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ANÁLISE COMPARATIVA DO LASER E LED NO TRATAMENTO DE FOLICULITE NO GÊNERO MASCULINO COMPARATIVE ANALYSIS OF LASER AND LED IN THE TREATMENT OF FOLICULITE IN THE MALE GENDER Alana Leticia Gomes Mana – [email protected] Jessica da Silva Bini – [email protected] Tayná Cristina Araújo Pereira – [email protected] Graduação em Estética- Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Prof. Luciana Marcatto Fernandes Lhamas – [email protected] Docente do Curso Bacharel em Estética Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium RESUMO A foliculite é uma patologia causada na pele, geralmente pela bactéria Staphylococos aureus, sendo caracterizada pela presença de pus, prurido e em alguns casos dor. Pelo fato do LASER Vermelho e o LED Azul apresentarem efeitos anti- inflamatórios e cicatrizantes. O presente estudo teve como objetivos, comparar a eficácia do LASER e LED em foliculite na região da barba em pacientes do gênero masculino. Foi desenvolvida uma pesquisa experimental de abordagem qualitativa, com 2 sessões semanais, e duração total de 36 (trinta e seis) dias, onde os procedimentos foram aplicados em quatro homens com idade entre 18 (dezoito) e 35 (trinta e cinco) anos com fototipo II e III, que apresentavam foliculite na região da barba. Os resultados foram analisados por meio de registros fotográficos pré e pós-tratamento e questionário de satisfação do paciente, onde a associação das técnicas LASER e LED apresentou maior eficácia perante a patologia estudada quando comparada com as técnicas individuais. O estudo obteve resultados satisfatórios, pois houve uma otimização significativa na aparência da pele dos voluntários. Palavras-chave: Foliculite. Pelos. LASER. LED. ABSTRACT 1

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ANÁLISE COMPARATIVA DO LASER E LED NO TRATAMENTO DE FOLICULITE NO GÊNERO MASCULINO

COMPARATIVE ANALYSIS OF LASER AND LED IN THE TREATMENT OF FOLICULITE IN THE MALE GENDER

Alana Leticia Gomes Mana – [email protected] da Silva Bini – [email protected]

Tayná Cristina Araújo Pereira – [email protected]ção em Estética- Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Prof. Luciana Marcatto Fernandes Lhamas –[email protected]

Docente do Curso Bacharel em Estética Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

RESUMO

A foliculite é uma patologia causada na pele, geralmente pela bactéria Staphylococos aureus, sendo caracterizada pela presença de pus, prurido e em alguns casos dor. Pelo fato do LASER Vermelho e o LED Azul apresentarem efeitos anti-inflamatórios e cicatrizantes. O presente estudo teve como objetivos, comparar a eficácia do LASER e LED em foliculite na região da barba em pacientes do gênero masculino. Foi desenvolvida uma pesquisa experimental de abordagem qualitativa, com 2 sessões semanais, e duração total de 36 (trinta e seis) dias, onde os procedimentos foram aplicados em quatro homens com idade entre 18 (dezoito) e 35 (trinta e cinco) anos com fototipo II e III, que apresentavam foliculite na região da barba. Os resultados foram analisados por meio de registros fotográficos pré e pós-tratamento e questionário de satisfação do paciente, onde a associação das técnicas LASER e LED apresentou maior eficácia perante a patologia estudada quando comparada com as técnicas individuais. O estudo obteve resultados satisfatórios, pois houve uma otimização significativa na aparência da pele dos voluntários.

Palavras-chave: Foliculite. Pelos. LASER. LED.

