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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Maykom John Staine EFEITO DO TREINAMENTO FisICO MILITAR NA APTIDAO FislCA DE ALUNOS DE N.P.O.R. Curitiba 2006

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA

Maykom John Staine

EFEITO DO TREINAMENTO FisICO MILITAR NA APTIDAO FislCA

DE ALUNOS DE N.P.O.R.

Curitiba

2006

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Maykom John Staine

EFEITOS DO TREINAMENTO FisICO MILITAR NA APTIOAO FislCA

DE ALUNOS DE N.P.O.R.

Trabalho de Conclusao do Curso de Educa9aoFisica, Aprofundamento em TreinamentoDesportivo, da Faculdade de Ciencias Biol6gicas eda Saude, da Universidade Tuiuti do Parana.

Orientador: Professor Candido

Curitiba

2006

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TERMO DE APROVACAO

Maykon John Staine

EFEITO DO TREINAMENTO FIsICO MILlTAR NA APTIDAo FlslCA DE

ALUNOS DE N.P.O.R.

Este Trabalho de Conclusao de Curso foi julgado e aprovado para a

obten~o do titulo de Licenciado em Educac;:ao Ffsica da Universidade Tuiuti

do Parana, Aprofundamento em Treinamento Desportivo.

Curitiba, __ de de 2006.

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SUMARIO

1. INTRODUCAO.

1.1 JUSTIFICATIVA DO TEMA

07

07

08080808090910

11

11

15

16

16

16

17

2021

21

1.2 PROBLEMA .

1.3 OBJETIVOS.

1.3.1 Objetivo Geral .

1.3.2 Objetivos Especificos

2 REVISAO DE LlTERATURA.

2.1 TREINAMENTO FISICO MILITAR

2.1.1 Foco do treinamento ...

2.1.2 A Sessao Treinamento Fisico Militar.

2.1.3 Fases do Treinamento Fisico Militar .

2.2 PROCESSO DA AVALlAc;,Ao FISICA NA ATUALIDADE .

2.2.1 0 Exame Medico.

2.2.2 A Finalidade da Avalia<;:ao Fisica .

2.3 0 TESTE DE APTIDAo ATUAL.

2.3.1 Os Aspectos Gerais da Portaria 014-EME/86 ..

2.3.2 A conceitua<;:ao do desempenho fisico individual

2.3.3 0 criterio da conceitua<;:ao .

2.3.4 Os testes fisicos .

2.4 ASPECTOS CLiMATICOS RELACIONADOS AO TFM 23

2.5 CONDIc;,OES DE EXECUc;,AO DO TREINAMENTO FISICO MILITAR. 26

2.6 REFLEXOS DO TFM APLICADOS A SITUAc;,Ao DE COMBATE. 27

2.6.1 For<;:aMuscular .. 27

2.6.2 Potencia Muscular . 28

28

292930

2.6.3 Resistencia Muscular Localizada .

2.6.4 Resistencia Aer6bica .

2.6.5 Resistencia it Fadiga Mental

2.6.6 ResistEmcia Anaer6bica

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2.7 TFM COMO COMPONENTE NA PREPARACAO DO COMBATENTE ... 31

2.8 A EVOLUCAo NO EXERCITO BRASILEIRO . 32

3 METODOLOGIA ....

3.1 TIPO DE PESQUISA .

3.2 POPULACAo E AMOSTRA .

34

34

34

34

34

35

35

35

36

3.2.1 PopuJa<;:ao .

3.2.2 Amostra ....

3.3 INSTRUMENTO

3.4 COLETA DE DADOS ..

3.5 ANALISE DOS DADOS ..

4 APRESENTACAo E DISCUssAo DOS RESULTADOS

5 CONCLUsAo.......................................................................... 41

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 44

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RESUMO

EFEITOS DO TREINAMENTO FisICO MILITAR NA APTIDAO FislCA

DE ALUNOS DE N.P.O.R.

Autor: Maykom John StaineOrientador: Professor Candido

Curso de Educac;:ao FisicaUniversidade Tuiuti do Parana

Este trabalho objetivou verificar os efeitos do treinamento fisico militar naaptidao fisica de alunos de N.P.O.R. Para isso, valeu-se de uma pesquisa descritivacomparativa, utilizando-se como base os dados do pre teste e p6s teste, com umTreinamento Fisico Militar entre eles. A amostra para 0 estudo constituiu-se de 20alunos de N.P.O.R. que iniciaram 0 treinamento Fisico Militar no ana de 2001. Ap6sisto, contatou-se que nas variaveis antropometricas, a massa corporal representouuma queda do pre para 0 p6s teste de 0,600 Kg; a estatura, nao foi demonstradagrande variac;:ao; 0 IMC, observa-se que no pre teste a media foi de 22,21 e no p6steste foi de 22,01. Nas variaveis de desempenho, a flexao de brac;:osapresentou umaumento de 3,65 repetic;:oes; no abdominal foi evidenciado um aumento de 8,75repetic;:oes; nas flexoes na barra, foi evidenciado um aumento de 1,95 repetic;:oes; nacorrida por 12 minutos, evidenciou-se um aumento de 70,00 metros, onde adistancia minima percorrida foi 3.300,00 metros; no indice de V02 maximo,evidenciou-se um aumento do indice em 1,57; 0 indice minimo foi de 46,80 e 0indice maximo foi de 62,44, com uma amplitude de 15,63. Entao, de forma geral,conclui-se que nos dados antropometricos nao foram evidenciadas grandesvariac;:oes, sendo que quando estas aconteceram, direcionaram-se para umacondic;:ao mais favoravel a aptidao fisica, observa-se tambem que referente ao IMC,os indices encontram-se dentro de um padrao de normalidade para a faixa etaria.Conclui-se tambem que em todas as variaveis de desempenho foram evidenciadasmelhoras na media do grupo, respondendo com isto a pergunta de que 0Treinamento Fisico Militar favorece na condic;:ao fisica dos alunos de N.P.O.R.quando comparados os Testes de Aptidao Fisica dos alunos analisados.

Palavras-chave: Efeitos, Treinamento Fisico Militar, Aptidao Fisica, Alunos N.P.O.R.

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1. INTRODU€;AO

EFEITOS DO TREINAMENTO FisICO MILITAR NA

APTIDAO FislCA DE ALUNOS DE N.P.O.R.

1.1 JUSTIFICATIVA DO TEMA

A primeira regulamenta<;:ao do Teste Fisico Militar (TFM) no Exercito Brasileiro

ocorreu em 1934, sendo atualizado ate os dias de hoje, segundo a realidade cientifica

brasileira, resultando no Manual de Campanha C 20-20.

Como todo treinamento fisico, 0 TFM possui objetivos que orientam a sua

aplicayao: manter da saude do militar; participar do desenvolvimento das qualidades

morais e profissionais do militar; desenvolver, manter ou recuperar a condi<;:ao fisica

total do militar.

Para entendermos por completo a defini<;:ao e os objetivos do TFM, se faz

necessario compreender 0 que vem a ser condi<;:ao fisica total do militar: Eo a

capacidade psicossomatica do militar para 0 desempenho de qualquer atividade

funcional, que demande esforyo fisico significativo, sem 0 comprometimento da saude.

Sao componentes da condi<;:ao fisica total os sistemas cardiopulmonar, neuromuscular

e a composi<;:ao corporal.

Verificamos com 0 acima exposto, que 0 desempenho profissional do militar em

suas atividades tanto em tempo de paz como em combate dependem, em grande parte,

de seu condicionamento fisico. Atraves do treinamento fisico ele desenvolvera de forma

racional, met6dica e harmonica as qualidades fisicas e morais, que Ihe permitirao

vencer desafios e imprevistos, mantendo-o, por muitas vezes, vivo.

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1.2 PROBLEMA

Quais sao os efeitos do treinamento fisico militar na aptidao fisica de alunos de

NPOR?

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivo Geral

Verificar os efeitos do treinamento fisico militar na aptidao fisica de alunos de

NPOR

1.3.2 Objetivos Especfficos

• Determinar os efeitos do treinamento fisico militar sobre os indicadores

antropometricos de alunos de N.P.O.R

• Determinar os efeitos do treinamento fisico militar sobre os indicadores de

desempenho nos alunos de N.P.O.R

• Comparar os escores do T.F.M. dos alunos de N.P.O.R

• Analisar as possiveis melhorias na condigao fisica de alunos de N.P.O.R, em

fungao do Treinamento Fisica Militar.

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2. REVISAO DE L1TERATURA

2.1 TREINAMENTO FisICO MILITAR

Segundo 0 C 20-20/ Manual de Treinamento Fisico Militar (MINISTERIO DO

EXERCITO, 2002), 0 Treinamento Fisico Militar deve ser fundamentado de acordo com

a seguinte filosofia:

a) Organiza9ao

o Treinamento Fisico Militar (TFM) esta preconizado no manual C 20-20, que

abrange os aspectos fundamentais do TFM, padroniza os fundamentos tecnicos,

fornece ccnhecimentos desejaveis e estabelecem procedimentos para 0 seu

planejamento, a coordena9ao, a condu9ao e a execu<;ao da atividade fisica no Exercito

Brasileiro.

b) Aplica<;ao

Todo militar considerado apto para 0 servi<;o ativo esta obrigado ao Treinamento

Fisicc Militar.

c) Defini<;ao

E a prepara<;ao da condi<;ao fisica total do militar, sistematica mente organizada,

por meio de atividades fisicas regulares e controlada, dentro de um processo

pedag6gico.

