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GABRIELA BILÓ/FUTURA PRESS MÍN: 4°C MÁX: 13°C www.readmetro.com | [email protected] | www.facebook.com/metrojornal | @MetroJornal_CTB CURITIBA Quinta-feira, 14 de agosto de 2014 Edição nº 825, ano 4 CAMPOS MORRE EM ACIDENTE > Além do candidato do PSB, outras seis pessoas morreram na queda do jatinho em Santos; causas ainda são desconhecidas > Neto de Miguel Arraes, ex-governador de PE tinha 49 anos e deixa 5 filhos PÁGS. 04 A 06 FRED CASAGRANDE/METRO SANTOS Local onde o avião caiu, no bairro Boqueirão, em Santos

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GABRIELA BILÓ/FUTURA PRESS

MÍN: 4°CMÁX: 13°C

www.readmetro.com | [email protected] | www.facebook.com/metrojornal | @MetroJornal_CTB

CURITIBA Quinta-feira, 14 de agosto de 2014Edição nº 825, ano 4

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CAMPOS MORRE EM ACIDENTE

> Além do candidato do PSB, outras seis pessoas morreram na queda do jatinho em Santos; causas ainda são desconhecidas

> Neto de Miguel Arraes, ex-governador de PE tinha 49 anos e deixa 5 filhos PÁGS. 04 A 06

FRED CASAGRANDE/METRO SANTOS

Local onde o avião caiu, no bairroBoqueirão, em Santos

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CURITIBA, QUINTA-FEIRA, 14 DE AGOSTO DE 2014www.readmetro.com |02| {FOCO}

1FOCO

O jornal Metro circula em 24 países e tem alcance diário superior a 20 milhões de leitores. No Brasil, é uma joint venture do Grupo Bandeirantes de Comunicação e da Metro Internacional. É publicado e distribuído gratuitamente de segunda a sexta em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, ABC, Santos, Campinas e Grande Vitória, somando 510 mil exemplares diários.

Editado e distribuído por Metro Jornal S/A. Endereço: rua Santa Cecília, 802, Pilarzinho, CEP 80820-070, Curitiba, PR. Tel.: 041/3069-9191O jornal Metro é impresso na Gráfica RBS – Zero Hora Editora Jornalística S/A.

EXPEDIENTEMetro Brasil. Presidente: Cláudio Costa Bianchini (MTB: 70.145) Editor Chefe: Luiz Rivoiro (MTB: 21.162). Diretor Comercial e Marketing: Carlos Eduardo Scappini Diretora Financeira: Sara Velloso. Diretor de Tecnologia e Operações: Luiz Mendes Junior Gerente Executivo: Ricardo AdamoCoordenador de Redação: Irineu Masiero. Editor-Executivo de Arte: Vitor Iwasso

Metro Curitiba. Gerente Executivo: Rodrigo Afonso. Editora-Executiva: Martha Feldens (MTB: 071) Diagramação: Luana Santana. Grupo Bandeirantes de Comunicação Curitiba - Diretor Geral: André Aguera.

A tiragem e distribuição desta edição são auditadas pela BDO.30.000 exemplares

FALE COM A REDAÇÃ[email protected]/3069-9189

COMERCIAL: 041/3069-9191

Marcados para acontecer na noite de hoje, os debates da Band entre os candidatos aos governos estaduais foram adiados em todo o Brasil. O motivo foi o luto pela mor-te do candidato à presidên-cia Eduardo Campos (PSB), no desastre aéreo de ontem em Santos, litoral paulista. A di-reção nacional de jornalismo definiu a nova data para o dia 23 de agosto. Assim, todos os partidos têm como se adap-tar nessa nova situação, disse o diretor geral de jornalismo em Curitiba, Amado Osman.

Diversas lideranças polí-ticas do Paraná lamentaram ontem a tragédia. Luciano Ducci, do mesmo partido que

Campos (PSB), emitiu nota. “Estou muito triste e chocado com a morte do meu amigo e líder (...) uma pessoa generosa e com muita vontade de mu-dar o Brasil”, escreveu.

Roberto Requião se mani-festou pelo twitter. “Chocado com a morte. Paro um pou-co para refletir sobre a vida e a política”. Gleisi Hoffmann também emitiu nota: “Me so-lidarizo e mando minhas ora-ções para família e amigos”, disse. Beto Richa também co-mentou a tragédia. “É um du-ro golpe na esperança de to-dos os brasileiros de bem, que acreditam na força das ideias e na honestidade de propósi-tos”, disse.

Acidente. Com a morte de Eduardo Campos, emissora transfere para o dia 23 os eventos que marcam a largada eleitoral

Encontros iriam acontecer em diversos Estados | RODRIGO FÉLIX LEAL / METRO CURITIBA

Debates na Band são adiados após tragédia

THIAGOMACHADOMETRO CURITIBA

Campanhasparam nos próximos dias A morte de Eduardo Cam-pos motivou a interrup-ção das campanhas elei-torais nos próximos dias. O PT nacional deu orien-tação de parada por três dias. No Paraná, Gleisi Hoffmann não terá agen-da pública hoje. O PSDB anunciou a paralisação na campanha de Beto Richa por três dias. Já o PMDB de Requião disse que mante-rá os compromissos.

METRO CURITIBA

Paraná ELEIÇÕES2014

A Comissão Estadual de In-fectologia discutiu ontem a estratégia de enfrentamen-to contra possíveis casos do vírus ebola no Paraná.

Os representantes da Secretaria de Saúde, so-ciedades médicas e hospi-tais definiram um fluxo de atendimento a ser seguido em casos suspeitos.

Segundo o superinten-dente de Vigilância em Saú-de, Sezifredo Paz, o estado está organizando uma sé-rie de ações a serem ado-tadas desde a definição de um caso suspeito e sua no-tificação, até exames e iso-lamento para tratamento em hospitais de referên-cia para casos que sejam confirmados.

“Até o momento tivemos duas suspeitas que já foram

prontamente descartadas. Um caso era cardiopatia e o outro malária”, afirma Paz, sobre uma mulher e um ho-mem de Londrina que volta-ram recentemente da África.

A epidemia da doença em alguns países do continente

africano é considerada uma emergência sanitária pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Nas próximas se-manas, o Ministério da Saú-de deve divulgar um protoco-lo completo sobre o manejo clínico METRO CURITIBA

Paraná define atuação contra vírus ebola

Seiscentos profissionais se reuniram por videoconferência | VENILTON KÜCHLER

Greve na Educação

Promessa de apoioRepresentantes do

Sismmac (Sindicato dos Servidores do Magistério

Municipal de Curitiba) se reuniram ontem com vereadores da

Comissão de Educação da Câmara Municipal, que é presidida por Mauro Ignácio (PSB) (foto). Os professores receberam a promessa de que um projeto de lei proposto

pela prefeitura, que prevê aumento para os

educadores, vai tramitar rapidamente na Câmara. Os professores fizeram uma greve de dois dias

nesta semana e voltaram às aulas ontem.

O IAP (Instituto Ambien-tal do Paraná) aprovou na terça-feira a paralisação das obras da Usina de Bai-xo Iguaçu, entre os municí-pios de Capanema e Capi-tão Leônidas Marques, no Oeste do Estado.

A medida atende a uma decisão da TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Re-gião), onde tramita uma ação questionando os danos ambientais da usina. A deci-são judicial foi do dia 15 de junho, porém só foi cumpri-da um mês depois por conta das fortes chuvas que atingi-ram a bacia do Rio Iguaçu no período de chuvas.

“Houve uma grande inundação em todo o Rio Iguaçu desde União da Vitó-ria até Foz do Iguaçu, o que causou o desmoronamento de parte do que havia sido construído”, explica o pre-

sidente interino IAP, Lucia-no Marchesini.

“Para avaliar o impacto ambiental que essa destrui-ção causou, houve necessi-dade de aguardar vinte e cin-co dias para baixar o nível do rio. Feita a análise, proto-colaram o pedido de parali-sação”, concluiu. METRO CURITIBA

Decisão do TRF-4 cancelou licençada usina | DIVULGAÇÃO/AEN

Hidrelétrica. IAP aprova suspensão de obras de usina

Dólar + 0,01%

(R$ 2,27)

Bovespa - 1,53% (55.581 pts)

Euro - 0,26%

(R$ 3,03)

Selic (11% a.a.)

Salário mínimo(R$ 724)

Cotações

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CURITIBA, QUINTA-FEIRA, 14 DE AGOSTO DE 2014www.readmetro.com {FOCO} |03|◊◊

A estrutura de vigilância e co-municação entre as forças de segurança pública, criada em Curitiba para vigiar frontei-ras, cidades e pontos estraté-gicos paranaenses durante a Copa, foi entregue ontem ao governo estadual para uso re-gular a partir de agora.

