mini curso de auditoria

download mini curso de auditoria

of 31

Transcript of mini curso de auditoria

  • 7/30/2019 mini curso de auditoria

    1/31

    AUDITORIAFundamentos das Auditorias Interna e Independente

    1 Introduo 022 Origem da auditoria 033 Auditoria interna 044 Auditoria externa ou independente 045 Comparao entre auditoria interna e externa 056 O que leva uma empresa a contratar uma auditoria 067 rgos relacionados com os auditores 067.1 CVM 067.2 IBRACON 067.3 CFC e CRC 077.4 OIO 078 Controle interno 079 Execuo dos trabalhos de auditoria 089.1 Reviso do controle interno 089.2 Avaliao do controle interno 089.3 Levantamento do sistema de controle interno 099.3.1 Questionrio de controle interno 109.4 Responsabilidade do controle interno 119.5 Papis de Trabalho 119.6 Tipos de Parecer 2210 Case: Reorganizao da empresa e controle interno 23

    10.1 Entrevista 2310.2 Objetivo do servio 2410.3 Execuo do servio 2510.3.1 Implantao de um novo sistema de trabalho relacionado

    segregao de funes 2510.3.2 Comunicar e estimular o cumprimento das polticas, normas e

    procedimentos administrativos adotados 2710.3.3 Proteo dos ativos 2710.3.4 Controle fsico sobre os ativos / Controle de estoque 2910.3.5 Fluxo de caixa 2910.3.6 Sistemas de conferncia, aprovao e autorizao 30

    10.4 Empecilhos encontrados na organizao da empresa 3110.5 Sugestes 3210.6 Servios no executados 32

  • 7/30/2019 mini curso de auditoria

    2/31

    AUDITORIA

    1. INTRODUO

    Examinando o material didtico encontrado atualmente nas livrarias, aimpresso que se d que a auditoria interna, na prtica, uma funo ou atividadedesenvolvida apenas por contadores, e que somente atravs deles, a empresa poder se

    balizar para tomar uma deciso correta para seus negcios.Grandes corporaes vem utilizando equipes mistas e interdisciplinares de

    profissionais nos trabalhos de auditoria interna, uma vez que os diagnsticosempresariais necessitam ser providos de anlises tcnicas e de enfoques diferenciados.

    As organizaes esto reavaliando o perfil dos auditores internos passando aexigir informaes agregadas de profissionais nas diversas cincias sociais para que ostrabalhos sejam mais consistentes, mais abrangentes e com foco concentrado a realnecessidade requisitada pelo empresrio.

    2. ORIGEM DA AUDITORIA EXTERNA

    Como parte da evoluo do sistema capitalista, surgiu a auditoria.

    Com a expanso do mercado e o acirramento da concorrncia, as empresas que

    eram fechadas e pertenciam a grupos de familiares tiveram que se reestruturar, ampliado

    2

  • 7/30/2019 mini curso de auditoria

    3/31

    AUDITORIA

    suas instalaes, investindo no desenvolvimento tecnolgico e aprimorando os controlese procedimentos internos em geral.

    Para processar todas essas mudanas as empresas tiveram que captar recursosjunto a terceiros, principalmente mediante a emprstimos bancrios a longo prazo, e

    abrindo seu capital social para novos acionistas j que era impossvel obter certovolume de recursos por meio das operaes lucrativas da empresa ou do patrimnio deseus proprietrios.

    Para avaliar a segurana, a liquidez e a rentabilidade de seu futuro investimento,o investidor precisava conhecer a posio patrimonial e financeira da empresa, assimcomo, a capacidade de gerar lucros e como estava sendo efetuada a administraofinanceira dos recursos na empresa. A melhor forma de o investidor obter essasinformaes era por meio das demonstraes contbeis da empresa, que passaram a terimportncia muito grande para os futuros aplicadores de recursos.

    Como medida de segurana contra a possibilidade de manipulao deinformaes, os futuros investidores passaram a exigir que essas demonstraes fossemexaminadas por um profissional independente da empresa e de reconhecida capacidadetcnica, surgindo, assim, o auditor externo ou auditor independente.

    Texto extrado do livro: Auditoria / Marcelo Cavalcanti Almeida (1996, p. 21)

    3. AUDITORIA INTERNA

    A auditoria interna uma atividade de avaliao, independente dentro daorganizao, para a reviso da contabilidade, finanas e outras operaes, como base

    para servir administrao.

    um controle administrativo, que mede e avalia a eficincia de outros controles.Examina o grau de confiabilidade das informaes e o desempenho das tarefasdelegadas.

    Os principais objetivos so:

    3

  • 7/30/2019 mini curso de auditoria

    4/31

    AUDITORIA

    verificar a existncia, a suficincia e a aplicao dos controles internos, bemcomo contribuir para o seu aprimoramento; verificar se as normas internas esto sendo seguidas; verificar a necessidade de melhoramento das normas internas vigentes; avaliar a necessidade de novas normas internas.

    Seu trabalho apresenta como caracterstica um maior volume de testes em funo damaior disponibilidade de tempo na empresa para executar os servios de auditoria.

    4. AUDITORIA EXTERNA OU INDEPENDENTE

    A auditoria um conjunto de procedimentos tcnicos e legais que visampropiciar a emisso de um parecer ou opinio sobre as demonstraes contbeis, nosentido de verificar se estas refletem adequadamente a posio patrimonial oufinanceira, o resultado das operaes e as origens e aplicaes de recursos da empresaexaminada.

    Demonstraes financeiras utilizadas para a emisso do parecer:

    balano patrimonial;

    demonstrao do resultado do exerccio;

    demonstrao de lucros ou prejuzos acumulados ou demonstrao das mutaes dopatrimnio lquido;

    demonstraes das origens e aplicaes de recursos;

    notas explicativas.

    A auditoria verifica, tambm, se as demonstraes seguem os princpioscontbeis e se esses princpios foram aplicados com uniformidade em relao aoexerccio anterior.

    5. COMPARAO ENTRE AUDITORIA INTERNA E EXTERNA

    ITENS AUDITORIA EXTERNA AUDITORIA INTERNA

    1. OBJETIVO Opinar sobre as demonstraesfinanceiras.

    Assessorar a administrao daempresa no efetivo desempenhode sua funo.

    2. PROFISSIONAL Independente comresponsabilidade civil econtratao por perodo pr-determinado.

    H relao de dependncia comresponsabilidades trabalhistasentre as partes.

    3. EXISTNCIA Obrigatria em determinadasempresas.

    Facultativa.

    4. A QUEM

    INTERESSA

    Empresa, rgos

    governamentais, credores einvestidores em geral.

    Empresa.

    4

  • 7/30/2019 mini curso de auditoria

    5/31

    AUDITORIA

    5. PRODUTOFINAL

    Parecer sobre demonstraesfinanceiras.

    Relatrio derecomendaes/sugestes administrao.