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2.1.1 Foco do treinamento

Segundo 0 Ministerio do Exercito (2002), 0 enfoque do treinamento na

operacionalidade da tropa visa preservar fundamentalmente 0 interesse da Fon;:a e 0

cumprimento da sua missao institucional.

o enfoque do treinamento sobre a saude tem uma conota<;:ao mais funcional,

atende de melhor forma os interesses do militar e e relacionado com 0 seu bem estar.

E evidente que 0 enfoque operacional e mais presente nas fun<;:6es afetas ao

cumprimento de miss6es de combate enquanto 0 enfoque da saude e condi<;:ao

indispensavel para 0 desempenho de qualquer fun<;:ao, inclusive aquelas de cunho

administrativo. Tambem por motivos de gastos hospitalares, e de grande interesse da

for<;:aque 0 militar mantenha uma boa saude, evitando assim gastos medicos por parte

da institui<;:ao.

o enfoque da saude tem os objetivos e 0 ganho de beneficios mais duradouros

no tempo, considerando-se a carreira e a vida profissional do militar.

E fundamental entender 0 TFM como um instrumento promotor da saude antes

de um instrumento de adestramento do militar.

Objetivos do Treinamento Fisico Militar

- Contribuir para a manuten<;:ao da saude do militar;

Desenvolver, manter ou recuperar a condi<;:ao fisica necessaria para 0

desempenho de sua fun<;:ao;

Cooperar para 0 desenvolvimento dos atributos da area afetiva;

Desenvolver e manter uma condi<;:ao fisica que garanta a rusticidade

necessaria a supera<;:iio das fadigas decorrentes das atividades habituais de

campanha;

- Estimular a pratica desportiva em geral;

- Contribuir para 0 desenvolvimento de habitos salutares de conhecimento e de

pratica de atividade fisica regular.

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2.1.2 A Sessao de Treinamento Fisico Militar

1) Dura~o: A durayao de uma sessao de TFM e de dois tempos de instruyao ou

90 min.

2) Frequencia: A frequencia ideal do TFM e de cinco sessoes semanais previstas

em horario de instru~o.

Deve-se considerar como frequencia minima do TFM aquela que ainda

possibilita 0 desenvolvimento e a manutenyao dos padroes de desempenho fisico. Esta

cientificamente comprovado que esta frequencia e de no minimo tres sessoes

semanais. Alem disso, para que a atividade fisica possa auxiliar na prevenyao de

doenyas cronico-degenerativas e necessario que seja realizada, no minimo, tres vezes

por seman a (PINTO, 1993).

2.1.3 Fases do Treinamento Fisico Militar

Segundo 0 Ministerio do Exercito (2002), uma sessao de TFM e composta de

tres fases: 0 aquecimento, 0 trabalho principal e a volta a calma.

a) Aquecimento:

Eo 0 conjunto de atividades fisicas que visa preparar 0 militar, orgi'mica e

psicologicamente, para a execuyao do trabalho principal, por intermedio do aumento da

temperatura corporal, da extensibilidade muscular e da frequencia cardiaca. Eo

importante que haja uma transiyao gradual do repouso para 0 esforyo, ja que uma

atividade fisica intensa e repentina nao provoca um fluxo suficiente de sangue para os

musculos, alem de aumentar a possibilidade de lesoes musculo-articulares.

o aquecimento e composto de duas fases: os alongamentos e os exercicios de

efeitos localizados, seguidos posteriormente por uma corrida. Para que 0 aquecimento

cumpra sua finalidade e proporcione as devidas alterayoes fisiol6gicas, e necessario

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que essas duas fases variem de acordo com 0 clima e com a atividade a ser realizada

no trabalho principal.

Os exercicios de alongamento se destinam a trabalhar a musculatura em toda

sua amplitude, usando todo 0 arco articular e permitindo, assim, alongar as fibras

musculares que se encontrem enrijecidas pela inatividade, pelo frio, ou ambos, e

tamMm para, ap6s 0 exercicio, auxiliar na remoyao de catab61itos provenientes da

atividade muscular. A pouca flexibilidade tem sido apontada como um dos fatores que

contribui para a perda da capacidade de pessoas idosas para realizar atividades

cotidianas, sendo os exercicios diarios de alongamento considerados como de

fundamental importancia para a manutenyao da amplitude articular e da independencia

de pessoas em idades mais avanyadas (POLLOCK e WILMORE, 1993).

Esta fase tera uma durayao de aproximadamente 3 min, os exercicios serao

executados por imitayao ao guia e deverao ser observados os seguintes itens:

- alongar a musculatura de uma forma lenta e gradual;

- respirar natural mente;

- permanecer aproximadamente 20 seg em cada posiyao;

- nao fazer balanceios, pois sempre que se estirar em excesso, havera uma

ayao contraria, um reflexo de contrayao, fazendo com que 0 musculo se

mantenha encurtado;

- manter a posigao ao sentir a musculatura tencionada ate a sensagao de

tensao passar, retrocedendo caso nao passe;

- permanecer em uma posiyao confortavel.

Os Exercicios de Efeitos Localizados sao realizados de forma ritmica, de acordo

com a contagem do guia. Sao feitos por imitagao, podendo ser estaticos ou dinamicos.

Os exercicios estaticos sao feitos com a contagem do tempo pelo guia, devendo ser

realizados a quatro repetiyoes, podendo, no entanto, aumentar para ate seis repetiyoes

a sua execuyao em temperaturas muito baixas, a criterio do OTFM. Estes exercicios,

por se tratarem de aquecimento, devem ser realizados de forma que toda a tropa possa

acompanhar 0 ritmo do guia. Em climas frios, ou par decisao do comandante, a tropa

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poden'!, ainda, realizar 0 aquecimento em movimento, em substituiyao aos exercfcios de

efeitos localizados estaticos. Esta forma de aquecimento e mais eficiente, porem,

dificulta 0 controle e a execuyao para grandes efetivos, sendo recomendada a divisao

da tropa quando for empregada. Eo tambem indicada para grupos de militares com

idades mais avanyadas.

A corrida sera executada num ritmo de lento a moderado, com durayao

aproximada de 2 a 3 minutos (MINISTERIO DO EXERCITO, 2002).

b) Trabalho principal

E a fase da sessao em que sao desenvolvidas as qualidades fisicas e morais

necessarias ao militar, por meio das diversas modalidades do TFM. 0 trabalho principal,

que e 0 treinamento propriamente dito, classifica-se em: Treinamento Cardiopulmonar;

Treinamento Neuromuscular (Ginastica Basica; Treinamento em Circuito; Ginastica

Acrobatica; Ginastica com Armas; Ginastica com Toros); Treinamento Utilitario; e

Desportos.

o Treinamento Cardiopulmonar e 0 conjunto de atividades fisicas planejadas,

estruturadas, repetitivas e controladas, que tem por objetivo 0 desenvolvimento e a

manutenyao da aptidao cardiopulmonar. Os metodos de treinamento sao: Corrida

Continua I Caminhada; Corrida Variada; Treinamento Intervalado Aer6bio; e Natayao.

Segundo Fox; Bowers e Foss (1991), 0 Treinamento Neuromuscular procura

realizar a manutenyao de niveis adequados de forya e resistencia muscular e

importante em qualquer idade ou situayao operacional e, entre os beneficios resultantes

do treinamento neuromuscular, podemos citar: melhoria do desempenho nas atividades

de combate, nas atividades recreativas e no desporto; prevenyao de lesoes, pois a

musculatura fortalecida suporta maior carga e permite melhor postura para as

atividades diarias; melhoria da composiyao corporal pelo aumento da massa muscular

e, em decorrencia disto, diminuiyao da gordura corporal causada pelo aumento da taxa

metab6lica; diminuiyao da perda da saude 6steo-muscular com a idade, pois previne a

degenerayao neuromuscular, diminui 0 risco de fraturas p~r quedas e aumenta a

densidade 6ssea; e aumento da forya e da resistencia muscular. Eo importante que os

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exercicios sejam feitos corretamente, buscando-se observar as limitagoes e dificuldades

individuais na execugao de cada exercicio, de forma a maximizar 0 rendimento e evitar

futuras lesoes. Sendo assim, deve ser respeitada a individualidade biol6gica, mesmo

que em detrimento da padronizagao dos movimentos.

o Treinamento neuromuscular e uma atividade fisica de intensidade variada,

realizada por meio de exercicios localizados ou contra-resistencia, que buscam

desenvolver a forga e a resistencia muscular. no TFM, sao utilizados tres metodos:

Ginastica Basica; Treinamento em Circuito; e Musculagao.

o Treinamento Utilitario sao atividades fisicas que auxiliam no aprimoramento e

na manutengao da eficiencia dos sistemas neuromuscular e/ou cardiopulmonar, alem

de desenvolver atributos da area afetiva necessarias ao militar.Os metodos de

treinamento considerados utilitarios sao: pista de pentatio militar (PPM); ginastica com

toros; e lutas. 0 treinamento utilitario e previsto para as unidades operacionais.

