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ISSN 1808-7981 Arquivos de Pediatria Archives of Pediatrics Arquivos de Pediatria Archives of Pediatrics v. 19, Suplemento 1 p. S1-S250, out., 2006 Volume 19, suplemento 1, outubro, 2006 Inserir imagem A-PDF MERGER DEMO

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  • ISSN 1808-7981

    Arquivos de PediatriaArchives of Pediatrics

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    Volume 19, suplemento 1, outubro, 2006

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  • Arquivos de PediatriaArchives of pediatrics

    Volume 19, suplemento 1, outubro, 2006

    ISSN 1908-7981

    Anais do XXXIII Congresso Brasileiro de Pediatria,

    Recife, Pernambuco, 6 a 11 de outubro de 2006.

    Tema: Pediatria: Ciência e Arte.

    3

    Giselia Alves Pontes da Silva

    APRESENTAÇÃO

    S5 Adolescência

    S21 Aleitamento Materno

    S31 Alergia e Imunologia

    S43 Bioética

    S45 Cardiologia Pediátrica

    S49 Crescimento e Desenvolvimento

    S57 Cuidados Hospitalares

    S59 Cuidados Primários

    S65 Dermatologia

    S69 Endocrinologia

    S77 Ensino em Pediatria

    S81 Gastroenterologia

    S87 Genética Clínica

    S93 Infectologia

    S119 Nefrologia

    S123 Neonatologia

    S145 Neorologia

    S153 Nutrição

    S165 Onco Hematologia

    S173 Otorrinolaringologia

    S177 Outros

    S189 Pediatria Ambulatorial

    S195 Pediatria Comunitária 1

    S201 Pediatria Social

    S205 Perinatologia

    S209 Pneumologia

    S215 Reumatologia

    S225 Saúde Escolar

    S227 Saúde Mental

    S229 Segurança na Infância e na Adolescência

    S233 Suporte Nutricional

    S235 Terapia Intensiva

    S239 INSTRUÇÕES AS AUTORES |

    INSTRUCTIONS TO AUTHORS

    Arq. Pediatr., Recife, 19 (supl.1): S1 - S250, outubro, 2006

  • Arquivos de Pediatria

    Archives of Pediatrics

    Editores

    Conselho Editorial

    Consultor Editorial e Executivo

    Diagramação

    Editors

    Editorial Board

    Executive and Advisory Editor

    Diagramming

    Matilde Campos Carrera

    Valéria Maria Bezerra Silva

    Amélia Goreti Reis, São Paulo

    Ana Falbo, Recife

    Ana Maria Aguiar dos Santos, Recife

    Dirceu Sole, São Paulo

    Emanuel Sávio Cavalcanti Sarinho, Recife

    Henrique Ferreira Dantas, Recife

    João de Melo Regis Filho, Recife

    Kátia Cristina Guimarães C. da Silva, Recife

    Maria Clezilte Brasileiro, Recife

    Murilo Carlos Amorim de Britto, Recife

    Ricardo Queiroz Gurgel, Aracaju

    Silvia Wanick Sarinho, Recife

    Suely Arruda Vida, Recife

    Nadja Maria Mattos Rezende

    Moisés Falcão

    José Clemax Sant'Anna, Rio de Janeiro

    A Revista Pediátrica de Pernambuco, a partir do volume 17

    número 1, mudou o título para Arquivos de Pediatria

    Arquivos de Pediatria é uma publicação semestral editada pela

    Sociedade de Pediatria de Pernambuco

    Arquivos de Pediatria

    Sociedade de Pediatria de Pernambuco

    Rua Francisco Alves, 590, Sala 203

    Edifício Negocial Center

    Ilha do Leite. Recife, PE

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    Impresso em papel alcalino

    © 2006 Sociedade de Pediatria de Pernambuco

    The Journal of Pediatrics of Pernambuco from volume 17

    number 1, changed the heading pair Archives of Pediatrics

    Archives of Pediatrics are semestraly peer reviewed journal

    published by the Pediatrics Society of Pernambuco

    Printed on acid free paper

    Correspondência

    Mail

  • ARQUIVOS DE PEDIATRIA

    ARCHIVES OF PEDIATRICS

    Volume 19 suplemento 1outubro

    ISSN 1808-7981

    Os pescadores

    J. Borges

    Xilogravura

    Bezerros, Pernambuco, 2003

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  • Arq. Pediatr., Recife, 19 (Supl.1), out., 2006. S1

    SUMÁRIO | CONTENS

    ARQUIVOS DE PEDIATRIA

    ARCHIVES OF PEDIATRICS

    S165 Onco Hematologia 165 a 172

    S173 Otorrinolaringologia 173 a 176

    S177 Outros 177 a 187

    S189 Pediatria Ambulatorial 189 a 194

    S195 Pediatria Comunitária 195 a 199

    S201 Pediatria Social 201 a 204

    S205 Perinatologia 205 a 208

    S209 Pneumologia 209 a 214

    S215 Reumatologia 215 a 223

    S225 Saúde Escolar 225 a 226

    S227 Saúde Mental 227 a 228

    S229 Segurança na Infância e na Adolescência 229 a

    S232

    S233 Suporte Nutricional 233 a 234

    S235 Terapia Intensiva 235 a 238

    S239 INSTRUÇÕES AOS AUTORES |

    INSTRUCTIONS TO AUTHORS

    Anais do XXXIII Congresso Brasileiro de Pediatria,

    Recife, Pernambuco, 6 a 11 de outubro de 2006.

    Tema: Pediatria: Ciência e Arte.

    APRESENTAÇÃO

    Giselia Alves Pontes da Silva

    S5 Adolescência

    S21 Aleitamento Materno

    S31 Alergia e Imunologia

    S43 Bioética

    S45 Cardiologia Pediátrica

    S49 Crescimento e Desenvolvimento

    S57 Cuidados Hospitalares 57 a 58

    S59 Cuidados Primários - 59 a 63

    S65 Dermatologia - 65 a 67

    S69 Endocrinologia 69 a 75

    S77 Ensino em Pediatria 77 a 79

    S81 Gastroenterologia 81 a 85

    S87 Genética Clínica 87 a 91

    S93 Infectologia 93 a 118

    S119 Nefrologia 119 a 122

    S123 Neonatologia 123 a 143

    S145 Neorologia 145 a 152

    S153 Nutrição 153 a 163

    Volume 19 suplemento 1

    outubro de 2006

    ISSN 1808-7981

  • Arq. Pediatr., Recife, 19 (Supl.1), out., 2006. S1

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    S165 Onco Hematologia 165 a 172

    S173 Otorrinolaringologia 173 a 176

    S177 Outros 177 a 187

    S189 Pediatria Ambulatorial 189 a 194

    S195 Pediatria Comunitária 195 a 199

    S201 Pediatria Social 201 a 204

    S205 Perinatologia 205 a 208

    S209 Pneumologia 209 a 214

    S215 Reumatologia 215 a 223

    S225 Saúde Escolar 225 a 226

    S227 Saúde Mental 227 a 228

    S229 Segurança na Infância e na Adolescência 229 a

    S232

    S233 Suporte Nutricional 233 a 234

    S235 Terapia Intensiva 235 a 238

    S239 INSTRUÇÕES AOS AUTORES |

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    Anais do XXXIII Congresso Brasileiro de Pediatria,

    Recife, Pernambuco, 6 a 11 de outubro de 2006.

    Tema: Pediatria: Ciência e Arte.

    APRESENTAÇÃO

    Giselia Alves Pontes da Silva

    S5 Adolescência

    S21 Aleitamento Materno

    S31 Alergia e Imunologia

    S43 Bioética

    S45 Cardiologia Pediátrica

    S49 Crescimento e Desenvolvimento

    S57 Cuidados Hospitalares 57 a 58

    S59 Cuidados Primários - 59 a 63

    S65 Dermatologia - 65 a 67

    S69 Endocrinologia 69 a 75

    S77 Ensino em Pediatria 77 a 79

    S81 Gastroenterologia 81 a 85

    S87 Genética Clínica 87 a 91

    S93 Infectologia 93 a 118

    S119 Nefrologia 119 a 122

    S123 Neonatologia 123 a 143

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    S153 Nutrição 153 a 163

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    ISSN 1808-7981

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  • Arq. Pediatr., Recife, 19 (Supl.1), out., 2006. S5

    Arquivos de Pediatria

    AdolescênciaAdolescência

  • Conclusões: Os dados obtidos sugerem que adolescentesgestantes podem apresentar dificuldades sexuais e de mobili-dade perineal, devendo ser investigadas e tratadas precoce-mente, visando ao parto e à profilaxia de disfunções pélvicasfuturas.

    Código Trabalho:370Título: ANÁLISE DA PRESSÃO ARTERIAL DE ADOLESCENTESATENDIDOS NO SERVIÇO DE HEBEATRIA DO HOSPITAL OTÁVIODE FREITASAutores: ANA CAROLINA ARAÚJO OLIVEIRA;ANA CRISTINACERQUINHO CAJUEIRO;IVANIL DE ARAÚJO SOBREIRA;IVANISEHELENA BEZERRA TORRES;MARIA CLEZILTEBRASILEIRO;ADRIANO JOSÉ LIMA DIAS NOGUEIRAInstituição: Universidade Federal de Pernambuco - UFPECidade/UF: JABOATÃO DOS GUARARA/PEResumo:

    Introdução: Cada vez mais a hipertensão arterial tem sidoobservada na população pediátrica, por isso se faz necessárioque o profissional de saúde esteja em alerta para esta doença.Objetivos: Avaliar a pressão arterial sistêmica de adolescentesatravés do percentil de pressão arterial e relacionar osantecedentes familiares dos que se encontrarem com a pressãoarterial além da normalidade. Métodos: Foi realizado estudode 202 prontuários (63,37% sexo feminino e 36,63% sexomasculino) de adolescentes de dez a vinte anos atendidos emprimeira consulta no serviço de hebeatria de um hospital doSistema Único de Saúde, durante os anos de 2001 e 2002.Foram utilizados como variáveis o sexo, a idade, o percentil dealtura, a pressão arterial, e os antecedentes familiares. Apressão arterial foi aferida em apenas uma tomada com apare-lhagem adequada, durante a consulta, mas após tranqüilizar osadolescentes. Os adolescentes foram enquadrados no percentilde pressão arterial, e classificados de acordo com as IVDiretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial (2002), a qualpreconiza: valores abaixo do percentil 90 como normotensão;entre os percentis 90 e 95, como limítrofe; e iguais ou superio-res ao percentil 95, como hipertensão arterial. Os dados foramtabulados e analisados no Epi-info 6.04d, calculando-se asfreqüências e as médias com os desvios padrões. Resultados:Dos 202 adolescentes, 74 eram do sexo masculino, com médiade idade de 13,89 (DP=±1,76). Dentre os adolescentes do sexomasculino: 79,73% estavam normotensos; 14,86% com apressão limítrofe; e 5,41% com hipertensão arterial. Dos 15 queapresentaram pressão fora do normal: 53,33% referiram terantecedente familiar de doenças cardiovasculares (DCV);33,33% de DCV e obesidade; e 13,34% negaram terantecedente de DCV e/ou obesidade. Os adolescentes do sexofeminino somavam um total de 128, sendo a média de idade de13,73 (DP=±1,83). Dentre estas: 78% estavam normotensas;14,06% com pressão limítrofe; e 10,16% com hipertensão. Das31 adolescentes que estavam com a pressão acima do percentil90: 32,26% afirmaram ter antecedente familiar de DCV;35,48% de DCV e obesidade; 6,45% de obesidade; e 25,81%negaram ter antecedente de DCV e/ou obesidade. Conclusões:Foi encontrado em ambos os sexos uma parcela de adolescentesque não estavam normotensos (46/202), constituindo um grupode risco. E ao se relacionar os antecedentes familiares doslimítrofes e dos hipertensos, nota-se que a maioria tinhaantecedentes de DCV (34/46).