    6. O QUE LEVA UMA EMPRESA A CONTRATAR UMA AUDITORIAGeralmente, o servio de auditoria contratado pelas empresas em virtude de

    obrigao legal, deliberao interna ou solicitao de outras empresas que visam casosespecficos, como:

    Medida de controle interno

    Imposio de bancos para concesso de crditos;

    Imposio de fornecedores para financiar as compras;

    Atendimento das exigncias do prprio estatuto ou do contrato social da empresa

    Para efeito de compra da empresa, incorporao, fuso ou ciso da empresa

    7. RGOS RELACIONADOS COM OS AUDITORES

    Os principais rgos relacionados com os auditores so:

    7.11 CVM COMISSO DE VALORES MOBILIRIOS

    A CVM uma entidade autrquica vinculada ao Ministrio da Fazenda.Funciona como rgo fiscalizador do mercado de capitais do Brasil. Para se exercer

    atividades de auditoria no mercado de valores mobilirios (companhias abertas einstituies, sociedades ou empresas) o auditor est sujeito a prvio registro na CVM.

    5

  • 7/30/2019 mini curso de auditoria

    6/31

    AUDITORIA

    Para obter o registro na CVM, segundo Instruo n 04/78 da CVM, o auditordeve comprovar cumulativamente:

    estar registrado no CRC;

    haver exercido atividade de auditoria por um perodo no inferior a cinco anos,

    contados a partir da data de registro no CRC;

    estar exercendo atividade de auditoria, mantendo escritrio profissional legalizado,

    em nome prprio, com instalaes compatveis com o exerccio de auditoria

    independente.

    www.cvm.com.br

    7.2. IBRACON INSTITUTO BRASILEIRO DE CONTADORES

    O IBRACON uma pessoa jurdica de direito privado, sem lucrativos. Temcomo objetivo fixar princpios de contabilidade e elaborar normas e procedimentosrelacionados com auditoria (externa e interna) e percias contbeis.

    www.ibracon.com.br

    7.3. CFC CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE E CRC CONSELHOREGIONAL DE CONTABILIDADE

    Os conselhos representam as entidades de classe dos contadores. A finalidadeprincipal desses conselhos o registro e a fiscalizao do exerccio da profisso decontabilista.

    www.cfc.org.bre www.crcmg.org.br

    7.4. OIO INSTITUTO DOS AUDITORES INTERNOS DO BRASIL

    A OIO uma sociedade civil de direito privado, sem fins lucrativos. O principalobjetivo promover o desenvolvimento da auditoria interna, mediante o intercmbio deidias, reunies, conferncias, intercmbio com outras instituies, congressos,

    publicaes de livros e revistas e divulgao da importncia da auditoria interna junto aterceiros.

    8. CONTROLE INTERNO

    O controle interno representa o conjunto de procedimentos, mtodos ou rotinascom o objetivo de proteger os ativos de uma organizao, produzir dados contbeisconfiveis e ajudar a administrao na conduo ordenada dos negcios da empresa.

    So exemplos de controles contbeis:

    sistemas de conferncia, aprovao e autorizao;

    6

    http://www.cvm.com.br/http://www.ibracon.org.br/http://www.cfc.org.br/http://www.crcmg.org.br/http://www.cvm.com.br/http://www.ibracon.org.br/http://www.cfc.org.br/http://www.crcmg.org.br/
  • 7/30/2019 mini curso de auditoria

    7/31

    AUDITORIA

    segregao de funes (pessoas que tm aceso aos registros contbeis no podem

    custodiar ativos da empresa);

    controles fsicos sobre ativos;

    auditoria interna.

    So exemplos de controles administrativos:

    anlises estatsticas de lucratividade por linha de produtos;

    controle de qualidade;

    treinamento de pessoal;

    anlise das variaes entre os valores orados e incorridos.

    9. EXECUO DOS TRABALHOS DE AUDITORIA9.1. REVISO DO CONTROLE INTERNO

    A reviso do controle interno tem a finalidade de determinar qual aconfiabilidade dos mecanismos existentes, para que possam definir quais e quando os

    procedimentos de auditoria sero utilizados e em qual extenso.

    9.2. AVALIAO DO CONTROLE INTERNO

    Essa avaliao realizada mediante a aplicao de questionrios que auxiliam naavaliao global do processo em estudo revelando o nvel de controle interno.

    Passos para avaliao do controle interno:

    levantar o sistema de controle interno;

    verificar se o sistema levantado o que est sendo seguido na prtica;

    avaliar a possibilidade de o sistema revelar de imediato erro e irregularidades;

    determinar tipo, data e volume dos procedimentos de auditoria.9.2.1. AMPLITUDE DOS TESTES

    Em primeiro lugar, o auditor externo deve se preocupar com erros que,individualmente ou cumulativamente, possam levar os leitores das demonstraescontbeis a terem uma interpretao errnea sobre elas. Portanto, o valor desses errosteria de ser significativo em relao s demonstraes contbeis.

    Em segundo lugar, normalmente, a empresa j tem um conjunto deprocedimentos internos com o objetivo de evitar a ocorrncia de erros.

    O risco da ocorrncia de um erro, em uma empresa com um bom sistema decontrole interno, muito menor que em uma empresa com um sistema de controle

    7

  • 7/30/2019 mini curso de auditoria

    8/31

    AUDITORIA

    interno ruim. O auditor externo utiliza o sistema de controle interno da empresa paradeterminar a amplitude dos testes de auditoria. Quando o controle interno bom, oauditor externo faz um menor volume de testes; caso contrrio, o auditor externo faz ummaior volume de testes.

    Caso a organizao possua um excelente controle interno (nota mxima), mesmoassim, o auditor externo tem de fazer o volume mnimo de testes devido o sistema decontrole interno ter suas limitaes (conluio, incompetncia e negligncia).

    9.2.1. AVALIAO DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO E VOLUME DE TESTES

    Legenda

    Controle interno nota: 7 Teste de 30% dos lanamentos contbeisControle interno nota: 2 Teste de 80% dos lanamentos contbeis

    9.3. LEVANTAMENTO DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO

    As informaes sobre o sistema de controle interno so obtidas das seguintes

    formas:

    leitura dos manuais internos de organizao e procedimentos;

    conversa com funcionrios da empresa;

    inspeo fsica desde o incio da operao (compra, venda, pagamentos, etc) at o

    registro no razo geral.

    Normalmente, as empresas de auditoria preparam questionrios padres de

    controle interno para serem preenchidos pelos auditores. Esses questionrios funcionam

    8

  • 7/30/2019 mini curso de auditoria

    9/31

    AUDITORIA

    como um guia, no sentido de evitar que o auditor omita a avaliao de uma parteimportante das operaes da empresa.

