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    A Maonaria

    A relig io por trz da fratern id ade

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    ZOROASTRO

    ZOROTUSHTRAZARATHUSHTRAZARATUSTRA

    No decorrer do final do sc. VII e no incio do sc. VI a.C. Zoroastro reformou areligio que os antigos Iranianos tinham herdado de seus antepassados Indo-

    Iranianos (cerca de 1500 a.C.). Ele viveu e ensinou entre as tribosseminmades do que atualmente o nordeste do Ir, longe de todo o contatocom a civilizao das cidades da Babylonia e da parte ocidental do Ir.

    A religio que ele pregou espalhou-se por todo o Ir e por outros pases, einfluenciou o desenvolvimento posterior do Judasmo, do Cristianismo, eambm o pensamento Grego e Islmico. Os Parsis da ndiapersas queemigraram para a ndia, pressionados pelos muulmanos - conservam viva, athoje, a sua religio.

    O PROFETA

    Zoroastro a forma Grega do nome Zarathustra no antigo idioma Iraniano. Deacordo com a tradio Iraniana, ele viveu 258 anos antes da conquista daPrsia por Alexandre Magno em 330 a.C. Considerando que Zoroastro tinha30 anos quando teve a sua primeira viso, considerando tambm que elecomeou a sua pregao aos 40 anos e que ele converteu o Rei Hystaspesdois anos depois, pode-se determinar que Zoroastro viveu no perodo de 630 a553 a.C.

    Zoroastro reformou e sistematizou o antigo e tradicional politesmo Iraniano,dando-lhe uma base tica e moral. Ele pregou no s a reforma religiosa comoambm a reforma das condies sociais que prevaleciam na poca. Comfreqncia denunciou a desorganizao do nomadismo e lutou pela fixao dohomem terra, introduzindo a prtica da agricultura.

    Em sua pregao, Zoroastro foi bastante combatido pelos sacerdotes dosantigos cultos e seus seguidores, a quem ele acusou de seguidores dodemnio. Embora no se conhea muito de sua vida, pode-se afirmar queZoroastro foi uma figura histrica e no um mito criado pelas lendas populares.No Zend Avesta, de sua autoria, Zoroastro proclama uma nova filosofia de vidaque reflete as esperanas e as dvidas, os medos, os dios e os triunfos deuma personalidade marcante.

    Aps a sua morte, apareceram vrias lendas ligadas ao seu nome. Uma delas,por exemplo, dizia que a Natureza festejou o seu nascimento, enquanto que osdemnios, que percorriam o mundo em forma humana, fugiram para debaixoda terra. Tambm se dizia que Zoroastro j nasceu rindo, alm de ter falado

    com Ahura Mazda (o grande deus) e seus anjos, e de ter repudiado Ahriman (odemnio) que o tentou. Zoroastro foi o modelo para todos os sacerdotes e

    guerreiros, sendo tambm insupervel na medicina e em todas as artes. Asprincipais fontes destas lendas so os textos Pahlavi, do sc. IX a.C. e asSelees de Zatspram.

    No Ocidente, tambm foi grande a reputao de Zoroastro, de quem se diz tersido mestre de Pitgoras. Inmeros foram os livros, escritos em grego,atribudos a Zoroastro. Estes livros versavam sobre cincias naturais,astrologia e magia. Tanto os Judeus quanto os Cristos identificaram Zoroastrocom alguns de seus prprios profetas, incluindo Ezequiel e Baruch.

    Durante toda a Idade Mdia ele foi conhecido na Europa apenas como mago.Foi somente no final do sc. XVIII que emergiu uma nova imagem deZoroastro, devido ao de estudiosos europeus, liderados por A.H. Anquetil-Duperron. No sc. XIX Nietzshe, visceral inimigo da Igreja Catlica, em suaobra Also sprach Zarathustra (Assim falou Zaratustra), para atingir seusobjetivos literrios e filosficos, mudou a doutrina de Zoroastro, mostrando-ono como um dos primeiros grandes moralistas, como efetivamente foi, mascomo o primeiro dos imorais.

    A RELIGIO POCA DE ZOROASTRO

    A religio Indo-Iraniana da poca de Zoroastro era politesta e bastanteinfluenciada pelos Vedas da ndia. Mitra e Varuna eram alguns dos deusesadorados pela populao, que era dividida em trs classes: os governantes esacerdotes, os guerreiros e o povo. E cada uma destas classes tinha os seusprprios deuses. A classe alta praticava rituais que incluam o sacrifcio de boise a ingesto de uma bebida sagrada, feita com uma erva chamada soma e queprovocava sensaes de imortalidade e vises do Nirvana (esta bebida bastante citada por Bertrand Russel na obra Admirvel Mundo Novo).