O aparato está concentra-do no CICC (Centro Integra-do de Comando e Controle), no prédio da Sesp (Secreta-ria de Segurança Pública), e vai concentrar no local as ações das principais forças policiais, especialmente no monitoramento de frontei-ras e divisas.

O ministro da Justiça, Jo-sé Eduardo Cardozo, esteve ontem na capital paranaen-se para formalizar o acor-do. A União, segundo o do-

cumento, vai arcar com os custos do novo sistema até dezembro de 2015. Para a es-trutura usada na Copa, o Pa-raná entrou com um investi-mento de R$ 40 milhões.

Futuramente, segundo a Sesp, a ideia é que o espaço também coordene os envios de viaturas da Polícia Militar (através do 190), Polícia Civil (197), Narcodenúncia (181), Polícia Rodoviária Federal (191) e Bombeiros (193).

Lavagem de DinheiroOutra medida anunciada on-tem pelo Ministério da Justiça foi a criação de uma unidade paranaense do LAB-LD (Labo-ratório de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro).

Já existente em outros es-tados desde 2007, o LAB-LD é um centro especializado em investigar práticas de lava-gem de dinheiro, corrupção e crimes relacionados.

Segundo o Ministério, a Rede-Lab, que reúne todos os laboratórios, já analisou mais de 1.500 casos de lavagem de dinheiro e corrupção, e iden-tificou R$ 20 bilhões em ver-bas ilícitas Brasil e no exterior.

Segurança. Local já começa a centralizar vigilância de fronteiras e divisas, e no futuro também vai coordenar os chamados de viaturas

Centro abrigou mais de 30 forças de segurança na Copa do Mundo | DIVULGAÇÃO / SESP

Governo inicia uso do ‘QG’ criado para a Copa

RAFAEL NEVES METRO CURITIBA

R$ 40mi é quanto o governo já aplicou no CICC. Até o final de 2015, as despesas do sistema serão custeadas pela União

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CURITIBA, QUINTA-FEIRA, 14 DE AGOSTO DE 2014www.readmetro.com |04| {BRASIL}

O candidato à presidência e ex-governador de Pernam-buco Eduardo Campos (PSB), 49 anos, morreu na manhã de ontem na queda do avião que seguia do Rio para San-tos, no litoral sul. O piloto, o co-piloto e outros quatro passageiros, todos integran-tes da campanha de Cam-pos, também morreram (leia mais abaixo).

A aeronave se chocou contra uma casa na rua Va-hia de Abreu, no bairro Bo-queirão, por volta das 10h. Segundo o Corpo de Bom-beiros, cerca de 10 residên-cias foram atingidas pelos destroços. Os moradores en-traram em pânico (veja fra-ses ao lado). Em terra, 11 pessoas ficaram feridas, ne-nhuma em estado grave. Na noite de ontem, apenas uma ainda seguia internada.

De acordo com o Coman-do da Aeronáutica, o Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, de-colou do aeroporto Santos Dumont, no Rio, com des-tino à Base Aérea de San-tos, localizada no Guarujá. Quando se preparava para pousar, o avião arremeteu. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu conta-to com a aeronave.

Candidata a vice-presi-dente na chapa de Campos, a ex-senadora Marina Silva deveria ter embarcado no mesmo avião, mas mudou de ideia. Ela também estava no Rio e iria para o Guarujá, mas mudou a rota, embar-cando em um avião de car-reira com assessores.

O ex-governador de Per-nambuco participaria de um seminário sobre o Por-

to de Santos, em Guaru-já. “Estávamos aguardan-do o avião. A agenda previa uma caminhada pelo co-mércio de Vicente de Car-valho e também um evento. O avião chegou a sobrevoar a Base Aérea, mas não con-seguiu pousar e arremeteu. Ele fez a volta e não retor-nou. Vimos nas redes so-ciais que um avião havia caído em Santos e depois ti-vemos a informação pelos coordenadores da campa-nha de que o Campos esta-va à bordo”, disse Valdemir Santana, vereador pelo PSB, em Guarujá.

A Aeronáutica informou que foi encontrado um gra-vador de voz, uma espécie de caixa-preta do jato (leia mais abaixo).

De acordo com Marcos Palumbo, capitão coman-dante do Corpo de Bombei-ros de São Paulo, o cenário encontrado era de vazamen-to de combustível e incên-dio nas residências.

“Retiramos cinco pessoas com queimaduras superfi-ciais das casas atingidas. Ha-via restos mortais por todos os lados. Na cozinha, sala, quintal. Um trabalho mui-to difícil.”

O enterro deve ocorrer no Recife, em Pernambuco. Porém, a data vai depender da conclusão dos trabalhos da perícia na identificação dos corpos. Ele será sepul-tado no mesmo túmulo do avô, o ex-governador de Per-nambuco Miguel Arraes.

Tragédia. Marina Silva, candidata a vice pelo PSB, deveria ter embarcado no mesmo avião, mas decidiu mudar a rota

COMO FOI O ACIDENTE

FONTES: PREFEITURA DE SANTOS, FORÇA AÉREA BRASILEIRA, CESSNA

SP

RJ

PARTIDA 9h21do Aeroporto SantosDumont, no Rio de Janeiro

Local doacidente

DestinoBase Aérea deSantos, Guarujá

O jato que caiu ontem era um Cessna 560XL (prefixo PR-AFA), da empresa paulista AF Andrade Empreendimentos e Participações. Ele tinha capacidade máxima para 12 pessoas

O JATO

POR DENTRO

9h50Piloto informou que tinha pouca visibilidade para pousar. O avião arremeteu (quando o veículo volta a subir) e logo em seguida a torre perdeu contato

R. V

AHIA

DE

ABRE

U

AV. D

R. W

ASHI

NGT

ON

LU

IZR. ALEXANDRE HERCULANO

BAIRROBOQUEIRÃO

8 imóveisatingidos

7 mortos

11 feridos

Horárioda queda

10h 5,23 M

16 M6,68 M

6,55 M

4,55 M

17,17 M

Acidente aéreo mata Eduardo Campos

“Poderiam ter ocorrido mais mortes porque caiu em um bairro cheio de residências, prédios, comércios e escolas. Foi uma tragédia.” JOÃO SILVA, APOSENTADO

A mulher de Eduardo Cam-pos, Renata, de 45 anos, es-tava com o marido na noi-te de anteontem no Rio de Janeiro. O quinto filho de Campos, Miguel, de seis me-ses, estava com o casal.

Enquanto o candidato pegou um avião para o li-toral paulista, Renata e Mi-guel embarcaram em um voo comercial, com destino ao Recife.

No início da tarde de on-tem, um sobrinho de Cam-pos chegou a afirmar que Renata e Miguel estavam

no jatinho. A informação foi desmentida ainda na tarde de ontem.

Renata e os cinco filhos de Campos ficaram em ca-sa. Ela recebeu visitas de políticos pernambucanos, entre eles o prefeito do Re-cife, Geraldo Júlio, e o ex--ministro Fernando Bezerra Coelho.

“Perdi um irmão mui-to amado, que foi muito amigo. Ele morreu no mes-mo dia em que meu avô”, disse Antônio Campos.

METRO

Mulher e filho caçula foram para Recife na última hora

Queda matou mais seisTodas as sete pessoas que estavam dentro do jatinho que saiu do aeroporto San-tos Dumont, no Rio de Ja-neiro, morreram. Campos viajava acompa-nhado de quatro integran-tes de sua comitiva, além do piloto da aeronave, Marcos Martins, e do co-pi-loto, Geraldo Cunha. Entre as vítimas estão os assesso-

Avião caiu em uma área residencial do bairro Boqueirão, em Santos; no destaque, soldado carrega parte da turbina do jato para análise

ANA PAULA SANTOS METRO SANTOS

O QUE EU VI“O avião já vinha pegando fogo e ouvi um estrondo muito forte. Estourou tudo em casa, vidros, janelas. Tremeu a casa inteira. Eu achei que fosse terremoto.” MIRIAM MARTINEZ - APOSENTADA

“Eu estava dormindo e estourou algo na janela. Eu achei que tinha caído um meteoro. A casa tremeu e caiu muita coisa no chão. Ficamos sem água, luz e telefone.LETÍCIA CAPPI - ESTUDANTE

“Fui até a porta da cozinha e vi uma bola de fogo imensa e senti cheiro de querosene. Eu jamais teria ideia que fosse um avião. Para mim era um botijão de gás.” ROSELI LIMA - COZINHEIRA

“Eu saí para pegar o jornal e ouvi um barulho muito forte. Eu fiquei sabendo que o avião havia caído próximo da academia do meu amigo e vim para cá para ter notícias dele”. ELI ELIVANGELISTA - APOSENTADO

“Estremeceu o prédio. Eu olhei na janela e o pessoal do outro edifício gritava que havia caído um avião. Eu não acreditei no que eu vi.” RENATO SPEDO - SOMMELIER

“A casa da minha tia foi atingida. Eu cheguei e estava pegando fogo. Por sorte nada aconteceu com ela. Mas foi um grande susto.”REBECA LUONGO - CALL CENTER

Minutos antes do acidente que vitimou o ex-governador Eduardo Campos e outras seis pessoas, o piloto Fabiano de Camargo Peixoto informou à torre de controle de Santos que faria nova tentativa de pouso com o Cessna 560XL.

