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Boletim do Instituto Hidrográfico Hidromar N.º 91, II Série, Dezembro 2005 SUMÁRIO 2 United Kingdom Hydrographic Office (UKHO), um parceiro sui generis 3 A divisão de Navegação em entrevista 4 Entrega das Estações Differential GPS (DGPS) de Porto Santo e da Horta à Direcção de Faróis 5 Projectos de Assinalamento Marítimo 6 A Geologia Marinha no reconhecimento acús- tico do submarino U-1277 7 Difractometria de raios X 8 Projecto ECOIS 10 Apresentação da tese de Mestrado do 2TEN Luís Quaresma 11 Tabela de Marés para 2006 Defesa e Ciência – nova publicação 12 Cerimónias do Dia da Unidade 17 Festa de Natal do IH 18 Assumir um compromisso 19 O IH recebe Prémio Defesa Nacional e Ambiente 2004 20 Marear – encontro Auriga no Dia do Mar 21 Visita ao Museu do Mar Visita à fragata D. Fernando II e Glória SIADAP 22 OVO 23 Tomadas de Posse 25 Aposentação de D. Helena Fernandes 26 IH visita Universidade dos Açores SPG/OHI reúne na Cidade do México 27 IH participa nas Jornadas de Defesa Oceanografia : A Rede Maregráfica de Cabo Verde 28 Ministro da Defesa e dos Assuntos Parlamenta- res de Cabo Verde visita o IH Acção de Formação junto dos revendedores 29 Reunião do projecto HERMES dedicada ao Golfo de Cadiz Visita da Delegação Tunisina Curso Complementar de Oficiais Visita de Aspirantes de Admin. Nava da EN 30 Faculdade de Ciências da Univers. do Porto Professor Doutor Luís Magalhães deu a sua «Visão do IH» 31 Actividades das divisões e navios hidrográ- ficos 32 Visita de Sua Ex.ª o Ministro da Defesa Nacional ao IH Hidromar n.º 90, Outubro 2005 1 B revemente, darei por finda a minha comissão no comando do Instituto Hidrográfico, ins- tituição onde tive a honra de servir desde Setembro de 2004. Foi curto, mas intenso, o caminho que percorre- mos juntos. Num momento em que a minha saída está anunciada, é para as pessoas deste Instituto que vão a minha aten- ção e as minhas últimas palavras. Desde a primeira hora, assumi um compromisso com cada um de vós, que se traduziu em tudo fazer para que cada um se sentisse parte integrante deste projecto que é consolidar o Instituto Hidrográfico como uma grande insti- tuição de Defesa e Ciência. Nesta casa vim encontrar competências únicas e vontades que superam, no dia-a-dia, as carências incontornáveis que uma orga- nização desta grandeza sempre possui. Nesta casa aprendi que tudo pode ser possível a uma equipa com a vossa moti- vação e dedicação. Nesta já longa carreira de Marinha, este foi um dos anos mais intensos e que mais me realizou; durante este tempo, senti-me parte de um projecto com futuro – e pelo qual vale a pena lutar. Foi um orgulho poder servir convosco. No ano que agora termina, a Direc- ção do Instituto Hidrográfico abraçou grandes desafios. Demos continuidade e início a grandes processos e projec- tos, das infra-estruturas aos recursos humanos, da qualidade à inovação, do quotidiano à estratégia de desenvolvi- mento. Nos domínios técnico-científico, administrativo e financeiro, somos uma instituição de referência, que deve con- tinuar apostada em contribuir, de uma forma cada vez mais assertiva, para o enriquecimento do tecido científico nacional e para o desenvolvimento do País. A continuidade deste caminho está também nas vossas mãos. Incentivo-vos assim a seguir as vossas aspirações pes- soais e profissionais numa missão que todos os dias vamos construindo. Exorto ainda a que, com ética, excelência e ino- vação, mantenham essa vontade de que- rer ser sempre mais e melhor Instituto Hidrográfico. Convicto de que vos deixo um Ins- tituto Hidrográfico com uma visão con- solidada, com objectivos e planos de acção bem definidos e coerentes, e, sobretudo, sensível ao reconhecimento de todos os que nele servem, consi- derem esta minha mensagem como um até sempre. Aproveitando a quadra festiva, desejo-vos votos sinceros de um Santo Natal e de um Feliz 2006. Bem-hajam. CARLOS ALBERTO VIEGAS FILIPE VICE-ALMIRANTE Despedida do Vice-almirante Carlos Alberto Viegas Filipe aos funcionários do Instituto Hidrográfico Despedida do Vice-almirante Carlos Alberto Viegas Filipe aos funcionários do Instituto Hidrográfico

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B o l e t i m d o I n s t i t u t o H i d r o g r á f i c o

HidromarN.º 91, II Série, Dezembro 2005

S U M Á R I O2 United Kingdom Hydrographic Office

(UKHO), um parceiro sui generis3 A divisão de Navegação em entrevista4 Entrega das Estações Differential GPS (DGPS)

de Porto Santo e da Horta à Direcção de Faróis5 Projectos de Assinalamento Marítimo6 A Geologia Marinha no reconhecimento acús-

tico do submarino U-12777 Difractometria de raios X8 Projecto ECOIS10 Apresentação da tese de Mestrado do 2TEN

Luís Quaresma

11 Tabela de Marés para 2006Defesa e Ciência – nova publicação

12 Cerimónias do Dia da Unidade17 Festa de Natal do IH18 Assumir um compromisso19 O IH recebe Prémio Defesa Nacional e

Ambiente 200420 Marear – encontro Auriga no Dia do Mar21 Visita ao Museu do Mar

Visita à fragata D. Fernando II e GlóriaSIADAP

22 OVO

23 Tomadas de Posse25 Aposentação de D. Helena Fernandes26 IH visita Universidade dos Açores

SPG/OHI reúne na Cidade do México27 IH participa nas Jornadas de Defesa

Oceanografia : A Rede Maregráfica de CaboVerde

28 Ministro da Defesa e dos Assuntos Parlamenta-res de Cabo Verde visita o IHAcção de Formação junto dos revendedores

29 Reunião do projecto HERMES dedicada aoGolfo de Cadiz

Visita da Delegação TunisinaCurso Complementar de OficiaisVisita de Aspirantes de Admin. Nava da EN

30 Faculdade de Ciências da Univers. do PortoProfessor Doutor Luís Magalhães deu a sua«Visão do IH»

31 Actividades das divisões e navios hidrográ-ficos

32 Visita de Sua Ex.ª o Ministro da DefesaNacional ao IH

Hidromar n.º 90, Outubro 2005 1

Brevemente, darei por finda aminha comissão no comandodo Instituto Hidrográfico, ins-tituição onde tive a honra de

servir desde Setembro de 2004. Foi curto,mas intenso, o caminho que percorre-mos juntos.

Num momento em que a minhasaída está anunciada, é para as pessoasdeste Instituto que vão a minha aten-ção e as minhas últimas palavras.

Desde a primeira hora, assumi umcompromisso com cada um de vós, quese traduziu em tudo fazer para que cadaum se sentisse parte integrante desteprojecto que é consolidar o InstitutoHidrográfico como uma grande insti-tuição de Defesa e Ciência. Nesta casavim encontrar competências únicas evontades que superam, no dia-a-dia, ascarências incontornáveis que uma orga-nização desta grandeza sempre possui.Nesta casa aprendi que tudo pode serpossível a uma equipa com a vossa moti-vação e dedicação.

Nesta já longa carreira de Marinha,este foi um dos anos mais intensos e quemais me realizou; durante este tempo,senti-me parte de um projecto comfuturo – e pelo qual vale a pena lutar.Foi um orgulho poder servir convosco.

No ano que agora termina, a Direc-ção do Instituto Hidrográfico abraçougrandes desafios. Demos continuidadee início a grandes processos e projec-tos, das infra-estruturas aos recursoshumanos, da qualidade à inovação, doquotidiano à estratégia de desenvolvi-mento.

Nos domínios técnico-científico,administrativo e financeiro, somos uma

instituição de referência, que deve con-tinuar apostada em contribuir, de umaforma cada vez mais assertiva, para oenriquecimento do tecido científiconacional e para o desenvolvimento doPaís.

A continuidade deste caminho estátambém nas vossas mãos. Incentivo-vosassim a seguir as vossas aspirações pes-soais e profissionais numa missão quetodos os dias vamos construindo. Exortoainda a que, com ética, excelência e ino-vação, mantenham essa vontade de que-rer ser sempre mais e melhor InstitutoHidrográfico.

Convicto de que vos deixo um Ins-tituto Hidrográfico com uma visão con-solidada, com objectivos e planos deacção bem definidos e coerentes, e,sobretudo, sensível ao reconhecimentode todos os que nele servem, consi-derem esta minha mensagem como umaté sempre.

Aproveitando a quadra festiva,desejo-vos votos sinceros de um SantoNatal e de um Feliz 2006.

Bem-hajam.

CARLOS ALBERTO VIEGAS FILIPE

VICE-ALMIRANTE

Despedida do Vice-almirante Carlos Alberto Viegas Filipe

aos funcionários do Instituto Hidrográfico

Despedida do Vice-almirante Carlos Alberto Viegas Filipe

aos funcionários do Instituto Hidrográfico

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INSTITUTO HIDROGRÁFICORua das Trinas, 49 – 1249-093 LISBOA • PORTUGAL

Telefone +351 210 943 000Fax +351 210 943 299

e-mail [email protected] www.hidrografico.pt

TÍTULO HIDROMAR – Boletim do Instituto Hidrográfico (IH)

NÚMERO 91, II Série, Dezembro 2005

REDACÇÃO E COORDENAÇÃO Paula Mourato

FOTOGRAFIA Gabinete de Multimédia

DESIGN GRÁFICO Jorge Tavares

EXECUÇÃO GRÁFICA Serviço de Artes Gráficas

TIRAGEM 1000 exemplares

DEPÓSITO LEGAL 98579/96

ISSN 0873-3856

Boletim do Instituto Hidrográfico N.º 91, II Série, Dezembro 2005

MINISTÉRIO DA DEFESA NACIONAL MARINHA

Hidromar

Hidromar n.º 90, Outubro 20052

Cometendo adeselegânciade faltar ao

prometido no artigopublicado no Hidro-mar número 87, nãoretomo o tema dos sis-temas informáticos daDirecção Financeira.Faço «agulha» para uma área bem dife-rente da actividade do Instituto Hidro-gáfico (IH) – as relações com o hidro-gráfico do Reino Unido – United KingdomHydrographic Office (UKHO). Com o pre-sente artigo, além do beneficio própriode sistematizar ideias e aprofundar oassunto, permite dar conhecer a relaçãopelicular entre o Instituto Hidrográfico(IH) e o UKHO. Em particular, quandose perspectiva uma nova dinâmica no rela-cionamento entre os dois hidrográficos,como corolário de um ano de negocia-ções.

Antes de mais, importa alguns cla-rificar conceitos. Na área das relaçõesinternacionais com outras entidades,identificam-se dois vinculos contratuaisdistintos - comercial e protocolar. Os pro-tocolos de cooperação, destinam-se aestreitar relações institucionais evitandoduplicação de esforços, fomentandosimultâneamente a partilha e divulga-ção de conhecimentos. Por outro ladoos contratos comerciais destinam à explo-ração económica de bens e serviços. Orao IH, mantém relações contratuais emambas as áreas através da celebração deprotocolos com várias entidades acadé-micas e congeneres, e através de con-tratos com os seus revendedores auto-rizados.

Ao nível da cooperação com os seuscongéneres, o IH mantém actualmentecinco acordos bilaterais com ServiçosHidrográficos de outros países, a saber,

os hidrográficos de Espanha, Tunísia, Esta-dos Unidos, França e Reino Unido. Estesacordos visam a troca de informações ealguns produtos de responsabilidadenacional, ficando cada hidrográfico comum fólio cartográfico completo do seucongénere. Estes acordos enquadram-sena política definida internacionalmentepela Organização Hidrográfica Interna-cional (OHI).

Contudo, nem todas as relações ins-titucionais são iguais. O IH e o UKHOmantém um acordo bilateral desde deNovembro de 1995 (revisto em Maio de1997), que prevê para além da coopera-ção, com troca de cartas e publicaçõesoficiais e informações de navegação, apossibilidade das partes cederem e uti-lizarem a informação e dados na criaçãode novos produtos (produtos derivados).A utilização de informação de dados porterceiros implica necessariamente o paga-mento de direitos de autor, direitos estesrecebidos pelo IH sob a forma de royla-ties.

Como curiosidade, refira-se que anosde 2003 e 2004, os royalties pagos peloUHKO ao IH, totalizaram a quantia de142.002 € e 123.437 €, respectivamente.Estes valores traduzem o volume de ven-das dos produtos do Reino Unido queintegram uma percentagem de informa-ção e dados do IH (produção de cartasinternacionais e produtos cartográficosraster).

Para além das componentes, comer-cial e cooperação, o IH conferiu ao UKHO

o mandato de representação que lhe per-mitia assumir o papel de negociadorperante entidades privadas que recolheme utilizam informações e informações devários hidrográficos para a criação outrosprodutos cartográficos não oficiais («cus-todianship arrangement»).

Face à conjuntura internacional domercado dos produtos de navegação oUKHO, assumiu um conjunto de novasatribuições, vocacionadas para actividadede índole comercial. Nesta nova fase(«holding»), deu azo à revisão do acordobilateral existente de forma a clarificaros novos termos de utilização comercialdos produtos do IH e sua representati-vidade.

Com primeira reunião em 15 de Feve-reiro de 2005, realizada no IH, os repre-sentantes dos dois organismos, deu-seinício ao processo de revisão do acordovigente.

A discussão do processo de revisãofoi extensiva À Direcção Técnica e Direc-ção Financeira, merecendo a melhor aten-ção dos vários técnicos envolvidos. Foianalisado criteriosamente o clausulado,assim como um novo sistema de cálculode direitos cartográficos, e ainda, a inclu-são de nova informação a ceder no ante-rior acordo.

Este novo acordo permite ao IH umagestão efectiva da informação entregueao UKHO, através de um acompanha-mento mais próximo do mercado e seusagentes.

R. MAVIOSO

A M A R R A SArtigos de opinião sobre projectosestruturantes no âmbito das Direc-ções do Instituto Hidrográfico

United Kingdom Hydrographic Office

(UKHO),um parceiro sui generis

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Z É N I T EUma visão abrangente

Hidromar n.º 91, Dezembro 2005 3

A divisão de Navegação em entrevista

O chefe da divisão de Navegação (NV), Cte. ProençaMendes, fala do presente projectado para o futuro

ADivisão deNavegaçãoactua em

diversas áreas rela-cionadas com a segu-rança marítima, ofe-recendo produtosespecíficos para cadanavio e produtospara a navegação em geral.

Para cada navio damos apoio técnicoà sua organização, quer seja pela propostados textos das Instruções de Navegaçãoda Armada, quer pelas Inspecções Téc-nicas aos Serviços de Navegação das Uni-dades Navais ou ainda pelo contacto fre-quente com os navegantes paraesclarecimentos vários. Há ainda umapoio na certificação de agulhas magné-ticas, faróis de navegação e instrumentosmeteorológicos. Outro produto muitoútil aos comandantes são as Provas deGoverno e Manobra dos navios, paraobtenção de curvas de velocidade e gira-ção, com elaboração de um manual quelhes permita conhecer os raios de gira-ção, distâncias de paragem e tempos deresposta do seu navio para várias condi-ções de velocidade, regimes de máquinae ângulos de leme.

Para a navegação em geral, editamosas Publicações Náuticas Oficiais e difun-dimos os Avisos à Navegação (AN). Atra-vés dos nossos pareceres sobre projectosde sinalização marítima e sobre assuntosde segurança marítima, asseguramos a nor-malização das ajudas à navegação em Por-tugal e destas com o resto do mundo, assimcomo outras condições de navegaçãosegura em obras, canais, estruturas marí-timas, etc. Todo o processo de aquisiçãoda rede DGPS actualmente existente emPortugal foi conduzido pela divisão.