    Código Trabalho:296Título: ANÁLISE DO CONSUMO DE CAFEÍNA PORADOLESCENTES DO ENSINO MÉDIO DE DUAS ESCOLAS DACIDADE DE MOGI DAS CRUZESAutores: KELENCRISTINA THOMAZ ROMERO;ELOÁGANDRA;EVANDRO CALAMARI RUBIO;TATIANE OLIVEIRASOARES;MARIA SYLVIA SOUZA VITALLEInstituição: Universisade de Mogi das CruzesCidade/UF: MOGI DAS CRUZES/SPResumosIntrodução: cafeína é a droga estimulante mais consumidapela população e está presente em vários alimentos. Deve-seestar atento para a quantidade de cafeína consumida, pois estapode ser benéfica ou maléfica para a saúde.Objetivos: analisaro consumo diário de produtos contendo cafeína por adoles-centes de duas escolas da cidade de Mogi das Cruzes/SP.Métodos: Levantamento obtido em 235 adolescentes matricu-

    Arq. Pediatr., Recife, 19 (Supl.1), out., 2006.S6

    Adolescência

    Conclusões:310Título: A EXPERIÊNCIA DE TER UM FILHO COM DEFICIÊNCIAMENTAL: ANÁLISE DAS NARRATIVAS DE MÃESAutores: OLGA MARIA BASTOS;SUELY FERREIRA DESLANDESInstituição: Instituto Fernandes Figueira/ FIOCRUZCidade/UF: RIO DE JANEIRO/RJResumo:

    Introdução: Ao saber que o filho tem um problema de saúdeque irá demandar cuidados constantes e diferenciados, como éo caso das crianças com deficiência mental, as famílias sãolevadas a se reorganizar a fim de atender às necessidades dessefilho. Objetivos: Esse trabalho buscou identificar nas narra-tivas de mães de adolescentes com deficiência mental ossentidos atribuídos por elas diante desta situação e osobstáculos que tiveram que enfrentar, para alcançar o queconsideravam o melhor tratamento para os filhos. Métodos:Utilizou-se a análise de narrativas de mães que têm filhos comdeficiência mental, baseando-se em referências daantropologia, destacando-se as contribuições de Thomnpson(1972)e Byron-Good (1996). Partindo de uma leituraantropológica, narrativa é um meio fundamental de dar signifi-cado à experiência humana, servindo a narração como medi-adora da intimidade das pessoas e a cultura (Garro e Mattingly,2000). Resultados: As narrativas revelaram o impacto do diag-nóstico e a busca de artifícios das mães para aliviar a dor, assimcomo as mudanças necessárias no seu cotidiano para adequar-se aos cuidados com o filho. Elas também narraram a dificul-dade em encontrar um atendimento que consideravamadequado aos filhos, tanto na rede pública quanto na deeducação, tornando evidente a ineficiência dos serviços aoatendimento destas crianças e às suas famílias. Para essas mães,a rede social de apoio foi muito importante para minimizaressas questões. Conclusões: O conhecimento dessas narrativaspode dar ao profissional que atende a essas famílias subsídiospara que a atenção se dê modo mais adequado, tornando-o maisatento às suas necessidades, contribuindo para a qualidade devida das pessoas com deficiência mental e de seus familiares.

    Código Trabalho:1300Título: ADOLESCENTES GRÁVIDAS: AVALIAÇÃO DA FUNÇÃOMUSCULAR DO ASSOALHO PÉLVICO E FUNÇÃO SEXUALAutores: MARA ETIENNE;MÁRCIA TUROLLA;MARCELOMEIRELLES;MARIA JOSÉ CARVALHO SANT ANNA;VERONICACOATESInstituição: Fac. de Ciênc. Médicas da Santa Casa de SãoPauloCidade/UF: SÃO PAULO/SPResumo:

    Introdução: A musculatura do assoalho pélvico desempenhaum papel importante na manutenção da continência urinária,fecal e no desempenho sexual. A contração apropriada dessesmúsculos tem sido eficaz na terapêutica de pacientes inconti-nentes, com melhora do controle esfincteriano e da qualidadede vida sexual. A inclusão da fisioterapia para o assoalhopélvico como opção clínica no atendimento pré-natal temdemonstrado resultados satisfatórios ao promover o tônus damusculatura perineal no período pré-natal, facilitando o parto ea recuperação da parturiente. A adolescente, por imaturidade einexperiência física e emocional, pode apresentar inabilidadeno desempenho da ação muscular, tanto para a atividade sexualcomo o para parto. Objetivos: Identificar alterações da funçãomuscular do assoalho pélvico em adolescentes gestantes edisfunções sexuais. Métodos: Trinta e uma adolescentesgrávidas, atendidas em hospital universitário , foram exami-nadas pelo setor de fisioterapia perineal em 2005. Suas idadesvariaram de 13 a 19 anos (média 16,06; dp 1,56) e o períodogestacional entre 20 e 40 semanas. Cada jovem foi atendidaindividualmente e respondeu a questões sobre sua atividadefísica e sexual sendo em seguida examinada, quando se avalioua função e o grau de força dos músculos do assoalho pélvicopor toque digital vaginal. Resultados: Constatou-se alteraçãoda função muscular perineal em 14 (45,2%) jovens. Entre asalterações, 5 (16,1%) adolescentes apresentaram total ausênciade movimento perineal, 6 (19,4%) apresentaram função para-doxal e 8 (25,8%) mostraram dificuldade em relaxar acontração realizada. Disfunções sexuais foram relatadas por 15jovens, com graus variados de inabilidade de desempenho einsatisfação: 13 (41,9%) referiram dispareunia e 15 (48,4) reve-laram diminuição ou ausência de desejo e disfunção orgásmica.

  • atenção integral. A alta prevalência de anemia nesta amostrapoderia indicar a necessidade de profilaxia com ferro comple-mentar, nesta população, mesmo quando são oferecidasassistência e orientações nutricionais durante a gestação e apuericultura.

    Código Trabalho:375Título: ANTECEDENTES MÓRBIDOS DE ADOLESCENTESATENDIDOS EM UM SERVIÇO DE HEBEATRIA DO SISTEMAÚNICO DE SAÚDEAutores: ANA CRISTINA CERQUINHO CAJUEIRO;ANACAROLINA ARAÚJO OLIVEIRA;FERNANDA MARQUES FERRAZ DESÁ;IVANIL DE ARAÚJO SOBREIRA;MARIA CLEZILTEBRASILEIRO;IVANISE HELENA BEZERRA TORRESInstituição: Universidade Federal de Pernambuco - UFPECidade/UF: RECIFE/PEResumo:

    Introdução: Os antecedentes mórbidos são indispensáveis paraa anamnese. Sua definição pode ser de grande auxílio na elabo-ração de diagnóstico e condutas atuais e para a compreensãodas condições de vida do adolescente. Objetivos: Identificar osantecedentes mórbidos de adolescentes atendidos em umserviço de Hebeatria do Sistema Único de Saúde. Métodos:Realizou-se uma análise de 546 prontuários de primeiraconsulta de adolescentes entre dez e 19 anos de ambos ossexos, atendidos em um serviço de Hebeatria do Sistema Únicode Saúde, no período de 2001 a 2002. Como instrumento depesquisa utilizou-se um formulário contendo perguntas rela-cionadas a existência de doenças anteriores do adolescente. Osdados obtidos foram tabulados no Epi-Info 6.04d e analisadosestatisticamente fornecendo as frequências e os percentuais dasvariáveis, tendo como nível de significância p

  • Arq. Pediatr., Recife, 19 (Supl.1), out., 2006.S8

    Adolescência

    anual oferecido pelo ambulatório em questão durante o ano de2005. Todos os pacientes que compareceram à consulta forampesados e medidos utilizando-se balança manual da marcaFilizola com capacidade para 150 Kg. A medida de altura foiobtida utilizando-se réguas de alumínio com precisão demilímetro, acopladas às balanças. O IMC foi calculadodivindo-se o Peso(Kg) pela Altura(cm) ao quadrado. Os valoresobtidos foram analisados levando-se em conta as curvas IMC/ I(idade) do National Center for Health Statistics (NCHS). Foramexcluídos todos aqueles com prontuários com dados incom-pletos. Resultados: Foram estudados 104 adolescentes, deambos os sexos, com idades variando de 14 a 20 anos. Adistribuição dos valores de IMC encontrados entre os adoles-centes estudados pode ser vista no gráfico 1. Os valores varia-ram de 15,4 a 28,7 com média de 22,58. A classificação deacordo com os percentis mostrou: 79 (75,96%) adolescentesentre os percentis 10-85 (provável eutrofia), 13 (12,5%) entreos percentis 85-95 (sobrepeso), 5 (4,81%) entre os percentis 5-10 (risco para deficiência), 5 (4,81%) abaixo do percentil 5(provável deficiência) e 2 (1,92%) acima do percentil 95(provável obesidade). Conclusões: A prevalência de sobrepeso/obesidade encontrados nesse estudo estão próximos aos valoresdescritos em literatura.

    Código Trabalho:998Título: CARACTERÍSTICAS DOS PACIENTES ATENDIDOS NONIAB (NÚCLEO DE INVESTIGAÇÃO EM ANOREXIA E BULIMIA)Autores: ANA RAQUEL CORRÊA SILVA;BEATRIZ ESPÍRITOSANTO NERY FERREIRA;ROBERTO ASSIS FERREIRAInstituição: Hospital das Clínicas - UFMGCidade/UF: BELO HORIZONTE/MGResumo:

    Introdução: Há evidência clínica do aumento da ocorrência deanorexia (AN) e bulimia (BN), sobretudo em adolescentes. ONIAB, constituído a partir da reunião de profissionais de áreasdiversas fazendo atendimento interdisciplinar a pacientes comAN e/ou BN, tem uma casuística a ser apresentada. Objetivos:Apresentar as características dos pacientes com AN e BN aten-didos no NIAB. Os atendimentos são realizados em ambu-latório, com suporte hospitalar nos casos de internação. A clas-sificação utilizada foi baseada no DSM IV. Métodos: casuís-tica de 96 pacientes, 91 do sexo feminino (94,7%) e 6 domasculino (6,2%). Idade entre 8 a 40 anos, mediana de 18,5anos. Diagnóstico de AN em 47 pacientes (49%), com 83%desses com características restritivas e 17% purgativas.Diagnóstico de BN em 44 pacientes (45,8%): 95,5% do tipopurgativo e em 4,5% sem purgação. Três (3%) dos pacientesapresentavam diagnóstico de transtorno alimentar não especifi-cado (TCC - transtorno do comer compulsivo). Resultados: Aspráticas purgativas estão presentes em 62,5% dos pacientesestando os vômitos presentes em 50%, exercícios físicos exces-sivos em 16,6%, uso de laxantes em 9,3%, de anorexígenos em6,2%, de diuréticos em 2% e de hormônio tireiodiano em 2%.O IMC dos pacientes com AN variou entre 8,6 e 18,9 (médiade 14,2). Já a maioria dos pacientes com BN apresentou pesonormal ou sobrepeso. Sintomas depressivos foram verificadosem 76 pacientes (79%) e sintomas ansiosos em 35 (36,4%).Houve ideação suicida em 23% e tentativa de suicídio em13,5% dos pacientes. A duração dos sintomas antes do iníciodo tratamento no NIAB variou entre 3 meses a 27 anos(mediana 24 meses). Conclusões: Os dados apresentadosrevelam a gravidade dos pacientes atendidos neste serviço ereforçam a necessidade de uma clínica feita por uma equipeinterdisciplinar. As formas graves exigem atenção multiprofis-sional, controle médico atento e rigoroso, sem minimizar oquadro psíquico. O trabalho interdisciplinar, sempre desejável,é difícil de ser alcançado. Pode surgir com o esforço dos profis-sionais que cuidam do paciente em construir o caso clínico,procurando a elaboração coletiva e a contribuição de áreasdiferentes de saber. Dessa maneira, o ganho pode ser grande eos resultados terapêuticos surpreendentes.