    9.3.1. QUESTIONRIO DE CONTROLE INTERNO

    A seguir, seguem dois modelos resumidos de questionrio de controle interno:

    9.3.1.1. Questionrio Geral

    A) As atribuies e responsabilidades dos funcionrios, sees, divises,departamentos e gerncia esto claramente definidas nos manuais internos da

    organizao?B) Os procedimentos sobre as principais atividades da empresa (vendas,

    recebimentos, compras, pagamentos, salrios, registros contbeis, etc.) estodefinidos nos manuais internos da organizao?

    C) A empresa utiliza um manual de contabilidade (estrutura das contas, quandocada conta deve ser debitada e creditada, modelos padronizados dasdemonstraes contbeis e relatrios gerenciais internos e as prticas contbeisutilizadas) a fim de permitir o registro ordenado e consistente de suastransaes?

    D) A empresa usa um sistema oramentrio (receitas, despesas, compras dematrias-primas e bens do imobilizado, etc.)?

    E) Os valores incorridos so comparados com os orados, sendo analisadas asvariaes anormais e/ou significativas?

    F) As transaes e os controles esto sujeitos a uma verificao peridica por partede um setor de auditoria interna?

    9.3.1.2. Questionrio Vendas

    A) feito um estudo para concesso do crdito ao cliente antes de ser processada avenda a prazo (a fim de minimizar as perdas de contas a receber com clientesduvidosos)?

    B) As informaes nas notas fiscais (quantidade, preos, clculos, impostos, nomee endereo do cliente, etc.) so conferidas de forma a reduzir a possibilidade deocorrncia de erros?

    C) Existem controles que assegurem que todas as vendas sejam imediatamentecontabilizadas? Considere:

    C1) as notas fiscais so numeradas seqencialmente?

    9

  • 7/30/2019 mini curso de auditoria

    10/31

    AUDITORIA

    C2) as notas fiscais so emitidas por ocasio da venda?C3) os guardas no porto da fbrica impedem que saiam mercadorias sem ascorrespondentes notas fiscais?C4) uma cpia das notas fiscais enviada para a contabilidade?C5) a contabilidade confere a seqncia numrica das notas fiscais, verificando

    se todas foram recebidas e devidamente contabilizadas?

    9.4. RESPONSABILIDADE DO CONTROLE INTERNO

    A administrao da empresa responsvel pelo estabelecimento do sistema decontrole interno, pela verificao de se est sendo seguido pelos funcionrios, e por suamodificao, no sentido de adapta-lo s novas circunstncias.

    9.4.1. Manuais Internos

    As atribuies dos funcionrios ou setores internos da empresa devem serclaramente definidas e limitadas, de preferncia por escrito, mediante o estabelecimentode manuais internos da organizao.

    As razes para se definirem as atribuies so:

    Assegurar que todos os procedimentos de controles sejam executados; Detectar erros ou irregularidades; Apurar as responsabilidades por eventuais omisses na realizao das transaes daempresa.

    9.5. PAPIS DE TRABALHO

    Uma das normas da auditoria estabelece que o auditor deve colher elementoscomprobatrios suficientes a fim de apoiar seu parecer sobre as demonstraesfinanceiras examinadas. Para atender esta norma, os auditores estabelecem papis detrabalho para registrar as evidncias obtidas durante a execuo do servio de auditoria.

    9.5.1. Programa de Auditoria

    Normalmente, as firmas de auditoria preparam programas-padres, a serempreenchidos pelos auditores, so os papis de trabalho, utilizados para auxiliar o auditorno planejamento, execuo, superviso e reviso.

    Os papis de trabalho registram evidncias para o parecer. Identificam as reas estudas e os processos analisados. Organizam o fluxo de trabalho da auditoria interna ou Independente.

    9.5.1.1. Codificao dos papis de trabalho

    Os papis de trabalho devem ser codificados de forma a possibilitar que asinformaes sejam facilmente encontradas. A codificao pode ser feita por sistemanumrico ou alfabtico, ou a combinao dos dois.

    9.5.1.2. Tiques mais comuns utilizados nos programas de auditoria

    10

  • 7/30/2019 mini curso de auditoria

    11/31

    AUDITORIA

    Os tique ou smbolos so apostos ao lado do nmero auditado e explicados naparte inferior do papel de trabalho, evidenciando dessa forma o servio executado.

    Alguns exemplos de tiques:

    Soma conferida; Conferimos com o razo geral;

    Conferimos com nossos papis de trabalho;Soma conferida;Conferimos com o somatrio dos registros analticos;Conferimos com documento suporte;

    T Totalizado;

    9.5.2. Outros Papis de Trabalho

    Os outros papis de trabalho compreendem, entre outros:

    Cartas de confirmao de terceiros:

    Contas correntes bancrias; Aplicaes financeiras; Contas a receber; Fornecedores a pagar; Advogados.

    Cpias de documentos importantes:

    Estatuto social ou contrato social; Contratos;Manuais de procedimentos internos; Atas de reunies de acionistas, conselhos de administrao e fiscal e diretoria.

    11

  • 7/30/2019 mini curso de auditoria

    12/31

    AUDITORIA

    9.5.3. Modelos de Papis de Trabalho

    Caixa e BancosREF. A

    Navegao Martima

    31/12/2002 15/01/2003

    Balano PatrimonialAtivo

    Caixa e Bancos A100 R$ 338.911,00Aplicaes financeiras R$ 2.303,00Contas a receber B100 R$ 450,00

    TOTAL R$ 341.664,00T

    REF. A-100

    Navegao Martima31/12/2002 15/01/2003

    Disponvel

    Nome da contaSaldo em31/12/02 Referncias

    Caixa R$ 210.124,82 A-110Bancos R$ 128.786,18 A-130TOTAL R$ 338.911,00

    T

    12

    A

  • 7/30/2019 mini curso de auditoria

    13/31

    AUDITORIA

    = Soma Conferida

    = Conferimos com o razo geral para a data indicada.

    REF. A-110

    Navegao Martima

    31/12/2002 15/01/2003

    CONTAGEM DE CAIXA REALIZADA EM 15/01/03Dinheiro em notas R$196.096,00Dinheiro em moedas R$ 3.522,82Adiantamentos a empregados (viagens) R$ 10.506,00

    TOTAL A-100 R$ 210.124,82

    ADIANTAMENTOS PARA VIAGENS

    Data Empregado20/12/02 Mrcio da Silva R$ 6.723,0014/12/02 Roberto Carlos Morais R$ 3.783,00

    TOTAL R$ 10.506,00

    Declarao:

    Esse caixa foi contado na minha presena por um representante da auditoria e amim devolvido intacto.

    _______________________________Assinatura do responsvel pelo

    Setor financeiro

    = Inspecionamos recibos de adiantamento de viagens e faturas de servios

    prestados.

    13

  • 7/30/2019 mini curso de auditoria

    14/31

    AUDITORIA

    = Classificados indevidamente no disponvel. Deveriam ser contabilizados nogrupamento de crditos. = Classificado erroneamente no disponvel. Deveria ser registrado emdespesa (o empregado prestou contas em 31/12/2002).