ABSTRACT

Folliculitis is a condition caused by the skin, usually by the bacterium Staphylococcus aureus, and is characterized by the presence of pus, pruritus and in some cases pain. By the fact the Red LASER and Blue LED have anti-inflammatory and healing effects, the aim of the present study was to compare the efficacy of LASER and LED in folliculitis in the beard region in male patients. A qualitative experimental study was developed, the 2 weekly sessions, with a total duration of 36 (thirty six) days, where the procedur6es were applied in four men aged between 18 (eighteen) and 35 (thirty five) years with phototype II and III, which presented folliculitis in the region of the beard. The results were analyzed through pre and post-treatment photographic records and a patient satisfaction questionnaire, in which the association of LASER and LED techniques it present itself more efficient in the studied pathology when compared to the individual techniques. The study obtained

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satisfactory results, as there was a significant optimization in the appearance of the skin of the volunteers.

Key words: Folliculitis. Hair. LASER. LED.

INTRODUÇÃO

A insatisfação do homem por não ter a imagem ideal, tem influenciado

negativamente seus campos emocionais, psicológicos e sociais, podendo

desenvolver transtorno depressivo. Por esse motivo a busca pela aparência ideal

tem se tornado frequente (FREITAG, 2007 apud OLIVEIRA; RICCI; RAMOS, 2015).

A foliculite é mais comum em pessoas do gênero masculino e dificilmente é

transmitida de pessoa para pessoa (SALES; AVELAR, 2012).

O presente estudo teve como objetivos comparar a eficácia do LASER e LED

em foliculite na região da barba em pacientes do gênero masculino, compreender a

patologia apresentada, descrever as técnicas e comparar a foliculite antes e após a

intervenção do LASER e LED.

Acredita-se que a associação das técnicas LASER e LED terá um efeito

sinérgico com resultado satisfatório, devido a diminuição da inflamação e o controle

bacteriano. De acordo com Agne (2003) o LASER tem como efeito a ação anti-

inflamatória. Segundo Menezes (2017) o LED Azul atua na destruição das bactérias

e fungos, degradação dos cromóforos presentes na pele diminuindo as manchas.

1 PELOS

Os pelos surgem através de uma invaginação epidérmica denominado folículo

piloso. São distribuídos por praticamente todo o corpo e desempenham importante

papel na proteção. Eles possuem apenas três pigmentos, a melanina (preto), o

castanho e o amarelo, porém suas combinações podem produzir diferentes cores.

Quando não há presença de melanina, os pelos tornam-se brancos (GUIRRO e

GUIRRO, 2002).

O pelo apresenta uma parte visível, a haste, que está em sequência da raiz,

parte profunda alojada no interior de um saco cilíndrico, formando desta forma o pelo

(PEYREFITTE; MARTINI; CHIVOT, 1998 apud RESCAROLI; SILVA; VALDEMARI,

s.d).

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1.1 A anatomia e fisiologia do pelo

A primeira manifestação de aparecimento do folículo piloso se dá por células

que se juntam e se multiplicam, estendendo-se em direção da derme,

inclinadamente em relação à superfície cutânea. O folículo piloso é dividido em dois

segmentos, o superior que é a parte permanente do folículo e o segmento inferior

onde ocorre o ciclo biológico do mesmo que possui as fases conhecidas como fases

de crescimento, repouso e queda (PEREIRA, 2001).

1.2 Estrutura do pelo

As glândulas sebáceas são responsáveis por secretar o sebo, que lubrifica e

condiciona a pele. O músculo eretor do pelo direciona o eixo dos pelos a ficarem em

pé e causa arreios na pele. Cada pelo tem três camadas separas e diferentes, são

elas: a medula que está presente apenas em pelos maduros, é a parte central do

pelo e é formada por células grandes e sem núcleo; o córtex que é a camada

intermediária, formado por células epiteliais ricas em melanina; e a cutícula é a

camada externa que é formada por células queratinizadas e não possuem nenhum

pigmento (HALAL, 2011).

1.3 Os ciclos de crescimento do pelo

Segundo Sittart e Pires (1998, p. 3), “A produção de pelos realiza-se com

marcantes modificações morfológicas do folículo piloso. O ciclo de produção do pelo

compreende três fases”:

Anágena é a fase de crescimento, os pelos se formam na derme e em todo

corpo com exceção nas palmas das mãos e planta dos pés.

