Manual de Metodologia Cientifica

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MANUAL DE METODOLOGIA CIENTÍFICA

ILES ITUMBIARA/GO - ULBRA

Organizadoras: Auriluce Pereira Castilho Nara Rúbia Martins Borges Vânia Tanús Pereira

Revisora: Marlene Ribeiro da S. Graciano

Colaboradores: Carlos André Gonçalves Cristiane Martins Cotrim Kátia Dias Ferreira Ribeiro Kátia Eliane Barbosa Margarete Araújo Mota Narcisa Silva Soares Terezinha Aparecida de F. Castro Piedade Sílvia Costa Pasenike Zélia Clair Martins de Lima

Itumbiara, fevereiro de 2011.

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MISSÃO

Construir, com excelência, o conhecimento e o saber, por meio do ensino, pesquisa e extensão, formando indivíduos e profissionais capazes de promover a transformação e o desenvolvimento do contexto em que estão inseridos.

VISÃO Ser referência em educação de qualidade e serviços prestados buscando, com base em princípios humanísticos, a integração entre comunidade e Instituição.

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ADMINISTRAÇÃO AGRONOMIA BIOLOGIA CIÊNCIAS CONTÁBEIS DIREITO EDUCAÇÃO FÍSICA LETRAS MATEMÁTICA PEDAGOGIA PSICOLOGIA QUÍMICA SISTEMAS DE INFORMAÇÃO.

Onde o futuro já começou!

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MANUAL DE METODOLOGIA CIENTÍFICA

1ª Edição

2011 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Bibliotecária Responsável: Terezinha Aparecida de Freitas Castro Piedade CRB/1 - 1384

M294 Manual de metodologia científica do ILES Itumbiara/GO / Auriluce Pereira Castilho, Nara Rúbia Martins Borges e Vânia Tanús Pereira. (orgs.) – Itumbiara: ILES/ULBRA, 2011.

81 f. il. Vários Colaboradores.

1. Trabalhos Científicos - Normalização 2. Metodologia

Científica – Trabalhos Acadêmicos 3. Trabalhos Acadêmicos – Redação 4. Projeto de Pesquisa 5. Referências Bibliográficas – Normas ABNT 6. Comitê de Ética em Pesquisa

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SUMÁRIO

1- CONCEITOS E DEFINIÇÕES EM PEQUISA. 08 1.1 Importância das pesquisas científicas e das tecnologias 08 1.2 O que é ciência ? 08 1.2.1 Existe diferença entre a Ciência básica e aplicada? 08 1.3 - Conhecimentos e seus níveis 09 1.3.1 Níveis de conhecimentos 09 1.4 O que é Pesquisa? 09 1.4.1 Classificação da pesquisa: 10 1.4.1.1 Finalidade: Pesquisa básica x Pesquisa aplicada 10 1.4.1.2 Quanto aos objetivos 10 1.4.1.3 Tipos de pesquisa, Métodos de Procedimentos e Técnicas de Pesquisa 11 1.4.1.3.1 Tipos de pesquisa 11 1.4.1.3.2 - Métodos de procedimentos 12 1.4.1.3.3 – Técnicas de Pesquisa 12 1.4.1.4 - Métodos de coleta 13 2. PROJETO DE PESQUISA 15 3. MONOGRAFIA/TCC - FORMATAÇÃO 23 3.1 Estrutura 23 3.2 Elementos pré-textuais 24 3.3. Elementos textuais 31 3.3.1 Seções e alíneas 33 3.4. Elementos pós-textuais 36 4. NORMAS PARA APRESENTAÇÃO GRÁFICA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS SEGUNDOA ABNT

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4.1 Citação 38 4.2 Sistemas de nota de rodapé 40 4.3. Abreviaturas; siglas 40 4.4. Coesão textual 42 5. TRABALHOS ACADÊMICOS 44 5.1 Resenha 44 5.2 Fichamento 45 5.3 Resumo 48 5.4 Relatórios 50 5.5 Artigo 53 5.6 Painel 55 5.7 Seminário 57 5.8 Mesa redonda 58 6. REFERÊNCIAS /BIBLIOGRAFIAS 60 7. COMITÊ DE ÉTICA 78 8. REFERÊNCIA 80

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LISTA DE FIGURAS Fig. 1 - Modelo da capa do projeto 16 Fig. 2 - Modelo da folha de rosto 17 Fig. 3 - Modelo de introdução 17 Fig. 4 - Modelo de cronograma 20 Fig. 5 - Modelo de referências 21 Fig. 6 - Modelo de capa de monografia 24 Fig. 7 - Modelo de folha de rosto 24 Fig. 8 - Modelo de ficha catalográfica 25 Fig. 9 - Modelo de folha de aprovação 25 Fig. 10 - Modelo de dedicatória 26 Fig. 11 - Modelo de agradecimento 26 Fig. 12 - Modelo de epígrafe 27 Fig. 13 - Modelo de resumo monografia 27 Fig. 14 - Modelo de Abstract 28 Fig. 15 - Modelo de lista de figuras 29 Fig. 16 – Modelo de lista de tabelas 30 Fig. 17 - Modelo de sumário 31 Fig. 18 - Modelo de introdução 32 Fig. 19 - Modelo de início de capítulo 35 Fig. 20 - Modelo de conclusão 36 Fig. 21 - Modelo de referências 36 Fig. 22 - Modelo de ficha para fichamento 46 Fig. 23 - Modelo de fichamento de esboço 46 Fig. 24 - Modelo de fichamento de citação com cortes 47 Fig. 25 - Modelo de fichamento de resumo 48 Fig. 26 - Modelo de resumo científico 49 Fig. 27 - Modelo de relatório 51 Fig. 28 - Modelo de artigo cientifico 55 Fig. 29 - Modelo de painel 57

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APRESENTAÇÃO

A construção deste manual, elaborada por professores de Metodologia Científica dos diferentes cursos desta Instituição buscou sistematizar e simplificar os instrumentos da comunicação científica e acadêmica, uma vez que no Instituto Luterano de Ensino Superior de Itumbiara os princípios educacionais pautam-se na trilogia ensino, pesquisa e extensão.

Neste sentido, a intenção da elaboração deste manual não foi interferir, nem tampouco mudar o pensamento escrito dos autores. Na realidade, a finalidade pautou-se em buscar esclarecer e orientar alunos e professores para uma linguagem comum e orientada dentro das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Dentre os momentos de discussão, aceitação e prevalência da ponderação dos organizadores, houve a definição das regras para a elaboração dos trabalhos científicos e acadêmicos dentro da Instituição. Pautou-se, portanto, todo tempo de estudo em colocar as necessidades evidenciadas de cada curso existente no Instituto Luterano de Ensino Superior e assim utilizar-se de apenas uma linguagem para orientação e correção dos trabalhos acadêmicos elaborados nos níveis de graduação e pós-graduação.

Vale ressaltar que além das normas descritas nesta obra, é indispensável a utilização/avaliação do Comitê de Ética em Pesquisa com seres humanos, para que os trabalhos científicos sejam aprovados, conforme disposições acrescidas no final desta obra.

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1. CONCEITOS E DEFINIÇÕES EM PESQUISA 1.1 Importância das pesquisas científicas e das tecnologias Pesquisar é uma necessidade de todos os indivíduos. Tem como sinônimo a busca, a indagação. Para alcançar a qualificação como um processo de investigação científica, requer emprego de metodologia científica. As pesquisas geram as ciências, e por sua vez, as tecnologias. Abrangem todas as áreas onde atua o homem, desde a produção de utensílios domésticos, passa pela produção industrial, agricultura, telecomunicação, informática, até a biotecnologia. Por meio dela, tem o homem explorado de forma mais rápida e eficiente o meio ambiente, o espaço, a melhoria do setor agropecuário e da qualidade da educação, além de novas descobertas nas áreas médica, farmacêutica, informática, entre outras. Assim, os estudos científicos vêem produzindo conhecimentos, ciências e tecnologias, por meio da geração de procedimentos, produtos, métodos para proporcionar qualidade de vida a todos. 1.2 O que é Ciência? Entende-se como ciência um acervo de conhecimentos científicos que se renova com a pesquisa para cada vez mais resolver problemas, desenvolver procedimentos, equipamentos, produtos e responder a questões. Ainda pode-se definir que a ciência é todo um conjunto de atitudes e atividades racionais, dirigidas ao sistemático conhecimento, com objetivo limitado, capaz de ser submetido à verificação.

A ciência caracteriza-se pelo conhecimento racional, sistemático, exato, verificável, falível, certo e real; pela investigação rigorosa, controlada, baseada em metodologia, proporcionando obtenção das conclusões científicas, desenvolvimento de teorias que serão aplicadas na prática. 1.2.1 Existe diferença entre a Ciência básica e aplicada? É um erro dividir as ciências em básica e aplicada, pois ambas originam-se do mesmo conceito. A diferença entre ambas está em termos de prazo, prioridade em relação à

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demanda do cliente, disponibilidade de recursos humanos, financeiros, mas não em termos qualitativos e de importância, pois ambas testam hipóteses, a partir de método científico.

Toda ciência é básica, pois os conhecimentos científicos gerados através de seus métodos devem servir de base para a aplicação em beneficio da humanidade, por isto toda ciência é aplicada. 1.3 Conhecimentos e seus níveis

Saber e conhecer significam ter a posse de informações, ter a noção da idéia de algo que se relaciona com o mundo envolvido, o conhecimento significa prática da vida, consciência de si mesmo e ato ou efeito de saber e conhecer de forma metódica e organizada. Etimologicamente, a palavra conhecimento, que deriva do latim cognoscere, é sinônimo de “procurar entender” ou “conhecer junto” (MAGALHÃES, 2005, p. 13). Define-se conhecer como uma relação entre a pessoa e o objeto a ser conhecido. No processo de conhecimento, a pessoa se apropria, de certo modo, do objeto a ser conhecido (FERRÃO, 2003, p. 39). Através do conhecimento, o homem entra nas diversas áreas, tomando posse, sabendo da sua natureza, significado, função, origem, finalidade, enfim, de sua estrutura fundamental com todas as implicações resultantes. 1.3.1 Níveis de conhecimento

De acordo com a profundidade do conhecimento e a sua aproximação da verdade, Ruiz (1997); Mezzaroba e Monteiro (2008) distinguem e caracterizam, de forma geral, seis níveis de conhecimento: empírico, científico, filosófico, teológico, sociológico e jurídico. – Conhecimento empírico: refere-se ao conhecimento prático, obtido ao acaso, após inúmeras tentativas; é adquirido e acumulado através de terceiros, da vivência e dos problemas do dia-a-dia. É obtido por qualquer ser humano e baseia-se na experiência pessoal. É o modo comum, espontâneo e pré-crítico que o homem tem de conhecer tudo o que acontece ao seu redor. Não exige comprovação científica. Nos estudos sócio-jurídicos é baseado na realidade social da época em estudo. – Conhecimento científico: refere-se ao conhecimento obtido por experimentação, utilizando a metodologia científica. Caracteriza-se pela sua capacidade de analisar, de explicar, de desdobrar, de justificar, de induzir, de aplicar leis e de predizer com segurança eventos similares futuros. Assim, ao contrário do empírico, o conhecimento científico surge não apenas da necessidade de se encontrar soluções para problemas de ordem prática da vida diária, como também do desejo de fornecer explicações sistemáticas que possam ser testadas e criticadas. O conhecimento científico diferencia-se do empírico não pela veracidade nem pela natureza do objeto conhecido, mas sim pela forma, modo ou método e os instrumentos utilizados no ato de conhecer. Exige comprovação científica. – Conhecimento filosófico: baseia-se na experiência e não na experimentação. É um conhecimento que busca constantemente o sentido da justificação, da possibilidade de interpretações a respeito de tudo aquilo que envolve o homem. Pauta-se em ideias, conceitos, observações, reflexões e experiências. Apesar de não exigir experimentação, trabalha-se através da coerência lógica, indaga e assume posições. Não exige comprovação científica justamente porque se baseia em conhecimentos explicativos da vida, do mundo, da morte, etc., sem a obrigação da comprovação prática.

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– Conhecimento teológico: apoia-se em doutrinas e no conhecimento revelado (exemplos: Bíblia, Alcorão). Os conhecimentos são originados e seguidos como obra de Deus. Suas evidências não são verificadas, mas regidas pela fé, ou seja, dogmático. Não exige comprovação científica. - Conhecimento Sócio-jurídico: baseia-se na relação dos fatores sociais e políticos com a ordem normativa, ou seja, o liame entre a ordem jurídica e ordem sociopolítica. Exemplo: o exercício dos direitos e deveres decorrentes da cidadania frente ao ordenamento jurídico. Exige comprovação científica no âmbito das ciências sociais.

Segundo Lakatos e Marconi (2003), mesmo existindo uma separação metodológica entre os níveis de conhecimentos, o sujeito conhecedor pode penetrar nas diversas áreas ao mesmo tempo. Por exemplo, ao estudar o ser humano podem-se extrair várias conclusões: • O seu modo de atuar na sociedade, baseado no senso comum ou na experiência do dia-a-dia (conhecimento empírico); • O seu modo de viver como um ser biológico, verificando o seu comportamento mediante a investigação experimental, as reações existentes entre determinados órgãos e as suas funções (conhecimento científico); • Questionar quanto a sua origem e destino, quanto à sua liberdade e sua existência, suas incertezas (conhecimento filosófico), • Observá-lo como um ser criado pela divindade, à sua imagem e semelhança, e ainda meditar sobre o que dele dizem os textos sagrados (conhecimento teológico) • Observa as conseqüências legais do exercício da cidadania (conhecimento sócio-jurídico). 1.4 O que é Pesquisa? Pesquisa é o conjunto de procedimentos sistematizados, baseados em raciocínio lógico, na busca de soluções para os problemas nas diversas áreas, utilizando metodologia científica. É o desenvolvimento efetivo de uma investigação bem planejada, feita e redigida seguindo as normas metodológicas provenientes da ciência. Usualmente, a pesquisa surge de uma dúvida, que por sua vez leva à formulação de um problema que deverá ser resolvido por meio da utilização de um método científico. 1.4.1 Classificação da pesquisa: 1.4.1.1 Finalidade: Pesquisa básica x Pesquisa aplicada

O objetivo da pesquisa básica é intelectual, procura alcançar o saber para satisfação do desejo de adquirir conhecimentos e proporcionar informações possíveis de aplicações práticas, sendo desvinculada de finalidades utilitárias imediatas, não sofrendo limitação de tempo. É dirigida à geração do conhecimento científico não aplicável, imediatamente à solução de demandas tecnológicas específicas. Ela amplia generalizações, define leis, estruturas, sistemas e teorias.

A pesquisa aplicada visa aplicações práticas, com o objetivo de solucionar problemas que surgem no dia-a-dia, que resultam na descoberta de princípios científicos que promovem o avanço do conhecimento nas diferentes áreas. Ela se empenha em desenvolver, testar e avaliar produtos e processos, encontrando fundamentos nos princípios estabelecidos pela pesquisa básica e desenvolvendo uma tecnologia de natureza utilitária e finalidade imediata.

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1.4.1.2 Quanto aos objetivos A pesquisa divide-se em formal e factual. A Formal ocupa-se da Lógica e da Matemática, enquanto que a Factual se subdivide em Natural: Física, Química, Biologia, Psicologia; e em Cultural: Psicologia Social, Sociologia, Economia, Política e História. Quanto aos objetivos, ela pode ser dividida em exploratória, descritiva, explicativa e prescritiva:

a) exploratória: é o primeiro passo do trabalho científico. Geralmente é a bibliográfica, pois se avalia a possibilidade de desenvolver uma pesquisa sobre determinado assunto. Na ciência jurídica abrange também as legislações e as jurisprudências. Visa oferecer informações sobre o assunto, definir os objetivos da pesquisa e orientar a formulação da hipótese;

b) descritiva: promove estudo, análise, registro e interpretação dos fatos do mundo físico, sem a interferência do pesquisador. Geralmente os dados são coletados pela aplicação de entrevista, questionário e observação;

c) explicativa: esse tipo de pesquisa é a mais complexa pois registra, analisa, interpreta os fatos e identifica as suas causas. A maioria das pesquisas explicativas é experimental, em que se manipula e se controla as variáveis.

d) prescritiva: promove não apenas a descrição do que é objetivado na pesquisa científica, mas sim estabelece num plano ideal, a melhor solução para o caso estudado. Exemplo: no caso da existência de uma situação não prevista no ordenamento jurídico propõe-se após o estudo científico a solução ideal.

1.4.1.3 Tipos de pesquisa, Métodos de Procedimentos e Técnicas de Pesquisa 1.4.1.3.1 Tipos de pesquisa - Pesquisa bibliográfica - é baseada na consulta de todas as fontes secundárias relativas ao tema que foi escolhido para realização do trabalho. Abrange todas as bibliografias encontradas em domínio público como: livros, revistas, monografias, teses, artigos de Internet. - Pesquisa documental - é a pesquisa que se baseia na coleta de dados, de documentos escritos ou não, através das fontes primárias, realizadas em bibliotecas, institutos e centros de pesquisa, museus, acervos particulares (igrejas, escolas, bancos, postos de saúde, cartórios, hospitais) e públicos (documentos de órgãos oficiais como ofícios, leis, escrituras) e outros como fontes estatísticas, fontes do direito, livros de apuração ICMS, balancetes contábeis e financeiros e comunicações realizadas pelos meios de comunicação orais e audiovisuais (rádio, televisão, filmes, mapas). - Pesquisa de campo - é utilizada para gerar conhecimentos relativos a um problema, testar uma hipótese, ou provocar novas descobertas em uma determinada área. Baseia-se em projetos de pesquisa que determina as hipóteses, os objetivos e a metodologia utilizada para efetuar as observações controladas, as variáveis a serem observadas e analisadas, a amostragem, a técnica de coleta de dados, a preparação das informações e a análise estatística. - Pesquisa de laboratório - é uma investigação em que o pesquisador manipula as variáveis e faz os seus controles. A pesquisa é realizada em ambientes fechados, reais ou artificiais, geralmente controlados. A maioria dessas pesquisas é experimental, feitas com pessoas, animais, vegetais e minerais.