    REF. A-120

    Navegao Martima

    31/12/200215/01/2003

    "CUTOFF" DE CHEQUES

    Bancosltimos cheques utilizados

    Ch. em branconumerao

    Data Nmero Valor De AtBradesco 20/12/02 331 R$ 10.100,00 332 400Banespa 12/12/02 10101 R$ 21.000,00 10102 10120Brasil 25/12/02 4108 R$ 17.000,00 4109 4130Ita 18/12/02 15 R$ 33.000,00 16 40

    = Verificamos que no existia cheque de numerao posterior do cutoff no extrato e no razo dedezembro de 2002. Verificamos tambm que no existia cheque de numerao anterior do cutoff noextrato e no razo de janeiro de 2003, e que no estivesse tambm pendente na conciliao bancria.

    NOTA: As informaes de ltimo cheque utilizado e de cheques em branco foram obtidas por ns pormeio dos talonrios de cheques.

    REF. A-130

    Navegao Martima

    31/12/200215/01/2003

    Resumo de dinheiro em bancos

    Somar Deduzir

    Banco Data doReferncia

    confirmaoSaldo pelo

    extratoDepsitos

    noDespesas

    banc. noCrditos

    banc. no Cheques Saldo pelo razo

    Extratobancrio bancria bancrio apresentados registradas registrados Pendentes 31/12/02

    Bradesco 31/12/02 D-100 R$ 12.878,62 0 0 0 0 R$ 12.878,62Banespa 01/01/03 D-200 R$ 21.893,65 0 0 0 0 R$ 21.893,65

    Brasil 02/01/03 D-300 R$ 43.787,30 0 0 0 0 R$ 43.787,30Ita 03/01/03 D-400 R$ 50.226,61 0 0 0 0 R$ 50.226,61

    14

  • 7/30/2019 mini curso de auditoria

    15/31

    AUDITORIA

    TOTAL 0 0 0 0 R$ 128.786,18 T

    = Soma conferida com extrato de 31/12/2002

    REF. A-140

    Navegao Martima

    31/12/200215/01/2003

    Bancos CircularizaoBancos N da conta Saldo em Carta de Respondidas No

    31/12/02 confirmao Respondidasreferncia

    Bradesco 31306 R$ 12.878,62 C-100 R$ 12.878,62Banespa 69520 R$ 21.893,65 C-200 R$ 21.893,65Brasil 52526 R$ 43.787,30 C-300 R$ 43.787,30Ita 74258 R$ 50.226,61 C-400 R$ 50.226,61

    TOTAL R$ 128.786,18 R$ 84.998,88 R$ 43.787,30

    T TT

    15

    A100

    A130 A100

  • 7/30/2019 mini curso de auditoria

    16/31

    AUDITORIA

    MODELO DA CARTA DE CONFIRMAO POSITIVA

    C-100

    Juiz de Fora, 15 de janeiro de 2003.

    Ao Banco Bradesco.

    Para fins de simples conferncia, favor confirmar diretamente com os

    nossos auditores (Machado Auditores Independentes) o saldo da conta n 31306 que

    mantemos com esta agncia, em 31 de dezembro de 2002. Adicionalmente, caso haja

    alguma ressalva, solicitamos indicar na coluna de OBSERVAES.

    Antecipadamente gratos, subscrevemo-nos,

    Atenciosamente

    _______________________________Assinatura do responsvel pelo

    Setor financeiro

    Confirmamos o saldo da conta n 31306 a empresa Navegao Martima Ltda,

    abaixo discriminado em 31 de dezembro de 2002.BANCO/CONTA SALDO EM 31/12/2002 OBSERVAES

    Bradesco n 31306

    ________________,_____ de _____________de ______.

    ___________________________

    Assinatura e Carimbo.

    16

  • 7/30/2019 mini curso de auditoria

    17/31

    AUDITORIA

    Contas a receberREF. B100

    Navegao Martima

    31/12/2002 15/01/2003

    Contas a Receber

    ClientesMercedes Benz R$ 25.000,00Belgo Mineira R$ 31.360,00Becton Dickson R$ 18.200,00Fresenius Medial Care R$ 11.400,00Baxter Hospitalar Ltda R$ 6.340,00Paraibuna de Metais R$ 17.700,00Bandeirantes Ltda R$ 38.400,00Dermunas S.A R$ 55.000,00Aimors Ltda R$ 61.600,00

    Eldorado Cia Ltda R$ 65.000,00Madereira Teka Ltda R$ 35.000,00Ind. Palmeiras Ltda R$ 85.000,00

    TOTAL R$ 450.000,00

    T

    17

    A

  • 7/30/2019 mini curso de auditoria

    18/31

    AUDITORIA

    REF. B110

    Navegao Martima

    31/12/2002 15/01/2003

    Duplicatas a Receber por Idade de Vencimento

    Discriminao

    Clientes

    N da Data do No Vencidas Vencidas Vencidas

    Totalduplicata vencimento Vencidas 1 a 30 dias 31 a 60 dias 61 a 90 diasAimors Ltda 35470 20/12/02 R$ 61.600,00 R$ 61.600,00

    Bandeirantes Ltda 35473 23/12/02 R$ 38.400,00 R$ 38.400,00

    Baxter Hospitalar Ltda 35480 19/01/03 R$ 6.340,00 R$ 6.340,00

    Becton Dickson 35487 07/02/03 R$ 18.200,00 R$ 18.200,00Belgo Mineira 35490 13/02/03 R$ 31.360,00 R$ 31.360,00Derminas S.A 35451 05/10/02 R$ 55.000,00 R$ 55.000,00Eldorado Cia Ltda 35456 17/10/02 R$ 65.000,00 R$ 65.000,00

    Fresenius Medial Care 35483 20/01/03 R$ 1 1.400,00 R$ 11.400,00

    Ind. Palmeiras Ltda 35458 20/10/02 R$ 60.000,00 R$ 60.000,00

    Ind. Palmeiras Ltda 35467 25/11/02 R$ 25.000,00 R$ 25.000,00Madereira Teka Ltda 35465 19/11/03 R$ 35.000,00 R$ 35.000,00

