Trauma cranioencefálico na criança

89
Antonio Souto [email protected] Médico coordenador Unidade de Medicina Intensiva Pediátrica Unidade de Medicina Intensiva Neonatal Hospital Padre Albino Professor de Pediatria nível II Faculdades Integradas Padre Albino Traumatismo cranioencefálico grave na criança

description

concepts about TBI in children

Transcript of Trauma cranioencefálico na criança

Page 1: Trauma cranioencefálico na criança

Antonio [email protected]

Médico coordenadorUnidade de Medicina Intensiva PediátricaUnidade de Medicina Intensiva Neonatal

Hospital Padre Albino

Professor de Pediatria nível II Faculdades Integradas Padre Albino

Traumatismo cranioencefálicograve na crian ça

Page 2: Trauma cranioencefálico na criança

Função cerebral

Page 3: Trauma cranioencefálico na criança

Anatomia

Complacência

Page 4: Trauma cranioencefálico na criança

The MeningesThe meninges are layers of tissue that separate the skull and the brain.

Skull

Dura mater

Arachnoid Layer

Pia Mater

Brain

Page 5: Trauma cranioencefálico na criança

Tecido cerebral

Compressibilidade

Deformidade

Page 6: Trauma cranioencefálico na criança
Page 7: Trauma cranioencefálico na criança

Compartimentação

Herniação

Page 8: Trauma cranioencefálico na criança
Page 9: Trauma cranioencefálico na criança

Fluxo sanguíneo cerebral

Page 10: Trauma cranioencefálico na criança
Page 11: Trauma cranioencefálico na criança
Page 12: Trauma cranioencefálico na criança
Page 13: Trauma cranioencefálico na criança

Pressão de perfusão cerebral

Page 14: Trauma cranioencefálico na criança

Autoregulação do fluxo sanguíneo cerebral

Page 15: Trauma cranioencefálico na criança
Page 16: Trauma cranioencefálico na criança

Cerebral Blood Flow: PaCO2

� CO2: CBF is directly proportional to PaCo2 between PaCo2 of 20-80 mm Hg

� The CO2 diffuses through the BBB and forms H+ and HCO3-

� The H+ ion affects CBF� CBF drops 1cc/100 gms /min/1mm hg

drop in PaCO2

Page 17: Trauma cranioencefálico na criança
Page 18: Trauma cranioencefálico na criança

Sistema ventricular / LCR

Page 19: Trauma cranioencefálico na criança

Cranial Volumes

10% Blood

10% CSF

10% Extracellular

70% Intracellular (35% Neuronal - 35% glial)

100% Total Cranial Volume

Page 20: Trauma cranioencefálico na criança

Doutrina de Monroe-Kellie

Page 21: Trauma cranioencefálico na criança

Complacência

Page 22: Trauma cranioencefálico na criança
Page 23: Trauma cranioencefálico na criança
Page 24: Trauma cranioencefálico na criança
Page 25: Trauma cranioencefálico na criança
Page 26: Trauma cranioencefálico na criança

Secondary mechanisms: ischemia, excitotoxicity, energy failure and cell death cascades; cerebral swelling; and axonal injury; inflammation and regeneration.

BBB, blood-brain barrier; ICP, intracranial cerebral pressure; CBV, cerebral blood volume

Page 27: Trauma cranioencefálico na criança

Schematic outlining putative mediators involved in the production of early posttraumatic hypoperfusion and ischemia after severe traumatic brain injury (TBI)eNOS, endothelial nitric oxide synthase.

Page 28: Trauma cranioencefálico na criança

Epidemiologia

� internação prolongada com alta mortalidade e morbidade

� principal causa de morte em crianças acima de cinco anos de idade

� por mais de 50% dos óbitos na adolescência� presente nas vítimas de trauma e e responsável

por mais de 75% das mortes na infância

Page 29: Trauma cranioencefálico na criança

� Children have a lower rate of mass lesions requiring intervention than adults (25 vs 46%).

� Even those with low GCS generally survive and achieve social rehabilitation.� (Lieh-Lai, 1992) GCS 3-5, 55% “satisfactory”� (Bruce 1978) GCS 3-4, 80% good recovery or moderate

disability

Page 30: Trauma cranioencefálico na criança

1Sem resposta1Sem resposta

2Extensão anormal2Extensão anormal

3Flexão anormal3Flexão anormal

4Reage à dor4Reage à dor

5Reage ao toque5Localiza a dor

6Espontânea normal6Obedece a comandos

MovimentaçãoMotor

1Sem resposta1Sem respostas

2Geme à dor2Sons inespecífico

3Chora à dor3Palavras inapropriadas

4Irritado4Confuso

5Balbucia5Orientado

Verbal

1Sem resposta1Sem resposta

2Estímulo doloroso2Estímulo doloroso

3Estímulo vocal3Estímulo vocal

4Espontânea4Espontânea

Abertura Ocular

PontosAvaliaçãoPontosAvaliação

Escala modificada para lactentesEscala de Glasgow

Page 31: Trauma cranioencefálico na criança

Classificação

� Mecanismo: � fechado (contuso), mais comuns na infância�Penetrante

� Gravidade(Escala de coma de Glasgow):� leve (ECG 14 e 15)�moderada (ECG 9 a 13)�grave (ECG 3 a 8)

