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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJA
TOMAS ALEJANDRO FOLATELLI
UNIRUGBY:
o surgimento de uma micro-empresa entre os gigantes do
mercado.
Balnerio Cambori
2010
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TOMAS ALEJANDRO FOLATELLI
UNIRUGBY:
o surgimento de uma micro-empresa entre os gigantes do
mercado.
Balnerio Cambori
2010
Monografia apresentada como requisito parcial para a obteno do ttulo de Bacharel em Administrao nfase em Marketing, na Universidade do Vale do Itaja, Centro de Educao Balnerio Cambori. Orientador: Prof. Aloisio Vicente Salomon
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TOMAS ALEJANDRO FOLATELLI
UNIRUGBY:
o surgimento de uma micro-empresa entre os gigantes do
mercado.
Esta Monografia foi julgada adequada para a obteno do ttulo de Bacharel em
Administrao e aprovada pelo Curso de Administrao nfase em Marketing da
Universidade do Vale do Itaja, Centro de Educao de Balnerio Cambori.
rea de Concentrao: Plano de marketing
Balnerio Cambori, 29 de Novembro de 2010.
_________________________________
Prof. MSc. Aloisio Vicente Salomon
Orientador(a)
___________________________________
Prof. MSc. Robson Freire
Avaliador(a)
___________________________________
Prof. MSc. Snia Regina de Oliveira Santos Luna
Avaliador(a)
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EQUIPE TCNICA
Estagirio(a): Tomas Alejandro Folatelli
rea de Estgio: Marketing
Professor Responsvel pelos Estgios: Lorena Schrder
Supervisor da Empresa: Sebastian Luca Folatelli
Professor(a) orientador(a): Aloisio Vicente Salomon
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DADOS DA EMPRESA
Razo Social: Tomas Alejandro Folatelli 01123071918 - Unirugby
Endereo: Rua 800, n 50, Balnerio Cambori, Centro, Santa Catarina
Setor de Desenvolvimento do Estgio: Marketing
Durao do Estgio: 240 horas
Nome e Cargo do Supervisor da Empresa: Sebastian Luca Folatelli
Carimbo do CNPJ da Empresa: 12.288.729/0001-94
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AUTORIZAO DA EMPRESA
Balnerio Cambori, 29 de outubro de 2010.
A Empresa Tomas Alejandro Folatelli 01123071918 - Unirugby, pelo presente
instrumento, autoriza a Universidade do Vale do Itaja UNIVALI, a divulgar os
dados do Relatrio de Concluso de Estgio executado durante o Estgio Curricular
Obrigatrio, pelo acadmico Tomas Alejandro Folatelli.
___________________________________
Responsvel pela Empresa
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DEDICATRIA
queles que contriburam para a realizao deste trabalho e aos que me ajudaram a extrair da vida as melhores lies. Em especial:
minha me, que sem ela eu no estaria aqui, fez sacrifcios e
me indicou o caminho certo para dar sempre o melhor na minha vida.
A meu pai, que a partir deste ano no est mais presente entre ns, ele que foi um grande inspirador do rugby e me estimulou para praticar este
maravilhoso esporte.
meu irmo Sebastian, que foi meu melhor amigo e superamos juntos qualquer dificuldade.
toda minha famlia e minha namorada, que me deram fora
em todas as etapas da minha vida.
Ao meu sobrinho Nahuel, que nos momentos mais difceis conseguia me fazer rir e encontrar as foras para continuar.
Prof. Lorena, principalmente, pela sua pacincia e
por me ajudar sempre que preciso.
Ao Prof. Mrcio Kiesel, pela sua grande disponibilidade e por ter me ajudado a superar as dificuldades finais do curso.
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RESUMO
O presente trabalho de concluso teve por objetivo aplicar os conceitos que o acadmico adquiriu em todo o curso da faculdade e utiliz-los para realizar o sonho de ter um negcio prprio. O Rugby um esporte coletivo originrio da Inglaterra de intenso contato fsico, chamado anteriormente de futebol-rugby, atualmente o segundo esporte de equipe mais praticado no mundo, sendo superado apenas pelo futebol. Desde a dcada de 80, a modalidade ganhou cada vez mais espao na mdia e no mercado mundial. A recente incluso do esporte nos jogos olmpico de 2016, no Rio de Janeiro, fez aumentar o interesse do pblico brasileiro pelo esporte. A copa do mundo de rugby o terceiro evento mais assistido no mundo. A modalidade, nos ltimos dois anos, vem se estruturando no Brasil e captando sempre mais novos praticantes, e o interesse da mdia. Desta forma, identificou-se um novo nicho de mercado, at agora mal atendido: os jogadores de rugby. O nmero de praticantes deste esporte est crescendo continuamente e o mercado tende a crescer a um forte ritmo. Devido necessidade dos jogadores de rugby comprarem indumentria especfica do esporte, idealiza-se a marca Unirugby, pensada para atender e superar as expectativas dos jogadores e consumidores de rugby no Brasil. Em face deste pressuposto, o objetivo geral que norteou este estudo foi implantar um plano de marketing na micro-empresa Unirugby de roupa e acessrios de rugby, tendo em vista o posicionamento favorvel da marca na percepo dos jogadores de rugby. Procurou-se desenvolver um plano de marketing para a Unirugby seguindo os seguintes objetivos especficos: analisar a situao atual da empresa (seu macro e micro ambiente); identificar os concorrentes e analisar os pontos fracos e fortes, as ameaas e oportunidades; definir o pblico-alvo e identificar seus hbitos, valores e comportamento; estabelecer objetivos de marketing; montar um plano de ao; e definir um programa de avaliao e controle dos resultados. Este trabalho classifica-se como qualitativo e quantitativo e a coleta de dados primrios foi realizada por meio de questionrios com os jogadores de rugby em Santa Catarina. Os principais resultados sugerem um perfil introvertido dos atletas, equilibrado e disciplinado, porm, preocupando-se com o status social, querendo enriquecer adquirindo bens materiais. Alm disso, destaca-se a importncia do justo equilbrio entre qualidade e preo dos produtos. Embora o mercado seja altamente segmentado, o assunto interessante quando se trata de estruturar uma empresa nova para competir com organizaes multinacionais. Palavras-chave: Marketing Esportivo; Plano de Marketing; Posicionamento, Rugby.
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ABSTRACT
This conclusion work aimed to apply the concepts that the student acquired in any college course and to use them to accomplish the dream of owning his own business. Rugby is a team sport originating in England of intense physical contact, formerly called football-rugby, it is currently the second most played team sport in the world, surpassed only by soccer. Since the 80s, the sport has gained increasing attention in the media and world markets. The recent inclusion of this sport in the Olympic Games 2016 in Rio de Janeiro, has increased brazilian public interest in this sport . The rugby world cup is the third most watched event in the world. The mode in the last two years, is being structured in Brazil , attracting more and more new players, and media interest. Thus, it has been identified a new market niche, also if poorly serviced: rugby players. The number of practitioners of this sport is growing steadily and the market tends to grow at a strong pace. Due to the need for rugby players to buy specific clothing sport , it was idealized a Unirugby brand, designed to meet and exceed the expectations of consumers and rugby players in Brazil. Given this assumption, the general goal that guided this study was to implement a marketing plan in micro-enterprise Unirugby of rugby clothing and accessories, in view of the favorable position of the mark in the perception of rugby players. It attempted to develop a marketing plan for Unirugby by following specific objectives: to analyze the company's current situation (macro and micro environment), to identify the competitors and to analyze the strengths and weaknesses, threats and opportunities, defining the public target and identifying the habits, values and behavior, to establish marketing objectives, to build a plan of action, and to establish a program for evaluating and tracking results. This work is classified as a qualitative and quantitative primary data collection and was conducted through questionnaires with rugby players in Santa Catarina. The main results suggest an introvert profile athletes, balanced and disciplined, however, concerned with social status, wanting to get rich buying property. It also highlights the importance of the right balance between quality and price of products. Although the market is highly segmented, the subject is interesting when the idea is to structure a new company to compete with multinational organizations. Keywords: Sports Marketing, Marketing Plan; Positioning Brand, Rugby.