Qual o vosso contributo para a mis-são do Instituto Hidrográfico?

Considero que os nossos contributosmais importantes para a missão do IHsão a edição de Publicações Náuticas Ofi-ciais e a promulgação dos Avisos aos Nave-gantes de acordo com a convenção SOLAS,a coordenação dos Avisos à Navegação(ANAV) e o apoio às missões navais na

obtenção dos documentos náuticos neces-sários ao seu cumprimento.

A Divisão de Navegação é ainda umrepositório de conhecimentos vários a queempresas e entidades nacionais têm recor-rido para a realização de variados pro-jectos. A titulo de exemplo posso men-cionar que foi da divisão que saíram oprojecto da rede DGPS nacional, o dese-nho dos novos Esquemas de Separaçãode Tráfego da costa portuguesa, a espe-cificação técnica das redes AIS Costeirodos Açores, da Madeira e das Canárias eo projecto de sinalização marítima doAlqueva.

Para onde e como navega a Divisãode Navegação?

A Divisão de Navegação continuaráa assegurar actividades tradicionais comoa edição das PNO e dos AN, embora cami-nhemos para formas adicionais de divul-gação como por exemplo as publicaçõesdigitais. Espera-se que no futuro o nave-gante tenha acesso à informação dos Rotei-ros e das Listas de Ajudas no seu próprioECDIS, em conjunto com a Carta Elec-trónica, o que implica uma normalizaçãode formatos, que está em curso ao nívelda OHI com a nossa participação.

Os AN já são disponibilizados na Inter-net, mas estamos a pensar numa formade o navegante poder ter um serviço per-sonalizado em que indica os documen-tos náuticos que possui e recebe um emailpersonalizado com as correcções a essesdocumentos sempre que existam.

Também tencionamos estudar a hipó-tese de enviar os Avisos à Navegação queactualmente são difundidos via rádio eNAVTEX, através de email e SMS, dis-ponibilizando na nossa página os avisosem vigor.

Estamos a fazer o acompanhamentoda implementação do novo sistema denavegação por satélite europeu, o GALI-LEO, e iremos oportunamente fazer osestudos de adaptação das nossas estaçõesDGPS para transmitirem também cor-recções a este sistema.

Para além de uma grande componentede serviço público, a Divisão de Nave-gação também realiza relevantes provei-

tos em prestação de serviços seja em pro-jectos de sinalização marítima, seja emprojectos de sistemas de navegação ouainda em serviços de certificação e com-pensação de agulhas ou outros.

A nível internacional, temos vindo aparticipar activamente nos trabalhos daAssociação Internacional de SinalizaçãoMarítima onde chefiamos um grupo detrabalho, e do European Group of Insti-tutes of Navigation em cujas conferên-cias apresentamos regularmente trabalhos.

No entanto, há actualmente uma grandelimitação à proactividade e inovação quequeremos fazer. Esta prende-se com a faltade oficiais especializados em navegaçãoque, naturalmente reduz a nossa capaci-dade de bem-fazer. Será muito difícil con-seguirmos manter por muito mais tempoos níveis de serviço que temos mantidonos últimos dois anos e que nos têm cus-tado muito esforço e abdicação.

Somos um país de navegadores?Somos um povo que adora o mar e

temos a costela de aventureiro necessá-ria para andar no mar. Actualmente, nota-se uma crescente adesão aos desportosnáuticos e á náutica de recreio, mas istosão iniciativas pessoais, não correspon-dendo ao desígnio nacional que todos dese-jamos e esperamos.

Para sermos um país de navegado-res, devíamos ter navios e para isso é neces-sária muita organização e iniciativa pri-vada que são o nosso calcanhar de Aquiles,aqui e noutras áreas.

Qual o bom porto para a Divisão deNavegação?

De momento considero que o nossobom porto seria aquele em que embar-cassem os elementos que estão em faltapois considero que o nosso quadro depessoal corresponde ao mínimo indis-pensável para um bom serviço. É que nes-tas coisas da segurança, o razoável começanos 90% de desempenho.

Depois deste porto, há um sem númerode boas ideias para desenvolver em proldos navegantes, do seu conforto e da suasegurança, e cada uma delas correspon-derá a um porto de escala.

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Hidromar n.º 91, Dezembro 20054

ODGPS é um sistemade radionavegaçãoque se baseia na trans-

missão para os utilizadores,numa área de cerca de 200milhas, de correcções ao sinaldos satélites GPS de forma aanular uma grande parte dosseus erros. Assim, enquanto oGPS garante uma exactidão deposicionamento horizontal dealgumas dezenas de metros, osistema DGPS marítimo temconseguido exactidões naordem de 1m. Outra das van-tagens mais significativas doDGPS reside no facto de garan-tir um alerta rápido aos utili-zadores, caso o desempenhodos satélites GPS se degradeinesperadamente. Enquanto oGPS não possui qualquer forma de avi-sar, em tempo real, os utilizadores de ava-rias nos satélites ou outras falhas no sis-tema, a utilização de estações DGPS - quemonitorizam, 24 horas por dia, a quali-dade dos sinais GPS - permite notificaros navegantes, na mesma área, de qual-quer falha em cerca de 10 segundos.

Atento a estas vantagens, o IH ela-borou, em 1998, o projecto de instalaçãoda rede de estações DGPS em Portugal.Esse projecto previa a instalação de duasestações DGPS no continente (Sagres eCarvoeiro) e de uma estação DGPS emcada um dos arquipélagos da Madeira edos Açores, além de uma estação de con-trolo (na Direcção de Faróis), capaz demonitorizar em tempo real o funciona-mento das estações DGPS portuguesas.

Em 2001, a Marinha conseguiu obterfinanciamento para a componente conti-nental da rede DGPS portuguesa, tendo-

se lançado, ainda nesse ano, o respectivoConcurso Público Internacional. As esta-ções DGPS de Sagres e do Carvoeiro foraminstaladas em 2002 e inauguradas em 9de Dezembro desse ano.

Em 2003 foi possível avançar para acomponente insular deste projecto, ten-do a instalação das es-tações DGPS de PortoSanto e da Horta ocor-rido durante o ano de2004. A estação de Por-to Santo começou atransmitir no dia 24 deSetembro e a estação daHorta iniciou as suas transmissões a 13de Novembro de 2004. Desde essa alturadecorreram testes em terra e no mar, quepermitiram concluir com sucesso a vali-dação dessas mesmas estações DGPS, reu-nindo assim as condições para se proce-der à transferência da responsabilidade

pela sua operação e manutenção para aDF. Essa transferência ocorreu no dia 13de Outubro de 2005, em cerimónia reali-zada no IH e presidida pelo Chefe do Es-tado Maior da Armada, Almirante VidalAbreu. Nessa cerimónia, procedeu-se à as-sinatura do auto de recepção definitivado sistema (entregue pela firma SICOMao IH e à DF), do Aviso à Navegação de-clarando a operacionalidade plena das es-tações e do auto de transferência de res-ponsabilidades do IH para a Direcção deFaróis. Após a assinatura desses docu-mentos, o Almirante CEMAproferiu umaalocução em que realçou o acompanha-mento que a Marinha devotou ao siste-

ma GPS, desde o início da década de 90,numa altura em que o sistema era prati-camente desconhecido internacional-mente. Esse acompanhamento próximopermitiu um conhecimento profundo dosistema e o surgimento do know-how quepossibilitou a consecução do projecto deimplementação das estações DGPS. OAlmirante CEMA realçou também o con-tributo muito significativo deste projectopara a redução da probabilidade de ocor-rência de acidentes marítimos provocadospor mau posicionamento e concluiu con-gratulando-se pela forma profissional ecompetente como a Marinha levou a ca-bo este projecto.

Actualmente, os navegantes benefi-ciam ao longo da costa portuguesa de umposicionamento rigoroso e de elevado graude confiança, factores fundamentais paraa segurança da navegação.

Como fazemos

S O N A R Entrega das Estações DifferentialGPS (DGPS) de Porto Santo e da

Horta à Direcção de FaróisNo passado dia 13 de Outubro, o Instituto Hidrográfico (IH) entre-gou à Direcção de Faróis (DF) as estações Differential GPS (DGPS)de Porto Santo e da Horta, encerrando assim a sua participação numprojecto de enorme importância para a navegação marítima e quese prolongou pelos últimos 7 anos.

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Hidromar n.º 91, Dezembro 2005 5

Foram recentemente entregues à Administraçãodos Portos das Ilhas de São Miguel e Santa Maria,

S.A. os projectos de Modernização do AssinalamentoMarítimo dos Portos de Ponta Delgada e Vila doPorto, realizados pelo IH com o objectivo de melho-rar a segurança da operação portuária com naviosde grandes dimensões e evitar contornar as difi-culdades de identificação de algumas marcas faceao fundo citadino.

Neste projectos, estaca-se a utilização, pela pri-meira vez em Portugal, de farolins de sectores visí-veis de dia e de noite, que permitem ao naveganteuma melhor identificação diurna e a navegação numsector com indicação de quando se sai deste paraBB ou EB (bombordo estibordo).

O Instituto Hidrográfico detém todas as valên-cias que permitem a realização de grandes projec-tos de Sinalização Marítima, por forma a contribuirpara a segurança maritima dentro da melhor rela-ção custo/eficácia.

� Portos de Ponta Delgada e Vila do Porto

Foi recentemente entregue à Companhia da Energia Oceâ-nica, S.A. o projecto de Assinalamento Marítimo do Par-

que de Aproveitamento de Energia de Ondas da Aguçadoura,realizado pelo Instituto Hidrográfico, com o objectivo de sina-lizar uma área onde vão ser colocados dispositi-

vos de aproveitamento de energia de ondas do tipo «Pela-mis».

Trata-se da primeira instalação de dispositivos «Pelamis»em parque, correspondendo a uma fase mais avançada dos

testes de avaliação desta tecnologia. O assinalamento foiprojectado com basena recomendação daAISM/IALA (Asso-ciação Internacionalde Sinalização Marí-tima/InternationalAssociation of Aids toNavigation and Ligh-thouses Authorities)para o efeito, em cujaelaboração o InstitutoHidrográfico participou.A costa centro/norte dePortugal está identifi-cada como sendo uma daszonas da Europa commaior potencial de pro-dução de energia de ondas.

� Parque de Aproveitamento de Energia de Ondas daAguçadoura

Projectos de Assinalamento Marítimo

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Hidromar n.º 91, Dezembro 20056

Como resposta a uma solicitação da Direcção Geral de AutoridadeMarítima, a secção de Métodos Geofísicos da Divisão de Geolo-gia Marinha (GM) realizou, em 4 de Novembro último, um levan-

tamento de sonar de varrimento lateral ao largo de Leixões. O objectivodeste levantamento foi aferir a posição do submarino alemão U-1277afundado ao largo do Cabo do Mundo, bem como averiguar possíveiscontactos na área envolvente ao mesmo, uma vez que foram detectadasrecentemente manchas de hidrocarbonetos à superfície.

A equipa que participou no levantamento foi constituída pelo Dr.António Badagola, pelos ASPOF TSN Pereira Marques e Catarina Fra-dique, SAR ETA Rocha e guarnição da U.A.M Fisália. Foram empreguesdois sistemas de sonar de varrimento lateral: um sistema digital de feixesimples (KLEIN 2000) e outro de múltiplos feixes com focalização dinâ-mica (KLEIN 5000).

O sonar de varrimento lateral é um método de mapeamento do fundosub-aquático que garante uma cobertura total de fundo. De uma formamuito simplificada, o princípio de funcionamento consiste no reboquede uma unidade de sub-superfície (Fig.1) por uma embarcação que, aoemitir e recepcionar, alternadamente, um feixe lateral ultra-sonoro (100-500kHz), muito estreito, produz uma imagem acústica do fundo (sono-grafia). O sistema é constituído por uma unidade processadora (trans-ceiver), um cabo electro-mecânico para condução de sinal e função dereboque, e uma unidade de sub-superfície (vulgarmente designada porpeixe) que transmite e recepciona a energia acústica através dos trans-dutores.

O submarino U-1277 foi construído nos estaleiros da Bremer Vulcanem Bremen, e lançado à água em 6 de Agosto de 1943. Pertencia à classeVIIC41 e tinha originalmente 67.10 metros de comprimento, 6.20 metrosde pontal, 4.74 metros de boca e 9.60 metros de altura máxima. Deixou abase no dia 22 de Abril de 1945, sob intenso bombardeamento aliado, paraa sua primeira e única patrulha como submarino de combate. A sua mis-são era patrulhar a entrada do Canal de Mancha. Pouco depois chegariaa capitulação da Alemanha e com ela o fim da guerra. Em face do cená-rio de derrota, o Comandante toma a decisão de afundar o navio por aforma a que este não caísse nas mãos dos aliados. Após atingir a costaportuguesa, o U-1277 foi afundado pela própria guarnição que desem-barcou em balsas de borracha na praia de Angeiras, a 3 de Junho de 1945.

Tendo por base as sonografias obtidas, o submarino assume umaposição de «docagem». Está orientado segundo uma direcção sensivel-mente N – S, com a proa virada para sul, basculado para ré e ligeira-mente adornado a bombordo (Figs. 2 e 3). A imagem acústica não é escla-recedora se existem danos estruturais. Através da sombra acústica admite-seque o submarino se eleve cerca de 2 m (excluindo a torre) acima dofundo marinho, que é exclusivamente sedimentar. Os sedimentos serãopossivelmente grosseiros, conforme parecem indicar as estruturas morfo-sedimentares do tipo waveripples simétricas de crista direita, com cercade 2 m de comprimento de onda e cerca de 20 cm de altura, orientadassegundo a direcção NNE-SSW (azimute médio 010). Não foram identi-ficados outros contactos na área levantada.

O local onde se encontra afundado o submarino U-1277 é um dospontos de maior interesse em Portugal para o mergulho desportivo.

Para quem pretenda saber mais sobre este assunto, recomenda-se aconsulta dos seguintes sítios da WEB:

http://www.mergulhomania.comhttp://www.uboat.net

ANTÓNIO PAULO LANÇA BADAGOLA

A Geologia Marinha no reconhecimentoacústico do submarino U-1277

S O N A R

Fig. 1 – Peixe KLEIN 5500 pronto a ser lançado à água

Fig. 2 – Submarino U-995, idêntico ao U-1277, em exibi-ção em Laboe (Kiel, Alemanha). Retirado do sítio

http://www.uboat.net/types/viic-41.htm.

Fig. 3 – Excerto, não corrigido, de uma fiada de sonar devarrimento lateral KLEIN 5000 realizada 18 m a estibordodo submarino (canal de bombordo, alcance lateral de 100

m e sentido N - S).

Fig. 4 – Excerto, não corrigido, de uma fiada de sonar devarrimento lateral KLEIN 5000 realizada 18 m a bombordodo submarino (canal de bombordo, alcance lateral de 100

m e sentido S - N).

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Hidromar n.º 91, Dezembro 2005 7

Adifracção de raios X é uma téc-nica analítica, versátil e não des-trutiva para identificação e quan-

tificação de formas cristalinas, conhecidascomo «fases» (minerais) que se encontramem amostras de pó (sedimentos) ou sóli-das (rocha).

No IH, esta técnica foi inicialmenteimplementada nos anos 70, tendo sidorecentemente retomada com a aquisiçãode um novo sistema da PANALYTICAL,controlado por computador e com roti-nas automáticas de medição, gravação eidentificação dos difractogramas que sãoúnicos para cada amostra.

Fig.1- Difractómetro de raios X do IH

Este equipamento está a seu usadoem estudos de cariz científica, nomeada-mente nos projectos EUROSTRATAFORM,HERMES e ECOIS para caracterização dadinâmica sedimentar actual utilizando amineralogia da fracção fina (inferior a 63micra) recolhida nos sedimentos de fundoda plataforma continental e em suspen-são na coluna de água. A distribuição dosminerais da fracção fina do sedimento,reflecte a dinâmica dos sistemas oceâni-cos, permitindo identificar por ex. áreasfonte (normalmente continentais), locaisde deposição/erosão, e caminhos prefe-renciais para o transporte sedimentar.

