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Impacto do Envelhecimento sobre os gastos com saúde no setor de

saúde Suplementar

Luiz Augusto Carneiro

Superintendente Executivo

Instituto de Estudos de Saúde Suplementar

O rápido envelhecimento populacional no Brasil

Fonte: 2011, Michele Gragnolati et al. Growing Old in an Older Brazil, Implications of Population Aging on Growth,

Poverty, Public Finance, and Service Delivery. The World Bank.

População com 65 anos ou mais e gasto total com saúde nos países, 2013.

Envelhecimento no mundo

Fonte: World Health Organization Global Health Expenditure database.

Elaboração: IESS

BRA

URU

JAPÃO

NORUEGA

ESTADOS UNIDOSAUSTRÁLIA

DINAMARCA

REINO UNIDO

ITÁLIA

Evolução da distribuição percentual (%) da população brasileira em faixas etárias selecionadas.

%

Fonte: IBGE. Elaboração: IESS

Envelhecimento da população brasileira

Razão de dependência de idosos com relação às pessoas entre 14 anos e 59 anos.


%

Envelhecimento da população brasileira

Projeção do impacto do envelhecimento sobre a Saúde Suplementar

Dados de gastos para a projeção:

• Amostra de mais de 1 milhão de beneficiários de

planos de saúde individuais de abrangência nacional.

• Esses dados são do ano de 2013.

Fonte: Amostra de planos individuais de abrangência nacional.

Elaboração: IESS

Gasto per capita dos beneficiários da amostra de planos individuais, 2013.

Amostra de Planos Individuais

Projeções

Serão realizadas 3 projeções do impacto do envelhecimento:

• Projeção 1 – Envelhecimento: considera o impacto do envelhecimento puro.

• Projeção 2 – Envelhecimento + VCMH: considera o impacto do envelhecimento e da variação de custos médico hospitalares

• Projeção 3 – Envelhecimento + VCMH + projeção da taxa de cobertura de beneficiários de planos de saúde

Premissas:• A taxa de cobertura por faixa etária da Saúde Suplementar de 2013 é

considerada constante durante o período de projeção. Ela é aplicada a cada ano sobre o número de pessoas em cada faixa etária projetado pelo IBGE (Projeção da População – Revisão 2013/IBGE).

Fonte: ANS. Elaboração: IESS

Projeção 1 - Envelhecimento



Projeção da população brasileira (IBGE)

Elaboração: IESS


Projeção do número de beneficiários (IESS):

Elaboração: IESS

Projeção do número de beneficiários (IESS) - Proporção de beneficiários por faixas etárias selecionadas, 2013,

2020 e 2030.


Resultados - Projeção 1: Envelhecimento

Gasto assistencial total da Saúde Suplementar real e projetado, 2013-2030, Projeção I – Envelhecimento.

Fonte: ANS e Projeção IESS.

Proporção das faixas etárias

na composição do gasto – 2013 a 2030


Fonte: Elaboração: IESS

Valores projetados dos gastos assistenciais para três faixas etárias, 2013, 2020 e 2030.



Proporção dos grupos de procedimentos na composição do gasto – 2013 a 2030

Fonte: Elaboração IESS.


Distribuição do gasto total por item de despesa assistencial e por faixa etária, 2010, 2030 e 2050.



Premissas• A variação de custos médicos hospitalares por faixa etária é considerada

constante durante o período de projeção.

• É aplicada a média do VCMH/IESS no período de 2007 a 2013, por grupos de procedimentos deflacionado pelo IPCA.

Variação dos custos médico hospitalares (VCMH/IESS) e da inflação medida pelo IPCA, 2007 a 2014.

Fonte: IESS.

Projeção 2 – Envelhecimento + VCMH


Resultados - Projeção 2: Envelhecimento + VCMH

Gasto assistencial total da Saúde Suplementar real e projetado, 2013-2030, Cenário II – Envelhecimento +

Inflação



Proporção das faixas etárias na composição do gasto –2013 a 2030

Premissas• Nesse cenário, outra projeção do número de beneficiários é realizada, pois a taxa

de cobertura é variável. • A Taxa de cobertura foi projetada por faixa etária utilizando uma projeção

logarítmica do software Excel até 2030. • No Gráfico, observa-se que a taxa de cobertura aumenta 3,1 pontos percentuais

de 2014 a 2030, passando de 25,5% da população para 28,6%.


Projeção 3 – Envelhecimento + VCMH + Projeção da Taxa de cobertura

Projeção do número de beneficiários com taxa projetada, 2009 a 2030.



Gasto assistencial total da Saúde Suplementar real e projetado, 2013-2030, Cenário II – Envelhecimento +

Inflação


Real

Projetado


Proporção das faixas etárias na composição do gasto –2013 a 2030



Gasto assistencial total da Saúde Suplementar real e projetado, 2013-2030, Projeção I, Projeção II e

Projeção III

Todas as projeções


• O Valor projetado pela Projeção 3 é 211,9% superior ao observado em 2013.

• Além disso, a Projeção III é 13,7% superior ao da Projeção II e 123,6% superior ao da Projeção I.

Todas as projeções

Projeção do número de procedimentos devido ao envelhecimento

• Frequências de utilização por faixa etária são consideradas

constantes, de acordo com a da amostra de planos individuais.

• Taxa de cobertura por faixa etária é constante na projeção do número de beneficiários.

• Projeção do número de procedimentos é realizada aplicando as frequências

constantes sobre a projeção do número de beneficiários.

• Efeito apenas do envelhecimento

Projeção do número de procedimentos realizados por faixas etárias selecionadas


Projeção do número de procedimentos realizados por faixa

etária

Proporção do número de procedimentos realizados por faixas etárias selecionadas.



etária

Projeção do número de procedimentos realizados –Faixas etárias acima de 59 anos



etária

Fonte: 2010, Sarah Goodell and Katherine Swartz. Cost-sharing: Effects on

spending and outcomes. The Synthesis Project, Policy Brief No. 20. The Robert Wood Johnson Foundation.

Concentração do gasto de saúde na população. Exemplo: EUA

Fonte: Center for Financing, Access, and Cost Trends, AHRQ, Household Component of the Medical Expenditure Panel Survey, 2012

Concentração do gasto por tipo de condição de saúde (Top 5, EUA,

2012)

Fonte: Center for Financing, Access, and Cost Trends, AHRQ, Household Component of the Medical Expenditure Panel Survey, 2012

2002-2012: tendência de aumento nesses principais gastos

Não podemos ficar apenas no diagnóstico. É necessário um plano de ação.

Considerações

• As projeções apontam para condições futuras definitivas na saúde suplementar

• Do lado da gestão de custos, é necessário identificar e focar no mais importante

• Deve-se buscar e aprimorar as práticas mais eficazes em relação ao cuidado do

idoso, à gestão de doenças crônicas e à promoção do envelhecimento saldável

• A saúde suplementar precisa resolver o quantos antes seus problemas estruturais

que são os principais vetores de crescimento nos custos, por exemplo: a) modelo

de remuneração de prestadores; b) falta de competição ao longo da cadeia

produtiva; c) incorporação de tecnologias em saúde.

Luiz Augusto CarneiroSuperintendente Executivo

Instituto de Estudos de Saúde Suplementar – IESSwww.iess.org.br

OBRIGADO!

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