Trabalho de Semio Caso Clinico Modificado

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO INSTITUTO DE CIÊNCIAS NATURAIS E TECNOLÓGICAS CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE CÁCERES “JANI VANINI” DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM Sindrome de Fournier DOCENTE : Prof.ª DISCENTES:

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síndrome de fournier

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSOINSTITUTO DE CINCIAS NATURAIS E TECNOLGICASCAMPUS UNIVERSITRIO DE CCERES JANI VANINIDEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

Sindrome de Fournier

DOCENTE : Prof. DISCENTES:

INTRODUOO presente estudo abordar o caso de um paciente da Clnica Cirrgica do Hospital Regional de Cceres Dr Antonio Fontes, que apresenta uma patologia Sndrome de Fournier.

SNDROME DE FOURNIER

Relatada pela primeira vez em 1764 por Baurienne e referida na literatura com uma rica sinonmia recebeu o nome de gangrena de Fournier em homenagem ao urologista francs Jean Alfred Fournier que a relatou com detalhes em trabalhos publicados em 1863 e 18642SNDROME DE FOURNIERPatologia infecciosa;Natureza polimicrobiana;Causada por bactrias: aerbicas e anaerbicas Grave e rara; Rpida progresso; Acomete a regio genital e reas adjacentes; Caracterizada por uma intensa destruio tissular, envolvendo o tecido subcutneo e a fsciaAgentes patognicosO principal agente isolado a bactriaE. Coli.,podendo, no entanto, ser causada por diferentes organismos anaerbicos, por enterobactrias, porestafilococose por estreptococos. PODE OCORRER Endarterite obliterante causando trombose vascular subcutnea e necrose de tecidos. Isquemia local e efeito sinrgico das bactrias. A necrose dos tecidos por sua vez, favorece a entrada de bactrias a reas previamente estreisPredisposio

Pode ser idioptica ou associada a fatores predisponentes;Trauma mecnico;Procedimentos cirrgicos;Imunossupresso;Diabetes;Alcoolismo;.Senilidade; Obesidade;Anormalidades no sistema urolgico e doenas colo-retaisAcomete ambos os sexos;A cada 10 casos em homens apenas um ocorre em mulher. Incidncia: 1 caso a cada 75.000 habitantes. A taxa de mortalidade em torno de 20-50% em todos os casos, porm quando tratamento no ocorre no incio da doena, essa taxa de 100%.MANIFESTAES CLNICAS

Febre;Sensibilidade e dor na regio afetada;Prurido;Eritema;Necrose;Ftido.DIAGNSTICO

Avaliao clnica e histria clnica completa; Exames laboratoriais (hemograma completo); RX (til para deteco de coleces gasosas nos tecidos;Culturas teciduais.TRATAMENTO

A conduta inicial a estabilizao do paciente desde o ponto de vista metablico (controle de glicemia), hemodinmico (lquidos e drogas vasoativas) e antibitico de largo espectro, seguido de desbridamento cirrgico amplo dos tecidos necrticos e desvitalizados.A sndrome de fournier e os seus transtornos podem ter um fim, basta que se busque por ajuda. Atravs de simples medidas e do uso de medicamentos todas as complicaes vo embora e a qualidade de vida pode ser melhor. Sndrome de Fournier (imagens)

OBJETIVO GERAL

Apresentar o estudo de caso sobre a Sndrome de Fournier para um melhor entendimento sobre a patologia, a fim de prestar uma correta assistncia de enfermagem.

OBJETIVOS ESPECIFCOS

Conhecer as manifestaes clnicas, o diagnstico e a forma de tratamento da Sndrome de Fournier;Esclarecer sobre a patologia para a paciente;Melhorar a qualidade da assistncia de enfermagem prestada ao paciente.METODOLOGIAEstudo de caso;

Local: Clnica Cirrgica do HRCAF

Coleta de Dados: entrevista; pronturio;

Fonte da pesquisa: livros, artigos e internet.COLETA DE DADOSENTREVISTAPACIENTE: J. R. IDADE: 47ANOS Clnica: Cirrgica Enfermaria: ISOLAMENTO Leito: 1