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1.4.1.3.2 Métodos de procedimentos

De acordo com Lakatos (2009) métodos se situam em níveis claramente distintos, que se referem à sua inspiração filosófica, ao seu grau de abstração e à sua finalidade mais ou menos explicativa. Podemos assim classificar os vários tipos de métodos: • Métodos de abordagens: a) Método indutivo: parte de constatações mais particulares à formulação de leis e teorias (do particular para o geral). b) Método dedutivo: parte-se de teorias e leis para a análise e explicação de fenômenos particulares (geral para o particular) c) Hipotético - dedutivo: formula-se uma hipótese, testando a ocorrência de fenômenos abrangidos pela hipótese. São as variáveis que persistem como válidas resistindo as tentativas de falseamento, d) Método dialético: A dialética é conhecida como a arte da dialogo que aos poucos

se transforma na arte de demonstrar uma tese capaz de definir, atingir com a clareza os conceitos envolvidos na discussão. Ação recíproca, contradição inerente ao fenômeno e da mudança dialética que ocorre na natureza.

• Método Histórico: Investigar os acontecimentos, processos e instituições do passado para verificar a sua influência na sociedade de hoje, pois as instituições alcançaram sua forma atual através de alterações de suas partes componentes.

• Método Comparativo: estudo das semelhanças e diferenças entre os diversos tipos de grupos, sociedades ou povos. Contribui para uma melhor compreensão do comportamento humano. Este método realiza comparações com a finalidade de verificar similitudes e divergências.

• Método Monográfico: estudo de determinados indivíduos, profissões, condições, instituições, grupos ou comunidades, com a finalidade de obter generalizações. A investigação deve examinar o tema escolhido, observando todos os fatores que influenciaram e analisando-o em todos os seus aspectos.

• Método Estatístico: redução de fenômenos sociológicos, políticos, econômicos a termos quantitativos e à manipulação estatística, que permite comprovar as relações dos fenômenos entre si. Importante: Vide Marconi; Lakatos (2009) outros métodos de procedimentos e aprofundamento sobre o assunto - vide referência bibliográfica.

1.4.1.3.3 Técnicas de Pesquisa

Para a realização de uma pesquisa científica há necessidade de levantamento dos dados e coleta por meio das técnicas de pesquisa. De acordo com Marconi; Lakatos (2009, p.176) este procedimento pode ocorrer de diferentes formas, tais como: a) documentação indireta: pesquisa documental e pesquisa bibliográfica; b) documentação direta: pesquisa de campo, experimental e de laboratório; c) observação direta intensiva: observação e entrevista;

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d) observação direta extensiva: aplicação de questionário. - Entrevista - é o encontro de duas pessoas com o objetivo de obter informações a respeito de determinado assunto, mediante uma conversa natural ou programada de forma profissional (estruturada ou semi-estruturada que intercala perguntas do roteiro e outras que surgem com o desenvolver da entrevista). A conversa é efetuada frente a frente com entrevistado e entrevistador, de forma sistemática e metódica, possibilitando assim, obter informações necessárias do entrevistado para realização do trabalho. Para ter sucesso na coleta de dados é importante ter: um roteiro de perguntas através de formulários, um conhecimento prévio do entrevistado, marcar dia, hora e local da entrevista, proporcionar confiança ao entrevistado, garantir sigilo ao informante em relação às suas respostas. - Questionário - é uma técnica de coleta de dados através de uma série ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito, sem a presença do entrevistador. As perguntas são encaminhadas aos informantes em formulários próprios contendo como anexo uma carta explicando o objetivo, a natureza e a importância da pesquisa. Quanto à forma, o questionário poderá ter perguntas nas categorias: abertas (dissertativas) e fechadas (de múltipla escolha). - Pesquisa de campo - utilizada com o objetivo de conseguir informações ou conhecimentos acerca de um problema, para o qual se procura uma resposta que se queira comprovar, podendo ser: a) quantitativo-descritivo: investigações de pesquisa empírica cuja finalidade principal é o delineamento ou análise das características de fatos ou fenômenos, avaliação de programas, ou o isolamento de variáveis principais; b) qualitativa: é basicamente aquela que busca entender um fenômeno específico em profundidade. Ao invés de estatísticas, regras e outras generalizações, a qualitativa trabalha com descrições, comparações e interpretações. c) exploratório: investigação de pesquisa empírica, cujo objetivo é a formulação de questões ou de um problema, com finalidade de desenvolver hipóteses, aumentar a familiaridade do pesquisador com um ambiente, fato ou fenômeno, para a realização de uma pesquisa futura mais precisa. - Observação - É a técnica de coleta de dados para conseguir informações. Utiliza-se dos sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade, ou seja, examinar fatos ou fenômenos que se deseja estudar. 1.4.1.4 - Métodos de coleta:

1- Entrevista: a. Estruturada b. Semi-estruturada c. Não estruturada d. Painel

2- Questionário

a. Aberto b. Fechado c. Semi-estruturado d. Múltipla escolha

3- Observação direta

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a. Pelo próprio observador (assistemática) b. Por equipamentos (sistemática) c. Participante ou vivência

4- Delineamento experimental a. Delineamento entre grupos b. Delineamento de caso único.

Importante: Maior aprofundamento quanto às diferentes técnicas de pesquisa, pode ser obtido em consultas a: GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2007. 208p. LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Fundamentos de metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2009. 315p. MEZZAROBA, O.; MONTEIRO, C. S. Manual de metodologia da pesquisa no Direito. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2008. 344p.

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2. PROJETO DE PESQUISA O QUE É?

É o planejamento de todas as etapas da pesquisa que se pretende realizar. Um

projeto de pesquisa bem elaborado desempenha várias funções, tais como: define e planeja o caminho a ser seguido no trabalho de pesquisa; atende as exigências das instituições de ensino, tendo em vista a discussão/exposição dos projetos de pesquisa em seminários; permite aos orientadores discutirem todas as etapas com o orientando, avaliando possibilidades, perspectivas e eventuais desvios; condiciona a discussão e a avaliação do projeto elaborado mediante o exame da banca examinadora (em cursos de graduação, pós-graduação, mestrado e doutorado); serve de base para solicitar bolsas de estudos e/ou financiamentos para o desenvolvimento da pesquisa junto a órgãos públicos ou privados; atende as inovações científicas e tecnológicas almejadas por empresas de desenvolvimento e órgãos públicos.

A pesquisa, qualquer que seja ela, tem a priori três fases que se integram e interagem: planejamento, a execução e a apresentação. Toda pesquisa se inicia quando o pesquisador é tomado por uma perplexidade em torno de um problema e surge a necessidade, de fazer conjecturas para dar tratamento ou resposta a questão. Nesse momento começa a elaboração do projeto, quando são formuladas as seguintes indagações: quem? O que quero descobrir ou o que quero fazer? Por que? Para que e para quem fazer? Onde? Com quanto? Quando fazer? Como fazer?

ESTRUTURA

• Capa • Folha de rosto • Introdução (deverá conter: tema, problema, objetivos, justificativa da investigação

por meio de revisão bibliográfica, hipóteses) • Quadro teórico / Referencial teórico/ Revisão da literatura

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• Metodologia/ Material e Métodos • Cronograma • Orçamento (opcional) • Referências • Anexo ou apêndice (opcional)

OBS: todos os itens e subitens deverão ser numerados em seções progressivas, em numerais arábicos, no canto superior direito da folha, conforme a ABNT NBR 15287.

A seguir, tem-se a explicação de cada etapa do projeto:

Capa: Devem constar na capa do projeto os seguintes elementos: nome da instituição, nome do curso; nome do autor, título do trabalho, cidade, mês e ano. Tais elementos devem ser apresentados na ordem em que foram citados.

Fig. 1 – modelo de capa de projeto

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Folha de Rosto: A folha de rosto deve conter o nome do aluno (a), o título do trabalho, a finalidade, curso, o período e a turma, e ainda o nome do (a) professor (a) orientador (a).

Fig. 2 modelo de folha de rosto

• Introdução: Observem que a introdução consiste de um texto “corrido”, ou seja, de uma única redação dissertativa em que deverão ser apresentados os elementos citados (tema, problema, objetivos justificativa, por meio de revisão bibliográfica, hipóteses, etc.) utilizando-se de parágrafos coesos.

Fig. 3 – modelo de introdução

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O tema da pesquisa define o assunto a ser tratado. Pode equivaler ou não ao título do projeto ou da pesquisa. Deve ter um significado preciso.

Já o problema deve ser ainda mais específico que o tema. Formulado como indagação, deve ser associada ao marco teórico da investigação a ser feita e as demandas institucionais e sociais. Além disso, deve ser completo, ou seja, conter as variáveis necessárias e esclarecedoras da investigação.

Contextualiza-se o tema e o problema de pesquisa, segundo o marco teórico que sustentará o desenvolvimento da pesquisa. Há que se esclarecer os limites para o seu desenvolvimento.

Os objetivos são as metas a serem alcançadas com a realização do trabalho, por meio de verbos no infinitivo, como: demonstrar, identificar, observar, analisar, comparar. A melhor forma de destacá-los é dividi-los em geral e específicos. O geral deve se referir ao produto que se deseja obter com a investigação.

Já objetivos específicos (devem conter, no mínimo, três) possuem natureza operacional, isto é, referem-se a procedimentos que deverão ser cumpridos para que o objetivo geral seja atingido, confirmando ou não a hipótese enunciada. A justificativa da investigação por meio de uma revisão bibliográfica, em que se faz referência a estudos e pesquisas já realizados ou correlacionados sobre o assunto em questão.

A revisão bibliográfica, para justificar a pesquisa, pode ser feita, optando-se por um dos seguintes argumentos:

1. O pesquisador demonstra a análise incompleta ou insuficiente acerca do objeto de estudo;

2. Por meio da literatura selecionada, o estudioso demonstra contradições entre os autores em relação ao problema enunciado;

3. O estudioso deseja colocar em xeque as conclusões encontradas sobre o objeto de estudo;

4. o pesquisador necessita reafirmar os resultados já obtidos em outras investigações.

A justificativa abordará além da relevância bibliográfica (acadêmica) tendo por base o marco teórico da pesquisa, devendo assim enfatizar também a relevância social, cultural, econômica e jurídica se houver.

A hipótese é a tentativa de explicação ou solução do problema enunciado, expressa na forma de sentença afirmativa. Deve também estar de acordo com o marco teórico definido. Trata-se de um ato criativo. Deve possuir clareza conceitual, referir-se a conceitos passíveis de verificação (empírica).

• Quadro Teórico / Referencial Teórico / Revisão da Literatura: Indica-se a fundamentação, o marco teórico, o estado da arte, ou seja, o que há

de melhor, dentre as produções científicas mais significativas e criativas da área o estado do debate que orienta o estudo1. Este referencial é considerado como um elemento de controle de toda a pesquisa, desde a problematização inicial.

O pesquisador irá interpretar seu objeto de estudo de acordo com a concepção teórica de uma ou toda a obra de um autor, ou seja, o marco teórico previamente determinado. Todas as etapas do projeto são definidas conforme esta escolha. Apresenta-se 1 Como, por exemplo, a Teoria do Discurso de Jürgen Habermas, o materialismo histórico dialético de Karl Marx, o positivismo de August Comte, o enfoque experimental segundo a corrente de pensamento empirista, o estruturalismo conforme a obra de Claude Lévi-Strauss, entre outros.

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de modo aprofundado, respondendo quais os princípios, categorias, conceitos ou teorias que fundamentam a pesquisa.

Deve estar de acordo com a problemática formulada e o raciocínio desenvolvido nas fases anteriores. Cabe alertar que caso o marco teórico seja mudado durante a pesquisa, todos os demais elementos, como problema, hipótese, objetivos (geral / específicos), caem por terra, o que significa que o estudo será outro e terá um novo começo.

• Metodologia / Material e Métodos:

Indicam-se as técnicas, procedimentos e material a serem utilizados na pesquisa, bem como a dimensão teórica da investigação, de acordo com o problema enunciado e os objetivos pretendidos pelo pesquisador.

Os seguintes pontos deverão ser introduzidos na exposição: - a apresentação breve do marco teórico, ou seja, do autor cujas idéias ou concepção

teórica mais sustentam a formação do pesquisador (que deve ser o mesmo das seções anteriores do projeto, como no problema e na hipótese);

- o tipo ou técnicas de pesquisa (teórica, empírica, laboratorial, ou quantitativa, qualitativa, estudo de caso), relatando o porquê da escolha e todas as minúcias de material e métodos empregados;

- o setor do conhecimento em que se insere o objeto de estudo (multi, inter ou transdisciplinar), quais as disciplinas, áreas, ou institutos envolvidos na pesquisa;

- o método de abordagem, como: método indutivo, dedutivo, dialético ou hipotético-dedutivo (sendo obrigatório a indicação de um dos métodos indicados anteriormente). Fica a critério do pesquisador enfatizar os outros métodos de pesquisas existentes.

- a natureza dos dados operacionalizados (primários, secundários). As fontes primárias são os documentos oficiais ou não, as entrevistas, a jurisprudência, os arquivos, a legislação, os dados estatísticos. Já as fontes secundárias baseiam-se em estudos já realizados por outros pesquisadores, como livros de qualquer espécie, artigos de periódicos, legislações interpretadas;

- os procedimentos que auxiliarão o exame de dados como definição de conceitos, levantamento estatístico, aplicação de questionário, entrevista, observação, análise de conteúdo ou de documentos, legislações e jurisprudências por meio de resumos, fichamentos e resenhas.

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• Cronograma: É a previsão do tempo que será gasto na realização de todo o trabalho de pesquisa. Define também as etapas de cada processo dentro de um espaço de tempo.

Fig.4 – Modelo de Cronograma

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• Referências: Deve-se apresentar as publicações (livros, periódicos, leis, dissertações, teses, sites), em ordem alfabética, que são ou serão utilizadas na elaboração da pesquisa.

Fig. 5 – modelo de referências

• FORMATAÇÃO

O trabalho deverá ser apresentado em papel branco, formato A4 (21 cm x 29,7

cm). As folhas deverão conter margem esquerda e superior de 3 cm; direita e inferior de 2 cm. Utiliza-se, para a digitação, times new roman, 12 para texto e 10 para citações de mais de três linhas, rodapé e legendas de ilustrações e tabelas. Nas citações com mais de 03 linhas o recuo deve ser de 04 cm.

Os títulos das partes devem ser centralizados, maiúsculo e em negrito. Formalmente, o parágrafo se apresenta a 2 cm da margem esquerda.

Utiliza-se espaço 1,5 para o corpo do texto e espaço simples para notas de rodapé, citações de mais de três linhas, natureza do trabalho, finalidade, nome da instituição ou da universidade a que é submetida e a área de conhecimento. Na bibliografia, ao final do trabalho, utiliza-se espaço simples dentro da citação da mesma obra, e dois espaços simples entre uma obra e outra.

Em toda folha nova, ou seja, em todo início das páginas do trabalho que contêm títulos como introdução, referencial teórico, metodologia, referência bibliográfica, inicia-se o texto em aproximadamente 8 cm da borda superior. Estes títulos devem ser separados do texto que os sucede por dois espaços 1,5, entrelinhas. As folhas devem ser contadas seqüencialmente a partir da folha de rosto, mas não numeradas.

A numeração, em algarismos arábicos, deve aparecer na borda superior direita das páginas textuais que não possuem o recuo de 8 cm da borda superior. As notas de

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rodapé, ou o sistema autor-data (em que se indica no corpo do texto a fonte pelo sobrenome do autor, seguido da data de publicação do documento e da página), devem aparecer em sequência.

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3. MONOGRAFIA OU TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC) FORMATAÇÃO

Documento acadêmico em que se apresenta o resultado final de uma pesquisa. A redação do trabalho deve ser o reflexo de um processo de investigação sistemática e metodologicamente desenvolvida. Ela é a síntese dos resultados obtidos a partir das leituras, observações, críticas e reflexões feitas pelo educando sobre um determinado tema ou assunto específico de cada área. Ressalta-se que não se caracteriza como uma compilação de textos, mas exige rigor na coleta e análise dos dados, oportunizando o avanço no campo do conhecimento científico e na proposta de alternativas. Deve ser elaborado sob a coordenação de um orientador. 3.1Estrutura

Capa (obrigatória) Folha de rosto (obrigatória) Folha de aprovação (obrigatória) Dedicatória (opcional) Agradecimento(s) (opcional) Epígrafe (opcional) Resumo na língua vernácula (obrigatório) Resumo em língua estrangeira (obrigatório) Listas de figuras e tabelas (opcionais) Listas de abreviaturas e siglas (opcionais) Lista de símbolos (opcional) Sumário (obrigatório)

Introdução Desenvolvimento Conclusão

Referências Apêndice(s) (opcional) Anexo(s) (opcional)

Todo trabalho científico deverá ser apresentado em papel branco, formato A4 (21 cm x 29,7 cm). As folhas deverão conter margem esquerda e superior de 3 cm; direita e inferior de 2 cm. O trabalho deve ser impresso em apenas uma lauda.

Elementos pré-textuais

Elementos textuais

Elementos pós-textuais

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3.2 Elementos pré-textuais:

• Capa: um elemento obrigatório onde deve ser impresso informações importantes para a identificação do trabalho. Deve conter nome da instituição, nome do autor, título e subtítulo do trabalho, local e ano de entrega. Cabe informar que a utilização da logomarca não é permitida para trabalhos acadêmicos. A capa deve ser em espaço simples, centralizado, negrito, fonte Times New Roman, 12, caixa alta. Apenas local e ano de entrega devem vir com a letra inicial maiúscula.

Fig. 6 - Modelo de capa

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• Folha de rosto: elemento obrigatório onde deve ser impresso informações importantes à identificação do trabalho. • Deve conter nome do

autor, título e subtítulo do trabalho, nota constando a natureza do trabalho (monografia, dissertação, etc.), objetivo do trabalho (aprovação, formação ou grau pretendido), nome da instituição a que é submetido o trabalho, área de concentração (disciplina ou matéria), nome do orientador, local e ano de entrega. • A titulação do orientador

deve constar apenas na folha de aprovação.

Fig. 7 - Modelo de folha de rosto

OBS.: Mesmo padrão da capa e da folha de rosto para trabalho interdisciplinar.

• Ficha catalográfica: elemento obrigatório no verso da folha de rosto, elaborado por uma bibliotecária, conforme o Código de Catalogação Anglo-Americano em CCAA2, em vigor. • No caso de trabalho entregue

no formato digital em PDF ela virá na terceira folha, não devendo ser contada.