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Dimenso do campo de rugby...................................................... 21
Figura 2 Formao de scrum...................................................................... 23
Figura 3 O modelo de administrao do marketing esportivo..................... 30
Figura 4 Logo Kipsta................................................................................... 67
Figura 5 Logo Topper.................................................................................. 71
Figura 6 Logo Slav Rugby........................................................................... 73
Figura 7 Organograma Unirugby................................................................. 93
Figura 8 Modelos camisetas Unirugby........................................................ 94
Figura 9 Logo Unirugby............................................................................... 95
Figura 10 Comparao logo Ralph Lauren e Unirugby................................. 104
Figura 11 Modelo de camiseta Plo............................................................. 105
Figura 12 Modelo de camiseta jogo e treino................................................. 106
Figura 13 Apresentao da camiseta de jogo Blumenau Rugby.................. 107
Figura 14 Modelo de etiqueta de papel (TAG).............................................. 107
Figura 15 Site Unirugby................................................................................. 108
Figura 16 Modelo de sacola de papel........................................................... 109
Figura 17 Modelo de caixa............................................................................ 109
Figura 18 Modelo de mini-loja Unirugby........................................................ 110
Figura 19 Modelo do adesivo fundo transparente......................................... 110
Figura 20 Modelo do chaveiro....................................................................... 111
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LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Nmero de questes no instrumento de coleta de dados............. 52
Tabela 2 Pesquisa Decathlon em todos site da empresa............................ 66
Tabela 3 Participao do mercado Slav Rugby........................................... 75
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LISTA DE QUADROS
Quadro 1 Modelo Kotler, Plano de Marketing............................................. 37
Quadro 2 Modelo de plano de marketing.................................................... 38
Quadro 3 Estrutura geral da pesquisa........................................................ 48
Quadro 4 Legenda do clculo do erro amostral.......................................... 48
Quadro 5 Clculo da amostra com erro amostral do 6%............................ 49
Quadro 6 Pesquisa Decathlon em todos site da empresa.......................... 65
Quadro 7 Formas de financiamento da Decathlon...................................... 67
Quadro 8 Financiamento Exclusivos........................................................... 67
Quadro 9 Anlise SWOT da Unirugby........................................................ 96
Quadro 10 Cenrio de atuao da empresa................................................. 97
Quadro 11 Anlise SWOT dos concorrentes................................................ 98
Quadro 12 Matriz SWOT da empresa Unirugby........................................... 100
Quadro 13 Ao 01 relacionada estratgia 01........................................... 102
Quadro 14 Ao 02 relacionada estratgia 02........................................... 102
Quadro 15 Ao 03 relacionada estratgia 03........................................... 103
Quadro 16 Ao 04 relacionada estratgia 04........................................... 103
Quadro 17 Ao 05 relacionada estratgia 05........................................... 103
Quadro 18 Ao 06 relacionada estratgia 06........................................... 105
Quadro 19 Plano de ao Unirugby.............................................................. 111
Quadro 20 Demostrativo resultado............................................................... 112
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LISTA DE GRFICOS
Grfico 1 Tipo de valores.............................................................................. 77
Grfico 2 Personalidade dos jogadores de rugby......................................... 78
Grfico 3 Interesse do pblico-alvo.............................................................. 79
Grfico 4 Conforto material do pblico-alvo................................................. 79
Grfico 5 Relacionamento afetivo do pblico-alvo....................................... 80
Grfico 6 Escolaridade do pblico-alvo........................................................ 81
Grfico 7 Renda familiar do pblico-alvo...................................................... 81
Grfico 8 Anlise do perfil psicogrfico........................................................ 89
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SUMRIO
1 INTRODUO ................................................................................... 16
1.1 Tema de pesquisa............................................................................... 17
1.2 Problema de pesquisa ........................................................................ 18
1.3 Objetivos da pesquisa ........................................................................ 18
1.3.1 Obejtivo geral ..................................................................................... 18
1.3.2 Objetivos especficos ......................................................................... 19
1.4 Justificativa da pesquisa .................................................................... 19
2 FUNDAMENTAO TERICA .......................................................... 21
2.1 Rugby.................................................................................................. 21
2.1.1 Historia do rugby................................................................................. 24
2.1.2 Rugby no Brasil................................................................................... 25
2.2 Marketing............................................................................................. 27
2.3 Marketing esportivo............................................................................. 29
2.4 Composto de marketing..................................................................... 31
2.5 Posicionamento e imagem................................................................. 32
2.6 Plano de marketing............................................................................. 35
2.6.1 Contedos do plano de marketing...................................................... 39
2.6.1.1 Anlise ambiental................................................................................ 39
2.6.1.2 Anlise do ambiente interno................................................................ 39
2.6.1.3 Anlise do ambiente externo............................................................... 40
2.6.1.4 Objetivos e metas de marketing.......................................................... 42
2.6.1.5 Estratgias de marketing..................................................................... 43
2.6.1.6 Plano de ao..................................................................................... 44
2.6.1.7 Avaliao e controle............................................................................ 44
3 METODOLOGIA CIENTFICA ............................................................ 46
3.1 Caractersticas da pesquisa ............................................................... 46
3.2 Procedimentos e instrumentos de pesquisa....................................... 48
4 RESULTADOS ................................................................................... 55
4.1 Anlise ambiental ............................................................................... 55
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4.2 Anlise do ambiente externo.............................................................. 55
4.2.1 Analise do macroambiente................................................................ 56
4.2.1.1 Ambiente demogrfico........................................................................ 56
4.2.1.2 Ambiente social/cultural...................................................................... 57
4.2.1.3 Ambiente tecnolgico.......................................................................... 58
4.2.1.4 Ambiente poltico/legal........................................................................ 59
4.2.1.5 Ambiente ecolgico............................................................................. 60
4.2.1.6 Ambiente econmico........................................................................... 60
4.2.2 Anlise do microambiente................................................................... 62
4.2.2.1 Concorrncia....................................................................................... 62
4.2.2.2 Clientes............................................................................................... 75
4.2.2.2.1 Anlise psicogrfica do pblico-alvo................................................... 76
4.2.2.3 Fornecedores...................................................................................... 91
4.3 Anlise do ambiente interno................................................................ 92
4.4 Anlise SWOT..................................................................................... 96
4.5 Objetivos de marketing........................................................................ 100
4.6 Estratgias de marketing..................................................................... 101
4.7 Plano de ao..................................................................................... 102
4.8 Avaliao e controle............................................................................ 112
5 CONSIDERAES FINAIS ............................................................... 114
REFERNCIAS.................................................................................. 119
APNDICES ...................................................................................... 124
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1 INTRODUO
Muitas empresas internacionais j perceberam o esporte como um grande
cenrio para divulgar a prpria marca. Empresas como Nike, Adidas, Puma e
marcas mais especficas do rugby j patrocinam eventos mundiais.
Algumas organizaes internacionais j deram certo no rugby, no s no
esporte, mas tambm com a comercializao de roupa e acessrios especficos
para o esporte. Muitas empresas fracassaram por tentar vender um produto bom,
mas que no tem mercado ou no foi bem comercializado. No adianta ter somente
um produto bom. preciso ainda uma boa comercializao e pensar como vai
posicionar o produto no mercado, analisando todos os fatores que podem afetar o
negcio, e prestar ateno nas tendncias. Por conseguinte, no mercado preciso
escolher se quer ser o lder ou o liderado.
Hoje em dia, cada vez mais, cada ano mais, surgem empresas novas que
buscam encontrar um espao no mercado, e que procuram nichos no atendidos ou
diferenciados. O grande desafio no mundo dos negcios, atualmente, diferenciar-
se dos concorrentes para ser lembrado no momento da compra, ser preferido, e
estar posicionado na mente do consumidor. Se uma empresa quer continuar
existindo, se quer vender mais ou vender menos, pouco importa, necessrio ter
um posicionamento definido na mente do consumidor. Diante disso, a empresa
precisa desenvolver um plano de marketing e estabelecer controles de forma
contnua, realizando um aprofundado monitoramento do ambiente que a circunda.
preciso saber tudo sobre o ambiente e os fatores que os influenciam. claro que
para uma empresa nova, que est tentado entrar no mercado, a tarefa de conhecer
seu ambiente muito importante, este a chave do sucesso, o fator que vai dar
s empresas entrantes no mercado as ferramentas essenciais para a consecuo
dos objetivos da empresa. O momento de entrada no mercado a fase mais
importante de uma nova empresa. Nesta, vale a primeira impresso dos clientes, o
primeiro posicionamento dos consumidores diante do produto. Por isso, uma
situao muito delicada, e a organizao precisa tomar cuidado para que no
prejudique seu produto no comeo e consiga transmitir uma imagem positiva para o
cliente.
Diante de vrias alternativas de produtos que o cliente possui, a empresa que
recm entrou no mercado precisa diferenciar-se, e um produto ou servio, algo
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novo, que o cliente aprecie, com mais valor. Por isso, o estudo do cliente de
fundamental importncia. necessrio conhecer o consumidor para-se conhecer a
marca. preciso conhecer o cliente, para saber como gravar a marca
permanentemente. Ser lembrado pelos clientes um luxo que poucas empresas
tem. Isso porque, na mente do consumidor, s tem espao para poucas
organizaes do mesmo segmento, sendo esta guerra muito competitiva.
Principalmente com o advento das empresas multinacionais, que no tem
problemas financeiros para investir em publicidade e forar o cliente a lembrar da
sua marca. Sendo assim, as organizaes que pretendem conquistar o prprio
espao no mercado, devem estar cientes das variveis ambientais para no perder
de vista o objetivo, que o cliente, sendo que sem eles, organizaes e mercado
no existiriam. As empresas precisam saber transformar os prprios defeitos em
qualidades, transformando assim as qualidades dos concorrentes em defeitos,
conseguindo ser uma alternativa vlida para os clientes e penetrar na mente do
consumidor. Isto s um comeo, sucessivamente a empresa deve conseguir se
manter e aumentar sua participao da marca. Uma vez que se est na mente do
cliente, tudo possvel.
1.1 Tema de pesquisa
Um plano de marketing , em geral, um documento escrito que estabelece os
objetivos de uma organizao, referentes a um perodo de atividades, e define os
programas de ao necessrios para o alcance desses objetivos (CAMPOMAR E
IKEDA, 2006). Dessa forma, o plano de marketing desempenha um papel
importante quanto definio de atividades, aos papis e s responsabilidades dos
participantes, evidenciando os obstculos potenciais a serem superados.
Este trabalho tem como rea o marketing, e como tema de pesquisa o plano
de marketing focado no posicionamento. Esta temtica foi estabelecida para
proporcionar informaes valiosas para uma micro-empresa de confeco e
acessrios esportivos que pretende entrar no mercado regional e nacional.
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1.2 Problema de pesquisa
O nmero de jogadores de rugby no Brasil vem crescendo a cada ano, e
junto crescem tambm os simpatizantes deste esporte. O crescimento deste
esporte implica um crescimento do interesse das empresas patrocinadoras, que
assim podero associar suas marcas ao esporte em geral e ao esprito do rugby.
Grandes empresas como a Topper/Alpargatas e o Bradesco, j identificaram
no rugby uma oportunidade de mercado, entrando como entidades patrocinadoras
da seleo masculina e feminina de rugby. Isto tende a proporcionar uma
divulgao ainda maior deste esporte, com diversos comerciais na televiso
nacional j veiculados, fomentando o crescimento desta modalidade no Brasil.
Aumentando o nmero de interessados pelo rugby, aumentam o interesses das
empresas, e cria-se oportunidade de mercado para este segmento, para
organizaes novas que desejam satisfazer a necessidades dos rugbiers1.