A sua implementação permite reali-zar e desenvolver vários tipos de inte-racções nomeadamente: usar a minera-logia dos sedimentos finos comotraçadores da dinâmica passada e actual;ver a relação existente entre a geoquímica

(elementos traço e metais pesados) e amineralogia da fracção fina (por ex. alte-rações da carga sedimentar devidas à acçãohumana); evolução paleo-ecológica epaleo-climática em amostras verticais; aju-dar a entender os processos de transportesedimentar nomeadamente os processosde floculação, deposição e erosão.

Como é que funciona? Os minerais estão organizados em

redes cristalinas, ou sejas, formam umadistribuição tridimensional regular (cúbica,rômbica, etc.) de átomos no espaço. Osátomos estão alinhados em planos sepa-rados uns dos outros por uma distânciad, que varia de acordo com a naturezado material. Para cada cristal, os planosexistem num n.º de orientações diferen-tes cada um com o seu espaçamento espe-cífico d.

A radiação X é caracterizada por umcomprimento de onda muito mais pequenoque o da luz e de maior energia, podendoatingir a ordem de grandeza das dimen-sões atómicas. Quando uma substânciacristalina é sujeita a um feixe de raios Xincidindo segundo um determinadoângulo, os diferentes planos ou camadasde átomos dos cristais reflectem parte daradiação, sendo o ângulo de reflexão igualao ângulo de incidência. Para que as ondasreflectidas pelos diferentes planos crista-linos estejam em fase, isto é, para que sejamáxima a intensidade da radiação reflec-tida, é necessário que se verifique umacerta relação entre o comprimento de ondada radiação (λ), a distância entre os pla-

nos dos cristais (d) e o ângulo de inci-dência (θ)- Lei de Bragg.

Figura 2. Difracção – Lei de Bragg nλ= 2d senθ (retirado de

www.cambridgephysics.com - X-ray Diffraction).

Assim, submetendo uma amostra cris-talina a raios X de um determinado com-primento de onda e traçando um diagramacom a intensidade da radiação difractadaem função do ângulo de incidência,obtém-se, através dos máximos de difrac-ção, um conjunto de distâncias entre pla-nos cristalinos, as quais são característi-cas das substâncias. Quando estamos napresença de uma amostra poliminerálicao difractograma é formado pela adiçãode padrões individuais (fig. 3).

A identificação dos diferentes mine-rais, é conseguida através da compara-ção do padrão de difracção ou difracto-grama obtido para uma amostradesconhecida, com uma base de dados,internacionalmente reconhecida, que con-tém os padrões de referência de mais de70 000 minerais.

Esta nova valência do IH, vai permi-tir colmatar uma lacuna na análise sedi-mentar e no estudo mineralógico e cer-tamente abrir portas a novas colaboraçõescom instituições nacionais e estrangeirasa nível da investigação e da prestação deserviços.

Difractometria de raios X

Fig. 3- Difractograma de uma amostra de sedimentos(Linha vermelha – difractograma; linha azul- perfil calculado (usado no cálculo de áreas); linha preta- linhade base (background); linhas verdes - picos identificados e considerados na análise mineralógica; chl- clo-rite; ill-ilite; kt- caulinite; qz- quartzo; fk- feldspato potássico; plag- plagioclase; calc.- calcite; hal- halite)

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Hidromar n.º 91, Dezembro 20058

Os estuários, ambientes altamentevulneráveis em termos ecológi-cos são hoje marcados por intensa

exploração humana encontrando-se, namaior parte das vezes altamente conta-minados e negligenciados a nível ambien-tal. Entender o seu funcionamento ecomo se estabelece a sua ligação com ooceano é um tema sempre actual e cominteresse a nível nacional e internacional.Tendo em vista um desenvolvimentosustentado, torna-se assim, essencialconhecer os sistemas estuarinos paraminimizar os impactos ambientais e rea-lizar a sua exploração racional.

O projecto «Contribuições Estuarinaspara a Dinâmica da Plataforma Interna»(ECOIS, no seu acrónimo em inglês) é umprojecto nacional, financiado pela Fun-dação da Ciência e Tecnologia (FCT) epela Administração do Porto do Douro eLeixões (APDL), que visa avaliar de queforma a variabilidade no escoamento flu-vial do Douro e do Minho influencia adinâmica costeira, e entender como equando se processam as trocas com a pla-taforma continental. Trata-se de um estudointerdisciplinar que emprega diversas téc-nicas de observação, quer cobrindo perío-

dos longos, quer combinando-se em cam-panhas de observação intensiva. Este pro-jecto, coordenado pelo IH, conta com aparticipação de outras instituições nacio-nais, nomeadamente o Centro de Inves-tigações Marinhas e Ambientais (CIMAR)da Universidade do Porto, o InstitutoNacional de Investigação Agrária e dasPescas (INIAP/IPIMAR) e o Centro deCiências do Ambiente da Universidadedo Minho.

O projecto ECOIS tem como objecti-vos: a caracterização dos estuários doDouro e do Minho dos pontos de vistadinâmico, hidrológico, sedimentológicoe biológico, com ênfase nas trocas com aplataforma continental; contribuir paraa obtenção de dados de correntes de maré;e comparar a dinâmica dos dois estuá-rios. Os trabalhos a realizar estão estrei-tamente articulados com o projecto NICC(Corrente Costeira Noroeste Ibérica), coor-denado pelo CIMAR, que tem como prin-cipal propósito contribuir para o esclare-cimento do papel desempenhado peloescoamento fluvial na geração e susten-tação de uma corrente costeira.

Cerca de metade do escoamento flu-vial para a costa ocidental da Península

Ibérica provém das contribuições dos riosDouro e Minho. Com elevada sazonali-dade, o caudal máximo ocorre entreJaneiro e Março. Embora sujeitos a umaregularização elevada, em particular oDouro, ambos os rios apresentam signi-ficativas variações interanuais. Há dife-renças importantes entre os estuários doDouro e do Minho. Para além das dife-rentes composições da carga sólida (sedi-mentos) introduzida pelos rios, o Douroestá regularizado até cerca de 22 km dafoz, onde se situa o limite superior, arti-ficial (barragem de Crestuma-Lever), doestuário. Esta regularização reduziu a cargasedimentar introduzida no litoral emcerca de 86% na carga transportada juntoao fundo, essencialmente constituída porareias. Em regime natural este rio trans-portava 1.8x106 m3/ano (2.2x106 ton./ano)de sedimentos arenosos. Estima-se queeste valor tenha baixado para 0.25x106 m3//ano (OLIVEIRA et al., 1982) após a cons-trução da barragem de Crestuma-Lever.Alem disso, o rio Douro desemboca noseio de dois grandes centros populacio-nais (Porto e Gaia), estando o seu estuá-rio altamente industrializado e sujeito auma grande carga antropogénica. Sabe-se muito pouco sobre a dinâmica do estuá-rio do Minho, mas encontra-se do pontode vista ambiental, muito melhor pre-servado do que o Douro. Neste caso espe-cífico, é necessária a aquisição de infor-mação de base sobre a batimetria,

S O N A R

PROJECTO ECOIS

Estuário do Douro, visto da lancha Boa Nova em trânsito para a posição da estação fixa (Setembro de 2005)

Lancha Boa Nova da APDL no rio Douro. Porme-nor do bote e da preparação do material para acolheita de dados, na estação fixa

Montagem dos flutuadores derivantes superficiaislançados no estuário do Douro a bordo da UAMFisália

Lançamento e teste dos flutuadores derivantes super-ficiais

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Hidromar n.º 91, Dezembro 2005 9

hidrologia, as características da maré, aestrutura da corrente e as distribuiçõesdos sedimentos em suspensão ou de tra-çadores biológicos com interesse oceânico.

A primeira campanha do ProjectoECOIS decorreu, no passado mês deSetembro, em situação de escoamentomínimo (estiagem), nestes dois rios. Pro-curou-se obter informações de base sobrecorrentes, marés, turbidez, sedimentos defundo, parâmetros biológicos (fitoplânc-ton) e químicos. O trabalho realizado cons-tou de:

• Obtenção de sucessões cronológicas cor-rentométricas e turbidimétricas, comextensão temporal superior a 15 dias,em quatro locais no estuário do Douroe três no estuário do Minho;

• Ocupação de uma estação fixa em cadaestuário durante um período de 30 horas,em situações de marés-vivas e marés-mortas, com realização de perfis cor-rentométricos e hidrológicos e colhei-tas de água para determinação deMatéria Particulada em Suspensão(MPS), clorofila a, oxigénio dissolvido,salinidades e fitoplâncton;

• Na estação fixa do estuário do Dourocolheram-se também amostras de águapara determinação de nutrientes, metaispesados, feopigmento, alcalinidade,pH, carbono dissolvido e particulado;as colheitas foram complementadascom observações meteorológicas nolocal para estudo de biogases (CO2 eN2O);

• Observação, ao longo de um ciclo demaré, da estrutura transversal da cor-rente no troço final do estuário do Douroe no estuário do Minho.

• Levantamentos hidrológicos longitu-dinais de ambos os estuários emenchente e vazante, em situação de águasvivas e águas mortas, para localizaçãodas cunhas salinas, dos máximos de tur-bidez e da excursão de maré, com deter-minação de oxigénio dissolvido, sali-nidades, clorofila a, matéria particuladaem suspensão (MPS) e fitoplâncton;

• Estudo da propagação da onda de maréem ambos os estuários através da obser-vação das alturas de água em três locaisem cada estuário;

• Lançamento de flutuadores derivantessuperficiais dotados de GPS no baixoestuário do Douro com vista a estudara dinâmica da transferência estuário –oceano, bem como da corrente sobre aparte interna da plataforma continen-tal (articulação com o Projecto NICC);

• Colheita de sedimentos superficiais emambos os estuários.

Esta campanha multidisciplinar e alta-mente complexa, envolveu equipas téc-nicas da Divisão de Geologia Marinha eda Divisão de Oceanografia, trabalhandoem estreita colaboração com colegas per-tencentes às Instituições parceiras dos doisprojectos (ECOIS e NICC). As equipas fize-ram base no grande Porto e em Caminha,tendo contado com o valioso apoio doDepartamento Marítimo do Norte, dasCapitanias do Douro e Caminha, insta-lando o seu laboratório de campanha nasinstalações do INIAP/IPIMAR de Mato-sinhos. Imprescindível também para a exe-cução dos trabalhos, foi a valiosa parti-cipação das guarnições NRP Rio Minho,UAM Fisália, da embarcação Azinheira, eda lancha Boa Nova, disponibilizada pelaAPDL Esta campanha proporcionoutambém a 11 alunos da Licenciatura emMeteorologia e Oceanografia Física da Uni-versidade de Aveiro, o primeiro contactocom trabalhos de mar e com instrumen-tação oceanográfica diversa, tendo sidointegrados nas diferentes equipas técni-cas. Ao longo da campanha, a dedicação

e espírito empreendedor de todos os inter-venientes possibilitou, mais uma vez, arealização de um bom trabalho.

Neste Projecto estão planeadas maisduas campanhas a decorrerem nos Inver-nos de 2006 e 2007.

Espera-se que do Projecto resulte aconstrução de um quadro de referênciados principais aspectos dinâmicos deambos os estuários, a ser usado tanto nacompreensão dos processos de troca coma plataforma, como na parametrização evalidação de modelos.

NRP Rio Minho e Azinheira, em plana campanha, onde serealizaram, respectivamente, os levantamentos hidrológicos lon-gitudinais e os trabalhos da estação fixa, no rio Minho

Sequência de uma estação CTD e colheita deáguas no estuário do Minho, a bordo do NRP RioMinho

Amostras de águas colhidas nos riose aspecto dos filtros com sedimen-tos em suspensão, após filtragem nolaboratório de campanha em Mato-sinhos

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Hidromar n.º 91, Dezembro 200510

No passado dia 6 deJaneiro, pelas onzehoras, realizou-se

no auditório a apresentação do trabalhorealizado pelo 2TEN Luis Quaresma dosSantos no âmbito da sua tese de mestradoem Ciências Geofísicas, ramo OceanografiaFísica, pela Faculdade de Ciências da Uni-versidade de Lisboa, sobre a Observaçãode ondas internas não-lineares geradassobre o canhão submarino da Nazaré.

Resumo: O trabalho realizado pelo tenenteLuis Quaresma dos Santos centrou-se na medi-ção de ondas internas solitárias que se for-mam sobre o canhão da Nazaré e que se pro-pagam para a plataforma continentaladjacente. Este trabalho foi realizado no âmbitodo projecto europeu EUROSTRATAFORMque visou o estudo da dinâmica sedimentarnas regiões de plataforma, assim como oestudo do papel dos canhões submarinos noaprisionamento e transporte de sedimentos.

Enquadramento do fenómeno dasondas internas

Quem não brincou à beira de umcharco sem resistir a atirar-lhe uma pedra?O fascínio de perturbar uma superfícieplana, e admirar o efeito das ondas quea modelam, é inerente a todos nós.Enquanto que o ponto da colisão é depen-dente da nossa pontaria, as «ondinhas»geradas são função das características docharco. Se este fosse homogéneo (com igualdensidade em todo o domínio) e isótropo(a velocidade de fase da onda é a mesmaem qualquer direcção), observaríamos umacircularidade crescente, resultante de umadispersão radial da onda. No entanto, oscharcos que se formam após uma dia chu-voso são tudo menos perfeitos, consti-tuindo as folhas, os ramos, as pedrinhase as margens obstáculos à propagação daperturbação. Este contributo promove umadinâmica variada, alimentada por pro-cessos físicos como a difracção, a refle-xão e a refracção. É gratificante observarque alguns segundos depois uma panó-plia de ondas, com diferentes formas, direc-ções e velocidades, imprime na superfí-cie da água uma bonita ilusão óptica(interferência).

Imagine-se agora que o nosso charcoapresenta no fundo uma camada de águamais fria e enlameada. Desta fez, deixá-mos de ver o chão e a água cristalina àsuperfície permite verificar que a fron-

teira entre as duas camadas «está já ali».Torna-se apetecível voltar a atirar umapedra ao charco e ver o que acontece. Àsemelhança da superfície, a fronteirainterna será perturbada e sobre ela vãotambém dispersar-se ondas, modeladaspelas características do charco. Se a tur-bulência gerada não misturasse as duascamadas, o efeito tridimensional destainterferência seria espectacular.

O oceano mostra-se em muitos aspec-tos como um gigantesco charco estratifi-cado, onde as camadas se diferenciam pordiferentes densidades e as pedras atira-das não alteram por si só uma superfíciejá perturbada. No entanto, oscilaçõesinternas ocorrem de forma ubíqua em todoo seu domínio, sem que se conheça exac-tamente os agentes que as originam (deonde vêm as pedras?). Estas perturbaçõesda estrutura interna do oceano aparecemrecorrentemente nos registos de tempe-ratura, salinidade e velocidade da cor-rente, tendo sido muitas vezes aponta-das como parte constituinte do ruído damedição. A evolução da tecnologia e apersistência das medições revelam actual-mente que esta dinâmica de alta-frequência

desempenha um papel preponderante nosprocessos de mistura e de dissipação daenergia, no sistema Oceano.

As ondas internas, como o próprionome indica, são ondas gravíticas que sepropagam no interior de um fluido. Cons-tituem modos de oscilação baroclínicosna presença de estratificação. Podemosde uma forma simplificada dividir o espec-tro do campo das ondas internas em trêsbandas de frequência principais:

1. Ondas internas quase-inerciais. Estasondas possuem um período de oscila-ção próximo do período de inércia locale como tal são fortemente influencia-das pela rotação (força de coriolis). Estasondas são habitualmente geradas nascamadas superiores do oceano (poracção do vento) e propagam-se para oseu interior. Apresentam uma grandevariabilidade no tempo e no espaço.