    Mercedes Benz 35485 03/02/03 R$ 25.000,00 R$ 25.000,00

    Paraibuna de Metais 35494 15/02/03 R$ 17.700,00 R$ 17.700,00

    TOTAL R$ 110.000,00 R$100.000,00 R$ 60.000,00 R$180.000,00R$ 450.000,00

    T

    = Soma Conferida

    = Conferimos com o razo geral para a data indicada

    18

    B100

  • 7/30/2019 mini curso de auditoria

    19/31

    AUDITORIA

    REF. B 120

    Navegao Martima

    31/12/2002 15/01/2003

    Contas a Receber de Clientes - Circularizao

    Clientes Duplicatas Saldo emCarta de

    confirmao Respondidas No31/12/02 referncia respondidas

    Mercedes Benz 35485 R$ 25.000,00Belgo Mineira 35490 R$ 31.360,00

    Becton Dickson 35487 R$ 18.200,00Fresenius Medial Care 35483 R$ 11.400,00Baxter Hospitalar Ltda 35480 R$ 6.340,00Paraibuna de Metais 35494 R$ 17.700,00Bandeirantes Ltda 35473 R$ 38.400,00 D-100 R$ 38.400,00Derminas S.A 35451 R$ 55.000,00 D-200 R$ 55.000,00Aimors Ltda 35470 R$ 61.600,00 D-300 R$ 61.600,00Eldorado Cia Ltda 35456 R$ 65.000,00 D-400 R$ 65.000,00Madereira Teka Ltda 35465 R$ 35.000,00Ind. Palmeiras Ltda 35458 R$ 25.000,00 D-500 R$ 25.000,00Ind. Palmeiras Ltda 35467 R$ 60.000,00TOTAL R$ 450.000,00

    T

    PROCEDIMENTOS ALTERNATIVOS:

    Para as cartas no-respondidas ou recebidas, aplicamos os seguintes

    procedimentos-alternativos de auditoria:- inspecionamos pedidos de compra, nota fiscal e duplicata;

    - verificamos recebimento subseqente, por meio da inspeo de avisos bancrios

    e recibos de depsitos autenticados.

    = Confirmamos com o razo analtico de clientes

    = Conferimos a soma da listagem individual de saldo de clientes e verificamos

    que o total concorda com o saldo da respectiva conta do razo geral.

    NOTA: Foi utilizado o sistema de confirmao positiva A primeira solicitao foienviada em 15/01/03 e a segunda em 06/02/03.

    19

    B100

  • 7/30/2019 mini curso de auditoria

    20/31

    AUDITORIA

    MODELO DA CARTA DE CONFIRMAO POSITIVA

    D-100

    Juiz de Fora, 15 de janeiro de 2003.

    A Bandeirantes Ltda.

    Para fins de simples conferncia, favor confirmar diretamente com os

    nossos auditores (Machado Auditores Independentes) o saldo que mantemos com a

    Bandeirantes Ltda, conforme abaixo discriminado, em 31 de dezembro de 2002.

    Adicionalmente, caso haja alguma divergncia com os registros desta empresa,solicitamos indicar na coluna de OBSERVAES na natureza dessa divergncia.

    Antecipadamente gratos, subscrevemo-nos,

    Atenciosamente

    _______________________________

    Assinatura do responsvel peloSetor financeiro

    Confirmamos o saldo a pagar a empresa Navegao Martima Ltda, abaixodiscriminado em 31 de dezembro de 2002.

    N DADUPLICATA

    VALOR OBSERVAES

    ________________,_____ de _____________de ______.

    ___________________________

    Assinatura e Carimbo.

    20

  • 7/30/2019 mini curso de auditoria

    21/31

    AUDITORIA

    9.6. TIPOS DE PARECER

    Existem basicamente quatro tipos de pareceres do auditor: Parecer sem ressalva ou padro; Parecer com ressalva; Parecer adverso; Negativa de parecer.

    9.6.1. Parecer sem ressalva ou padro:

    O auditor emite um parecer sem ressalva nas seguintes circunstncias:- Exame efetuado de acordo com as normas de auditoria geralmente aceitas;- Demonstraes financeiras elaboradas de acordo com os princpios

    fundamentais de contabilidade;- Princpios contbeis adotados com uniformidade;- Demonstraes financeiras contm todas as exposies informativas necessrias.

    9.6.2. Parecer com ressalvas:

    No caso da emisso de um parecer com ressalvas, o pargrafo-padro da opiniodeve ser alterado de forma a deixar claro a natureza da ressalva e seu efeito sobre asituao patrimonial e financeira, o resultado das operaes, as mutaes do patrimniolquido e as origens e aplicaes de recursos, se esse efeito puder ser razoavelmentedeterminado.

    Outra maneira de esclarecer a natureza da ressalva seria fazer referncia, nopargrafo da opinio, a uma nota explicativa ou a outro pargrafo do parecer, quedescreva as circunstncias. Na hiptese de a ressalva ser to relevante que impea aoauditor expressar uma opinio sobre a adequacidade das demonstraes contbeis,tomadas em conjunto, h a necessidade da negativa de opinio ou opinio adversa.

    9.6.3. Parecer adverso:

    O parecer adverso emitido quando o auditor possui informaes suficientespara formar a opinio de que as demonstraes financeiras no representamadequadamente a posio patrimonial e financeira, o resultado das operaes, asmutaes do patrimnio lquido e as origens e aplicaes de recursos, de acordo com os

    princpios fundamentais de contabilidade. Esse fato ocorre quando o auditor constataque a transao to importante que no justifica a simples emisso de um parecer comressalva.

    9.6.4. Negativa de Parecer:

    O auditor deve dar negativa de parecer quando ele no obtm elementos

    comprobatrios suficientes para formar sua opinio sobre as demonstraes financeirastomadas em conjunto. Esse fato ocorre, normalmente em funo de limite no escopo doexame ou incertezas que possam ter efeito bastante relevante sobre a situao

    patrimonial e financeira, o resultado das operaes, as mutaes do patrimnio lquido,ou as origens e aplicaes de recursos.

    10. Case: Reorganizao da Empresa e Controle Interno

    Necessidade do cliente: A cliente procurou a empresa com o seguinte argumento Aminha empresa vende muito, mas eu no vejo o dinheiro. Preciso saber o que estacontecendo.

    21

  • 7/30/2019 mini curso de auditoria

    22/31

    AUDITORIA

    Diagnstico do servio: Reorganizao da Empresa e Controle Interno.

    10.1. ENTREVISTA:

    - Atividade: revenda de materiais da construo civil;- Atua h 11 anos no mercado;- Empresa de pequeno porte (EPP);- Localidade: Minas Gerais / Brasil;- Funcionrios: 7 (sete);- No existe segregao de funes;- As atribuies e responsabilidades dos funcionrios no constam em um manual

    interno;- Os procedimentos sobre as principais atividades da empresa no constam em um

    manual interno.

    - Patrimnio:

    Veculos: 01 carro ; 01 caminho.

    Imveis: 01 galpo.

    - Custos Fixos:

    Aluguel da loja; Aluguel da loja que serve como estoque; Salrio dos funcionrios; Obrigaes trabalhistas; Honorrio do contador; Seguro do carro; Plano de sade.

    - Custos Variveis:

    Impostos atuais: Simples e ICMS / Micro Gerais Fornecedores Celular; Conta telefnica da empresa; gua; Luz; Gasolina.