    Zoroastro rejeitou o culto de todos estes deuses, exceto um, Ahura Mazda que,em lngua Parsi significa Sbio Senhor. Este deus j era cultuado na 3.pocade Dario I (522-486 a.C.) A origem do demnio explicada da seguintemaneira no sistema de Zoroastro: no inicio da Criao havia dois espritosgmeos, filhos de Ahura Mazda, que escolheram entre o bem e o mal. Um,

    Ormuzd, escolheu o bem; ele associado verdade, justia e vida. Ooutro, Ahriman, a Mentira, escolheu o mal e associado destruio, injustia e morte.

    De acordo com Zoroastro o fim do mundo estaria prximo e somente oscrentes renasceriam para uma nova vida imortal. At que isto acontecesse asalmas dos mortos atravessariam a Ponte do Recompensador de onde asalmas boas seriam encaminhadas ao paraso, e as ms seriam enviadas aoinferno para se purificar pelo fogo, de modo a prepar-las para a RenovaoFinal do Mundo. Em relao aos rituais, Zoroastro condenava tanto ossacrifcios de sangue, (animais eram imolados, principalmente o boi) quanto osacrifcio da ingesto do soma. Ele manteve o sacrifcio do fogo, queconsiderava o smbolo da Verdade e da Ordem. Aps a morte de Zoroastro a

    sua religio expandiu-se vagarosamente para o sul, em direo ao que agorao Afeganisto, e para o oeste, na direo dos Medas e dos Persas.

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    OS PRINCPIOS TICOS E MORAIS DE ZOROASTRO

    Zoroastro ao nascer, ao invs de chorar sorriu, de acordo com a lenda. Essahistria traduz muito bem a sua viso positiva e alegre do mundo e de seudestino. O antigo sistema de pensamento de Zoroastro, com todos os seusdesdobramentos filosficos, polticos e religiosos, continua atual em seusdesafios e em sua surpreendente abertura para a renovao. A busca deZoroastro comeou como a de muitos dos profetas de ento e de agora.

    Chocado com as contradies da sociedade de sua poca e decepcionadocom as respostas dadas pelo meio pensante, ele decide fazer a sua prpriadescoberta. Contudo, a sua busca diferente das dos outros, por no ter comodesencadeante o problema da morte, mas o do estado de convivncia socialinjusto de seu tempo.

    interessante notar, desde logo, que ele comeou fazendo perguntas eerminou descobrindo algo que o ajudou a fazer mais perguntas ainda, sem

    necessariamente acompanh-las com respectivas respostas. Zoroastrodescobriu o que queria, no como uma revelao e nem como coisa privativasua. Ele encontra o bvio, o que est escrito nas pginas da vida e que podeser lido por qualquer um. Ele uma pessoa comum que, no esforo de seuintelecto e na sensibilidade de seu esprito, consegue ver que este um mundobom, criado por um Deus bom e destinado a um estado de alegria radiante.

    Constatando isso, ele desenvolve uma proposta que tem tanto uma elaboraofilosfica como conseqncias prticas para a vida. A grande questo,colocada para ser resolvida por todos os sistemas filosficos e religiosos, obem e o mal, para Zoroastro se resolve dentro da mente humana. O bompensamento ou boa mente cria e organiza o mundo e a sociedade, o maupensamento ou m mente faz o contrrio. Cabe ao ser humano fazer umaescolha e ele tem o poder e a capacidade de faz-la.

    O Cosmo inteiro est a seu favor quando escolhe a boa mente, enquanto que am mente isola e, portanto, angustia quem por ela opta. Essa escolha feita no

    dia-a-dia da pessoa, em cada ao. Ningum pode fazer uma opo definitiva,esse um mecanismo dinmico e progressivo. Essa escolha no desencadeiaa salvao ou perdio de ningum, porque ela parte de um processo deaprendizagem contnuo, aberto e reformvel de acordo com o contexto. Com oprogresso de cada indivduo tambm progride o mundo, e assim acelerado oaperfeioamento do universo. O quadro s ser completado quando todosiverem chegado l, quanto todos estiverem no mesmo nvel de progresso.

    como numa orquestra; o concerto s possvel aps cada instrumento estarafinado. Alis, essa a organizao interna de todas as coisas em suasespecificidades. A perfeita condio de cada parte garante o perfeitofuncionamento do todo. Essa descoberta de Zoroastro levou a concluses

    inusitadas e revolucionrias. Acenou com uma nova organizao social e umanova religio. A religio baseada no medo do mistrio e no apaziguamento desuas foras atravs da magia e da expiao no fazia mais sentido. Ele

    descobrira a religio da alegria participativa. Admirada pelo do fato de serparceira de Deus em seu projeto para a humanidade, atravs de um processode livre escolha e de colaborao, a pessoa responde com o cultivo da BoaMente, de Boas Palavras e de Boas Aes. Essa a tica da responsabilidade.