Catágena é a fase regressiva que dura cerca de três semanas. Nesta fase, as

células deixam de se multiplicar e os melanócitos cessam sua atividade. O bulbo

morre completamente queratinizado e se destaca a papila dérmica.

Telógena é a fase de repouso que dura aproximadamente seis semanas. Ao

fim do repouso, o pelo cai e um novo começa nascer (PEYREFITTE; MARTINI;

CHIVOT, 1998 apud RESCAROLI; SILVA; VALDEMARI, s.d).

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1.4 Tipos de pelos

Existem três tipos de pelos: lanugem que é a pelagem que recobre o feto e se

soltam no útero entre o sétimo e oitavo mês de gestação ou logo após o nascimento

do bebê; os pelos velos são os que recobrem os bebês após o nascimento, estão

presente também na face ou em áreas de calvície masculina; e existem também os

pelos terminais que são os pelos mais visíveis, pigmentados e com medula.

Encontrados nas axilas, regiões pubianas, pernas, sobrancelhas, cílios, barba,

bigode e cabelos do couro cabeludo (TIPOS DE PELO, 2012).

1.5 Barba

A história da barba vem desde os tempos dos Impérios Romanos como sinal

de imponência e poder. Porém, com o passar do tempo, surgiu a lâmina de barbear

que em seu comercial dizia que as mulheres preferiam homens de rosto livre de

pelos, fazendo assim, com que a popularidade da barba diminuísse por um tempo.

Hoje em dia, devido o avanço científico, foram desenvolvidos produtos para

cuidados diários, fazendo com que essa tendência voltasse. Segundo Alopecia

Androgenética (2016, p. 28) “[...] aos que optarem por ostentar um discreto

cavanhaque ou uma longa barba, fica a boa notícia de que é possível manter os

pelos crescidos sem ter, necessariamente, que sacrificar a higiene e suas

consequências para a saúde”.

2 A PATOLOGIA FOLICULITE

Foliculite de barba é uma infecção, que ocorre no folículo piloso, geralmente

causada pela bactéria Staphylococos aureus ou outros fatores como: calor e alta

umidade, atrito causado por roupas apertadas ou de materiais inadequados, má

higienização, condições inflamatórias da pele como, dermatites e acnes, por

exemplo e pelos encravados que geralmente acontecem por quem usa lâmina de

barbear. “A lâmina realiza uma “raspagem” no extrato córneo, retirando, não apenas

o pelo, mas também camadas mais superficiais da pele” (ALOPECIA

ANDROGENÉTICA, 2016).

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2.1 Sintomas

A lesão característica da foliculite tem semelhança com a acne, manifestada

por pus, hiperemia folicular, podendo ou não apresentar dor (SALES; AVELAR,

2012).

2.2 Prevenção

É necessário manter a pele limpa para evitar que a pele fique sujeita às

infecções e inflamações, lavando o rosto de preferência com sabonete suave para

não ressecar a região. Antes de fazer a barba usar hidratantes e cremes de barbear

adequados, deixando agir de cinco a dez minutos. É recomendado também, fazer a

barba durante o banho, pois o vapor da água quente ajuda na dilatação dos óstios,

logo após, lavar o rosto com água fria para o fechamento dos mesmos, evitando

assim a proliferação de bactérias. Respeitar sempre a direção do crescimento sem

passar a lâmina contra o pelo. Para finalizar, utilizar cremes hidratantes com ativos

calmantes, e em caso de contaminação por micro-organismos, acrescentar ao

creme, ativos com ação anti-inflamatória e antimicrobiana (ALOPECIA

ANDROGENÉTICA, 2016).

3 LASER DE BAIXA POTÊNCIA

LASER é um acrônimo cujo o significado quer dizer light amplification of

stimulated emissions of radiation (amplificação da luz por estimulação da emissão de

radiação). Consiste na absorção de luz incidente por um átomo que faz saltar um

dos elétrons do nível energético fundamental para um nível superior. O átomo em

estado metaestável emite um fóton e uma radiação de luz de comprimento de onda

definido. O fóton pode se chocar e estimular a emissão em outro átomo, pois neste

caso se emitem dois fótons, de mesmo comprimento de onda. Finalmente, uma

fração da luz emitida e amplificada sai através de um pequeno orifício (AGNE,

2013). 