    Código Trabalho:292Título: CAUSAS DE MORTE EM ADOLESCENTES NO MUNICÍPIODE MOGI DAS CRUZES NO PERÍODO DE 2000 A 2004Autores: ALEXANDRE NETTO;LARISSA MONTEIRO GONDIMTEIXEIRA;HAMILTON HENRIQUE ROBLEDO;KELENCRISTINATHOMAZ ROMEROInstituição: Faculdade de Medicina Universidade Mogi dasCruzesCidade/UF: SÃO PAULO/SPResumo:

    Introdução: A adolescência é definida como o período de tran-sição entre a infância e a idade adulta, período no qual ocorremprofundas transformações biopsicossociais. O estudo damortalidade desta faixa etária representa perdas irreparáveispara a sociedade e para o Estado, com perda de indivíduos empleno desenvolvimento do seu potencial. Objetivos: Estudar asprincipais causas de morte em adolescentes de 10 a 19 anos doMunicípio de Mogi das Cruzes, no período de 2000 a 2004.Métodos: Análise de dados coletados de um banco de dados daSecretaria Municipal de Saúde de Mogi das Cruzes, que possuieste serviço desde janeiro de 2000. Na análise dos dados, foramcalculados os coeficientes de mortalidade de acordo com o ano,o sexo, a faixa etária e causa morte. As causas de óbitos foramcodificadas de acordo com o CID 10.0 (ClassificaçãoInternacional de Doenças). Resultados: No período de estudo,o coeficiente de mortalidade na população estudada foi 74,24por 100.000 habitantes, sendo de 50,27 e 22,77/100.000 habi-tantes respectivamente para o sexo masculino e feminino. Àexcessão de 2004, o coeficiente de mortalidade aumentou acada ano desde 2000. A causa externa foi a principal causa deóbito entre os adolescentes estudados, sobretudo no sexomasculino de 15 a 19 anos de idade. Conclusões: As principaiscausas de morte entre adolescentes de Mogi das Cruzes noperíodo estudado seriam evitáveis. Tal fato sugere a necessi-dade de programas de saúde voltados para a promoção da saúdee do adolescente.

    Código Trabalho:168Título: CONHECIMENTOS E HÁBITOS RELACIONADOS À SAÚDEREPRODUTIVA EM ADOLESCENTES ESCOLARES DE UMDISTRITO DE OURO PRETO, MINAS GERAISAutores: FRANCISCO JOSÉ FERREIRA SILVEIRA;MIRIELLENOGUEIRA MARTINS;JULIANA ALVES HOEHNEInstituição: FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE MINASGERAISCidade/UF: BELO HORIZONTE/MGResumo:

    Introdução: Os altos índices de gravidez na adolescência naatualidade justificam a necessidade da realização de estudossobre o tema nas diversas localidades. Objetivos: Avaliar osconhecimentos e hábitos relacionados à saúde reprodutiva emadolescentes escolares. Métodos: Estudo do tipo transversal eobservacional. Foram considerados, para o estudo, os alunos de10 a 19 anos de idade da escola. A coleta de dados foi realizadapor alunos do curso de Medicina, que faziam estágio na locali-dade, no mês de abril de 2006. Os adolescentes responderamum questionário padronizado, anônimo, auto-aplicável e depreenchimento voluntário, após esclarecimentos dados pelospesquisadores nas salas de aula. Os dados foram processados earmazenados em microcomputador, através do programa EPI-INFO, versão 6.04. Resultados: Foram estudados 133 adoles-centes, sendo 54,1% do sexo feminino e 45,9% do sexomasculino.Do total, apenas 5,3% tinham mais de 15 anos deidade. Em relação aos conhecimentos, 4,6% não sabem quesexo sem preservativo pode transmitir doenças, e quanto amelhor idade para que a mulher comece a ter filhos, 23,3%responderam que é de 18 a 20 anos e 62,4% acham que é de 20a 30 anos de idade. Do total, 63,6% sabem o que é pré-natal, e50% deles responderam que o pré-natal deve ser feito após os 3meses de gestação. Em relação aos hábitos, 42,0% delesresponderam que não conversam sobre sexo com ninguém, e14,4% já tiveram relação sexual, sendo este percentual signi-ficativamente menor no sexo feminino (p = 0,0008). Dosadolescentes do sexo feminino, apenas 5,1% deles já foram aomédico ginecologista. Conclusões: Embora os adolescentestenham demonstrado níveis satisfatórios de conhecimentos emalguns temas, como o melhor momento para a maternidade, épreocupante o resultado em relação a outros tópicos abordados,como o fato de que quase 5% ainda não sabem que o uso de

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    Adolescência

    preservativo previne doenças. O baixo percentual de adoles-centes que já tiveram relação sexual se deve ao fato de que aimensa maioria dos participantes ainda têm apenas 15 anos oumenos, e a localidade ainda mantém hábitos conservadores, oque também explica o fato da iniciação precoce da atividadesexual ser significativamente mais frequente no sexomasculino. Nessa população, as adolescentes ainda não têmhábito de ir ao médico ginecologista, talvez por razões culturaise também por não terem informações sobre a necessidade deconsultarem esse profissional.

    Código Trabalho:743Título: CONTRACEPÇÃO DE URGÊNCIA: O QUE SABEM OSPEDIATRAS SOBRE ESTE ASSUNTO?Autores: RACHEL FERNANDES BARRY;MARIA SYLVIA DE SOUZAVITALLE;FLAVIA CALANCA DA SILVAInstituição: Centro de Atendimento e Apoio ao Adolescente- Departamento de Pediatria - Universidade Federal de SãoPauloCidade/UF: SAO PAULO/SPResumo:

    Introdução: A atividade sexual na adolescência vem seiniciando cada vez mais precocemente sendo que, na maioriadas vezes, ocorre sem a devida proteção. Cabe ao pediatra estarpreparado para esclarecer e orientar aos seus pacientes adoles-centes sobre as questões relativas à sexualidade, como o uso demétodos contraceptivos, evitando, dessa forma, conseqüênciasindesejadas desse comportamento, como a gravidez. Dentre asvárias formas de contracepção, o contraceptivo de emergência(CE) é um dos únicos métodos utilizados para prevenir agravidez após intercurso sexual desprotegido. Trata-se demétodo seguro, efetivo e barato, que deve ser indicado em situ-ações especiais ou de exceção, com o objetivo de prevenirgravidez inoportuna, oferecendo à adolescente uma segundachance de evitar a gestação indesejada. Apesar de ser métodobem conhecido pouco se sabe sobre a prescrição e o conheci-mento deste método pelos pediatras. Objetivos: avaliar o graude conhecimento sobre CE, bem como atitude frente àprescrição entre pediatras que prestam serviço ao município deSão Paulo e residentes de Pediatria da Universidade Federal deSão Paulo. Métodos: foi aplicado aos entrevistados ques-tionário contendo questões sobre a sua formação, tipo prática,conhecimentos e atitudes ligados à anticoncepção de urgência,após a explanação do pesquisador sobre o objetivo e naturezada pesquisa. Foi realizada análise de freqüência simples dosdados com distribuição percentual. Resultados: Forampreenchidos 138 questionários. A 14% dos entrevistados foisolicitada prescrição de CE e desses 47% prescreveram. Dentreas principais razões pelas quais a prescrição foi solicitado tem-se: ruptura do codom (47%), violência sexual (26%) e relaçãosexual desprotegida (21%). Em consulta de rotina, dos 110pediatras que atendem adolescentes, 27% os aconselham sobreanticoncepção de urgência, 62% não os aconselha e o restantenão respondeu a essa questão. Em relação ao conhecimentosobre CE: 45% dos participantes disseram já ter tido oportu-nidade de aprender sobre CE contra 41% que disseram não tertido essa oportunidade, o restante não respondeu essa questão.Dos entrevistados, 45% conheciam o nome comercial de algummedicamento utilizado para anticoncepção de urgência; 61%sabiam que deve ser prescrito até 72 horas do intercurso sexualdesprotegido e 43% prescreveram ou prescreveriam correta-mente em relação ao tempo e dose. Apenas 9% disseram nãoser necessário exame físico geral antes da prescrição; 18%, nãoser necessário exame pélvico; 41%, teste de gravidez; e 48%,consentimento informado dos pais ou responsáveis. Dos entre-vistados, 51% se sentem desconfortáveis em prescrever CE,37% se sentem confortáveis e 12% se dizem indiferentes.Quase 63% dos entrevistados disseram não prescrever por inex-periência com o uso. Observou-se que quanto maior o tempo deformado menor o conhecimento sobre contracepção deemergência, menor a oportunidade de ter aprendido sobre esseassunto, além de maior a porcentagem de prescrição errada ounão prescrição. Conclusões: Apesar da segurança, simplicidadena administração e eficácia, a anticoncepção de emergênciaainda é pouco conhecida e prescrita pelos pediatras, principal-mente os com maior tempo de formado. É provável que a faltade conhecimento suficiente esteja levando ao desconfortofrente à necessidade de prescrição e a falta de orientação aosadolescentes no momento da consulta.

    Código Trabalho:634Título: DESENVOLVIMENTO PUBERAL EM ADOLESCENTES DOSEXO FEMININO ATENDIDOS NO SERVIÇO DE HEBEATRIA DOHOSPITAL OTÁVIO DE FREITAS Autores: ADRIANO JOSÉ LIMA DIAS NOGUEIRA;CLEZILTEBRASILEIRO;MARIA LAURA CAMPELO DE MELO DIAS;IVANILSOBREIRA;ANA CRISTINA CERQUINHO CAJUEIRO;NATÁLIACARINA FERRAZ MOREIRAInstituição: Universidade Federal de Pernambuco-PECidade/UF: RECIFE/PEResumo:

    Introdução: O processo de crescimento e desenvolvimento naadolescência resulta, da interação de fatores genéticos e ambi-entais. Existe uma variação normal ampla da idade do início edo tempo de progressão da maturação sexual.Objetivos:Avaliar o início do desenvolvimento puberal, o início da idadereprodutiva e atividade sexual em grupo de adolescentes dosexo feminino.Métodos: O estudo foi do tipo descritivo, desérie de casos e retrospectivo. Os dados foram colhidos dosprontuários de todos os adolescentes de 10 a menos de 20 anosatendidos pela primeira vez em ambulatório de hebeatria doSUS do Recife, no período de 2001 a 2002. O desenvolvimentopuberal foi analisado utilizando-se os critérios de Tanner.Construiu-se um banco de dados com o Epi Info 6.04, rea-lizando-se análise estatística univariados (freqüência, média edesvio padrão-DP). Resultados: Estudaram-se 546 adoles-centes com idade de 10 a menos de 20 anos, sendo 324 (59,3%)do sexo feminino. Destas, 315/324 (97,2%) informaram já teriniciado o desenvolvimento mamário e a idade média foi de10,4 anos, no entanto, 12 (3,8%) não souberam informar aidade do início. A avaliação médica em relação ao estadiamentodas mamas de 289 adolescentes mostrou que 8 (2,8%) encon-travam-se em M1, com média de idade de 10,3 anos que 29(10,0%) em M2, com média de 11,2 anos (DP = ±1,14); 51(17,6%) em M3, com média de 12,33 anos; que 97 (33,6%) emM4, com média de 13,05 anos; e 104 (36,0%) em M5, commédia de 15 anos (DP = ±1,65), porém, 26 (9,0%) não permi-tiram o exame. Das 324 adolescentes, 312 (96,3%) informarama presença de pelos pubianos; destas, 292 (93,6%) informarama idade da pubarca que foi em média 10,5 anos. Das 216/312(69,2%) que permitiram o exame 11 (5,1%) estavam no estágioP1, com média de idade 10,6 anos; 33 (15,3%) em P2, commédia de 11,1 anos (DP = ±1,02); 33 (15,3%) em P3, commédia de 12,3 anos; 67 (31,0%) em P4, com média de 12,9anos; e 72 (33,3%) em P5, com média de 14,8 anos (DP= ±1,7).A menarca foi confirmada por 230/324 (71%) adolescentes cujaidade média foi de 11,8 anos. Destas, 3 (1,3%) não souberaminformar a idade. A atividade sexual foi admitida por 14 (4,3%)das adolescentes e a idade média foi de 13,9 anos.Conclusões:O início tanto da pubarca quanto do desenvolvimento mamáriofoi em média de 11,2 anos. Houve discordância entre a infor-mação dada pela paciente e a avaliada pelo profissional emrelação ao desenvolvimento mamário e a presença de pelospubianos em pequeno percentual. A menarca ocorreu com idademédia de 11,8 anos. A atividade sexual foi admitida por 4,3%das adolescentes e a idade média foi de 13,9 anos.