Os desportos possibilitam maior interagao entre os integrantes de uma missao de

paz. Por serem atividades menos formais e mais atraentes, facilitam 0 congragamento

entre os participantes, alem de fortalecer e desenvolver 0 espirito de corpo. Esse tipo

de sessao do TFM conta com maior adesao e desenvolve 0 gosto pela pratica

desportiva de uma forma geral. Desta forma, 0 desporto preenche uma lacuna das

metodologias do TFM, atuando em fatores sociais, da area afetiva e na redugao do

estresse, alem de proporcionar um estimulo fisiol6gico que vai participar da

manutengao dos niveis de aptidao fisica da tropa. 0 desporto compreende os grandes

jogos, modalidades desportivas e competigoes desportivas. A pratica desportiva tem 0

objetivo de proporcionar aos militares atividades fisicas agradaveis e momentos de

descontragao. Essas atividades sao agentes da manutengao do bem-estar e melhoria

do relacionamento interpessoal dos seus participantes. A atividade a ser realizada, em

principio, devera atender as preferencias dos militares participantes. Aqueles que nao

possuirem habilidade tecnica necessaria para a pratica da modalidade prevista poderao

ser conduzidos para outra atividade desportiva que possa ser realizada pelos

remanescentes. Em ultimo caso, a execugao do TFM sera orientada individual mente.

Durante a preparagao para a execugao da sessao de TFM, deverao ser enfatizados os

objetivos de confraternizagao e espirito de camaradagem, que devem prevalecer sobre

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a vontade exagerada de vencer. A pratica desportiva nao deve ser prescrita como uma

atividade de desenvolvimento de padroes de desempenho fisico Aqueles militares que

nao tiverem alcanyado a suficiencia no TAF deverao realizar alguma metodologia

especifica que vise recuperar sua deficiencia. Dentre os desportos existentes, alguns

podem ser praticados como trabalho principal dentro das sessoes de TFM. Sao eles:

futebol; basquetebol; voleibol; tenis; futebol de salao; nata gao; e orientagao. As diversas

modalidades desportivas deverao, em principio, ser praticadas de acordo com as regras

estabelecidas pelas respectivas entidades nacionais que as regulam.

c) Volta a calma:

Segundo 0 Ministerio do Exercito (2002), nesse periodo 0 militar ira se ajustar

fisiologicamente: retorno da frequencia cardiaca e da pressao arterial aos valores

pr6ximos ao de repouso, acelera do retorno venoso, facilita a dissipagao de calor

corporal, promove a remogao mais acelerada do acido latico, entre outros.

A fase de volta a calma inclui exercicios de intensidades decrescentes como

caminhada ou trote mais lentos, exercicios de calistenia e de alongamento

(imprescindivel nessa fase).

o Instrutor nao devera omitir esta fase durante a Instrugao de Manutengao de

Capacitagao Fisica, pois existem varias evidencias cientificas associando esta omissao

com uma maior incidencia de complicagoes cardiovasculares (DANTAS, 1998).

2.2 0 PROCESSO DA AVALlAC;AoFislCA NA ATUALIDADE

A avaliagao fisica consiste de exames medicos e de aptidao fisica. 0 primeiro

visa verificar 0 estado de saude do individuo, bem como levantar a possibilidade de

serem desenvolvidas doengas motivadas pel a execugao do esforgo. 0 segundo, tem

como objetivo verificar 0 que 0 avaliado pode realizar com 0 seu corpo, sem perder a

capacidade funcional das diferentes partes de seu organismo (DANTAS, 1998).

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2.2.1 0 Exame Medico

Atraves destes exames determina-se a intensidade de esfon;;o que 0 examinado

pode ser submetido sem Ihe causar nenhum trauma, bem como, acompanhar a

adaptayao de seu organismo (ex.: diminuiyao dos batimentos cardfacos em repouso,

hipertrofia dos musculos esqueleticos e etc.) ao trabalho ffsico.

Levanta-se tambem, segundo Barbanti (1996), quais as atividades que sao mais

propensas a determinado tipo de indivfduo conforme suas medidas antropometricas e

composiyao corporal (ex.: elementos muito pesados nao sao indicados para corridas

longas, porem podem suportar exercfcios com maiores cargas de pesos).

2.2.2 A Finalidade da Avaliac;:aoFfsica

A avaliayao ffsica devera ser feita antes do infcio do treinamento, para identificar

o que cad a avaliado e capaz de realizar, sem causar danos a sua saude. No decorrer

da atividade, tambem serao realizados testes, que visam constatar 0 progresso obtido

quanto a melhoria da aptidao e as transformayoes ocorridas no organismo, motivadas

pelo exercfcio. 0 acompanhamento e essencial por corrigir os erros, direcionar as

formas de trabalho e incentivar os executantes (MINISTERIO DO EXERCITO, 2002).

A maioria dos fisiologistas admite que, alem da avaliayao inicial, devem ser

realizados exames medicos completos de 6 em 6 meses e os testes de aptidao ffsica a

cad a 3 ou 4 meses (FOX; BOWERS e FOSS, 1991).

2.3 0 TESTE DEAPTIDAo ATUAL

Nos anos de 1984 e 1985 0 Estado Maior do Exercito-EME constituiu um grupo

de trabalho cuja a finalidade era elaborar um novo TAF, que atendesse·as

necessidades da Forya. Este grupo era constitufdo por membros do EME e professores

civis da Universidade de Brasilia. A Escola de Educayao Fisica do Exercito foi

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totalmente alijada da fase inicial do projeto TAF, participando unicamente na fase de

validayao, nao tendo nenhuma influencia na essencia do produto deste projeto.

o resultado deste trabalho entrou em vigor em 12/03/86 atraves da porta ria

14-EME que estabelecia um novo criterio de avaliayao. Este documento procurava

adaptar 0 manual C 20-20 versao 1983 ao Sistema de Instrugao Militar do Exercito

Brasileiro- SIMEB. A seguir sera analisado detalhadamente 0 que prescreve tal obra.

2.3.1 Os Aspectos Gerais da Portaria 014-EME/86

a. A situagao funcional

o desempenho ffsico do militar passou a ser considerado tambem em relagao a

sua situagao funcional, alem da faixa etaria. Estabeleceu-se tres situagoes distintas de

padroes de desempenho:

o padrao basico de desempenho-PBD, que deveria ser mantido por todos no

servigo ativo;

o padrao avangado de desempenho (PAD), para as OM operacionais e

servigo em campanha e

o padrao especial de desempenho-PED, para servigo em OM com

caracteristicas especiais (Comandos, EsEFEx, Forgas Especiais, Cursos

Especiais e etc).

Esta nova concepgao foi um consideravel avango, visando racionalizar 0

condicionamento. 0 esforgo ffsico necessario para 0 desempenho das diversas

fungoes, existentes na Instituigao nao e 0 mesmo, bem como, as condigoes para a

pratica do treinamento e a motivagao para tal.

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b. As faixas etarias

Modificaram-se as faixas pre-estabelecidas anteriormente. As amplitudes dessas

faixas passaram a ser muito gran des. Os casos mais marcantes sao nas faixas etarias

mais baixas, onde a diferenga de idade e de 8 anos. Um homem de 26 anos tera muita

dificuldade de manter 0 mesmo nivel de condicionamento aos 33 anos, epoca em que

sua vida profissional e particular provavelmente tera sofrido grandes transformagoes.

c. 0 escalonamento dos padroes de desempenho

Estes padroes foram estruturados, de modo que, todos teriam que atingir 0 PBD,

como condigao para permanecerem no servigo ativo. 0 PAD abrangeria 0 padrao

anterior e seria a condigao necessaria e desejavel para aqueles que prestassem seus

servigos nas OM operacionais. 0 PED abrangeria os do is primeiros e seria destin ado

aqueles que servem em OM especiais, que nao sera mencionado neste trabalho por ser

muito especifico para cada caso. Foram estipulados prazos para que estes niveis de

aptidao fossem atingidos, por aqueles que 0 perdessem ou recem integrassem OM

operacionais ou especiais.

A previsao deste escalonamento foi muito acertada, porem nao formulou-se

mecanismos adequados que penalizassem verdadeiramente aqueles que nao

atingissem os indices estabelecidos no devido tempo.

d. As epocas de realizagao

Os recrutas fariam os testes na g", 22" e 40" semanas de instrugao. Estas

ocasioes estao bem compativeis com os padroes de condicionamento desejados e

coincidentes com 0 termino dos diferentes periodos de instrugao. Os quadros faraD tres

vezes por ano, nos meses de margo, julho e novembro, epocas ja consagradamente

aprovadas. A frequencia dos testes e suficiente para 0 acompanhamento do

treinamento.

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e. Os padr6es de aptidao fisica inicial- PAFI

Foi estabelecido que 0 Departamento Geral de Pessoal-DGP determinaria quais

seriam estes padr6es para a sele~ao e incorpora~ao dos recrutas. Haveria uma

inspe~o medica e verifica~ao das medidas biometricas e das qualidades fisicas inatas

(coordena~ao, agilidade, velocidade de impulsao, velocidade de resposta, reflexo e

equilibria)

A verifica~o dos PAFI, para aqueles que iraQ prestar 0 servi~o militar inicial, e

uma atividade valida, porem delicada. Foram previstos testes muito simples, cujos

resultados sao modestos para influirem decisivamente no processo de sele~ao.

f. Os militares impedidos de realizar 0 TAF previsto

Os portadores de qualquer anormalidade nao ficariam mais alijados da avalia~o.

Foi prevista a realiza~ao de testes alternativos, entretanto nao foi especificado quais

seriam estas provas, ficando a criterio dos Gmt das OM especifica-Ios. Os executantes

receberiam somente a men~ao "Regular".