    Esse esforo, que inicialmente individual e continuar a s-lo, recebe,contudo o poder transformador de Deus, que traz em si todas as virtudes:ustia, retido, cooperao, verdade, bondade etc. O poder transformador deDeus age no mundo em todos os setores e especialmente nas pessoas que lheabrem a mente. Ele incentiva e capacita o ser humano escolha e prtica do

    bem.As pessoas que vo descobrindo a capacidade que tm de fazer essa opovo se unindo na descoberta natural de que so parte de um todo magnfico,que se forma em parceria com Deus. Nesse sistema no h lugar de destaquea f ou para a crena. No necessrio crer; preciso saber e agir de acordocom o que se sabe. Temos aqui, ento, a religio do conhecimento. a razoque se sobrepe f e emoo.

    A viso de mundo de Zoroastro no coloca o ser humano como o centro, omotivo de ser do planeta. Ao contrrio, uma das tarefas dadas pelopensamento de Zoroastro que o ser humano ache o seu lugar no mundo deforma harmoniosa, de modo a no desequilibrar o seu meio. Reverenciar e

    proteger a terra, a gua, o ar e o fogo, alm dos outros seres viventes, umapreocupao constante que aparece no pensamento de Zoroastro. No hdiferena de raas ou de gnero em Zoroastro. O Deus descoberto porZoroastro no tribal e no tem um povo escolhido dentre os outros povos.Tanto o homem como a mulher pode tomar a liderana, mesmo nos ritosreligiosos.

    Talvez o que h de melhor em Zoroastro seja a abertura, quase desafio para seseguir adiante perguntando, descobrindo, mudando, e tudo isso, nummovimento dinmico de progresso. Nada est fechado numa ortodoxia oficial.Em seus cnticos ele faz 93 perguntas e as deixa sem respostas. Est ausenteali a arrogncia de dono de uma verdade esttica e acabada. E isso no trazinsegurana e sofrimento, antes, a certeza de que o que importa est alm e

    acima das idias. A doutrina de Zoroastro ensina a emancipao e a autonomiado indivduo. S a partir disso se torna possvel a descoberta do prximo comopessoa e, conseqentemente, a criao da comunidade. No h lugar nessaviso para qualquer anulao do ego. Ao contrrio, o ego reafirmado ecolocado como base do encontro com o prximo. Se sadio e bem amado, oego forte poderoso na capacidade de doao e desprendimento.

    A sociedade para ser organizada dentro desses princpios de livre escolha,da boa mente e da busca do bem de todos os seres. Os lderes tm que serescolhidos por serem justos e equilibrados. Zoroastro, apesar das dificuldadesque enfrenta em seu tempo e que, tambm desencadeiam a sua busca, no vo mundo como arruinado, do qual urge fugir e se possvel salvar alguns. Antes,o mundo uma obra em fase de construo, ao qual somos convidados a unircriativamente as nossas vidas. Essa viso de mundo provoca uma tica

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    diferente da que dominou o mundo ocidental, que recorre punio/recompensa como veculo principal de estmulo ou conteno.

    A prtica profunda desse pensamento na sociedade no teria criado umsistema judicirio com prises. O ser humano no est contaminado pelopecado, antes, pelo contrrio, capacitado para escolher a boa mente e paraconstruir um mundo diferente e melhor. Uma leitura de Zoroastro com essaabundncia de negaes no lhe faz justia. O contexto judaico cristo ondeestamos inseridos, porm, nos obriga a usar esses termos, pelo menos numprimeiro momento.

    Resgatado e atualizado, esse velho pensamento pode fornecer material para atica que precisamos nesse nosso tempo. Ele aberto, estimula oconhecimento e a pesquisa, ecolgico, inclusivo e pode ser tambm fonte deuma profunda e r ica espiritualidade.

    O PERODO SASSNIDA

    Com o incio de uma nova dinastia nacional Persa, os Sassnidas, em 224d.C., a religio de Zoroastro foi oficializada no pas. A sua hierarquia detinhaconsidervel poder poltico, e as outras religies (Cristianismo, Maniquesmo eBudismo) foram perseguidas. O Avesta foi compilado, editado e traduzido comcomentrios explicativos, em Pahlavi, dialeto de uma regio do centro da

    Prsia. A esta traduo comentada chama-se Zend. Da o nome Zend-Avesta,dado ao livro sagrado dos seguidores de Zoroastro.