    Código Trabalho:598Título: DESENVOLVIMENTO PUBERAL EM ADOLESCENTES DOSEXO MASCULINO ATENDIDOS NO SERVIÇO DE HEBEATRIA DOHOSPITAL OTÁVIO DE FREITASAutores: ADRIANO JOSÉ LIMA DIAS NOGUEIRA;FERNANDAMARQUES FERRAZ DE SÁ;ANA CAROLINA ARAÚJOOLIVEIRA;CLEZILTE BRASILEIRO;MARIA LAURA CAMPELO DEMELO DIAS;IVANIL SOBREIRAInstituição: Universidade Federal de Pernambuco-PECidade/UF: RECIFE/PEResumo:

    Introdução: O processo de crescimento e desenvolvimento naadolescência resulta da interação de fatores genéticos e ambi-entais. Existe uma variação normal ampla da idade de início edo tempo de progressão da maturação sexual.Objetivos:Avaliar o início do desenvolvimento puberal, o início da idadereprodutiva e a atividade sexual em grupo de adolescentes dosexo masculino. Métodos: O estudo foi do tipo descritivo, desérie de casos e retrospectivo. Os dados foram colhidos dosprontuários de todos os adolescentes de 10 a menos de 20 anosatendidos pela primeira vez num ambulatório de hebeatria doSUS do Recife, no período de 2001 a 2002. O desenvolvimentopuberal foi analisado utilizando-se os critérios de Tanner.

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    Adolescência

    faríngea e ressonância oro-nasal alterada, tiveram maior ocor-rência de DAC e fala ininteligível; dados estatisticamentesignificantes.Os distúrbios articulatórios compensatórios maisfreqüentes foram: o golpe de glote, 40 (44,4%), coarticulações42 (22,2%) e fricativa faríngea 20 (27,8%) e os fonemas maisalterados foram /p, /t/, /k/, /f/, /s/ e /x/e os adolescentes com atéduas alterações fonêmicas obtiveram melhor comunicação oral.Conclusões: Os adolescentes cujas mães tinham maior esco-laridade, foram submetidos a palatoplastia primária precoce-mente, possuíam ressonância oro-nasal normal e que tinhamaté duas alterações fonêmicas apresentaram melhor inteligibili-dade de fala.

    Código Trabalho:33Título: DOENÇA DE STILL NA ADOLESCÊNCIAAutores: CRISTIANE MURAD TAVARES;RAFAEL LOPESCARVALHO;MARIA CRISTINA CAETANO KUSCHINIR;JOSÉHENRIQUE WITHERS AQUINOInstituição: UERJ / NESACidade/UF: RIO DE JANEIRO/RJResumo:

    Introdução: A Doença de Still (DS) é uma doença inflamatóriasistêmica, rara e de etiologia desconhecida, sendo uma dasmais frequentes causas de febre de origem indeterminada noadulto. Apresenta-se de forma semelhante à artrite idiopáticajuvenil, forma sistêmica, podendo ser considerada uma vari-ante desta. Acomete ambos os sexos na mesma proporção e em75% dos casos encontram-se na faixa etária entre 16 e 35 anosde idade, porém pode acometer idades mais avançadas.Clinicamente caracteriza-se por febre alta com 1 a 2 picosdiários, podendo preceder outros achado clínicos por semanasou meses, erupção cutânea evanescente, artralgias, mialgiasintensas, poliartrite, serosite, linfadenopatia, hepatomegalia eesplenomegalia. Nos exames laboratoriais podemos encontrar:leucocitose (maior que 15.000), anemia normocítica enormocrômica, alterações das enzimas hepáticas, aumento dasproteínas de fase aguda, com níveis bastante elevados deferritina. O dignóstico diferencial se faz com as doenças infec-ciosas, neoplásicas e outras colagenoses. Seu curso clínicopode ser autolimitado, intermitente com reativações sistêmicase articulares recorrentes ou um curso crônico. O tratamentopode ser feito com antiinflamatórios não hormonais (aIndometacina parece eficaz nas fases iniciais da doença), corti-costeróides ou imunossupressores. Atualmente agentesbiológicos estão sendo empregados no tratamento dos casosnão responsivos aos corticóides e aos imunossupressores.Objetivos: Observar a possibilidade de DS em adolescentescom febre de origem indeterminada. Métodos: Estudo de caso.Relato de caso: Paciente masculino, 19 anos, negro, iniciou nasegunda quinzena de fevereiro de 2006, quadro de febre alta(40° C), odinofagia, inapetência e astenia. Fez uso deantibiótico oral (Amoxicilina) sem resolução do quadro febril.Evoluiu com emagrecimento de 3 Kg em 1 mês, artralgia emjoelhos, pés e ombros e febre alta (1 a 2 picos diários).Internado na enfermaria do NESA/HUPE em 15/03/2006 paraelucidação diagnóstica. Ao ser admitido paciente apresentavaquadro de febre, pericardite, hepatoesplenomegalia, artralgiaem ombros e joelhos. Realizada investigação laboratorial(hemograma completo, VHS, provas de função hepática, hemo-culturas, sorologias virais, provas de atividade inflamatória) ede imagem (Rx tórax, USG abdominal, ecocardiograma)descartando causas infecciosas e neoplásicas e outrascolagenoses, considerando-se então DS. O paciente apresen-tava dosagem sérica de ferritina de 6.346 (VR: 70 a 435).Iniciado tratamento com Indometacina, porém por ainda persi-stir com febre e quadro articular, iniciou-se Prednisona60mg/dia com desaparecimento dos sintomas. Atualmente estáem acompanhamento no ambulatório de reumatologia doNESA. Conclusões: O diagnóstico de DS é difícil de ser feitopela variedade da apresentação clínica e pela não especifici-dade dos exames laboratoriais, porém deve ser considerado noscasos de febre de origem indeterminada em adolescentes.

    Construiu-se um banco de dados com o Epi Info 6.04, rea-lizando-se análise estatística univariados (freqüência, média edesvio padrão-DP). Resultados: Estudaram-se 546 pacientes,sendo 222 (40,7%) do sexo masculino. Entre estes, verificou-seque 173/218 (79,4%) informaram a presença de pelos pubianos;destes, 131 (75,72%) souberam informar a idade de início(pubarca), sendo a média de 11,9 anos (DP = ±1,02). A avali-ação médica dos pelos pubianos desses 173 adolescentes dosexo masculino mostrou que 46 (26,6%) estavam no estágio P1,com média de idade de 11,6 anos;que 58 (33,53%) em P2, commédia de 12,8 anos (DP = ±1,29); que 18 (10,40%) em P3, commédia de 13,2 anos; que 37 (21,38%) em P4, com média de14,2 anos; e que 14 (8,09%) em P5, com média de 15,1 anos(DP = ±1,21). Dos 218, 172 (80,7%) informaram ter iniciado odesenvolvimento da genitália, porém nenhum soube precisar aidade do seu início. Destes 172, 42 (24,42%) estavam noestágio G1, com média de idade 11,5 anos; 51 (29,65%) em G2,com média de 12,8 anos (DP = ±1,33); 27 (15,70%) em G3,com média de 13,2 anos; 41 (23,84%) em G4, com média de14,2 anos; e 11 (6,39%) em G5, com média de 15,2 anos (DP =±1,25). Dos 216 adolescentes, 64 (29,6%) informaram já terapresentado espermarca e a idade média foi de 12,8 anos. Entre217 adolescentes masculinos, 22 (10,1%) disseram ter iniciadoatividade sexual e a idade média foi aos 13,6 anos. Do total deadolescentes masculinos (222), verificou-se que 6 (2,7%) apre-sentaram ginecomastia puberal, mas não souberam informar oseu início. Conclusões: O início tanto da pubarca como dodesenvolvimento da genitália ocorreram com idade cerca de12,8 anos. Nenhum adolescente soube precisar o início dodesenvolvimento da genitália. A média do início da espermarcafoi aos 12,8 anos. A média do início da sexarca foi aos 13,6anos. A ginecomastia foi pouco freqüente. Esses dados coin-cidiram com os da literatura. Ocorreram discordâncias entre asinformações fornecidas pelos adolescentes e as avaliações doprofissional, em adolescentes de idade média de cerca de 11,5anos, tanto em relação a pubarca quanto ao desenvolvimentogenital.

    Código Trabalho:898Título: DISTÚRBIOS ARTICULATÓRIOS COMPENSATÓRIOS EMADOLESCENTES PORTADORES DE FISSURA LABIOPALATINA,PÓS-PALATOPLASTIA, RECIFE-PERNAMBUCOAutores: MICHELINE COELHO RAMALHO VASCONCELOS;SÔNIABECHARRA COUTINHOInstituição: NADEFI - IMIP Universidade Federal dePernambucoCidade/UF: OLINDA/PEResumo:

    Introdução: As fissuras lábiopalatinas são as malformaçõescongênitas mais freqüentes na população humana e a não fusãodos processos embrionários faciais, acarreta problemasorgânicos, funcionais, estéticos e psico-sociais e que podemresultar em graves alterações na comunicação oral.Objetivos:Identificar os distúrbios articulatórios compen-satórios em adolescentes residentes no estado de Pernambuco,submetidos a palatoplastia e verificar a sua relação com ascondições socioeconômicas, demográficas, idade da realizaçãoda palatoplastia primária, mecanismo velofaríngeo e caracterís-ticas da fala. Métodos: Foi realizado um corte transversal emuma coorte inicial de 186 pacientes submetidos a palatoplastia,num hospital de referência para tratamento de pacientes porta-dores de fissura labio palatina, da qual foram entrevistados 90adolescentes no período de abril a agosto de 2005. Foram apli-cados questionários padronizados contendo informações sobrecondições socioeconômicas, demográficas e o tipo de fissura.A idade da realização da palatoplastia primária foi obtidaatravés do prontuário. Foram realizadas avaliação fonoarticu-latória para analisar a produção da fala e vídeofluoroscopiapara verificar o mecanismo velofaríngeo na visão lateral.Resultados: Os distúrbios articulatórios compensatórios(DAC) estavam presentes em 56.7% dos adolescentes. Os resi-dentes na região metropolitana da capital do estado apresen-taram 2,39 (IC=1,30-4,40) vezes mais DAC do que os quemoravam na capital(sede do hospital de referência)(p=0,004).Adolescentes cujas mães possuíam até quatro anos de estudoapresentaram 2.1 (1,29-3,43)vezes mais DAC quandocomparados com àqueles cujas mães possuíam nove ou maisanos de estudo. Pacientes que realizaram palatoplastia primáriaapós os quatro anos de idade, apresentaram insuficiência velo-

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    Adolescência

    Código Trabalho:15Título: DOENÇA METABÓLICA NA ADOLESCÊNCIA: UM NOVODESAFIOAutores: CRISTIANE MURAD TAVARES;CLAUDIA BRAGACARDOSO;ISABEL CRISTINA SILVA BOUZASInstituição: UERJ NESACidade/UF: RIO DE JANEIRO/RJResumo:

    Introdução: A Síndrome Metabólica (SM) foi descrita em1988 por Reaven como sendo um conjunto de alterações asso-ciadas a um risco maior de doença cardiovascular na vidaadulta. Sabe-se que a hiperinsulinemia e a resistência insulínicaestão frequentemente presentes, sendo fatores centrais nodesenvolvimento das complicações. O aspecto de maiorrelevância no diagnóstico da SM são os riscos de desenvolvi-mento de Diabetes Mellitus tipo 2 (DMII) e de doença cardio-vascular aterosclerótica (DCV). São considerados fatores derisco para o desenvolvimento de SM: sobrepeso/obesidade,principalmente acúmulo de gordura abdominal, dislipidemia,hipertensão arterial sistêmica (HAS) ou DCV, história de intol-erância à glicose, história familiar de DMII, HAS ou DCV,presença de acantose nigricans ou síndrome dos ováriospolicísticos (SOP). Segundo a OMS, são necessários pelomenos 2 dos seguintes achados para a caracterização da SM,além da alteração no metabolismo da glicose (DMII, intol-erância à glicose ou resistência insulínica). São eles: obesidade(peso acima do percentil 95), HAS (pressão sistólica oudiastólica acima do percentil 95 para peso e altura), dislipi-demia (triglicerídios elevados, HDL baixo). O papel do pedi-atra consiste em reconhecer os fatores de risco, realizando umaboa orientação alimentar, desde os primeiros anos de vida euma prática de vida saudável. Objetivos: Discutir aimportância da detecção precoce dos fatores de risco para a SMa partir do estudo de 2 casos clínicos. Métodos: Relato de 2casos de pacientes atendidas no ambulatório do NESA/HUPEcom o diagnóstico de SM. O primeiro caso trata-se de umapaciente de 14 anos encaminhada devido a um quadro de obesi-dade (IMC 52 kg/m2). Histórico de aumento progressivo depeso desde os 4 anos, DMII desde 12 anos, dislipidemia, HAS,irregularidade menstrual, história familiar de DMII e dislipi-demia materna e HAS paterna. O segundo caso refere-se a umapaciente encaminhada devido à amenorréia primária. Históriafamiliar de HAS materna e falecimento paterno aos 56 anos porinfarto agudo do miocárdio. Ao exame apresentava obesidade(IMC 29 Kg/m2), acantose nigricans na nuca, acne leve, hirsur-tismo leve em mento e hipertrofia de clitóris e grandes lábios.Investigação hormonal evidenciou hiperinsulinismo e hiperan-drogenismo. Aos 16 anos ainda apresentava aménorréia, obesi-dade, evoluindo com HAS. Conclusões: Os motivos que levamos adolescentes com SM ao ambulatório são diversos, variandodesde irregularidades mentruais, sobrepeso, obesidade, HAS,DM ou dislipidemia. A irregularidade menstrual, como mani-festação da SOP, mesmo em adolescentes eutróficas ou comsobrepeso, está relacionada, na maioria dos casos, à resistênciainsulínica, aumentando dessa forma o risco de HAS e DCV. Aimportância em reconhecer esses fatores de risco precoce-mente, bem como instituir terapêutica adequada para cada caso,colaborará para uma diminuição das complicações maistemidas na vida adulta.

    Código Trabalho:1128Título: DROGAS NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA: VISÃO DEPEDIATRAS DE HOSPITAL INFANTIL TERCIÁRIO SOBRE OPROBLEMA.Autores: MARIA DO SOCORR ALMEIDA PERES;SHIRLEY VIRINOSILVEIRA;ANA JÚLIA COUTO DE ALENCAR;SHEILA JANAÍNAMEDEIROS SIMÕES COSTA;RAQUEL MELO MORAISNEVES;VIRGÍNEA MARIA RAMOSInstituição: HOSPITAL INFANTIL ALBERT SABINCidade/UF: FORTALEZA/CEResumo:

    Introdução:O uso de drogas por jovens e crianças tornou-seuma questão de saúde pública,sendo importante a percepção ea forma como o pediatra aborda o assunto. Objetivos: Verificaro conhecimento e atuação de pediatras no atendimento decrianças e adolescentes frente a suspeita de uso de drogas.Métodos: Estudo descritivo realizado através de uso de ques-tionário, aplicado a 60 pediatras que atendem em HospitalInfantil Público Terciário. Resultados: Diante da suspeita do

    uso de drogas 63,3% encaminham o paciente para atendimentoespecializado e 21,66% solicitam exames como estratégia deretorno para posterior decisão em relação aoproblema.Entretanto 25% nunca suspeitam de dependênciaquímica nos menores que atendem.Em relação ao temorpessoal,70% relatam não temer pela sua segurança ao abordar oassunto, com os familiares ou usuário;91,6% concordam quedrogas lícitas como o fumo e o álcool são prejudiciais e que ospais devem ser alertados, quanto aos danos que causam asaúde.Além disso,35,6% acham que a existência de um sóalcoolista na família é suficiente para encaminhá-la para ajudaespecilizada.Dos entrevistados,90% não se sentem preparadospara identificar dependentes químicos e 100% acreditam nanecessidade de capacitação sobre o assunto.Em relação ao riscode dependência,85% procuram informar sobre o assuntodurante o atendimento e 16,6% afirmam não disporem de tempopara esta abordagem;91,6% acham que a responsabilidade deorientar os jovens cabe a família, escola e serviços desaúde;81,6% acham que a mídia influencia no consumo deálcool.Diante de adolescente dependente químico, 20%saberiam conduzir o paciente, 45% solicitariam a presença dafamília e 60% solicitariam exames e encaminhariam.Conclusões: Os pediatras do hospital em estudo,mesmo encam-inhando para atendimento especilizado a criança e o adoles-cente na suspeita de dependência química,sentem dificuldadesobre o assunto e concordam com a necessidade de maioresesclarecimentos e capacitação para melhor conduzirem oscasos.

    Código Trabalho:1288Título: EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA VIA INTERNET - UMAPROPOSTA EFICAZ PARA PAÍSES DE DIMENSÕES CONTINENTAISAutores: ELOÍSA GROSSMAN;MARIA HELENA RUZANYInstituição: NESA/UERJ e IFF/ FIOCRUZCidade/UF: RJ/RJResumo:

    Introdução: o curso a distância via internet Introdução à SaúdeIntegral dos Adolescentes e Jovens foi concebido com a finali-dade de capacitar profissionais para o atendimento a este grupoetário. As unidades temáticas que o compõem foram desen-volvidas através do modelo pedagógico baseado em casos, comdiferentes níveis de complexidade, abordando a promoção desaúde, prevenção de agravos e assistência. Os tópicos abor-dados foram divididos em três áreas: crescimento/desenvolvi-mento, sexualidade/saúde reprodutiva e principais problemasclínicos. Em 2005/06 foram desenvolvidos dois módulos, deduração de 12 semanas cada, para profissionais de saúde dasregiões norte e nordeste do país. Objetivos: apresentar o perfildos participantes e os resultados dos cursos desenvolvidos.Métodos: foi realizado um estudo quantitativo de algumasfontes de dados: fichas de inscrição dos alunos, planilhas dedesenvolvimento dos planos de estudo e avaliações formativas.As seguintes informações foram coletadas: formação profis-sional, local de origem, expectativas em relação ao curso,variáveis relacionadas ao conteúdo, material didático, estratégiapedagógica, qualidade da orientação e gestão acadêmica.Resultados: Dos 175 alunos inscritos, 98 (56%) concluíram ocurso. As áreas de formação profissional foram: Enfermagem,Fisioterapia, Fonoaudiologia, Medicina, Nutrição, Odontologia,Psicologia, Serviço Social, Terapia ocupacional. A grandemaioria dos alunos considerou os casos estudados relevantes nocontexto de seu trabalho (88%). Em relação aos conhecimentosadquiridos, o curso correspondeu às expectativas da totalidadedos alunos. Quanto à contribuição à formação profissional, otreinamento foi considerado bom por 93% dos alunos. Emlinhas gerais tanto nos aspectos que dizem respeito ao ambientede aprendizagem na internet quanto em seu modelo pedagógico,o curso foi bem aceito pelos alunos. Conclusões: O cursopermitiu que a equipe docente e os alunos, sem necessidade dese afastar de seus locais de estudo e trabalho, participassem deum processo de ensino/aprendizagem e intercâmbio de exper-iências. Conclui-se, portanto, que a estratégia pedagógicautilizada, bem como o material educativo apresentado, ofer-ecem condições para a capacitação de recursos humanos dediferentes categorias profissionais na atenção à saúde deadolescentes e jovens.

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    Código Trabalho:378Título: ENCAMINHAMENTOS DE ADOLESCENTES APÓSPRIMEIRA CONSULTA EM UM SERVIÇO DE HEBEATRIA DOSISTEMA ÚNICO DE SAÚDEAutores: ANA CRISTINA CERQUINHO CAJUEIRO;ANACAROLINA ARAÚJO OLIVEIRA;ADRIANO JOSÉ LIMA DIASNOGUEIRA;IVANIL DE ARAÚJO SOBREIRA;MARIA CLEZILTEBRASILEIRO;IVANISE HELENA BEZERRA TORRESInstituição: Universidade Federal de Pernambuco - UFPECidade/UF: RECIFE/PEResumo:

    Introdução: Durante a adolescência as mudanças físicas esócio-culturais que o indivíduo atravessa ocasionam agravos àsaúde que não mais devem ser tratados por um pediatra ouclínico, necessitando do auxílio de especialistas. Objetivos:Identificar a frequência de encaminhamentos e quais os espe-cialistas mais procurados por adolescentes atendidos em umserviço de Hebeatria do Sistema Único de Saúde. Métodos:Realizou-se uma análise de prontuários de primeira consulta deadolescentes de ambos os sexos com idades entre dez e 19 anosatendidos em um serviço de Hebeatria do Sistema Único deSaúde, no período de 2001 a 2002. Utilizou-se como instru-mento de pesquisa um formulário contendo questões sobre osencaminhamentos realizados. Os dados foram tabulados no Epi-info 6.04d e analisados estatisticamente, fornecendo frequên-cias e percentuais das variáveis, tendo como nível designificância p

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    Adolescência

    média estatisticamente significante entre os grupos (p=0,180).No entanto, o grupo de obesos obteve um resultado médio(79,99) maior que o grupo controle (77,12). Também não houvediferença estatística em relação à média do resultado, no GrupoEstudo, por sexo (p=0,245); embora tenha havido no GrupoControle (p

  • família e da sociedade para o adequado desenvolvimento, odesabrochar da sexualidade genital (como atributo de todo serhumano), os sentimentos, a compressão destas transformaçõespelo adolescente com deficiência mental, contrapondo com opreconceito, infantilização, exclusão eestigmatização.Objetivos: entender o conhecimento dasfamílias dos adolescentes com deficiência mental sobre astransformações da puberdade, verificando os limites decompreensão e aceitabilidade destas mudanças e proporsugestões aos profissionais, sociedade e família sobre a melhorforma de abordar o adolescente com deficiente mental e suafamília. Métodos: revisão bibliográfica e entrevistas em umainstituição de educação especial com 39 familiares através dequestionários com perguntas semi-estruturadas. Resultados:As atitudes dos pais se situam em perspectivas diferentes deseus filhos com dificuldades significativas em enxergá-loscomo um ser sexual, dotado de desejos, de dúvidas e medosrelativos ao mundo da sexualidade, procurando negar aexpressão desses desejos e reforçam o isolamento que já évivido pelos adolescentes com deficiência na sociedade comoum todo. Percebe-se a necessidade de acolher esses pais emsuas ansiedades e angústias relativas ao tema.Foi verificado,também, que há uma necessidade emergencial do preparosocial em lidar com questões de saúde, sexualidade, ética,cidadania e desenvolvimento humano uma vez que, a invisibili-dade que fomenta a vulnerabilidade destes adolescentes, é rele-vante e deve ser tema de preocupação e debate.Conclusões:ressalta-se a responsabilidade da sociedade, dos profissionais efamílias, de tornarem os adolescentes plenamente conscientesdas transformações pubertárias, da sexualidade auxiliando nabusca de autonomia requendo persistência, vontade, conheci-mento e mudança de comportamento. As discussões devem serampliadas onde as pesquisas e mudanças de comportamentosentre os profissionais, familiares, sociedade favoreçam o viven-ciar, o adolescer com respeito e dignidade desses indivíduosEnfim, entender o deficiente mental na sua fase crítica dedesenvolvimento, a adolescência, se faz necessário para desen-volver habilidades saudáveis de proteção à saúde integral ,além de estimular a autonomia e o relacionamento ético -profissional.