2. Maré Interna. Corresponde a uma osci-lação interna de período diurno ou semi-diurno. São forçadas pelo escoamentode um fluxo de maré (corrente de maré)sobre uma topografia irregular. Estasoscilações resultam da dissipação de10 a 20 % da energia da maré barotró-pica global (WUNSCH, 1975).

3. Ondas internas solitárias constituemuma vasta classe de ondas internas não-lineares cuja energia se reduz conti-nuamente no espectro até às regiões dealta-frequência (próximas de N). Estaregião situa-se uma ou duas ordens degrandeza distanciada da frequência inér-cial, podendo desta forma desprezar-se os efeitos da rotação (como é visí-vel na Fig. 4). Dentro deste domínioencontramos nas altas-frequências umnovo incremento de energia, associadoa um grupo de ondas que ocorre nasfronteiras das camadas superficiais dooceano e cuja propagação se torna per-ceptível na rugosidade da superfície domar (solitões). O termo solitão, forte-mente embebido na literatura cientí-fica, reflecte o carácter não periódico eisolado inicialmente associado a estafenomenologia. Na realidade, estasondas revelam-se no oceano como gru-pos de oscilações confinadas no tempoe no espaço (dimensão espacial infe-rior a 1 quilómetro e período inferiora 1 hora).

A utilização de imagens SAR tem-serevelado uma excelente ferramenta dedetecção remota das ondas internas soli-tárias. A sua identificação em imagensradar é geralmente feita pela manifesta-ção de extensas bandas, cuja intensidadecontrasta com o fundo da imagem (back-ground). Estas assinaturas impressas nasimagens SAR resultam de interacções entreas ondas internas e a corrente à superfí-cie que moldam a sua rugosidade.

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Apresentação da tese de Mestrado do 2TEN Luís Quaresma

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Hidromar n.º 91, Dezembro 2005 11

Já estão à venda os Volumes I e II daTabela de Marés para 2006.

No Volume I são publicadas previsõesde marés para 19 portos principais, 14 doContinente, um na Madeira e cinco nosAçores. Estas previsões constam de horase alturas de água das preia-mares e baixa-mares que ocorrerão ao longo do ano.

São ainda publicadas as previsões dehora a hora para os portos de Leixões,Cascais, Tróia e Sines.

No Volume II são publicadas as pre-visões para um total de 22 portos princi-pais situados nos Países de Língua Ofi-cial Portuguesa e Território de Macau.

Em ambos os volumes a Tabelade Marés fornece também as qua-tro constantes harmónicas funda-mentais e os elementos de maréspara os portos principais, bemcomo as concordâncias em tempoe em altura entre a maré queocorre nos portos principais enos portos secundários.

Para a edição de 2006 foramrenovadas as constantes har-mónicas que deram origemàs previsões para o porto deViana do Castelo.

Tabela de Marés para 2006

Defesa e Ciência– nova publicação

Desde o final de 2004, o Instituto Hidrográfico conta comuma nova publicação institucional. Chama-se Defesa e

Ciência: um horizonte comum, em edição bilingue (Portuguêse Inglês).

Na publicação, o Instituto Hidrográfico é apresentado deforma integrada e multidisciplinar, quer no quadro da activi-dade técnico-científica, quer nas actividades de apoio à pros-secução da missão.

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Hidromar n.º 91, Dezembro 200512

Comemoraram-se, no passadodia 23 de Setembro, os 45 anosdo IH. A celebração do dia daUnidade reuniu militares e civis

que prestam serviço no Instituto e asso-ciado antigos Directores-Gerais, Directo-res, e funcionários.

Acerimónia teve início pelas 11 horas,na biblioteca, com a alocução do Vice-almirante Viegas Filipe, Director-Geral doInstituto Hidrográfico, alusiva ao dia daUnidade. O discurso foi dirigido a todosaqueles que centram e centraram a suaactividade profissional no Iinstituto.

• Mostrar a importância de que se revesteo nosso local de trabalho como um doselementos centrais da vida diária. O nosso tempo útil é, em essência, partilhado entre o local de trabalho e afamília, os dois pólos que mormenteinfluenciam o nosso bem-estar – e, con-sequentemente, a nossa própria felici-dade.

• Uma vez que é ao Instituto Hidrográ-fico que dedicamos uma parte subs-tancial do tempo que temos disponívelpara actividade diária, deve este serolhado por todos nós como merecedorde consideração, respeito e carinho.

• A celebração do Dia da Unidade devepois ser considerada um momento altoda atenção que o local de trabalho detodos nós deve merecer. Certamente queao iluminarmos diariamente o nossopensamento com este referencial, avida na instituição será bem maishumana e facilitadora dos processos e,como tal, geradora de bem-estar eobviamente, também, de mais eficiên-cia e eficácia.

• É pois meu entendimento que, ao cele-brarmos o Instituto Hidrográfico, cele-bramos todos os que, diariamente,fazem deste um inovador centro de exce-lência da investigação do mar que aolongo dos anos tem vindo a ser cons-truído por cada um de nós, quer noplano individual, quer em equipa.

• Celebramos assim, também, todos osque no passado aqui serviram. Apro-veito para agradecer, de forma sentida,a vossa presença nesta jornada, sau-dando, em particular, os senhores almi-rantes e oficiais que nesta Instituiçãoexerceram cargos da mais alta respon-sabilidade, bem como os antigos fun-cionários.

• Desde a primeira hora, identifiquei comolinha de força desta direcção: a valori-zação de cada um de vós.

• É para cada um dos funcionários desteInstituto que vai a minha atenção. Ossucessos do Instituto Hidrográfico

decorrem do somatório dos nossosesforços individuais e colectivos, danossa determinação, da nossa dedica-ção e da nossa persistência, qualidadesque reconheço e enalteço em cada umde vós.

• Orgulhemo-nos da ciência que produ-zimos e que temos levado além fron-teiras. Orgulhemo-nos das metodolo-gias e técnicas que temos criado e daliderança que temos tido junto das ins-tituições parceiras. Orgulhemo-nos dagestão económico-financeira que temosempreendido. Considero que não háciência, que não há gestão, sem pes-soas. Se a ciência que produzimos é exce-lente e inovadora, a vós o devemos.

• Não há Instituto Hidrográfico sem cadaum de nós.

• Enquadramento jurídico e institucionalda administração pública não me per-mite reconhecer de outra forma o vossoempenhamento que não seja através dareafirmação de um compromisso: valo-rizar as vossas competências, constituiruma equipa coesa e determinada –enfim, fazer sobressair a nossa identi-dade. Há um ano afirmei que o meumaior cuidado passaria pelas pessoas.Renovo essa intenção.

• A nossa visão do futuro do InstitutoHidrográfico exige um pensamentoestratégico. Porque quisemos dar umpasso em frente, reformulámos, no pas-sado ano, o enquadramento estratégico,num processo dinâmico e participadodas chefias. Consolidámos a imagemque temos do Instituto Hidrográfico, anossa orientação, o posicionamentoinstitucional e os nossos objectivosestratégicos. Refinámos a visão do Ins-tituto e definimos, com detalhe, a matrizde valores que nos identifica. Reafir-mamos que o caminho a percorrer temque continuar a assentar, necessaria-mente, no conjunto de valores que jáconstitui referência neste Instituto: ética,excelência e inovação.

• A interiorização deste enquadramentoestratégico permite-nos seguir em frentede uma forma mais exigente, procurandoconsolidar o lugar de cada um de nóse de cada equipa naquela que é a mis-são técnico-científica do Instituto Hidro-gráfico e da Marinha.

• A direcção do Instituto compromete-seconvosco a criar as melhores condiçõespossíveis de realização pessoal e pro-

POSTO DE VIGIAOlhar para dentro

CERIMÓNIAS

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Hidromar n.º 91, Dezembro 2005 13

DO DIA DA UNIDADE

Por ocasião dasComemorações

do Dia da Unidade,no passado dia 17 deSetembro, foi propor-cionado aos funcioná-rios do InstitutoHidrográfico e àssuas famílias, umpasseio a bordo daUAM Zêzere, entreBelém e a Zona doParque das Nações.Dra. Nazaré Robalo,guia turística destepasseio, recordou-nosa história da ZonaRibeirinha.Para animar aindamais o passeio e apensar nas criançascontámos com a pre-sença da animadoraAna Carolina Rito,que proporcionou àscrianças momentosde entretenimento,incluindo: pinturasfaciais, desenhos,jogos…

Celebração da Eucaristia

O bolo de aniversário

fissional. Compromete-se afazer do vosso esforço e dedi-cação um testemunho de que-rer e crer ir mais além. É nestecontexto que estamos a tra-balhar com determinação noPlano de DesenvolvimentoPessoal das competências téc-nicas, culturais e cívicas dosfuncionários, e que temoscaminhado para, em termosde infra-estruturas, garantir asmelhores condições de traba-lho.

• Instituto Hidrográfico é aquiloque cada um de nós for e quecada um de nós dele exigir.Em curso está a definição daconfiguração orgânica do Ins-tituto, em áreas funcionaisque creio necessitarem demaior capacidade de resposta,intrinsecamente relacionadacom a reestruturação dos qua-

dros de pessoal militar e civil.Estamos a investir ainda noprocesso de certificação e acre-ditação, certos de que a exi-gência de tal enquadramentonos garante padrões de exce-lência e inovação na produ-ção científica.

• Num momento difícil para opaís e em que acontecemmudanças que a todos afec-tam, exorto-vos a encontrarnos valores cultivados nestacasa a necessária motivaçãopara continuar a fazer desteInstituto motivo de orgulho daMarinha e do País.

Seguidamente, foram impos-tas as condecorações aos mili-tares e civis agradeciados. Ascerimónias do Dia da Unidadeterminaram com a actuação doQuinteto da Banda da Armadae com o almoço-convívio.

E o Mar aqui tão perto…

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Hidromar n.º 91, Dezembro 200514

Medalha Militar de Mérito Militar de 3.ª Classe:01 CTEN H – LEONEL PEREIRA MANTEIGAS 02 1TEN H – PEDRO GABRIEL SEIXAS DIAS SILVA BARATA

Medalha Militar de Mérito Militar 4.ª Classe:03 SCH CM – JOSÉ ANTÓNIO BALAU ESTEVES04 SAJ L – GASPAR MANUEL PINTO MONTEIRO05 CAB CM – JOSÉ MARIA PINTO CATELA

Medalha da Cruz Naval 2.ª Classe:06 CFR EH – CARLOS MIGUEL REIS SILVA DE OLIVEIRA E LEMOS 07 CTEN SEH – JOSÉ ALBERTO FERNANDES DE OLIVEIRA ROBALO 08 CTEN M – PEDRO MIGUEL RODRIGUES ALVES ANTUNES DE ALMEIDA 09 2TEN TSN – RAQUEL SABINO DOS REIS POUCOCHINHO 10 Assessora Principal – TERESA MANUELA DAS NEVES ALVES CORREIA 11 Assessor – JOÃO PAULO DO NASCIMENTO VITORINO

Medalha da Cruz Naval de 4.ª Classe:12 CAB CM – LUÍS MANUEL CARDOSO MENDES 13 Assistente Administrativa Especialista – MARIA CELINA DE SENA FERREIRA ALEGRE 14 Operário Principal Altamente Qualificado – VÍTOR JUVENAL MENDES BRANCO

Medalha de Comportamento Exemplar – Grau OURO:15 CMG M – HERLANDER VALENTE ZAMBUJO

Medalha de Comportamento Exemplar – Grau PRATA:16 CFR M – LUÍS PEDRO PINTO PROENÇA MENDES 17 1TEN SEH – LUÍS MANUEL DE JESUS CORREIA 18 2TEN STH – PAULO BATISTA MAIA MARQUES 19 1SAR M JOSÉ MARCO MIRA NARCISO

MEDALHA NATO respeitante à participação na operação «Active Endeavour» noperíodo de 19 de Abril a 2 de Junho de 2004.20 2TEN AN – BRUNO ALEXANDRE SOARES MERCIER

MEDALHA NATO «Allied Force» respeitante aos serviços prestados à NATO noperíodo de 25 de Maio a 26 de Junho de 1999.21 CAB CM – PAULO JORGE FURTADO RODRIGUES 22 CAB E – RUI MANUEL DA COSTA RIBEIRO

POSTO DE VIGIA

18 19 20 21 22

13 14 15 16 17

8 9 10 11 12

3 4 5 6 7

1 2

ENTREGA DE CONDECORAÇÕES

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Hidromar n.º 91, Dezembro 2005 15

Por terem completado 25 anos ao serviço do Instituto Hidrográfico, vão receber acresta do IH: 23 Assessora Principal – MARIANA DOMINGAS SIMÕES DA COSTA 24 Técnico Profissional Especialista Principal – CESARINA DE JESUS FERNANDES PÁDUA 25 Técnico Profissional Especialista Principal – ANA MARIA CURADO DE AZEVEDO PIRES DE MATOS 26 Assistente Administrativa Especialista – MARIA CELINA DE SENA FERREIRA ALEGRE 27 Assistente Administrativa Especialista – FILOMENA DE FÁTIMA GIÃO VENNCIO GAGO MOCHO 28 Cozinheira Chefe – CELINA MAFALDA AURITA ALEMÃO LOPES

Por terem completado 15 anos ao serviço do Instituto Hidrográfico, vão receber amedalha do IH:29 CFR EH – CARLOS MANUEL DA COSTA VENTURA SOARES30 1TEN SEH – ANTÓNIO RODRIGO PEREIRA MARTINS PINHEIRO

31 1TEN SEH – VIRGÍLIO MANUEL DE OLIVEIRA MESQUITA CHIM 32 Assistente Administrativa Especialista – MARIA TERESA CRISTETA DA SILVA TEIXEIRA 33 Operário Principal – SÉRGIO AUGUSTO CASCALHO MACARRÃO

PRÉMIOS DE DEDICAÇÃO E OS BONS SERVIÇOS PRESTADOS ATRIBUÍDOS NA CERIMÓNIA DO DIA DA UNIDADE

29 30 31 32 33

25 26 27 28

23

24

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Hidromar n.º 91, Dezembro 200516

POSTO DE VIGIA

Raimunda Trancas

Carlos Ribeiro

António Carrilho

EXPOSIÇÃO ARTES PLÁSTICAS E DECORATIVAS

DOS FUNCIONÁRIOS DO IH

Entre 19 e 30 de Setembro, por ocasião das comemoraçõesdo Dia da Unidade, esteve patente no Instituto Hidrográficouma exposição dos trabalhos Plásticos e Decorativos de anti-gos e actuais funcionários do Instituto Hidrográfico, entre osquais telas do CMG Valente Zambujo, CMG Anjos Branco, TG3N2Ana Maria Martins, AAE Rosália Firmino, trabalho manual emmadeira exibido por 1Sar.CM da Cruz Carrilho, fotografias porTPEP José Aguiar e TP1 Carlos Dias.

Agostinho Santos Ana Martins

Cte. Oliveira Lemos Mena Mocho

Cte. Valente Zambujo

Avelina RochaCte. Branco

Fátima Serras

Isabel GasparLicínio Gonçalves

Rosá

lia Fi

rmino

Helena Fernandes

Fátima Fernandes

Olinda Coelho

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Hidromar n.º 91, Dezembro 2005 17

No sentido de proporcionar atodos os funcionários que pres-tam serviço nesta Instituição e

respectivas famílias um dia de são con-vívio, próprio da quadra natalícia em quese insere, realizou-se no passado dia 21de Dezembro a tradicional Festa de Nataldo Instituto Hidrográfico.

Amanhã do dia 21 começou cedo como ultimar dos preparativos para a Festa,o pessoal do rancho preparava o refeitó-rio para o almoço exibindo os seus dotesna confecção e decoração dos deliciosospratos com que nos presentearam, alguémse encarregava de ter balões cheios paratodas as crianças que não tardavam a che-gar, outros ainda verificavam se a Biblio-teca e o Auditório estavam prontos parareceber os convidados.