    As ltimas obras do perodo Pahlavi informam que a religio de Zoroastroincorporou contribuies Gregas e Indus. As idias gregas podem seridentificadas nos mitos cosmolgicos; o mundo foi criado inicialmente noestado espiritual, uma espcie de Matria Prima no sentido aristotlico; e aorigem do mundo material atribuda condensao gradual do elemento sutil

    a Luzatravs de sucessivos estgios, comeando pela gua, depois pelaTerra e finalmente por todas as formas de matria densa. Durante o perodoSassnida prevaleceu no reino persa a doutrina de Mazda, ou mazdeismo.

    PERODO PS-CONQUISTA MUULMANA

    Sob o domnio rabe, a maior parte da populao foi forada a abraar o Islam,mas a religio de Zoroastro foi tolerada at certo ponto, conseguindosobreviver por mais trezentos anos. Entre os sc. IX e X da era crist, aperseguio muulmana levou os remanescentes do Zoroastrianismo a emigrardo Ir para a ndia, para a regio de Bombaim, no Hindusto. Os descendentesdestes Zoroastrianos foram os primeiros, na ndia, a receber a influnciaEuropia, tornando-se os melhores colaboradores dos ingleses, quesucederam os portugueses no domnio do continente indiano.

    No sc. XIX os remanescentes da religio de Zoroastro na ndia, chamadosParsis, retomaram o contato com os alguns remanescentes da mesma religio

    no Ir, os Gabars, formando atualmente as duas nicas comunidadespraticantes do Zoroastrianismo.

    A LITERATURA ZOROASTRIANA

    Esta literatura divide-se em duas partes: o AVESTA, trabalho original escrito naantiga lngua Iraniana chamada Avistak, e os textos escritos muito mais tarde,em lngua Pahlavi ou Persa, dialeto da regio central da Prsia. A palavra Zendsignifica interpretao e empregada para indicar a traduo e oscomentrios explicativos da maior parte do Avesta, existentes em lngua Persa.Da o nome Zend-Avesta - o Livro Sagrado da religio de Zoroastro.

    A COSMOLOGIA

    A Cosmologia de Zoroastro concebe a histria do mundo como um grandedrama dividido em quatro perodos de 3.000 anos cada um. Num passado dedurao infinita existiu Ormuzd, que era a Luz, e Ahriman, que habitava aescurido e as profundezas. Ao final dos primeiros 3.000 anos Ahrimanatravessou o vcuo que os separava e atacou Ormuzd que, percebendo que aluta s teria fim se fosse realizada com regras finitas, fez um pacto comAhriman, limitando a durao de sua luta. Ele ento recitou a Ahuna Vairya, aorao mais sagrada dos seguidores de Zoroastro. Ahriman, apanhado desurpresa, caiu no abismo onde permaneceu por mais 3.000 anos, Durante esteperodo Ormuzd fez a Criao dos seres, os espirituais em primeiro lugar, e emseguida a criao material correspondentecu, gua, terra, plantas. Em

    seguida, ofereceu s almas pr-existentes a escolha entre permanecer parasempre como energia pura, como espritos, ou encarnar no mundo fsico demodo a assegurar o seu triunfo sobre Ahriman; eles escolheram nascer ecombater. Nesse meio tempo, Ahriman gerou seis demnios e uma criaomaterial oposta dos seres criados por Ormuzd.

    No final do segundo perodo de 3.000 anos Ahriman, instigado pela MulherPrimordial, a Prostituta, atacou o cu e corrompeu a criao de Ormuzd. Noterceiro perodo, Ahriman triunfa no mundo material, mas incapaz de escapardele. Enganado por Ormuzd, ele sentenciado sua prpria destruio. Oincio do ltimo perodo testemunha a chegada da religio na Terra e onascimento de Zoroastro. O final de cada perodo de 3.000 anos marcado

    pela vinda de um salvador, sucessor e filho pstumo de Zoroastro. O terceiro eltimo salvador, Saoshyans, realizar o julgamento final, dispensar a bebidada imortalidadeo soma - e ser o porteiro do Novo Mundo, ou Paraso. Seroento passados os quatro perodos de 3.000 anos.

    De acordo com esta Cosmologia, tudo isto acontecer ao final do ltimoperodo, 3.000 anos aps o nascimento de Zoroastro, isto , daqui a 368 anos.

    Os sistemas religiosos predominantes atualmente so o resultado de umsincretismo, de uma mistura de religies antigas, em sua maioria j extintas.Saibamos extrair de cada uma delas o que de melhor tm ou tiveram.O resumo nos mostrar que a Lei de Talio sempre destri e que s o Amor

    constri.