Por este motivo, com o propsito de coletar o maior nmero de informaes e
estudar o mercado interno e externo, define-se como problema de pesquisa a
seguinte questo: quais estrgias de marketing devem ser desenvolvidas pela
Unirugby, a fim de possibilitar o seu ajuste no mercado em que est inserida?
1.3 Objetivos de Pesquisa
Com o propsito de atender ao problema de pesquisa indicado no item
anterior, a seguir so apresentados o objetivo geral e os especficos que guiaram
este estudo.
1.3.1 Objetivo Geral
O presente projeto de estgio tem como objetivo geral propor um plano de
marketing para a empresa Unirugby de Balnerio Cambori.
1 Pessoas que praticam rugby.
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1.3.2 Objetivos Especficos
Considerando o objetivo geral apresentado no item anterior, definem-se os
seguintes objetivos especficos:
Analisar a situao atual da empresa (seu macro e micro ambiente);
Identificar os concorrentes e analisar os pontos fracos e fortes, e as
ameaas e oportunidades;
Definir o pblico-alvo e identificar seus hbitos, valores e
comportamento;
Estabelecer objetivos de marketing;
Elaborar uma estratgia de marketing;
Montar um plano de ao;
Definir um programa de avaliao e controle dos resultados.
1.4 Justificativa
Antigamente, no incio da formao das empresas, dentro do que se
convencionou chamar de sistema capitalista, a marca tinha um valor muito baixo, ou
seja, a marca era apenas o logotipo no produto que identificava a sua origem. O
que importava no produto no era o nome, mas o seu desempenho quanto sua
funcionalidade e ao preo compatvel com seu nvel de renda e a sua utilidade para
o consumidor.
Com o surgimento do mercado competitivo, ou seja, com a entrada livre de
concorrentes no mercado, que passam a comercializar similares ou substitutos, a
dinmica muda radicalmente. Neste tipo de mercado, quando surge a concorrncia,
o objetivo da empresa, alm de vender, conquistar uma parte do mercado em que
atua. Com isso, a empresa passa a competir com seus concorrentes pela
preferncia do cliente. Alm da capacidade de produzir e distribuir, as organizaes
devem ter essencialmente habilidade de marketing de seus produtos, deve ser
capaz de fazer comprar aos consumidores seus produtos e no os dos
concorrentes, sendo assim o incio do marketing nas empresas.
Nota-se que a preocupao com o consumidor est fundamentada pelo
aparecimento dos concorrentes e no pelo consumidor em si. Cada vez mais,
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surgem marcas e empresas que pretendem penetrar no mercado por meio de
estratgias de marketing, determinando quais objetivos devem ser alcanados para
chegar a uma determinada situao no ambiente. Atualmente o mercado est
voltado para os consumidores, desta forma as empresas precisam deter o maior
market share possvel, dependendo do consumidor escolher determinada marca e
no seu concorrente no momento da compra do produto. Ento desta forma, a
organizao precisa conhecer seu consumidor, qual sua deciso de escolha; e s
aps ter entendido isso poder influenciar uma deciso de compra do consumidor.
Em funo destes cuidados, criou-se a pesquisa de mercado aplicada a
consumidores atuais e potenciais, sendo esta uma ferramenta valiosa que pode
compreender o processo de deciso de compra, por meio de estudos sobre hbitos
e atitudes de consumo. A pesquisa de mercado tem como objetivo melhorar a
performance de seu produto antes e melhor dos concorrentes (NUNES E HAIGH,
2002). Alm disso, outra ferramenta se tornou importante nas empresas para
entender melhor a si mesma e seus clientes, que a pesquisa de marketing.
Segundo Kotler (2003, p.170), no comeo as pesquisas de marketing
destinavam-se mais ao descobrimento da tcnica para o aumento das vendas do
que conhecer os clientes. Hoje, os profissionais de marketing utilizam todo um
conjunto de tcnicas de pesquisa de marketing para compreender os clientes e os
mercados e avaliar a eficcia de suas prprias prticas de marketing.
Levando em considerao o mercado do rugby no pas neste 2010,
importante para uma empresa que quer entrar no mercado, analisar a situao e
identificar qual a melhor estratgia de penetrao no mercado. Para isto, a
presente investigao ir estudar e analisar o micro e macro ambiente e identificar
oportunidades para identificar uma situao favorvel para a empresa, propondo
sugestes e melhorias, para que esta marca, seja referncia de produto vinculado
ao rugby no Brasil.
A importncia do presente trabalho reside no estabelecimento de uma ponte
entre o meio acadmico e a prtica profissional. A pesquisa visa a identificar o nvel
de conhecimento do mercado, fornecendo assim, um diagnstico que contribua ao
direcionamento de aes para melhorias em todos os aspectos da empresa, e para
a identificao de estratgias que possam proporcionar empresa a posio que
pretende atingir, bem como a oportunidade de aprendizado do acadmico
pesquisador e seu futuro profissional na empresa.
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2 FUNDAMENTAO TERICA
Este captulo apresenta uma reviso da literatura sobre temas importantes,
que daro continuidade ao desenvolvimento do trabalho e que servir como base
para o desenvolvimento do plano de marketing, com nfase no posicionamento para
uma empresa no ramo de confeces e acessrios esportivos.
De acordo com Vergara (2003), o referencial terico nada mais do que um
captulo do projeto ou de um trabalho de concluso de estgio, que tem por objetivo
apresentar os estudos sobre o tema, ou especificamente sobre o problema, que j
foram realizados por outros autores.
2.1 Rugby
O Rugby o segundo esporte de equipe mais praticado no mundo, sendo
superado apenas pelo futebol (RUGBYMANIA, 2010). disputado em mais de 100
paises, sendo extremamente popular no Reino Unido, na Austrlia, na Nova
Zelndia e na frica do Sul, sendo essas as grandes foras do esporte. tambm
bastante popular na Frana, Itlia e Argentina.
O campo de rugby de formato retangular, parecido com o de futebol, e
pode ter um cumprimento mximo de 144 metros e uma largura mxima de 70
metros. As divises do campo so bem diferentes, como mostra a Figura 1.
Figura 1: Dimenses do campo de Rugby Fonte: Wikipedia, 2010.
Cada time possui 15 jogadores no campo, divididos por posio em 8 forward
(jogadores mais pesados) e 7 trs-quartos (jogadores mais leves). O objetivo do
jogo consiste em apoiar a bola oval na rea alm da linha do gol. Cada vez que um
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time consegue apanhar a bola, chama-se de try, valendo 5 pontos. Aps a
marcao de um try, a equipe pode tentar a converso de mais dois pontos
chutando a bola sobre o travesso e entre os postes, a partir de um ponto na linha
que passa pelo local onde o try foi marcado.
possvel marcar pontos em mais duas situaes: quando concedida uma
penalidade aps ocorrer uma infrao dos adversrios, a equipe pode optar por
chutar para os postes (vale trs pontos), e tambm com o chamado Drop goal, que
marcado quando um atleta chuta para o gol (entre os postes) durante o jogo
aberto imediatamente aps a bola cair e tocar o solo (vale trs pontos).
A bola entra em jogo de distintas maneiras. Quando se inicia o jogo, realiza-se
o Drop desde a metade do campo de jogo at o campo do adversrio. Este usado
tambm depois de apoiar a bola dentro da rea do gol (try). Quando a bola sai pela
lateral (do campo de jogo), se faz o line-out, que consiste em formar duas fileiras de
jogadores (foward) a um metro de distncia entre eles e perpendicular a linha
lateral. O time que obteve a posse de bola arremessa no corredor formato, e quem
conseguir ganhar a disputa de bola no ar, ataca.
Sendo este o nico esporte que se corre para frente e se passa a bola para
trs, cada vez que um jogador passa a bola para frente ou derruba para frente
comete uma infrao. Nestes casos cometem-se infraes leves e se reinicia o jogo
formando um scrum. O scrum serve para concentrar todos os forwards em um local
do campo, proporcionando a oportunidade para os trs-quartos prepararem um
ataque usando o espao criado em outro lugar. Para fazer o scrum se faz uma
formao de 8 jogadores (forwards) por cada time, abraados entre si em trs
fileiras, e cada time tenta empurrar o outro no momento que a bola introduzida no
meio, conforme ilustra a Figura 2.
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Figura 2: Formao do scrum. Fonte: Wikipedia, 2010.
Para obstacular o outro time, s permitido usar as mos respeitando uma
regulamentao muito rgida, para evitar possveis danos que se podem ocasionar a
um jogador. No final do jogo ganha o time que tiver conseguido fazer o maior
nmero de pontos (IBR; RUGBY READY, 2010).
A bola pode ser chutada para frente, mas os atletas da equipe que tm o
posse da bola necessitam estar atrs da mesma no momento em que ela
chutada.
Esta aparente contradio cria a necessidade de um bom trabalho de equipe e
uma enorme disciplina, uma vez que pouco resultado pode ser obtido por um atleta
individualmente. Somente trabalhando em equipe os atletas conseguem mover a
bola para frente na direo da linha de gol dos adversrios e eventualmente vencer
o jogo. O Rugby tem suas caractersticas mpares, mas como muitos outros
esportes trata essencialmente da criao e utilizao do espao. Os vencedores de
um jogo de Rugby sero os atletas da equipe que conseguir coloc-los no espao
criado e utiliz-lo com sabedoria, e que consigam tambm negar aos seus
adversrios tanto a posse da bola quanto o espao para utilizar essa posse.
No rugby, diferentemente de outros esportes, existe o primeiro tempo, o
segundo tempo e o terceiro tempo. Os primeiros dois tempos so de jogo e o
terceiro tempo consiste na reunio das duas equipes para comemorar o jogo e
comentar lances e expectativas dos dois times. No terceiro tempo esquecida a
possvel rivalidade existente entre as duas equipes, o que resulta numa das
melhores caractersticas do esporte, que a camaradagem entre os jogadores e
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entre as torcidas. de costume que terceiro tempo seja bancado pelo time da casa
e oferecido ao time visitante. Este, evidentemente, no oficial e no h referncias
a ele nas regras da International Rugby Board (IRB).