No diálogo, obtido pelo Brasil Urgente, da Band, ele não relata qualquer tipo de fa-lha na aeronave e recebe au-torização dos controladores de voo para a operação.

Na avaliação do brigadeiro José Carlos Pereira, a investi-gação do acidente será com-plicada porque a aeronave foi praticamente destruída com o impacto no solo. “O foco dessa investigação se dará nas turbinas e nos diálogos da cai-xa de dados, uma espécie de caixa preta existente nesse ti-po de aeronave.”

O brigadeiro diz que ainda é cedo para se apontar qual-quer causa para a tragédia, mas acredita que a falha, se-ja ela mecânica ou humana, ocorreu quando o piloto fez uma curva à esquerda para realizar a nova tentativa de aterrissagem. “Não acredito

que o mau tempo tenha in-fluenciado no acidente. A ae-ronave possuía aparelhos pa-ra manobrar com neblina e chuva.”

Ainda na noite de ontem, a Aeronáutica informou que localizou um gravador de voz (espécie de caixa-preta) do ja-to. O equipamento registra tu-do o que foi falado na cabine, além de diálogos entre o pilo-to e a torre de controle. O ma-terial será encaminhado ao Cenipa (Centro de Investiga-ção e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), que também analisará as turbinas.

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Fernan-do Grella, informou que serão abertos inquéritos, civil e poli-cial, para investigar as causas do acidente. Os restos mortais das vítimas serão analisados na capital.

A queda do Cessna será a primeira investigada sob se-gredo de Justiça. A regra foi sancionada em maio pela pre-sidente Dilma Rousseff. A no-va lei proíbe a divulgação do conteúdo da caixa-preta du-rante as investigações. METRO

Piloto não relatou falhas antes do acidente

THIAGO BERNARDES/FRAME/FOLHAPRESS

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CURITIBA, QUINTA-FEIRA, 14 DE AGOSTO DE 2014www.readmetro.com {BRASIL} |05|◊◊CURITIBA, QUINTA-FEIRA, 14 DE AGOSTO DE 2014

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COMO FOI O ACIDENTE

FONTES: PREFEITURA DE SANTOS, FORÇA AÉREA BRASILEIRA, CESSNA

SP

RJ

PARTIDA 9h21do Aeroporto SantosDumont, no Rio de Janeiro

Local doacidente

DestinoBase Aérea deSantos, Guarujá

O jato que caiu ontem era um Cessna 560XL (prefixo PR-AFA), da empresa paulista AF Andrade Empreendimentos e Participações. Ele tinha capacidade máxima para 12 pessoas

O JATO

POR DENTRO

9h50Piloto informou que tinha pouca visibilidade para pousar. O avião arremeteu (quando o veículo volta a subir) e logo em seguida a torre perdeu contato

R. V

AHIA

DE

ABRE

U

AV. D

R. W

ASHI

NGT

ON

LU

IZ

R. ALEXANDRE HERCULANO

BAIRROBOQUEIRÃO

8 imóveisatingidos

7 mortos

11 feridos

Horárioda queda

10h 5,23 M

16 M6,68 M

6,55 M

4,55 M

17,17 M

Acidente aéreo mata Eduardo Campos

Queda matou mais seisres Pedro Almeida Valada-res Neto e Carlos Augusto Leal Filho. Também morre-ram o fotógrafo oficial da campanha de Campos, Ale-xandre Severo, e o cinegra-fista Marcelo Lyra.

Natural de Simão Simas (SE), Pedro Valadares Ne-to foi deputado federal por Sergipe por quatro vezes, antes de entrar na campa-

nha de Eduardo Campos. Ele era sobrinho do sena-dor Antônio Carlos Valada-res (PSB/SE). Carlos Leal Fi-lho, conhecido como Carlos Percol, trabalhou como se-cretário de imprensa da Pre-feitura do Recife. Torcedor do Sport, era casado com a jornalista Cecilia Ramos. Campos foi um dos padri-nhos da cerimônia METRO

Eduardo Henrique Accioly Campos costumava se dizer político desde o berço. Não era uma autodescrição pre-tensiosa. Nascido em 10 de agosto de 1965, em Recife (PE), era neto de um dos ca-ciques da política pernambu-cana, Miguel Arraes, e filho de Ana Arraes, ex-deputada e atual ministra do TCU (Tribu-nal de Contas da União), e do escritor Maximiliano Arraes.

O avô ensinou ao neto os caminhos do palanque. Cam-pos formou-se em economia na Universidade Federal de Pernambuco, em 1985. No ano seguinte, iria embarcar para um mestrado nos Es-tados Unidos. Desistiu para abraçar o projeto político do avô de governar pela segun-da vez o Estado, após passar 15 anos exilado na Argélia.

Começou a proximida-de com a política ao ser no-meado chefe de gabinete do governador. Em 1990, filiou--se ao PSB e conquistou o pri-meiro mandato, de deputado estadual. Quatro anos mais tarde, foi eleito deputado fe-deral, aos 29 anos. Ocupou

cargos de secretário de Go-verno e de Fazenda no Estado e depois foi reeleito deputado federal em 1998 e 2002.

A proximidade com o ex--presidente Luiz Inácio Lula da Silva lhe rendeu uma in-dicação ao Ministério da Ciência e Tecnologia.

Há nove anos, coinci-dentemente num mes-mo 13 de agosto, Eduar-do Campos se despediu do avô, que morreu vítima de infecção generalizada.

Começava ali uma nova etapa da carreira. Eleito pre-sidente do PSB, tomou para si o patrimônio político de Arraes e, nas eleições do ano seguinte, foi eleito governa-dor de Pernambuco. Na ca-deira que pertenceu ao avó se tornou um dos políticos mais populares do país, sen-do reeleito com superlativos 82,83% dos votos.

Em setembro do ano passado, o PSB rompeu com o governo de Dilma Rousseff. Era o primeiro passo para o novo desafio do político. Em abril des-te ano, Campos renunciou

ao governo pernambucano para levar adiante o sonho de ser presidente do Brasil, ao lado de Marina Silva.

ArticuladorEduardo Campos tinha a capacidade de diálogo co-mo principal caracterís-tica. Nunca fugiu de uma roda de conversa, seja pa-ra dar ideias ou para fazer imitações de Lula e até de Miguel Arraes, seu avô.

Obcecado por fazer uma ‘nova política’, estudava mo-delos de gestão no exterior para implantá-los no Brasil.

Nas horas vagas, era mui-to dedicado à família. Gosta-va de ficar em casa, comer macarrão e ouvir Zé Rama-lho. Não esquecia do ami-go ilustre, o escritor Ariano Suassuna, e da paixão pelo Náutico, clube do coração.

Campos tinha 49 anos e deixa a mulher, Renata Cam-pos, e cinco filhos: Maria Eduarda, João Henrique, José, Pedro Henrique e, o mais no-vo, Miguel, de apenas cinco meses e portador de síndro-me de Down. MARCELO FREITAS

Conversador, ambicioso e fanático pelo Náutico

Avião caiu em uma área residencial do bairro Boqueirão, em Santos; no destaque, soldado carrega parte da turbina do jato para análise Campos à frente da imagem de seu avô e padrinho político Miguel Arraes | JOÃO CARLOS MAZELLA/AGÊNCIA JCM/FOTOARENA/FOLHAPRESS

1965 - Nasce em Recife (PE), em 10 de agosto, em uma família de longa tradição política. Sua mãe, Ana Arraes, foi deputada federal e seu avô, Miguel Arraes, governador.

1986 - Se engaja na campanha pela eleição do avô, que só conheceu aos 14 anos (foto) e de quem foi chefe de gabinete, seu 1º cargo público, um ano após concluir a faculdade de economia.

1990 - Entra para o PSB, ao lado do avô. No mesmo ano, ganha sua primeira eleição, para deputado estadual.

1994 - É eleito deputado federal, o segundo mais votado de Pernambuco. Voltaria a ser escolhido para o mesmo cargo em 1998 e em 2002.