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    OBRAS CONSULTADAS

    Os Grandes Livros Misteriosos - Guy BechtelZoroaster - Ordem do Graal na Terra

    A Doutrina SecretaH.P.Blavatsky Volume IV

    Grande Dicionrio de Maonaria e Simbologia

    Nicola AslanO Livro de Ouro da Mitologia - Thomas Bulfinch

    ANTNIO ROCHA FADISTAM.'.I.'., Loja Cayr 762 GOERJ / GOB - Brasil

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    MAONARIA

    Uma Loja Justa e uma Irmandade buscando

    Perfeio.

    Adentrar as peculiaridades de qualquer rea do pensamento humano algomuito complexo, porm no impossvel, que exige uma certa dose de

    trabalho, dedicao, e, acima de tudo, prudncia e humildade para evitar osabsurdos que muitas das vezes fazem parte de nosso cotidiano.Lembramo-nos do Filsofo que na sua imensa Sabedoria nos deixou aclebre mxima ... apenas sei que nada sei -Scrates-; que tal carter sejauma constante naqueles que se propem a compilar pensamentos (hajavista que nada se cria, tudo, mesmo que em ngulos diferentes, j foraexpresso) e apontamentos que possam ser teis para parte daqueles que deuma forma ou outra venham a ter acesso. Claro nos queda que a base doPensamento Manico encontra-se ancorada na questo de ordem tico-moral; farta nos a Literatura a respeito, contudo, passvel de muitosquestionamentos; tal situao repousa na base dialtica que o assunto em si

    nos oferece. Tambm, haja vista a dinmica do ser humano, com aextraordinria beleza da diferena em si e por si (por sinal, muito nos necessrio o aprendizado visando o adequado gerenciamento) os valoresso, em ltima instncia, relativos. Contudo, mesmo longe estando aunanimidade quanto questo, correto admitir que tais valores (tico-moral) foram, so e, qui, sero universais.

    Da a necessidade dos Iniciados buscarem, cada vez mais, o aprendizado;contudo, como muito bem relata o L\ da L\, em Eclesiastico, a Sabedoriaexige temor ao G\A\D\U\ e tal temor traduz-se em uma materializaodaquela base tico-moral. Partindo dessa premissa, cremos ser necessrio

    buscarmos fontes com dados suficientemente capazes de a ns propiciarbalizamento a seguir. Indiscutivelmente o L\ da L\ essa fonte, contudo,outras de imenso valor encontram-se nossa disposio, felizmente, frutodo rduo trabalho de iluminados Iniciados ou no.

    Nossa disposio, nesse momento, se traduz nica e exclusivamente emcatalogar, de maneira mais ou menos disciplinada (necessrio aquimencionar, por ser oportuno e justo, bem como visando evitarconstrangimentos futuros, que em grande parte no passar de uma meracpia das literaturas utilizadas), por ser a perfeio de difcil alcance,informaes que possam servir ao aprendizado daqueles que de fato oalmejam; no entanto, as compilaes sero feitas aleatoriamente, levando

    em considerao, apenas, as fontes bases para tal. Da que, fazendo umareflexo quando da leitura de Filosofia da Maonaria apresentada aomundo manico pelo Ir\ Dr. Giuliano Di Bernardo, achamos por bemsacar parte de sua essncia compilando-a, a saber: ...ser Maom,especialmente no Grau de Mestre clama, entre outras coisas, a tonecessria (porm pouco exercitada) Reflexo Filosfica; tal reflexo temum forte enfoque na Metafsica (teoria do conhecimento, da lgica, daesttica, da tica), considerando, tambm, a cincia, a histria, o direito, a

    poltica, a religio como disciplinas que a complementam. Contudo, tem a

    Reflexo Filosfica um objetivo em especial: O homem.; da resulta aAntropologia Filosfica, traduzindo na ...concepo do homem segundo o

    ponto de vista filosfico. Contudo, para efeito didtico, facilitando oentendimento, Ir\ Di Bernardo dividiu a Antropologia em Religiosas eLaicas, Exclusivistas e No exclusivistas, definindo-as da seguintemaneira: ...uma Antropologia Religiosa quando estuda o Homem comrelao a Deus, considerando-o como Criador; Laica quando se define anatureza do Homem excluindo tal relao com o Ser Divino. Exclusivistaquando tem por base um conjunto de valores especficos e, NoExclusivista quando esses valores so comuns (ou seja, valores que

    pertencem prpria antropologia quanto a outras). A Antropologia

    Religiosa, em decorrncia de tais conceitos, tem um carter Exclusivistahaja vista aceitar somente aqueles valores que lhe so especficos (dareligio enfocada ou tida como referencial); em decorrncia disso, talantropologia (religiosa) torna-se inconcilivel com qualquer outra(caracterizada por outros valores). Por certo, a Antropologia Laica, pela sua

    prpria natureza, apresenta um carter pouco exclusivista, j que se baseiaem valores comuns a diversas antropologias (nesse caso, os valorescompartilhados, que fazem parte de seu ncleo, so precisamente osvalores comuns). Da a concluir que a Antropologia Manica Laica e