2.1.1 Histria do rugby no mundo
O Rugby surgiu em 1823, durante uma partida de futebol na The Close at
Rugby School, na cidade de Rugby, na Inglaterra. Diversas testemunhas relatam
que o ex-goleiro de Futebol William Webb Ellis, sem ter muita habilidade com os
ps, ficou nervoso ao ver sua equipe perder, recolheu a bola com as mos e partiu
em direo ao gol adversrio. Alguns destes, vendo a cena, tentaram impedi-lo de
correr, enquanto outros falavam mal. O que para alguns pareceu inusitado, para
outros pareceu um ato fantstico. A partir deste episdio, nos anos seguintes
comearam a surgir regras para este esporte que acabou ganhando o nome da
cidade.
O rugby foi divulgado muito rpido para outros pases, principalmente para as
colnias inglesas graas aos sditos da Rainha Vitria que espalharam o esporte
pelo mundo. Sua difuso, encontrava imediata aceitao entre as escolas,
universidades e foras armadas. Os soldados que eram enviados em misses para
outros pases acabavam promovendo este esporte, com a finalidade de desenvolver
o fsico, a mente e o esprito de grupo. Na frica do Sul, este esporte foi praticado
para aproximarem os britnicos e africanos, onde o presidente Mandela, utilizou o
rugby com a finalidade de romper barreiras raciais, e unir os brancos e negros
africanos em uma nica nao. Na Irlanda, serviu para reconciliar catlicos do sul e
protestantes do norte. Graas atitude irreverente de William Webb Ellis, o Rugby
tornou-se um esporte que tem a capacidade de unir as pessoas.
A Copa do Mundo de Rugby o principal evento entre selees. Disputada a
cada quatro anos desde 1987, trata-se do terceiro evento desportivo mais visto no
planeta (atrs apenas da Copa do Mundo de Futebol e dos Jogos Olmpicos). A
ltima edio do evento, ocorrida em 2007, foi assistida por mais de 4,2 bilhes de
pessoas (conforme informao do site Rugby Football History). Esta edio,
ocorrida na Frana, foi vencida pela seleo da frica do Sul que, com essa vitria,
igualou Austrlia, ambas agora com dois ttulos.
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25
Disputado em mais de 120 pases, o rugby extremamente popular,
sobretudo nas partes do mundo de forte influncia inglesa, como nas Ilhas
Britnicas, na Austrlia (chamados de Wallabies), na Nova Zelndia (All Blacks) e
na frica do Sul (Springboks), alm da Frana (Les Bleus), sendo essas as grandes
foras do esporte. tambm popular na Itlia (Gli Azzurri), na Argentina (Los
Pumas) e no Uruguai (Los Teros). Fora dos Jogos Olmpicos desde 1928, o Comit
Olmpico Internacional confirmou a volta do desporto na famlia olmpica nos jogos
Olmpicos de 2016, no Rio de Janeiro (mas com a sua verso reduzida, o rugby de
sete jogadores, conhecida como Rugby Sevens).
De acordo a Confederao Brasileira de Rugby (CBRU, 2010), o esprito do
rgby uma doutrina para seus praticantes. Prega-se que o esporte praticado por
um grupo de trinta pessoas, que somente no momento do jogo divide-se em dois
grupos de quinze. Portanto, fora do campo, no h lugar para rivalidades e atitudes
antiesportivas. Prova disso que aps as partidas, os jogadores tradicionalmente
renem-se no chamado "terceiro tempo" em que, comendo e bebendo em alegria,
cantam, socializam e comentam os principais lances da partida (CBRU, 2010).
2.1.2 Rugby no Brasil
O Rugby chegou ao Brasil no Sculo XIX, em So Paulo, trazido por Charles
Miller, que tambm apresentou o futebol aos brasileiros. O primeiro clube a praticar
o esporte, o Clube Brasileiro de Futebol Rugby, foi fundado em 1891. Apesar de
caminhar paralelamente ao futebol, at o comeo dos anos 1960 o Rugby era um
esporte de elite. S com a realizao do Campeonato Sul-Americano, em So
Paulo (SP), em 1964, comeou a ser mais difundido no pas. Em 6 de outubro de
1963, foi fundada, com sede em So Paulo, a Unio de Rugby do Brasil, com a
finalidade de organizar e dirigir o Rugby brasileiro. No ano seguinte a entidade
patrocinava o III Campeonato Sul-Americano de Rugby, quando o Brasil sagrou-se
Vice-Campeo. Em 1972, foi fundada a Associao Brasileira de Rugby, em
substituio Unio de Rugby do Brasil, sendo reconhecida pelo Conselho
Nacional de Desportos (CND).
Atualmente, o rugby no Brasil tem o maior contingente em So Paulo
representando 42% dos times no pais (CBRu, 2009). Mas muitos outros Estados
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26
Brasileiros possuem clubes de Rugby. O Sul do pas responsvel por 22% do
times de rugby (CBRu, 2009). Apesar de ser um esporte considerado bruto e
masculino, as mulheres esto ganhando cada vez mais espao, sendo que em
Janeiro de 2007, a equipe feminina brasileira tornou-se tri-campe invicta do
campeonato Sulamericano de Rugby Feminino da modalidade Seven-a-side. O time
mostrou-se um dos mais desenvolvidos, com uma qualidade tcnica superior a de
pases j tradicionais no jogo masculino, como Argentina, Chile e Uruguai.
Destaca-se que o Brasil vive sua melhor fase no Rugby em toda a sua
hstoria. Do incio de 2008 at o final de 2009, o nmero de jogadores cresceu
aproximadamente o 79,18% (CBRu;RUGBIER, 2009), esses dados mostram o
grande crescimento do esporte em um ano. As maiores dificuldades desta
modalidade no Brasil a falta de divulgao, por isso, com a atual confirmao da
participao do rugby nas olimpadas 2016 em Rio de Janeiro, estima-se um
aumento ainda maior visto a sua maior divulgao da modalidade no pas.
Junto ao crescimento exponencial da modalidade no pas, cresce o interesse
de empresas patrocinadoras, proporcionando uma visibilidade ainda maior (CBRu,
2010). Assim como faz o Banco Bradesco agora e a Topper desde dezembro do
2009, esta ltima foi a primeira empresa a patrocinar a equipe brasileira de rugby,
produzindo e veiculando comerciais na televiso, que deram mais visibilidade ao
esporte.
2.2 Marketing
A traduo do marketing para o portugus mercadologia, embora muitos
dicionrios j contemplaram este neologismo, a terminologia grega logia se refere
especificamente idia de estudo, cincia, isso refora a tematica de um novo
campo de estudos. Mercado o local no qual agentes econmicos procedem a
troca de bens e servios por uma unidade monetria ou por outros bens. Ento,
analisando o significado de mercado com a terminologia logia, pode-se afirmar
que o significado literal da palavra mercadologia (marketing) o estudo do mercado
(AURLIO, 2010).
Existem muitas noes equivocadas de marketing que restringem sua
aplicao nas empresas. No Brasil, o termo muito utilizado, mas na realidade
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27
pouco compreendido. Para muitas pessoas o marketing pode parecer enganao
ou enrolao. Este tipo de preconceito se deve a uma srie de fatores. Uma das
razes a confuso que se tem entre marketing, publicidade, propaganda e
vendas.
Conforme comentado anteriormente, entende-se o marketing como o estudo
de mercado, ou seja, conhecer o mercado de atuao da organizao, para
oferecer com inovao e criatividade os produtos e servios que o mercado deseja.
Em uma abordagem operacional, Richers (2000) afirma que marketing
simplesmente entender para atender o mercado. Portanto, considera o marketing
como operao, tendo que conhecer o consumidor para depois saber o que
oferecer para ele e atender seus desejos.
Para Kotler e Keller (2006), marketing envolve a identificao e a satisfao
das necessidades humanas e sociais. Resumidamente, o autor define o marketing
como sendo a satisfao das necessidades lucrativamente, isto , saber fazer
marketing saber transformar uma necessidade particular ou social em uma
oportunidade de negcio lucrativa.
A American Marketing Association no seu prprio site, oferece uma definio
de marketing traduzida por Kotler e Keller (2006, p.22): o marketing uma funo
organizacional e um conjunto de processos que envolvem a criao, a comunicao
e a entrega de valor para os clientes, bem como a administrao do relacionamento
com eles, de modo que beneficie a organizao e seu pblico interessado.
Seguindo o raciocnio de Kotler e Keller (2006), existem diversas definies e
conceitos diferentes de marketing na perspectiva social e gerencial:
Uma definio social mostra o papel do marketing na sociedade. Certo empresrio disse que o papel do marketing fornecer um padro de vida mais alto. Eis uma definio social que atnde ao nosso objetivo: marketing um processo social pelo qual indivduos e grupos obtm o que necessitam e desejam por meio da criao, da oferta e da livre troca de produtos e servios de valor com outros. Como definio gerencial, o marketing muitas vezes descrito como a arte de vender produtos. De fato, as pessoas se surpreendem quando ouvem que a parte mais importante do marketing no vender! Vendas so a ponta do iceberg do marketing. (grifo do autor)
Acompanhando o pensamento, o que importante no marketing no
vender, mas sim, conforme o conceito de marketing original, estudar os
consumidores, entend-los de maneira to profunda para saber perfeitamente o que
eles desejam, e tornar o produto ou servio disponvel, e assim este se vender
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sozinho. Com isso, importante ressaltar que o marketing anseia conhecer to
bem o cliente-alvo a ponto de dispensar o esforo de vendas (KOTLER e KELLER,
2006, p.121). Druker (apud KOTLER, 2003, p.10) sustentou que o propsito do
marketing tornar suprfluas as atividades de vendas. Mark-eting a capacidade
de atingir o alvo (mark) (Kotler 2003, p.10-11, grifo do autor).