2004 - Campos deixa a Câmara para ocupar o Ministério da Ciência e Tecnologia no 1º governo Lula. Em 2005, assume a presidência do PSB.

2007 - Assume o governo de Pernambuco (foto). Havia sido eleito em outubro de 2006 com 60% dos votos. Em 2010, a reeleição foi ainda mais expressiva: 83% dos votos válidos.

2013 - Começa a articulação de sua candidatura à presidência. Sai da base aliada em setembro e menos de 30 dias depois anuncia a participação na corrida pelo Planalto.

2014 - Casado com Renata Campos, com quem namorou desde a faculdade, e com quem já tinha quatro filhos, vê nascer o caçula, Miguel (foto), em janeiro. Morre na queda do avião que o levava a Santos, em 13 de agosto, mesma data na qual o avô Miguel Arraes morrera, em 2005.

LINHA DO TEMPO

FRED CASAGRANDE/METRO SANTOS

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Tragédia. Presidente Dilma Rousseff e governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, decretam luto oficial de três dias; campanhas eleitorais são suspensas em todo país

Abalada, a candidata a vice-presidente na chapa com Eduardo Campos, Marina Silva, concede entrevista em Santos | LADEMIR SILVA/PHOTO PRESS/FOLHAPRESS

O Brasil de luto

“Durante esses 10 meses de convivência, aprendi a respeitá-lo, admirá-lo e a confiar nas suas atitudes e nos seus ideais de vida.”

MARINA SILVA, CANDIDATA A VICE NA CHAPA DE EDUARDO CAMPOS

“Nesse momento de dor profunda, meus sentimentos estão com Renata, companheira de toda uma vida, e seus amados filhos.” DILMA ROUSSEFF, PRESIDENTE DO BRASIL E CANDIDATA À REELEIÇÃO

“Ao longo de toda sua vida, Eduardo lutou para tornar o Brasil um país mais justo e digno. Eu e Marisa nos solidarizamos.” LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, EX-PRESIDENTE DA REPÚBLICA

“O Brasil perde um dos seus mais talentosos políticos, que sempre lutou por aquilo em que acreditava.” AÉCIO NEVES, SENADOR E CANDIDATO À PRESIDÊNCIA PELO PSDB

“No momento em que nós precisamos de líderes jovens e competentes, perdemos um dos melhores.” FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, EX-PRESIDENTE DA REPÚBLICA

A morte do candidato Eduardo Campos paralisou to-da a campanha eleitoral. As agendas dos candidatos à Presidência da República e aos governos estaduais pa-ra os próximos dias foram canceladas.

A presidente Dilma Rousseff decretou luto oficial de três dias. Pelo mesmo período, a campanha da pe-tista foi suspensa.

“Tivemos Eduardo e eu uma longa convivência no go-verno Lula, nas campanhas de 2006, 2010 e durante o meu governo. (...) Nesse momento de dor profunda, meus senti-mentos estão com Renata, companheira de toda uma vida, e com os seus amados filhos. Estou tristíssima”, afirmou.

As bandeiras do Brasil na frente do Palácio do Pla-nalto e do Congresso foram içadas a meio mastro, as-sim como a bandeira do Mercosul.

O senador Aécio Neves (PSDB), segundo colocado nas pesquisas eleitorais, afirmou que também vai in-terromper a campanha.

“É com imensa tristeza que recebi a notícia do acidente que vitimou o ex-governador e meu amigo Eduardo Campos. O Brasil perde um dos seus mais ta-

lentosos políticos, que sempre lutou com idealismo por aquilo em que acreditava. A perda é irreparável e incompreensível”, disse o tucano.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB), também decretou luto de três dias. “Estamos diante de uma tragédia que entristece todo o país. Em nome do po-vo de São Paulo, nossos sentimentos aos familiares de cada uma das vítimas”, afirmou. Ele e os outros con-correntes ao governo de São Paulo também suspende-ram os compromissos de campanha.

Paulo Skaf (PMDB) afirmou que perdeu um amigo, com que “teve a honra de conviver”. O candidato petista, Ale-xandre Padilha, chorou ao saber da notícia, enquanto fazia campanha na Penha, zona leste da cidade.

“O ex-governador Eduardo Campos foi meu colega du-rante o governo do presidente Lula”, afirmou.

Em Pernambuco, o governador João Lyra Neto (PSB), de-cretou sete dias de luto. “Convivi com Eduardo por 15 anos e construímos uma amizade muito firme. Que a vida dele sirva de exemplo de muita coragem e compromisso com o povo pernambucano e brasileiro”, disse. METRO

REPERCUSSÃO

PELO MUNDO

“Eu quero, em nome pessoal e em nome do STF, expressar solidariedade e condolências à família de Eduardo.”

RICARDO LEWANDOWSKI, PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

“O país sofre a perda coletiva de uma das mais promissoras lideranças da política brasileira.” RENAN CALHEIROS,PRESIDENTE DO CONGRESSO NACIONAL

“Perdemos um dos melhores políticos da nova geração. Deixa só amigos, que viam nele alegria, inteligência e esperança.” FERNANDO HADDAD, PREFEITO DE SÃO PAULO

“Fomos colegas na Câmara. Afirmo que Eduardo foi um homem digno, que honrou Pernambuco, o Nordeste e o Brasil.” HENRIQUE EDUARDO ALVES, PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

“Hoje ninguém tem condições de pensar [no futuro das eleições]. Ele era muito determinado e corajoso.” MÁRCIO FRANÇA, PRESIDENTE ESTADUAL DO PSB

BBC

“Que a vida dele sirva de exemplo de muita coragem e compromisso com o povo pernambucano e brasileiro.” JOÃO LYRA NETO, GOVERNADOR DE PERNAMBUCO

“O Brasil perde uma liderança jovem, promissora e que teria muito a contribuir para o país.” GERALDO ALCKMIN, GOVERNADOR DE SÃO PAULO

“Político jovem, com carreira promissora, Eduardo Campos fará muita falta à democracia brasileira.” LUIZ FERNANDO PEZÃO, GOVERNADOR DO RIO DE JANEIRO

“Profundamente entristecidos em saber do acidente que aparentemente tirou a vida do presidenciável Eduardo Campos.” CAITLIN HAYDEN,PORTA-VOZ DA CASA BRANCA

CNN El País Financial Times La Nación The Telegraph

CURITIBA, QUINTA-FEIRA, 14 DE AGOSTO DE 2014www.readmetro.com |06| {BRASIL}

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CURITIBA, QUINTA-FEIRA, 14 DE AGOSTO DE 2014www.readmetro.com |08| {ECONOMIA}

Dois bancos estaduais ade-riram ao consórcio de ins-tituições financeiras que emprestarão quase R$ 6,6 bilhões às distribuidoras de energia. O BRB (Banco de Brasília) e Banrisul (Banco do Estado do Rio Grande do Sul) se juntaram à operação de crédito, informou ontem o Ministério da Fazenda.

O empréstimo de R$ 6,58 bilhões terá a participação de 13 instituições financei-ras. Também participam da operação BNDES (Banco Na-cional de Desenvolvimento Econômico e Social), Banco do Brasil, Caixal, Bradesco, Itaú, Santander, BTG Pactual, Citibank, J.P. Morgan, Credit Suisse e Bank of America.

A participação dos ban-cos públicos federais alcan-çou 52,58%. O restante ficou com os bancos privados e estaduais. O BNDES, que en-traria com R$ 3 bilhões, te-ve a sua participação reduzi-da para R$ 2,7 bilhões.

O governo reiterou que não estão previstos mais em-préstimos para socorrer o se-tor elétrico. Em abril, as dis-tribuidoras tinham recebido R$ 11,2 bilhões, mas todo o dinheiro já foi usado. METRO

Energia. Treze bancos farão novo empréstimo

Bolsa cai 1,5% com cenário eleitoral incertoAs incertezas sobre o cená-rio eleitoral, após a morte do candidato do PSB à Pre-sidência, Eduardo Campos, desestabilizaram o mercado financeiro. A Bolsa brasilei-ra fechou ontem em queda de mais de 1%, pressiona-da pela forte desvalorização das ações da Petrobras.

O Ibovespa terminou em baixa de 1,53%, a 55.581 pontos. O volume financei-ro somou R$ 15,5 bilhões. Quando surgiram as pri-meiras informações de que Campos estaria na aeronave que caiu em Santos, no lito-ral sul de São Paulo, por vol-ta das 12 horas, a Bolsa che-gou a cair 2,10%.