    - Forma de Pagamento / Fornecedores:

    vista Prazos: 30, 60, 90 120 dias

    22

  • 7/30/2019 mini curso de auditoria

    23/31

    AUDITORIA

    Prazos: 7, 14, 21 ,28, 35, 42 dias

    - Forma de Recebimento / Clientes:

    vista

    A prazo (sem limite para crdito) Caixa Econmica Federal Banco do Brasil Credicard Construcard Visa Losango

    - Cobrana:

    Telefone Nota Promissria

    10.2. Objetivo do Servio:

    O principal objetivo do servio prestado consisti no controle interno da empresade revenda de materiais de construo atravs da considerao dos seguintes itens:

    Segregao de funes; Comunicar e estimular o cumprimento das polticas, normas e procedimentos

    administrativos adotados; Proteo dos ativos; Controles fsicos sobre os ativos (controle de estoque); Fluxo de caixa; Sistemas de conferncia, aprovao e autorizao; Anlise de lucratividade por linha de produo; Anlise das variaes entre os valores orados e os incorridos.

    23

  • 7/30/2019 mini curso de auditoria

    24/31

    AUDITORIA

    10.3. Execuo do Servio:

    10.3.1. Implantao de um novo sistema de trabalho relacionado segregao de funes:

    TRABALHO:

    O dever de cada funcionrio dever ser claramente definido e desta formarespeitado. Cada um deve ser responsvel e saber prestar contas de seu cargo.

    OBRIGAES DE VENDAS:

    - Quantidade de funcionrios: 2

    O atendimento no balco tem que ser eficiente tanto para o cliente quanto para aloja.

    Os funcionrios destinados venda devero fazer o controle desta, atravs daanotao de suas vendas dirias em um talonrio, sendo este armazenado durante todo odia e arquivado para posterior controle.

    No caso da entrega ser de responsabilidade da loja, dever ser obrigao dosfuncionrios da rea de vedas a emisso uma nota que comprove o recebimento demercadorias por parte dos clientes no momento em que ocorrer a liberao do despacho

    para o entregador da mesma.Os vendedores devero estar cientes quanto s formas de recebimentos utilizadas

    pela loja (Caixa Econmica Federal, Banco do Brasil, Credicard, Construcard, Visa,Losango), assim como o valor mnimo estipulado para efeitos creditcios.

    O preenchimento da ficha de cadastro dos clientes deve ser obrigatrio, sendo a

    ficha completada por inteiro (nome completo, endereo completo, telefone, CPF, CI,consulta ao SPC, etc.), mesmo que este cliente seja parente ou amigo de funcionrio ouproprietria da loja.

    Os vendedores devero solicitar a pessoa responsvel pelo caixa da empresa,sempre que necessrio, as consultas a serem efetuadas perante o SPC, Cerasa, etc. e averificao da ficha do cliente referente a existncia de dbitos anteriores no quitados.

    O cliente devedor s poder efetuar nova compra mediante pagamento dedbitos anteriores.

    O recebimento do dinheiro dever ser destinado somente ao caixa.

    OBRIGAES DO CAIXA:

    - Quantidade de funcionrios: 1

    A pessoa responsvel pelo caixa dever ser incumbida tanto pela abertura comopelo fechamento deste, sendo responsvel pela prestao de contas na ocorrncia defaltas de caixa.

    Dever ser responsvel o valor mnimo para abertura de credirio. O credirio spoder ser concedido mediante a quitao de dbitos anteriores relativos s comprasrealizadas na loja ou em qualquer outro empreendimento.

    Os pagamentos das prestaes s devem ser aceitos pela pessoa responsvel docaixa, devendo esta dar baixa na ficha do cliente.

    As fichas dos clientes devero estar arquivadas de A a Z para facilitar alocalizao da mesma na hora da venda.

    24

  • 7/30/2019 mini curso de auditoria

    25/31

    AUDITORIA

    OBRIGAES DAS COMPRAS / ESTOQUE:

    - Quantidade de funcionrios: 1

    O estoque responsabilidade da pessoa ligada as compras.

    O pedido ao fornecedor s poder ser realizado com a aprovao do responsvelpelas compras e estoques, depois de verificada a real necessidade da falta damercadoria. Para a efetivao das compras dever ser levado em considerao aquantidade de mercadorias a ser solicitada mediante observncia do giro das vendas, o

    prazo do fornecedor para entrega da mesma e as possibilidades de pagamento dofornecedor.

    A pessoa incumbida das compras dever adotar mtodos de cotao paraaveriguar o melhor preo dentre os fornecedores.

    As notas de entrada e de sada de mercadorias devero ser repassadas para apessoa responsvel pelas compras / estoques para que se tenha um total controle sob asvendas e os pedidos (giro de estoque, necessidade de mercadoria/pedidos).

    OBRIGAES DA ENTREGA DE MERCADORIAS / CAMINHO:

    - Quantidade de funcionrios: 2

    O responsvel pela entrega dever conferir o total de mercadorias constantes nanota de pedidos com as mercadorias a serem despachadas. Na efetivao da entregadever solicitar ao cliente a assinatura na nota emitida pelo pessoal de vendas quecomprova o recebimento da totalidade de mercadorias.

    obrigatrio, no retorno do responsvel pela entrega, devoluo da nota quecomprove o recebimento da mesma devidamente assinada pelo cliente.

    O entregador, sendo ele o motorista do caminho, dever estar ciente que a

    gasolina utilizada e qualquer conserto ou manuteno que porventura seja necessrio,dever primeiro ser levado ao conhecimento da proprietria da loja. Somente aps aliberao do pedido estar autorizado a efetuar os devidos servios especializados e/oucompras, devendo entregar ao responsvel pelo caixa as notas fiscais e recibos

    provenientes da operao realizada.

    OBRIGAES DAS COBRANAS / PAGAMENTOS:

    - Quantidade de funcionrios: 1

    Visando facilitar o controle de recebimentos de prestaes e das cobranas dosclientes inadimplentes dever ser elaborado um caderno numerado de 01 a 30 ou 31 detodos os meses do ano. Neste caderno dever ser anotada, diariamente, toda a vendaobtida atravs do credirio, pois desta forma ser mais fcil visualizar e cobrar dosclientes os pagamentos atrasados.

    Os pagamentos das obrigaes da loja devero ser quitados atendendo as datasde vencimentos correspondentes, sempre que possvel. O responsvel pelos pagamentosdever ter um controle geral das sadas de numerrios para as obrigaes contradas evencidas no ms corrente, devendo manter-se atualizado sob os recursos disponveis

    provenientes do caixa, bancos e outros.O caderno que vem sendo utilizado para anotaes do cheques pr-datados e

    outros vencimentos referentes s obrigaes contradas da loja devero ser mantidospara que haja um controle sobre a situao dos numerrios disponveis no(s) banco(s) eno caixa da empresa.