Mesmo assim, lderes de negcios ainda no percebem a importncia do
marketing, achando que suprfluo, que caro e recorrem ao marketing
especialmente quando os negcios esto em baixa. Os lderes precisam entender a
importncia do marketing, no confundi-lo com vendas ou publicidade, mas
entend-lo como uma ferramenta que engloba todas as partes da empresa, eis uma
definio completa:
O marketing uma funo empresarial que identifica necessidades e desejos insatisfeitos, define e mede sua magnitude e seu potencial de rentabilidade, especifica que mercados-alvos sero mais bem atndidos pela empresa, decide sobre produtos, servios e programas adequados para servir a esses mercados selecionados e convoca a todos na organizao para pensar no cliente e atnder ao cliente. (KOTLER, 2003, p.11, grifo do autor)
Desta forma, o trabalho de marketing identificar as necessidades, em
contnua evoluo, das pessoas e convert-las em oportunidades lucrativas para as
empresas. O marketing vai alm da simples realizao de transaes, o objetivo
dos profissionais de marketing construir relacionamento a longo prazo com os
consumidores, e no focar em somente uma venda (KOTLER, 2003).
Entende-se que o marketing foca os clientes porque so eles que do vida a
uma organizao, no entanto, assim como do vida podem tir-la, se no cuidar
bem deles e de suas necessidades. Por isso, o marketing muito importante nas
organizaes deste sculo.
De forma geral, a funo do marketing dentro de uma empresa
desenvolvida somente de outro seu departamento especfico, isso tem um lado
positivo e negativo. positivo porque dentro do departamento se renem pessoas
qualificadas, com habilidades especficas para conhecer os clientes, prestar-lhes
servios e atender as suas necessidades. Por outro lado, ruim porque leva a
acreditar que as atividades de marketing competem a uma nica rea dentro da
empresa, no envolvendo toda a empresa, numa organizao de marketing
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verdadeiramente eficaz, no se consegue identificar o departamento de marketing
(KOTLER, 2003,p.12).
Desta forma, entende-se a importncia das funes do marketing para as
empresas. No prximo capitulo ser abordado o tema do marketing esportivo, e sua
similaridade com o marketing tradicional.
2.3 Marketing esportivo
O termo marketing esportivo comeou a ser usado pela Advertising Age em
1978, como descrio de atividades desenvolvidas por profissionais de marketing
,que utilizavam cada vez mais o esporte como meio para a divulgao de seus
produtos e servios (MULLIM, HARDY, SUTTON, 2004).
O marketing esportivo ainda um campo novo se for comparado com outros
campos de estudo como a Medicina, o Direito, a Administrao ou o Marketing. Por
isso, ainda no envolve um campo de conhecimento substancial, por exemplo, ao
se levantar livros para o estudo deste tema, nota-se que poucos autores abordam a
temtica, e isso acontece de forma sucinta. Ao passo que, existem centenas de
livros sobre administrao, por sua vez tambm entre os acadmicos parece no
existir consenso em relao a definio de marketing esportivo. Alguns acreditam
que a atividade envolve apenas a venda de eventos esportivos, sendo que outros,
acreditam que a aplicao dos princpios de marketing a qualquer produto da
indstria do esporte. Embora o marketing esportivo seja um campo de estudo em
crescimento, as prticas e os princpios de marketing tm sido aplicados em muitos
segmentos da indstria do esporte ao longo da sua histria (PITTS e STOTLAR,
2002).
A definio de marketing esportivo conforme sua atividade, no pode ser
diferente do conceito do marketing propriamente dito, ela somente deve ser
relacionada a disciplina do esporte. Conforme Mullin, Hardy e Sutton (2004, p. 18)
o marketing esportivo consiste em todas as atividades designadas a satisfazer as
necessidades e os desejos dos consumidores esportivos atravs de processos de
troca.
O marketing esportivo atualmente a funo mais importante de um negcio
esportivo, isso porque a indstria do esporte no d sinais de esgotamento e
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30
continua crescendo sem parar. Este contnuo crescimento sugere um nmero cada
vez maior de empresas e produtos esportivos, e com isso, de concorrentes. Neste
sentido, as empresas da indstria do esporte devem empregar as ferramentas do
marketing esportivo como guia para seguir atuando no mercado, de extrema
importncia que estas organizaes exeram as funes principais do marketing,
como a anlise externa e interna, analise SWOT e mix de marketing.
Toda atividade de marketing comea com o entendimento profundo da
misso e da situao da empresa. Desta forma, os profissionais de marketing
esportivos podero tomar decises e elaborar estratgias. Aps ter, definido a
misso da empresa, identificam-se os objetivos especficos e geral, assim como nas
atividades de marketing.
A Figura 3 mostra por meio de um fluxograma os passos para a elaborao
de uma estratgia de marketing eficiente.
Figura 3: O modelo de administrao do marketing esportivo Fonte: Pitts e Stotlar (2002, p.91)
MISSO DA EMPRESA ESPORTIVA E ANLISE DE SITUAO
PESQUISA DE MARKETING ESPORTIVO E SISTEMA DE ADMINISTRAO DE INFORMAES
ANLISE DO CONSUMIDOR DA INDSTRIA DO ESPORTE
SEGMENTAO DO CONSUMIDOR
ANLISE DA INDSTRIA DO ESPORTE
SEGMENTAO DA INDSTRIA DO
ESPORTE
DESIES DE MERCADO-ALVO
DESIES/ESTRATGIA DE COMPOSIO DE MARKETING ESPORTIVO
PRODUTO PREO PONTO PROMOO
ESTRATGIAS DE ADMINISTRAO DE MARKETING Administrao Implementao Avaliao de todos os elementos do
marketing
AJUSTES DA ESTRATGIA DE MARKETING
LIGADOS
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Se tirarmos da definio de marketing esportivo, a palavra esporte ou
esportivo, o conceito vai ficar idntico s definies clssicas de marketing
(CONTURSI, 2000). Isso indica que a nica diferena est, na verdade, no pblico-
alvo, que no marketing esportivo j definido, referindo-se ao consumidor esportivo,
e no caso do marketing clssico se refere ao mercado como um todo. Ambos os
profissionais de marketing precisam conhecer profundamente o perfil psicolgico
das pessoas, que podem estar interessadas na compra de seus produtos. Por tanto,
conhecer os consumidores sempre uma tarefa difcil, principalmente o consumidor
esportivo, que muito diferenciado, e pode at declarar seus desejos e
necessidades, mas age de maneira diferente, e manifesta suas motivaes e
reagendo s influncias que mudam sua mente durante um espetculo esportivo
(CONTURSI, 2000).
Neste caso, se torna importante conhecer no somente o pblico-alvo, mas
tambm o ambiente que o circunda. O profissional que atua na indstria do esporte,
deve buscar informaes que o ajudem a entender a situao na qual se encontra,
o que influencia o consumidor no momento da compra, o que pode afetar a indstria
para poder reagir rapidamente s mudanas e se adaptar. Enfim, preciso planejar
seus negcios, a fim de reduzir o risco, controlando as ferramentas de marketing,
com a finalidade de manter e conquistar novos clientes.
No capitulo a seguir, para entender melhor do assunto ser abordado o
composto de marketing e suas caractersticas operacionais.
2.4 Composto de marketing
De acordo com Campomar e Ikeda (2006, p.19), os 4 Ps, ou seja, produto,
promoo, praa e preo so as quatros variveis controlveis de marketing , isso
porque o composto de marketing ou mais comunemente chamado marketing mix
so consideradas controlveis porque cada varivel pode ser modificada, ajustada
e adaptada por decises gerenciais. Entende-se que o profissional de marketing,
deve gerenciar essas variveis de maneira equilibrada, a fim de conseguir seus
objetivos.
Kotler (2006) tem a mesma definio de composto de marketing, mas
levanta diversos pontos para serem discutidos, as quais muitas vezes so
ignorados pelas organizaes. O outor critica os 4 Ps, sendo que estes
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representam a mentalidade do vendedor e no a mentalidade do cliente. Kotler e
Keller (2006) alegam que, antes de definir os 4Ps os vendedores deveriam primeiro
trabalhar com os 4Cs, assim sendo so:
valor para o cliente (customer value), em vez de produto; custos para o cliente (customer cost), em vez de apenas preo; convenincia (convenience), em vez de ponto; e comunicao (communication), em vez de promoo. Quando os profissionais de marketing raciocinam sob a abordagem dos 4Cs para os clientes-alvos, fica muito mais fcil definir os 4Ps. (KOTLER e KELLER, 2006,p.152).
Os autores oferecem uma viso interessante, sendo que o motivo para uma
empresa existir satisfazer as necessidade dos clientes. Em vista disso, o
marketing vai alm dos 4Ps, e dependendo do produto ou servio que a empresa
vende preciso ter outros Ps, como por exemplo: poltica, relaes pblicas (politic
e public relations) mas tambm pessoal, procedimentos e peculiaridades fsicas
(personnel, procedures e physical evidence) (KOTLER E KELLER, 2006).
Segundo Hooley e Saunders (1996, p.7) o mix de marketing, so os meios
pelos quais a empresa traduz sua estratgia de uma declarao de inteno em um
esforo no mercado. Diante deste cenrio, os profissionais de marketing deveriam
usar estes meios de maneira equilibrada, porm na viso de Campomar e Ikeda
(2006, p.19), em uma realidade como o Brasil isso difcil de acontecer, visto que a
maioria do produtos so produzidos por multinacionais, o preo, devido legislao
e aos impostos muito altos, uma varivel de difcil administrao, a praa
(distribuio) est dominada por poucos atacadistas e varejistas. Restou apenas a
promoo para os administradores de marketing no Brasil gerenciarem o que fez
que essa varivel ganhasse uma importncia muito grande no processo
(CAMPOMAR e IKEDA, 2006, p. 18). Os profissionais de marketing, no Brasil, usam
toda sua criatividade na varivel de promoo para atingir seus objetivos, inclusive
o Pais bastante reconhecido no exterior pelos seus anncios publicitrios,
provavelmente por isso, que a propaganda muitas vezes confundida, sendo
entendida como sinnimo de marketing.