Esta situa~o tem gerado um impasse, pois a maioria desses elementos sao

militares esfor~ados e que canseguem superar suas deficiencias, sendo uma injusti~

mante-Ios com uma men~ao baixa no conceito.

g. 0 registro dos resultados

As men~6es conceituais e os niveis de desempenho sao registrados nos

acentamentos de cada militar, para fins administrativos, influenciando na avalia~ao

profissional de cada elemento.

Este quadro, tem aspectos positiv~s, pois 0 senso de profissionalismo e 0

espirito competitiv~ motivaram a pratica da atividade fisica, contribuindo para a melhoria

geral dos niveis de condicionamento.

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h. As tabelas

Surgiram novas tabelas para 0 PBD e PAD e de conceituac;:ao do desempenho

fisico individual.

1) 0 padrao basico de desempenho - PBD: Os indices previstos estao muito

acessiveis. Sao considerados fracos na prova aer6bica, para as faixas etarias mais

baixas, permitindo que muitos militares s6 realizem exercicios fisicos durante as provas

do TAF.

2) 0 padrao avanc;:ado de desempenho - PAD: Alem de constar as provas do

PBD e incluida tambem a prova de Pista de Pentatlo Militar e flexao de brac;:o na barra.

Os indices tambem sao fracos para aqueles que, pel a natureza de suas func;:6es,

podem entrar em confronto direto com 0 inimigo.

2.3.2 A conceitua~ao do desempenho ffsico individual

Segundo 0 Ministerio do Exercito (2002), existe uma desproporcionalidade entre

a dificuldade de se atingir os indices mais elevados das provas neuromuscularares e na

prova aer6bica, principalmente para as faixas etarias mais baixas. Observa-se que 0

homem magro, com facilidade para corridas e com desempenho limitado da

musculatura dos brac;:os e do tronco, tem 0 biotipo ideal para atingir um bom resultado

no TAF. Desprestigiam-se os que sao mais pesados e dotados de consideravel forc;:a

muscular que, sem duvida, tambem tem grande utilidade em operac;:6es de combate.

Registra-se uma discrepancia de indices dentro de uma mesma menc;:ao.

Pode-se citar como exemplo a prova de corrida, onde existem diferenc;:as de mais de

400m na mesma faixa de conceito. Um homem de 18 anos de idade que corra 3070m,

enquanto que outro, de mesma idade, corre 2600m e fiquem igualados no conceito nao

e justo, pois 0 condicionamento nao e 0 mesmo.

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2.3.3 0 criterio de conceitua~ao

Conceituam-se somente os tres exercfcios (provas) mais faceis de serem

aplicadas, abdominal, flexao de brago e corrida. 0 processo 9 simples e bem

sernelhante aos ja utilizados anteriormente. A mengao obtida no desempenho fisico

individual 9 mais valorizada que a situagao de SUFICIENCIA e NAo SUFICIENCIA A

questao da SUFICIENCIA ser de responsabilidade de comando e a conceituagao ser

um problema do militar, mot iva 0 elemento para seu pr6prio aperfei<;oamento

(MINISTERIO DO EXERCITO, 2002).

2.3.4 Os testes fisicos

1) A prova de Abdominal:

Nao foram bem descritas as condi<;:6es de execugao, portanto cada elemento

procura adaptar seus movimentos conforme a capacidade de seu corpo. A

subjetividade do avaliador pode influir muito no resultado, deixando de considerar

determinados aspectos, que permitem a obtengao de marcas al9m do que 0 elemento

seria capaz de executar.

Varios sao os erros normalmente cometidos, tais como: nao distender os bragos

a retaguarda, segurar as pernas auxiliando a flexao das mesmas; descoordenagao do

tronco com as pernas, semiflexao das pernas e outros que nao tem sido considerados.

o exercicio adotado (remador) provoca um esforgo indesejavel na regiao 10mbar,

podendo causar problemas na coluna enos nervos.

Ha dificuldade em se avaliar os individuos que tem a regiao abdominal muito

desenvolvida e os poucos flexiveis. Estes homens nao conseguem flexionar

devidamente as pernas, aproximando-as do tronco. E criado um impasse, cujas

solugoes tem sido das mais diversas que desvalorizam 0 resultado.

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2) A prova de Flexao:

Como na anterior, 0 aspecto subjetivo do avaliador pode beneficiar muito 0

executante. Normalmente nao sao observados erros graves, tais como: auxiliar 0

trabalho dos brayos pelo movimento do tronco, a nao distenyao completa dos brayos,

paradas no decorrer da prova e a nao simetria do movimento dos dois brayos. A nao

observancia desses aspectos facilita a execuyao.

3) A prova de corrida

Eo a prova que, por ser mensuravel, 0 resultado e 0 mais real. Contudo, em varias

OM sao realizadas adaptay6es nao previstas, tais como: acrescentar algum tempo em

face do grande efetivo, diminuiyao do percurso por causa da existencia de curvas em

angulos retos,subidas e etc.

Foi feita uma sensivel alterayao, em relayao ao exame anterior, por ser adotado

o processo de tempo fixe em substituiyao ao da distancia fixa. A conseqOencia foi que a

prova tornou-se mais curta e com mais percentagem de trabalho aer6bico, 0 que nao e

desejado, nas faixas etarias mais elevadas.

4) A prova de Barra:

A barra e um aparelho de impulsao, assim sendo, 0 trabalho de brayo pode ser

auxiliado pelo galeio do tronco e 0 movimento das pernas, como, tambem, pela flexao

alternada dos brayos. Inadvertidamente, muitos avaliados usam destes artificios, que

devido a generica descriyao da Portaria 014-EME/86, sao aceitos pelos examinadores

tomando 0 resultado fora dos objetivos propostos.

A barra, apesar do julgamento subjetivo, e um trabalho natural e de grande

utilidade pratica, que pode ser aperfeiyoado.

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2.4 ASPECTOS CLIMATICOS RELACIONADOS AO TFM

o clima, em particular a temperatura, 0 vento e a umidade relativa do ar sao

fatores que influenciam 0 desempenho fisico e podem alterar os procedimentos da

pratica do TFM.

As altas temperaturas e a elevada umidade relativa do ar podem provocar

excessiva sudorese e disturbios termicos fisiologicos em curto espac;:o de tempo. As

baixas temperaturas podem facilitar 0 aparecimento de lesoes musculares decorrentes

de aquecimento inadequado a atividade fisica (WEBER, 1998).

As condic;:oes climaticas e meteorologicas podem e devem determinar

adaptac;:oes de horarios, locais e uniformes para a pratica de TFM.

a TFM em regioes de clima quente

Quanto mais intenso for 0 exercicio maior sera a temperatura interna do

organismo.

A temperatura interna tambem e afetada por um ou pela conjugac;:ao dos

seguintes fatores:

- Temperatura ambiente;

- Umidade Relativa do Ar;

- Condicionamento fisico, e;

- Area corporea agasalhada (coberta).

Segundo Fox; Bowers e Foss (1991), alem do corpo ganhar calor do meio

ambiente, quando a temperatura ambiente esta mais quente do que 0 corpo, ele

tambem produz calor, mesmo em repouso. Durante a realizac;:iio de exercicios, esta

taxa e aumentada de 5 a 20 vezes, dependendo da intensidade do exercicio. Como 2/3

da energia empregada no trabalho muscular perde-se sob a forma de calor, isto resulta

numa corrente continua de calor que flui do interior do organismo para a pele, onde ele

sera dissipado. Para evitar grandes variac;:oes da temperatura interna, 0 organismo

troca calor com 0 meio ambiente, perdendo calor por conduc;:ao, convecc;:iio e

evapora~o. Porem, quanto maior 0 calor, mais 0 organismo ira depender da

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evaporac;ao do suor para perder calor e, portanto, da manutengao do equilibrio hidrico,

ja que pode ocorrer uma substancial perda de liquido corporal por meio do suor para

permitir 0 resfriamento do corpo nestas situagoes extremas. A desidratagao intensa

(perda maior do que 3% do peso corporal) induzida pelo exercicio causa

hipertonicidade dos fluidos do corpo e prejudica 0 fluxo de sangue para a pele, 0 que

tem side associado com a redugao da taxa de suor e com a conseqCJente diminuigao da

perda de calor pela evaporagao, permitindo, assim, que a temperatura interna atinja

niveis perigosos (>400 C).

Segundo Fox; Bowers e Foss (1991), a desidratagao pode diminuir

significativamente 0 debito cardiaco durante 0 exercicio, uma vez que a redugao no

volume de ejegao pode nao ser compensada adequadamente por um aumento da

freqCJencia cardiaca. Observando estes fatores, percebe-se que 0 desequilibrio

hidroeletrolitico, associ ado ao acumulo de calor, representa um risco potencial para 0

desenvolvimento de desordens relacionadas ao sistema termorregulador, podendo,

inclusive, ameagar a vida. A necessidade diaria de ingestao de liquidos pode variar de

2-4 LIdia em climas moderados ate 4-10 LIdia em climas quentes. Normalmente, os

individuos desidratam-se durante 0 exercicio por nao conseguirem repor 0 liquido na

mesma proporgao que 0 perdem pelo su~r. Isto se da pela indisponibilidade de liquido

para a reposigao ou porque a sede nao representa a verdadeira necessidade de

ingestao de liquido, ja que, constantemente, a sede nao e percebida ate que tenha

ocorrido uma perda de aproximadamente 2% do peso corporal. Alem disso, muitas

vezes se inicia 0 exercicio ja desidratado.