Fig. 8 - Modelo de ficha catalográfica

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• Folha de aprovação: deve conter o nome do autor do trabalho, título e subtítulo (quando houver), natureza do trabalho, data de aprovação, nome e assinatura dos componentes da banca examinadora.

Atenção: Colocar aqui, no local apropriado, o nome do orientador e avaliadores com suas respectivas titulações. Todos devem assinar e esta página deverá ser escaneada para posteriormente para ser anexada ao trabalho.

Fig. 9- Modelo de folha de aprovação

• Dedicatória: folha em que o(a) autor (a) dedica o trabalho ou presta uma homenagem a alguma pessoa ou grupo de pessoas. Insere-se na parte inferior à direita da página, devendo ser concisa.

Fig. 10 - Modelo de dedicatória

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• Agradecimento(s): folha em que o(a) autor (a) indica o apoio pessoal e/ou financeiro recebido durante a confecção do trabalho. Deve ser breve. Insere-se na parte inferior à direita da página.

Fig. 11 - Modelo de agradecimento

• Epígrafe: folha em que o autor

apresenta uma citação, com indicação de autoria, relacionada com a temática desenvolvida no trabalho apresentado. Pode estar presente no início de cada capítulo ou seção do trabalho. O autor citado deve constar na lista de referências do trabalho.

Fig. 12 - Modelo de epígrafe

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• Resumo na língua

vernácula: elaborado em folha separada, deve indicar, concisamente, os pontos relevantes do trabalho: objetivos, metodologia, resultados esperados ou obtidos, o valor científico do trabalho e sua originalidade, contendo, no máximo 400 palavras e no mínimo 200 para as monografias. Deve ser composto de uma sequência de frases concisas e não deve ser elaborado na forma de tópicos.

Fig. 13 - Modelo de resumo na monografia

Deve ser seguido das palavras-chave ou descritores, precedido de dois espaços simples, tendo no mínimo de 3 e no máximo de 5 palavras, isto é, inserir palavras que mais representam o conteúdo do trabalho, ressaltando que as mesmas devem vir separadas por ponto. O resumo deve ser em texto corrido e sem parágrafo, digitado em espaço simples.

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• Abstract (Resumo na língua estrangeira): contém as orientações do resumo em língua vernácula, digitado em folha separada. Por ser elaborado em idioma de comunicação internacional (inglês – Abstract). Deve, também, ser seguido das palavras-chave (inglês - Keywords)

Fig. 14 - Modelo de abstract • Listas de ilustrações

(opcional): qualquer que seja seu tipo (desenhos, esquemas, fluxogramas, fotografias, gráficos, mapas, organogramas, plantas, quadros, retratos e outros) sua identificação aparece na parte inferior, precedida da palavra designativa seguida do seu número de ordem de ocorrência no texto, em algarismos arábicos (exemplo: 1, 2, 3 etc.), do respectivo título e legenda explicativa de forma breve e clara, dispensando consulta ao texto e da fonte (a qual deverá constar no texto do trabalho).

Fig. 15 - Modelo de Lista de figuras

A ilustração deve estar inserida o mais próximo possível do texto a que ser refere.

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Devem ser apresentadas conforme a ordem no texto, seguidos dos números das páginas. A tabela deve ter o número inscrito no seu topo sempre que o documento apresentar duas ou mais tabelas, para identificá-la, permitindo assim sua localização. Sua identificação deve ser feita em algarismos arábicos de forma crescente, precedidos da palavra tabela, podendo ser subordinada ou não a capítulos ou seções de um documento. • Lista de tabela (opcional): Toda tabela deve ter o título inscrito no topo, para indicar a natureza e as abrangências geográficas e temporais dos dados numéricos (ex: descrever de forma separada locais, períodos, afinal, todas as divisões necessárias).

A tabela deve ter moldura, inscrita no centro da página para estruturar os dados numéricos e termos necessários para sua compreensão. Sua estruturação dos dados deve ser de 3 traços horizontais, paralelos, sendo que: o primeiro para separar o topo, o segundo o cabeçalho e o terceiro para fechar a tabela.

Fig. 16 – modelo de lista de tabela

A moldura não deve ter traços verticais que delimitem o fechamento da esquerda e direita. Exemplo: Tabela 1 – Comparação de custos versus quilometragem

FONTE: IBGE (2009)

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NOTA: Quando o trabalho contiver ilustrações na quantidade superior a 10, sugere-se que sejam colocadas todas na lista de ilustrações, na ordem do texto, independente da sua numeração. Se a quantidade for superior a 11, sugere-se que seja feita lista separada para cada categoria.

Entre as linhas do sumário, o espaçamento deve ser simples e entre um título e outro, o espaço duplo. Os títulos dos capítulos (seções primárias) devem ser escritos em letras maiúsculas sem negrito. Todas as demais seções em letras minúsculas. O Sumário fecha a estrutura dos elementos pré-textuais do trabalho acadêmico.

3.3 Elementos textuais: • Introdução

Pede-se atenção a esta parte do trabalho já que seu conteúdo deverá evidenciar

ao leitor as partes essenciais do que está sendo apresentado, por esta razão a introdução deve ser escrita somente após o trabalho estar concluído. Tem a função de anunciar a contextualização do assunto ou sujeito da pesquisa, delimitando o tema, evidenciando sua importância.

Sequencialmente ao tema, indica-se o objeto de pesquisa e o seu campo de conhecimento, o problema e a hipótese apontados no projeto, os objetivos básicos e as justificativas do estudo que foram elaborados, a metodologia utilizada e as reformulações que se fizeram necessárias devido as condições e/ou fatos não esperados.

• Sumário: tem por finalidade proporcionar uma visão geral do trabalho, facilitando a localização dos assuntos. Enumeram-se as partes do trabalho, na ordem em que aparecem no corpo do mesmo. Devem-se apresentar somente as seções primárias, secundárias e terciárias. Deve ainda conter indicativo numérico de cada seção, título da seção e paginação separadas por uma linha pontilhada.

Fig. 17- Modelo de Sumário

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Em seguida, deve demonstrar como foi desenvolvido o trabalho, idéias e argumentos principais discutidos no interior de cada capítulo ou seções para que se tenha uma visão global do mesmo, deve-se, entretanto evitar citação direta.

Finalizando, apresentam-se impressões do próprio autor da monografia sobre o que foi escrito: dúvidas a serem esclarecidas, inclusive por outros pesquisadores da área, ou dificuldades encontradas no decorrer da pesquisa ou resultados encontrados que apresentam importância social e/ou científica.

Fig. 18- Modelo de introdução

• Desenvolvimento: é onde se expõe detalhadamente o assunto pesquisado. Pode ser dividido em seções, onde se pode constar material e método, bem como resultado e discussão, ou em capítulos confirmando as orientações abaixo citadas, conforme a formatação geral da ABNT, que devem situar: A argumentação crítica sobre a investigação realizada, tendo em vista os resultados

obtidos, tais como: os procedimentos metodológicos, o marco teórico (expondo opiniões de autores relevantes para o trabalho), os obstáculos;

O relato sobre a coleta de dados, a descrição clara sobre os métodos e técnicas adotados de forma que seja possível a reprodutibilidade que é uma característica pertinente às áreas de ciências exatas;

A organização e as dificuldades ou entraves em torno da bibliografia, jurisprudências e legislações sobre o objeto de pesquisa;

Análise e interpretação das informações e dados coletados por meio de entrevistas, questionários, arquivos, jurisprudências e legislações, entre outros, diante do marco teórico escolhido para a fundamentação da pesquisa;

Análise do problema, localizando as partes que foram ou não solucionadas a partir dos dados coletados da pesquisa e a comprovação/refutação da(s) hipótese(s) a partir do cruzamento com os dados e observações levantados, bem como com o marco teórico e a revisão da literatura, demonstrando, por exemplo, que:

a) se a comprovação e ou a refutação da hipótese produz novo conhecimento ou não para a compreensão de determinado tema na área de conhecimento em questão; b) se a comprovação e ou a refutação da hipótese nega ou não afirmações ou teorias já aceitas na área; CIENTÍFICA.

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c) se a comprovação e ou a refutação da hipótese confirma teoria em voga que vem sendo negada por pesquisadores ou teóricos reconhecidos, na área de concentração.

Chama-se a atenção para evitar cópias de partes de obras sem a correspondente

referenciação. A banca examinadora é geralmente especialista na área do trabalho analisado, portanto, conhece os autores sobre o assunto e ainda as falas do autor do trabalho em questão. Vale ainda ressaltar que a cópia de obras se configura um plágio, sendo passível a abertura de um processo contra o plagiador. Obs: A revisão de literatura e os dados históricos alcançados sobre o tema-problema não devem estar situados em um único capítulo ou parte específica do trabalho monográfico, e sim em todas as partes do relato servindo como sustentação dos raciocínios desenvolvidos. Cabe ao orientador designar quantos capítulos e em que local os autores devem ser colocados para fundamentar com maior profundidade o assunto trabalhado. 3.3.1 Seções e alíneas Cabe nesse momento explicar o que são seções e alíneas elencadas no início deste item. Seções

Os capítulos de um trabalho científico são chamados pela ABNT de seções primárias e podem ser divididos e subdivididos em seções secundárias, terciárias, etc., tomando-se o cuidado de não ultrapassar a quinária. Adota-se a numeração progressiva – sistema numérico para dispor hierarquicamente as partes do trabalho – para as seções do texto.

Cada divisão recebe um grupo de números chamado indicativo de seção. São

sempre utilizados números arábicos. Para a numeração dos capítulos (seção primária) segue-se a ordem natural dos números inteiros (1, 2, 3, 4,...). O indicativo da seção secundária será formado pelo número do capítulo, mais o número de cada parte separada por ponto, aplicando-se o mesmo processo às terciárias, quaternárias e quinárias (1.1; 1.1.1;...).

Os títulos das seções primárias (Títulos dos capítulos), que recebem indicação numérica, são sempre iniciados em página nova, alinhado à esquerda, separados do numeral por um espaço e a 3 cm da borda superior. Já os títulos que não recebem indicação numérica (Errata, Agradecimentos, Lista de figuras, Lista de abreviaturas e siglas, Lista de símbolos, Sumário, Introdução, Conclusão, referências, Apêndice, Anexo, Glossário) devem ser centralizados, a 8cm de distância da borda superior e em nova página.

Os títulos das subseções são alinhados à esquerda e destacados gradativamente,

separados do texto anterior por um espaço duplo. O texto a seguir deve ser iniciado logo na próxima linha. Devem-se deixar dois espaços duplos entre os títulos das seções e o texto anterior. Para destacar as seções deve-se utilizar o negrito, itálico ou caixa alta. O título primário sempre vem em maiúsculo e negrito. Os títulos das seções secundárias devem ser em maiúsculo e negrito, podendo ou não se itálico. O título das seções terciárias em diante deve seguir as seguintes regras:

• Quando o título possuir verbo, pontuação intermediária ou entonação final é considerada oração, com isso somente a inicial da primeira palavra será maiúscula e terá ponto final, exceção para nomes próprios;

Exemplo: 1.2.1 Que fim levou o menino?

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• Quando o título não possuir verbo, pontuação intermediária ou entonação final é considerada uma frase, com isso a inicial de cada palavra será maiúscula e não terá ponto final.

Exemplo: 2.3.1 O Aliciamento de Menores

No sumário todas as seções devem ser relacionadas alinhadas à esquerda como especificado no exemplo, na página relativa a ele.

Alíneas

As seções podem ainda ser subdivididas em alíneas que são ordenadas alfabeticamente, por letras minúsculas seguidas de parênteses separadas entre si por uma linha em branco. As alíneas servem para itens do conteúdo que não são extensos. Deve-se observar os seguintes itens na disposição gráficas das alíneas:

a) o trecho anterior à alínea termina por dois pontos; a b) as alíneas são reentradas em relação à margem esquerda como se fossem

um parágrafo; c) a matéria da alínea começa por letra minúscula e termina por ponto-e-

vírgula. A última alínea termina por ponto; d) a segunda linha e seguintes da alínea começam sob a primeira letra do

texto da própria alínea. Obs.: a trecho acima pode ser observado como exemplo de disposição gráfica de alíneas. É possível também que o texto tenha subalíneas que sao indicadas por hífen colocado sob a primeira letra do texto da alínea correspondente. A linha do texto da subalínea começa um espaço após o hífen; a pontuação é igual ao das alíneas. Exemplo: Os continentes são cinco:

a) Europa; b) Ásia; c) África; d) América:

-do norte; -Central; -do Sul;

e) Oceania

IMPORTANTE: Apresentação gráfica dos aspectos iniciais dos capítulos

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Apresentação gráfica do trabalho indica que em toda folha nova, ou seja, em todo início de capítulo ou de seções que integram o contexto do trabalho que contêm títulos como introdução, capítulos, conclusão, bibliografia, inicia-se o texto em aproximadamente 8 cm da borda superior. A numeração dos capítulos deve ser apresentada em números romanos em ordem sequencial.

Fig. 19 - Modelo de início de Capítulo

Estes títulos devem ser separados do texto que os sucede por dois espaços 1,5, entrelinhas. O mesmo ocorre com os títulos das subseções que devem ser separados do texto que os precede e que os sucede por dois espaços 1,5. • Conclusão

Deve ser construída com base nos objetivos propostos e nos dados comprovados no trabalho. Em consequência, apresentam–se os argumentos mais relevantes expostos no desenvolvimento do trabalho, uma síntese-crítica dos resultados obtidos e ou sugestões para novos estudos ou ainda a possível contribuição do estudo efetivado. Se o estudo feito não esgotou o tema-problema investigado, cabe apontar esses “vazios” e as possíveis formas diversas de preenchê-los.

Há ainda que se indicar as correções metodológicas em novas pesquisas semelhantes, demonstrando que tais indicações estão ou não relacionadas com o fato da pesquisa ser trans, inter ou multidisciplinar.

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A conclusão não deve ser pessoal e deve rematar o trabalho desenvolvido. Não é permitido colocar citações diretas. Atentar para que não sejam apresentados resultados que não estão evidenciados no trabalho.

Fig. 20- Modelo de conclusão

3.4 Elementos pós-textuais: • Referências: permite a identificação de obras consultadas para a elaboração do trabalho, devendo constar somente aquelas que foram referenciadas no trabalho na forma de citação direta, citação de informações ou citações indiretas. Deve ser redigido em ordem alfabética, espaço simples entre linhas e dois espaços simples para separar as próprias obras. Para sua elaboração deve-se consultar e ficar atento para às indicações das normas técnicas –(ver como apresentá-las em Referencias na pagina 52 ).

Fig. 21 – Modelo de referências

• Anexo(s): Não é obrigatório, porém, considera-se que é um item importante para fazer esclarecimentos ou comprovações e ou ainda dar suporte para fundamentação do assunto

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que foi desenvolvido no trabalho. Deve ser apresentado no final, após a referência bibliográfica, e identificados por letras maiúsculas, seguidas de seu título. Trata-se de assuntos não elaborados pelo autor do trabalho. Pode conter explicações técnicas de equipamentos, modelos de questionários, leis ou decretos, entre outros. Se constar mais de três, deve-se fazer um sumário de anexos. • Apêndice(s): constitui-se de matéria elaborada pelo próprio autor da monografia, como roteiros para entrevistas, questionários, planos de aulas, etc. Destina-se a complementar as idéias desenvolvidas no trabalho e ainda fazer esclarecimentos ou comprovações. Deve ser identificado por letras maiúsculas consecutivas e apresentar o seu título. FORMATAÇÃO O trabalho deverá ser apresentado em papel branco, formato A4 (21 cm x 29,7 cm). A configuração deverá ter margem esquerda e superior de 3 cm; direita e inferior de 2 cm. Utiliza-se, para a digitação, times new roman 12 para texto e 10 para citações de mais de três linhas, para o rodapé e para as legendas de ilustrações e ou tabelas. Os títulos das partes ou capítulos devem ser centralizados e em negrito. Formalmente, o parágrafo se apresenta a 2 cm da margem esquerda. Há que se utilizar espaço 1,5 para o corpo do texto e espaço simples para notas de rodapé, nas citações de mais de três linhas, na natureza do trabalho e objetivo como também o nome da instituição ou da universidade a que é submetida e a área de conhecimento (folha de rosto). Nas Referências bibliográficas, ao final do trabalho, utiliza-se espaço simples dentro da citação da mesma obra e dois espaços simples entre uma obra e outra.

a) Sigla A sigla, ao aparecer pela primeira vez no texto, deve ser precedida pela forma completa do nome e inserida entre parênteses. Exemplo: Ministério da Educação e Cultura (MEC).

b) Numeração da página: As folhas devem ser contadas sequencialmente a partir da folha de rosto, mas não devem ser numeradas. Inicia-se a colocação dos números arábicos a partir da folha seguinte da Introdução. Explica-se que a numeração, dever ser feita em algarismos arábicos, colocadas no canto superior direito das folhas de todo o texto que não possuem o recuo de 8 cm da borda superior.

c) Notas de rodapé: As notas de rodapé ou o sistema autor-data (em que se indica no corpo do texto a fonte pelo sobrenome do autor, seguido da data de publicação do documento e da página) devem aparecer em seqüência.

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4. NORMAS PARA APRESENTAÇÃO GRÁFICA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS SEGUNDO A ABNT

4.1 Citação

– O que é uma citação? As citações (referente às várias fontes bibliográficas consultadas) são de fundamental importância no enriquecimento da pesquisa, pois expõem o posicionamento de diferentes autoridades com experiência no assunto. O que não pode, de forma alguma, é transcrever integralmente, ou parcialmente um conteúdo de outro autor, sem fazer a devida referência. De acordo com a NBR 10520 da ABNT (2002), a citação é “menção no texto de uma informação colhida em outra fonte. Pode ser uma transcrição ou paráfrase, direta ou indireta, de fonte escrita ou oral”. – Citação direta ou literal É a transcrição exata de palavras e trechos de um autor, seguindo integralmente a redação, a ortografia, a acentuação, e a pontuação. Neste caso, a citação deverá conter o nome do autor ou da instituição responsável ou do título de entrada, seguida do ano de publicação e da página consultada. Quando as transcrições no texto atingem até três linhas devem estar encerrada entre aspas duplas. Exemplo: Segundo Gil (1999, p. 13) “pesquisa é um procedimento racional e sistemático que tem como objetivo, proporcionar respostas aos problemas que são propostos”. Quando a citação direta for composta por mais de três linhas, deve ser apresentada num parágrafo independente, recuado a 4 cm da margem esquerda, com letra menor (tamanho 10), sem parágrafo na primeira linha da citação e em espaço simples (1,0). Exemplo:

O objetivo da metodologia científica é tomar os meios universitários pela mão e caminhar ao seu lado, acompanhando-os em seus primeiros passos de vida universitária, indicando o caminho certo na procura do saber superior, iluminando problemas para que melhor possam vê-los, ajudando-os a assumir e a desenvolver hábitos de estudo e técnicas de trabalho que tornem realmente produtivos os anos de vida universitárias, tão preciosos e, não raro, tão mal aproveitados (RUIZ, 1997, p. 27)

As obras utilizadas deverão ser referenciadas no corpo do texto de acordo com o sistema de citação adotado, sob pena de serem consideradas plágio, demonstrando assim a credibilidade da pesquisa realizada, seguindo as regras da ABNT.