    No Exclusivista; Laica por no reconhecer o ato criativo do Homem porparte de Deus e No Exclusivista como se ver a posteriori. Muito

    interessante nos saber que a Maonaria no tem por papel dar respostas atodos os apndices de que a filosofia, via de regra, se ocupa. Ela, emcontraposio, oferece uma ...precisa filosofia prtica concernente aoHomem, sua natureza e as suas finalidadesou seja, uma determinadaantropologia que trata de definir os elementos constitutivos dos maons. AAntropologia derivada de uma Religio sendo Total difere da Manica

    por s-la Parcial (poder o Maom individualmente integrar umaAntropologia Total ou Parcial, em funo da sua determinao); mister sefaz dizer, aqui, que a Antropologia Manica Parcial advindo do enfoqueque a Maonaria d aos aspectos ticos (os demais sosecundrios/complementares e subordinados aos primeiros). Importante

    salientar o pensamento do Ir\ Di Bernardo quanto questo, onde diz ... a

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    Antropologia Manica , por conseguinte, uma matriz de antropologiasdiversas, mas todas convergentes para uma mesma Imagem Moral doHomem. Como dito, a Maonaria prima pelo aperfeioamento tico do

    Homem no limitando, contudo, a Antropologia a esse fator (tico);certamente se assim fosse daria a impresso de ser o PensamentoManico imanente e materialista. No entanto, outros fatores soconsiderados e servem como base do e para o Pensamento Manico Da,vem o uno do Pensamento Manico, que evita possveis msinterpretaes, que focaliza e introduz a idia da Transcendncia,

    representada na escola manica pelo G\A\D\U\, esse representando afuno especfica de garantir a objetividade dos valores compartilhadossubjetivamente, a partir dos quais temos a origem da idia deaperfeioamento tico do Homem.

    Dada a Introduo, seguindo o pensamento do autor em questo, Gr\M\ daGr\ Loj\ Regular da Itlia, Filsofo e Professor da Universidade de Trento,Provncia de Pdua, Itlia, imperioso definir a Metodologia dos EstudosManicos e o Objetivo desses estudos. Dito antes fora que aAntropologia Manica encontra-se definida como Parcial, advindo daBusca dos valores ticos, piv que a norteia; entretanto, tal busca se efetuasegundo modalidades Iniciticas, cuja metodologia encontra-se centradaem Rituais e Smbolos (esses sim, grifa-se, conferem Maonaria acaracterizao tpica de uma Sociedade Inicitica). De maneira muitopeculiar Ir\ Di Bernardo conclui tais reflexes introdutrias, definindo aMaonaria como sendo ...uma concepo do homem que procura asfinalidades ticas orientadas pela Transcendncia, segundo modalidadesiniciticas, sendo, portanto, um sistema particular de Moral, velado porAlegorias e ilustrado por Smbolos. Uma faceta importante apresentadapelo Ir\ em questo, em seu precioso trabalho, quanto a ConcepoManica do Homem, sendo ela de tendncia Universal, diferente da

    religiosa que rene apenas aqueles que professam o mesmo cerneideolgico/dogmtico. Em se tratando de Maonaria observamos acomunho de indivduos que pertencem a diferentes antropologias,realizando a universalidade (modalidade de associao) e evitandoconflitos entre os que a aderem. Tal fato possvel em decorrncia daTese Filosfica do regularismo no exclusivo base da qual a sociedadedos Maons constituda; no entanto, tal homem tem em comum aAntropologia Parcial (representada pelo fundamento tico), podendo,entretanto, serem integrados em outras Antropologias (inclusive areligiosa); tais maons podem, no a Maonaria, assumirem umaAntropologia Total. Da decorre que se a Maonaria se caracteriza pela

    busca de fins ticos dentro de um marco antropolgico tendente universalidade, seu objetivo principal no pode ser alcanado sem um

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    profundo conhecimento do homem em suas diversas e concretasmanifestaes, afirma o Ir\ Di Bernardo. Importante se faz saber que aMaonaria funda-se na tarefa de relacionar sua prpria concepo dohomem com as diversas situaes da histria, tanto passada quantopresente; desde sua refundao moderna, no ano de 1717 da E\V\, quandoquatro Lojas da Inglaterra se uniram visando formao da Grande Loja