I IDENTIFICAO Sexo: Masculino Situao Conjugal: Solteiro Religio: Evanglico Escolaridade: Ensino Mdio Incompleto Profisso: LavradorII ENTREVISTA

Natural : Estado de MGEntrada: Setor de Trauma e Emergncia, acompanhada do irmo;Encaminhado para Clnica Cirrgica para realizao de desbridamento; Fonte de Dados: Paciente e Pronturio

Moradia: Casa prpria, de Alvenaria;

Coleta de lixo: 03 vezes na semana;

III HBITOS Sono/Repouso: Sono prejudicadoHbitos Alimentares: Realiza trs refeies dirias. Tabagismo:No Etilista: Relata ingerir moderadamenteDrogas: NoIV INTERNAO

Motivo da Internao: Presena de feridas em regio gltea e hematria.

Diagnstico: Sndrome de Fournier associado a Paraplegia.V ANTECEDENTES

Alrgico/Reaes : No

Deficincias: Paraplegia

Medicaes em Uso: Cefalexina, Emipenem, Dipirona.

Conhecimento da Patologia: No

VI- MEDIDAS TERAPUTICAS:

1- Dieta livre;2- Realizar curativo com soro fisiolgico 0,9% e Papana gel,compressas de gazes,uma vez a cada planto;3- Antibioticoterapia de largo espectro;4- Analgsico em caso de dor;5- Cuidados gerais.

EXAME FSICO Avaliao Estado Emocional, Mental e Neurolgico

Nvel de Conscincia: ConscienteAvaliao Pupilar: Isocricas e fotorreagentesReflexo Motor:Semi-PreservadoObservao: Comunicativa e orientada no tempo e no espao Sinais vitais:

T: 35,9 C (Normotrmica)

PA: 120 x 80 mmHg (Normotensa)

FC: 60 bpm (Normocardia)

FR: 20 rpm (Eupneica)

Glicemia Capilar :166 mgdl Viso:

Acuidade visual D: NormalAcuidade visual E: Normalculos: NoLentes de contato: No Cavidade Nasal:

Mucosa: Normocorada Cavidade Oral: Lbios: Hipocorados e hidratados Lngua: ntegra e normocorada

Audio: Acuidade auditiva D: Normal Acuidade auditiva E: Normal

Pescoo: Cartidas: Palpveis Gnglios: No palpveis Tireide: Centralizada

Mamas / mamilos e Axilas: Mamas: Simtricas Ndulos: Ausentes Mamilos: Profusos Axilas - ndulos: AusentesMMSSMassa, Tnus e Fora Muscular:PreservadosOssos: Sem fraturasAcesso venoso: Regio anterior do antebrao DTrax:

Forma: Normal Expansibilidade: Simtrica Rudos Adventcios: Ausentes Tosse: Ausente Murmrios Vesiculares: Presentes

Ausculta Cardaca:Rtmica;Normocardio;Normotenso;.ABDMEN

Forma: Globoso Palpao: Indolor Rudos Hidroareos: Presentes em QID Eliminaes Intestinais: Pastosa Genitalia:

Genitlia com presena de lcera de presso estgio IVCom estmulos eretivos. MMII: Massa, Tnus e Fora Muscular: Preservados Locomoo: Deambula com auxlio de cadeira de roda Ossos: Sem fraturas Infeco ssea: No

Avaliao da Dor:

Apresenta queixas lgicas na regio genital.

Processo de EnfermagemDiagnstico de Enfermagem:1.Distrbio da imagem corporal relacionado alterao na aparncia do glteo, evidenciado por relatos da paciente, preocupao com a imagem.

Intervenes:1. a. Solicitar a visita de um psiclogo. b. Orientar o acompanhante e a equipe de enfermagem estimulao da auto-estima, trabalhando a auto-estima da paciente, que se refere a imagem que ela construiu como pessoa. c. Proporcionar conforto e tranquilidade ao paciente atravs um ambiente calmo, luminoso e com privacidade.Diagnstico de Enfermagem:2.Limitaes para movimentao relacionada ao ferimento, evidenciado por auxilio na higienizao.