“O mercado está bas-tante frágil. Isso adiciona muita incerteza ao cená-rio eleitoral, muda comple-tamente as expectativas da eleição. A discussão agora é sobre o que vai acontecer, e há opiniões divergentes circulando”, disse à “Reu-ters” o gestor da Canepa Asset Management, Eduar-do Roche.

Os analistas de mercado avaliam a possibilidade de a vice-candidata na chapa do PSB, Marina Silva, assumir o lugar de Campos na corrida presidencial. Com isso, au-mentaria as chances de um segundo turno nas eleições.

Para parte do mercado, a entrada de Marina corrobo-ra a chance de um segundo turno, beneficiando Aécio Neves (PSDB). Já outros ana-listas veem a probabilidade de Marina ir para um segun-do turno, estatisticamente,

maior em relação ao candi-dato tucano, uma vez que a ela teve patamares de votos que Aécio nunca teve.

As ações ordinárias da Petrobras tiveram a tercei-ra maior queda da Bolsa, de 5,15%, a R$ 17,51. As prefe-renciais recuaram 4,98%, a R$ 18,69, quarta maior des-valorização da Bovespa.

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou pra-ticamente estável, com le-ve alta de 0,01%, cotado a R$ 2,279 na venda. METRO

Mercados. Ibovespa chegou a recuar 2% após notícia de acidente com avião de Campos. Ações da Petrobras fecharam em queda de 5%

REAÇÃO DO MERCADOIbovespa ontem, em pontos

FONTE: REUTERS

10H 11H 12H 13H 14H 15H 16H 17H

57.000

56.750

56.500

56.250

56.000

55.750

55.500

55.250

55.000

55.581

Mínima: 55.238 (12h31)

56.454

Preços elevados, falta de oferta e exigência de avalia-ção médica prévia estão en-tre as dificuldades enfrenta-das por idosos para contratar um plano de saúde. Segundo pesquisa do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Con-sumidor), entre as 20 opera-doras com maior número de usuários em São Paulo, so-mente oito vendem planos individuais/familiares para quem tem mais de 60 anos.

Dentre essas oito empre-sas, duas não foram avalia-das quanto à forma de con-tratação porque o Idec não conseguiu contato direto. De acordo com a pesquisa, pelo menos cinco operadoras exi-gem que o idoso faça exames ou entrevista com um médi-co para contratar o plano.

No entendimento do Idec, a prática é ilegal. “A contra-tação de um plano de saúde envolve riscos para os dois lados. O consumidor corre o risco de pagar e não precisar usá-lo, e a operadora corre o risco de vender um plano sem saber se o cliente vai ou não desenvolver uma doen-ça”, diz o instituto, em nota.

Renda comprometidaO idoso também paga caro para contar com um plano de saúde. A partir da cotação de planos para um usuário de 75 anos, foi constatado que a média de preço dos con-vênios mais baratos é de R$ 551,04 e a dos mais caros, R$

1.447,36. A média de todos os planos é de R$ 999,20.

A última Pnad (Pesqui-sa Nacional por Amostra de Domicílios) do IBGE (Insti-tuto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2011, mos-trou que 72,4% dos idosos possui renda mensal de no máximo dois salários míni-mos, ou de R$ 1.448 consi-derando o mínimo atual. O preço médio geral dos pla-nos, portanto, representa 70% da renda dos idosos.

Em nota, a ANS (Agência Nacional de Saúde Suple-mentar) afirmou que nin-guém pode ser impedido de ingressar em planos, nem de ter o acesso dificultado em razão da idade, condição de saúde ou deficiência do consumidor. A operadora poderá ser multada em R$ 50 mil por cada infração ve-rificada, diz a ANS. METRO

Plano de saúde. Idosos têm dificuldades para contratar serviço

Ao final do ano, cada brasi-leiro terá desembolsado cer-ca de R$ 9,1 mil só para pagar tributos neste ano. Segundo cálculos divulgados ontem pela ACSP (Associação Comer-cial de São Paulo), a arrecada-ção total de impostos em 31 de dezembro deverá ser pró-xima de R$ 1,85 trilhão.

Até a última terça-feira, cada consumidor já tinha gastado R$ 4,9 mil no ano em tributos. Na data, o Impostô-metro chegou à marca de R$ 1 trilhão. O painel estima o valor total arrecadado em im-postos, taxas e contribuições que vão para União, Estados e municípios. É o sétimo ano consecutivo que ele chega à marca R$ 1 trilhão.

Por dia são arrecadados cerca de R$ 4,46 bilhões; e, por segundo, R$ 51,6 mil, se-gundo levantamento foi feito

pelo IBPT (Instituto Brasilei-ro de Planejamento e Tribu-tação), que fornece os dados do Impostômetro.

Individualmente, o tribu-to de maior arrecadação é o ICMS (20,37% do total), segui-do da contribuição previden-ciária para o INSS (17,33%), do Imposto de Renda (16,08%) e da Cofins (9,97%).

Considerando o valor to-tal de R$ 1 trilhão, os Esta-dos que mais arrecadaram foram São Paulo (35,95%), Rio de Janeiro (14,43%), Minas Gerais (6,85%), Distrito Fede-ral (6,68%), Rio Grande do Sul (5,23%) e Paraná (5,12%).

Cada brasileiro traba-lhou até 31 de maio só para pagar tributos. No total, fo-ram 151 dias (um dia a mais do que em 2013), ou cinco meses de trabalho só para essa finalidade. METRO

O clima econômico na Amé-rica Latina em julho é o pior desde 2009, segundo indi-cador divulgado ontem pe-la FGV (Fundação Getulio Vargas). O índice, que é fei-to em parceria com o insti-tuo alemão Ifo, passou de 90 pontos em abril para 84 pontos em julho. No Brasil, a pontuação ficou abaixo da registrada pela Argenti-na, que passa por uma crise financeira.

A principal contribuição para a queda na região veio da avaliação do momen-to atual, que caiu de 82 pa-ra 72 pontos. Indicadores acima de 100 indicam ex-pansão na economia; abai-xo desse patamar sinalizam tendência recessiva.

O Brasil, que é a segunda maior economia em termos de comércio na região, de-

pois do México, registrou pio-ra em todos os indicadores. O subíndice que se refere às ex-pectativas caiu de 98 para 96 pontos no mesmo período.

A pontuação do Brasil no ICE (Índice de Clima Econô-mico), de 55 pontos, é pior que a da Argentina (57). A maior pontuação de julho foi do Reino Unido que che-gou a 147 pontos. No ran-king dos últimos quatro tri-mestres o Brasil ficou em nono lugar.

A piora não é influencia-da por questões externas mas doméstica, segundo a FGV. O Indicador de Clima Econômico na região caiu 7%, enquanto no agregado mundial houve aumento de 3%. O Brasil teve queda de 22% entre abril e julho. O ICE do México cresceu 4% neste período. METRO

Impostos. Cada brasileiro desembolsará R$ 9,1 mil

FGV. Clima econômico da AL é o pior desde 2009 Índice de clima econômico,

em pontos

PESSIMISMO

FONTE: FGV

BRASIL 55

Argentina 57

Bolívia 113

Chile 89

Colômbia 131

Equador 73

México 102

Paraguai 105

Peru 112

Uruguai 104

Venezuela 20

América Latina 84

R$ 551,04MAIS BARATOS

R$ 1.447,36MAIS CAROS

Média de preços

R$ 6,58 biserá o novo socorro ao setor, que já recebeu R$ 11,2 bilhões em abril. Consumidor pagará conta nos próximos 3 anos

Trabalhadores nascidos em outubro podem sacar o Abo-no Salarial do PIS a partir de hoje. Para os nascidos em no-vembro e dezembro, o di-nheiro estará disponível a partir de 21 e 28 deste mês, respectivamente. O crédi-to é referente ao período de 2014/2015 e corresponde a um salário mínimo, R$ 724.

O PIS pode ser sacado até 30 de junho de 2015. O ca-lendário determina que em setembro receberão o abo-no trabalhadores que nasce-ram nos meses de janeiro, fevereiro e março. Tem di-reito ao PIS o trabalhador ca-dastrado há pelo menos cin-co anos. A sua remuneração média mensal não pode ter sido superior a dois salários mínimos no ano-base que gerou o benefício. METRO

Salário. Caixa paga abono a trabalhadores

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CURITIBA, QUINTA-FEIRA, 14 DE AGOSTO DE 2014www.readmetro.com {MUNDO} |09|◊◊

O premiê iraquiano, Nuri al--Maliki, disse ontem que a in-dicação de Haider al-Abadi pa-ra substitui-lo no cargo é uma violação à Constituição e “não tem validade”.

Em um discurso na TV, Maliki disse que “todos” devem aceitar a decisão pendente de um tribunal federal sobre a objeção à in-dicação de Abadi.