    Inglesa, a Maonaria tem desempenhado importante papel de protagonistanas vissitudes humanas; frisa-se, por ser oportuno, que entendida comosociedade inicitica, pode junto ao seio manico existir ou no dedicaopoltica e/ou social, cabendo, entretanto, reafirmar que a finalidade quepersegue no essa. Somos favorveis afirmao do Ir\ Di Bernardoquanto ao fim da Maonaria nos dias atuais, onde diz ser o de ...dedicar-se ao conhecimento desse mundo em seus aspectos mais significativos:

    cientficos, tecnolgicos, econmicos, polticos, sociais, religiosos eespirituais Mas, para no se desviar do seu verdadeiro propsito,materializando-o junto sociedade de maneira justa e perfeita, deve-aexercer a autoridade moral que lhe prpria, considerando o modelo deaperfeioamento do homem (derivado de sua antropologia);consequentemente poder a Maonaria desenvolver uma funo real eprecisamente aquela que lhe prpria, e que consiste no ...aperfeioamento material, moral e espiritual do homem!

    A G L A a Tua Arte Poderosa para sempre, Senhor!

    Ir\ Giocondo Vale

    Aug\ e Resp\ Loj\ Simb\ Pedreiros de Machado n. 27

    Or\ de Machadinho do OesteRO.

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    Rito Escocs Antigo e Aceito - REAA

    R.E.A.A. retificado

    Rito Brasileiro

    Rito Schreder - livro

    Rito Moderno ou Francs - Acrobat Reader

    Rito de York

    Rito Adonhiramita

    Ritos Manicos:

    Se denomina de rito manico um conjunto sistemtico de cerimnias eensinamentos manicos, esses variam de acordo com o perodo histrico,conotao, objetivo e temtica dada pelo seu criador, os ritos hoje mais

    difundido no mundo so: O rito de York, o rito Escocs Antigo e Aceito, Orito Francs ou Moderno. No Brasil se exercem todos esses, mais se destacamtambm o rito brasileiro e o adonhiramita.

    Ritos (Caractersticas):

    Adonhiramita:Criado pelo Baro de Tschoudy, ilustre escritor, em Paris,

    Frana no ano de 1766, de carter mstico e cerimonial, atualmente s emfuncionamento no Brasil

    Brasileiro:Rito que se originou em 1878 em Recife, com o primeiro

    movimento manico brasileiro, ficou adormecido at que em 1976 poriniciativa de Lauro Sodr, Gro Mestre, deu o carter de regular, legtimo elegal para o rito. Este sofreu ainda atualizaes, para a sua forma atual.

    Escces Antigo e Aceito:Derivou-se do Rito de Heredon, em 1 de maio de

    1786 foram fixados as regras e seus fundamentos, composto at hoje de 33graus, atualmente o rito mais difundido nos pases latinos.

    Escces Retificado(1782):Como o prprio nome afirma,este rito consiste

    numa reformulao do R.E.A.A. e o objetivo era retirar um contedo poralguns considerado desnecessrios.

    Estrita Observna: Criado em 1764 pelo Baro Hund, com fundamento nasantigas "Ordens de Cavalaria".Era composto de 12 graus,esse rito deu origem

    aos ritos da Alta Observncia e o da Exata Observncia.

    Francs ou Moderno:A histria deste rito se inicia em 1774, com a

    nomeao de uma comisso para se reduzir os graus, deixando apenas ossimblicos, no princpio houve uma forte oposio, ento a comisso decidiu,

    deixar 4 dos principais graus filosficos, com o decorrer do tempo, lojasadotaram o rito, hoje em dia muito praticado na Frana e nos pases, queestiveram sob sua influncia.

    Heredom ou Perfeio:Iniciado em Paris, no ano de 1758.

    York (ou Real Arco): Acredita-se ter sido criado por volta de 1743, foilevado a Inglaterra por volta de 1777, inicialmente foi composto de 4 graus,hoje possui 13, atualmente o rito mais difundido no mundo.

    Mizraim ou Egpcio: Acredita-se ter surgido na Italia em 1813, e em seguidafoi levada a Frana por Marc, Michel e Joseph Bdarride, Mizr significa Egito

    em hebrico, e seus divulgadores afirmam ser derivado dos Antigos MistriosEgipcios, possuem 90 graus, dividido em quatro classes.

    Mnphis ou Oriental:Foi introduzido em Marselha(Frana) pelos MaonsMarconis de Ngre e Mouret, no ano de 1838, esse rito dirige seus

    ensinamentos como o de Mizraim para a tradio Egipcia, compes-se de 92graus, dividido em 3 sries.