3.1 Características e propriedades do LASER de baixa potência

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De acordo com Agne (2013), o LASER trata-se de uma luz especial, de uma

só cor a qual é possível dirigir e ajustar sua potência com precisão.

O LASER é emitido de modo organizado e possui três propriedades que

diferem o LASER das fontes de luz incandescente e fluorescente: colimação,

monocromoticidade e coerência (PRENTICE, 2004 apud LUIS, 2013).

Colimação significa que os fótons se movem paralelamente e sem divergência

para manter a potência óptica do aparelho agrupada (KITCHEN, 2003 apud LUIS,

2013).

De acordo com Agne (2013) a monocromoticidade possui uma radiação de

cor única.

Coerência quer dizer que a luz emitida apresenta a mesma fase, de modo que

em conjunto com as duas propriedades acima, as depressões e picos das ondas de

luz se combinem perfeitamente no tempo (coerência temporal) e no espaço

(coerência espacial) (ANDRADE et al., 2010 apud LUIS, 2013).

3.2 Mecanismo de ação do LASER de baixa potência

Na estética utilizamos o LASER vermelho de mais ou menos 660 nm que

atinge a camada da pele: extrato córneo, epiderme, junção derme e epiderme,

derme papilar e reticular (MANOEL; PAOLILLO; MENEZES, 2014).

O LASER de baixa potência aumenta os processos de reparação tecidual

pelo fato do estímulo que exerce sobre a capacidade de cicatrização do tecido

conjuntivo. A laserterapia tem uma ação em especial que é o aumento da velocidade

de regeneração das fibras nervosas lesionadas, aumento do trofismo da pele, em

específico sobre os fibroblastos que são responsáveis pela formação das fibras de

colágeno e elastina (AGNE, 2013).

3.3 Efeitos do LASER de baixa potência

Os efeitos da radiação LASER sobre os tecidos dependem da absorção de

sua energia [...], pois o efeito sobre a estrutura viva depende principalmente da

quantidade de energia depositada e do tempo em que esta foi absorvida (AGNE,

2013, p. 370).

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Os efeitos diretos ou primários se limitam no ponto de aplicação, profundidade

de penetração e o tempo que dura a aplicação, eles estimulam reações celulares

como a síntese de Trifosfato de Adenosina (ATP) e proteínas. A partir desses efeitos

surgem os indiretos ou secundários, em uma área mais extensa que continuam

depois da aplicação. O principal efeito é da microcirculação local com efeitos

tróficos, anti-inflamatório e de regulação vascular (AGNE, 2013).

3.4 Indicações de uso

O LASER de baixa potência induz a célula ao processo da

fotobioestimulação, ou seja, ela trabalhará buscando um estado de normalização da

região afetada. Sua principal indicação são os quadros patológicos onde se gostaria

de proporcionar melhor qualidade e maior rapidez do processo curativo. Busca-se

uma mediação do processo inflamatório, ou nos quadros de dores (AGNE, 2013).

3.5 Contraindicações

Está contraindicado em casos de crescimentos tumorais cancerosos e no

caso do gênero feminino no primeiro trimestre de gravidez. A exposição direta aos

olhos e a superexposição devem ser evitadas (PRENTICE, 2004 apud LUIS, 2013).

4 LED

De acordo com Menezes (2017) LED é um acrônimo cujo o significado quer

dizer ligh emitting diode (diodo emissor de luz). Quando se fala de forma abrangente

sobre energia proveniente de fontes de irradiação de luz com objetivos terapêuticos,

usa-se o termo “Fototerapia”. Esse termo recentemente, passou a chamar

“Fotobiomodulação”, cujo efeito pode ser de bioestimular ou bioinibir. O efeito

bioestimulatório, tem como benefícios, influenciar as funções celulares quanto as

alterações das atividades bioquímicas, fisiológicas e proliferativas. Já o efeito

bioinibidor, leva à estimulação e inibição de processos fisiológicos, quando ocorre o

excesso de degradação de fibras de colágeno na pele.

