Hospital Central Coronel Pedro Germano Estágio Supervisionado da Residência Acadêmica TUBERCULOSE...
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Hospital Central Coronel Pedro GermanoEstágio Supervisionado da Residência Acadêmica
TUBERCULOSETUBERCULOSEThomas R Frieden, Timothy R Sterling, Sonal S Munsiff, Thomas R Frieden, Timothy R Sterling, Sonal S Munsiff,
Catherine J Watt, Christopher DyeCatherine J Watt, Christopher Dye
THE LANCET-vol.362- September 13, 2003THE LANCET-vol.362- September 13, 2003
07/12/2004 Ddo.Carlos 07/12/2004 Ddo.Carlos EduardoEduardo
Epidemiologia:
Segunda causa mais comum de morte por Segunda causa mais comum de morte por doenças infecciosas no mundodoenças infecciosas no mundo
8.000.000 de novos casos/ano8.000.000 de novos casos/ano 2.000.000 óbitos/ano2.000.000 óbitos/ano 5-6.000.000 têm entre 15-49 anos5-6.000.000 têm entre 15-49 anos Países menos desenvolvidosPaíses menos desenvolvidos Infecção pelo HIVInfecção pelo HIV
Fisiopatologia:
Transmissão através da inalação de Transmissão através da inalação de gotículas contaminadas com o gotículas contaminadas com o M.tuberculosisM.tuberculosis
Risco de transmissão:Risco de transmissão:
Inóculo X Resistência NaturalInóculo X Resistência Natural
Fisiopatologia:Insta lação da In fecção
Ó rg ã os e s is tem as
C ircu laçã o san g u ín ea
L in fon od os h ila res e m ed ias tin a is
R ep licaçã o len ta e con tín u a
F ag oc itose p e los m ac ró fag os a lveo la res
Fisiopatologia:
Fagocitose por macrófagos alveolaresFagocitose por macrófagos alveolares
Replicação lenta e contínuaReplicação lenta e contínua
Disseminação linfo-hematogênicaDisseminação linfo-hematogênica
Órgãos e sistemasÓrgãos e sistemas
Fisiopatologia:
2-8 semanas: desenvolvimento da 2-8 semanas: desenvolvimento da imunidade celular (“viragem sorológica”)imunidade celular (“viragem sorológica”)
Ativação de macrófagos por células T Ativação de macrófagos por células T CD4+ (Interferon gama)CD4+ (Interferon gama)
Formação do Formação do granuloma caseosogranuloma caseoso Reativação: DM, falência renal, neoplasias, Reativação: DM, falência renal, neoplasias,
quimioterapia, desnutrição, corticosteróidesquimioterapia, desnutrição, corticosteróides
Fisiopatologia:
Predisposição genéticaPredisposição genética Polimorfismo do gen NRAMP1(“natural Polimorfismo do gen NRAMP1(“natural
resistance-associated macrophage protein”)resistance-associated macrophage protein”) Receptores da vitamina D e IL-1Receptores da vitamina D e IL-1 Influência de fatores ambientaisInfluência de fatores ambientais
Manifestações Clínicas:
PulmonarPulmonar PleuralPleural SNCSNC Ósteo-articularÓsteo-articular RenalRenal
PericárdicaPericárdica GastrointestinalGastrointestinal OftálmicaOftálmica Genito-urináriaGenito-urinária GanglionarGanglionar
Diagnóstico:
Doença ativa:Doença ativa: Suspeita clínica, radiografia de tórax e estudo Suspeita clínica, radiografia de tórax e estudo
bacteriológicobacteriológico Cultura para BK: sensibilidade-80 a 85%Cultura para BK: sensibilidade-80 a 85% Baciloscopia (Ziehl-Neelsen):50-80% de Baciloscopia (Ziehl-Neelsen):50-80% de
sensibilidadesensibilidade Amplificação de ácidos nucléicos: sensibilidade Amplificação de ácidos nucléicos: sensibilidade
de 95% e especificidade de 98% em pacientes com de 95% e especificidade de 98% em pacientes com baciloscopia positivabaciloscopia positiva