“A violação que ocorreu não tem validade e suas con-sequências não têm efeito”, disse ele. “O governo conti-nua e não será mudado ex-ceto após o Tribunal Federal emitir sua decisão”.

EUA e IrãNa terça-feira Abadi recebeu aval dos EUA e do Irã após pe-dir que líderes políticos aca-bem com as brigas que permi-tiram que militantes sunitas do Estado Islâmico tomassem um terço do território.

A TV estatal relatou ontem

que Abadi estava trabalhan-do na formação de um no-vo gabinete e desenvolvendo um programa de governo em acordo com outros blocos po-líticos, um dia depois de Wa-shington ter condicionado uma ampliação na assistência financeira, militar e política ao Iraque à formação de uma nova administração.

RecusaMaliki, entretanto, tem se recusado a deixar o po-der, após oito anos como premiê. Críticos acusam o xiita de marginalizar, du-rante seu governo, a comu-nidade sunita que antes dominava o país e, assim, piorar a crise no país. METRO

Impasse. Apesar de apoio dos EUA e do Irã, premiê iraquiano se recusa a deixar o cargo. Haider al-Abadi trabalha na formação de governo

Apoiadores de Maliki em protesto em Bagdá | AHMED SAAD/REUTERS

Maliki diz que indicação viola a Constituição

Israel e palestinos ampliam trégua em Gaza por 5 diasIsrael e facções palestinas concordaram ontem em es-tender a trégua que terminou à 0h (horário local) por mais cinco dias, de forma a permi-tir que cheguem a um acordo duradouro para acabar com o conflito na Faixa de Gaza. A informação foi divulgada on-tem pelo chefe da delegação palestina, Azzam Ahmed.

O anúncio foi feito em meio a uma troca de acusa-ções entre Israel e o Hamas sobre o que teria sido uma quebra da trégua, pouco an-tes do fim do prazo, ontem. Israel disse que o grupo pa-lestino disparou morteiros, mas o Hamas negou. O gru-po acusou Israel de romper o cessar-fogo ao atacar no

que seria um revide.O incidente, entretanto,

não impediu a renovação da trégua. Ahmed, do Fatah, disse que o acordo tinha si-do alcançado em “muitas questões”, mas que alguns pontos críticos fundamen-tais permaneciam, como te-mas de segurança e o fim do bloqueio a Gaza. METRO

Obama considera ‘opções’O presidente dos EUA, Ba-rack Obama, está conside-rando opções para aumen-tar a ajuda humanitária aos iraquianos mas descartou a possibilidade de usar solda-dos para o combate, disse ontem a Casa Branca.

Contudo, segundo o vice--assessor de Segurança Nacio-nal da Casa Branca, Benjamin

Rhodes, Washington não des-carta a possibilidade de en-viar soldados para ajudar as forças iraquianas no resgate de refugiados da minoria ya-zidi caso a opção seja levan-tada por assessores militares que analisam a situação.

“O presidente descar-tou a possibilidade de co-locar tropas em comba-

te no Iraque”, afirmou o vice-assessor

FrançaOntem o governo francês disse que forneceria armas aos líderes curdos do Ira-que. A informação foi con-firmada por um comunica-do do Palácio do Eliseu.

METRO

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CURITIBA, QUINTA-FEIRA, 14 DE AGOSTO DE 2014www.readmetro.com |10| {ARTE}

John Lopez com a sua escultura predileta | JOHN LOPEZ/REX FEATURES

No mundo de Lopez, cowboys montam tricerátopos | JOHN LOPEZ/REX FEATURES

Retalhos de metal viram esculturas

Estas esculturas são resul-tado do trabalho de John Lopez, que garimpou as pe-ças em maquinários de fa-zendas abandonadas. Mo-rando em Lemmon, Dakota do Sul, nos Estados Unidos, Lopez, 43, criou réplicas de tamanho real de animais como cavalos, búfalo e até um tricerátopo.

“Mudei para o rancho do meu tio para construir um cemitério familiar. Depois de terminar a primeira parte da cerca, fiquei sem material para continuar, e, estando a 56 quilômetros da cidade mais próxima, tive que pro-curar pelo ferro disponível no local. Comecei a trabalhar com o metal como arte.”

O cavalo de pedaços de ferro chamado Black Hawk

é a criação mais premiada de Lopez.

“O cavalo é um símbolo do mundo selvagem que to-dos nós entendemos como sendo parte de nosso passa-do e história. Dependemos deles muito antes de mo-dernos maquinários serem inventados”, disse o artista. ”Acho que Black Hawk é do que tenho mais orgulho”.

METRO

5meses é o tempo que Lopez demorou para criar cada escultura. A obra na qual o artista trabalha hoje deve levar dois anos para ficar pronta

A arte da reciclagem. Cowboy de Dakota do Sul, nos Estados Unidos, cria esculturas de animais como cavalos, búfalos e dinassauros utilizando metal garimpado em antigos maquinários da fazendas abandonadas

Escultura

Homem de Ferro

Essa foi a primeira versão criada por John Lopez

para o Iron Man.

PLUS+

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CURITIBA, QUINTA-FEIRA, 14 DE AGOSTO DE 2014www.readmetro.com {CULTURA} |11|◊◊

2Villa Mix. Festival traz Bruno & Marrone, Guilherme & Santiago, Jorge & Mateus e Gusttavo Lima em show

único a partir das 17h deste sábado, na Pedreira Paulo Leminski. Evento é dos produtores do Country Festival

Pedreira sertanejaQuatro expoentes da mú-sica sertaneja se revezam no comando da Villa Mix Festival, realizada neste sábado, a partir das 17h, na Pedreira Paulo Lemins-ki. Bruno & Marrone, Gui-

lherme & Santiago, Jorge & Mateus e Gusttavo Li-ma sobem ao palco em es-petáculo que marca o pri-meiro evento sertanejo na Pedreira desde a rea-bertura. A produção é da

CWB Brasil, que organiza o Country Festival.

O festival conta com três espaços: Villa Show e Villa Itaipava Premium, ambos com praça de ali-mentação, bar, banheiros

e visão frontal do palco; e o Villa Palco, que oferece open bar e acesso ao lado do palco. METRO CURITIBA

Na Pedreira Paulo LeminskiNeste sábado. Abertura dos

portões: 14h. Início do show: 17h Pista: R$ 70 (fem) e R$ 90 (masc) Área VIP: R$ 170 e R$ 200 Backstage: R$ 510 e R$ 610www.diskingressos.com.br

Alejandro Iñárritu

Rumo à TVO diretor mexicano é o mais novo integrante

de Hollywood a aderir à telinha. Ele recebeu sinal verde do canal americano

Starz para tocar uma temporada de dez

episódios de “The One Percent”, com Ed Helms

como protagonista.

CULTURA

Gusttavo Lima é um dos destaques do

sertanejo universitário

Guilherme & Santiago levam seu romantismo

ao palco

Jorge & Mateus chegam com os hits ‘Pode

Chorar’ e ‘Voa Beija-Flor’

Bruno & Marrone trazem sucessos dos 28 anos de carreira

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CURITIBA, QUINTA-FEIRA, 14 DE AGOSTO DE 2014www.readmetro.com |12| {PUBLIMETRO}

A Lua continua seu signo, o que traz tendências para ampliar condutas sentimentais e uma

postura nostálgica. Foque o presente.

Aproveite o dia para repor energias de desgastes vivenciados nos anteriores. Interesses culturais

e espirituais serão essenciais.

A dedicação a assuntos de amigos e grupos tomará sua atenção de maneira mais

intensa. Convivências sociais preencherão o dia.

Projetos a longo prazo são propensos a tomar dedicação mais intensa. Atente-se para

que a ansiedade não faça antecipar etapas.

Momento especial para exercitar a mente com atividades culturais, principalmente compartilhando

gostos com pessoas de maior vínculo.

A atenção com temas domésticos será mais intensa, tanto no esclarecimento de

algo para o lar como na relação com familiares.

Aproveite para curtir o lazer, família e as diversões com mais intensidade, sem se preocupar

antecipadamente com obrigações da semana.

Quanto mais ocupar a mente com cultura e afastar pensamentos de problemas,

mais revitalizado estará para a semana.

Atente-se para que alguns excessos – seja com algumas vaidades ou com o seu bolso -

não comprometam o dia e a semana.

Às vezes é essencial dar um tempo com afazeres que estejam provocando desgastes para

retomarmos com nova visão e motivações diferentes.

Há tendências para lidar de maneira mais constante com diferenças junto a outras

pessoas, o que requisitará paciência.

Um pouco mais de preocupação com o corpo e a saúde será essencial, especialmente se

abusou de diversões no fim de semana.