    25

  • 7/30/2019 mini curso de auditoria

    26/31

    AUDITORIA

    Qualquer pagamento para produzir efeito dever ter de contrapartida um reciboou outro documento que comprove a quitao do dbito, assim sendo, s poder serliberado para pagamento os servios ou materiais de consumo que atenderem a esterequisito.

    O funcionrio deste setor fica responsvel pelos pagamentos, em geral.

    10.3.2. Comunicar e estimular o cumprimento das polticas, normas eprocedimentos administrativos adotados:

    Todo o trabalho desenvolvido foi baseado em tcnicas contbil e administrativa esempre levando em considerao a natureza do negcio.

    As orientaes foram fornecidas a proprietria atravs de relatrios e explicaes,sendo posteriormente repassados para os funcionrios da empresa a orientaonecessria para uma perfeita execuo do trabalho proposto.

    10.3.3. Proteo dos Ativos:

    Aps o levantamento do patrimnio da empresa foi constatado que os veculos (carro,caminho) que foram comprados para atender as necessidades da empresa, no estavamdevidamente regularizados.

    Atravs da referida constatao foi solicitado proprietria da empresa queprovidenciasse a regularizao dos mesmos atravs do registro dos bens no nome daempresa, levando em considerao que foram adquiridos para fins de utilizao da loja.

    Verificamos que na empresa ocorre uma incessante busca de emprstimos

    Foi solicitado que para qualquer aquisio de emprstimo deveria ser comunicado aconsultoria contratada para que fosse realizado a anlise das taxas e as condies de

    pagamento, para que desta forma a empresa conseguisse arcar com as despesas oriundasdos emprstimos contrados e no caso da obteno do recurso a proprietria da empresareceberia uma orientao da melhor forma de canalizar o mesmo.

    10.3.3.1. Empecilhos Encontrados na Organizao da Empresa:

    Foram estabelecidos os critrios citados no item 14.3.2.2 visando um maiorcontrole e proteo para os bens da empresa, contudo, estas orientaes no foramconsideradas.

    Os bens da empresa (carro e caminho) no foram regularizados. Foram efetuados vrios emprstimos junto a instituies financeiras e a pessoasfsicas, inclusive pelos prprios funcionrios na ausncia da proprietria, sem consultara empresa contratada de consultoria.

    26

  • 7/30/2019 mini curso de auditoria

    27/31

    AUDITORIA

    10.3.3.2. Anlise Vertical da Empresa:

    Foi realizada a anlise vertical da empresa, segundo semestre de 1999 e primeirosemestre de 2000, atravs do balano patrimonial. Contudo, aps analisarmos,

    constatamos que no seria vivel o fornecimento dos resultados obtidos, tendo em vistaque o mesmo no retratava a realidade da empresa pelos seguintes fatores:

    A empresa no obedece ao princpio da entidade.

    Princpio da Entidade:

    O Patrimnio, conjunto de bens, direitos e obrigaes, pertence

    entidade. Os atos e fatos que ocorrem diariamente na entidade, objetos de

    escriturao, referem-se vida da entidade, sem se confundirem com os

    interesses particulares dos scios ou proprietrios.

    A legislao tributria reconhece a validade desse principio, ao exigir

    anualmente, para efeito do imposto de renda, uma declarao de renda da

    pessoa jurdica (empresa) e uma declarao de renda da pessoa fsica de cadaum dos scios ou do proprietrio.

    O balano patrimonial da empresa no demonstra:

    Emprstimos ContradosA empresa utiliza recursos de terceiros mas os mesmos no esto representadosno balano patrimonial. Os emprstimos, quando realizados, tm granderepresentatividade no balano patrimonial de uma empresa, pois retratam afalta de capacidade da mesma para arcar com seus compromissos, uma vezque esses emprstimos so utilizados apenas para pagamentos de dvidas

    (pagamento de funcionrios, impostos, despesas da empresa, etc.) e no parainvestimos na prpria empresa.

    Ativo PermanenteVerificamos que o ativo permanente (galpo, caminho, carro, computador,xerox, entre outros) no estavam representados nas demonstraes contbeis,embora eles estejam presentes no dia a dia da empresa. Constatamos que aempresa, mais uma vez, est contrariando o princpio da entidade.

    Valores Imprecisos:

    As demonstraes contbeis apresentam valores que no condizem com arealidade da empresa, como o caso das contas:

    CaixaOs valores da conta Caixa no so reais, tendo em vista que os financiamentosrealizados atravs da Caixa Econmica Federal eram conduzidos da seguinteforma: Parte do dinheiro do financiamento eram sacados da conta BancosConta Movimento e transferidos para o Caixa, que por sua vez, eram repassadosaos clientes em vez da totalidade de entrega das mercadorias constantes na NotaFiscal (venda).

    MercadoriasOs valores da conta Mercadorias so irreais, levando em considerao as

    27

  • 7/30/2019 mini curso de auditoria

    28/31

    AUDITORIA

    negociaes efetuadas atravs da Caixa Econmica Federal, na qual asmercadorias eram baixadas na contabilidade mediante a emisso da nota fiscal,

    porm, no ocorria real sada de mercadoria devido ao repasse, total ou parcial,de dinheiro ao cliente.

    A empresa no possui ferramentas apropriadas para uma anlise real de seusativos e passivos, levando-se em considerao que no existem um controle sobre osmesmos.

    10.3.3.3. Orientao:

    Quanto mais racionais forem os controles das diversas operaes da empresa, equanto mais rapidamente os dados puderem chegar contabilidade, tanto melhor seroos demonstrativos contveis. Descarte definitivamente s prticas irregulares referentesao convnio celebrado junto a Caixa Econmica Federal.

    Foi sugerido que a empresria estabelecesse um dilogo com o contador daempresa a fim de solicitar a contabilizao dos emprstimos contrados e do ativo

    permanente, a fim de proporcionar a empresa possibilidade de apurar o equilbrio ecrescimento estrutural e patrimonial da mesma, sua situao financeira, etc.

    10.3.4. Controles Fsicos sobre os Ativos (Controle de Estoque):

    A contagem de estoque foi realizada, embora o contrato estabelecia apenas o controledo mesmo, ou seja, os funcionrios da empresa efetuariam a contagem das mercadorias

    e a consultoria contratada faria uma conferncia sob os itens levantados para verificar averacidade das informaes.Houve a necessidade de se relevar o contrato e efetuar a contagem de mercadorias,sem a circularizao das mesmas, tendo em vista a necessidade de uma ordenao naempresa (prateleiras, balco, etc.) visto que o layout e organizao da loja eram

    precrios.

    Aps a contagem fsica das mercadorias foi solicitado que, a partir do dia seguinte dacontagem, o funcionrio responsvel pelo estoque faria o seu controle diariamenteatravs das notas fiscais emitidas e recebidas, referentes s vendas ocorridas e ascompras adquiridas, respectivamente.