Por volta das 9 horas chegavam asprimeiras crianças acompanhadas dos pais- e se para muitas delas o Instituto Hidro-gráfico era já um local familiar - o dia dehoje tinha por certo um cariz especial paratodas elas, o Pai Natal iria presenteá-lascom uma lembrança.

Cerca das 10 horas iniciou-se a ani-mação para os mais pequenos logo seguidada peça de Teatro Infantil « O Nascimentode Jesus»; embora de curta duração a peça

contou com a participação de 12 jovensactores, filhos de funcionários que de corpoe alma deram vida às personagens e quetambém com grande empenho e deter-minação compareceram aos ensaios nosdois dias que antecederam o evento.

De seguida no Auditório, procedeu-se à entrega dos prémios do Concurso deArtes Plásticas Infantil destinado a crian-ças dos 4 aos 10 anos. O júri compostopela ASSP Dr.ª Helena Roque e TG2N1Ana Martins – que rigorosa e criteriosa-mente apreciou os trabalhos a concurso– atribuiu dentro de cada escalão etário1os lugares e menções honrosas. Todasas 68 crianças participantes receberam paraalém do diploma de participação mate-rial de desenho e pintura para que assimpossam continuar a dar azo à sua cria-ção artística.

Na biblioteca celebrava-se entretantoa tradicional Eucaristia de Natal desti-nada a todos os funcionários e respecti-vas famílias. Presidida pelo Senhor Cape-lão Gomes Beltrão contou com a presençade todos aqueles que se quiseram asso-ciar ao acto.

Depois veio o momento sempre dese-jado pela pequenada, a chegada do PaiNatal e a distribuição de lembranças de

Natal a todas as crianças. Umas com maiordesenvoltura, outras mais expectantes eoutras ainda mais receosas lá se iam apro-ximando do «Velho» das barbas brancaspara receber o seu presente.

Às 12.30 horas S. Exa. o Vice-almi-rante Director-Geral dava as boas vindasa todos os presentes proferindo a sua Men-sagem de Natal. Seguiu-se o almoço con-vívio nos espaços do Refeitório e Jardim.

Pelas 14 horas iniciou-se no Auditó-rio a exibição de um filme infantil alu-sivo à quadra natalícia, a mensagem doespírito de Natal que o filme transmitiufoi certamente aquela que todos os pre-sentes no final do dia sentiram por certoter partilhado.

Festa de Natal do Instituto Hidrográfico

1.º Prémio

Entrega dos presentes

2.º Prémio Por fim o almoço…

O teatro

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Hidromar n.º 91, Dezembro 200518

POSTO DE VIGIA

No dia 18 de Outubro de 2005 oInstituto hidrográfico realizou oseu primeiro encontro de Qua-

dros Superiores. O evento decorreu emLisboa, no Hotel Pestana Palace e contoucom a colaboração da empresa «get – Peo-ple Solutions». Este encontro contou coma presença de cerca de 120 Quadros Supe-riores do IH, entre oficiais e civis. Sob a

temática «Assumir um compromisso», oencontro suscitou grande curiosidade ini-cial aos seus participantes, e um entu-siasmo participativo ao longo de todo odia de trabalhos. O apuramento inicialdas conclusões do encontro foi distribuídono final do dia, estando, as mesmas, a seranalisadas pela comissão organizadorapara que o compromisso assumido tenha

consequências práticas na vida do Insti-tuto Hidrográfico. Todos os participan-tes tiveram oportunidade de ter vozactiva e claramente demonstraram a suasatisfação não só pela realização do eventomas também do resultado obtido. Foi umdia de muito trabalho descontraído, numavertente que se quer mais forte nas orga-nizações dos nossos dias – as pessoas.

Encontro de Quadros Superiores

ASSUMIR UM COMPROMISSO

Reuniram-se no Palácio Seixas,antigo Forte de Santa Catarina, hojepropriedade da Marinha conhecida

como «Messe de Cascais», os técnicos doInstituto Hidrográfico (IH) e as chefias,onde tiveram a oportunidade de conver-sar informalmente sobre o seu contributopara o cumprimento da missão do IH. OEncontro realizou-se no passado dia 15de Novembro.

Àabertura do Encontro efectuada peloComandante Passos Ramos, Director dosServiços de Apoio, responsável área dosRecursos Humanos do IH, que apresen-tou o programa para o dia. Seguiu-se aprojecção do vídeo «Assumir um Com-promisso». Este vídeo evoca, o verdadeirosignificado de um compromisso e as suasconsequências para o dia-a-dia de umaPessoa que faz parte de um grupo, deuma equipa.

Terminado o vídeo, o Sr. AlmiranteViegas Filipe, Director-Geral, em conso-

nância com o forte e sólido empenho quetem colocado, pessoal e institucionalmente,reforçou a importância daquela oportu-nidade para a prossecução, com sucesso,de actividades concorrentes à valoriza-ção do capital humano do Instituto Hidro-gráfico, certo que a excelência do IH emmuito depende da identificação dos seustécnicos com a visão, missão e os valoresassumidos relativamente aos quais cadaum de nós se posiciona em termos decompromisso e de relação profissional.

Após a pausa para o café, reunidosem grupos, os participantes debruçaram-se sobre as questões:

• «O que posso fazer pelo Instituto Hidro-gráfico?» (papel do técnico no InstitutoHidrográfico, visto pelo técnico);

• «O que o Instituto pode fazer pelos seustécnicos?» (papel do técnico no Insti-tuto Hidrográfico, visto pelas chefias).

Entre outras, a principal preocupaçãoexpressa foi a valorização profissional eo desenvolvimento pessoal. É interessanteverificar que esta preocupação já tinhasido identificada aquando do Encontrode Quadros, realizado no passado dia 18de Outubro.

A valorização organizacional e dosrecursos humanos constitui um dos prin-cipais vectores estratégicos são objecti-vos permanentes a alcançar pelo IH nasua Formulação Estratégica para o trié-nio de 2005-2007.

Por outro lado, no âmbito da dina-mização da aplicação do Novo Sistemade Avaliação - Sistema Integrado de Ava-liação do Desempenho para a Adminis-

Encontro de Técnicos

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Hidromar n.º 91, Dezembro 2005 19

tração Pública (designado por SIADAP),é fundamental considerar a formação e odesenvolvimento pessoal como um ins-trumento de gestão integrado por pro-cessos participativos e de melhoria dacomunicação interna.

O SIADAP responde a algumas ques-tões e preocupações que normalmente aspessoas colocam, mesmo que não asexprimam em voz alta e que de algumaforma coincidem com o novo processode avaliação, designadamente:

• «Que querem de mim?» (traçar objec-tivos);

• «Considerem o meu contributo!!!» (reco-nhecimento do mérito);

• Acreditem e deixem-me fazer!» (res-ponsabilização);

• Apoiem-me quando preciso!!!» (comu-nicação);

• Avaliem-me!». (qual o meu valor?).Houve ainda a projecção do vídeo «No

mar», em que se reenquadra o contributoe o papel do técnico, a que se seguiu adiscussão dos trabalhos. Cada grupo tevea oportunidade de elaborar as suas con-clusões de forma a preservá-las e trans-miti-las.

Para o sucesso do Encontro de Técni-cos, além do magnífico espaço em quenos encontrávamos e da localização pri-vilegiada da «Messe de Cascais», contri-buíram: os comandantes Ventura Soares,

Bessa Pacheco, Nunes Amaral, Ruivo daSilva e a Doutora Aurora Bizarro, cte Ven-tura Soares e a engenheira Pilar da Silva,que se disponibilizaram para coordenaros grupos. A organização do eventoesteve a cargo do serviço de Pessoal, como apoio do gabinete de Relações Públi-cas, do gabinete Multimédia, do serviçode Electrotecnia, do serviço Geral (trans-portes) e de todos quantos, directa ou indi-rectamente, apoiaram e colaboraram narealização do Encontro.

Oprémio foi entregue por S.Exa. o Secre-tário de Estado da Defesa Nacional edos Assuntos do Mar, Dr. Manuel Lobo

Antunes, que presidiu a cerimónia onde esti-veram também presentes o S.Exa. o Secretáriode Estado do Ambiente Dr. Humberto Rosa, oCEMFA GEN Taveira Martins, o Vice-CEMAVALM Pires Neves, o Director Geral das Infra-estruturas do MDN Eng. Bernardo Xavier Ala-baça e representantes do IH e do Campo deTiro de Alcochete da Força Aérea.

A cerimónia teve início com a caracteriza-ção das candidaturas vencedoras, cabendo aoComandante Herlander Zambujo, efectuar aapresentação sobre a «Reabilitação das Instala-ções da Azinheira».

Após intervenções do Director Geral das Infra-estruturasdo MDN e de S.Exa. o Secretário de Estado do Ambiente, S.Exa.o Secretário de Estado da Defesa Nacional e dos Assuntos do

Mar teceu largos elogios a ambas as candida-turas, afirmando, que são a prova de que aDefesa e o Ambiente podem ser compatíveis eintegráveis.

O Prémio Defesa Nacional e Ambiente 2004foi entregue às candidaturas vencedoras ex-aequo,que partilham um valor de 33.000€.

O valor do prémio do IH (16.500€) destina-se na íntegra ao fornecimento de bens e servi-ços na área do ambiente, nomeadamente, naaquisição de sistemas de separação de gordu-ras domésticas e depósitos separadores de lixosresiduais sólidos (papel, plásticos, vidros emetais).

A atribuição deste montante vem premiare reconhecer o esforço que o IH tem efectuado ao longo dosanos no domínio da conservação e defesa do Meio Ambiente,numa perspectiva sustentada de integração e equilíbrio, na Rea-bilitação das Instalações da Azinheira.

O Instituto Hidrográfico recebe Prémio Defesa Nacional e Ambiente 2004

O Instituto Hidrográfico recebe Prémio Defesa Nacional e Ambiente 2004

No passado dia 28 de Novembro, no Forte de S. Julião da Barra, foi entregue aoDirector-Geral VALM Viegas Filipe o Prémio Defesa Nacional e Ambiente 2004

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Hidromar n.º 91, Dezembro 200520

No âmbito das comemorações doDia do Mar, nos dias 16 e 17 dopassado mês de Novembro, efec-

tuou-se a bordo do NRP Auriga, atracadono porto de Aveiro, a apresentação daacção desenvolvida pelo Instituto Hidro-gráfico e das características e missões daslanchas da classe Andrómeda. Esta apre-sentação foi acompanhada da exposiçãode alguns equipamentos utilizados, abordo destas lanchas, na colheita dedados oceanográficos e da demonstraçãode operações CTD e colheita de amostrasde água.

Durante a manhã de 16 de Novem-bro, estiveram presentes neste evento, daparte do Instituto Hidrográfico, o Direc-tor-Geral, VALM Viegas Filipe, o Direc-tor Técnico, CMG Lopes da Costa, o Chefe

da Divisão de Oceanografia,CFR Ventura Soares, acumu-lando as funções de Coman-dante do Agrupamento deNavios Hidrográficos, e umaequipa de campo chefiada peloCTEN Mesquita Onofre e, daparte da Universidade deAveiro, elementos do respec-tivo corpo docente, cuja acti-vidade científica se encontraligada ao mar.

Foram apresentados doisdiapositivos: o primeiro peloCTEN Mesquita Onofre, sobrea actividade desenvolvida peloInstituto Hidrográfico; osegundo pelo 1TEN SilvaBarata, Comandante do NRPAuriga, acerca das caracterís-ticas e missões atribuíveis àslanchas hidrográficas da classeAndrómeda, onde se insere oNRP Auriga. Destas missões,destacaram-se o apoio a ope-rações navais, a busca e salva-mento no mar, as acções derepresentação e as campanhasde investigação e de prestaçãode serviços no âmbito das ciên-cias do mar.

Esta informação foi com-plementada pela exposição, nopavimento da tolda do navio,e explicação sucinta das carac-terísticas e do funcionamento,

efectuada pelo 2TEN Cardoso Jerónimo,dos equipamentos seguintes: uma RosetteGeneral Oceanics Mk. 1015, dotada de onzegarrafas Niskin e de uma sonda CTDIdronaut Ocean Seven Mk. 320; uma dragaSmith MacIntyre; e um dispositivo de inter-rogação e de disparo acústico de Relea-ses. Por ordem respectiva, estes equipa-mentos são utilizados a bordo das lanchase dos navios hidrográficos na realizaçãode perfis CTD e de colheita de amostrasde água, obtendo-se dados relativos aosparâmetros físicos da água do mar, nacolheita de sedimentos e na recuperaçãode amarrações correntométricas.

Durante a tarde deste mesmo dia 16de Novembro, esta acção de divulgaçãofoi repetida, destinando-se, agora, aoselementos do corpo discente da Uni-versidade de Aveiro interessados nestamatéria. O mesmo aconteceu durante amanhã e a tarde do dia seguinte, tendoo CTEN Onofre sido substituído pelo1TEN Santos Martinho. Neste dia, faceàs condições de agitação marítima pro-pícias à navegação com estudantes abordo ainda inexperientes nas lides domar, embora sem evitar alguma discretaindisposição da parte dos elementos maissensíveis, devido à persistente acção deuma ligeira vaga, foram as acções atrásdescritas sucedidas de duas saídas parao mar, permitindo a demonstração inloco das operações a realizar para obterperfis CTD e colheitas de amostras deágua.

Marear – encontro Auriga no Dia do MarAcção de divulgação das actividades do Instituto Hidrográfico e dos meios que lhes estãoassociados, a bordo do NRP Auriga, em Aveiro, no âmbito das comemorações do Dia do Mar

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Hidromar n.º 91, Dezembro 2005 21

POSTO DE VIGIA

Visita ao Museudo Mar

No âmbito do programa «Passos deD. Carlos I»,vinte e cinco funcio-

nários do Instituto Hidrográfico visita-ram no passado dia 9 de Novembro oMuseu do Mar. A visita, guiada no inte-rior do Museu pela Dra. Eugénia Alves,permitiu aos visitantes conhecer as qua-tro partes em que o Museu está divi-dido: «uma dedicada à história da loca-lidade; incluindo vestígios pré-históricose palentológicos; outra centrada na etno-logia, onde, entre os objectos expostos,se pôde apreciar o vestuário típico dospescadores da região; uma terceira direc-cionada para a arqueologia subaquáticae por fim, na última ficou a conhecer-sea história dos naufrágios marítimos e

dos tesouros recuperados ao longo danossa costa».

O Museu do Mar de Cascais, reno-meado Museu do Mar Rei D. Carlos em

1997, foi fundado em 1879 pelo entãoprincípe Carlos, tendo sido local de váriaspráticas desportivas e lúdicas.

No passado dia 14 de Dezembro, umgrupo de 21 funcionários do Instituto

Hidrográfico visitou a Fragata D. FernandoII e Glória, a última visita no âmbito do pro-grama «Passos de D. Carlos I» de 2005.

A visita permitiu aos visitantes conhecerum navio de valor histórico. É actualmenteum navio museu, sendo possível nos diasde hoje mostrar aos visitantes como era avida a bordo de uma fragata do séc. XIX.

A Fragata recebeu o nome de D.fernandoII e Glória em homenagem a D. FernandoSaxe Coburgo Gota e a sua mulher, a Raí-nha D. Maria II, cujo nome era Maria da Gló-ria – os avós de D. Carlos I.

A última fragata exclusivamente à velada Marinha Portuguesa é hoje uma teste-munha eloquente da brilhante história marí-tima portuguesa, orgulho de muitas gera-ções passadas e um exemplo de determinaçãoe coragem para gerações futuras.

No dia 25 de Novembro realizou-se, nas Instala-ções da Azinheira, com os funcionários que aí

prestam serviço, a primeira sessão de apresentaçãodo sistema Integrado de Avaliação do Desempenho-SIADAP.