    Mnphis-Mizraim: Rito criado com a reunio dos ritos de Mnphis eMizraim em 1899 no Grande Oriente da Frana.

    Mizraim-Mnphis: Rito criado com a reunio dos dois ritos, com conotaomais voltada ao Mizraim.

    Adoo:Criado pelo grande Cagliostro na Frana em 1730, e reconhecidopelo Grande Oriente da Frana em 1774, trata-se de um rito voltado de

    temtica egpcia, voltado para mulheres.

    Schreder: Criado por Frederick Louis Schoreder, em 1766 na Alemanha,com a idia de a Maonaria conter apenas a sua caractersticas fundamentaisiniciais, sem nenhum acrscimos, estudou muito as origens manicas paracompor este rito.

    Swenderborg: Criado em 1721 pelo Sueco Emmanuel Swenderborg, grandeiluminista, tesofo, filsofo, psiclogo, e fisico, e estudioso dos mistrios

    manicos desenvolveu este rito com oito graus, e deu origem posteriormenteaos ritos denominados de Iluministas.

    Ritos Manicos

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    O i

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    Origem

    A Maonaria tem seu

    incio nos cu ltos po li testasda Babi lnia an tiga

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    Smbolos e Respectivos Significados

    Esquadro: Significa a necessidade de o maom

    afastar-se de tudo aquilo cujo nvel esteja em desacordocom a Sabedoria, Fora e BelezaGrande Arquiteto

    Nvel: Ensina que todos os maons so da mesma

    origem, ramos de um s tronco e participantesda mesma essncia

    Prumo: o critrio da retido moral e da verdade,

    que ensina o maon a marchar, denviando-se da inveja, daperversidade e da injustia

    O C did t M it d I i i

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    O Candidato Maon e o rito de Iniciao

    O Profano: O candidato chamado de profano em razo de ainda noter encontrado a luz. Ao ser convidado para entrar na Maonaria a suavida investigada por membros de uma dada Loja. A Maonaria priorizacomo candidatos pessoas influentes na sociedade e que tenham boaformao acadmica

    Ritos: O profano comea por ser introduzido em um lugar retirado emque ele deve despojar-se de todos os objetos de metal que traga:

    dinheiro, decoraes, armas, jias, etc. Levam-no,em seguida, parama sala isolada, chamada Cmarade Reflexo. um lugar sinistro.

    As paredes so completamente negras e, como decorao, apresentamesqueletos, cabeas de mortos e lgrimas como as que se vem nascortinas funerrias. Vem-se, tambm, uma foice, um galo e uma

    ampuheta, todos de grande significado dentro da Maonaria.

    Se prese eras sers p rificado pelos Elementos sairs do

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    Se preseveras, sers purificado pelos Elementos; sairs doabismo das trevas e vers a Luz

    -Dito da Maonaria-

    Prosseguindo a cerimnia de iniciao, o nefito levado

    a desporjar-se de uma parte de suas vestimentas. A perna de

    sua cala erguida alto do lafo direito e a meia abaixada de

    maneira que o joelho direito esteja descoberto. O p esquerdo

    est completamente descalo. O brao esquerdo e o peito

    desnudo. O profano tem, novamente, os olhos vendados e

    conduzido para a porta da Loja que est fechada. Vai em buscada Luz

    A Maonaria como Religio

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    A Maonaria como Religio

    A Maonaria no , pois, uma simples instituiofilantrpica e social: uma cincia, uma filosofia,

    um sistema moral, uma religio- Estudos sobre a Maonaria Americana -

    A reunio de uma Loja Manica estritamente religiosa. Osdogmas religiosos da Maonaria so poucos, simples, porm

    fundamentais. Nenhuma Loja pode ser regularmente abertaou encerrada sem orao-The Freemason's Monitor-

    A Maonaria a religio universal porque abrange todas as

    religies e o ser enquanto assim fizer. por esta razo,unicamente por ela, que universal e eterna-Antiga Maonaria Mstica Oriental-

    O Politesmo Religioso e o meio

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    O Politesmo Religioso e o meiode Salvao na Maonaria

    A Maonaria aceita todas as crenas em qualquer deusNo entanto, definitivamente proibido qualquer menodos Ensinamentos de Cristo sobre a morte

    A salvao Manica fundamenta-se na prtica das boasobras que o homem possa praticar . Por isso a Maonaria

    estimula os seus adeptos a progredir at atingirem um padromoral tal que, ao morrerem, esteja em condies de habitar

    na glria

    Somente a Maonaria capaz de redimir a humanidade, meus irmos

    -Literatura Manica Contempornea-