Após a penetração da luz nos tecidos, ela é absorvida pelos fotoaceptores

celulares chamados cromóforos. Sendo assim, as mitocôndrias são fotoativadas

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para estimular ou regular os processos fisiológicos. A luz age no metabolismo celular

onde possui diversos efeitos, como alterações de ácido desoxirribonucleico (DNA) e

ácido ribonucleico (RNA), ação anti-inflamatória e regeneração do tecido ósseo

muscular, neural e, principalmente o cutâneo (MENEZES, 2017).

A Fotobiomodulação vem sendo aplicada na estética em tratamentos de

estrias, manchas, celulite, acne, bolsas e olheiras, contra efeitos do envelhecimento,

alopecia, pós-operatório, processos de cicatrização da pele, analgesia, drenagem

linfática, hidratação, hematomas, rosáceas, entre outros (MENEZES, 2017).

4.1 Características e propriedades do LED

Cada luz de determinada cor, interage com moléculas na pele que absorvem

na mesma faixa espectral conferindo funcionalidades específicas (MENEZES, 2017).

As cores estão intrinsicamente relacionadas com a beleza e de uma forma mais direta, as modernas técnicas de tratamento estético utilizando luz como elemento atuante utilizam-se de cores distintas para atingir resultados dos mais diversos (MENEZES, 2017, p. 80)

Para entender as diferenças dos conceitos Colorimetria e Espectroscopia,

deve-se saber que a luz é uma entidade caracterizada por uma eletricidade oscilante

que interage com a constituição microscopia da matéria (átomos e moléculas). É a

interação da luz sobre as biomoléculas que dá origem a todos os efeitos. As

oscilações eletromagnéticas são ondas de eletricidade onde cada frequência

corresponde a uma cor, indo do vermelho ao violeta, ou seja, a espectroscopia

significa a determinação da composição da luz em termos das frequências

(MENEZES, 2017).

Nossos sentidos visuais detectam três cores básicas, como o vermelho, o

verde e o azul (cores primárias). O termo colorimetria significa a composição exata

da luz que chega aos nossos órgãos visuais e a sensação da cor observada. Ela é

fundamental para a estética sendo aplicada em produtos para a pele e cabelos

(MENEZES, 2017).

4.2 Tipos de LED

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Segundo Menezes (2017) as cores com menores comprimentos de onda e de

maior energia, penetram menos na pele do que as cores de comprimentos de onda

maiores e de menor energia, como âmbar, vermelho e infravermelho. Cores como

violeta, azul e verde (menor comprimento de onda e de maior energia), precisam ser

monitoradas quanto a sua dosimetria, pois podem gerar excesso de espécies

reativas de oxigênio capazes de fotoinibir os processos bioquímicos importantes até

então fotobioestimulados.

4.3 O LED Azul

O LED Azul atinge o extrato córneo, epiderme superficial e epiderme. Ele atua

na destruição das bactérias e fungos, fotoativação da queratina da pele e cabelo,

degradação dos cromóforos presentes na pele diminuindo as manchas (MENEZES,

2017).

4.3.1 Propriedades do LED Azul

Essa luz pode ser empregada para: fotoacelerar a polimerização em materiais

restauradores, degradar pigmentos na pele e atuar no controle microbiano. Além

disso, ela também ajuda na ativação da queratina, hidratando a pele e cabelos

(MENEZES, 2017).

4.3.2 Mecanismo de ação do LED Azul

A luz azul pode ser absorvida na pele pelas flavoproteínas, pela citocromo C,

pela hemoglobina, melanina e porfirinas que estão em bactérias como, por exemplo,

a bactéria da acne (P. acnes), sendo essa luz amplamente utilizada no controle

microbiano (MENEZES, 2017).