Diagnóstico:
Infecção latente:Infecção latente: PPD: melhor método diagnóstico para PPD: melhor método diagnóstico para
infecções latentesinfecções latentesObs.:LimitaçõesObs.:Limitações* baixa sensibilidade em pacientes * baixa sensibilidade em pacientes
imunodeprimidosimunodeprimidos * reação cruzada com BCG e outras * reação cruzada com BCG e outras
micobactérias micobactérias
Diagnóstico:
Infecção latente:Infecção latente: IGRA (“interferon gama release assay”)IGRA (“interferon gama release assay”)
* Menor sensibilidade e especificidade do * Menor sensibilidade e especificidade do que o PPDque o PPD
* Menor reação cruzada com a BCG* Menor reação cruzada com a BCG
Tratamento:
Objetivos:Objetivos: Assegurar a cura sem recidiva da doençaAssegurar a cura sem recidiva da doença Prevenir a mortePrevenir a morte Interromper a transmissãoInterromper a transmissão Prevenir o surgimento de resistência às Prevenir o surgimento de resistência às
drogasdrogas* Tratamento de longa duração com drogas * Tratamento de longa duração com drogas
combinadascombinadas
Tratamento:
Fase inicial: destruir os bacilos ativos e Fase inicial: destruir os bacilos ativos e impedir o crescimento dos bacilos latentesimpedir o crescimento dos bacilos latentes
Fase de continuação: eliminação de bacilos Fase de continuação: eliminação de bacilos residuais e reduzir o número de falências ou residuais e reduzir o número de falências ou recidivas recidivas
Tratamento:Categoria I: Novos casos de tuberculose pulmonar com baciloscopia positiva ; tuberculose extrapulmonar grave ; tuberculose pulmonar grave com baciloscopia negativa ; concomitância com o HIV
Fase InicialFase Inicial::
IRPE por 2 mesesIRPE por 2 meses
IRPS por 2 mesesIRPS por 2 meses
Fase de continuaçãoFase de continuação::
IR por 4 mesesIR por 4 meses
IE por 6 mesesIE por 6 meses
I = Isoniazida R = Rifampicina P = Pirazinamida
S = Estreptomicina E = Etambutol
Tratamento:Categoria II: Tuberculose pulmonar com baciloscopia positiva previamente tratada ; recaída ; falência terapêutica
Fase InicialFase Inicial::
IRPES por 2 mesesIRPES por 2 meses
IRPE por 1 mêsIRPE por 1 mês
Fase de ContinuaçãoFase de Continuação::
IRE por 5 mesesIRE por 5 meses
I = Isoniazida R = Rifampicina P = Pirazinamida
S = Estreptomicina E = Etambutol
Tratamento:Categoria III: Novos casos de tuberculose pulmonar com baciloscopia negativa ou formas de tuberculose extrapulmonar menos graves
Fase InicialFase Inicial::
IRPE por 2 mesesIRPE por 2 meses
Fase de continuaçãoFase de continuação::
IR por 4 mesesIR por 4 meses
IE por 6 mesesIE por 6 meses
I = Isoniazida R = Rifampicina P = Pirazinamida
S = Estreptomicina E = Etambutol
Tratamento:
Principais reações adversas:Principais reações adversas:Isoniazida – náuseas, vômitos, Isoniazida – náuseas, vômitos,
hepatotoxicidade, neuropatia periférica, hepatotoxicidade, neuropatia periférica, reação lúpus-likereação lúpus-like
Rifampicina – náuseas, vômitos, Rifampicina – náuseas, vômitos, hepatotoxicidade, hiperssensibilidade, hepatotoxicidade, hiperssensibilidade, trombocitopenia, nefrite intersticial aguda, trombocitopenia, nefrite intersticial aguda, síndrome gripalsíndrome gripal
Tratamento:
Pirazinamida – náuseas, vômitos, Pirazinamida – náuseas, vômitos, hepatotoxicidade, hiperuricemia, gotahepatotoxicidade, hiperuricemia, gota