2.5 Posicionamento e imagem
A varivel promoo a mais usada no composto de marketing, isso porque
as empresas pretendem resolver seus problemas sempre fazendo mais publicidade.
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Conforme Ries e Trout (2002), o mundo hoje vive uma situao de excesso de
comunicao, as grandes corporaes gastam milhes de dlares por ano para
bombardear o consumidor com sua marca. Por onde as pessoas andam sempre
est cheio de publicidades e campanhas que tentam atrair a atno do consumidor
ao consumo de uma determinada marca. Na estrada est cheio de publicidade
como outdors, placas, panfletagem, agora com a internet ainda mais, porque as
pessoas passam mais tempo na internet e isso se tornou mais uma ferramenta de
divulgao.
Em uma sociedade com excesso de comunicao, a mente do consumidor
se comporta como uma defesa contra o volume desproporcional de comunicao,
como se fizesse uma triagem e rejeitasse grande parte das informaes que lhe so
oferecidas. Em geral, a mente aceita somente aquilo que se enquadra previamente
com um conhecimento ou uma experincia anterior (RIES e TROUT, 2002, p.21).
Vrios milhes de dlares foram desperdiados tentando mudar as mentes das
pessoas por meio da propaganda:
Quando uma mente chega a uma concluso quase impossvel demove-la. E, certamente, isso no se realizara por meio de uma fora fraca como a propaganda. [] A pessoa comum pode tolerar ser informada a respeito de algo sobre o qual nada conhece a respeito (por esse motivo as noticias representam um mtodo eficaz de propaganda.) Mas essa mesma pessoa no tolera ser notificada de que esta errada. Mudar a mente dos indivduos o caminho para o fracasso da propaganda. (RIES e TROUT, 2002, p. 67).
Em uma sociedade com excesso de comunicao, o posicionamento assume
um papel de sistema organizado para encontrar janelas na mente do consumidor.
Os autores Ries e Trout (2002) explicam que existem dois modos para entrar na
mente do consumidor: o modo fcil e o modo difcil.
O modo fcil de entrar na mente de uma pessoa consiste em ser o primeiro.
A primeira coisa que voc precisa pra fixar sua mensagem indelevelmente na
mente simplesmente no uma mensagem. Uma mente inocente. Uma mente que
no tenha sido trabalhada por terceiros (RIES e TROUT, 2002). Se a empresa
chega primeiro, na mente ainda inexplorada do consumidor, esta ter grande
chances de sucesso, porque foi a primeira a penetrar a mente daquele cliente, ser
a primeira a ser lembrada no momento da compra.
A maneira difcil de penetrar na mente ser o segundo. Em competies
fsicas, as probabilidades de sucesso so maiores para o time mais forte, o melhor
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jogador, mas isso no acontece nas competies mentais. Em uma batalha mental
as chances favorecem a primeira pessoa, o primeiro produto, o primeiro poltico a
penetrar na mente de um interlocutor potencial (RIES e TROUT, 2002, p.34).
As pessoas so bombardeadas pelas marcas com imagens publicitrias para
entender, e absorver conceitos que enfatizam a necessidade de fixar atributos da
marca na mente do consumidor.
De acordo com Kotler ( 2003, p.177) se o produto no for identificado como
o melhor sob algum aspecto significativo para um conjunto de clientes, estar mal
posicionado e ser mal lembrado. Referindo-se sobre o assunto lembra-se das
marcas que se destacam como superiores ou melhores sob algum critrio, como
por exemplo a marca Volvo, que consegue fixar um conceito de segurana,
posicionando um valor claro envolvendo a alma da empresa sob uns aspectos que
estabelecem clima de seguridade para o cliente. Por outro lado, se a Volvo, por
exemplo afirma Kotler (2003, p.179), desse menos nfase segurana e mais
importncia ao estilo, os aficionados 2 de mentalidade mais prtica talvez optassem
por outras marcas.
O valor do posicionamento essncial para as empresas que visam o
sucesso cuja foco reconhecimento e expanso do mercado no qual atua, sendo
assim, seus valores e objetivos convergiro para o conceito estabelecido, como por
exemplo: a Apple desde o comeo, afirmou-se e apontou todas as foras em criar
seus produtos, com carter inovador alinhando suas produes e pesquisas para
a busca do novo, acelerando seu ritmo de descobertas; afirma Thompson (1995,
p. 114). Os executivos da Apple visualizam como ser a indstria, o que os clientes
estaro exigindo, o que os concorrentes estaro fazendo projetando o prprio
conceito para o futuro, alcanando objetivos definidos que apresentam produtos
inovadores.
A importncia da imagem, na viso dos autores, essncial para a alma do
negcio, e determina o sucesso ou fracasso de uma empresa exibindo a essncia
dos objetivos. O principal foco, transmitir essa imagem e trabalhar para reforar
conhecimento e a intimidade na mente do consumidor com a finalidade de
estabelecer liderana de marca.
As marcas lderes so aquelas que souberam afirmar qual era o principal
foco da empresa, reforar seu diferencial para orientar as decises de marketing,
2 Fantico.
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evidenciando os benefcios funcionais e psicolgicos relevantes do produtos: isto
um esforo direcionado que caminha em uma nica direo: o conceito de liderana
(KOTLER, 2003).
De acordo com Ries e Trout (1993, p. 20), a empresa alcana um sucesso
incrvel se descobre um meio de representar uma palavra na mente do cliente em
perspectiva. No uma palavra complicada. No uma palavra inventada. As palavras
simples so as melhores, palavras tiradas diretamente do dicionrio. Por isso
identifica-se: Mercedes - Engenharia, BMW - Direo, Volvo Segurana,
PepsiCola - Juventude. neste contexto que nasce a necessidade de planejar para
posicionar a marca no mercado, para obter um posicionamento favorvel na mente
do consumidor preciso planejar as estratgias da empresa para chegar a seus
objetivos.
2.6 Plano de marketing
Segundo Las Casas (2001), ainda existe certa resistncia quanto aceitao
do planejamento para os proprietrios de micro e pequenos empreendimentos.
Muitos empresrios acham que o planejamento para grandes corporaes,
porque as pequenas empresas esto muito ocupadas com a produo. Existe
tambm uma concepo diferente do que planejamento entre aqueles que fazem
planejamento, portanto, vale explicar e simplificar o assunto. Planeja-se quando h
um objetivo a alcanar, delineando-se as formas de alcan-lo. Quando no se
pensa no que ser feito, h ausncia de planejamento. Nesse caso, as atividades
so do tipo apagar o fogo (LAS CASAS, 2001, p. 12). O planejamento para
Campomar e Ikeda (2006) o processo de antecipar eventos e condies futuras e
determinar os cursos de ao necessrios para alcanar os objetivos
organizacionais.
Segundo os autores, o planejamento ocorre de duas maneiras: informal e
formal. Informal quando se estabelecem o objetivo e os possveis caminhos para
chegar a tal objetivo, tendo sempre uma reao programada para os
acontecimentos. O formal, em geral tem uma metodologia e geralmente por
escrito. Para que seja elaborado, precisa ter o conhecimento de algumas tcnicas e
conceitos que levam a melhores resultados. Este planejamento feito nos
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departamentos de uma empresa, que se unem para fazer um nico planejamento
tendo em vista os objetivos da organizao, para a qual se da o nome de
planejamento estratgico o processo gerencial de desenvolver e manter uma
direo estratgica que alinhe as metas e os recursos da organizao com suas
mutantes oportunidades de mercado (LAS CASAS, 2001, p. 13).
Campomar e Ikeda (2006, p.2003) elaboram um conceito um pouco mais
complexo e afirmam que planejamento estratgico:
[] o processo de determinar os objetivos principais da organizao, alocar fundos e iniciar aes designadas para alcanar esses objetivos. o processo de desenvolvimento e manuteno de uma adequao estratgica entre os objetivos e as capacidades da organizao e suas oportunidades de marketing em constante mudana.
De acordo com os autores, afirma-se que planejar de extrema importncia
para as empresas, o planejamento tem por finalidade definir o posicionamento da
empresa em relao ao seu meio ambiente futuro assim, como as operaes de
negcio atual, para decises de longo e curto prazo.
Ter um planejamento de marketing a base e o fim da estratgia de
negcios. De acordo com Campomar e Ikeda (2006, p.83) proporciona uma
estrutura analtica, bem como os meios de identificar uma forma efetiva de
diferenciao. Como filosofia, a muito tempo o marketing foi considerado uma
pedra fundamental efetiva da estratgia de negcio. O marketing como conjunto
de tcnicas, identifica percepes e preferncias dos consumidores como base na
estratgia o que vital (CAMPOMAR e IKEDA, 2006). Como funo tem um
papel importante na implementao de estratgia de negcios.
O plano de marketing, para Kotler e Keller (2006), o instrumento central
para direcionamento e coordenao dos esforos de marketing. Para Campomar e
Ikeda (2006), , em geral, um documento que estabelece os objetivos de uma
organizao, referente a um perodo de atividades, e que define programas de ao
necessrios para atingir esses objetivos.
Las Casas (1997, p.27) afirma que:
O plano de marketing vem a ser, a parte escrita do planejamento. o documento que contem todos os detalhes para a ao a ser desenvolvida pelos administradores responsveis. Como ele deve ser um documento operacional, ele deve ser simples, de forma que todos o entendam bem, deve tambm ser prtico e flexvel (LAS CASAS, 1997, p.27).