– Citação indireta

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Consiste na transcrição não literal do que diz o autor, a partir da interpretação de um texto consultado, do qual se quer retirar o trecho mais importante, faz-se um resumo com as próprias palavras ( paráfrase) , respeitando a idéia do autor. Nesse caso não se usa as aspas e a citação da página se usa quando consultou apenas determinado trecho; quando se utiliza de toda a obra ou várias páginas de um autor para a citação não é necessário citar a página no corpo do texto. Exemplo 1 (uso de um determinado trecho): Os graduandos não devem se restringir apenas às atividades acadêmicas desenvolvidas dentro da sala de aula. A participação em eventos científicos é importante para promoção e divulgação dos trabalhos de pesquisa (FERRÃO, 2003, p. 213). Exemplo 2 (uso de toda a obra): Uma obra sobre metodologia científica contribui no planejamento e execução das pesquisas dos alunos durante sua vida acadêmica, porém a garantia de um bom trabalho está no exercício do aluno em aplicar as normas em suas pesquisas (FERRÃO, 2003). • Tipos de citações - Sistema Autor Data

O sistema autor-data, conforme NBR 10520/2002 da ABNT, no corpo do texto, indica-se a fonte pelo sobrenome do autor em caixa alta e baixa, seguida da data de publicação do documento entre parênteses. As citações devem ser feitas através do sistema autor-data, em que se deve colocar o sobrenome do autor ou da instituição responsável ou título de entrada, seguido da data de publicação do documento, separado por vírgula. Se indicar apenas um trecho da obra, depois do ano coloca-se a vírgula, a abreviatura de página (p.) e finalmente o número da página.

Exemplos: (IBGE, 2009) ou (OLIVEIRA, 2009, p. 23).

Nas citações autor-data, as entradas pelo sobrenome do autor, pela instituição responsável ou título que façam parte da sentença dever ser a primeira letra maiúscula e demais minúsculas, e, quando estiverem entre parênteses todas as em letras devem ser maiúsculas. Exemplos: 1. Citação no corpo do texto: Rodrigues (2008, p. 10) expõe que a cultura brasileira... ; 2. Indicação de autor dentro de parênteses: A cultura brasileira é rica em sua

diversidade regional (RODRIGUES, 2008, p. 10). 3. Obras de até três autores:

(MEZZAROBA; MONTEIRO, 2004) (CHANDOR; GRAHAN; WILLIANSON, 1970);

4. Citação com mais de três autores: (MIRANDA et al., 1997, p.30) 5. Citação de citação de um autor: (RORTY, 2000, p.46 apud GUSTIN; DIAS, 2006,

p. 140). 6. Citação de várias obras de um mesmo autor publicadas no mesmo ano: (CHAUI, 2001a, p.35) (CHAUI, 2001b, p.60) (CHAUI, 2001c, p. 550)

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4.2 Sistema de nota de rodapé O sistema de nota de rodapé vem através da seqüência numérica para a

indicação do autor da obra citada, podendo ter algumas variáveis. Se o autor é citado várias vezes no texto, na primeira nota, coloca-se a citação da obra com referência completa.

a) Na segunda, insere-se a expressão latina ibidem ou ibid. (= na mesma obra), que indica que a obra citada é a mesma imediatamente anterior. Deve ser indicada na mesma página ou folha de citação a que se refere, como abaixo:

¹ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos plausíveis. São Paulo: José Olympio, 1985, p. 65. ²Ibid., p. 70.

b) A expressão idem ou id. aponta obras do mesmo autor anteriormente citado.

Indica-se na mesma página ou folha de citação a que se refere. ¹MEDEIROS, João Bosco. Português instrumental. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1996, p. 60. ²Id., Redação científica. São Paulo: Atlas, 1998, p. 76.

c) A expressão op. cit. ( = obra citada) é usada no caso de ocorrerem citações que

se repetem, mas intermediadas por outros autores. Indica-se na mesma página ou folha da citação a que se refere.

¹GARCIA, Othon. Comunicação em prosa moderna. 2. ed. Rio de Janeiro: FGV, 1978, p. 20. ²MEDEIROS, João Bosco. Português instrumental. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1996, p. 60. ³GARCIA, op. cit., p. 21.

d) A expressão apud (= citado por, segundo, conforme) indica um autor citado por

outro autor. ¹BARROS, 1983 apud SILVA, 1992, p.19

4.3 Abreviaturas/siglas - Abreviaturas/Expressões latinas ap. ou apud. Citado por; citação de citação art. Artigo cap. Capítulo cf confira, confronte colab. colaborador color. colorido (a) comp. Compilador coord. Coordenador ed. Edição et. alli (et al.) E outros Ed. Editor f. Folha Ibid. Indica que a citação foi extraída da mesma obra e autor já referidos

em nota imediatamente anterior Id. ou idem Quando se utilizam varias obras de um mesmo autor substitui o

nome do autor infra Abaixo, linhas ou paginas adiante il. Ilustração

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41 Instituto Luterano de Ensino Superior de Itumbiara-GO - ULBRA

loc. cit. no lugar citado meses Jan. Fev. Mar. Abr. Maio,. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. n. Número org. Organizador op. cit. Emprega na obra citada, para indicar que a citação foi extraída de

obra citada anteriormente, mas entre esta e a nova citação p. Página pass. ( passim) Para se fazer referência a citação de uma ideia contida em várias

páginas, substitui o numero de paginas s.d Sem data s.l. Sem local s.n. Sem autor, sem editor ou editora sequentia e et seg.

seguinte ou que se segue

Sic Assim mesmo, tal qual se encontra-se na fonte supra Acima, linhas ou paginas atrás v. Volume v.o. Ver o original

• Siglas ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas ACS Assessoria de Comunicação Social CBF Confederação Brasileira de Futebol CC Código Civil Brasileiro CEPES Comissão Especial p/ Execução do Plano de Melhoria do Ensino

Superior CF/88 Constituição Federal de 1988 CFA Conselho Federal de Administração CFC Conselho Federal de Contabilidade CFE Conselho Nacional de Educação CNPq Conselho Nacional de Pesquisas CP Código Penal CPC Código de Processo Civil CPP Código de Processo Penal CRA Conselho Regional de Administração CRB Conselho Regional de Biologia CRC Conselho Regional de Contabilidade CREA Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia CREF Conselho Regional de Educação Física CRQ Conselho Regional de Química CTB Código de Transito Brasileiro CTN Código Tributário Nacional EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária FGV Fundação Getulio Vargas IBAMA Instituto do Meio Ambiente e Recursos Renováveis IES Instituto de Ensino Superior ILES Instituto Luterano de Ensino Superior

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42 Instituto Luterano de Ensino Superior de Itumbiara-GO - ULBRA

INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira LEP Lei de Execução Penal M.P. Medida Provisória MP Ministério Público MEC Ministério de Educação e Cultura NAE Núcleo de Apoio ao Estudante NAP Núcleo de Apoio Pedagógico NBR Norma de Procedimento registrada OAB Ordem dos Advogados do Brasil OEA Organização dos Estados Americanos ONU Organização das Nações Unidas STF Supremo Tribunal Federal STJ Superior Tribunal de Justiça TJ Tribunal de Justiça ULBRA Universidade Luterana do Brasil UNESCO United Nations Educational, Scientific and cultural Organization 4.4 Coesão textual

A coesão textual é um elemento de sintaxe e seu papel é garantir a organização das frases, orações, períodos e mesmo parágrafos. Um elemento coesivo é basicamente um continuador textual que indicam várias circunstâncias:

1- Indicadores (termos que indicam) de oposição, contraste: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, embora, contra, apesar de, não obstante, ao contrário, etc.

2- Indicadores (termos que indicam) de causa e consequência: porque, visto que, em virtude de, uma vez que, devido a, por motivo de, graças a, em razão de, em decorrência de, por causa de, etc.

3- Indicadores (termos que indicam) de finalidade: a fim de, a fim de que, com intuito de, para, para a, tanto quanto, tanto mais, a menos que, etc.

4- Indicadores (termos que indicam) de esclarecimento: vale dizer, ou seja, quer dizer, isto é, etc.

5- Indicadores (termos que indicam) de proporção: à medida que, à proporção que, ao passo que, tanto quanto, tanto mais, a menos que, etc.

6- Indicadores (termos que indicam) de tempo: em pouco tempo, logo que, assim que, antes que, depois que, em vista disso, etc.

7- Indicadores (termos que indicam) de condição: se, caso, contanto que, a não ser que, a menos que, etc.

8- Indicadores (termos que indicam) de conclusão: portanto, então, logo, por isso, por conseguinte, pois, de modo que, em vista disso, etc.

Na Língua Portuguesa existem algumas expressões que são características de textos científicos. Veja alguns exemplos e onde e como podem ser utilizadas:

a) Citação na construção do texto: Beuren (2004, p.65) conceitua...

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Magalhães (2005, p.13) aponta que... Silva (2003) apresenta pontos para reflexão sobre a... A avaliação na concepção de Romão (1998, p. 88) envolve... Perrenot (1999, p.78) afirma que... De acordo com Nóvoa (1993)... b) Introdução referente à discussão dos resultados da pesquisa: De acordo com os dados obtidos no questionário... Conforme as estatísticas... É o que se pode verificar, por exemplo, no gráfico... Com base nos autores consultados... Nos depoimentos, observa-se que são inúmeras as dificuldades... Confrontando a visão dos autores (A, B, C) com o depoimento do grupo, observa-se que... Os dados de observação e os depoimentos permitem afirmar que... c) Início do desenvolvimento: Em um primeiro momento é importante ressaltar... Dentro desse raciocínio, faz-se interessante saber... Como reflexo desta situação, é possível mostrar algumas causas relacionadas com... De acordo com esse quadro, torna-se necessário evidenciar alguns fatores relacionados com... d) Meio do desenvolvimento: Posteriormente... Por outro lado... De outro modo... De modo adverso... Em outro sentido... De outra forma... Não obstante... e) Final do desenvolvimento: Salientando-se ainda, que... É importante ainda destacar... Ainda é importante considerar que... Apesar de tudo, deve-se ainda ressaltar que... Entretanto, a situação precisa ainda ser analisada... Apesar da complexidade do assunto, é necessário reforçar... Outro fator existente... Cumpre evidenciar que... Considerando ainda... Em termos relativos... f) Conclusão: Faz-se oportuno, portanto,... Torna-se necessário... É absolutamente prioritário... Faz-se necessário... Torna-se fundamental... Em virtude dos fatos mencionados... Levando-se em consideração estes aspectos... Tendo em vista os aspectos observados...

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5. TRABALHOS ACADÊMICOS

5.1 Resenha Resenha é um relato minucioso das propriedades de um objeto ou de partes que o

compõem. É um tipo de redação técnica que inclui variadas modalidades de textos: descrição, narração e dissertação. (MEDEIROS, 2003) Sua estrutura é formada:

(Descrição física da obra) 1- Relata as credenciais do autor, 2- Resume a obra, 3- Apresenta suas conclusões, 4- Metodologia empregada e ainda indica quais foram os autores que o autor do texto

utilizou para o trabalho (narração). 5- Apresenta uma avaliação da obra evidenciando se é fácil seu entendimento, se foi

proveitosa sua leitura e indica a quem ou qual a área seria importante o conteúdo/as idéias presentes na obra (dissertação).

- Apresentação Gráfica de uma Resenha.

1- Bibliografia dentro das Normas da ABNT; 2- Credenciais do autor (informações sobre o autor, sua nacionalidade, formação

universitária, títulos, livros já publicados, etc.) 3- Resumo da obra. - Para se fazer uma análise do texto indicado para leitura deve-se

levantar algumas questões: a. De que trata a obra? b. De que trata o texto? (obtém-se daí o assunto tratado nele). c. Qual foi o problema focalizado? Como o assunto foi problematizado? d. Como o autor soluciona o problema? Que posição ele assume? (assim fica

evidenciada a tese defendida pelo autor) e. Como o autor demonstra seu raciocínio? Quais são seus argumentos? f. Existem outros assuntos paralelos à idéia central? 4- Quais as conclusões a que o autor chegou?

⇒ Relate aqui o que o autor considerou importante em suas conclusões. 5- Quadro de referência do autor

⇒ Quem basicamente serviu de modelo teórico para o autor? 6- Crítica do resenhista (apreciação e crítica):

⇒ O autor consegue colocar o valor do assunto tratado no texto? ⇒ O texto demonstra ser original? ⇒ Qual é a validade de suas idéias? ⇒ Elas são importantes pra quem?

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⇒ Que tipo de contribuições são apresentadas por ele? ⇒ O autor apóia suas conclusões em fatos?

7- Indicações do resenhista.

⇒ A quem é dirigida essa obra? ⇒ A obra é endereçada a uma determinada disciplina? ⇒ Pode ser adotada em algum curso? ⇒ Qual?

5.2 Fichamento

O fichamento é uma forma de investigação que se caracteriza pelo ato de fichar (registrar) todo o material necessário à compreensão de um texto ou tema. Para isso, é preciso usar fichas que facilitam a documentação e preparam a execução do trabalho.

Não só, mas é também uma forma de estudar/assimilar criticamente o conteúdo relacionado à sua formação acadêmico-profissional. Enquanto recurso-didático seu propósito é auxiliar estudantes/pesquisadores na construção do seu próprio conhecimento.

Alguns professores solicitam dos seus alunos fichamento de livros ou textos, com o objetivo do estudante melhor desenvolver sua capacidade de leitura e apreensão das idéias propostas nos textos lidos. Faz-se necessário, portanto que ao ser solicitado um fichamento se defina que tipo se deseja.

A ficha é um instrumento de trabalho indispensável para o universitário e o professor. Segundo Medeiros, (2000) pede-se ao estudioso que para a realização de um trabalho de alto rigor científico, se faça um levantamento bibliográfico sobre o assunto, em seguida, seleciona-se a bibliografia para leitura e fichamento. Para isso, utiliza-se das fichas para armazenar o conteúdo, identificar as obras, fazer citações, análise e elaborar críticas. Seu uso é o mais diversificado possível e, seu tamanho fica a critério de cada um, podendo ser escrita à mão ou digitada.

Seguem algumas dicas de como as fichas são comumente usadas. Toda ficha deve ter um cabeçalho, uma bibliografia, um corpo, que vai determinar a finalidade; citações, resumo, esboço, ou outro modelo e o local onde os dados foram encontrados. Nas fichas elaboradas à mão, ao usar o reverso, fazê-lo no sentido inverso de cabeça para baixo.

Ainda ressalta-se que nas fichas podem-se usar códigos, tais como: (“...”) aspas para citação, (*) asterisco para resumo, (||) duas barras quando se tratar idéias pessoais.

Aconselha-se a utilizar vários tipos de fichas de documentação para se efetuar um trabalho acadêmico: fichas de citações, fichas de resumo, fichas de anotações pessoais, fichas de esboço. O (a) pesquisador (a) deve ser criativo para organizar a documentação pessoal. Percebe-se que hoje, o uso do computador facilita a elaboração do fichamento.

Completando esta elaboração, Medeiros (2000) indica que todo fichamento tem por base uma leitura atenta do texto que está sendo estudado. Logo, é importante que o pesquisador leia e compreenda se a leitura será aproveitada em seu trabalho ou não.

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Seguem alguns modelos de fichas, que compreendem em sua formatação: cabeçalho, referências bibliográficas, corpo da ficha e local onde se encontra a obra. Modelo de apresentação de Fichamento

Título da obra: Título específico estudado: Reservado no caso das fichas

serem várias: colocar A, B, etc. Referência bibliográfica: Colocar aqui o texto Local onde se encontra a obra

Fonte: Medeiros ( 2000.) Fig. 22 – modelo de ficha para fichamento

Faz-se necessário apresentar mais alguns modelos de fichamentos, buscando elucidar para o estudante sua forma de apresentação.

Exemplo de Fichamento de Esboço: Demonstra-se aqui em qual página se encontraram determinados assuntos que poderão ser necessários à pesquisa.

Fundamentos de Metodologia Científica LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia Científica. 3. ed. rev. ampl. São Paulo: Atlas, 1991.

A

155 A pesquisa é um processo de reflexão. 157 O desenvolvimento de uma pesquisa compreende seis passos. 159 Os objetivos podem definir a natureza da Pesquisa. Definir o problema é especificá-lo em detalhes. 161 Hipótese é uma proposição para verificar a validade de resposta ao problema. Biblioteca da ILES/ULBRA.

Fonte: Medeiros (2000) Fig.23 – modelo de fichamento de esboço

- Fichamento de citação: Demonstra-se aqui como fazer um fichamento de citação, explicitando seus componentes principais. É o tipo de fichamento que deve ser composto de citações do próprio autor da obra lida. É a transcrição literal do texto. Após leitura sistemática da obra, o estudante/pesquisador sublinha frases, parágrafos, partes que expressam a idéia principal do autor. Partes estas que podem ser transcritas no seu trabalho de pesquisa (artigo, monografia, ensaio...). Tendo o cuidado de abrir e encerrar a citação com aspas, e indicar a página da qual se fez à transcrição. Quando se fizer supressão de alguma parte da obra, deve se indicar tal supressão com reticências entre colchetes [...] Quando houver supressão de parágrafos entre as partes citadas, deve-se utilizar de uma linha pontilhada separando as falas escolhidas.

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Exemplo de fichamento de Citação: após ler o texto, selecionar citações que se encaixem melhor ao trabalho que está sendo efetuado, tendo cuidado para não deturpar a idéia do autor.