Estreptomicina – labirintopatia, ototoxicidade, Estreptomicina – labirintopatia, ototoxicidade, nefrotoxicidadenefrotoxicidade
Etambutol – náuseas, vômitos, alterações Etambutol – náuseas, vômitos, alterações visuaisvisuais
Etionamida – náuseas, vômitos, icterícia, Etionamida – náuseas, vômitos, icterícia, diarréiadiarréia
Tratamento:
Formas Extrapulmonares:Formas Extrapulmonares: Esquema I: formas gravesEsquema I: formas graves Esquema III: formas levesEsquema III: formas leves Grávidas: Isoniazida, rifampicina, Grávidas: Isoniazida, rifampicina,
pirazinamida e etambutolpirazinamida e etambutol Hepatopatas: Estreptomicina, etambutol e Hepatopatas: Estreptomicina, etambutol e
ofloxacinaofloxacina
Tratamento:
Nefropatas: Isoniazida, rifampicina e Nefropatas: Isoniazida, rifampicina e pirazinamidapirazinamida
HIV/SIDA: Tratamento semelhante ao HIV HIV/SIDA: Tratamento semelhante ao HIV negativo; tioacetazona é contra-indicadanegativo; tioacetazona é contra-indicada
Tratamento:
Casos resistentes:Casos resistentes: Drogas de segunda linha devem ser Drogas de segunda linha devem ser
administradas diariamente sob observação administradas diariamente sob observação diretadireta
Monitorização através de culturas e Monitorização através de culturas e baciloscopiabaciloscopia
Tratamento:
Três ou quatro drogas orais associado a uma Três ou quatro drogas orais associado a uma droga IV(capreomicina, amicacina ou droga IV(capreomicina, amicacina ou kanamicina) por 3-6 meses kanamicina) por 3-6 meses
Drogas orais por 15-18 meses, totalizando Drogas orais por 15-18 meses, totalizando 12-18 meses após negativação da cultura12-18 meses após negativação da cultura
BCG:
1ª dose : recém-nato 1ª dose : recém-nato
2ª dose : 6 anos2ª dose : 6 anos Proteção eficaz contra as formas graves em Proteção eficaz contra as formas graves em
crianças (meníngea e miliar)crianças (meníngea e miliar) Eficácia variável contra tuberculose Eficácia variável contra tuberculose
pulmonar em adultos pulmonar em adultos
Controle:
Participação políticaParticipação política Diagnóstico precoce Diagnóstico precoce Tratamento efetivo (observação direta)Tratamento efetivo (observação direta) Monitorização dos pacientes em tratamentoMonitorização dos pacientes em tratamento
Conclusão: ““O estágio atual no diagnóstico, tratamento e controle da O estágio atual no diagnóstico, tratamento e controle da tuberculose revela contrastes. De um lado, o desenvolvimento de tuberculose revela contrastes. De um lado, o desenvolvimento de novos métodos diagnósticos e a aplicação de estratégias de controle novos métodos diagnósticos e a aplicação de estratégias de controle têm aumentado o número de pacientes diagnosticados e têm aumentado o número de pacientes diagnosticados e efetivamente tratados.efetivamente tratados. Entretanto, Entretanto, 60% dos pacientes com 60% dos pacientes com tuberculose não são efetivamente diagnosticados, tratados ou tuberculose não são efetivamente diagnosticados, tratados ou monitorizados. O progresso futuro requer aplicação rigorosa da monitorizados. O progresso futuro requer aplicação rigorosa da tecnologia corrente e será enormemente facilitado pela descoberta tecnologia corrente e será enormemente facilitado pela descoberta de novas técnicas diagnósticas, drogas e estratégias de prevenção, de novas técnicas diagnósticas, drogas e estratégias de prevenção, bem como uma vacinação efetiva”bem como uma vacinação efetiva”..