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Hisrich e Peters (2004) reforam que, o plano de marketing uma parte
importante do plano de negcio, descrevendo como os produtos e servios sero
distribudos e quais as condies de mercado. Na viso de Dolabela (1999, p.149,
grifo do autor):
O Plano de Marketing constitudo pela Anlise de Mercado, voltada para o conhecimento dos clientes, dos concorrentes, dos fornecedores e do ambiente, para saber se o negcio realmente vivel, e pela Estratgia de Marketing, em que se faz o planejamento da forma como a empresa oferecer seus produtos ao mercado, visando otimizar suas potencialidades de sucesso (DOLABELA, 1999, p.149, grifo do autor).
No entendimento de Kotler (2003, p.174), o desenvolvimento e detalhamento
de um plano de marketing so imprescindveis para o sucesso da organizao. O
autor afirma que o plano de marketing composto de seis passos: anlise
situacional, objetivos, estratgia, ttica, oramento e controles. Sendo assim, foi
simplificado no Quadro 1 as fases que segundo a opinio de Kotler (2003) um plano
de marketing deve englobar.
Quadro 1 Modelo Kotler, plano de marketing Fonte: Kotler (2003).
J Campomar e Ikeda (2006, p.123) conceituam o plano de marketing como sendo
uma comunicao organizada, documentada e formal, um documento que estabelece
os objetivos de uma organizao e, define programas de ao necessrios para atingir
estes objetivos. Existem diversas formas de apresentar um plano de marketing, mas
existe um modelo padro que pode ser modificado e adaptado conforme as exigncias
da empresa. O modelo de plano de marketing padro engloba 4 fases. O Quadro 2 a
seguir mostra como dividido um plano de marketing.
1. Anlise situacional A empresa examina as foras macro e os atores, em seu ambiente. Anlise SWOT.
2. Objetivos Oportunidades identificadas por meio da anlise situacional, fixam-se metas e elaboram-se cronogramas para a sua consecuo.
3. Estratgia Escolha do curso de ao mais eficaz para alcanar os objetivos.
4. Tticas A estratgia deve ser descrita minuciosamente quanta s aes, aos prazos e aos responsveis, com vista a execuo do plano
5. Oramento Clculo dos custos para captao da verba.
6. Controles A empresa deve programar revises peridicas e definir indicadores que possibilitem a avaliao do progresso.
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Quadro 2 Modelo de plano de marketing Fonte: Campomar e Ikeda (2006)
Entender a importncia de um plano de marketing faz parte da aprendizagem
de um bom profissional, assim como conseguir compreender as variveis que
influenciam toda a organizao, estabelecer metas, para a consecuo de objetivos
organizacionais.
O plano de marketing importante para as empresas, uma vez que resultado de um processo de planejamento. O processo de planejamento toma forma no momento em que o administrador escreve o plano. Por isso mesmo se diz que um bom plano no valida uma idia de marketing, mas uma boa idia de marketing validade com um bom plano. Ele usado para concretizar a criatividade, a imaginao e a inovao (LAS CASAS, 2001, p.31).
Portanto, fazer planos de marketing formais sempre recomendado em
qualquer situao, porm, como uma estratgia depende das condies do
mercado, aceitvel pensar que uma maior ou menor necessidade de
planejamento dependa das condies do ambiente no qual a empresa se encontra.
Geralmente, quanto mais complexo e incerto for o mercado, maior a
necessidade de planejamento. Em mercados previsveis e estveis, a necessidade
de planejamento menor e a empresa pode at dispens-lo, mas nunca
recomendado (LAS CASAS, 2001). Na seo a seguir aborda-se separadamente,
as diversas partes que constituem o plano de marketing desta investigao.
2.6.1 Contedos do plano de marketing:
Existem diversos modelos de plano de marketing, que podem ser ou no
eficientes para as empresas, por isso, muito difcil construir um modelo perfeito a
1. Anlise da situao: - Anlise interna - Anlise externa - Situaes favorveis e desfavorveis e pontos fortes e
fracos
2. Objetivos
3. Programa de ao
4. Controle
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ser seguido. Nesta seo, sero abordados, passo a passo, as diversas etapas que
sero desenvolvidas para o plano de marketing desta investigao, tais como:
anlise ambiental, objetivos e metas de marketing, estratgia para chegar a estes
objetivos, plano de ao, avaliao e controle.
2.6.1.1 Analise ambiental
Conforme Kotler e Keller (2006), Las Casas (2001), Mattar (2009), a anlise
ambiental no processo de planejamento de marketing muito importante. Para Las
Casas (2001, p.48) o primeiro passo para realizar um plano de marketing fazer
uma anlise ambiental. Neste contexto, Mattar (2009, p. 63) afirma que:
Muitos executivos de marketing, [] tendem a no efetuar a anlise da situao para a elaborao do plano de marketing. Essa situao pode ser considerada similar aquela do engenheiro que constri um prdio sem se preocupar com a construo das fundamentaes e alicerces que possam suport-lo.
Por isso entende-se a importncia da anlise ambiental no processo de
planejamento de marketing, conforme Campomar e Ikeda (2006, p.127) esta
anlise deve ser feita com base em informaes internas e externas a organizao.
[] Deve ser a mais completa possvel. Depois de analisar a situao e conhecer
as ameaas e as oportunidades que a organizao tem, pode-se fixar: os objetivos,
as estratgias para chegar nestes objetivos, o plano de ao para identificar as
prioridades e responsabilidades, a avaliao do resultado e o controle.
2.6.1.2 Anlise do ambiente interno
A primeira parte de um plano de marketing a anlise da situao, este tipo
de avaliao fundamental para entender at que ponto uma organizao pode
chegar. Em uma anlise situacional minuciosa possvel identificar os pontos fortes
e fracos da empresa em relao aos concorrentes (anlise interna), e as
oportunidades e ameaas que o ambiente pode criar (anlise externa).
A anlise ambiental interna, trata dos pontos fortes e fracos da empresa e
segundo Las Casas (2001, p.68):
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Pontos fortes so todos os fatores que apresentam vantagem competitiva da empresa em relao aos concorrentes ou ao exerccio de qualquer atividade. Um ponto forte pode ser a capacidade administrativa deferenciada, muitos recursos financeiros ou humanos, domnio de tecnologia etc. Ponto fracos so todos os aspectos que interferem negativamente nessa capacidade (LAS CASAS, 2001, p. 68).
Na opinio de Oliveira (2001, p.83), os pontos fortes so variveis internas e
controlveis, que fornecem uma condio favorvel para a empresa, em relao ao
seu ambiente. Entende-se com isso, que os pontos fracos so as fraquezas da
organizao que, aps serem identificadas, podem ser amenizadas ou eliminadas.
Ento os pontos fortes, representam todos os aspectos positivos de uma
empresa que podem gerar uma vantagem competitiva em relao aos concorrentes
e que ento podem ser utilizados como estratgias, enquanto os pontos fracos so
vistos como as variveis internas e controlveis, que provocam uma situao
desfavorvel para a empresa, em relao ao meio ambiente (OLIVEIRA, 2001,
p.83), e que ento devem ser trabalhados e resolvidos para aumentar a
competitividade da empresa no mercado.
2.6.1.3 Analise do ambiente externo
Afirma Hitt (2002, p.52), que para enfrentar o problema de informaes
geralmente ambguas e incompletas sobre o setor e para aumentar o grau de
compreenso do ambiente geral, adotado o processo denominado anlise do
ambiente externo. Entender o ambiente externo muito importante para todas as
empresas, pois assim estaro preparadas quando algum fato ocorrer.
O ambiente externo se divide em macroambiente e microambiente. O
Macroambiente engloba todas as variveis que afetam as empresas, so elas:
variveis econmicas, variveis tecnolgicas, variveis culturais, dentre outras. O
microambiente compreende todas as variveis que afetam uma determinada
empresa, ou seja, as foras que afetam imediatamente a organizao, so os
concorrentes, clientes e fornecedores, ect. Um importante objetivo do estudo do
ambiente a identificao das oportunidades e ameaas (HITT, 2002, p.52), o
estudo do ambiente externo permite identificar as oportunidade e ameaas de um
determinado ambiente.
Ento, as empresas precisam entender todas as foras que influenciam seu
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ambiente externo:
Em um cenrio global em rpida alterao, a empresa deve monitorar seis foras importantes: a demogrfica, a econmica, a natural, a tecnolgica, a poltica-legal e a sociocultural. Essas foras sero descritas separadamente, embora os profissionais e marketing, devam prestar atno a suas interaes causais, porque elas preparam o palco para novas oportunidades e tambm para novas ameaas. O explosivo crescimento populacional (fora demogrfica), por exemplo, leva ao esgotamento mais rpido de recursos e a nveis mais elevados de poluio (ambiente natural), o que faz os consumidores existem mais leis (fora poltico-legal). As restries estimulam novos produtos e solues tecnolgicos (fora tecnolgica) que, se forem acessveis (fora econmica), podem mudar atitudes e comportamento (fora sociocultural). (KOTLER, 2000, p.162)
Conforme o autor, todas as variveis so importantes no processo de estudo
do ambiente externo, os profissionais de marketing ao analisar as foras podem
descobrir oportunidade e ameaas no mercado.
Segundo Churchill Jr. e Peter (2000, p. 26):
Os profissionais de marketing devem examinar todas as dimenses do ambiente externo. As informaes resultantes podem ajud-los a identificar as oportunidades para servir melhor seus mercados, criando valor superior. A anlise tambm pode ajudar a identificar ameaas a capacidade de uma organizao em manter suas vantagens competitivas, sobreviver e prosperar (CHURCHILL E PETER, 2000, p. 26).
De acordo com esta viso, os profissionais de marketing precisam identificar
os fatores que interferem na empresa e tentar gerar vantagens competitivas para
satisfazer os clientes da melhor maneira. Para Kotler e Armstrong (1998) s
organizaes e todos os fatores operam em um macroambiente maior de foras,
com isso surgem oportunidades e impem-se ameaas para a empresa. Para
identificar as oportunidade e ameaas que o mercado oferece a uma empresa no
estudo do seu ambiente externo, necessrio fazer um estudo das foras que
influenciam diretamente o ambiente no qual a empresa se encontra.