Como fazer uma monografia SALOMON, Délcio Vieira. Como fazer uma monografia. 9. ed. rev. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

A

“A primeira fase no processo de elaboração de uma monografia é a determinação do assunto a tratar.” p. 271. “a) preferir de acordo com as próprias inclinações e possibilidades (...)” p. 271.

Biblioteca da Iles Ulbra.

Fonte: Medeiros (2000) Fig. 24 - Modelo de fichamento de citação com cortes.

- Fichamento de resumo (de conteúdo)

É a apresentação sintética, clara e precisa do pensamento do autor. A apresentação das idéias principais defendidas. Não é uma cópia dos tópicos, nem a exposição abreviada das idéias o autor, bem como também não é a transcrição literal do texto ou de partes da obra em análise.

Trata-se de uma ficha não muito longa, mas traz todos os elementos necessários para a compreensão do texto. Nela, o autor da ficha vai expor a sua compreensão do texto, usando seu próprio estilo. Não se afastando jamais das teses originais. Já que um resumo é uma condensação fiel das idéias contidas em um texto, é uma redução do original.

Salienta-se para que fique atento ao fato de que não cabem no resumo comentários ou julgamentos pessoais a respeito do que está sendo resumido. Muitas pessoas fazem o resumo de maneira errada, apenas produzindo partes ou frases do texto original, elaborando-o à medida que lêem.

Para elaborar um bom resumo é necessário compreender antes todo o conteúdo do texto. Não é possível resumir um texto à medida que se faz a primeira leitura.

A reprodução de frases do texto, em geral, indica que ele não foi compreendido. Quem resume apresenta, com as próprias palavras, os pontos relevantes de um texto, procurando expressar suas idéias essenciais na progressão e no encadeamento em que aparecem.

Logo, presume-se que ao fazer um resumo é importante não perder de

vista três elementos:

a. As partes essenciais do texto b. A progressão em que elas se sucedem c. A correlação entre cada uma dessas partes

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Exemplo de fichamento de resumo: aqui se determina o resumo do assunto estudado, sua bibliografia e onde encontrá-la.

Trabalhos Científicos

Espécies de trabalhos científicos A

SALOMON, Délcio Vieira. Como fazer uma monografia. 9.ed. rev. São Paulo: Martins Fontes, 1999. p. 182-3.

Ao apresentarmos os resultados de uma investigação ou comunicação de um projeto de pesquisa, são muitos os rótulos na sua classificação. Constatamos: livro; obra; ensaio; tratado; tese; monografia; recensão; resenha; sinopse; resumo; estudo; teoria; artigo; relatório; informe; dissertação; comunicado; memória científica. Há outros nomes que não mencionaremos. Biblioteca da ILES ULBRA.

Fonte: Medeiros (2000) Fig. 25- Modelo de ficha de resumo

Importante: Atenção com as fichas durante a pesquisa.

Incluir somente um texto (ou tema) em cada ficha e, se as notas são extensas, usar várias fichas numeradas consecutivamente. Antes de guardá-las, ter a certeza de que as fichas estão completas e são compreendidas com facilidade. Copiar cuidadosamente as notas da primeira vez, sem fazer projeto de passar a limpo e nem de tornar a copiar, pois isto é perda de tempo e dá a possibilidade a erros e confusões. Para onde for, levar consigo alguma ficha, já que pode surgir alguma idéia de repente. Cuidado para não perder as fichas. Procurar guardar as fichas sempre em ordem (o uso de fichas eletrônicas facilita isso). As clássicas fichas de cartolina têm perdido espaço para programas de computador que garantem economia de trabalho e tempo, entretanto, ainda continuam em uso. - Fichamento Digitado

A vantagem de se fichar o conteúdo em computador é a facilidade de transposição delas para o texto. Basta digitar o dado a ser anotado para um arquivo de documento e copiá-lo e colá-lo (o famoso CTRL + C / CTRL + V) ao texto do pesquisador, quando for conveniente. Além disso, qualquer arquivo de documento pode ser impresso e catalogado como se fosse uma ficha comum. Mas mesmo no computador é preciso saber organizar as fichas.

Com o uso do computador, a confecção de fichas ficou mais simples. Sugerimos um modelo que é básico e pode ser adaptado tanto para os meios eletrônicos, como no uso tradicional das fichas de cartolina.

Estas são apenas ferramentas, dicas para auxiliar você nos estudos. Textos bem fichados favorecem a elaboração de qualquer trabalho. Após estas “dicas”, vamos ao trabalho propriamente dito. Só se ficha o que se lê. Não adianta querer estudar apenas com resumos e fichamentos de terceiros. Por isso: faça você mesmo seus fichamentos! 5.3 Resumo

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O resumo consiste na apresentação concisa dos pontos relevantes de um documento, ou seja, de uma publicação científica, como livro, artigo, monografia, dissertações e teses.

O texto do resumo deve ser redigido com o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular, usando-se de frases curtas, não mencionando opiniões próprias, discussões, exemplos e inclusões de ilustrações e bibliografias.

Deve-se evitar o uso de símbolos que não sejam de utilização corrente, fórmulas, equações e diagramas que não sejam absolutamente necessárias.

• Como resumir Plano geral da

obra e seu desenvolvimento • Questões principais: a) De que se trata o texto? b) O que pretende demonstrar? c) Identificar a idéia central e o

propósito que norteiam o autor • Compreensão das idéias • Relação entre as partes essenciais • Anotações das palavras-chave

Fig. 26 – modelo de resumo científico Tipos de resumos:

o Resumo crítico: resumo redigido por especialistas com análise crítica de um documento. Também chamado de resenha.

o Resumo indicativo: indica apenas os pontos principais do documento ou trabalho científico, não apresentando dados qualitativos, quantitativos etc.

o Resumo informativo: informa ao leitor finalidades, metodologia, resultados e conclusões do documento, de tal forma que possa, inclusive, dispensar a consulta ao original.

O resumo deve conter o título - apresentando o termo resumo. Sua estrutura é

composta de uma sequência de frases concisas, afirmativas, e não de enumeração de tópicos, sendo redigido em parágrafo único.

Quanto a extensão do resumo:

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1. de 50 a 100 palavras para notas e comunicações científicas (indicações breves)

2. de 100 a 250 palavras os artigos de periódicos 3. de 150 a 500 palavras os de trabalhos acadêmicos (teses, dissertações e

outros) e relatórios técnico-científicos

Palavras-chave: Palavras representativas do conteúdo do documento/resumo, escolhidas, preferencialmente, em vocabulário controlado. Logo abaixo do resumo, deve-se colocar as palavras-chave vindas posteriormente da expressão palavras-chave:, separadas entre si por ponto, iniciadas por letra maiúscula e finalizadas também por ponto. 5.4 Relatório

Relatório consiste na exposição escrita, na qual se descrevem fatos verificados

mediante pesquisas ou se relata a execução de serviços ou de experiências. Normalmente é acompanhado de documentos demonstrativos tais como tabelas, gráficos e outros.

Deve ser impessoal, objetivo, claro e conciso; Trata de um instrumento de comunicação que tem por finalidade expor fatos,

atividades ou resultados de uma pesquisa científica; Nele o relator poderá apresentar conclusões, sugestões ou normas de ação

consideradas pertinentes. Tipos de relatórios

• Relatório técnico - científico: documento que relata formalmente os resultados ou progressos obtidos em uma investigação de pesquisa e desenvolvimento, ou que descreve a situação de uma questão técnica ou científica. Um relatório técnico científico é um documento pelo qual se faz a difusão da informação corrente, sendo ainda um registro das informações obtidas. É elaborado principalmente para descrever experiências, investigações, processos, métodos, análises e etc. O relatório é dividido em: elementos pré-textuais, texto e elementos pós-textuais;

• Relatório administrativo: deve relatar fatos ou ocorrências de ordem puramente

administrativa. Pode ser: a) Informativo (objetiva transmitir informações ao destinatário de forma clara e

simples) b) Analítico: pressupõe análise, pesquisa, investigação e apresentação de

conclusões e/ou recomendações ao solicitante. Assinatura ao final do relator. • Relatório de atividade: sugere-se para as atividades que não exijam maiores

aprofundamentos, como uma palestra, um curso, uma aula prática, uma visita técnica, uma viagem, etc.

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Fig. 27- modelo de relatório

- Elementos pré-textuais

a) Capa A capa deve conter os elementos necessários para identificação de um trabalho

técnico-científico como: nome da instituição; nomes dos autores; título; subtítulo (se houver); local; data. b) Folha de Rosto

É a principal fonte de identificação do relatório, devendo conter as seguintes informações: nomes dos autores; título; subtítulo (se houver); natureza do trabalho acadêmico; área de concentração; nome completo dos orientadores; local e data.

- Elementos textuais

A redação deve ter um tratamento objetivo e impessoal, empregando, preferencialmente os verbos na conjugação da terceira pessoa, evitando-se referência pessoal. Deve ser mantida a uniformidade de tratamento em todo o trabalho. É importante que haja consistência na apresentação, mantendo-se um padrão uniforme em todas as frases do trabalho.

A objetividade e clareza são características dos trabalhos científicos. Isso é conseguido empregando-se frases curtas que incluem apenas um pensamento. Por outro lado, frases que tratam de um mesmo aspecto devem ser reunidas em um único parágrafo.

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a) Introdução Parte inicial do texto, em que devem constar a delimitação do assunto tratado, objetivos da pesquisa, justificativa e outros elementos necessários para situar o tema do trabalho e a hipótese.

b) Desenvolvimento Parte do texto que contém a exposição ordenada e pormenorizada do assunto. Divide-se em seções e subseções, que variam em função da abordagem do tema. Como todos os trabalhos científicos, a organização do texto deve obedecer a uma seqüência. Utiliza-se comumente a seguinte estrutura:

Revisão de Literatura: Deve demonstrar conhecimento da literatura básica sobre o assunto, interpretando os trabalhos feitos por outros autores. Refere-se somente aos assuntos que tenham relação direta e específica com o trabalho. Deve ser apresentada preferencialmente em ordem cronológica, em blocos de assunto, mostrando a evolução do tema de maneira integrada. Todo material citado deve constar nas referências.

Material e Métodos (procedimentos) utilizados na pesquisa: As observações ou dados coletados, bem como o método utilizado, são os principais elementos para a execução de um trabalho. Os procedimentos metodológicos devem ser apresentados de forma breve, porém completa e clara, na seqüência cronológica em que o trabalho foi conduzido.

Resultados e Discussão: A apresentação mais adequada dos resultados deve seguir

a seqüência da abordagem usada nos objetivos, material e métodos (procedimento experimental). Os resultados podem ser apresentados em forma de tabelas ou gráficos, sendo numerados seqüencialmente e discutidos antes de serem colocados. Uma boa discussão necessita de bases teóricas (deve-se utilizar referências bibliográficas) e necessitam ser relacionadas aos resultados obtidos, avaliando a prática com relação aos objetivos propostos. Quando possível, os resultados experimentais obtidos devem ser comparados com dados de literatura e suas diferenças (quando houver) discutidas. OBS: os itens Resultados e Discussão poderão ser abordados separadamente.

c) Conclusão É apropriado elaborar a conclusão de modo claro e sucinto. Os resultados devem ser relacionados aos objetivos propostos como também à teoria, ou mesmo conclusões próprias, desde que haja embasamento técnico científico para isto. Quando o trabalho não permitir conclusões, deve-se fazer apenas considerações finais.

d) Considerações finais Perspectivas de continuidade ou desdobramento do trabalho, ou justificativa no atraso do cronograma apresentado.

• Elementos pós-textuais 1. Referencia bibliográfica - dados completos das obras utilizadas no trabalho. 2. Anexos e/ou apêndices (opcional)

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5.5 Artigo Científico

O artigo científico é definido segundo a NBR 6022 da ABNT como “texto com autoria declarada, que apresenta e discute idéias, métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento.” Portanto, é uma contribuição original para a ciência, sendo um trabalho composto de dados e resultados inéditos sobre um determinado assunto. Suas informações devem ser claras para que um outro pesquisador possa chegar aos mesmos resultados e conclusões.

Dessa forma, o artigo científico tem como finalidade expor, analisar, interpretar e discutir assuntos polêmicos, divulgando os resultados de uma pesquisa científica, bem como, abordar inovações sobre temas já pesquisados. - Estrutura do Artigo Científico

Um artigo científico segue as normas de redação dos trabalhos acadêmicos apresentando três partes fundamentais: introdução, desenvolvimento e conclusão. Sendo estruturado sinteticamente, como demonstrado a seguir: Título: deve definir e identificar o artigo de forma breve, clara e objetiva, sendo recomendável não usar caracteres como vírgulas, aspas e ponto no meio do título. Autoria: são os autores que participaram da pesquisa, sendo colocados na ordem alfabética do primeiro nome.

De acordo com o periódico, a formatação dos nomes dos autores pode variar, sendo apresentado de forma completa (nome seguido de sobrenome), abreviada na ordem correta ou invertida. (Exemplos: José Maria Silva ou J. M. Silva ou Silva, J. M.). Em algumas publicações após a autoria é necessário identificar a filiação dos autores (instituições em que trabalham e endereços). Nota de rodapé: pode ser utilizada tanto para identificar os autores sobre sua formação, instituições em que trabalham e endereços, quanto para esclarecer determinados tópicos do texto, ou também para apresentar a referência bibliográfica de uma citação. Caso a pesquisa seja financiada é necessário fazer referência ao órgão de fomento. Resumo na língua vernácula: redigido de forma objetiva e concisa, incluindo as razões da investigação, seus objetivos, metodologia, resultados e conclusões mais relevantes. Este texto deve ser escrito na língua em que se apresentará o trabalho completo. Cabe ressaltar que as normas específicas podem variar de acordo com os padrões definidos pelo editor da obra. (Verificar o item resumo desta obra). Deverá conter de 100 a 250 palavras. Resumo em língua estrangeira: as mesmas características do resumo em língua vernácula, sendo, em inglês Abstract, ou em espanhol Resumen, ou em francês Résumé. Palavras-chave: Palavra representativa do conteúdo do documento/resumo, escolhida, preferencialmente, em vocabulário controlado. Recomenda-se que não estejam contidas no titulo e sejam apresentadas na língua vernácula e em língua estrangeira.

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Logo abaixo do resumo, deve-se colocar as palavras-chave vindas posteriormente da expressão palavras-chave:, separadas entre si por ponto, iniciadas por letra maiúscula e finalizadas também por ponto. Introdução: expõe os principais enfoques que a pesquisa aborda, apresentando o objeto de estudo, o problema, a área de conhecimento, o histórico, os objetivos e a justificativa. Em trabalhos que envolvam experimentação devem incluir citações de autores que estudaram o assunto. Desenvolvimento: corresponde ao corpo do artigo, podendo conter subtítulos, subdivisões ou seções, dependendo da necessidade ou especificidade de cada área do conhecimento. Deve fundamentar o tema e expor detalhadamente como a pesquisa foi realizada, poderá abarcar a revisão bibliográfica, os resultados, discussões e a metodologia.

Quanto à metodologia, pode ser colocada na introdução ou no desenvolvimento (também obedecendo à especificidade de cada área). Deve apresentar o material, o método e/ou as técnicas utilizadas para obtenção e análise dos dados, o local, o período e os equipamentos de acordo com o enfoque de cada pesquisa.

Deve ser apresentada de forma direta a qual permita a repetição do trabalho por outros pesquisadores interessados na área. Recomenda-se na redação o uso de verbos no tempo passado e em terceira pessoa do singular. Em alguns periódicos a metodologia se apresenta pela expressão de Material e métodos, podendo ser subdividido em seções. Conclusão: consiste na exposição dos resultados mais relevantes com suas respectivas sínteses interpretativas, as quais respondem aos objetivos propostos no trabalho. Deve ser apresentada de forma objetiva, clara e concisa. Recomenda-se o uso do verbo no tempo presente.

Podem-se apresentar, dependendo da especialização do periódico, as conclusões no final das discussões, seja na seção Resultados e Discussão ou Discussões. Resultados: expor os resultados do trabalho de forma objetiva, por meio de tabelas, quadros, gráficos, fotos e análises estatísticas, de acordo com o que mostra a pesquisa. Discussões: “confrontar” os resultados obtidos na pesquisa com os dados publicados na literatura, efetuando interpretações e comparações críticas.

Alguns periódicos apresentam os resultados e as discussões numa mesma seção, sendo formatado com a expressão Resultados e discussão.

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Referências Bibliográficas: citar todas as bibliografias contidas no artigo, que foram referenciadas no texto do trabalho, seguindo as normas da ABNT ou de acordo com as normas estabelecidas pelos periódicos especializados de cada área do conhecimento. Agradecimentos: item opcional em que devem ser citadas pessoas ou instituições que colaboraram na realização da pesquisa.

Fig. 28 – modelo de Artigo Cientifico Quanto à redação do artigo, deve ser sempre objetiva e concisa, evitando-se adjetivos inúteis, supérfluos, repetições, rodeios e explicações desnecessárias. Além disso, espera-se uma linguagem gramaticalmente correta, precisa, coerente e simples.

Formatação:

O artigo científico deve ser redigido em português e em formato de papel A4, com espaçamento de 1,5 para o corpo do texto, e simples para as citações com mais de 3 linhas e mesmo as notas de rodapé. O artigo científico não possui capa e muito menos contracapa. Os espaços entre os tópicos ou seções e o corpo do texto são de dois espaços de 1,5. A margem da página superior e esquerda deve ser de 3 cm e direita e inferior de 2 cm. A fonte de ser Times New Roman, tamanho 12. As seções e subseções devem estar alinhadas à esquerda do trabalho, em negrito e em numeração arábica (ex: 1; 1.1; 1.1.1, etc.). As referências bibliográficas devem estar dispostas em ordem alfabética, com espaço simples na indicação da obra e dois espaços entre uma obra e a próxima subsequente. Curiosidades: Não há como fazer um trabalho científico sem indicar autores que também estudaram o assunto, para que possa servir de referência, ou mesmo fortalecer os argumentos usados durante a pesquisa. De acordo com Chinazzo e Mattos (2008, 177p.) “citar outros autores não consiste em demérito para quem faz, desde que isso seja feito com critério e cuidado, citando apenas componentes relevantes, para aprofundar e explicar as exposições temáticas”. Toda citação deve identificar o autor das idéias, sob pena de ser considerado plágio. A qualidade básica da redação científica é a impessoalidade, a clareza, a precisão, a concisão, a modéstia e o vocabulário comum.