    10.3.4.1. Empecilhos Encontrados na Organizao da Empresa:

    A contratante no atendeu a solicitao relativa ao controle de sada e entrada demercadorias, apesar da empresa de consultoria contratada ter esclarecido e orientado a

    proprietria e seus funcionrios para a necessidade da execuo do servio.

    10.3.5. Fluxo de Caixa:

    28

  • 7/30/2019 mini curso de auditoria

    29/31

    AUDITORIA

    Verificamos que a empresa contrai vrios clientes atravs do convnio firmado com aCaixa Econmica Federal, contudo, a empresa no se beneficia desse convnio devido

    procedimentos irregulares que esto presentes na conduo dos negcios da empresa.

    Observamos que a empresa no tinha critrio para vendas prazo, ou seja, qualquer

    valor poderia ser adicionado a contaDuplicatas a Receber.

    Aps o levantamento das fichas de clientes constatamos que muitas dessas fichasestavam vencidas e que as mesmas no eram cobradas.

    Qualquer funcionrio tinha acesso ao caixa (no havia controle).

    O cliente no tinha contato com o caixa, o que permitia o pagamento da mercadoriaatravs dos vendedores.

    Qualquer funcionrio comprava mercadorias dos fornecedores e muitas das vezes nohavia nem a necessidade da compra.

    10.3.5.1. Orientao:

    Solicitamos a proprietria o descarte as prticas irregulares referentes aoconvnio celebrado junto a Caixa Econmica Federal.

    Conforme segregao de funes foi estabelecido como obrigaes do caixa:

    Abertura, fechamento do caixa e a responsabilidade na prestao de contas; Respeitar o valor mnimo para efetuar compras a prazo; Vendas a prazo s podem ser efetuadas aps a realizao das consultas na ficha docliente; Cliente com dbito na empresa ou em outro empreendimento no podero abrircredirio mediante quitao de dbitos anteriores.

    Para atender a necessidade de contato do cliente com o caixa sugerimos aalterao do layout da loja (o caixa ficava na parte de trs da loja, s os vendedorestinham contato com o caixa).

    Solicitamos a realizao de cobranas de recebimentos dos clientesinadimplentes, conforme segregao de funes atribudas ao responsvel pelacobrana / pagamentos e controle de cobrana via telefone.

    Sugerimos uma promoo com as mercadorias de baixa sada no estoque,visando a gerao de caixa e o giro do estoque.

    Estabelecemos que o pedido ao fornecedor s poderia ser realizado com aaprovao do responsvel pelas compras / estoque, depois de verificada a realnecessidade da falta da mercadoria, conforme segregao de funes atribudas aoresponsvel.

    10.3.6. Sistemas de Conferncia, Aprovao e Autorizao:

    29

  • 7/30/2019 mini curso de auditoria

    30/31

    AUDITORIA

    Foram estabelecidos, conforme segregao de funes, os seguintesprocedimentos de conferncia para serem adotados:

    Conferncia do estoque pelo funcionrio responsvel;

    Conferncia do caixa juntamente com a proprietria da empresa no final do dia esempre que se fizesse necessrio; A autorizao pra sada de dinheiro do caixa da empresa seria de competncia da

    proprietria / administradora; Conferncia das entradas e sadas de mercadorias seria de responsabilidade dofuncionrio responsvel pelas compras / estoques; Assinatura do cliente comprovando o recebimento de mercadorias constantes na notafiscal; O responsvel pelas compras dever fazer no mnimo 3 (trs) cotaes para averiguaro melhor preo dentre os fornecedores.

    Cobrana de recebimento dos clientes inadimplentes, conforme segregao defunes atribudas ao responsvel pela cobrana / pagamentos e controle de cobranavia telefone; Incentivo para baixa de mercadorias do estoque atravs de promoes dasmercadorias que tm pouca procura, visando a gerao de caixa e giro no estoque.

    10.4. Empecilhos Encontrados na Organizao da Empresa:

    As cobranas solicitadas para clientes inadimplentes estavam sendo feitas, porm,tiveram que ser canceladas devido o impedimento dos funcionrios ligados rea de

    vendas.

    Em algumas cobranas foram verificadas que os clientes no receberam a totalidadede mercadorias que apresentavam na ficha de pedido, ocasionando constrangimento dofuncionrio responsvel pela cobrana. Foi constatado que o total das mercadorias constantes na ficha de pedidos do clienteno correspondem, em alguns casos, a totalidade de mercadorias entregue eanteriormente solicitadas pelos mesmos. Atravs desta prtica podemos visualizar queos funcionrios da rea de vendas esto trabalhado de forma incorreta, despachandomercadorias alm do que esto sendo vendido, com destino incerto. O volume de compras no est condizente com as vendas efetivadas e nem com oestoque constatado atravs das notas de entrada e sada, desta forma, podemos observareu esto ocorrendo sadas de mercadorias de forma ilcita.

    As compras de mercadorias destinadas venda, esto sendo solicitadas sem aobservao dos critrios pr-estabelecidos, onde deveriam ser efetuadas somente pela

    pessoa responsvel pelo estoque.

    A consultoria contratada aps ter efetuado a contagem fsica do estoque e asegregao das funes com as respectivas obrigaes atribudas a cada funcionrio e a

    prpria responsvel pela empresa, representado pela proprietria, no se

    responsabilizar pelo prosseguimento destes trabalhos pela falta de conscientizao dosmesmos.

    30

  • 7/30/2019 mini curso de auditoria

    31/31

    AUDITORIA

    10.5. Sugestes:

    Os bens da empresa devero ser liquidados, incluindo veculos, xerox, com o intuitode gerar recursos que devem ser direcionados ao pagamento das obrigaesanteriormente contradas;

    Oferecer descontos especiais para promover vendas;

    Incentivar seus clientes a pagarem as duplicatas antes dos vencimentos, concedendo-lhes vantagens (pode ser atravs de uma mala direta);

    Liquidar mercadorias inativas;

    Cortar custos oriundos de mau funcionamento, verificando a utilidade dos mesmos;

    Contratar um estagirio do curso de administrao de empresas para dar continuidadee prosseguimento na organizao da empresa.

    10.6. Servios no executados:

    Os itens 10.6.1 e 10.6.2 no foram concretizados pela consultoria contratadadevido ao adiamento da contratante no repasse do preo de compra a contratada e,

    posteriormente, devido inadimplncia por parte da contratante das clusulasestabelecidas no contrato de prestao de servios.

    10.6.1. Anlise de lucratividade por linha de produo:

    Servio proposto neste tpico consiste na anlise de custo de cada produtocomercializado na empresa e, posteriormente, a comparao dos custos incorridos acada produto com o referido preo de venda, visando apurao da margem lquida porlinha.

    10.6.2. Anlise das variaes entre os valores orados e os incorridos:

    Aps a apurao da margem lquida de cada linha de produto, o servio aquiproposto seria a anlise do faturamento da empresa (gasto / lucro) atravs dolevantamento dos produtos mais vendidos e a melhor margem para comercializao.