No passado dia 28 de Novembro decorreu, noAuditório do Instituto Hidrográfico, a segunda ses-são de esclarecimentos, destinada a todos os funcio-nários e avaliadores do pessoal do Quadro Civil.

Visita à fragata D. Fernando II e Glória

SIADAP

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Hidromar n.º 91, Dezembro 200522

Com o objectivo de dar resposta àsnecessidades dos funcionários do Ins-

tituto Hidrográfico que, durante o mêsde Julho se deparam com a dificuldadede providenciar ocupação de temposlivres para os seus filhos ou dependen-tes, a Direcção do Instituto Hidrográficoorganizou a iniciativa OVO – Ocupação,Visitas, Obras-primas.

Aorganização e planeamento das acti-vidades estiveram a cargo da Direcçãodos Serviços de Apoio e do Gabinete deRelações Públicas do Instituto Hidrográ-fico. Neste sentido, os funcionários tive-ram a possibilidade de inscreverem os seusfilhos, entre os 4 e os 12 anos, em ateliersde ocupação de tempos livres, tendo estasactividades sido acompanhadas por qua-tro jovens recrutados, para o efeito, a par-tir do portal voluntariadojovem.pt.

Relativamente às actividades levadasa cabo, estas foram mais direccionadaspara o exterior, dando como exemplo asmais apreciadas: Pavilhão do Conheci-mento, Museu da Presidência da Repú-

blica, Parque do Alvito e Jardim daEstrela. De referir que o Serviço Geral -Serviço de Transportes debateu-se comalguns problemas para poder satisfazertodos os pedidos, tendo inclusive provi-denciado a instalação de cintos de segu-rança na viatura destinada ao transportedas crianças.

No Instituto, as actividades contaramcom a participação de vários serviços, taiscomo o Gabinete de Multimédia, os Ser-viços de Informática, Artes Gráficas e Cozi-nha, tendo esta última superado as expec-tativas das crianças – que puderamdeliciar-se com as maravilhas que apren-deram a fazer. De referir, ainda, a cola-boração do CFR Oliveira e Lemos, comos seus ateliers de aviões de papel.

Foi enviado um questionário final aospais para que se pronunciassem acercado projecto e dessem algumas sugestões,tendo-se daí apurado o êxito do mesmoe a perspectiva de no próximo ano pro-longar pelo mês de Agosto.

Número de Meninos Participantes – 26Actividades no Instituto Hidrográfico – 25Actividades no Exterior – 14Horas de Actividade – 180 HorasDias – 20 Dias

Ana Carolina Teixeira Medeiros LopesInês Isabel Teixeira Medeiros LopesFábio Miguel Dias MacarrãoPedro Guilherme Rodrigues BizarroInês Maria Rodrigues BizarroDiogo Alexandre Gontardo de Freitas Martins PinheiroCatarina Viúla Sardinha MonteiroMartim Viúla Sardinha MonteiroRita Inês Lança Amaral JorgeRodrigo de Sousa Henriques e Antunes de AlmeidaGuilherme de Sousa Henriques e Antunes de AlmeidaAndreia Filipa Alves RodriguesVasco Ferreira da Costa Ventura SoaresCarolina Arantes e Oliveira Marques MaiaVasco Arantes e Oliveira Marques MaiaMarta da Conceição Fernandes de Oliveira e LemosHelena Catarina Fernandes Maia MarquesFrancisco da Cruz Correia Proença MendesJoão Afonso da Cruz Correia Proença MendesMiguel Filipe Branco da Silva GuerreiroDaniel Lopes GrácioTiago André dos Santos Dias Teixeira CorreiaGuilherme Carvalho ManteigasAndré dos Santos Serraninho de Melo PiresDiogo Nunes CorreiaDavid Vieira

OVO

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Hidromar n.º 91, Dezembro 2005 23

No passado dia 30de Novembro,tomou posse

como chefe da Divisão deOceanografia o CTEN JoséMesquita Onofre, suce-dendo assim ao CFR Car-los Ventura Soares, que,após quatro anos e meio

ao comando da divisão, assume o cargo deAdjunto do Director-Técnico para a Investi-gação e Desenvolvimento. Ainda no mesmodia, o CFR Ramalho Marreiros, após cessar ocomando do NRP D. Carlos I assumiu as novasfunções como AD/para a área dos navios.

A cerimónia teve lugar na biblioteca e foi,presidida pelo Vice-almirante Viegas Filipe,Director-Geral do Instituto Hidrográfico. Nelaestiveram presentes o CMG Valente Zambujo,o Director-Técnico, CMG Lopes da Costa, oDirector Financeiro, CFR Rodrigues Mavioso,o Director de Apoio, CFR Passos Ramos, che-fes de divisão e de serviço, ofociais e diver-sos funcionários do Instituto Hidrográfico.

Há seis anos que o CTEN José MesquitaOnofre desempenha funções na Divisão deOceanografia, como Adjunto do Chefe de Divi-são de Oceanografia na chefia da Secção deOceanografia Militar, onde liderou diversasmissões e projectos. Destaca-se o papel impor-tantíssimo para a Marinha e para o País naárea do REA-Rapid Environmental Assessment

em apoio aos exercícios militares nacionais einternacionais.

No seu discurso, O CTEN Mesquita Ono-fre proferiu algumas palavras, mencionandoque a divisão de Oceanografia é uma divisãode Prestigio, inovadora, prestadora de servi-ços e com pessoal qualificado e motivado quegoza de um prestigio quer a nível nacionalquer a nível Internacional.

No seu discurso, fez uma breve alusão àimportância dos recursos marinhos nacionaise à sua exploração ,bem como, aos objectivosque pretende alcançar.

«O mar e os oceanos são de extremo inte-resse e de importância vital para um país comoPortugal. Cerca de 98% de toda a água daterra está nos oceanos, desempenhando umpapel fundamental num amplo conjunto deactividades de carácter social, cultural e eco-nómico.»

«O oceano encerra dimensões a que se asso-cia cada vez mais uma perspectiva de moder-nidade e de futuro: o Oceano como um activocritico ao desenvolvimento sustentável do pla-neta; factor ambiental por excelência.»

«Um sistema integrado de recolha de dados,gestão da informação e monitorização dooceano, é indispensável para o aumento doconhecimento cientifico do funcionamento dosecossistemas e das alterações ambientais,assim como a detecção dos sinais de perigopara o ambiente marinho. O conhecimento

Nascido a 9 de Abril de 1968,o CTEN Mesquita Onofre entroupara a Marinha em 1987 e con-cluiu a licenciatura em CiênciasMilitares Navais pela Escola Navalem 1992, tendo sido promovido aguarda Marinha no mesmo ano.

Em 1992-1993 desempenhoufunções como adjunto do Nave-gador do NRP Vasco da Gama. Foiainda Imediato do NRP PereiraDeça e em 1993-1995 Comandanteda lancha de fiscalização NRPDomJeremias.

Especializou-se em Hidrogra-fia, classe A da FIG/OHI, pelaEscola de Hidrografia e Oceano-grafia do Instituto Hidrográfico noano 1995-1996.

Terminado o curso de espe-cialização, foi colocado na BrigadaHidrográfica n.º 1, onde perma-neceu até 1997, como adjunto dochefe da Brigada, tendo participadoe dirigido vários levantamentosportuários, costeiros e oceânicosem Portugal Continental.

Em 1997-1999 obteve o Mes-trado em Oceanografia Física comEspecialização em tomografia acús-tica pela Naval Postgraduate School,Monterey, California, Estados Uni-dos da América.

Habilitado com o curso deEngenheiro Hidrógrafo desde 1999,ingressou para assumir funções deadjunto do chefe da divisão deOceanografia do Instituto Hidro-gráfico, responsável pela Ocea-nografia Militar e acústica sub-marina.

Frequentou o curso Geral Navalde Guerra, desde Setembro de 2002até Fevereiro de 2003. Em 2003 fre-quentou o curso de Estado-MaiorConjunto.

Assumiu a 19 de Dezembro de2005 as novas funções de chefe daDivisão de Oceanografia do Ins-tituto Hidrográfico.

Nos tempos livres, o CTEN pra-tica golfe e faz modelismo navalem madeira.

É pai de um menino de trêsanos chamado Filipe e futuramenteserá pai de mais um menino.

Ao CTEN Mesquita Onofredesejamos os mais sinceros para-béns.

PRE IA-MARBAIXA-MAR Tomadas de posse

Chefe da divisão de Oceanografia

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Hidromar n.º 91, Dezembro 200524

P R E I A - M A RB A I X A - M A R

ADT/Investigação & Desenvolvimento

ADT/para a área de Navios

Após mais de dezanos na divisão

de Oceanografia e dequatro ao seu leme,o CFR Ventura Soa-res, assume o cargode ADT/I&D. No seudiscurso, fez umbreve balanço das

prioridades que estabeleceu em 2001,aquando da tomada de posse como chefeda divisão de oceanografia,

«Em primeiro lugar a consolidação doprograma de Oceanografia Militar…»

«Em segundo lugar a implementaçãode um pequeno mas forte núcleo de mode-lação oceânica, com o desenvolvimentode modelos de circulação, agitação marí-tima e marés…»

«Em terceiro lugar a capacidade dereacção em situações de crise, como foi oacompanhamento do derrame do hidro-carbonetos do navio Prestige…»

«O programa de renovação das cons-tantes harmónicas das marés, iniciado em2002…»

O CFR Ventura Soares agradeceu aos

Senhores Directores, e especialmente aoSenhor Director-Técnico, chefes de outrasDivisões e Serviços na colaboração quelhe foi prestada na altura como chefe dadivisão de Oceanografia.

Dirigiu ainda umas palavras ao CTENMesquita Onofre:

«…Estes quase seis anos que decor-reram entretanto, tornaram-te um pro-fundo conhecedor da Divisão…» «poissei que saberás, sem a menor dúvida,melhorar todo o trabalho já feito, engran-decendo a divisão e o Instituto. Felicida-des, e conta comigo para o que necessi-tares!»

Desejou as maiores felicidades aoCFR Ramalho Marreiros nas suas novasfunções de Adjunto do Director-Técnicopara a área dos navios.

Proferiu alguns dos objectivos a alcan-çar nas suas novas funções:

«Sendo esta uma área de grande res-pnsabilidade e de crescente importâncianas organizações, principalmente nomomento em que o Instituto Hidrográ-fico como outras instituições congéneres,em porugal e no Estrangeiro, tem de tra-

balhar em clima de grande exigência ecompetitividade com regras e mecanis-mos novos, bem como em espaços deactuação porventura diferentes dos habi-tuais. Importa potenciar a capacidade resi-dente no IH nas áreas da InvestigaçãoAplicada e Desenvolvimento Tecnológico,com uma abordagem multidisciplinar eintegrada, mas, não nos iludamos, nãoestamos na linha da frente. Provavelmente,estaremos em posição de apenas apanharum dos últimos navios, que nos permi-tam singrar com sucesso o caminho daI&D, na área das ciências e tecnologiasdo mar ao serviço de Portugal, já não numcontexto interno, e essas é a principalmudança, mas sim num panorama inter-nacional e especialmente europeu. Esperopois corresponder à confiança depositadaem mim pelo senhor Almirante Director-Geral e pelo senhor Director-Técnico paraexecutar esta tão nobre tarefa.

Tenho dito».O Hidromar deseja ao CFR Ventura

Soares os maiores sucessos nas suas novasfunções

OCFR Ramalho Marreiros, assume ocargo de ADT/para a área dos navios,

após dois anos a comandar o NRP D. Car-los I. Neste novo cargo, irá desempenharfunções que: « incluem a articulação entreo comando operacional e a autoridade téc-nica, passando pela ligação à comunidadeciêntífica nacional e a conversão do NRPAlm. Gago Coutinho. No seu discurso refe-

riu: «Sei que não é tarefa fácil e muito há a fazer com poucosmeios.»

«...As linhas de acção estão bem definidas e posso garantirque tenciono cumprir as funções atribuídas o melhor que sei eposso, num área que é fundamental para o Instituto Hidro-gráfico e para a Marinha.»

O Hidromar deseja ao CFR Ramalho Marreiros muitas feli-cidades nas suas novas funções.

científico dela decorrente vai servir debase a todo o processo de decisão sobrematérias do oceano. Em circunstância dedesastre ecológico, real ou eminente, ascapacidades de monitorização adquiremparticular relevância.»

«A gestão de dados, informação econhecimento do oceano, pressupõe a exe-cução de um conjunto alargado de tare-fas, cobrindo todas as fases da vida dosdados, desde a aquisição ao arquivo, pas-sando pelo controlo de qualidade, explo-ração, disseminação e catalogação. Desdeque os dados estejam integrados num sis-tema, é possível efectuar um acompa-nhamento do oceano.»

"Devem ser estimuladas as ligaçõesàs universidades e aos laboratórios de

estado, procurando parcerias capazes decriar sinergias internas que representemmais valias nos trabalhos produzidos.»

«Maximizar os recursos humanos eciêntificos através de programas de for-mação académica e valorização profis-sional, mantendo um núcleo de massacritica qualificada é essencial para queseja mantido o nível de qualidade tecno-lógica que as instituições ligadas às ciên-cias do mar exigem.»

«É necessário manter o equilíbrioentre os trabalhos em regime de presta-ção de serviços, as responsabilidades deâmbito civil e militar e as colaboraçõescom a comunidade científica, para que ocumprimento da missão nunca seja des-virtuado.»

No fim do seu discurso dirigiu-se prin-cipalmente aos oficiais e quadros civis dadivisão de oceanografia, deixando uma«saudação e uma palavra de estímulo àcontinuidade do desempenho dedicadoe competente que têm colocado ao ser-viço da oceanografia, contribuindo deforma destacada para o prestigio do Ins-tituto Hidrográfico e da Marinha.»

«Conte com a minha dedicação nosbons e maus momentos, para que amanutenção do desempenho da divisãode oceanografia continue a ser um orgu-lho para o Instituto Hidrográfico e paraa Marinha.»

O Hidromar deseja ao novo chefe dadivisão de Oceanografia muitas felicida-des.

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Hidromar n.º 91, Dezembro 2005 25

Director dos Serviços Administrativos e FinanceirosNo passado dia

19 de Dezem-bro, o CTEN ANPaulo Jorge NunesAmaral tomou possecomo Director dosServiços Administra-tivos e Financeirosdo Instituto Hidro-

gráfico, sucedendo ao CFR Vítor ManuelRodrigues Mavioso que, após um ano emeio no comando da Direcção, destacoupara o Instituto Superior de Altos Estu-dos Militares

A cerimónia teve lugar na Biblioteca,ao fim da manhã. No seu discurso, o CTENNunes Amaral começou por manifestar,ao Vice-almirante Viegas Filipe, Director-Geral do Instituto Hidrográfico, a con-fiança depositada pela sua nomeação.

Mencionou as principais linhas deacção que pretende pôr em prática:• Em 2006, a prioridade recairá no 5.º vec-

tor da formulação estratégica supe-riormente fixada: «A modernizaçãoadministrativa e a optimização da ges-tão.»

• «Considero que estão reunidas as con-dições para que a direc-ção financeira se vire parafora, para os seus clientesinternos, os diferentes sec-tores do IH."

• «Assim, investiremos nodesenvolvimento do con-trolo de gestão, procu-rando proporcionar aosgestores dos diferentesníveis (desde a direcçãodo IH até aos responsá-veis dos projectos, pas-

sando pelos directores e chefes de divi-são e serviço) as ferramentas mais ade-quadas à tomada de decisão. Procura-remos também facilitar as tarefas detodos os funcionários, simplificando pro-cessos de trabalho e reduzindo redun-dâncias.»

• «Concluiremos o Manual da Qualidadeda Direcção Financeira, incluindo osmanuais de procedimentos de cada ser-viço e arrancaremos com o Manual deAuditoria Interna. No futuro, procura-remos criar um gabinete de auditoria,eventualmente de forma articulada comoutras estruturas semelhantes a criarno IH, no âmbito do processo de acre-ditação e certificação em curso.»