5.6 Painel

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56 Instituto Luterano de Ensino Superior de Itumbiara-GO - ULBRA

O painel é um dos formatos de trabalho mais utilizados em eventos acadêmicos de comunicação e outros campos do conhecimento. Cada comissão organizadora adota normas próprias, mas a estrutura do painel, em geral, varia pouco. Confira uma formatação recorrente:

Orientações gerais:

1. O painel é um banner (pôster) com 1m x 1,20m. 2. O texto deve ser redigido na língua oficial do evento. 3. O design do pôster deve permitir a leitura a cerca de 1,5 m de distância. 4. O planejamento gráfico deve privilegiar a leitura do conteúdo. Portanto, as cores de

fundo devem ser, preferencialmente, em tons claros, contrastantes com as cores das letras; as imagens devem ocupar no mínimo 50% do espaço total; e as fontes e corpos devem ser agradáveis e de fácil leitura.

- Conteúdo de painel referente à pesquisa:

• Título do trabalho; • Nome do autor, seguido da menção à instituição a qual está vinculado e à agência

financiadora do trabalho entre parênteses; • Palavras-chaves separadas por hífens; • Descrição: Apresentação resumida da pesquisa e sua justificativa, realçando a

relevância social e acadêmica do estudo; • Objetivos: Indicação daquilo que o pesquisador almeja descobrir com a pesquisa; • Metodologia: Síntese da metodologia (análise do discurso, análise de conteúdo etc.)

e dos procedimentos metodológicos (pesquisa em periódicos, observação, entrevista etc.) adotados pelo pesquisador;

• Análise dos resultados: Indicação dos resultados alcançados, com breve análise de como eles foram obtidos e quais as suas implicações;

• Conclusões: Breve resgate das hipóteses, relacionando-as aos resultados de maior destaque e indicação de perspectivas para abordagem do tema;

• Referências: Indicação da bibliografia, dos periódicos e de demais fontes efetivamente utilizadas pelo autor.

Conteúdo do painel referente a relato de experiência:

• Título do trabalho; • Nome do autor, seguido da menção à instituição a qual está vinculado, entre

parênteses • Palavras-chaves, separadas por ponto; • Descrição: Apresentação resumida de experiência profissional ou

científica, contextualização dos fatos e justificativa para tal relato; • Interpretação e análise da experiência, remetendo às causas e conseqüências e

indicando sua contribuição para o campo estudado; • Conclusões: Breve resgate do relato e menção às perspectivas para a abordagem do

tema; • Referências: Indicação da bibliografia, dos periódicos e de demais fontes

efetivamente utilizadas pelo autor.

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57 Instituto Luterano de Ensino Superior de Itumbiara-GO - ULBRA

A fixação do pôster deve ocorrer meia hora antes do início da sessão. No mínimo um dos autores do trabalho deve permanecer junto ao painel durante todo o tempo estabelecido pelo evento para responder as questões dos interessados. É proibida a apresentação de não-autores. Sugere-se preparar cópias do resumo do trabalho ou cópias reduzidas do pôster, com inclusão de nomes e endereços dos autores, deixando-as disponíveis aos interessados. OBS: O modelo apresentado pode ser elaborado conforme as instruções do evento. Modelo:

UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL

INSTITUTO LUTERANO DE ENSINO SUPERIOR DE ITUMBIARA-GO

EDUCAÇÃO E CULTURA-AFRO NO ENSINO FUNDAMENTAL: UM ESTUDO EM ESCOLAS DE ITUMBIARA-GO

GIBRAIL, Mathilde dos Santos Dias1; PEREIRA, Vânia Tanús1; MARTINS, Anne Michely Ribeiro2; SILVA, Lorena Samira Costa e2; SEBASTIÃO, Patrícia Faria Teixeira2; CUBA Príscila Dantas de2;

1 Professoras do Curso de Pedagogia do Instituto Luterano Superior de Itumbiara, GO; 2 Graduandas do Curso de Pedagogia do Instituto Luterano Superior de Itumbiara, Itumbiara, GO, Brasil

3 mm

Nosso interesse na realização desta pesquisa embasa-se em razões de ordem acadêmica, prática eintelectual. A pesquisa realizada representou um aprofundamento dos nossos conhecimentos adquiridos naInstituição de Ensino através do referencial teórico. Visou investir na reflexão sobre nossa prática enquantocidadãos e futuros professores, quanto à temática proposta. É com a prática que refletimos sobre a teoria e osmelhores caminhos a serem seguidos para se alcançar o êxito no trabalho proposto. Nossa pesquisa buscouperceber mais claramente o quanto a Lei nº. 10.639 vêm sendo implantadas no município de Itumbiara/GO, quaisas dificuldades enfrentadas e o quanto ainda é possível aprimorar a forma como está sendo desenvolvido o temaem sala de aula.

Essa pesquisa teve como hipóteses as seguintes argüições: Os professores têm conhecimento da Lei nº.10.639? Sabem trabalhá-la dentro e fora da sala de aula e na comunidade? Estão tendo respaldo e preparo, daescola ou de algum órgão, com algum tipo de instrução para trabalhar o tema em sala de aula e na comunidade?Possui material didático apropriado para trabalhar o tema em sala de aula? A partir dessas indagações, partiu-separa a delimitação do problema dessa pesquisa que foi aplicada com professores de 1ª a 4ª séries do EnsinoFundamental de 3 escolas sendo 1 Particular, 1 Estadual e 1 Municipal, todas na cidade de Itumbiara/GO. A coletade dados foi efetuada por meio de um questionário semi-estruturado. Seu objetivo geral foi observar e verificar seo conhecimento e cumprimento da Lei nº. 10.639 que inclui no currículo oficial das Escolas Públicas e Privadasdo Ensino Básico a obrigatoriedade do Ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Africana.

Especificamente buscou verificar nas escolas pesquisadas se existe informação sobre o tema, como estásendo trabalhado em sala de aula e na comunidade, detectar se os professores estão tendo algum tipo de formação,da escola ou de algum órgão específico, e qual o tipo de material didático os professores estão tendo acesso paratrabalhar o tema em sala de aula.

Buscou-se como embasamento teórico, o livro “O Negro no Brasil: da senzala à abolição”, de Chiavenato(1999) e as leituras complementares: “Almanaque Pedagógico Afro-brasileiro”, de Rocha, (2004), a Lei nº.10.639 das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o ensino deHistória e Cultura Afro-brasileira, as revistas Educação com o artigo de Mazzolenis - África: bem mais perto,História Viva e a Nova Escola trazem orientações para se trabalhar em sala de aula, o Observatório da Educação eo Projeto “A Cor da Cultura”, que auxiliam o professor quanto ao tema.

A metodologia aplicada nesse trabalho se utilizou de três tipos de pesquisas. A bibliográfica, para o estudodo tema proposto. A de campo, de caráter quantitativo e qualitativo, feita por meio de um questionário semi-estruturado, para a obtenção dos dados relevantes ao que se propõe observar. Por amostragem quantitativa, paraorganização, análise e conclusão. Na apresentação dos resultados procurou-se apresentar os mesmos em forma detabelas, indicando porcentagem obtida. Entretanto, também se pautará em uma análise qualitativa, observando asrespostas obtidas dos professores em consonância ou discordância com as suas relações numéricas.Tabela 1 - Você está a par da lei que inclui a obrigatoriedade da temática “história e cultura afro-brasileira” nocurrículo oficial da rede de ensino? Respostas em porcentagem (%):

De acordo com as indicações dos professores e a observação feita pelas pesquisadoras, conclui-se que a Leinº. 10.639 ainda não é aplicada. Falta maior divulgação, orientação e material didático apropriados para que oprofessor se sinta seguro para desenvolver uma aula significativa do assunto com seus alunos.

A observação de que a grande maioria das professoras apenas ouviu falar da lei indica que não a conhecema fundo, pois foi demonstrado em presença das pesquisadoras que apenas uma das professoras da rede estadual semostrou realmente conhecedora da lei e de seu conteúdo como um todo.

No que diz respeito à escola e o trabalho desenvolvido com o tema, todas desenvolvem o tema muitosuperficialmente, utilizando apenas o livro didático adotado pela escola. O tema para as crianças ainda é tão“insignificantes” que, quando abordadas sobre o assunto, se mostram passivas, sem interesse algum em conheceros benefícios que os negros legaram ao povo brasileiro. A escola por sua vez, também não tem interesse emcolocar o tema em evidência, pois cabe salientar que não se preocupa em trabalhar a temática junto aos pais a nãoser que surja algum problema oriundo de racismo em sala de aula. Não existe material didático apropriado quepossa servir para o trabalho com a temática em sala, somente a escola particular disponibiliza material, issoporque faz parte de uma Instituição de Ensino Superior e conta com uma ampla biblioteca.

Sabe-se que esse trabalho não pode ser feito de qualquer jeito, mas sim deve estar buscando resgatar aauto-estima, valores e crenças africanas. Isso é uma verdade tão evidente que os professores precisam resgataressa memória em sala de aula, mesmo se não existisse uma lei que a privilegie.

CHIAVENATO, Júlio José. O Negro no Brasil: da senzala à abolição. São Paulo: Moderna, 1999.GENTILE, Paola. África de todos nós. Nova Escola. São Paulo. Nº. 187, p. 42-49, novembro, 2005. Mensal.História Viva – Temas Brasileiros – Presença Negra. Temática Nº. 3. São Paulo: Duetto, il.LEAL, Priscilla. O lado rebelde da princesa Isabel. Nossa História. Nº. 31, p. 68-74, maio, 2006. il. Mensal.FORTES, Nadabe Cardoso de Oliveira Alves e et al. 2. ed. atual. Manual de Metodologia Científica: uma orientação para trabalhos acadêmicos. Itumbiara-GO:

Terra, 2004. 66p. il.MAZZOLENIS, Sheila. África: bem mais perto. Educação. Segmento, Nº. 108, p. 36-42, Ano 9. il. Mensal.MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO – MEC; SEPPIR; SECAD; INEP. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino

de História e Cultura Afro-Brasileira. Esplanada dos Ministérios, Bloco L. Brasília, DF, outubro, 2005.OBSERVATÓRIO DA EDUCAÇÃO. Programa da ONG Ação Educativa. Disponível no site: <http://www.cidadania.org.br>. Acesso em: 07/02/2006.ROCHA, Rosa Margarida de Carvalho et al. Almanaque Pedagógico Afrobrasileiro. Belo Horizonte, NZINCA, 2004. il.SANT’ANNA, Wania. Projeto “A Cor da Cultura”, Marco conceitual, fevereiro 2005. Disponível no site: <http://www.acordacultura.org.br >. Acesso em: 22/04/2006.SILVA, Maria Aparecida da. Multiculturalismo e Educação. Deficiências: a diversidade faz parte da vida. Ed. 5, Ano I, p.10. Mensal.SILVA, Petronilha Beatriz Gonçalves e et al. Parecer sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de

História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Março 2004. p. 5).

Como se pode observar na tabela 1, os professores apesar de compreenderem a importância da lei e de suainserção no dia-a-dia da escola, a sua grande maioria, participantes dessa pesquisa, demonstram não conhecer aintensamente a referida lei.Tabela 2 - Como você tomou conhecimento da lei? Respostas em porcentagem (%):

A Lei nº. 10.639 ainda não está devidamente divulgada, pois as maiorias dos entrevistados afirmaram quetiveram conhecimento da mesma pela TV, principalmente por meio de flash nos intervalos da programação.Alguns ainda, pela direção das respectivas escolas. Não demonstraram, entretanto, como se pode observar naTabela 2, que esse conhecimento está devidamente trabalhado em sala de aula com bastante ênfase. Demonstrou-se saber que era importante a lei, porém, não sabiam como trabalha-la.Tabela 3 - Na sua escola já se trabalha o tema em sala de aula? Respostas em porcentagem (%):

De acordo com as respostas analisadas na Tabela 4, percebeu-se que os professores não receberamformação para o trabalho com a nova lei, inserindo em suas competências o estudo sobre a Cultura Afro.Demonstraram grande desânimo em relação às perspectivas futuras de quando essa orientação irá acontecerpropiciando uma formação para se trabalhar o tema. Os mesmos não descartaram o trabalho, nem foram contra,porém, confrontando as respostas da Tabela 3 com as da Tabela 4, conclui-se que não trabalham de formasatisfatória ou mesmo na realidade sobre o tema permanecem como trabalhavam antes da referida lei.Tabela 5 - Se você já trabalhou o tema, como as crianças reagiram no primeiro momento? Respostas emporcentagem (%):

O resultado apresentado na Tabela 3 nos informa que 66% dos entrevistados de escola municipal,responderam que trabalham com o tema em suas aulas, 87% da escola estadual e 100% na escola particulartambém responderam afirmativamente. Entretanto, apesar da grande maioria dos entrevistados afirmarem quetrabalham o tema em sala de aula, percebeu-se pelas suas argumentações ao responder os questionários napresença das pesquisadoras, que este é feito de forma deturpada, pois ainda possuem a mentalidade arcaica daépoca da escravidão. Percebeu-se que o tema só é acolhido em sala de aula quando é abordado nos livros.Observamos ainda, que na prática apesar de se divulgar ser o trabalho com cultura afro em sala sistemático, arealidade é diferente, pois o assunto ainda é muito difícil de ser trabalhado, não existindo orientação concisa para odesenvolvimento do mesmo.

Na Tabela 5, pode ser observado que a grande maioria das respostas demonstra que as crianças ainda não seinteressam pelo tema. Os professores entendem que para elas não vale a pena estudar sobre a raça negra. Porém,entende-se que se os professores não estão preparados para elaborarem um trabalho significativo, como foidemonstrado anteriormente, a criança negra, continuará não se impondo perante si mesma e aos outros, nem ascrianças brancas saberão o tamanho de seu valor cultural em nossa sociedade. Avalia-se com toda essa pesquisa queas professoras não conseguem desenvolver o senso crítico de todos acerca do tema.

Questionou-se se as crianças levam para suas casas e discutem com seus pais sobre essa temática. Aobservação das respostas foi contundente, tudo o que já foi discutido, mesmo que sem profundidade sobre o tema,ainda não alcançou a comunidade. Arguiu-se também se a escola já abordou o tema com os pais, e as repostas dosprofessores demonstraram que a escola não trabalha o tema com os pais em reuniões ou encontros na escola. Osmesmos também não se manifestam favor ou contra, permanecendo alheios à nova realidade escolar.Tabela 6 – A escola disponibiliza material específico para se trabalhar o tema em sala de aula? Qual? Respostas emporcentagem (%):

Apenas uma escola respondeu positivamente sobre a existência de material de estudo sobre a Cultura Afro.Essa resposta foi dada pela Escola Particular, como se pode verificar na Tabela 6, indica que possuem materialpara se trabalhar o tema, novos e adequados, porém em número reduzido de opções.

INTRODUÇÃO Tabela 4 - Os professores receberam alguma formação para trabalhar esse tema? Respostas em porcentagem (%):

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

RESULTADO

METODOLOGIA

Fig.29- Modelo de Painel

5.7 Seminário

O nome da técnica vem da palavra “semente”, que indica o sentido de semear idéias ou de favorecer a sua germinação. Por essa razão, o seminário constitui, em geral, não uma ocasião de mera informação, mas uma fonte de pesquisa e de novas soluções para os problemas, pois procura investigar diversos aspectos de uma mesma questão ou problema. Objetivo educativo: O seminário, em sala de aula, tem como principal objetivo estimular o(a) aluno(a) a ser agente ativo(a) de sua própria aprendizagem. São também objetivos do seminário: identificar problemas e examinar seus diversos aspectos; apresentar informações e críticas pertinentes ao tema; propor pesquisa necessária para resolver os problemas; acompanhar o progresso das pesquisas; apresentar os resultados aos demais membros do grupo.

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58 Instituto Luterano de Ensino Superior de Itumbiara-GO - ULBRA

Procedimentos metodológicos: O professor apresenta o tema desafiador e justifica sua importância. Ajuda então os participantes a selecionar subtemas específicos para os trabalhos de pesquisa, que poderão ser do tipo: bibliográfica, de campo ou de laboratório. Depois de escolhidos os temas, os alunos pesquisam e estudam seus respectivos assuntos. O professor elabora, juntamente com a turma, um calendário para as apresentações dos trabalhos e orienta na procura de fontes de consulta, bem como na coordenação das idéias encontradas para apresentá-las ao grupo. No dia do seminário, o professor deve intervir e pontuar a discussão, comentando e dirigindo a sessão de críticas ao final de cada exposição do grupo. Todos os alunos devem participar ativamente das sessões apresentação, problematizar as questões, expressar pontos de vista e fornecer informações. O trabalho deve ser apresentado por escrito, com cópias suficientes para distribuí-las a todos os participantes do seminário. - Seminário-Relâmpago Toda a preparação para esta dinâmica ocorre em sala de aula. Objetivo educativo: Os principais objetivos do seminário relâmpago são: despertar a atenção dos alunos, desenvolver a capacidade de assimilar conteúdos, melhorar a comunicação verbal, promover a socialização e a cooperação entre os membros do grupo, desenvolvendo atitudes formais perante um plenário. Também é útil para verificar se houve compreensão do conteúdo imediatamente exposto, intercalando o seminário relâmpago com a exposição de conteúdos. Sempre que necessário, o (a) professor(a) pode usar o seminário relâmpago como forma de avaliação diagnóstica. Procedimentos metodológicos: Após ter exposto determinado assunto, divide-se a turma em grupos, sendo que cada grupo deve ter um (a) coordenador (a) (organiza o trabalho), um relator(a) (relata as idéias e questões do grupo), um(a) secretário(a) (anota as idéias e questões do grupo) e um(a) mediador(a) (chama atenção para distribuição de tempo durante a discussão). Assim organizado, distribui um pequeno roteiro com questões que evidenciarão tópicos, tais como: o que pareceu importante aos alunos, o que não ficou claro (pergunta do expositor do grupo), o que é discordante com o conhecimento intuitivo, questionamentos acerca do tema, esclarecimento de idéias, contribuições deste tema para a vida pessoal e social. Cada aluno deverá fazer seu registro, mas são os (as) relatores (as) dos grupos que expõem as questões anteriormente registradas pelo grupo. Durante as apresentações, os expositores e o grande grupo poderão fazer perguntas que serão esclarecidas pelo professor ou pelo grupo. 5.8 Mesa redonda Mesa-redonda consiste em reunir um grupo seleto de cinco a oito pessoas para, em comum esforço, debater ou deliberar sobre um assunto controvertido, problema ou mesmo um assunto de um livro. A discussão, informal, se dá perante um auditório, no qual cada um dos membros da mesa fala cerca de dez minutos, coordenados por um mediador. Objetivo Educativo A mesa redonda tem como principal objetivo instigar a elaboração intelectual do aluno ao estimular a verbalização e a atenção à escuta. Procedimentos metodológicos

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O mediador anuncia o tema da discussão e o tempo destinado a cada participante. Sendo uma discussão informal, permite que ao final da exposição dos membros da mesa, o mediador apresente o resumo da discussão para, em seguida, convidar as pessoas do plenário a formular perguntas que são respondidas pelos componentes da mesa ou pelo mediador. É importante que previamente estejam preparados e distribuídos papéis onde o público possa anotar seus questionamentos para entregá-los à mesa.