Para assegurar a reposic;ao do liquido perdido, 0 peso corporal deve ser medido

antes e ap6s 0 exercicio e, para cada quilo perdido, deve ser ingerido cerca de 1 litro de

agua ou outro liquido. 0 ideal e que esse liquido seja reposto, fracionadamente,

durante 0 exercicio, de maneira que, ao termino, a diferenga no peso corporal seja

muito pequena. Alem disso, como a perda de suor pode ser grande, seria impossivel a

reposigao de uma 56 vez. Durante exercicios intensos com mais de 1 (uma) hora de

duragao, recomenda-se a adigao de carboidratos e eletr61itos a solugao a ser ingerida,

para melhorar a performance e para melhorar a absorgao do liquido. Entretanto, em

exercicios nao tao prolongados e sem a preocupagao do rendimento, essa adigao nao e

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necessaria, pois quando as perdas nao sao extremadas, a reposi~ao pode facilmente

ser alcan~da com as refei~6es (FOX; BOWERS e FOSS, 1991).

Essas recomenda~6es sao validas nao somente para a realiza~ao do TFM, mas

para todas as atividades demandem esfor~o fisico, como marchas e exercfcios no

terreno, quando 0 problema ainda e agravado pelo uso do fardamento e do

equipamento que, alem de constituirem uma sobrecarga, aumentam a dificuldade de

evapora~o do suor e retem 0 calor.

Os disturbios termicos sao problemas causados pela impossibilidade de se

manter adequada a temperatura interna. A perda de agua e 0 principal fator causador

dos disturbios termicos. As atividades fisicas realizadas em clima quente e com alto

grau de motiva~ao tem maior probabilidade de levar a um disturbio termico. 0 militar

responsavel pel a condu~ao de atividades que demandem esfor~o fisico,

particularmente em situa~oes ciimaticas adversas, deve nao 56 permitir, mas, tambem,

incentivar 0 consumo de agua por seus subordinados (MINISTERIO DO EXERCITO,

2002)

b. TFM em regioes de ciima frio

Segundo Vieira (1998), as atividades fisicas realizadas em clima frio diminuem a

motiva~ao do militar, porem, salvo em situa~oes de frio extremo, quando ocorrem

temperaturas menores do que 100 C negativos somados a velocidade do vento maior

do que 40 km/h, 0 TFM nao devera ser interrompido durante 0 inverno. Entretanto,

alguns procedimentos devem ser adotados a fim de possibilitar essa continuidade do

TFM: os militares deverao realizar as sessoes de TFM com agasalhos.

Quando estiver muito frio os militares deverao acrescentar mais roupas por baixo

do agasalho; utilizar agasalhos que possam ser retirados facilmente a medida que

ocorram as adapta~6es termicas; e conveniente, para as sessoes de TFM, que os

militares usem meias adicionais e luvas; quanto mais intensa/vigorosa a sessao de TFM

prevista, menor a quanti dade de roupa necessaria, porque 0 calor interno resultante

dispensara a necessidade de agasalhos; e indispensavel que a retirada da roupa usada

no TFM, 0 banho e a coloca~ao de roupa seca seja realizada imediatamente ap6s 0

termino do TFM. Nao deverao ser previstas atividades imediatamente posteriores, nem

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mesmo avisos. Ap6s 0 TFM, 0 militar nao devera ficar exposto ao ambiente frio; 0 TFM

podera ser realizado em ambiente aberto, desde que as partes componentes da sessao

sejam executadas em movimento, caso contrario, quando estaticas, deve-se procurar

realizar 0 TFM em ambiente fechado; deve ser tomado muito cuidado com a exposic;:ao

ao meio liquido, ja que a conduc;:ao do calor na agua e cerca de 25 vezes maior do que

no ar; e especial atenc;:ao devera ser dada ao aquecimento dos militares, 0 qual deve

assegurar que a atividade principal ocorra com 0 minimo risco de lesao, apesar da

baixa temperatura (VIEIRA, 1998).

2.5 CONDICOES DE EXECUCAo DO TREINAMENTO FISICO MILITAR

Segundo 0 Ministerio do Exercito (2002), 0 local do treinamento fisico militar

deve ser condicionado as particularidades das sess6es. Podem ser utilizados diversos

locais como quadras, patios, ginasios, campos de futebol, pistas de atletismo e de

pentatlo militar, ruas, prac;:as e vias publicas, piscinas, praias, rios e represas.

Treinamento fisico ao ar livre e mais salutar. As areas cobertas e fechadas, quando

utilizadas, devem possuir ventilac;ao adequada (natural ou artificial). Em todo local de

realizac;:ao do treinamento fisico, a seguranc;:a dos praticantes deve merecer cuidado

especial, a fim de evitar acidentes.

Para a realizac;:ao do TFM deve-se respeitar 0 intervalo de tres horas ap6s 0

termino das refeic;:6es (almoc;:o e jantar). Quando 0 TFM for realizado nas primeiras

horas da manha, 0 cafe devera se constituir de uma refeic;:ao leve. Nas regi6es onde 0

clima seja desfavoravel, com temperaturas muito elevadas ou baixas, deve ser

escolhido um horario em que temperatura facilite a realizac;ao do TFM (MINISTERIO

DO EXERCITO, 2002).

Os uniformes para as sess6es de TFM sao os previstos no regulamento de

uniformes do exercito: 0 uniforme do aquecimento, a principio, sera 0 mesmo da

atividade principal. Eventualmente, podera ser utilizado 0 uniforme calc;:a/coturno/busto

nu em substituic;:ao ao 5° A. Nas regi6es e nas epocas de alta temperatura, 0 TFM

devera ser realizado com 0 tronco nu, com a finalidade de permitir maior liberac;;ao de

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calor - com exce<;iio, e claro, do segmento feminino. Nas regi6es e nas epocas de

baixa temperatura, 0 uniforme de TFM devera ser acrescido de agasalhos. 0 cal<;ado

devera oferecer prote<;iio contra os microtraumas causados pelas corridas e saltos,

devendo ser incentivado 0 uso de tenis adequado.

Ap6s a sessiio de TFM, 0 praticante devera submeter-se a um banho de corpo

inteiro, de preferencia de aspersiio (ducha ou chuveiro). 0 banho visa 0 asseio

corporal, sendo necessario 0 sabiio para remover da pele os produtos do catabolismo

(VIEIRA,1998).

2.6 REFLEXOS DO TFM APLICADOS A SITUACAo DE COMBATE

Nos itens anteriores, levantamos ideias que explicam qual a maneira correta de

se executar 0 TFM, como executar a atividade fisica em diferentes ciimas, quais os

locais e horarios para se fazer 0 TFM e tambem quais os tipos de atividades a serem

desenvolvidas (neuromuscular e cardiopulmonar) quando 0 militar for submetido ao

programa de treinamento fisico militar. Agora abordaremos aspectos dos efeitos do

treinamento fisico na melhora do condicionamento fisico, advinda da pratica do TFM e

suas contribui<;6es ao militar em face de situa<;6es de combate.

2.6.1 For<;a Muscular

Uma das conseqCJencias do treinamento fisico no sistema neuromuscular e a

hipertrofia muscular, aumentando a capacidade do musculo de produzir for<;a e,

conforme 0 capitulo tres, esta somente sera aumentada atraves do principio da

sobrecarga. Por este motivo 0 TFM preve sess6es de ginastica basica, pista de

treinamento em circuito (PTe), ginastica com armas e ginastica com toros. Estes

trabalhos contribuem preponderantemente para que ocorra esse efeito, atraves do

aumento do numero de repeti<;6es ou passagens pelo circuito.

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A melhora da qualidade fisica possibilitara ao militar realizar trabalhos com maior

rapidez e menor desgaste e, em con sequencia, com maior eficiencia. Podemos

exemplificar um soldado de engenharia que carrega no bra«o 0 material pesado de

constru«ao (VIEIRA, 1998).

2.6.2 Potencia Muscular

Esta qualidade fisica alia a for«a com a velocidade no movimento executado. Isto

e possivel devido as altera«6es citadas acima, em conjunto com as modifica«6es

ocorridas nas articula«6es, aumentando a amplitude do movimento.

No Exercito, e realizado quando fazemos atividades com menor peso e maior

velocidade na execu«ao de exercicios neuromusculares.

Em ambiente operacional um dos movimentos que melhor explicam a

necessidade da potencia muscular e 0 arremesso da granada, onde a uniao da forya a

velocidade permitira alcan«ar uma maior distancia (VIEIRA, 1998).

2.6.3 Resistencia Muscular Localizada

Segundo Barbanti (1996), a resistencia muscular 10caJizada e a capacidade de 0

musculo manter sua eficiemcia de trabalho, pelo maior tempo possivel, com

predominancia do sistema anaer6bico.

As alteray6es ocorridas pela pratica regular do TFM aumentarao a tolerancia do

organismo ao acido latico, possibilitando prolongar 0 tempo da atividade, mesmo com

ritmos elevados. Podemos citar como exemplo de exercicios para 0 desenvolvimento

desta qualidade fisica, a execu«ao da rosca direta na pista de treinamento em circuito

com maior numeros de repeti«6es (PINTO, 1993).