4.3.3 Indicações de uso

Essa luz é indicada para tratamento a acne e afecções causadas por

bactérias e fungos, redução da oleosidade da pele, hidratação e fortalecimento da

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barreira de proteção da pele nos processos de envelhecimento, tratamento das

manchas da pele e tratamentos de olheiras (MENEZES, 2017).

4.3.4 Contraindicações

O uso do LED é contraindicado em casos de glaucoma, gestantes, neoplasias

e processos tumorais, portadores de epilepsia, pessoas que tenham histórico de

fotossensibilidade, clientes que estejam usando ácidos e medicamentos

fotossensíveis. Deve-se tomar cuidado para não aplicar a luz sobre a retina e em

áreas hemorrágicas, especialmente em pacientes hemofílicos (TONEDERM, s.d.).

5 METODOLOGIA

O presente projeto iniciou-se pela submissão de tal na plataforma Brasil do

Ministério da Saúde, atendendo a Resolução 466/2012 e sendo aprovado pelo

comitê de ética do UniSalesiano em 22/06/17 através do Parecer n° 2.134.124. A

presente pesquisa de abordagem qualitativa e caráter experimental foi realizada na

Clínica de Estética do UniSalesiano de Lins/SP, no período de 11/09/2017 à

17/10/2017; sendo um ambiente climatizado e preparado para coleta de dados.

Foram considerados como critérios de inclusão, homens que apresentavam

foliculite e fizessem a barba com lâmina de barbear, fossem do fototipo II e III e

tivesse a idade entre 18 a 35 anos e foram excluídos os que não apresentarem os

critérios citados. O recrutamento aconteceu através de mídias sociais e convites nas

salas de aula. Foram selecionados inicialmente 6 (seis) participantes que atendiam

todos os critérios de avaliação. Inicialmente, os participantes assinaram o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e foram divididos aleatoriamente em 3

grupos, porém houve 2 (duas) desistências, posteriormente.

A análise dos resultados realizada através da coleta de imagens pré e pós-

procedimento e pelo questionário de satisfação dos clientes aplicados ao término do

tratamento proposto.

6 RESULTADOS E DISCUSSÃO

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Os dados foram analisados após a organização do material coletado através

de registros fotográficos e questionários de satisfação aplicados na Clínica de

Estética do UniSalesiano de Lins/SP, no período de setembro a outubro de 2017.

Inicialmente, os voluntários eram submetidos aos procedimentos relatados no

Quadro 1, de acordo com a metodologia proposta.

Quadro 1 – Procedimentos utilizados

GRUPOS HIGIENIZAÇÃO LUZ FINALIZAÇÃO

A Sabonete líquido LED Azul 470nm Filtro Solar

B Sabonete líquido LASER Vermelho 660nm Filtro Solar

C Sabonete líquido LED Azul + LASER Vermelho Filtro Solar

Fonte: elaborada pelas autoras, 2017.

Durante todo o período de pesquisa, não houve nenhuma reação adversa ou

qualquer outro imprevisto que pudesse interferir nos resultados, porém teve-se 2

desistências por motivos pessoais que não prosseguiram com o estudo.

Conforme apontam os resultados das seguintes tabelas, os voluntários dos 3

grupos classificaram como: ótimo e bom a satisfação ao atendimento, confiança,

explicação do procedimento e ambiente; boa e regular na melhora da textura da

pele, patologia e auto-estima.

Tabela 1: Questionário de Satisfação

Ótimo Bom Regular PéssimoSatisfação 100% 0% 0% 0%

Confiança 100% 0% 0% 0%

Explicação 75% 25% 0% 0%

Ambiente 100% 0% 0% 0%

Fonte: elaborada pelas autoras, 2017.

Tabela 2: Questionário de Satisfação

Boa Regular Não apresentou melhoraTextura da pele 100% 0% 0%

Patologia 75% 25% 0%

Auto-estima 100% 0% 0%

Fonte: elaborada pelas autoras, 2017.