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6. REFERÊNCIAS / BIBLIOGRAFIAS Considerações gerais

Título e subtítulo O título e o subtítulo devem ser reproduzidos tal como figuram no documento, separado por dois pontos, sendo que só o título aparece em negrito.

Edição

Quando houver indicação de edição, esta deve ser transcrita, em algarismos arábicos, seguidos da palavra "edição" abreviada, ambas na forma adotada na língua da publicação. Exemplo: 9.ed.

6 th. ed. 2 nd. ed. Quando houver acréscimo à edição, esta deve ser apresentada de forma abreviada. Exemplos: revista = rev. Ampliada = ampl.

Imprenta

A imprenta é composta pelo local da publicação (cidade), nome da casa publicadora (editora) e data (ano) de publicação.

Local

O nome do local (cidade) de publicação deve ser indicado tal como figura no documento. Quando houver mais de um local para a mesma editora, indica-se o primeiro ou o mais destacado. Quando o documento não tiver local de publicação, usar [S.l.] (sine loco) entre colchetes.

Editora

Editora é a casa publicadora, pessoa (s) ou instituição responsável pela produção editorial. Não se deve indicar o nome do editor quando este também for o autor. Se a editora não for mencionada na publicação e não puder ser identificada, usar [s.n.] (sine nomine), entre colchetes.

A data do documento é transcrita sempre em algarismos arábicos, sem espaçamento ou pontuação entre os respectivos algarismos. Registra-se a data de

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61 Instituto Luterano de Ensino Superior de Itumbiara-GO - ULBRA

copyright, quando esta for a única data encontrada no documento, devendo ser indicado o ano, precedido da letra "c". No caso de ausência da data ou data de copyright, a data aproximada é a que deve ser registrada, entre colchetes, das seguintes formas: Exemplo: [1971 ou 1972] = um ano ou outro [1969?] = data provável [entre 1906 a 1912]= use somente para data com menos de 20 anos de

diferença [ca. 1960] = data aproximada [197-] = década aproximada [197-?] = década possível [18--] = século certo [18--?] = século aproximado

Paginação A paginação deve ser indicada, das seguintes formas:

Exemplo: p. = documento com volume único (frente/verso) f. = documento com volume único (frente) v. = mais de um volume, registra-se o total em algarismos arábicos Paginação irregular = documento com paginação irregular Não paginado = documento não paginado

Ilustrações Podem-se indicar ilustrações de qualquer natureza pela abreviatura il. e, quando forem coloridas, usar il. color. Séries e coleções Após todas as indicações sobre aspectos físicos, podem ser incluídas as notas relativas a séries e/ou coleções. Indicam-se entre parênteses, os títulos das séries e coleções, separados por vírgula, da numeração em algarismos arábicos, se houver.

Exemplo: AMARAL SOBRINHO, J. Ensino Fundamental. Brasília, DF: IPEA, 1994. 8p. (Texto para discussão, n.31)

6.1 Documentos convencionais conforme a NBR 6023 (ABNT, ago. 2002) 6.1.1 Monografia no todo com autoria inclui LIVRO E/OU FOLHETO, MANUAL, GUIA, CATÁLOGO, ENCICLOPÉDIA, DICIONÁRIO. ETC., trabalhos acadêmicos (TCC, DISSERTAÇÕES, TESES) e outros.

a) Pessoa física:

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6.1.2 Quando necessário, acrescentam-se elementos complementares à referência para melhor identificar o documento. GOMES, Mário L. Novela e sociedade no Brasil. Niterói: EDUFF, 1998. 137 p., (Coleção Antropologia e Ciência Política, 15). Bibliografia: p. 131-132. ISBN 85-228-0268-8

Estrutura: AUTOR. Título. Edição. Local de publicação: Editora, ano de publicação. Número de páginas ou volumes. (Coleção ou Série) Um autor: Exemplo: FORTES, Nadabe Cardoso de Oliveira Alves. Salas numerosas: espaço de conhecimento ou informação? Campinas: Alínea, 2000. 120p. Um a três autores: Referencia-se todos separados por ponto e vírgula. Exemplo: MARTIN, Kenneth; SPERLING, Abraham P. Introdução à psicologia. São Paulo: Pioneira, 1999. 110p. Mais de três autores: referencia-se o primeiro seguido da expressão latina et . Exemplo: COLL, César et al. Desenvolvimento psicológico e educação. 2.ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. 3v. Organizador, compilador, coordenador: quando não há autor, e sim o responsável intelectual, referencia-se este, seguido da abreviação que o caracterize, entre parênteses. Exemplo: NALINI, José Renato (Coord.). GUARESCHI, Pedrinho A (Org.). MATARAZZO, Gabriel (Comp.). Autor com nome espanhol e hispano-americano: referencia-se pelo penúltimo sobrenome. Exemplo: ARIAS LÓPEZ, Mercedes. Centro cirúrgico. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2002. Autor com sobrenome unido por hífen: referencia-se da forma como se apresenta. Exemplo: VILLA-LOBOS, Heitor. Plano de saúde. São Paulo: Atlas, 2000. Autor com obra publicada sob pseudônimo: referencia-se desde que esta seja a forma adotada pelo mesmo. Exemplo: DINIZ, Julio. As pupilas do senhor reitor. 15. ed. São Paulo: Ática, 1994. 263p. (Série Bom Livro). Autor desconhecido (Anônimo): referencia-se pelo título. Exemplo: AS NOVIDADES do direito comercial. São Paulo: Plausi, 1997. 200p. Autor com sobrenome que indica parentesco: referencia pelo nome de família. Exemplo: MOREIRA FILHO, Alonso Augusto. Psicoterapias de inspiração psicanalíticas. Rio de Janeiro: D&PA, 1999. 2v.

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63 Instituto Luterano de Ensino Superior de Itumbiara-GO - ULBRA

NOTA: Observar que além de autor, título, local de publicação, editora e ano. ( Foi acrescentado: paginação no todo ou em parte, Se a obra faz parte de uma Coleção e se apresenta bibliografia ; assim como ISBN. b) Entidades coletivas (órgãos governamentais, empresas, instituições, etc.):

Denominação genérica: entra-se pelo órgão superior em letras maiúsculas. Exemplo: BRASIL. Código Civil. Organização de textos, notas remissivas e índices por Juarez de Oliveira. 46. ed. São Paulo: Saraiva, 1995. Denominação específica: entra-se pelo seu nome em letras maiúsculas. Nota: Em caso de duplicidade de nomes, deve-se acrescentar no final a unidade geográfica que identifica a jurisdição, entre parênteses. Exemplo: BIBLIOTECA NACIONAL (Brasil). Relatório da Diretoria Geral: 1984. Rio de janeiro, 1985. 40p.

c) Eventos (congressos, conferências, encontros, etc.)

Estrutura: NOME DO EVENTO, número, ano, local. [Título...] Local de publicação: Editora, data de publicação. Número de páginas ou volumes. Exemplo: SIMPOSIO BRASILEIRO DE AQUICULTURA. 1, 1978. Recife. [Trabalhos Apresentados]. Rio de janeiro: Academia Brasileira de Ciências, 1980, 412p.

d) Dissertações e teses

Estrutura: AUTOR. Título. Ano da defesa. Número de folhas ou volumes. Tipo de documento (Grau) - Vinculação Acadêmica, Local, Ano de defesa. Exemplo: AGUIAR, Paulo Antônio de. Análise dialética entre cultivares de algodoeiro herbáceo. 2003. 64f. Tese (Doutorado em Genética e Bioquímica) - Instituto de Genética e Bioquímica, UFU, Uberlândia, 2003.

6.1.3 Monografia no todo sem autoria

Estrutura: TÍTULO. Edição. Local de publicação: Editora, ano de publicação. Número de páginas ou volumes. (Coleção ou Série) OBS: primeira palavra além dos artigos em letras maiúsculas. Exemplo: PSICOLOGIA social contemporânea: livro texto. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2001. 262p. (Coleção Psicologia Social, n.3).

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6.1.4 Parte de Monografia ( capítulos, volumes, páginas, etc. )

Parte com autoria própria: quando o autor da parte é diferente do todo. Estrutura: AUTOR DA PARTE. Título do capítulo. In: AUTOR DA OBRA. Título da obra. Local de publicação: Editora, ano de publicação. Número de páginas ou volumes. Número do(s) volume(s), capítulo(s), ou página(s) consultadas. Exemplo: MARQUES, João Carlos. A organização do turismo no Brasil. In: SILVA, Marcos (Org.). O turismo na América do Sul. São Paulo: Atlas, 2001. 3v., cap.2, p.75-89

Trabalhos apresentados em eventos Estrutura: AUTOR DA PARTE. Título. In: NOME DO EVENTO, número, ano, local de realização. Título...Local de publicação: Editora, da de publicação. Número de Páginas ou volumes. Número da(s) página(s) ou volume(s) consultados. Exemplo: MAESTRI, M. Implantação da disciplina de psicologia no ensino médio. In: CONGRESSO NACIONAL DE PSICOLOGIA ESCOLAR E EDUCACIONAL, 5, 2000, Itajaí. Anais do Congresso de Psicologia Escolar e Educacional. Itajaí: UNIVALI, 2000. p. 36.

6.1.5 Periódicos como um todo

Sem autoria: Estrutura: TÍTULO DA REVISTA. Local: Editora ou entidade responsável, data do primeiro volume - . Periodicidade. Exemplo: MEMÓRIAS DO INSTITUTO OSWALDO CRUZ. Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz, 1909-. Trimestral.

6.1.6 Periódico considerado em parte

Sem autoria: Fascículos e suplementos: Estrutura: TÍTULO DA COLEÇÃO. Local de publicação: Editora, numeração do volume, numeração do fascículo, data. Número de páginas. Tipo de fascículo. Exemplo: REVISTA BRASILEIRA DE ADMINISTRAÇÃO. Brasília: Conselho Federal de Administração, v.13, n.43, dez. 2003. 69p.

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Artigos em revistas:

Estrutura: AUTOR DO ARTIGO. Título do artigo. Título da revista, local de publicação, volume, número, página inicial e final do artigo, mês e ano. Exemplo: PANEGALLI, José Carlos. Perfil de uma organização bem-sucedida. Revista Brasileira de Administração, Brasília, v.13, n.43, p.6-15, dez.2003.

Artigo em jornais: Estrutura: AUTOR DO ARTIGO. Título do artigo. Título do jornal, local de publicação, dia, mês e ano. Título do caderno, seção, páginas do artigo e coluna. Exemplo:

ASSUNÇÃO, Marília. Começa replantio no Areião. O Popular, Goiânia, 21 mar. 2004. Cidades, p.3, c. 1.

6.1.7 Documento jurídico Inclui legislação, jurisprudência ( decisões judiciais) e doutrina ( interpretação dos textos legais 6.1.7.1 Legislação Compreende a Constituição, as emendas constitucionais e os textos legais infraconstitucionais ( lei complementar e ordinária, medida provisória, decreto em todas as suas formas, resolução do Senado Federal) e normas emanadas das entidades públicas e privadas (ato normativo, portaria, resolução, ordem de serviço, instrução normativa, comunicado, aviso, circular, decisão administrativas, entre outros ). 6.1.7.2 Os elementos essenciais são: jurisdição ( ou cabeçalho da entidade, no caso de se tratar de normas), título, numeração, data e dados da publicação. No caso de Constituições e suas emendas, entre o nome da jurisdição e o título, acrescenta-se a palavra Constituição, seguida do ano de promulgação, entre parênteses.

Decreto: Exemplo: SÃO PAULO (Estado). Decreto nº.42.822, de 20 de janeiro de 1998. Lex: coletânea de legislação e jurisprudência, São Paulo, v.62, n.3, p. 217-220, 1998. Medida provisória: Exemplo: BRASIL. Medida provisória nº. 1.569-9, de 11 de dezembro de 1997. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 14 dez. 1997. Seção1, p. 29514.

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Decreto-lei : Exemplo: BRASIL. Decreto-lei nº.5.452, de 1 de maio de 1943. Lex: coletânea de legislação: edição federal, São Paulo, v.7, 1943. Suplemento. Código: Exemplo: BRASIL. Código civil. 46. ed. São Paulo: Saraiva, 2000. Resolução do Senado Federal: Exemplo: BRASIL. Congresso. Senado. Resolução nº. 17, de 1991. Coleção de Leis da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, v.183, p. 1156-1157, maio/jun. 1991. Emenda constitucional: Exemplo: BRASIL. Constituição (1988). Emenda constitucional nº. 9, de 9 de novembr0 de 1995. Lex: legislação federal e marginalia, São Paulo, v.59, p. 1966, out./dez. 1995.

6.1.7.4 Quando necessário acrescentam-se elementos complementares à referência para melhor identificar o documento.

Exemplos: (Decreto, Medida Provisória, Decreto-lei, Código e Resolução do Senado). SÃO PAULO (Estado). Decreto nº. 42.822, de 20 de janeiro de 1998. Dispõe sobre a desativação de unidades administrativas de órgãos da administração indireta e das autarquias do Estado e dá providências correlatas. Lex: coletânea de legislação e jurisprudência, São Paulo, v.62, n.3, p. 133-134, 1998. BRASIL. Medida provisória nº. 1.569-9, de 11 de dezembro de 1997. Estabelece multa em operações de importação, e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 14 de dez. 1997. Seção 1, p.29514. BRASIL. Decreto-lei nº. 5.452, de 1 de maio de 1943. Aprova a consolidação das do trabalho. Lex: coletânea de legislação: edição federal, São Paulo, v.7, 1943. Suplemento. BRASIL. Código civil. Organização dos textos, notas remissivas e índices por Juarez de Oliveira. 46. ed. São Paulo: Saraiva, 1995.

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BRASIL. Congresso. Senado. Resolução nº. 17, de 17 de 1991. Autoriza o desbloqueio de Letras Financeiras do Tesouro do Estado do Rio Grande do Sul, através de revogação do parágrafo 2º., do artigo 1º. Da resolução nº. 72, de 1990. Coleção de leis da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, v.183, p. 11156-1157, maio/jun. 1991. BRASIL. Constituição (1988). Emenda constitucional nº. 9, de 9 de novembro de 1956. Dá nova redação ao art. 117 da Constituição Federal, alterando e inserindo parágrafos. Lex: legislação federal e marginalia, São Paulo, v.59, p. 1966, out./dez. 1995. BRASIL. Constituição (1988). Emenda constitucional nº. 9, de 9 de novembro de 1956. Dá nova redação ao art. 117 da Constituição Federal, alterando e inserindo parágrafos. Lex: legislação federal e marginalia, São Paulo, v.59, p. 1966, out./dez. 1995.

6.1.8 Jurisprudência (decisões judiciais) Compreende súmulas, enunciados, acórdãos, sentenças e demais decisões judiciais. 6.1.8.1 Os elementos essenciais são: jurisdição e órgão judiciário competente, título (natureza da decisão ou ementa) e número, partes envolvidas (se houver), relator, local, data e dados da publicação.

Exemplos: BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Súmula nº.14. In:_____. Súmulas. São Paulo: Associação dos Advogados do Brasil, 1994. p. 16. BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Habeas-corpus nº.181.636.1, da 6ª. Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Brasília, DF, 6 de dezembro de 1994. Lex: jurisprudência do STJ e Tribunais Regionais Federais, São Paulo, v.10, n. 103, p.236-240. mar. 1998. BRASIL. Tribunal Regional Federal (5. Região). Apelação cível nº. 42.441-PE (94.05.01629-6). Apelante: Edilene Mamede dos Santos e outros. Apelada: Escola Técnica Federal de Pernambuco. Relator: Juiz Nereu Santos. Recife, 4 de março de 1997. Lex: jurisprudência do STJ e Tribunais Regionais Federais, São Paulo, v.10, n.103, 0. 558-562, mar. 1998.

6.1.8.2 Quando necessário, acrescentam-se elementos complementares à referência para melhor identificar o documento.

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Exemplos: BRASIL. Supremo Tribunal federal. Súmula nº.14. Não é admissível por ato administrativo restringir, em razão da idade, inscrição em concurso para cargo público. In:_____. Súmulas. São Paulo: Associação dos Advogados do Brasil, 1994. p.16. BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Processo Penal. Habeas-corpus. Constrangimento ilegal. Habeas-corpus nº. 181.636-1, da 6ª. Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Brasília, DF, 6 de dezembro de 1994. Lex: jurisprudência do STJ e Tribunais Regionais Federais, São Paulo, v.10, n. 103, p. 236-240, mar. 1998. BRASIL. Tribunal Federal Regional (5.Região). Administrativo. Escola Técnica Federal de Pernambuco. Pagamento de diferenças referente a enquadramento de servidor decorrente da implantação de Plano Único de Classificação e Distribuição de Cargos e Empregos, instituído pela Lei nº.8.270/91. Predominância da lei sobre a portaria. Apelação cível nº.42.441-PE (94.05.01629-6). Apelante: Edilene Mamede dos Santos e outros. Apelada: Escola Técnica Federal de Pernambuco. Relator: Juiz Nereu Santos, Recife, 4 de março de 1997. Lex: Jurisprudência do STJ e Tribunais Regionais Federais, São Paulo, v.10, n.103, p. 558-562, mar. 1998.

6.1.9 Doutrina Inclui toda e qualquer discussão técnica sobre questões legais (monografias, artigos e periódicos, papers, etc.), referenciada conforme o tipo de publicação. Exemplo:

BARROS, Raimundo Gomes de. Ministério Público: sua legitimação frente ao Código do Consumidor. Revista Trimestral de Jurisprudência dos Estados, São Paulo, v.18, n. 139, p. 53-72, ago. 1995.