Horóscopo Está escrito nas estrelas www.estrelaguia.com.br

Os invasores

Cruzadas

Sudoku

Soluções

[email protected]

Economista com MBA em Finanças (USP), orientador de famílias e educador em empresas,é colunista da BANDNEWS FM e fundador da SOBREDinheiro. Diretor do site www.oplanodavirada.com.br, da EKNOWMIX Consultores Integrados e da TECHIS SA.

GANHOS E PERDAS NODIA DO ECONOMISTATriste dia. Ontem foi 13 de agosto, data em que co-memoramos no Brasil o Dia do Economista. Por um destes misteriosos desígnios do destino, ontem per-dermos de forma trágica um colega de grande im-pacto no cenário nacional, um pernambuco incisivo e espirituoso que, em outra trajetória, poderia ter se tornado presidente deste país. Quiçá, um bom presi-dente. Mas o economista Eduardo Campos já não está mais entre nós. Como colega, reservo-me o direito do luto profissional e, como pessoa, coloco-me em ora-ção pelo consolo dos familiares e entes queridos que sentirão a perda da pessoa do Eduardo.

Este que vos escreve. Em 1985 (há quase 30 anos!), decidi-me por cursar a faculdade de Economia in-fluenciado por minha professora de Geografia à época, a saudosa Marilza Nóbrega Angelini. Ela sa-bia que eu era curioso, gostava de estudar e manda-va bem nas contas. Assim, assegurou-me a querida mestra que o curso de Economia me vestiria feito lu-va. Antevia que eu me tornasse um grande estudioso da Macroeconomia, que trabalhasse na diplomacia, no governo, que ajudasse lá em Brasília a tocar este enorme e potente barco que é a economia brasileira. Amei a escolha, mas a coisa toda não fluiu por aí.

Vocação. Já nos primeiros tempos descobri que havia vários “níveis” da Economia. A Macroeconomia, com seus macroindicadores da agricultura, indústria, co-mércio e serviços. A Microeconomia dos mercados, a Economia Setorial do segmento automobilístico, su-permercadista, da construção civil... E também as Fi-nanças Pessoais, ramo que escolhi (fui escolhido?) para estudar e explorar nos últimos 30 anos. Em to-do caso, logo cedo se fez clara para mim a missão do Economista: num mundo de recursos escassos e po-tencial humano infinito para criar coisas maravilho-sas, ajudar a fazer mais com menos.

Mais de nós! No tocante a nossa vida financeira pes-soal, ser Economista é tentar fazer mais qualidade de vida com menos dinheiro do salário. É buscar ter gas-tos mais econômicos, dívidas mais prudentes e inves-timentos mais dinâmicos, tudo para conseguir viver melhor com aquilo que, realisticamente falando, te-mos a nossa disposição (e é sempre escasso!). Neste sentido, todos e cada um de nós pode (deve!) ser um Economista. O Brasil perdeu ontem um Economista, e dos bons. Agora precisa de mais, muito mais. De uns 200 milhões de Economistas, penso eu. A prosperida-de desta grande e maravilhosa nação agradece.

Na ponta do lápisLeitor fala

Crimes no TatuquaraAqui no Tatuquara, crimes aconte-cem toda semana: tráfico de drogas, roubos, assaltos e violência, além de pichações, vandalismo, arromba-mentos em casas residenciais e ór-gãos públicos, como creches e esco-las. Agora, as crianças estão sendo sequestradas e estupradas. Esta é a situação da total falta de política de segurança pública no Paraná e nos bairros periféricos de Curitiba. Estamos abandonados!REGINALDO F. FERREIRA - CURITIBA

Metro pergunta

Como você acha que fica o cenário da corrida presidencial com a morte do candidato Eduardo Campos (PSB)?

Metro web

Para falar com a redação: [email protected] também no Facebook: www.facebook.com/metrojornal

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@MariliaFal7Quem havia optado por Eduardo Cam-pos ficará perdido e terá pouco tempo para escolher seu candidato.

@WTarcisioQuem votaria em Eduardo Campos pensará na possibilidade de votar em Aécio Neves. Isso se Marina Silva não assumir a candidatura.

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Megan Fox tem contas a acer-tar com a imprensa. “Gosto de ser aberta e honesta com vocês. Odeio ser falsa”, disse ela ao divulgar “As Tartaru-gas Ninja 3D”, que estreia ho-je atualizando para a compu-tação gráfica as aventuras das tartarugas mutantes que lu-tam artes marciais e têm no-mes de artistas renascentistas.

Popular nos anos 1980 na forma de HQ e desenho ani-mado, a série chega agora ao cinema com Fox no papel da repórter de TV April O’Neil. E o fato de ela ter encarnado uma jornalista a fez pensar sobre a questão.

“Me dei conta de que o trabalho de vocês é muito mais tedioso do que pensa-va. Vocês realmente têm que estar em cima de um mon-te de merda”, disse ela, pe-dindo ainda um alinhamen-to com os “colegas”.

“Grande parte do que di-go se converte em algo sen-sacionalista. Mesmo quando

trato de ser direta e honesta e meus comentários são ino-centes, inevitavelmente eles viram algo obsceno. Todos vo-cês deveriam ser agradáveis e se comportarem ao infor-mar as coisas que digo”. Sem dar motivo para preocupação à Fox, revelamos com as exa-tas palavras dela, algumas das coisas honestas e inocentes ditas a respeito do filme.

Sobre interpretar perso-nagens com pouca roupa, ela

afirmou: “Não me importo. Creio que isso faz parte de ser uma atriz de Hollywood. Não me sinto envergonhada e não acho que eu não possa ser en-carada seriamente apenas por usar uma regata. Se você não me leva a sério por isso, esse é um problema seu.”

Ela também fala sobre os “haters” da internet, que espalham mensagens de ódio endereçadas à atriz: “Deixe-me falar algo so-

bre eles. Quanto dinheiro ‘Transformers 4’ fez? Pois é. Essas pessoas podem re-clamar, [mas] todas elas vão ao cinema assim que o fil-me estreia. Eles vão amar e, se não amarem, podem se f*** e ponto final.”

CURITIBA, QUINTA-FEIRA, 14 DE AGOSTO DE 2014www.readmetro.com {CULTURA} |13|◊◊

A partir de hoje, o CJAP (Centro Juvenil de Artes Plásticas) expõe a mostra ‘Mãos que falam’, compos-ta por obras produzidas na Escola Bilíngue para Surdos da Apás (Associação de Pais e Amigos de Surdos). A en-trada é gratuita.

A exposição traz um re-corte da produção artísti-ca dos alunos desenvolvida entre 2008 e 2012, com o objetivo de vincular a arte aos conhecimentos cientí-ficos e aos pressupostos da criatividade e sensibilidade dos alunos.

Para isso, foram escolhi-dos temas como “Mãos: Ex-pressão de uma Cultura”, “A cultura e a luta da comu-nidade surda” e “A mão que Significa o Insignificante”.

METRO CURITIBA

No CJAP (R. Mateus Leme, 56)De hoje a 5 de setembroGratuito. Tel.: 3323-5643

‘Mãos que falam’ começa hoje noCentro de Artes Plásticas | KRAW PENAS

CJAP. Exposição reúne trabalhos de alunos surdos

Rock e blues

Milk’n Blues estreia hoje no Citra Bar

A banda Milk’n Blues faz sua estreia hoje no Citra Bar (R. Itupava, 1.163), com abertura a partir das 18h. Sucesso nas noites curitibanas, o grupo transita entre o pop, o rock e o blues trazendo versões exclu-sivas de clássicos. Junto desde 2011, é for-mado por Aline Mota, Anne Glober, Eduardo Machado, Indiana Sfair, Piatan Sfair e Ricardo Maranhão. As entradas vão de R$ 10 (fem.) a R$ 30 (masc.).

METRO CURITIBA

2ª edição

‘Shinobi Spirit’ será realizado em setembro

A 2ª edição do ‘Shino-bi Spirit’, que o Metro Jornal noticiou na edi-ção de ontem, será rea-lizado nos dias 13 e 14 de setembro, no Espa-ço Torres Paraná Clube. O evento reúne fãs de jo-gos, filmes e do universo pop. METRO CURITIBA

O acervo das ‘Tubotecas’ ga-nhou reforço no mês passa-do e totalizou 76 mil livros ar-recadados desde o início do projeto, em abril de 2013. Só em julho, as Casas da Leitu-

ra, Ruas da Cidadania e sedes da prefeitura, da Fundação de Ação Social e Fundação Cultu-ral receberam 9 mil doações da comunidade, de empresas e entidades. METRO CURITIBA

‘Tubotecas’. Arrecadação de livros chega a 76 mil

Estreia hoje. Atriz vive a repórter April O’Neil no filme ‘As Tartarugas Ninja 3D’, que adapta a popular série de HQ e animação dos anos 1980

NEDEHRBAR METRO INTERNACIONAL

Veja trailers das estreias da semana no site do Metro Jornal www.metrojornal.com.br

Cowabunga, Megan!