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Tabela 3: Questionário de Satisfação

Sim NãoMudança da cor 75% 25%

Expectativa alcançada 75% 25%

Fonte: elaborada pelas autoras, 2017.

A seguir, as figuras demonstram o registro pré e pós-tratamento dos

voluntários, separados aleatoriamente, em grupos A, B e C, de acordo com a técnica

utilizada.

GRUPO AVoluntário 1

Figura 1: com Led Azul Figura 2: com Led Azul

Fonte: elaborada pelas autoras, 2017

O voluntário 1 do grupo A, foi submetido somente á técnica de LED azul. Foi

observado melhora no aspecto da pele e diminuição da inflamação local. O presente

estudo confirma dados relatados por Menezes (2017), sobre o controle

microbiológico, hidratando e clareando a pele.

GRUPO BVoluntário 1

Figura 3: com LASER Vermelho Figura 4: com LASER Vermelho

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Fonte: elaborada pelas autoras, 2017

O voluntário 1 do grupo B, foi submetido somente á técnica de LASER

vermelho. Foi observado melhora no aspecto da pele, diminuição da inflamação

local. O presente estudo confirma dados relatados por Veçoso (1993), que diz que o

LASER de baixa potência possui efeitos anti-inflamatório e cicatrizante.

GRUPO CVoluntário 1

Figura 5:com LED Azul+LASER Vermelho Figura 6:com LED Azul+LASER Vermelho

Fonte: elaborada pelas autoras, 2017

Voluntário 2Figura 7:com LED Azul+LASER Vermelho Figura 8:com LED Azul+LASER Vermelho

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Fonte: elaborada pelas autoras, 2017

Os voluntários 1 e 2 do grupo C, foram submetidos á técnica de LED azul

conjunto com LASER Vermelho. Foi observado melhora nos aspectos das peles e

diminuição da inflamação local. O presente estudo confirma dados relatados por

Menezes (2017), sobre o LED Azul a respeito da ação anti-inflamatória, clareamento

das manchas, processos de cicatrização e hidratação da pele. E sobre o LASER

Vermelho a respeito da ação anti-inflamatória, ação de normalização da região

afetada diminuindo assim a vermelhidão (AGNE, 2013).

Devido a presença mais intensa de foliculite no voluntário 2, do grupo C,

comparado ao voluntário 1 do mesmo grupo, constata-se a melhora mais

significativa da patologia. Em ambos os casos, tivemos a associação das duas

técnicas, onde o LED Azul potencializou o efeito anti-inflamatório e cicatrizante do

LASER Vermelho, melhorando o aspecto da pele e clareando as manchas causadas

pelo processo inflamatório da foliculite.

CONCLUSÃO

Confirmando a hipótese esperada, foi provado pelo presente estudo que a

associação das duas técnicas LASER e LED, obteve melhores resultados pelo fato

dos efeitos anti-inflamatórios e cicatrizantes do LASER Vermelho serem

potencializados pelo LED Azul, que além de possuir esses efeitos apresenta

também ações clareadora e hidratante. Além disso, houve uma otimização

significativa na aparência da pele dos voluntários. Vale ressaltar a importância de

pesquisas relativas ao tema.

REFERÊNCIAS

AGNE, J. E. Eletrotermofototerapia. Rio Grande do Sul: Editora Santa Maria, 2013.

ALOPECIA ANDROGENÉTICA. Galena Notícias. Campinas, SP: Edição 173, p. 30, 2016.

HALAL, J. Tricologia e a química cosmética capilar. 5. ed, São Paulo: Cengage Learning, 2011.

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GUIRRO, E.; GUIRRO, R. Fisioterapia dermato-funcional: fundamentos, recursos e patologias. 3 ed. São Paulo: Editora Manole Ltda, 2002.

LUÍS, A. A. Efeitos do laser de baixa potência no processo de cicatrização de feridas cutâneas: revisão de literatura. Centro Universitário de Formiga – Unifor-MG, 2013.

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