorrem a este procedimento.

Ate aqui um pequeno resumo, a modo do pre-âmbulo para entender um pouco mais do porquedevemos escolher bem a hora de calçarmos pararealizar qualquer atividade, que em definitivaredundara em uma melhor qualidade de vida.

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nos produtos pela atividade esportiva.Cada marca no mercado tem patenteado um

modelo diferente, pelo que na atualidade se apre-ciam câmeras de ar num só compartimento oucompartimentadas, permitindo assim distribuiras cargas de forma gradual de acordo a posiçãodo pé.

Existem calçados com câmeras de ar no talãoe na altura do metatarso, o qual proporcionauma maior conforto e versatilidade. A tecnologiaatual tem permitido a comunicação entre ascâmeras de ar, que algumas marcas tem paten-teado como sistema ''dmx'', permitindo estamaneira que a câmera que esta recebendo oimpacto translade de forma paulatina a massade ar ate a outra câmera produzindo um maiorefeito de ''amortecimento''.

O calçado a escolher deve permitir uma venti-lação adequada do pé aos efeitos de evitar umatranspiração excessiva, ademais deve adaptar-seao pé e não o pé ao calçado, e se ajustara aomesmo de forma firme e segura, por meio decordões ou sistema ajuste por velcro, sem difi-cultar a correta circulação sangüínea da zona epermitindo a sua vez uma mobilidade interna talcomo se explicara neste artigo.

Existem calçados para cada esporte em parti-cular, por exemplo: calçado para corredores a

campo travessa, com duas zonas demoderação de movimentos na partemedia do pé e calcanhar com materiaisespeciais (Duratoe) para evitar desgasteprematuro na ponteira, calçado paracorredores profissionais e semiprofissio-nais, calçado para profissionais do skate,da bicicleta, com reforços específicospara maior durabilidade e resistência aodesgaste, solado antiderrapante, calçadopara treinamento em pista, etc, etc.

Os materiais dos quais se compõem oscalçados são variados, segundo as neces-sidades. ¤

de esportes, moda, etc.O calçado é um dos temas que mais devemos

ter conta na hora de investir em indumentáriaesportiva, já que uma eleição correta nos evitarauma serie de transtornos físicos e será positivoem nossos lucros atléticos.

A eleição do calçado deve fundamentar-se prin-cipalmente no tipo de esporte que se deseja pra-ticar.

Existem na atualidade calçados que se adap-tam as diversas circunstancias geradas pela pra-tica esportiva.

Temos então, por exemplo, que em esportestais como basquete, vôlei, paddle, etc., o calçadoa utilizar terá no solado, na altura dos metatar-sianos, marcadas circunferências.

Desta maneira o pé de apoio rota para amboslados sem demasiada oposição, evitando lesõesleves ou graves, no tornozelo, joelhos, cadeira, etc.

A maioria dos esportes são geradores deimpactos de diversas magnitudes que repercu-tem sobre nosso corpo, motivo pela qual o calça-do tem que ter o que se conhece como ''câmerade ar'', atuando a modo de amortecedor, situadana base do calçado entre a palmilha e o solado.

Principalmente, dita câmara, se situa imediata-mente por debaixo do talão conformando um''colchão de ar'' que absorve os impactos exter-

BibliografíaNuevo tratado medico Dr. Marcelo a

Hammerly segunda edición (1954) sud-americana pag.476-480.

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(www.calse.com).

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