• «O processo de registo e controlo patri-monial será concluído, completando oquadro normativo internos e operacio-nalizando o sistema de verificação físicados bens.»

• «Avalorização do pessoal será tambémum vector prioritário da minha actua-ção. O Plano de Desenvolvimento Pes-soal está em curso e o seu sucessodepende de cada um de nós, da nossapró-actividade.»

• «Paralelamente iremos apostar no pla-neamento. Vivemos num mundo derecursos escassos. É necessário planearas actividades e os recursos de formacorrecta, pois só assim seremos eficientese competitivos.»

• «Pretendemos ser exigentes connoscomas também com os outros. Para queo possamos ser, necessitamos de criaras condições adequadas. Neste sentido,a Direcção Financeira irá promover inter-namente a formação e acompanha-mento adequados.

No seu discurso, O CTEN Nunes Ama-ral proferiu algumas palavras dirigidasao pessoal da Direcção Financeira:

«Já todos me conhecem há bastantetempo. Sabem que podem contar comigo,sempre, de forma incondicional. Aminhadisponibilidade para vós será permanente.

Por outro lado, exijo dedicação, empe-nho e lealdade. Integram a carta de valo-res do IH – e relativamente a eles nãofaço concessões e, da minha parte, serãodevolvidos em dobro. Conto convoscopara levar a cabo a nossa missão, com aqualidade a que o IH a todos tem habi-

tuado, sendo sem dúvidauma referência, também, emtermos de gestão adminis-trativa e financeira. Vamostrabalhar procurando honraro passado e preparar o futuro.Podem contar comigo. Euconto com todos vós.»

O Hidromar felicita oCTEN Nunes Amaral,fazendo votos de êxito pro-fissional e pessoal.

Após 33 anos de serviço no InstitutoHidrográfico, 30 dos quais na Nave-

gação, vai aposentar-se a D. Maria HelenaGonçalves Fernandes.

Colaboradora de excepcionais quali-dades pessoais, a D. Lena tem constituídoao longo dos últimos anos, uma referên-cia na Divisão de Navegação, granjeandoa amizade e admiração de todos os quecom ela tiveram a sorte de privar.

Nascida em 6 de Setembro de 1941,iniciou a sua actividade profissional noInstituto de Assistência aos Tuberculososem 1968, tendo transitado para o IH em1972 onde esteve na DA até que em 24de Novembro de 1975 fez rumo à Divi-

são de Navegação para assumir o apoioadministrativo da mesma, tarefa à qualse entregou com grande dedicação e pro-fissionalismo.

Assim, é com muita saudade que avemos partir para outras navegações, dese-jando-lhe as maiores felicidades.

Obrigado Lena pela dedicação total einquestionável ao Instituto Hidrográficoe à Navegação.

O Hidromar deseja-lhe as maiores feli-cidades na sua nova navegação.

Aposentação D. Helena Fernandes

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Hidromar n.º 91, Dezembro 200526

Instituto Hidrográfico visita Universidade dos Açores

Uma delegação do Instituto Hidro-gráfico, presidida pelo Vice-almirante

Carlos Alberto Viegas Filipe, Director-Geral, acompanhado pelo CFR VenturaSoares, adjunto do Director Técnico paraa I&D, pelo Dr. João Vitorino, investiga-dor da divisão de Oceanografia, e pelaDr.ª Raquel Patrício Gomes, relaçõespúblicas, visitou os pólos da Horta e deAngra do Heroísmo da Universidade dosAçores.

A iniciativa, inserida no contexto dascomemorações do Dia do Mar 2005, visoua aproximação do Instituto Hidrográficoàquela Universidade, designadamenteao Departamento de Oceanografia e Pes-cas (DOP - Pólo da Horta) ao Departa-mento de Ciências Agrárias (Pólo de Angrado Heroísmo).

No dia 10 de Novembro, a delegaçãofoi recebida pelo Prof. Doutor Ricardo Ser-rão Santos, presidente do DOP. O Vice-almirante Director-Geral apresentou aperspectiva estratégica do Instituto Hidro-gráfico, seguido da apresentação das capa-cidades operacionais do NRP D. Carlos Ie das actividades técnico-científicas do Ins-tituto Hidrográfico, pelo CFR Ventura Soa-res e pelo Dr. Vitorino, respectivamente.No mesmo dia, o Prof. Doutor RicardoSerrão Santos e a responsável pela Secçãode Oceanografia Física, Prof. Doutora AnaMartins, apresentaram as actividadesdesenvolvidas por aquele Departamento.No final do dia, o DOP proporcionou umavisita ao navio de investigação «Arqui-pélago», atracado no porto da Horta.

No dia 11, em Angra do Heroísmo,a delegação visitou o Departamento deCiências Agrárias, pela mão dos Prof.Doutores Alfredo Silveira de Borba eEduardo Brito de Azevedo. Após a apre-sentação das perspectivas estratégicas etécnicas do Instituto Hidrográfico, osinvestigadores do Departamento apre-sentaram o projecto CLIMAAT, as acti-vidades do Laboratório de AmbienteMarinho e Tecnologia (LAMTec), assimcomo outros projectos em curso, de quese destacam a investigação na área da

oceanografia biológica e na área da agi-tação marítima.

B Ú S S O L AEventos nacionais e internacionais

Principais campos de investigação doDOP:• Ecologia Marinha e Biodiversidade • Oceanografia Física e Biológica • Biologia, Ecologia e Avaliação dos

Recursos Haliêuticos Pelágicos,Demersais e de Profundidade

SPWG/OHI reúne na Cidade do México

Realizou-se, entre 5 e 7 de Dezembro,na Dirección General Adjunta de

Oceanografía, Hidrografía y Meteorolo-

gía (DIGAOHM), Cidade do México, a7.ª Reunião do Strategic Planning WorkingGroup (SPWG) da Organização Hidro-gráfica Internacional, grupo que, no segui-mento da 3.ª Conferência HidrográficaInternacional, e com os termos de refe-rência aumentados, tem vindo a encerrar

a implementação das decisões daquelaConferência.

Na reunião, o Vice-almirante Direc-tor-Geral representou a Comissão Hidro-gráfica do Atlântico Oriental nesta quefoi a penúltima reunião do Strategic Plan-ning Working Group.

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Hidromar n.º 91, Dezembro 2005 27

No passado dia 16 deDezembro, a revista

Interface AdministraçãoPública, promoveu no Ins-tituto de Defesa Nacional,em Lisboa, as Jornadas da

Defesa.A sessão de abertura teve inicio às

nove e meia, feita pelo Dr. Luis Amado,Ministro da Defesa Nacional, subordinadoao tema «Novos desafios da Inovação».

O evento debateu-se na importânciada «Tecnologia e Inovação nas ForçasArmadas».

O CFR Carlos Ventura Soares(ADT/I&D) participou como orador neste

evento, apresentando as melhores práti-cas em termos de inovação e Desenvol-vimento no Instituto Hidrográfico, subor-dinado como tema "Pólo de Ciência eTecnologia no Mar" que teve inicio àscatorze e trinta, tendo dado especialênfase à investigação científica aplicadae ao desenvolvimento tecnológico. Forammencionados alguns projectos de refe-rência ilustrativos das capacidades exis-tentes.

Assistiram a este evento o CTEN Mes-quita Onofre (Chefe da divisão de Ocea-nografia), a ASSP Eng.ª Pilar da Silva(Chefe da Divisão de Química e Polui-ção) e o CTEN Freitas Artilheiro (Chefe

da Divisãode Hidro-grafia).

As Jor-nadas daDefesa des-tinaram-se aos principais decisores doMinistério da Defesa Nacional, do EstadoMaior General das Forças Armadas e dostrês ramos das Forças Armadas com res-ponsabilidades ao nível organizacional ede decisão estratégica e operacional.

Asessão de encerramento foi feita peloDr. Manuel Lobo Antunes, Secretário deEstado da Defesa Nacional e dos Assun-tos do Mar.

Instituto Hidrográfico participa nas Jornadas da Defesa

OInstituto Hidrográfico (IH) temdesenvolvido, desde a sua fundação

em 1960, actividades variadas na área dachamada Oceanografia. Este termo podeser tão abrangente que inclua estudos nasáreas da Física, Química, Biologia e Geo-logia do Oceano. No caso do InstitutoHidrográfico, a actividade relacionada coma hidrodinâmica está concentrada naDivisão de Oceanografia o que pressu-põe um maior enfoque na Física, mas comforte interligação às outras áreas da Ocea-nografia.

Dentro do enquadramento referido asmarés são uma das matérias em estudonesta Divisão. É operada uma rede de maré-grafos espalhados por diversos portos dopaís, que fornecem informação necessá-ria para que se produza anualmente aTabela de Marés – com base em previsõesde maré. Este produto não esquece os paí-ses africanos de língua oficial portuguesanem Macau. A informação de marés é lar-gamente difundida em órgãos de comu-

nicação social, tendoum evidente sentidode serviço público.

Com o objectivode garantir a contí-nua aquisição dedados de maré emCabo Verde poten-ciando a capacidadede produção daTabela de Maréspara o arquipélago,calculo do Nível

Médio e obtenção do Zero Hidrográfico,usado como referência para a redução dassondagens, efectuou-se um estudo de diag-nóstico para aferir com exactidão asnecessidades locais.

Do estudo efectuado na presença dasautoridades locais, inventariaram-se osproblemas mais prementes e estabelecera-se as metas a atingir.

Deste modo, e com o intuito de esta-belecer o Datum Altimétrico para CaboVerde, torna-se imprescindível activar trêsestações maregráficas principais locali-zadas respectivamente no porto da Praia,ilha de Santiago, porto do Mindelo nailha de S. Vicente e no porto da Palmeira,ilha do Sal.

As duas primeiras estações maregrá-ficas serão reactivadas conforme acordado.Aterceira localizada na ilha do Sal já existee é pertença da Universidade do Hawaiisendo operada a partir daí. Esta estaçãomaregráfica faz parte, também, da redeGlobal Levelling Observing Safety System(GLOSS).

O Instituto Marítimo Portuário de CaboVerde (IMPCV) encontra-se ainda dispo-nível para dar todo o apoio tido por con-veniente à activação das estações mare-gráficas do Fogo e da Boavista localizadasnos portos de Vale de Cavaleiros e Sal-Rei.

Por outro lado, da conjunção de esfor-ços relacionados com a obtenção de dadosde maré na posse das instituições inter-nacionais com responsabilidade nestaárea, prevê-se num futuro próximo cal-cular o Nível Médio para Cabo Verde eestabelecer o Datum Altimétrico para todoo arquipélago, contribuindo assim parareformular toda a rede geodésica bemcomo potenciar a publicação de mais doisportos no Volume II da Tabela de Maréspara os países africanos de língua oficialportuguesa.

Os dados de maré colhidos poderãovir a ser usados para a publicação de umaTabela de Marés para Cabo Verde e aindapara os fins que o IMPCV venha a ter porconvenientes.

OCEANOGRAFIAA Rede Maregráfica de Cabo Verde hoje

Marégrafo do Portoda Palmeira

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Hidromar n.º 91, Dezembro 200528

Nos dias 14 e 15 de Dezembro de 2005,realizaram-se na Divisão de Nave-

gação duas sessões de esclarecimento comos representantes dos dois principaisrevendedores de Documentos NáuticosOficiais produzidos pelo Instituto Hidro-gráfico, designadamente a J. Garraio,Lda. e a Azimute, Lda., com o objectivoprincipal, no que à Divisão concerne, dedar a conhecer o funcionamento internodas diversas secções encarregues da pro-dução e actualização de Publicações Náu-ticas Oficiais, nomeadamente os métodose técnicas envolvidas na sua produção eactualização, bem assim como os meiosmateriais e os recursos humanos envol-vidos.

Estas jornadas permitiram adicional-mente a partilha de experiências relati-vas aos problemas e questões mais colo-

cadas pelos consumidores finais deste tipode produtos, tendo sido sugeridas algu-mas estratégias para a sua mais correctaabordagem e resolução, bem assim comoa sua mais eficaz divulgação junto dacomunidade náutica.

O facto de ambas as firmas se teremfeito representar ao mais alto nível, atra-vés dos seus sócios gerentes, releva bemdo interesse e pertinência destas acçõesde divulgação no seu ponto de vista, tendono final ambos manifestado a sua satis-fação pelo acolhimento e qualidade dasdiversas acções ministradas, fazendovotos de que estas se possam repetir amédio prazo, de modo a assegurar empermanência a adequação entre as expec-tativas e necessidades dos consumidoresfinais e as capacidades e possibilidadesdos produtores da informação, de modo

a maximizar o impacto einserção destes Documen-tos Náuticos junto da comu-nidade náutica, visandoem última análise a manu-tenção da segurança paratodos os utilizadores domar.

Na Divisão de Nave-gação as Palestras minis-tradas tiveram como tópi-

cos as Publicações Náuticas Oficiais, OSistema de Avisos aos Navegantes - Gru-pos Quinzenais e Grupo Anual, A Listade Luzes Bóias Balizas e Sinais de Nevoeiroe finalmente as técnicas de actualizaçãode Documentos Náuticos Oficiais, comexemplos práticos.

Nesses mesmos dias, foram ainda rece-bidos na Divisão de Hidrografia, 6 reven-dedores de cartas e publicações do Insti-tuto Hidrográfico.

Esta visita teve o intuito de mostrar,de uma maneira geral, o processo de pro-dução de cartas náuticas praticado na divi-são e o estado da arte no que diz respeitoà utilização dos sistemas de informaçãogeográfica.

A apresentação incidiu fundamental-mente nos novos processos de constru-ção, impressão, actualização e forneci-mento das cartas náuticas oficiais, ondeo processo de Print-on-Demand foi pre-ponderante.

Tendo contribuído para um maiorconhecimento, entre as partes, das neces-sidades/problemas inerentes ao forneci-mento/comercialização de cartas náuti-cas, considera-se que esta visita contribuiupara uma maior proximidade e intera-juda entre o IH e os seus revendedoresoficiais.»

Acção de Formação junto dos revendedores

BEM-VINDOA B O R D O

No dia 21 de Outubro de 2005, sua Ex.ª o Ministro da Defesa edos Assuntos Parlamentares da República de Cabo Verde, Dr

Cipriano Maurício, visitou o Instituto Hidrográfico. Durante a visita,foi realizada uma apresentação sobre os projectos e actividades queo Instituto Hidrográfico desenvolveu ou está a desenvolver em CaboVerde, particularmente os relacionados com a cooperação de âmbitomarítimo civil. Foi ainda realizada uma demonstração da utilizaçãode sistemas de informação geográfica para integração, visualizaçãoe exploração de dados geográficos de Cabo Verde e realizada umavisita à Divisão de Hidrografia. No final da visita, sua Ex.ª o Minis-tro Cipriano Mau-rício mostrou oseu apreço pelarecepção e infor-mações que lheforam prestadasassinando o Livrode Honra do Ins-tituto Hidrográ-fico.

Ministro da Defesa e dos Assuntos Parlamentares de Cabo Verde visita o Instituto Hidrográfico

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Hidromar n.º 91, Dezembro 2005 29

No passado dia 5 deDezembro teve

lugar, no Clube MilitarNaval, em Lisboa, uma

reunião de trabalho do projecto europeuHERMES. A reunião teve por objectivocentral a coordenação das actividades doprojecto que irão ser realizadas durante2006, na área do Golfo de Cadiz.

Esta reunião foi organizada pelo Ins-tituto Hidrográfico, instituição que tema seu cargo a coordenação regional daárea Portugal-Golfo de Cadiz, no âmbito

do projecto HERMES. Nela participaramcerca de 20 cientistas de diversas insti-tuições parceiras do projecto, entre as quaiso NOC, IFM-GEOMAR, Universidade deGhent, IFREMER, Universidade de Aveiro,NIOZ, CNRS-LSCE, Universidade deWales, IH.