No campo operacional, verificamos a necessidade de uma boa resistencia

muscular localizada, quando 0 militar realizar a constru«ao de uma ponte, durante a

transposi«i3o de um curso d'agua onde 0 peso das pevas, a frequencia e a repetic;ao

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dos movimentos exigirao enormemente a musculatura dos bra<;os, abdomen e pernas

(VIEIRA,1998).

2.6.4 Resistencia Aer6bica

Segundo Barbanti (1996), a resistencia aer6bica do individuo e entendida como a

capacidade do mesmo em absorver 0 mais rapido que puder 0 oxigenio dos pulm6es e

transporta-Io, na maior quanti dade possivel por unidade de tempo, aos grupos

musculares envolvidos na atividade fisica.

Com base nas considera<;6es supracitadas, pode-se concluir que a resistencia

aer6bica obtida nas sess6es de corrida livre, corrida intervalada e corrida em forma, se

refletira em combate, pois capacitara 0 militar a cumprir miss6es com maior duragao,

alem de permitir ao combatente com boa condigao fisica uma recupera<;i'io energetica

mais rapida e eficiente, durante seus horarios de descanso (VIEIRA, 1998).

2.6.5 Resistencia a Fadiga Mental

Normalmente 0 exercicio fisico e apenas associado a atividade motora do corpo

humano. Consequentemente, imagina-se que 0 ganho de condicionamento fisico s6

beneficiara este campo. No entanto, a melhora do condicionamento tambem atuara no

funcionamento do sistema nervoso central.

o sistema nervoso central (SNC) e 0 responsavel por enviar "mensagens" para a

realiza<;ao dos movimentos motores. Estes sinais percorrem 0 seu caminho ate 0

musculo atraves dos nervos, como uma corrente eletrica. A res posta do musculo

dependera da intensidade com que chegara esta corrente ate ele. Para 0 bom

funcionamento deste sistema se faz necessaria energia sera a glicose. Mas 0

organismo da priori dade para 0 fornecimento de energia ao sistema nervoso, pois este

controla 0 bom funcionamento de nossas fun<;6es vitais. Entao, conclui-se que 0

individuo que possuir uma maior reserva energetica de glicogenio, tera melhores

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condi~6es de manter seu esforc;o flsico sem prejudicar ou diminuir sua eficiencia

mental.

Entende-se como fadiga, 0 estado em que 0 organismo tem seu estado mental e

fisico afetado por falta de energia. Quirion e Methot apud Nadeu e Peronnet (1985)

dividem a fadiga em dois tipos: fadiga bioquimica, que e determinada pelo rapido

declinio do ATP e PC e por acumulo de acido latico e a fadiga neuromuscular, que e

causada por uma deficiencia acumulativa e por um sobrecarga nos nervos que enviam

estimulos para 0 sistema nervoso central.

Por este motivo, em combate, quando 0 organismo e sobrecarregado com

atividades fisicas decorrentes de opera~6es continuadas, quando ha pouco tempo para

repouso e consequente recupera~ao energetica, vindo assim, a baixar as reservas de

glicogenio muscular, 0 organismo busca uma complementa~ao no glicogenio sanguineo

para 0 musculo, privando 0 sistema nervoso de sua fonte de energia. Em resposta, 0

SNC emite impulsos inibit6rios para as celulas nervosas, que interrompem 0 envio de

estimulos ao musculo, trazendo a sensa~ao de cansa~o e a fadiga. Note-se que nao s6

os militares que estarao em primeiro escalao devem preocupar-se com 0

condicionamento fisico, mas tambem aqueles envolvidos com tarefas de planejamento.

2.6.6 ResistemciaAnaer6bica

Esta qualidade fisica e a capacidade de manter a atividade pelo maior tempo

possivel com predominancia do sistema anaer6bico, utilizando grande massa muscular.

Nadeu e Peronnet (1985, P 201) diz que:

"0 desenvolvimento da resistencia anaerebica em atletas, possibilita aosmesmos prolongar esforyos maximos, mantendo a velocidade e 0 ritmodo movimento apesar do crescente debito de oxigenio, da consequentefadiga muscular e do aparecimento de uma solicitayao mentalprogressiva para interromper 0 trabalho".

o militar desenvolvera esta qualidade fisica com a pratica de exercicios como a

corrida intervalada, adquirindo uma maior resistencia a fadiga

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Estas cita,,6es corroboram, mais uma vez, a ideia de que 0 individuo em

situa,,6es de estresse de combate tera melhores condi,,6es de continuar atuando. Por

isso um bom condicionamento fisico e de suma importancia a todos os militares.

2.7 TFM COMO COMPONENTE NA PREPARACAO DO COMBATENTE

Com 0 TFM chegamos a um desenvolvimento racional, met6dico e harmonica de

qualidades fisicas e morais. Esse desenvolvimento das qualidades fisicas e morais do

militar e calcado em bases cientificas. 0 TFM realizado na subunidade aplica em cada

individuo estimulos primordiais ao desenvolvimento de qualidades estritamente

inerentes ao combatente. 0 sucesso no combate, a atitude tomada diante dos

imprevistos e a seguran"a de sua pr6pria vida dependem, muitas vezes, das qualidades

adquiridas atraves do treinamento fisico regular. Todavia, essa "aquisi"ao"nao se deve

processar em um curto espa"o de tempo. Tanto 0 ganho fisiol6gico, quanto 0

desenvolvimento psicol6gico devem ser graduais, a fim de alicer"ar uma estrutura

s61ida em ambos os aspectos. As qualidades morais que 0 TFM executado de forma

correta proporcionam, sao a camaradagem, 0 espirito de corpo, 0 espirito de luta, a

disciplina, a estabilidade emocional, a sociabilidade e a leal dade (PINTO, 1993).

Ja no contexto relacionado as qualidades fisicas ha, segundo Barbanti (1996),

como efeito no sistema neuromuscular, a hipertrofia muscular, que e 0 aumento de

massa , tornando 0 musculo capaz de produzir mais for"a. Ocorre tambem 0

fortalecimento de tend6es e ligamentos tornando-os capazes de suportar maiores

pesos com menor possibilidade de ruptura.

No sistema cardiopulmonar, ocorre 0 desenvolvimento da capacidade do pulmao

em assimilar certa quantidade de oxig€mio, a fim de impulsiona-Io pelo sangue para os

tecidos, atraves do cora"ao. Esse volume de 02 denomina-se V02 (MAxiMO), ou seja,

o TFM aumenta 0 V02 MAx do individuo. 0 transporte de oxig€mio pelo sangue atraves

da hemoglobina tambem e mais intenso, tornando as fibras musculares mais

oxigenadas e melhor preparadas para 0 esfor"o fisico (DANTAS, 1998).

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No que diz respeito as capacidades fisicas e morais necessarias ao combatente,

o TFM desempenha papel vital em seu desenvolvimento e manuten<;:ao.

2.8 A EVOLUC;Ao NO EXERCITO BRASILEIRO

Ate a Guerra da Triplice Alia n<;:a, pouco se falava em prepara<;:ao fisica, somente

aos oficiais destinava-se algum tempo para aulas de equita<;:ao e esgrima. Apos 0

conflito, sentiu-se a necessidade de introduzir este tipo de adestramento a tropa.

Passou-se a ministrar, na Escola Militar, sess6es de ginastica, esgrima e nata<;:ao,

contudo pouco se fazia nos quarteis, a nao ser a pratica aleatoria de esportes da epoca.

Nos ultimos decenios do seculo XIX, ja havia uma polemica muito acirrada

quanto ao ass unto. Varias autoridades eram favoraveis a implanta<;:ao definitiva do

adestramento fisico para toda a tropa.

Ap6s 0 retorno de alguns militares, que foram estagiar na Alemanha (1912),

implantou-se a instru<;:ao de Educa<;:ao Fisica diaria, como naquele pais, no entanto, nao

havia nada que normalizava a atividade.

Devido a vitoria dos aliados na I Guerra Mundial e sendo a participa<;:ao francesa

muito expressiva, chegou ao Brasil uma missao militar daquela vitoriosa na<;:ao, visando

reformular 0 Exercito. Com a ado<;:ao da doutrina francesa introduziu-se,

definitivamente, a Educa<;:ao Fisica como instru<;:ao regular a tropa.

Para a condu<;:ao deste trabalho foi fundada, em 1933, a Escola de Educa<;:ao

Fisica do Exercito, nos moldes da Escola de Joinville Le Pont - Fran<;:a, para formar

mestres em Educa<;:ao Fisica, que orientariam e difundiriam esta pratica em todo

Exercito. Em 1934 surgiu 0 primeiro regulamento de Educa<;:i3o Fisica, que era uma

tradu<;:ao do regulamento frances.

Comprovada a hegemonia da doutrina norte-americana, pela vitoria dos aliados

sobre a Alemanha, na II Guerra Mundial, 0 metodo Calistencio foi introduzido no

Exercito Brasileiro.

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Da miscigenayao das correntes de influencia francesa, americana e alema,

surgiu 0 modelo brasileiro. Em 1958 foi posto em pratica 0 primeiro regulamento com

estas caracteristicas.

No decorrer do processo evolutivo do modelo brasileiro apareceu, na decada de

70, outra influencia externa, que foi de grande importancia, nao s6 para 0 Exercito como

tambem para 0 pais e para 0 mundo. Trata-se dos exercicios aer6bicos preconizados

pelo Dr Kennet' Cooper' que posteriormente foram consagrados, face ao sucesso obtido

pela equipe brasileira de futebol na Copa do Mundo realizada na cidade do Mexico em

1970.