    Código Trabalho:120Título: O ADOLESCER DO ADOLESCENTE COM DEFICIÊNCIAMENTAL - OUVINDO-O Autores: ALDA ELIZABETH IGLESIAS AZEVEDOInstituição: APAE- CuiabáCidade/UF: CUIABA/MTResumo:

    Introdução: A adolescência brasileira apresenta grandesdesafios para a sociedade organizada quanto à sua educação,saúde e formação enquanto cidadãos e respeito as suas pecu-liaridades. Este desafio torna-se maior quando relacionado aoadolescente com deficiência, em especial ao com deficiênciamental, devendo objetivar a construção e o fortalecimento desua identidade como "sujeitos em pleno desenvolvimento e dedireitos" .Objetivos: Entender o conhecimento dos adoles-centes deficientes mentais sobre suas transformações biopsi-cosocioculturais, verificar os limites de compreensão eaceitabilidade destas mudanças, identificar se é capaz de elab-orar a construção de sua identidade como adolescente e, comoo processo desta adolescência pode ser afetado pela deficiênciamental. Métodos: entrevistas (observação e relato do sujeito)com 34 alunos de uma instituição de educação especial, deambos os sexos, entre 10 a 24 anos, com condições de comuni-cação verbal Devido às características próprias as entrevistascom os adolescentes e jovens transcorreram de forma descon-traída, informalmente com desenhos e exemplos, utilizando umroteiro como guia, mas adaptando às atitudes e às formas deexpressar dos sujeitos da pesquisa.Resultados: observou-se ainadequação social e a interação com o meio que os circundacomo característica própria do deficiente mental onde existe oprejuízo no comportamento adaptativo.Obteve-se ainda, que osadolescentes percebem a possibilidade de erotização e daobtenção de prazer pelo sexo, mas, não sabem como lidar comestas novas sensações, podendo ser difícil o controle de seusimpulsos sexuais. Descobrem a satisfação que a área genitalpode lhes oferecer.Estes relatos levam a afirmar que apesar dadeficiência mental, déficit cognitivo até mesmo dificuldade dese conhecer como homem ou mulher as atividades sexuais

    (99,6%) deles obtiveram pelo menos um diagnóstico. Os diag-nósticos mais frequentes foram: problemas dermatológicos 213(39%), sendo 91 (16,6%) casos de acne e 85 (15,6%) deptiríase, problemas ginecológicos 184 (33,7%) e parasitosesintestinais 142 (26%). Chama atenção ainda o volume de diag-nósticos de erro de refração 137 (25%), cárie 129 (23,6%) e aexistência de diagnósticos psicossociais 62 (11,3%).Conclusões: Há discrepância entre o número de pacientes comqueixas e o de diagnósticos, é provável que os adolescentes nãovalorizem seus próprios sintomas. Os principais diagnósticosforam queixas de pele e parasitoses intestinais. Importantetambém é o volume de diagnósticos de erro de refração e decárie. Outro aspecto relevante são os diagnósticos psicossociaisque incluem queixas como superproteção materna, abandonoescolar, furtos e conflitos familiares.

    Código Trabalho:981Título: NIAB - NÚCLEO DE INVESTIGAÇÃO EM ANOREXIA EBULIMIA - INTERAÇÃO PSICANÁLISE E MEDICINAAutores: ROBERTO ASSIS FERREIRA;ANA RAQUEL CORRÊASILVA;BEATRIZ ESPÍRITO SANTO NERY FERREIRAInstituição: Hospital das Clínicas - UFMGCidade/UF: BELO HORIZONTE/MGResumo:

    Introdução: Anorexia (AN) e Bulimia (BN) ganhamrelevância nos anos recentes. Os pediatras não podem estaralheios ao diagnóstico e a condução de tratamento dessespacientes, desafio à prática e à elaboração teórica da medicina.Objetivos: Apresentação do trabalho interdisciplinar demédicos e psicanalistas à demanda crescente de atendimentos apacientes com AN e BN. Resultados: Desde 1999, o NIABvem sendo constituído a partir da aglutinação de profissionaisde áreas diversas interessados no atendimento a pacientes comAN ou BN. O trabalho interdisciplinar oferece subsídiosvaliosos à compreensão e ao cuidado desses pacientes em suascomplicações nutricionais e metabólicas e no tratamentopsiquiátrico. O conhecimento reduzido ao campo biológicopode cair no impasse e, por outro lado, a clínica médica e apsiquiatria se enriquecem ao assimilar contribuições de camposdo saber como a antropologia, a sociologia e em especial dapsicanálise. Atualmente, sete clínicos, dois psiquiatras e seispsicanalistas constituem a equipe. Os atendimentos são rea-lizados em ambulatório no HC-UFMG, contando também como apoio desta instituição para propedêutica e internações. Osprofissionais discutem os atendimentos do dia e outra reuniãosemanal, com toda a equipe, é realizada para apresentação econstrução dos casos. Os pacientes chegam através de procuradireta (informações adquiridas na internet, mídia ou deterceiros), também encaminhados por médicos e psicólogos. Oprimeiro atendimento é feito por um dos profissionais do NIABna tentativa de estabelecer desde o início o vínculo terapêutico.A partir dessa avaliação são feitos os encaminhamentosnecessários. Pela orientação psicanalítica busca-se a implicaçãodo paciente com o seu tratamento, procurando deslocar osintoma de transtorno alimentar e da imagem corporal para omal-estar psíquico. Conclusões: O trabalho do NIAB temmostrado que a gravidade de tais pacientes requer a clínica feitapor muitos, convocando contribuições de vários campos dosaber. A experiência mostra como fundamental compartilhar otrabalho da clínica médica e da psiquiatria, com a ricacontribuição da psicanálise, na condução, entendimento e nocuidado dos pacientes.

    Código Trabalho:121Título: O ADOLESCER DO ADOLESCENTE COM DEFICIÊNCIAMENTAL - A VISÃO DA FAMÍLIA E A IMPORTÂNCIA DA EQUIPEMULTIPROFISSIONAL.Autores: ALDA ELIZABETH IGLESIAS AZEVEDOInstituição: APAE- CuiabáCidade/UF: CUIABA/MTResumo:

    Introdução:Não se deve negar as especificidades e peculiari-dades advindas da deficiência mental, porém enfatizar as possi-bilidades desse sujeito, na totalidade de seu ser é fundamentalpara tornarem-se plenamente conscientes das transformaçõespubertárias, da sexualidade e a busca de autonomia destessujeitos , auxiliando-os neste adolescer fatores , estes, querequerem persistência e vontade. Conhecer a importância da

    Adolescência

  • serviços e programas do setor Saúde - existentes e a seremcriados, nas unidades de saúde.

    Código Trabalho:331Título: O ENSINO DA INFORMÁTICA NO AMBIENTEHOSPITALAR: O PACIENTE VIRANDO ALUNO E O ALUNO SENDOPACIENTEAutores: FABIANA FERREIRA NASCIMENTO;ANA LUCIATAROUQUELLA SCHILKE;REGINA MULLER;REGINA XAVIERInstituição: Intituto nacional de Cardiologia LaranjeirasCidade/UF: RIO DE JANEIRO/RJResumo:

    Introdução: A febre reumática é uma doença séria, de difíciladesão ao tratamento e que vem acometendo um numero cres-cente de crianças e adolescentes em nosso país, comprome-tendo significativamente a inserção desse futuro jovem, nomercado de trabalho, gerando com isso um problema social.Objetivos: Diante dessa evidência, pensamos em estratégiaseducativas que pudessem contribuir para a diminuição daexclusão social. Nosso trabalho surge da necessidade degarantir o acesso ao conhecimento de uma ferramenta, hoje,indispensável para o mercado de trabalho - a informática.Objetivamos contribuir para a diminuição das desigualdadessociais vivenciadas pelos portadores de febre reumática atravésda qualificação profissional desses jovens, possibilitando,ainda, a vinculação com o hospital garantindo assim adesão aotratamento. O trabalho em grupo permite a socialização de suashistórias de vidas. Eles/as a partir disso, re-significam essasexperiências e incorporam a utilização da informática como uminstrumento potencializador do acesso ao conhecimento.Métodos: O curso é dividido em cinco módulos de formaçãoque mesclam conceitos da informática - Windows, Internet,Word, Excel e PowerPoint - com conhecimentos da vida cotid-iana, onde ao final de cada modulo é realizado uma atividadeextra-classe ligada aos temas geradores que surgem dasdemandas trazidas pelos/as alunos/as. O curso tem duração deseis meses e as aulas acontecem semanalmente - aos sábados -das 09:00 as 12:00 com capacidade para 12 alunos. Optamospor trabalhar com o referencial teórico baseado na metodologiasócio-construtivista de Vygotsky onde o professor atua comoum mediador do conhecimento. Combinado a essa, ametodologia do conhecimento em rede, que visa possibilitar aesses adolescentes compreenderem novos caminhos do mundodo trabalho, sendo apresentados a novas tecnologias, asculturas existentes e aos novos conhecimentos que surgem.Resultados: Já estamos na nossa terceira turma e mantemosum índice elevado de comparecimento as aulas. Percebemosque os alunos/pacientes mantém em dia a profilaxiasecundária* e que contribuímos para expandir o conhecimentoe a curiosidade desses/as adolescentes. Sua auto-estimaaumenta e eles/as se sentem valorizados por estarem partici-pando de um curso oferecido pelo hospital. Conclusões:Dependendo da profissão e sem o conhecimento da infor-mática, o individuo tem dificuldades de encontrar uma posiçãono mercado de trabalho.Durante todo o curso temos a preocu-pação de que esses/as adolescentes/as se questionem: qual aimportância do curso; porque as informações que circulam nelesão importantes; como fazer para perpetuá-las e quem poderáser beneficiado por ela.Quando propomos uma intervençãopedagógica a este sujeito estamos propondo um novo pensarsobre a saúde e a educação de quem vivencia a rotina médico-hospitalar. Nessa dimensão, o computador é utilizado e vistocomo uma ferramenta pedagógica que possibilita o trabalho emoutras dimensões.

    Código Trabalho:699Título: PERFIL DAS PARTURIENTES ADOLESCENTES E SEUSNEONATOS EM HOSPITAL PÚBLICO MUNICIPALAutores: CATARINA AMORIM B. PIRES;LÚCIA DE FÁTIMA PAISAMORIM;NELIANA TEMPONI;JAQUELINE OLIVEIRARODRIGUES;ALEXANDRA SILVA VELOSOInstituição: Pediatria - Hospital Municipal Odilon BehrensCidade/UF: BELO HORIZONTE/MGResumo:

    Introdução: Gravidez na adolescência tem se revestido deextrema importância na atualidade pela sua freqüência e conse-qüências às pacientes, seus neonatos, além do custo social.

    estão sendo realizadas. O interesse para o assunto é evidentepor parte destes adolescentes, mas os educadores e familiaresestão conduzindo de forma inadequada estas questões deixandode oferecer uma educação sexual saudável, preventiva e que osvalorizem como seres humanos emdesenvolvimento.Conclusões: Para o adolescente deficientemental é muito difícil expressar seus sentimentos, pois, ele é"falado", tornando - se, portanto, objeto de seus pais, profes-sores, cientistas o que o impede de construir um conhecimentoprofundo de seu ser e do outro. Geralmente este sujeito não tema possibilidade de se interrogar ou estabelecer uma identifi-cação significante, pois, é direcionado a uma contínua situaçãode dependência ou a preencher um vazio intelectual, pelos queo rodeiam, deixando-o sem defesa.Neste contexto,ficamprivados de experiências que promovem seu desenvolvimentoe no que diz respeito à sexualidade estão limitados de infor-mação, contato social e até mesmo de modelos interessantes derelações afetivas. Faltam orientações claras, objetivas efidedignas acerca de temas que envolvem a sexualidade o quecontribui para a perpetuação dos estereótipos, negando-os achance de desenvolverem suas potencialidades e de viverexperiências no âmbito afetivo e sexual e a integração social