Atriz em cena do filme, que já garantiu continuação para 2016 | DIVULGAÇÃO

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CURITIBA, QUINTA-FEIRA, 14 DE AGOSTO DE 2014www.readmetro.com |14| {ESPORTE}

Anteontem foram os joga-dores e ontem foi a vez da diretoria tricolor se posi-cionar a respeito do atraso nos salários. Em coletiva na sede da Kennedy, o pre-sidente Rubens Bohlen re-conheceu o direito de ma-nifestação dos atletas, que prometeram uma paralisa-ção para a próxima quarta--feira (20), caso uma solu-ção não seja encontrada.

“É uma postura legí-tima, entendemos a gra-vidade. Isso nos deixa chateados, porque não gos-taríamos de estar nessa si-tuação”, afirmou.

O dirigente estava em São Paulo desde domingo com o superintendente ge-ral, Celso Bittencourt, em busca de recursos para os cofres do clube. Segundo o presidente, uma penhora de valores que seriam des-tinados para pagar jogado-res e funcionários impediu o Paraná de honrar seus compromissos.

O clube informou que a diretoria está inteiramen-te mobilizada para resol-ver a situação. Bohlen, in-clusive, viajou novamente ontem após o almoço pa-ra viabilizar recursos com investidores. Uma das op-ções levantada é a venda de atletas.

Nas semana retrasada a torcida organizada sugeriu que o clube acabe com o social e permaneça apenas como clube de futebol. A venda da sede da Kennedy (estimada em R$ 100 mi-lhões) seria a solução para os problemas financeiros que assolam o clube há al-guns anos.

A diretoria refutou a hi-pótese e declarou que a in-

tenção é rentabilizar a se-de, e não vendê-la.

Em abril do ano passa-do, o Paraná já se desfez da sede do Tarumã, leiloa-da por R$ 30 milhões. O di-nheiro arrecadado foi uti-lizado integralmente para quitar algumas dívidas tra-

balhistas e impostos atra-sados do Refis (Programa de Recuperação Fiscal).

O Paraná enfrenta o Atlético-GO amanhã, às 19h30, no Serra Dourada em Goiânia, pela 16ª roda-da da Série B do Brasileiro.

METRO CURITIBA

“No passado, se podia penhorar bens. Mas quando você penhora recursos, você inviabiliza o clube. ”

RUBENS BOHLEN, PRESIDENTE DO PARANÁ

3 a 7meses é o tempo que os atletas e funcionários do Paraná Clube estão sem receber

3ESPORTE

Crise. Clube tenta evitar paralisação da equipe marcada para a próxima semana

Segundo mandato de Rubens Bohlen no Paraná termina no fim do ano que vem | DIVULGAÇÃO / PARANÁ CLUBE

Paraná atrás de solução

Seleção é passado

RibéryO meio-campista do Bayern de Munique

anunciou ontem que se aposentou da Seleção Francesa. Ele está com 31 anos e disputou as

Copas do Mundo de 2006 e 2010.

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CURITIBA, QUINTA-FEIRA, 14 DE AGOSTO DE 2014www.readmetro.com |16| {ESPORTE}

O gramado não era dos me-lhores, a iluminação deixa-va a desejar e os dois times ficaram devendo futebol, mas a derrota por 2 x 1 foi suficiente para o Coritiba sair ontem do Estádio Zinho Oliveira, em Marabá, classi-ficado para as oitavas-de-fi-nal da Copa do Brasil.

Depois de 75 minutos de raras chances de gol, o Ver-dão abriu o placar com Ro-binho e parecia encaminhar uma vitória tranquila. Mas o Paysandu aproveitou a desa-tenção da zaga, marcou dois gols em dois minutos e fez a torcida coxa-branca segu-rar a respiração. Mas o apito final não demorou e o time está na próxima fase.

O jogoO baixo nível técnico de am-bas as equipes produziu um

primeiro tempo truncado, ri-co em faltas e passes errados.

Precisando do resultado, o Paysandu começou em ci-ma. Depois de ter um gol anu-lado, o Coxa levou um susto aos 37’, quando Luccas Claro quase marcou contra de cabe-ça. O time respondeu aos 42’: Carlinhos arriscou de longe e acertou a trave.

O segundo tempo foi so-nolento até os 35 minutos,

quando Robinho recebeu cru-zamento de Hélder e mandou de primeira para as redes.

O Paysandu reagiu imedia-tamente, com gols de Charles e Dennis, mas ainda precisa-va de mais dois para avançar. Era pedir demais do time paraense.

Alívio. Em jogo de muito empenho e pouca qualidade, Alviverde toma virada-relâmpago no fim, mas se vale do gol fora de casa para classificar

Zé Love foi substituído no segundo tempo | DIVULGAÇÃO / CORITIBA FOOT BALL CLUB

Coxa supera percalços, segura Papão e avança

Atlético mira nova arrancada fora de casa

Atacante Marcelo crê em bons resultados fora de casa | PEDRO A. RAMPAZZO

Para se aproximar do G4 nas próximas semanas, o Atlético precisa repetir o que conseguiu duas vezes neste Campeonato Brasilei-ro: vencer fora de casa.

O Furacão triunfou lon-ge de seus domínios con-tra o Figueirense (3 x 1), no último jogo antes da Co-pa, e contra o Flamengo (2 x 1), o primeiro depois do Mundial.

O desafio de agora tem o

agravante de ser contra con-correntes: Sport, no próxi-mo domingo, e Santos, na quarta-feira seguinte, estão logo atrás do Rubro-Negro na tabela e também buscam a zona da Libertadores.

Apesar da dificuldade da missão, o elenco demonstra confiança.

“Vínhamos de uma se-quência boa de vitórias e não vencemos dois jogos. Mas essa nova vitória [con-

tra o Botafogo, no último domingo] serviu para dar um novo ânimo ao nosso time, porque teremos jo-gos importantes nas próxi-mas rodadas, em busca das primeiras posições”, disse o atacante Marcelo.

Quando deu a última ar-rancada como visitante, o Atlético saltou da 13ª posi-ção, com 10 pontos, para o 7º lugar, com 16. Se repetir o desempenho desta vez, o

time chega a 28 pontos, nú-mero que possui hoje o vice--líder, o Internacional.

Para o jogo deste domin-go, a equipe prega caute-la. “O Sport tem uma equi-pe qualificada. São muito fortes na Ilha do Retiro. Se-rá um grande desafio, mas o Doriva tem esta semana para preparar bem o grupo para a partida”, diz o meia Marcos Guilherme.

METRO CURITIBA

O Londrina fez ontem em Atibaia, no interior de São Paulo, o último treino antes da partida decisiva contra o Santos, na Vila Belmiro, va-lendo vaga nas oitavas-da-fi-nal da Copa do Brasil.

Exceto pelo atacante Bru-no Batata, que já jogou pelo J. Malucelli e não pode defen-der o Tubarão na competi-ção, o time do técnico Cláu-dio Tencati está completo para o jogo.

Depois de vencer a partida de ida por 2 x 1, no Estádio do Café, a equipe londrinen-se joga pelo empate em San-tos. Derrota por 1 x 0 elimina o Tubarão; 2 x 1 leva o jogo aos pênaltis, e demais vanta-gens do Peixe por um gol dão a vaga ao Londrina.

A melhor participação do time paranaense em Copas do Brasil foi em 1993, quan-do o time chegou às quartas--de-final. METRO CURITIBA

Londrina vai a Santos em busca da classificação

Time deve entrar em campo com forçamáxima | DIVULGAÇÃO / LONDRINA EC

Douglas Paulo Rafael ; Éverton Silva, Charles, Reniê

e Fabinho; Ricardo Capanema, Augusto Recife , Rafael Tavares Djalma e Marcos Paraná ; Rômulo Bruno Veiga e Dennis. Técnico: Rogerinho

Vanderlei; Bonfim , Luccas Claro e Welinton ;

Reginaldo Norberto , Baraka, Misael Gemano , Hélder, Robinho e Carlinhos; Zé Love Júlio César Técnico: Celso Roth. (Vaná, reserva, )

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• Gols. Robinho aos 35, Charles aos 37, Dennis aos 39/2º T.• Arbitragem. Arilson Bispo da Anunciação (BA)

PAYSANDU

CORITIBA

RAFAEL NEVES METRO CURITIBA