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34

3. METODOLOGIA

3.1 TIPO DE PESQUISA

Optou-se pel a pesquisa descritiva comparativa, pais esta observa e analisa as

fatos ja ocorridos e registrados. Este tipo de pesquisa e a mais frequente par ser de

estrutura simplificada. Sua finalidade e descrever as caracterfsticas dos fen6menos com

base em registros ja efetuados e, ap6s, campara-los. (THOMAS e NELSON, 2002).

3.2 POPULACAO E AMOSTRA

3.2.1 Populat;ao

Alunos de N.P.O.R. que iniciaram a treinamento Fisico Militar.

3.2.2 Amostra

Foram analisados 20 alunos de N.P.O.R. que iniciaram a treinamento Fisico

Militar no ana de 2005 no 20° Batalhao de Infantaria Blindada.

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3.3 INSTRUMENTO

Os instrumentos utilizados nesse trabalho foram fichas para anotayao dos dados

de 4 testes, sendo estes: corrida, flexao, barra e abdominal, alem dos indicadores

antropometricos da massa corporal, estatura e IMG.

3.4 COLETA DE DADOS

Primeiramente foram coletados os dados do primeiro T.A.F. dos alunos e apes

um periodo em Treinamento Fisico Militar, houve a coleta de dados do segundo TAF.

Foram coletados dados do apoio de frente sobre 0 solo (flexao), barra, abdominal estilo

remador, e con sumo de oxigenio estimado pela corrida de 12 minutos.

3.5 ANALISE DOS DADOS

Os dados sao expressos em tabelas seguidos de suas explicayoes em forma

descritiva e comparados atraves do teste t de Student para grupos dependentes, sendo

a < 0,05.

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4. APRESENT AC;AO E DISCUSSAO DOS RESULTADOS

Observa-se na tabela 1, referente as variaveis antropometricas, que a massa

corporal no pre teste teve a media de 69,45 Kg e no p6s teste de 68,85 Kg,

representando uma queda de 0,600 Kg. A massa corporal minima encontrada no pre

teste foi de 57,00 Kg e a maxima foi de 87,000, com uma amplitude de 30,00 Kg; no

p6s teste a massa corporal minima foi de 59,000 Kg e no p6s teste foi de 86,00 Kg, com

uma amplitude de 27,00 Kg. Tambem foi evidenciado no pre teste um erro padrao da

media de 1,74 Kg e no p6s teste de 1,58 Kg; 0 desvio padrao no pre teste foi de 7,79

Kg e no p6s teste foi de 7,10 Kg.

Tabela 1 - Estatistiea deseritiva das variaveis antropometrieas.

MC 1 MC2 EST 1 EST2 IMC 1 IMC2{Kg) (Kg) (em) (em) (kglm2) {kglm2)

Media 69,45 68,85 177,70 177,71 22,21 22,01

Erro padriio da media 1,74 1,58 2,06 2,06 0,94 0,90

Desvio padriio 7,79 7,10 9,23 9,24 4,21 4,04

Amplitude 30,00 27,00 42,00 42,00 19,84 19,30

Minimo 57,00 59,00 150,00 150,00 18,83 18,92

Maximo 87,00 86,00 192,00 192,00 38,67 38,22

1 - Pre teste; 2 - Pes teste

Referente aos dados de estatura dos avaliados, observa-se que no pre teste a

media foi de 177,70 cm e no p6s teste foi de 177,71 cm, nao demonstrando grande

variagao; estatura minima evidenciada no pre testes foi de 150,00 cm e a maxima foi de

192,00, com uma amplitude de 42,00 cm; no p6s teste a estatura minima e maxima,

bem como a amplitude, os resultados evidenciados foram os mesmos do pre teste, de

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forma que nao foram eneontradas varia~6es na estatura. No erro padrao da media no

pre teste e pas teste foi de 2,06 em; 0 desvio padrao no pre teste foi de 9,23 em e no

pas teste foi de 9,24 em.

Referente ao Indice de Massa Corparea, observa-se que no pre teste a media do

indice evideneiado foi de 22,21 e no pas teste foi de 22,01; 0 IMC minimo eneontrado

no pre teste foi de 18,83 e 0 maximo foi de 38,67, com uma amplitude de 19,84; no pas

teste 0 IMC minimo eneontrado foi de 18,92 e 0 maximo foi de 38,22, com uma

amplitude de 19,30.

Entao, de forma geral, observa-se que nos dados antropometrieos nao foram

eneontradas grandes varia~6es, sendo que quando oeorreram foram para uma

eondi~ao favoravel, observa-se tambem que referente ao IMC, os indices evideneiados

eneontram-se dentro de um padrao de normalidade.

Observa-se na tabela 2, referente as variaveis de desempenho, que a flexao de

bra~os no pre teste foi eneontrada uma media de 31 ,60 repeti~6es e no p6s teste foi de

35,25 repeti~6es, apresentando um aumento de 3,65 repeti~es; 0 erro padrao da

media no pre teste foi de 0,88 e no pas teste de 1,06 repeti~6es; 0 desvio padrao no pre

teste foi de 3,95 e no pas teste foi de 4,75 repeti~6es; 0 numero de flex6es minima

evideneiado no pre teste foi de 23 repeti~6es e 0 maximo foi de 40, com uma amplitude

de 17 repeti~6es; no p6s teste foi evideneiado 0 numero de flex6es minimo de 29

repeti~6es e 0 maximo foi de 45, com uma amplitude de 16 repeti~es.

Tabela 2 - Estatistica descritiva das variaveis de desempenho.

Flexilo Flexilo Abdo- Abdo- Barra Barra 12 min 12 min V02 V021 2 minal1 minal2 1 2 1 2 1 2

Media 31,6 35,2 67,5 76,5 8,0 9,9 3000,0 3070,0 55,7 57,3

EPM 0,8 1,6 5,6 5,5 0,8 0,7 38,3 39,8 0,8 0,8

Oesvio padrao 3,95 4,5 22,3 24,7 3,9 3,2 171,6 178,0 3,8 3,9

Amplitude 17,0 16,0 106 106 14 12 700 600 15,6 13,4

Escore Minimo 23,0 29,0 48,0 60 2 4 2600,0 2700,0 46,8 49,0

Escore Maximo 40,0 45,0 154,0 166 16 16 3300,0 3300,0 62,4 62,4

1 - Pre teste; 2 - Pas teste; EPM - Erro padriio da media

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Quanto a variavel de desempenho abdominal, observa-se que no pre teste foi

encontrada uma media de 67,7 repeti~6es e no p6s teste de 76,5 repeti~6es,

apresentando um aumento de 8,7 repeti~6es; 0 erro padrao da media no pre teste foi de

5,0 e no p6s teste de 5,5 repeti~6es; 0 desvio padrao no pre teste foi de 22,6 e no p6s

teste foi de 24,7 repeti~6es; 0 numero de abdominais minimo evidenciado no pre teste

foi de 48 repeti~6es e 0 maximo foi de 154, com uma amplitude de 106 repeti~6es; no

p6s teste foi evidenciado 0 numero de abdominais minima de 60 repeti~6es e 0 maximo

foi de 166 com uma amplitude de 106 repeti~6es.

Na variavel de desempenho flex6es na barra, observa-se que no pre

apresentando um aumento de 1,9 repeti~6es; 0 erro padrao da media no pre teste foi de

0,8 e no p6s teste de 0,7 repeti~6es; 0 desvio padrao no pre teste foi de 3,9 e no p6s

teste foi de 3,2 repeti~6es; 0 numero de flex6es na barra minimo evidenciado no pre

teste foi de 2 repeti~6es e 0 maximo foi de 16, com uma amplitude de 14 repeti~6es; no

p6s teste foi evidenciado 0 numero de flex6es na barra minimo de 4 repeti~6es e 0

maximo foi de 16, com uma amplitude de 12 repeti~6es.

Na variavel de desempenho corrida de 12 minutos, observa-se que no pre teste

foi encontrada uma media de 3.000 metros percorridos e no p6s teste de 3.070 metros,

apresentando um aumento de 70 metros percorridos em 12 minutos; 0 erro padrao da

media no pre teste foi de 38,3 metros e no p6s teste de 39,8 metros; 0 desvio padrao no

pre teste foi de 171,6 e no p6s teste foi de 178,0 metros; a distancia minima percorrida

em 12 minutos no pre teste foi de 2.600 metros e a maxima foi de 3.300 metros, com

uma amplitude de 700 metros; no p6s teste foi evidenciada uma distancia minima

percorrida em 12 minutos de 2.700 metros e 0 maximo foi de 3.300 metros, com uma

amplitude de 600 metros.

Quanto ao V02 maximo, observa-se que no pre teste foi encontrado um indice

medio de 55,7 e no p6s teste de 57,3, apresentando um aumento do indice em 1,5; 0

erro padrao da media no pre teste foi de 0,8 e no p6s teste de 0,88; 0 desvio padrao no

pre teste foi de 3,8 e no p6s teste foi de 3,9; 0 indice minimo evidenciado no pre teste

foi de 46,8 e 0 indice maximo foi de 62,4, com uma amplitude de 15,6; no p6s teste foi

evidenciado 0 indice minima de 49,0 e 0 indice maximo foi de 62,4, com uma amplitude

de 13,4.