O dia de trabalho foi iniciado comum conjunto de apresentações que resu-miram o estado do conhecimento cien-tífico sobre a região do Golfo de Cádiz.Seguiram-se as apresentações detalha-das dos cruzeiros de investigação (4) que

serão realizados nesta área geográfica,em 2006, no âmbito do projecto e quefocam os aspectos biológicos, geológi-cos, físicos e químicos das regiões pro-fundas do Golfo de Cadiz. Os trabalhosforam finalizados com uma discussãoalargada sobre a coordenação destas acti-vidades, o potencial interesse na parti-cipação de outros parceiros do projecto,e a harmonização das metodologias deobservação utilizadas visando a inter-comparação com outras regiões cober-tas pelo projecto HERMES.

Reunião do projecto HERMES dedicada ao Golfo de Cadiz

Visita da Delegação Tunisina

No passado dia 14 de Dezembro, dois elementos daDelegação Tunisina visitaram o Instituto Hidro-

gráfico. Acompanhados pelo 2TEN Torga Dionísio, visi-taram as divisões de Hidrografia, Navegação e Ocea-nografia, com o objectivo de dar a conhecer as actividadesde cada uma delas.

Curso Complementar de Oficiais

Seis alunos do Curso de Formação complementar deOficiais e do Curso de Formação Militar de Oficiais

«ST-ESP», acompanhados pelo Director do Curso, visi-taram no passado dia 19 de Dezembro o Instituto Hidro-gráfico. A visita teve início no Auditório, com a pro-jecção de um Videograma do Instituto Hidrográfico. Osalunos visitaram as Divisões de Navegação, Oceano-grafia, Hidrografia e Centro de Dados.

No dia 24 de Novembro, os seis alunos do curso deAdministração Naval da Escola Naval, acompanha-

dos pelo oficial docente, CTEN AN Carvalho Silva, visita-ram o Instituto Hidrográfico no dia 24 de Novembro pelooficial acompanhante 2 TEN AN Soares Mercier, e teve comoobjectivo contribuir para a formação complementar na áreada gestão orçamental e contabilidade analítica. A visita teveinício no Auditório do Instituto Hidrográfico, onde foi pro-jectado o videograma da Unidade e se fizeram as apresen-tações do Instituto Hidrográfico e da Direcção Financeira.No decorrer da visita, os alunos tiveram ainda oportuni-dade de ficar a conher a Direcção Financeira.

Visita de Aspirantes de Administração Naval da EN

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Hidromar n.º 91, Dezembro 200530

No dia 5 de Dezembro de 2005 foi efectuada umavisita ao Instituto Hidrográfico (IH), pelos alu-

nos finalistas do curso de Engenharia Geográfica daFaculdade de Ciências da Universidade do Porto, noâmbito da disciplina de Hidrografia.

Avisita ao IH foi orientada pela Divisão de Hidro-grafia com uma apresentação sobre levantamentoshidrográficos e sobre a produção cartográfica, seguidade uma visita às secções da Divisão. Os alunos tive-ram ainda oportunidade de passar pela Divisão deNavegação onde foram elucidados sobre os produ-tos e serviços do IH assegurados naquela divisão,nomeadamente as Publicações Náuticas Oficias, osAvisos aos Navegantes e a descrição da Rede DGPSNacional.

No passado dia 6 de Outubro, oProfessor Doutor Luís Maga-lhães, Presidente da UMIC,

Agência para a Sociedade do Conheci-mento, visitou o Instituto Hidrográfico.

Durante a manhã, o Prof. Dr. Luís Maga-lhães visitou as divisões de Hidrografia, Oceanografiae Navegação, onde conheceu as capacidades técnicase científicas de cada uma delas.

No final da manhã cerca de 50 funcionários, assis-

tiram à palestra no auditório do Instituto Hidrográficosubordinado ao tema «Uma visão do Instituto Hidro-gráfico».

Professor Doutor Luís Magalhães deu a sua «Visão do IH»

Faculdade de Ciências da Universidade do Porto

BEM-VINDOA BORDO

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Hidromar n.º 91, Dezembro 2005 31

Actividades das divisões e navios hidrográficosQUÍMICA E POLUIÇÃO No dia 24 de Novem-bro foi realizada uma campanha de monitori-zação deste projecto com recolha de amostrasde água em três estações do estuário e na valade drenagem, na zona envolvente à Central deTratamento de Resíduos Sólidos Urbanos, emS. João da Talha. As amostras foram colhidasà superfície e no fundo e em situação de preia-mar e de baixa-mar no âmbito do projecto daValorsul.Durante a semana de 25 de Novembro a 22de Dezembro foram recolhidas amostras de água,em seis piezómetros localizados nas imedia-ções da Central de Tratamento de Resíduos Sóli-dos Urbanos, em S. João da Talha. Dois pie-zómetros atingem os 25 metros de profundidadee os restantes apenas 15 metros.No dia 28 de Novembro foi realizada a reco-lha de amostras de sedimento em profundidade,em 5 estações na Doca de Marinha. A carac-terização do material a dragar foi efectuadade acordo com o DL n.º141 de 21 de Junhode 1995, permitindo classificar o material emclasses de acordo com os teores encontradosem metais pesados e compostos orgânicos, deforma a orientar o destino a dar ao materialapós dragagem.No dia 13 de Janeiro, a Eng. Pilar Pestana par-ticipou nas Jornadas de Economia do Mar (AORN)com «Monitorização Ambiental das águas cos-teiras.

CENTRO DE DADOS O Cte. Bessa Pachecoparticipou no seminário «Geospatial Data andPlanning Infrastructure»,que teve lugar de 8 a9 Novembro em Rostock, Alemanha.O Dr Fernando Gomes participou numa acçãode formação do editor de metadados MIG, quedecorreu no Intituto Geográfico Português, em7 e 8 de Novembro.O CTe Bessa Pacheco participou nas reuniõessemanais da Comissão do Domínio Público Marí-timo.O Cte. Bessa Pacheco participou na apresen-tação do estudo «Geo-Competitivo», em 12 deJaneiro de 2006, na Sociedade de Geografiade Lisboa.

BRIGADA HIDROGRÁFICA No período de26 de Setembro a 13 de Novembro foram efec-tuados levantamentos topo hidrográficos dosPortos de Porto Moniz, Machico, Caniçal, Fun-chal, Câmara de Lobos e das áreas costeirasentre a Ponta Queimada e a Ponta das Gai-votas e entre o Cabo Girão e a Ponta do Gara-jau, na Ilha da Madeira.Foi efectuado um Levantamento hidrográfico naGolada do Bugio entre 25 de Outubro e 17de Dezembro.No período de 8 a 30 de Novembro foram efec-tuados levantamentos topo hidrográficos dos Por-tos de Lagos e Alvor. Entre 21 de Novembro e5 de Janeiro foram efectuados levantamentostopo hidrográficos do Portos de Faro e Olhão.Durante a semana de 5 a 9 de Dezembro foramefectuados levantamento topo hidrográfico docanal de acesso e das bacias de manobra eestacionamento do terminal de sólidos do Bar-reiro. Nos dias 28 e 29 de Novembro foi efectuadolevantamento hidrográfico da área circundanteao Palácio Seixas em Cascais. No dia 2 de Dezembro foi efectuado levanta-mento topográfico da área de implantação dofuturo edifício do Clube de Praças da Armada,em Vale Fetal.

OCEANOGRAFIA Nos dias 15, 16 e 17 deNovembro de 2005, uma comitiva chefiadapelo Cte. Mesquita Onofre deslocou-se a Aveirono âmbito das comemorações do dia do marpara efectuar uma demonstração de operaçãoCTD a bordo do NRP Auriga.No dia 22 de Novembro de 2005, realizou-se a bordo do NRP Auriga, mais uma campa-nha de monitorização ambiental do emissáriosubmarino da Guia, projecto SANEST.No dia 23 de Novembro realizaram-se traba-lhos no âmbito do projecto HERMES.No dia 05 de Dezembro de 2005 decorreu noClube Militar Naval uma reunião do projectoeuropeu HERMES tendo por objectivo coorde-nar as actividades deste projecto a decorrerem 2006 no golfo de Cádiz.Nesta reunião participaram 24 elementos dosquais 11 estrangeiros. A reunião foi organi-zada pelo IH no quadro da coordenação regio-nal do projecto.No dia 20 de Dezembro de 2005 efectuou-sea substituição da bóia ODAS de Leixões.No período compreendido de 04 a 15 de Janeirode 2006 fizeram-se trabalhos de recuperaçãode amarrações correntométricas a bordo doNRP Auriga no âmbito do projecto HERMES.No dia 06 de Janeiro efectuou-se a manuten-ção da bóia ODAS de Sines.No dia 10 de Janeiro de 2006 decorreu abordo do NRP Auriga mais uma missão demonitorização ambiental do emissário subma-rino da Guia, no âmbito do projecto SANEST.No dia 10 de Janeiro efectuou-se a manuten-ção da estação meteorológica de Sines.

NAVEGAÇÃO No período de 28 Novem-bro a 2 de Dezembro, o Cte. Rafael da Silvaacompanhou a 3.ª Semana de Mar do OST doNRP Vasco da Gama em Plymouth, UK.No dia 3 de Janeiro.o Cte. Rafael da Silva efec-tou a compensação da agulha magnética doNRP Centauro no rio Tejo.

GEOLOGIA MARINHA No período de 6 a9 de Novembro deslocou-se a Cabo Verde umrepresentante da divisão, no âmbito da Activi-dade 2 dos «Termos de Referência para a ela-boração do Estudo de Diagnóstico do SectorMarítimo de Cabo Verde».Nos dias 14 e 18 de Novembro realizaram-seTreino/testes do sistema ROV na BNL.Participaa equipa de levantamentos geofísicos reforçadacom elementos do SE.A Dra. Alexandra Morgado participou no works-hop do projecto europeu ECO-IMAGINE, quedecorreu em Nice, nos dia 21 a 25 de Novem-bro.Na semana de 21 a 27 de Novembro teve iní-cio a missão Q-Routes em Leixões, que foi rea-lizado a bordo do NRP Auriga. Nesta missãofoi efectuado o levantamento das estruturas dofundo com o Sonar de Pesquisa Lateral. Parti-cipou a equipa dos levantamentos geofísicosda GM, reforçada com um elemento do SE. Durante a semana de 21 a 27 de Novembrorealizou-seTreino/Teste do sistema ROV, na pla-taforma interna adjacente a Leixões. Esta ope-ração será efectuada no final das Q-Routes,pela mesma equipa embarcada

HIDROGRAFIA Vectorização das CNO 267- Ilha de Santiago (Cabo Verde), 43101 - Arqui-pélago dos Açores (Grupo Ocidental), 36402- Câmara de Lobos à Ponta de S. Lourenço e46406 - Ilha de S. Miguel;

Compilação e construção das CNO 26304 -Porto de Lisboa (de Paço de Arcos ao Terreirodo Trigo), 26305 - Porto de Lisboa (de Alcân-tara ao Terreiro do Trigo), 26310 - Barra ePorto de Portimão, 26312 - Barra e Porto deVila Real de Sto. António e 26402 - Aproxi-mações a Leixões e à Barra do Rio Douro;Introdução de correcções dos Avisos aos Nave-gantes na base de dados e CNO;Produção das CENO PT200201 - Arquipélagode Cabo Verde, PT324204 - Cabo da Roca aoCabo de Sines, PT324205 - Cabo de Sines àPraia da Arrifana, PT426407 - Sesimbra,PT436401 - Ilha de Porto Santo, PT446401 -Arquipélago dos Açores (Ilha das Flores e Ilhado Corvo), PT526303 - Baía de Cascais e Bar-ras do Rio Tejo (Porto de Lisboa), PT526304 -Porto de Lisboa (de Paço de Arcos ao Terreirodo Trigo), PT526308 - Barra e Porto de Setú-bal e PT528513 - Porto de Sesimbra;Preparação de dados para carregar no Hydro-graphic Product Database (HPD); Elaboraçãode updates às CENO;Vectorização do legado de dados hidrográfi-cos para posterior carregamento do HydrographicData Warehouse (HDW);Processamento de dados para produção car-tográfica no HPD;Actualização da base de dados e aplicaçõesdo sistema HPD.

Agrupamento de Navios

NRP D. CARLOS I No periodo de 23 deAgosto a 15 de Novembro efectuou levanta-mentos hidrográficos na plataforma continentaldo Continente e da Madeira. Efectuou escalano porto do Funchal entre 25 e 29 Outubro.No período compreendido entre 16 e 20 deDezembro efectuou provas de mar ao sistemade comunicações e continuou os levantamen-tos topográficos à plataforma continental.

NRP ALM. GAGO COUTINHO No Arse-nal do Alfeite, em trabalhos de adaptação anavio hidrográfico.

NRP AURIGA Nos dias 15 e 16 de Novem-bro participou nas comemorações do dia inter-nacional do mar, em Aveiro. No dia 22 de Novembro efectuou colheita deamostras de água na área do emissário daGuia, em Cascais.Durante a semana de 23 e 30 de Novembroefectuou levantamento de amarrações corren-tométricas na área do canhão da Nazaré eprestou apoio na tentativa de recuperação deuma amarra, no rio Tejo.Nos dias 3 e 6 de Janeiro efectuou fundea-mento três amarrações correntométricas na áreado canhão da Nazaré.Nos dias 9 e 12 de Janeiro efectuou perfis CTDe colheita de amostras de água na área doemissário da Guia, em Cascais.

NRP ANDRÓMEDA Durante a semana de7 a 13 de Dezembro efectuou trabalhos noporto de Lisboa para definição de Q-routes.Nos dias 9 e 19 Janeiro efectuou trabalhos noporto de Leixões para definição de Q-routes. No dia 18 de Janeiro efectuou gravação dedados GPS geodésico para calibração de saté-lites altimétricos.

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Hidromar n.º 91, Dezembro 200532

Sua Excelência o Ministro da DefesaNacional, Dr. Luís Amado, visi-tou o Instituto Hidrográfico no

passado dia 10 de Janeiro.Recebido pelo Almirante Melo

Gomes, Chefe do Estado-Maior daArmada, e pelo Vice-Almirante CarlosViegas Filipe, Director-Geral do Insti-tuto Hidrográfico, pode o Ministro daDefesa Nacional assistir a uma apre-sentação, no auditório, sobre as pers-pectivas estratégicas e operacionais doInstituto Hidrográfico.

A comitiva passou posteriormentepelos pólos museológicos, num percursoque confluiu na Direcção Técnica doInstituto Hidrográfico. A visita a estaDirecção iniciou-se com uma apresen-tação das actividades técnico-científi-cas e dos principais projectos de Inves-tigação e Desenvolvimento do Instituto,pelas chefias das divisões de Hidro-

grafia, Oceanografia, Navegação, Quí-mica e Poluição do Meio Marinho, Geo-logia Marinha e do Centro de DadosTécnico-Científicos.

Seguiu-se a visita à Hidrografia, ondeo Ministro da Defesa Nacional teve opor-tunidade de conhecer as mais recentestecnologias de estudo e cartografia daságuas de interesse nacional, bem comoos respectivos produtos. Da passagempela divisão de Navegação destacaram-se as mais recentes publicações náuti-cas oficiais, designadamente os Rotei-ros da Costa de Portugal.

Na divisão de Oceanografia foramapresentados as actividades em cursoreferentes ao sistema de modelaçãoMOCASSIM e ao projecto HERMES,bem como as perspectivas de criaçãode um laboratório vivo para o estudodo mar na região da Nazaré.

Depois do almoço, o Ministro da

Defesa Nacional, Dr. Luís Amado, assi-nou o Livro de Honra do Instituto Hidro-gráfico, onde agraciou o Instituto e osfuncionários com palavras de estímuloe consideração.

Visita de Sua Excelênciao Ministro da Defesa Nacional ao IH

O Dr. Luís Amado assinando o Livro de Honra