6.1.10 Documento Jurídico em meio eletrônico As referências devem obedecer aos padrões indicados para documento jurídico, de acordo com 7.5.1 a 7.5.2, acrescidas das informações relativas à descrição física do meio eletrônico ( disquetes, CR-ROM, online, etc.). Quando se tratar de obras consultadas online, proceder-se-á conforme 7.5.3.

Exemplos: LEGISLAÇÃO brasileira: normas jurídicas federais, bibliografia brasileira de direito. 7.ed. Brasília, DF: Senado Federal, 1999. 1 CD-ROM. Inclui resumos padronizados das normas jurídicas editadas entre janeiro de 1946 e agosto de 1999, assim como textos integrais de diversas normas.

BRASIL. Regulamento dos benefícios da previdência social. In: SIXLEX: Sistema

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de Legislação, Jurisprudência e Pareceres da Previdência e Assistência Social. [S.I.]: DATAPREV, 1999. 1 CD-ROM. BRASIL. Lei nº. 9.887, de 7 de dezembro de 1999. Altera a legislação tributária federal. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 8 dez. 1999. Disponível em: <http://www.in.gov.br/mp_leis/leis_texto.asp?Id=LEI%2 09887>. Acesso em: 22 dez. 1999. BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Súmula nº14. Não é admissível, por ato administrativo, restringir, em razão da idade, inscrição em concurso para cargo público. Disponível em: <http://www.truenetm.com.br/jurisnet/sumusSTF.html>. Acesso em: 29 nov. 1998.

6.1.11 Documentos eletrônicos conforme NBR 6023 ( ABNT ago.2000) 6.1.11.1 CD-ROM e Disquete

Estrutura: Referência do documento. Descrição física do meio eletrônico. Exemplo: RAMALHO, José Antônio. Oracle 8i. 5. ed. São Paulo: Berkeley Brasil, 2001. 1 CD-ROM. MATARAZZO, Dante Carmine. Análise financeira de balanço: abordagem básica e gerencial. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1998. 1 disquete.

6.1.11.2 Documentos Online

Estrutura: Referência do documento. Disponível em:<endereço eletrônico>. Acesso em, hora, minutos e segundos. Exemplo: SILVA, Marcos Vinicíus. Pena de morte para crimes hediondos. Folha de S.Paulo, 28 out. 2000. Disponível em: <http://www.monografia.com.br>. Acesso em: 10 out. 2000.

Obs: Para documentos jurídicos, científicos, iconográficos, patentes, partituras etc. Consultar a mesma norma.

6.1.11.3 E-mail

Estrutura:

Nome do remetente. Assunto [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por <endereço eletrônico>em “data de recebimento”.

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Exemplo: TONDING, Fabiana John. Levantamento bibliográfico [mensagem pessoal]. Recebida por < [email protected]>em 22 mar. 2004.

6.1.11.5 Programa de computador

Estrutura: AUTOR. Nome do programa. Versão. Local: Editora, ano de publicação. Descrição física do meio eletrônico. Exemplo: MICROSOFT Project for Windows 95. Versão 4.1 [S.I.]: Microsoft Corporation, 1996. 1 CD-ROM.

6.1.11.6 Evento como um todo Inclui o conjunto dos documentos reunidos num produto final do próprio evento (atas, anais, resultados, entre outras denominações).

Sem autoria: Estrutura: NOME DO EVENTO, número, ano, local do evento. Anais... Local de publicação: Editora, ano de publicação. Exemplo: CONGRESSO NACIONAL DE PSICOLOGIA ESCOLAR, 2., 1994. Campinas Anais do 2º Congresso de Psicologia Escolar. Campinas: UNICAMP, 1994.

6.1.12 Evento como um todo em meio eletrônico As referências devem obedecer aos padrões indicados para evento como um todo, acrescidas das informações relativas à descrição física do meio eletrônico ( disquete, CD-ROM, online etc.)

CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UFPe, 4., 1996, Recife. Anais eletrônicos do 4º Congresso de Iniciação Científica da UFPe. Recife: UFPe, 1996. Disponível em: < http://www.propesq.ufpe.br/anais.html>. Acesso em: 21 jan. 1997.

6.1.13 Trabalho apresentado em evento

Estrutura:

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AUTOR(S), título do trabalho apresentado. In: NOME DO EVENTO, numeração do evento (se houver), ano e local (cidade) de realização, título do documento (anais, atas etc.), local, editora, data de publicação e página inicial e final da parte referenciada. Exemplo: BRAYNER, Ângelo; MADEIROS, Joaquim. Incorporação do tempo em SGBD orientado a objetos. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE BANCO DE DADOS, 9, 1994., São Paulo. Anais do 9º Simpósio Brasileiro de Banco de Dados. São Paulo: USP, 1994. p. 16-29.

6.1.14 Patente

Estrutura: ENTIDADE RESPONSÁVEL, autor, título da patente, número da patente e datas (do período de registro). Exemplo: EMBRAPA. Entidade de Apoio, Pesquisa e Desenvolvimento de Instrumentação Agrícola (São Carlos, SP). Paulo Estevão Cruvinel. Medidor digital multissensor de temperatura de solos. BR n. PI 8903105-9, 26 jun. 1998, 30 de maio de 1995.

6.1.16Outros tipos de materiais

6.1.16.1 Imagem em movimento ( videocassete, filme de longa metragem em VHS e DVD )

Videocassete: Estrutura: TÍTULO. Diretor. Produtor. Local. Produtora, ano, descrição física ( duração), sistema de reprodução, indicadores de som, cor. OS PERIGOS do uso de tóxicos. Produção de Jorge Ramos de Andrade, Coordenação de Maria Izabel Azevedo. São Paulo: CERAVI, 1983, 1 fita de vídeo ( 30 min.), VHS, son., color. 1 videocassete. Filme de longa metragem em VHS Estrutura: TÍTULO. Diretor. Produtor. Roteiro. Elenco. Local: Produtora, ano. Especificação do suporte em unidades físicas (duração), sistema de reprodução, indicadores de som, cor. Exemplo: CENTRAL do Brasil. Direção: Walter Salles Júnior. Produção: Martire de Clermont-Tonnere e Arthur Cohn. Roteiro: Marcos Bernstein, João Emanuel Carneiro e Walter Salles Júnior. Intérpretes: Fernanda Montenegro; Marília Pêra; Vinicius de Oliveira; Sônia Lira; Othon Bastos; Matheus Nachtergaele e outros. [S.I.]: Lê Studio Canal; Riofilme; MACTP Productions, 1998. 1 bobina

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cinematográfica ( 106 min.), son. Color, 35mm. Filme de longa metragem em DVD Estrutura: TÍTULO. Direção. Produção. Intérpretes. Roteiro. Música. Local: Produtora, data. Descrição física (duração), cor., produzido por. Baseado em. Autor. Exemplo: BLADE Runner. Direção: Ridley Scott. Produção: Michel Deeley. Intépretes: Harrison Ford; Rutger Hauer; Sena Young; Edward James Olmos e outros. Roteiro: Hampton Fancher e David Peoples. Música: Vangelis. Los Angeles: Warner Brothers, c1991. 1DVD (117min.), widescreen, color. Produzido por Warner Video Home. Baseado na novella “Do androis dreams of electric sheep?” de Philip K. Dick.

6.1.17 Documento iconográfico Inclui pintura, gravura, ilustração, fotografia, desenho técnico, diapositivo, diafilme, material estereográfico, transparência, cartaz entre outros.

Estrutura: AUTOR, Título (quando não existir deve-se atribuir uma denominação ou a indicação Sem título, entra colchetes), data e especificação do suporte. Tamanho. Exemplos: KOBAIASHI, H. Doença dos xavantes. 1980. 1 fotografia, color., 16 cm x 56 cm. FRAIPONT, E. Amílcar. O Estado de São Paulo, São Paulo, 30 nov. 1998. Caderno 2, Visuais. P. D2. 1 fotografia, p&b. Foto apresentada no Projeto ABRA/Coca-cola. O QUE acreditar em relação à maconha. São Paulo: CERAVI, 1985. 22 transparências, color., 25 com x 20 cm. O DESCOBRIMENTO do Brasil. Fotografia de Carmem Souza. Gravação de Marcos Lourenço. São Paulo: CERAVI, 1985. 31 diapositivos, color., + 1 cassete sonoro ( 15 min.), mono. SAMÚ, R. Vitória, 18,35 horas. 1997. 1 gravura. Serigraf. Color., 46 cm x 63 cm. Coleção particular. MATTOS, M. D. Paisagem-Quatro Barras. 1987. 1 original de arte. Óleo sobre tela, 40cm x 50cm. Coleção particular.

6.1.18 Documento iconográfico em meio eletrônico

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As referências devem obedecer aos padrões indicados para documento iconográfico, acrescidas das informações relativas à descrição física do meio eletrônico.

Exemplo: GUEDES, Anne. Geddes 135. jpg. 2000. Altura: 432 pixels. Largura: 376 pixels. 51 Kb Formato JPEG. 1 disquete, 51/2 pol.

6.1.19 Documento cartográfico ( atlas, mapas, globo, fotografia aérea e outros )

Atlas: Estrutura: TÍTULO. Local: editora, data. Descrição física. Escala. ATLAS Mirador Internacional. Rio de Janeiro: Enciclopédia Britânica do Brasil, 1981. 1 atlas. Escalas variam. Mapa: Estrutura: AUTOR (S). Título. Local: editora, ano de publicação, especificação do material, cor, medidas. Escala. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Mapa rodoviário do Rio Grande do Sul. Brasília, DF, 2000, 1 mapa, color., 80 cm x 120 cm. Escala 1:200.000.

Fotografia aérea: Estrutura: AUTOR(S). Título. Local: editora, data, especificação do material, cor, medidas. Escala. Exemplo: INSTITUTO GEOGRÁFICO E CARTOGRÁFICO (São Paulo, SP). Projeto Lins Tupã: foto aérea. São Paulo, 1986. 1 fotografia aérea. Escala 1:35.000. Fx 28, n.15.

6.1.20 Documentos sonoros no todo ( disco, CD, cassete, rolo, entre outros )

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Estrutura: COMPOSITOR(ES) ou Intérprete(s). Título. Local: Gravadora (ou equivalente), data. Especificação do suporte. Exemplos: Disco: ALCIONE,. Ouro e cobre. Direção artística: Miguel Propschi. São Paulo: RCA Victor, p1998. 1 disco sonoro (45min.), 33 1/3 rpm, estéreo., 12 pol. CD: SIMONE. Face a face. [S.I]: Emi-Odeon Brasil, p1977. 1 CD (ca 40 min.) Remasterizado em digital. Cassete: SILVA, Luiz Inácio Lula da. Luiz Inácio Lula da Silva: depoimento [abr. 1991]. Entrevistadores: V. Tremel e M. Garcia, São Paulo: SENAI-SP, 1991. 2 cassetes sonoros. Entrevista concedida ao Projeto Memória do SENAI-SP.

6.1.20 Documentos não previstos na NBR 6023 ( ABNT ago.2000 )

Resumo de artigo publicado em abstracts

Estrutura: AUTOR DO ARTIGO. Título do artigo. Título do periódico que publica o resumo, local da publicação, número do volume, número do fascículo, número da página, data de publicação. Nota indicando em que periódico o artigo é publicado integralmente, local de publicação, volume, fascículo, página inicial e final, ano de publicação. Exemplo: STEWART, J. Origem das infecções viróticas. Medicina atual. Rio de Janeiro, v.10, n.7 p.355, out. 1998. Resumo do artigo publicado em: Cadernos de Medicina, Rio de Janeiro, v.31, n.6, p. 47-53, nov. 1997.

6.1.22 Anais de evento publicados em periódicos

Estrutura: AUTOR DO ARTIGO. Título do artigo. Título do periódico, local de publicação, volume, fascículo, página inicial e final, data de publicação. Nota indicando em qual evento foi apresentado. Exemplo: MAHONEY, M. Fitoterapia: avanços da medicina. Revista Brasileira de Medicina, São Paulo, v.8, n.3, p. 158-167, out. 1993. Trabalho apresentado no Encontro Internacional de Farmacologia, 2., 1992, São Paulo.

6.1.23 Entrevistas

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Estrutura: ENTREVISTADO. Assunto ou título do programa. Local da entrevista, entidade onde ocorreu o pronunciamento, data em que a entrevista foi concedida. Nota indicando o nome do entrevistador. Exemplo: CARDOSO, Ângelo. Traços de Porto Alegre. Porto Alegre, Televisão Guaíba, 21 ago. 1998. Entrevista à Carlos Alberto Tavares.

6.1.24 Informação verbal

Estrutura: AUTOR DO DEPOIMENTO. Assunto ou título. Local do depoimento, instituição (se houver), data em que a informação foi proferida. Nota indicando o tipo de depoimento (conferência, discurso, anotação de aula). Exemplo: NOGUEIRA, Flávio. A economia em crise e suas conseqüências. Campinas, UNICAMP, 12 nov. 1996. Palestra proferida aos alunos de economia da UNICAMP.

6.1.25 Correspondências (carta, bilhetes, telegrama, fax)

Estrutura: REMETENTE. [Tipo de correspondência] data, local e emissão [para] destinatário, local a que se destina. Número de páginas. Assunto em forma de nota. Exemplo: AGUIAR, Salomão. [Carta] 5 set. 1989, Porto Alegre [para] Marlene de Oliveira, Canoas. 2p. Reivindica posse de imóvel.

6.1.26 Portarias não publicadas

Estrutura: ENTIDADE COLETIVA RESPONSÁVEL. Tipo de documento. Número do documento data. Ementa original ou elaborada. Número de folhas ou páginas. Exemplo: BRASIL. Ministério da Agricultura. Resolução n.320 de 5 jul. 1993. Regula o uso de agrotóxicos em propriedades latifundiárias. 2f.

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6.1.27 Programa de televisão e rádio

Estrutura: TEMA. Nome do programa, cidade: nome da TV ou rádio, data da apresentação do programa. Nota especificamente o tipo de programa (rádio ou TV). Exemplo: EQUINOS. Globo Rural, Rio de Janeiro: Rede Globo, 21 ago. 1998.

6.1.28 Referência obtida via Base de Dados

Estrutura: Referência do documento. Notas de via de acesso: Nome da entidade responsável, ano de obtenção. Exemplo: SOUZA, Wladimir. Poluição do ar. Energia & Conservação, v.7, n.5, p.39-46, 1995. Referência obtida via base de dados Lilacs: BIREME, 1996.

6.1.29 Referência obtida via Base de Dados em rede eletrônica

Estrutura: Referência do documento. Nota de via de acesso: Nome da entidade responsável, ano de obtenção. Disponível em: <endereço eletrônico>. Acesso em: dia, mês, ano. Exemplo: SOUZA, Wladimir. Poluição do ar. Energia & Conservação, v.7, n.5, p. 39-47, 1995. Referência obtida via base de dados Lilacs: BIREME, 1996. Disponível em: < http://www.ulbranet.com.br/virtual/home.html>. Acesso em: 17 jan. 2001.

NOTA: 1 – Repetição de Entrada(s): quando você vai referenciar duas obras do mesmo autor numa Bibliografia, não repete o nome do autor da segunda obra, o nome do autor é substituído por um travessão equivalente a cinco espaços. Exemplo 01: AGUIAR, Paulo Antônio. Análise de cultivares de feijão. Brasília: EMBRAPA, [s.d.] ______. A cultura do feijão. Brasília: EMBRAPA, 2001. Exemplo 02:

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ROMANO, Giovani. Imagens da juventude na era moderna. In: LEVI, G.; SCHIMIDT, J. (Org.) Historia dos Jovens 2. São Paulo: Companhia das letras, 1996, p. 7-16 SANTOS, F. R. dos. A colonização da terra do Tucujus. In: ______. Historia do Amapá, 1º grau. 2. ed. Macapa: Valcan, 1994, cap.03

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7. COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA ORIENTAÇÃO PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO A SER AVALIADO PELO COMITE DE ETICA EM PESQUISA DO ILES/ULBRA: Art. 45º - Os protocolos de pesquisa com seres humanos serão encaminhados à Secretaria Executiva do Comitê, em português e em 3 (três) vias impressas e 1 (uma) cópia do projeto digitalizado em formato word, instruídos, quando aplicável, com os seguintes documentos: I - Folha de rosto: Título do projeto, nome, número da carteira de identidade, CPF, telefone e endereço para correspondência do pesquisador responsável. II - Descrição da pesquisa, compreendendo os seguintes itens: a) Descrição dos objetivos e hipóteses a serem testadas; b) Antecedentes científicos e dados que justifiquem a pesquisa; c) Descrição detalhada e ordenada do projeto de pesquisa (material e métodos, casuística, resultados esperados e bibliografia); d) Análise crítica de riscos e benefícios; e) Duração total da pesquisa, a partir da aprovação; f) Explicação das responsabilidades do pesquisador, do orientador, da Instituição, do promotor e do patrocinador; g) Explicitação de critérios para suspender ou encerrar a pesquisa; h) Local da pesquisa; i)Demonstrativo da existência de infra-estrutura necessária ao desenvolvimento da pesquisa para atender eventuais problemas dela resultantes; i) Orçamento financeiro detalhado da pesquisa: recursos, fontes e destinação, bem como a forma e o valor da remuneração do pesquisador; j) Explicação de acordo preexistente quanto à propriedade das informações geradas; l) Declaração de que os resultados da pesquisa serão tomados públicos, sejam eles favoráveis ou não; k) Declaração sobre o uso e destinação do material e/ou dados coletados. III - Informações relativas ao sujeito da pesquisa: a) Descrição das características da população a estudar; b) Descrição dos métodos que atinjam diretamente os sujeitos da pesquisa; c) Identificação das fontes de material de pesquisa; d) descrição dos planos para recrutamento de indivíduos e os procedimentos a serem seguidos, com critérios de inclusão e exclusão;

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e) Apresentação do termo de consentimento esclarecido para a pesquisa, incluindo informações sobre as circunstâncias sob as quais o consentimento será obtido, quem irá tratar de obtê-lo e a natureza da informação a ser fornecida aos sujeitos da pesquisa; f) Descrição de qualquer risco, avaliando sua probabilidade e gravidade; g) descrição das medidas para proteção ou minimização de qualquer risco eventual; h) Apresentação da previsão de ressarcimento de gastos aos sujeitos da pesquisa;

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8. REFERÊNCIAS

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