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Variaveis

Tabela 3 - Diferen\fas entre as medias, teste t pareado, graus de liberdade eprobabilidade.

Media dadiferenc;:a

Diferen~a pareada entre as mediasDesvio Erro padriio 95% Intervalo de

padrao da da diferenc;:a confianc;:aentre asdiferenc;:a medias

Inferior Superior

0,29 1,49

0,03 0,00

0,09 0,47

13,40 4,00

2,77 1,12

107,50 32,49

2,40 0,72

Flexiio1 - Flexiio2 3,65 5,56 1,24 6,25 1,04

MC1-MC2 0,600 1,900 0,42

EST1 -EST2 0,01 0,04 0,01

IMC1-IMC2 0,19 0,60 0,13

ABD1 -ABD2 8,75 9,93 2,22

Barra1 - Barra2 1,95 1,76 0,39

12 min1 -12 min2 70,0 80,13 17,91

V021-V022 1,56 1,78 0,40

Prob

1,41 0,175

1,37 0,186

1,42 0,171

3,93 0,001

4,95 0,000

3,90 0,001

3,90 0,001

2,93 0,009

1 - Pre teste; 2 - Pes teste; p < 0,05; GL = 19; t tab = 2,09.

Observa-se na tabela 3, que a variavel massa eorp6rea obteve uma media da

diferenc;:a de 0,60 Kg; 0 desvio padrao da diferenc;:a foi de 1,9 Kg e 0 erro padrao da

diferenc;:a foi de 0,4 Kg.

Na variavel estatura, observa-se que a media da diferenc;:a foi de 0,01 em; 0

desvio padrao da diferenc;:a foi de 0,04 em e 0 erro padrao da diferenc;:a foi de 0,13 em.

No indiee de massa eorp6rea, observa-se que a media da diferenc;:a foi de 0,19; 0

desvio padrao da diferenc;:a foi de 0,60 e 0 erro padrao da diferenc;:a foi de 0,01 em.

Referente a variavel de desempenho abdominal, observa-se que a media da

diferenc;:a foi de 8,7 repetic;:6es; 0 desvio padrao da diferenc;:a foi de 9,9 repetic;:6es e 0

erro padrao da diferenc;:a foi de 2,2 repetic;:6es.

Na variavel de desempenho flexao na barra, observa-se que a media da

diferenc;:a foi de 1,9 repetic;:6es; 0 desvio padrao da diferenc;:a foi de 1,7 repetic;:6es e 0

erro padrao da diferenc;:a foi de 0,3 repetic;:6es.

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Por outro lado na variavel de desempenho, corrida durante 12 minutos, observa-

se que a media da diferenya foi de 70 metros entre 0 pre-e-pas-testes e 0 desvio

padrao da diferenya foi de 80,1 metros e 0 erro padrao da diferenya foi de 17,9 metros.

Quanto a variavel de desempenho consumo maximo de oxig€mio, V02 maximo,

observa-se que a media da diferenya foi de 1,5 ml/kg/min; 0 desvio padrao da diferenya

do indice foi de 1,7 e 0 erro padrao da diferenya do indice foi de 0,4.

Referente a variavel de desempenho flexao, observa-se que a media da

diferenya foi de 3,6 repetiyoes; 0 desvio padrao da diferenya foi de 5,5 repetiyoes e 0

erro padrao da diferenya foi de 1,2 repetiyoes.

Nas variaveis antropometricas, a massa corporal representou uma queda do pre

para 0 pas teste de 0,600 kg; amplitude de 30,0 Kg no pre testes e 27,0 Kg no pas

teste. Referente a estatura, nao foi demon strada grande variayao; amplitude no pre

teste e pas teste foi de 42,0 cm; nao sendo encontradas variayoes na estatura.

Referente ao IMG, observa-se que no pre teste a media foi de 22,2 e no pas teste foi de

22,0; com uma amplitude de 19,8 no pre teste e de 19,3 no pas teste.

Nas variaveis de desempenho, a flexao de brayos apresentou um aumento de

3,6 repetiyaes; 0 numero de flexoes minima evidenciado no pre teste foi de 23

repetiyoes e 0 maximo foi de 40, com uma amplitude de 17 repetiyoes; no pas teste foi

evidenciado 0 numero de flexoes minimo de 29 repetiyoes e 0 maximo foi de 45, com

uma amplitude de 16 repetiyoes. No abdominal, foi evidenciado um aumento de 8,7

repetiyoes; 0 erro padrao da media no pre teste foi de 5,0 e no pas teste de 5,5

repetiyoes; 0 numero de abdominais minimo evidenciado no pre teste foi de 48

repetiyoes e 0 maximo foi de 154, com uma amplitude de 106 repetiyoes; no pas teste

foi evidenciado 0 numero de abdominais minimo de 60 repetiyoes e 0 maximo foi de

166, com uma amplitude de 106 repetiyoes. Nas flexoes na barra, foi evidenciado um

aumento de 1,9 repetiyoes; 0 numero de flexoes na barra minimo no pre teste foi de 2

repetiyoes e 0 maximo foi de 16 com uma amplitude de 14 repetiyoes; no pas teste foi

evidenciado 0 numero de flexoes na barra minimo de 4 repetiyoes e 0 maximo foi de

16, com uma amplitude de 12 repetiyoes. Na corrida por 12 minutos, evidenciou-se um

aumento de 70,0 metros; a distancia minima percorrida em 12 minutos no pre teste foi

de 2.600 metros e a maxima foi de 3.300 metros, com uma amplitude de 700 metros; no

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p6s teste foi evidenciada uma distancia minima percorrida em 12 minutos de 2.700,00

metros e 0 maximo foi de 3.300 metros, com uma amplitude de 600 metros. No indice

de V02 maximo, evidenciou-se um aumento do indice em 1,5; 0 indice minimo

evidenciado no pre teste foi de 46,8 e 0 indice maximo foi de 62,4, com uma amplitude

de 15,6; no p6s teste foi evidenciado 0 indice minima de 49,0 e 0 indice maximo foi de

62,4, com uma amplitude de 13,4.

Observando-se a diferent;:a entre 0 pre teste e 0 p6s teste, a massa corporal

obteve uma media da diferent;:a de 0,600 kg; 0 desvio padriio da diferent;:a foi de 1,9 kg

e 0 erro padriio da diferent;:a foi de 0,420 kg. Na estatura a media da diferent;:a foi de

0,01 cm; 0 desvio padriio da diferent;:a foi de 0,04 cm e 0 erro padriio da diferenya foi

de 0,13 cm. No IMe a media da diferenya foi de 0,19; 0 desvio padriio da diferenya foi

de 0,60 e 0 erro padriio da diferenya foi de 0,01 cm. No abdominal a media da diferent;:a

foi de 8,7 repetiyoes; 0 desvio padriio da diferenya foi de 9,9 repetiyoes e 0 erro padriio

da diferenya foi de 2,2 repetiyaes. Na flexiio na barra a media da diferenya foi de 1,9

repetiyoes; 0 desvio padriio da diferent;:a foi de 1,7 repetit;:oes e 0 erro padriio da

diferenya foi de 0,3 repetiyoes. Na corrida durante 12 minutos a media da diferenya foi

de 70 metros; 0 desvio padriio da diferent;:a foi de 80,13 metros e 0 erro padriio da

diferenya foi de 17,91 metros. No V02 maximo a media da diferenya do indice foi de

1,56; 0 desvio padriio da diferenya do indice foi de 1,70 e 0 erro padriio da diferenya do

indice foi de 0,40. Na flexiio a media da diferenya foi de 3,65 repetit;:oes; 0 desvio

padriio da diferenya foi de 5,56 repetiyoes e 0 erro padriio da diferent;:a foi de 1,24

repetiyoes.

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5. CONCLUSAO

Com 0 objetivo de verificar os efeitos do treinamento fisico militar na aptidao fisica

de alunos de N.P.O.R.; de forma a determinar os efeitos do treinamento fisico militar

sobre os indicadores antropometricos dos alunos; os efeitos do treinamento fisico

militar sobre os indicadores de desempenho dos alunos; comparar os escores do

T.F.M. dos alunos; analisar as possiveis melhorias na condi<;ao fisica de alunos em

fun<;ao do T.F.M., pode-se concluir que:

- Nas variaveis antropometricas da massa corporal e estatura, nao ocorreram

diferen<;as significantes, assim como no IMC;

- Nos dados antropometricos nao foram evidenciadas grandes varia<;oes, sendo

que quando estas aconteceram, direcionaram-se para uma condi<;ao mais favoravel a

aptidao fisica, observa-se tambem que referente ao IMC, os indices evidenciados

encontram-se dentro de um padrao de normalidade para a faixa etaria analisada.

- Diferen!(8s significantes foram encontradas nas variaveis de desempenho nos

testes abdominal, barra, corrida de 12 minutos, consumo de oxigenio e flexao.

- Em todas as variaveis de desempenho foram evidenciadas melhoras no

desempenho da media do grupo analisado, respondendo com isto a pergunta de que 0

Treinamento Fisico Militar favorece na condi<;ao fisica dos alunos de N.P.O.R. quando

comparados os Testes de Aptidao Fisica dos alunos analisados.

- Sugere-se para os pr6ximos estudos, a compara<;ao com alunos do NPOR de

outras Organiza!(6es Militares;

- Comparar alunos do NPOR com recrutas.

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