    Código Trabalho:754Título: O CARTÃO DE SAÚDE DE ADOLESCENTES COMOINSTRUMENTO NA IMPLANTAÇÃO DE UM PROGRAMA DEATENÇÃO INTEGRAL NO MUNICÍPIO DE CUIABÁAutores: ALDA ELIZABETH IGLESIAS AZEVEDOInstituição: Secretaria Muncipal de Cuiabá- MTCidade/UF: CUIABA/MTResumo:

    Justificativa: Para se implantar um programa de atenção asaúde de adolescentes e jovens é necessário a construção depolíticas públicas capazes de prover atenção integral à saúdeem todos os níveis de complexidade e a validação do cartão desaúde do adolescente como projeto piloto do Ministério daSaúde, na capital, foi o marco do programa .Objetivos: incor-porar o procedimento à rotina das atividades de atendimento eao quadro organizacional dos serviços preventivos e assisten-ciais. Sensibilizar e capacitar profissionais de saúde paracompreenderem o significado, as manifestações e as conse-qüências do crescimento e desenvolvimento dos adolescentes.Formar alianças e parcerias necessárias para que seja o iníciode uma atuação ampliada e de suporte ao adolescente.Métodos: sensibilização e treinamento dos profissionais de 6unidades básicas de saúde de diferentes regionais da capitalsobre organização de serviço e abordagem do adolescente e opreenchimento e uso do cartão; estudo com um grupo focal de20 adolescentes de ambos os sexos sobre a aderência ao uso docartão e pesquisa com os profissionais das unidades de refer-ência sobre sua utilidade.Resultados: Ainda em fase deimplantação do cartão o grau de satisfação do adolescentes emparticipar do projeto está sendo interessante com sugestões quepodem nortear a assistência na área, além de permitir o protag-onismo e a responsabilidade com sua saúde e a disseminaçãodo programa na unidade. Aos profissionais traz um segurançana metodologia do atendimento, fluxograma na unidade e vemnorteando suas condutas. O cartão ,está permitindo assinalar, apartir do atendimento, as principais queixas dos adolescente,acompanhar de forma integrada com o adolescente seu cresci-mento e desenvolvimento, vacinas, detectar fatores protetores efatores de risco , obter informações e resgatar o sentido decidadania do adolescente garantindo o bem estar físico, social eemocional . Promove a intersetorialidade ao estabelecer parce-rias dentro do setor saúde e com outras instituições, fortale-cendo a rede de apoio social; Subsidia a formulação depolíticas públicas saudáveis. É um instrumento educativo aoprofissional que lida com a proteção adolescente e para popu-lação, levando a mobilização da sociedade. Conclusões: ASecretaria de Saúde é proponente e executora das políticaspúblicas de seus respectivos setores, além de responsáveispelos estabelecimentos que atendem às crianças e aos adoles-centes. Sem se integrar ao quadro das práticas profissionais e àrotina dos serviços, o atendimento não se efetivará. E o cartãode saúde do adolescente dará visibilidade a esta política nomunicípio representando o compromisso de incorporar aatenção à saúde da população jovem à estrutura, mecanismosde gestão, ações e rotinas do Sistema Único de Saúde em todosseus níveis. E, serve de parâmetro norteador às diversas ações,

    Adolescência

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    Adolescência

    Código Trabalho:600 Título: PREVALÊNCIA DA DISMENORRÉIA EM ADOLESCENTESRESIDENTES DA ZONA RURAL E URBANA, DA CIDADE DEGUARAREMA, SP.Autores: KELENCRISTINA THOMAZ ROMERO;ALINESOKOLOWSKI SILVA;ANDREA CASTRO CORRALLO;RAFAELFONSECA RODRIGU SOUZA;MARIA SYLVIA SOUZA VITALLEInstituição: Escola Paulista de Medicina / UNIFESPCidade/UF: MOGI DAS CRUZES/SPResumo:

    Introdução: Dismenorréia é uma síndrome álgica que ocorreno período pré ou intramenstrual. Classificada como leve,moderada e grave conforme a intensidade dos sintomas.Objetivos: Determinar a prevalência de dismenorréia emadolescentes, residentes da zona rural e urbana, da cidade deGuararema e classificar quanto à intensidade da sintoma-tologia. Métodos: Estudo transversal de junho a novembro de2001, com 506 meninas de 10 a 16 anos de idade, da escola Dr.Roberto Feijó, residentes da zona rural e urbana. Os dadosforam obtidos através de entrevista direta e individual sobre odesenvolvimento puberal e dismenorréia. Resultados: Das 506meninas entrevistadas, apenas 309 (61,07%) apresentavammenarca e a média de idade da menarca foi de 12 anos emambas áreas estudadas. A prevalência de dismenorréia foi de63% (n=63) e de 57% (n=120) na zona rural e urbana respecti-vamente. Com relação a intensidade da dor 39,68% (n=25) dasmeninas da zona rural consideram fraca, e da urbana 30,83(n=37); moderada 19,04% (n=12) na rural e 29,16% (n=35) naurbana, e forte 41,26% (n=26) na zona rural e 40% (n=48) nazona urbana. Conclusões: Encontramos uma alta prevalênciade dismenorréia no grupo estudado devido ao questionamentoter sido dirigido para esta sintomatolgia, mas a caracterizaçãoda dor deve ser melhor investigada pela grande proproção demeninas que consideram sua dor forte.

    Código Trabalho:944Título: PREVALÊNCIA DE COMPORTAMENTOS SEXUAIS DERISCO ENTRE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOSAutores: STELLA MARIA DE MELO BASTOS BRAGA;ROBERTOASSIS FERREIRA;MARCO ANTÔNIO DUARTE;SARAH GONÇALVESFONSECA;RODRIGO DE ALMEIDA FERREIRAInstituição: Universidade Federal de Minas GeraisCidade/UF: BELO HORIZONTE/MGÁrea: ADOLESCÊNCIAContato: [email protected]:

    Introdução: O interesse pelo comportamento sexual dosjovens vem crescendo nas últimas décadas, tanto pelo aumentona taxa de fecundidade, como pela alta prevalência deDST/AIDS nesta faixa etária. Objetivos: descrever aspectos dasexualidade e a prevalência de comportamentos sexuais derisco para DST/AIDS entre estudantes da UFMG. Métodos:estudo transversal com amostra representativa de estudantesuniversitários do primeiro ano, pertencentes a cursos das oitoáreas de conhecimento da UFMG. Como instrumento utilizou-se questionário com questões fechadas, aplicado a 362 alunoscom idade entre 18 e 25 anos (jovens - OMS). Entre os alunosque responderam ao questionário, 58,6% eram do sexomasculino e 41,4% do sexo feminino. Apenas um aluno eracasado. Resultados: 65,7% dos universitários haviam iniciadovida sexual com penetração, com predominância do sexomasculino. A idade média da primeira relação sexual foi de16,4 anos, com início mais precoce no sexo masculino. Amaioria dos universitários sexualmente ativos relatou ter tidode um a três parceiros durante a vida. Nos dois últimos mesesanteriores à pesquisa, 60,9% tiveram um único parceiro sexuale 30,3% não tiveram nenhum parceiro. O tipo de relação sexualmais freqüente foi pênis-vagina, seguido pelo sexo oral. Poucosdeclararam ter tido relação anal. Houve predomínio de heteros-sexualidade e poucos relatos de homo ou bissexualidade.Quanto ao uso do preservativo, menos da metade dos univer-sitários sexualmente ativos (45,8%) declarou uso constante, emtodas as relações sexuais. Entre os motivos para o não usoconstante do preservativo, a maioria (56,6%) não apontoumotivo entre as opções apresentadas, mas os mais relatadosforam: diminuir o prazer; quebrar o clima da transa; o parceironão gostar e por achar que não precisa. Conclusões: opercentual de universitários, com vida sexual ativa, comcomportamentos de risco para DST/AIDS é significativamente

    Medidas de prevenção nas pacientes com idade menor que 20anos têm sido desenvolvidas pelos serviços de saúde pública.Estudar sua incidência contribui para maior compreensão doproblema e otimizar os programas de prevenção. Objetivos:Determinar a incidência, associação com peso de nascimento,idade gestacional e tipo de parto em pacientes com idade menorque 20 anos, no período de maio de 2004 a junho de 2006, emhospital público municipal. Métodos: Estudo retrospectivo,descritivo. Foram estudados todos os registros dos partos ocor-ridos no hospital, anotados tipo de parto, idade materna, idadegestacional, paridade, peso de nascimento e Apgar de primeiroe quinto minutos. Os neonatos foram agrupados em nativivos(NV) e natimortos (NM). Correlação com tipo de parto, pesode nascimento e idade gestacional foi analisada utilizando oprograma Epi-Info 6.4. Resultados: Em 4385 nascimentos(4289 NV e 86 NM) foram identificadas 850 (18,4%) gestantescom idade menor que 20 anos (791 NV e 14 NM), sendo 34(4,3%) com idade inferior a 15 anos. Em relação ao tipo departo foram 531 partos vaginais (66%), 250 cesáreas (31,1%) eem 19 casos parto vaginal com auxílio de fórceps (2,4%). Dos805 nascimentos, 216 (26,8%) foram neonatos com baixo pesoe 218 (27%) neonatos prematuros, sendo 43 (5,3%) com idadegestacional inferior a 30 semanas. Não houve significânciaestatística nos fatores analisados. Conclusões: A gravidez naadolescência necessita de cuidados especiais tanto física quantopsicologicamente, assim como de programas de prevenção. Nonosso serviço cerca de um quarto dos partos foram de mãescom idade inferior a 20 anos, com o alarmante percentual, cercade 4%, com idade inferior a 15 anos. Não houve correlaçãoestatística com os fatores estudados, porém é elevado opercentual de neonatos com baixo peso e prematuros (ambospróximo a um terço), e de partos cesáreos (um terço).

    Código Trabalho:1156Título: PERFIL DE ATENDIMENTOS DE AMBULATÓRIOESPECÍFICO PARA ADOLESCENTES NO MUNICÍPIO DE OSASCOAutores: ALEXANDRE MASSASHII HIRATA;LÍGIA DE FÁTIMANÓBREGA REATO;ROBERTA MACHADO BOZZETTI;JULIANATODARO;ADRIANA YUMI HIRAIInstituição: Faculdade de Medicina do ABCCidade/UF: SANTO ANDRÉ/SPResumo:

    Introdução: Frente à importância demográfica e vulnerabili-dade aos agravos da população adolescente, faz-se necessárioum programa de atenção diferenciado e abrangente, capaz decorresponder às expectativas dessa faixa etária, e baseado emsuas necessidades de saúde. Objetivos: O presente estudovisou traçar o perfil dos atendimentos realizados em ambu-latório de adolescentes no município de Osasco. Métodos: Foirealizado estudo retrospectivo nos prontuários de 804 adoles-centes matriculados em ambulatório municipal específico paraadolescentes no período de outubro de 2003 a setembro de2005. Através de protocolo-padrão, foram coletadas asseguintes informações: idade, sexo, desenvolvimento puberal,motivo da consulta, estado nutricional e hipóteses diagnósticas(principal e secundárias). A partir dos dados obtidos, foramcalculados valores absolutos e percentuais, e, para análisecomparativa, foi utilizado o teste de qui-quadrado. Considerou-se significativo p

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    Adolescência

    5,4%(5/93) também trabalhavam. Em relação ao gênero,20%(16/80) dos adolescentes e 3,2%(2/63) das adolescentes játrabalhavam. Quanto ao projeto de vida, 45%(36/80) dosmeninos pretendiam fazer vestibular; 23,8%(19/80), um cursoprofissionalizante e 21,3%(17/80) não pensavam no assunto.Das adolescentes, 71,4%(45/63) pensavam fazer vestibular;14,30%(9/63), um curso profissionalizante e 9,5%(6/63) aindanão haviam pensado no assunto. Dos 143 adolescentes,5,6%(8/143)pretendiam parar de estudar após o ensino médio.Entre os pais, 33,9%(39/115) e 12,2%(14/115), concluíram osegundo e terceiro graus versus 31%(35/113) e 3,5%(4/113) dasmães, respectivamente. Conclusões: O baixo nível de escolari-dade dos pais associado às precárias condições de vida,contribuem para a falta de um projeto de vida estruturador entreos adolescentes. Faz-se necessário um suporte educacionalcompetente, que os mantenha na escola, valorize e desenvolvasuas aptidões, e os encaminhe a uma formação profissionaladequada e futura inserção no mercado de trabalho.