Intervenes:2. a. Orientar o acompanhante quanto ao auxilio higienizao.b. Orientar a paciente da forma correta de higienizao aps eliminaes fisiolgicas.

Diagnstico de Enfermagem:3.Risco para impotncia relacionada estrutura corporal da funo alterada.

Intervenes:3. a. Orientar a paciente a no realizar atividade sexual at completar o processo de cicatrizao.

Diagnstico de Enfermagem:4. Dficit de conhecimento relacionado falta de orientao, evidenciado por desconhecimento da sndrome.

Intervenes:4. a. Esclarecer a respeito da sndrome, desde suas manifestaes clnicas possveis duvidas a respeito do tratamento.

EvoluoO paciente recupera sem complicaes; sinais vitais dentro dos parmetros de normalidade; aceitando dieta oferecida; eliminaes fisiolgicas presentes; padro de sono e repouso prejudicados; com queixas lgicas;

DISCUSSOA sndrome de Fournier ocorre principalmente em indivduos do sexo masculino, na proporo de 10 para 1, afetando todas as faixas etrias. Tratando-se de um paciente jovem, com perda de revestimento cutneo aps desbridamento. Em nosso caso, notamos que o reconhecimento precoce, com tratamento agressivo e imediato como o desbridamento de toda rea afetada associada antibioticoterapia de amplo espectro com medidas de suporte clinico intensivo, so essenciais para o prognstico do paciente. A colostomia mostra tambm como uma medida que mostra-se favorvel, pois esta reduz a taxa de mortalidade em pacientes com infeco anorretal. Mas devida a boa evoluo do paciente no foi necessrio a realizao deste procedimento.Consideraes FinaisPatologia raraDiagnstico rpido e precisoAssistncia de enfermagem de qualidade

Referncias BibliogrficasDiagnstico de Enfermagem da NANDA: definies e classificao 2009-2011/ NANDA international; traduo Regina Machado Garcez- Porto Alegre: Artmed, 2010.Disponvel em: www.dermatologia.net. Acesso: em 16 de maio de 2011 s 18h15min.Disponvel em: www.portalsaofrancisco.com.br. Acesso: em 16 de maio de 2011 s 18h33min.Disponvel em: www.uniportal.com.br. Acesso: em 16 de maio de 2011 s 18h55 min.FACIO JR, F.N.; PRANDI, J.C.; BUENO, M.A.X. et al. Analise clinica-epidemiologica de 24 pacientes com Sndrome Fournier tratados no Hospital de Base da Faculdade de Medicina de So Jose do Rio Preto. H.B. Cientifica So Jos do Rio Preto, So Paulo. v.8, n.2, p.77-82, maio/ago, 2001.FIGUEREDO, L. N. P. F. et al. Fascite Necrotizante (Sndrome de Fournier) e Reviso da Literatura. Revista da Universidade de Alfenas, v. 3, n. 1, supl. 1, p. 11-17, agosto, 1997.GUIMARES, A. S. et al. Sndrome de Fournier. Medicina Ribeiro Preto. V. 28, n. 4, p. 722-724, out/dez, 1995.LAPA, C. P. F. et al. Sndrome de Fournier: Cuidados de Enfermagem. Universidade Federal da Paraba, Joo Pessoa, 2004.PINTO, N. et al. Gangrena de Fournier. Servios de urologia do CHVNG. Frum enfermagem. Disponvel em: www.forumenfermagem.org. Acessado no dia: 30/05/11. SANTOS, M. A. M. Terminologia em Enfermagem. 2 Ed. So Paulo: Martinari, 2006.OBRIGADA!

GANGRENA DE FOURNIERSinnimos: Gangrena idiopticado pnis e do escroto Gangrena espontnea fulminante do escroto Fascitenecrotizantedo escroto Fascitenecrotizanteda genitlia masculina Gangrena infecciosa do pnis e do escroto Gangrena escrotal Erisipela gangrenosa do escroto Gangrena estreptoccica do escroto FascitenecrotizanteETIOLOGIAStreptococcusspp. Staphylococcusspp. Enterobacteriaceaespp. Organismos anaerbios Fungos