Na viso de Hitt (2002, p. 52), a oportunidade representada por uma
condio no ambiente geral que pode ajudar a empresa a alcanar a
competitividade estratgica, enquanto a ameaa representada por qualquer
condio no ambiente geral que possa vir a prejudicar os esforos da empresa para
alcanar a competitividade estratgica.
Desta forma, identificar oportunidades e ameaas pode ser fundamental para
estabelecer um resultado final para todas as organizaes. Exemplifica Kotler
(2000, p.158):
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As empresas bem-sucedidas tm vises do ambiente interno e externo de seus negcios. Elas reconhecem que o ambiente de marketing est constantemente apresentando novas oportunidades e ameaas e compreendem a importncia de continuamente monitorar e se adaptar ao ambiente (KOTLER, 2000, p.158).
No ponto de vista de Kotler (2000, p.157, grifo do autor), hoje necessrio
correr mais rpido para se continuar no mesmo lugar. Todas as grandes
corporaes j entenderam o quanto estes fatores podem resultar decisivos nos
negcios da empresa, e as empresas de todos os tamanhos precisam compreender
tambm. Enfim, as ameaas e oportunidades do ambiente externo so variveis
incontrolveis, que no dependem diretamente da empresa mas do ambiente que o
circunda.
2.6.1.4 Objetivos e metas de marketing
Aps ter analisado o ambiente interno da organizao, sendo possvel:
identificar seus pontos fortes e fracos em relao aos concorrentes, analisar a
situao do ambiente externo e conhecer as ameaas e oportunidades, podem-se
fixar os objetivos de marketing.
Para Las Casas (2001, p.52), os objetivos de marketing so como uma
bssola para o administrador, e estes podem ser responsveis pelo sucesso ou
pelo fracasso de uma estratgia de marketing. Os objetivos ajudam a direcionar o
esforo da empresa, e no desperdiar tempo e dinheiro em coisas inteis, Yogi
Berra (apud KOTLER, 2003, p.146, grifo do autor) advertem que quando voc no
sabe para onde est indo, provvel que acabe em outro lugar.
Utiliza-se o termo objetivo e metas como sinnimos, mas para Jain (apud
MATTAR, 2009, p. 158) os objetivos so uma proposta de longo prazo, no
quantificada nem definida para um perodo de tempo especfico enquanto as metas
dizem respeito a um objetivo mensurvel em um horizonte de tempo bem definido.
Na viso de Mattar (2009, p.158) objetivo a manifestao de inteno a ser
alcanada e pode ser estabelecido para qualquer perodo de tempo. E meta a
quantificao dos objetivos em perodos de tempo bem definidos.
De acordo com Campomar e Ikeda (2006, p.132), os objetivos devem ser
especficos, mensurveis, realistas, desafiadores, harmoniosos e estabelecidos de
comum acordo entre a administrao e os responsveis por seu atingimento. Os
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autores ainda reforam dizendo que preciso abranger todos os aspectos da
atividade de marketing que podem ser controlados. Os objetivos de marketing
devem ser compatveis com os objetivos estratgicos da organizao
(CAMPOMAR e IKEDA, 2006, p. 154)
Em sntese, direcionar um plano de marketing de acordo com os objetivos,
uma etapa muito importante, saber quais sero os objetivos fundamental para
traar o caminho para no se perder direcionando o esforo em aes inteis para
a empresa.
2.6.1.5 Estratgias de marketing
Conhecendo os objetivos, a prxima etapa procura determinar qual caminho a
ser percorrido para alcan-los e quais, as estratgias, que representam o meio
para atingir esses objetivos nos prazos estipulados na elaborao de um plano.
Conforme Kotler (apud MATTAR 2009, p.177), as metas indicam o que se deseja
atingir; a estratgia responde como chegar l. Na viso de Mattar (2009), para que
as estratgias de marketing sejam bem sucedidas precisam ser estabelecidas de
forma que atendam alguns pontos bsicos:
- Assumir e praticar estratgias orientadas para os desejos e as necessidades dos
consumidores.
- Definir estratgias de forma que gerem vantagem competitiva do produto/servio
no mercado, quando comparado com os concorrentes.
- Assegurar a integrao e o funcionamento eficaz de todas as atividades da
empresa que tenham ou possam ter conseqncias sobre o marketing.
- Reconhecer a importncia da prtica da anlise, do planejamento e do controle de
marketing e da utilizao das tcnicas de marketing como forma de soluo de
problemas na gesto dos esforos de marketing.
- Definir as estratgias, objetivando gerar volumes crescentes de receitas lucrativas.
2.6.1.6 Plano de ao
O prximo passo procura realizar um plano de ao, ou seja, definir o que
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ser implementado, as responsabilidades de cada departamento e de cada pessoa,
a forma como deve ser executado, os custos associados as aes, os prazos de
incio e concluso a serem cumpridos e os motivos pelos quais executa-se s
aes. Para Campomar e Ikeda (2006, p.132) indispensvel indicar, sempre, com
clareza, quem vai fazer o que, quando e quanto vai custar. Conforme Westwood
(1997, p.26), so os planos de ao que lhe permitiro executar a estratgia de
marketing definida e atingir seus objetivos de marketing. Na viso de Las Casas
(2001) o plano de ao corresponde as atividades operacionais de uma empresa,
onde vem explicado detalhamente o que se deve fazer, quando fazer e quem
dever fazer. Este tipo de plano distribudo entre os vrios participantes ajuda a
entender qual a sua participao no plano geral.
A propsito do que fora descrito pelos autores, o plano de ao parte
integrante do processo operacional, este se ocupa de dividir as atividades e ordena-
las para cada setor responsvel. Com a identificao das oportunidades para
melhoria, estabelecem-se as pessoas responsveis por implement-las. O passo
seguinte a verificao da eficcia das melhorias propostas, que registrada em
uma tabela no formato 5W2H. O 5W2H uma ferramenta prtica utilizada para
montar um plano de ao baseado em sete perguntas essenciais para analisar o
objeto de estudo em questo, sendo elas:
What: O que ser implementado? (Aes propostas)
Why: Porque implementar as aes propostas?
How: Como elas sero implementadas?
Where: Onde sero implementadas?
Who: Quem implementar as propostas?
When: Quando e at quando ser implementada? (Prazo para implementao)
How much: Quanto custar a implementao? (Esforo para implementao)
A tcnica 5W2H chamada de plano de ao, sendo capaz de orientar as
diversas aes que devero ser implementados. Uma ferramenta de carter
gerencial, que se aplica realidade das equipes de aprimoramento no planejamento
e conduo de suas atividades identificando as aes e as responsabilidades de
forma organizada para sua execuo (OLIVEIRA, 1996, p. 113). Entende-se que o
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plano de ao permite considerar todas as tarefas que devero ser executadas ou
selecionada, de maneira objetiva e cuidadosa, podendo assegurar uma
implementao de forma organizada.
2.6.1.7 Avalio e controle
Como caracteriza Campomar e Ikeda (2006, p.134), o plano deve conter as
condies para o seu controle por meio de parmetros que serviro para comparar
os objetivos pretendidos com os realizados. Mattar (2009, p.294) alega que a
avaliao est associada ao controle, uma das atividades essenciais da
administrao: planejar, liderar, executar e controlar. Ainda continua o autor:
De nada adianta planejar se no houver controle. O controle comea com o esquema de expectativas representado pelos padres e consiste em uma serie de passos que visam fazer com que o desempenho real se amolde ao planejado. A deciso comea com a implementao do plano e revista a partir das informaes geradas pelos controles (MATTAR, 2009, p.294).
Na viso de Westwood (1997), controlar, representa um processo
fundamental em marketing, pois permite que o responsveis identifiquem, por meio
das comparaes, os fatos ocorrido com os fatos desejados no planejamento de
marketing. Para qualquer plano necessrio determinar os indicadores que sero
considerados para comparar os resultados obtidos com os esperados, com isso,
algumas informaes internas da empresa devem ser analisadas, como por
exemplo: total das vendas, receita bruta, total de acessos ao site, ect.
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3 METODOLOGIA
O presente captulo tem como finalidade apresentar as definies
metodolgicas utilizadas no desenvolvimento do trabalho. A metodologia, segundo
Roesch (2005) trata-se do trabalho que ser realizado, partindo dos objetivos para
verificar que tipo de projeto mais apropriado.
Neste captulo sero descritos os aspectos referentes ao levantamento das
informaes: mtodo da pesquisa; definio da rea ou populao alvo do estudo;
plano de amostragem; plano e tcnicas de coleta de dados e outras informaes
julgadas relevantes.
3.1 Caractersticas da pesquisa
De acordo com os objetivos traados neste trabalho, o tipo de pesquisa a ser
utilizado ser do tipo exploratrio, descritivo onde sero abordadas as informaes
de forma quantitativa e qualitativa.
Inicialmente a pesquisa do tipo exploratria, que de acordo com Mattar
(2005, p.86) a pesquisa exploratria visa prover o pesquisador de um maior
conhecimento sobre o tema ou problema de pesquisa em perspectiva. Este tipo de
pesquisa usada quando se busca uma maior compreenso do problema de
pesquisa, as possveis hipteses alternativas e as vrias variveis que precisam ser
consideradas (AEKER, 2004). Para Malhotra (2006, p.100), o objetivo da pesquisa
exploratria explorar ou fazer uma busca em um problema ou em uma situao
para prover critrios e maior compreenso.
Conforme Mattar (2005, p.85):
Este tipo de pesquisa particularmente til quando se tem noo muito vaga do problema de pesquisa. Ser preciso conhecer de maneira mais profunda o assunto para estabelecer melhor o problema de pesquisa atravs da elaborao de questes de pesquisa e do desenvolvimento ou criao de hipteses explicativas para os fatos e fenmenos a serem estudados (MATTAR, 2005, p.85).
Os profissionais de marketing e os pesquisadores, devem s