    Código Trabalho:675Título: RELAÇÃO ENTRE PESO AO NASCER, ALEITAMENTOMATERNO E OBESIDADE DOS PAIS COM A OBESIDADE DEADOLESCENTESAutores: GLAUCE LAMOGLIE CARVALHO;ISA PADUACINTRA;MAURO FISBERGInstituição: CENTRO DE ADOLESCENTES UNIFESPCidade/UF: SAO PAULO/SPResumo:

    Introdução: a obesidade é conhecida como uma patologia deepidemia mundial, atingindo inclusive a classe pediátrica,sendo que vários estudos têm identificado alguns fatorescontribuintes para a obesidade nessa faixa etária, comogenéticos, neonatais ambientais e estilos de vida. Objetivos: opresente artigo visou avaliar a relação entre o peso ao nascer, oaleitamento materno exclusivo e obesidade dos pais comopossível contribuição para o excesso de peso em adolescentes.Métodos: Foram coletados dados dos pacientes do Centro deAtendimento e Apoio ao Adolescente da UNIFESP (CAAA),dos diferentes ambulatorios, nutrição geral, obesidade eesporte, quanto à idade, índice de massa corpórea (IMC) na 1ªconsulta, peso ao nascer (Pn), aleitamento materno exclusivo(AME) e o estado nutricional dos pais. Os dados foram tabu-lados no software Excell, tendo a amostra sido dividida emeutrófica, quando o IMC estivesse entre os percentis 5 e 85 eexcesso de peso quando o IMC fosse superior ao percentil 85.Para análise e validação estatística das associações encon-tradas, utilizou-se o programa SPSS 10.1. Resultados: Entreos 292 adolescentes estudados, 32,5% eram do sexo masculinoe 67,5% do feminino, com média de idade de 14,63 ± 2,3 anos.Em relação ao estado nutricional, 33,3% eram eutróficos e66,7% apresentavam excesso de peso, entretanto estes doisgrupos não apresentaram diferença estatística em relação àidade, ao sexo e ao tempo de aleitamento materno. A duraçãomédia do AME e o Pn foram, respectivamente, 3,321± 2,261meses e 3064 ± 0,695 no grupo eutrófico e 3,147 ± 2,179 e3310 ± 0,646 no grupo com excesso de peso. Apesar do tempode AME não ter apresentado diferença estatística entre os doisgrupos, verificou-se um efeito protetor do aleitamento maternocontra o excesso de peso (OR=1,83). Em relação ao Pn,também se verificou uma associação positiva do elevado pesoao nascer com o índice de massa corporal dos adolescentes(p=0,012). Esta variável mostrou ser um fator de risco para oexcesso de peso na adolescência (OR = 2,86). Encontrou-seuma correlação significativa (p

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    rizado por baixa estatura, disgenesia gonadal, malformações eestigmas diversos, como palato em ogiva, cubitus valgus,epicanto, entre outros. No período neonatal, o achado maiscomum é o linfedema de mãos e pés, podendo haver higromacístico ou hidropsia fetal. Na infância o principal sintoma é abaixa estatura, com desaceleração do crescimento na idadeescolar. Na adolescência podem ser observados baixa estaturaassociada à ausência de estirão puberal e aparecimento doscaracteres sexuais secundários, amenorréia primária e infertili-dade. A baixa estatura está presente em quase todos os casos,determinando uma estatura final bastante comprometida. Ohormônio de crescimento (HGHr) é recomendado para os casosde pior prognóstico estatural, promovendo um acréscimo de 8 a10 cm na estatura final. Objetivos: Avaliar as causas e conse-quências do diagnóstico tardio da ST, na adolescência.Métodos: Foram avaliados 5 casos de pacientes encaminhadasao ambulatório do NESA/HUPE, no período de julho de 2000 adezembro de 2005, para avaliação clínica, sendo feito o diag-nóstico de ST. Foram avaliados: o motivo do encaminhamento,a idade do primeiro atendimento, a presença de dismorfias epuberdade espontânea. Resultados: Dentre os motivos doencaminhamento: nenhum foi por suspeita de ST, 2 foramencaminhadas exclusivamente por baixa estatura, 1 por baixaestatura associada à amenorréia primária, 1 por baixa estaturaassociada a atraso puberal e 1 por amenorréia primária. Dentreessas pacientes, todas apresentavam baixa estatura e estigmasem graus variados, 3 apresentavam puberdade espontânea e 1,cardiopatia. Avaliando a idade da primeira consulta no NESA,temos: 12 anos, 12 anos e 5 meses, 17 anos e 3 meses 15 anos e6 meses e por fim 13 anos e 6 meses. O cariótipo de 3 destasdemonstrava mosaicismo. Conclusões: A baixa estatura devesempre ser avaliada para exclusão de ST. Mesmo as pacientescom puberdade espontânea devem ser criteriosamente ana-lisadas, pois esta última não invalida o diagnóstico de ST,sendo um fator prejudicial para a estatura final. Os pediatrasdevem estar atentos às manifestações clínicas da ST, pois seudiagnóstico precoce, com reconhecimento das malformações ede co-morbidades associadas, bem como a utilização do HGHr, promovem uma qualidade de vida melhor para essaspacientes.

    Código Trabalho:632Título: TAXAS BIOQUÍMICAS E ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOSDE ADOLESCENTES MATRICULADOS NO ENSINO PÚBLICO EPRIVADO DE CAMPINA GRANDE-PB.Autores: DANIELLE FRANKLIN CARVALHO;MARIA APARECIDAALVES CARDOSO;WILMA VASCONCELOS SOUSA;MARIASTEFANIA NÓBREGA BATISTA;ANDREA CAROLINOMONTE;GUSTAVO HENRIQUE FIORENTINOInstituição: Universidade Estadual da ParaíbaCidade/UF: CAMPINA GRANDE/PBResumo:

    Introdução: A alta prevalência de sobrepeso/obesidade apre-senta-se como grave problema de saúde pública, especialmentepelo crescimento entre crianças e adolescentes e pelas compli-cações associadas. Objetivos: Estudar os índicesantropométricos e as taxas bioquímicas (glicemia, colesteroltotal, lipoproteínas HDL, LDL e VLDL, e triglicérides) deadolescentes de Campina Grande-PB. Métodos: Estudo trans-versal com 180 adolescentes de 14 a 17 anos, de escolaspúblicas e privadas de Campina Grande-PB. Foram coletadoscerca de 5mL de sangue de cada adolescente, por punçãovenosa, após jejum prévio de 10-12h. As análises bioquímicasforam realizadas no Laboratório de Análises Clínicas (LAC) daUniversidade Estadual da Paraíba e interpretadas segundo osvalores propostos pelo American Diabetes Association (1999) eo III Consenso Brasileiro de Dislipidemia (2001). Foramtomadas medidas de peso e altura para construção do Índice deMassa Corporal (IMC). O diagnóstico nutricional foi feito comreferência no SISVAN (Sistema de Vigilância Alimentar eNutricional), que adota o critério de classificação percentilardo IMC, segundo idade e sexo, do padrão National Health andNutrition Examination Survey. A análise foi feita peloEPIINFO, versão 2.0. A normalidade da distribuição foiavaliada pelo teste de Komolgorov-Smirnov. Foi feita análisedescritiva dos resultados e posteriormente análise univariada,com a aplicação de testes de hipótese. Foi considerado o inter-valo de confiança de 95% e nível de significância de 5%(p

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    foram superiores às apresentadas pelo Brasil. Observamostambém, que em todo o período estudado e na maioria dasregiões do país, houve uma forte correlação linear, exceto noCentro-Oeste que mostrou correlação negativa. Conclusões:Atendência secular do sobrepeso e da obesidade em adolescentesmasculinos brasileiros é crescente de 1980-2000.

    Código Trabalho:1162Título: TENTATIVA DE SUICÍDIO NA ADOLESCÊNCIA: PERFILDAS INTOXICAÇÕES EXÓGENAS NOTIFICADAS PELO CEATOX(CENTRO DE ASSISTÊNCIA TOXICOLÓGICA) DE PERNAMBUCO,NO PERÍODO DE 2002 A 2006.Autores: MARIA LUCINEIDE PORTO AMORIM;VALQUÍRIAWANDA SANTOS;AMÉRICO ERNESTO OLIVEIRA JRInstituição: centro de assistência toxicológica dePernambucoCidade/UF: RECIFE/PEResumo:

    Introdução: O índice de suicídio entre adolescentes triplicounos últimos 20 anos. No Brasil, entre 26 a 30% dos suicídiosocorrem em indivíduos de até 24 anos, constituindo, assim, umgrave problema de saúde pública. A adolescência caracteriza-sepor uma etapa de conflitos e contradições devido a múltiplassituações novas e pressões sociais que o indivíduo vivencia.Estes e diversos outros fatores podem favorecer risco potencialde comportamento autodestrutivo. Objetivos: Analisar o perfilepidemiológico das tentativas de suicídio na adolescência,compreendendo a faixa dos 10 aos 19 anos, notificadas peloCEATOX do Hospital da Restauração/Recife-PE, no períodode fev/ 2002 a fev 2006. Métodos: O levantamento dos dadosfoi realizado através de estudo retrospectivo das fichas de noti-ficação de ocorrências toxicológicas que integram o banco dedados do CEATOX /PE, no período de fev/2002 a fev/2006,onde foram estudadas as intoxicações exógenas agudas emadolescentes de 10 a 19 anos, segundo: faixa etária, sexo,circunstância, agente tóxico e mortalidade, analisados deacordo com a distribuição de freqüência. Resultados: Foramnotificados no período citado, 1321 casos de intoxicaçãoexógena. Destes, 997 (75.4%) foram tentativas de suicídio,sendo 892 (67.5%) do sexo feminino e 389 (29.4%) do sexomasculino. Observamos, no entanto, que o número de casos nosadolescentes masculinos, embora menor em todo período, temcrescido a cada ano. A faixa etária mais acometida foi de 16 a19 anos, com 771 (58.3%) intoxicações, sendo 16 anos com178 (13.4%), 17 com 179 (13.5%), 18 com 213 (16%) e 19anos com 201 (15.2%). Houve predomínio de intoxicações porchumbinho (agrotóxico comumente utilizado como raticida)com 649 (48.9%), seguido de medicamentos, 449 (33.9%).Foram registrados 10 (0.7%) óbitos, 6 do sexo feminino e 4masculino, 7 por carbamato e 3 por causas desconhecidas, 3casos aos 15 anos, 3 aos 19, 2 aos 16, 1 aos 11 e 1 aos 14.Conclusões: Foi constado crescente prevalência da ingestaintencional do carbamato pelo sexo feminino no final daadolescência. Estes dados evidenciam a importância de apro-fundarmos estudos sobre fatores sociais, emocionais, culturaisque poderiam estar envolvidos na ideação suicida naadolescência, bem como, a identificação de recursosestratégicos que facilitem a detecção precoce dos sinais queprecedem a tentativa de suicídio, e mais ainda, a desmistifi-cação, intervenção e tratamento adequado dos casos, no esforçode, assim, minimizarmos as ocorrências, reincidências e casosletais neste grupo populacional.

    Código Trabalho:34Título: TUBERCULOSE PULMONAR NA ADOLESCÊNCIA: UMAAPRESENTAÇÃO INCOMUM DE UMA DOENÇA COMUMAutores: CRISTIANE MURAD TAVARES;RAFAEL LOPESCARVALHO;MARIA CRISTINA CAETANO KUSCHINIR;JOSÉHENRIQUE WITHERS AQUINOInstituição: UE