� ECG parâmetro evolutivo e como índice prognóstico

Page 32: Trauma cranioencefálico na criança

Classificação

� Morfologia: � lesões extracranianas

� fraturas do crânio� lesões intracranianas

� Lesões intracranianas: � focais (hematomas)

�difusas (concussão, lesão axonal difusa ou edema e ingurgitamento cerebral)� as mais comuns em crianças com TCE

Page 33: Trauma cranioencefálico na criança

Lesão encefálica prim ária e secund ária

� lesão prim ária� resultado direto da lesão mecânica

� mecanismos:� impacto� aceleração e desaceleração

� ocorre no momento do trauma� medidas de prevenção primaria

Page 34: Trauma cranioencefálico na criança

Lesão primária

Page 35: Trauma cranioencefálico na criança

Lesão encefálica prim ária e secund ária

� lesão secund ária� Inflamação�Lesão e resposta encefálica�Resposta sistêmica ao trauma

� hipoxemia� hipercapnia ou hipocapnia� hipotensão arterial� hipertensão intracraniana� crises convulsivas� hipertermia� distúrbios hidroeletrolíticos e metabólicos (sódio e glicose)

Page 36: Trauma cranioencefálico na criança

prevenção e a correção dos fatores causadores de lesão cerebral secundaria são as medidas mais eficazes no tratamento da criança com TCE

Page 37: Trauma cranioencefálico na criança

Hypoxia must be avoided, and correct immediately

Hypotension should be identified and corrected as rapidly as

possible with fluid resuscitation.

Page 38: Trauma cranioencefálico na criança
Page 39: Trauma cranioencefálico na criança

Fatores relacionados a gravidade

� gravidade a lesão�hematoma subdural

�hemorragia subaracnóidea� lesão axonal difusa

�hipertensão intracraniana�edema cerebral

� ingurgitamento cerebral difuso

Page 40: Trauma cranioencefálico na criança

Fatores relacionados a gravidade

� atendimento pre-hospitalar/hospitalar�hipotensão

�hipóxia�hipercapnia

� traumatismos associados �hiperglicemia

�distúrbios de coagulação sanguínea

Page 41: Trauma cranioencefálico na criança
Page 42: Trauma cranioencefálico na criança
Page 43: Trauma cranioencefálico na criança
Page 44: Trauma cranioencefálico na criança
Page 45: Trauma cranioencefálico na criança
Page 46: Trauma cranioencefálico na criança
Page 47: Trauma cranioencefálico na criança

Tratamento

� ABC� A –vias aéreas com imobilização da coluna cervical� B – Ventilação adequada, visando a normocapnia� C – Abordagem da circulação e controle de

sangramentos

� D – Exame neurológico: � ECG� Pupilas� movimento dos quatro membros

� E – Exposição e avaliação de todo o corpo

Page 48: Trauma cranioencefálico na criança

Tratamento

� Adelson PD, Bratton SL, Carney NA et al

� Guidelines for the acute medical management of severe traumatic brain injury in infants, children, and adolescents

� Pediatr Crit Care Med, 2003;4:(Suppl3):S1-S75

Page 49: Trauma cranioencefálico na criança
Page 50: Trauma cranioencefálico na criança

Tratamento

� Triagem: � transportadas diretamente para um centro

de trauma pediátrico� centro de trauma de adultos com

qualificação para atendimento pediátrico

Page 51: Trauma cranioencefálico na criança

Atendimento inicial

� Glasgow menor ou igual a oito�via aérea definitiva, �evitar a hipóxia,a hipercarbia e a aspiração�A seqüência rápida de entubação

� protocolos com medicações para proteção encefálica, anestesia, analgesia e bloqueio neuromuscular.

� evitar aumento da pressao intracraniana

�PaCO2 de 35 a 40 mmHg

Page 52: Trauma cranioencefálico na criança

Atendimento inicial

� A hipotensão

�identificada e corrigida imediatamente

� reposição volêmica

Page 53: Trauma cranioencefálico na criança

Atendimento inicial

� sinais de hipertensão intracraniana, herniação transtentorial ou piora neurológica

� tríade de Cushing (hipertensão arterial, bradicardia e alterações respiratórias)

� dilatação pupilar unilateral� pupilas fixas e dilatadas bilateralmente� pelega ou postura motora de decorticação ou descerebração� diminuição de três ou mais pontos na ECG� ocorrência de parada cardiorrespiratória súbita

� medidas para redução da pressão intracraniana

Page 54: Trauma cranioencefálico na criança

medidas para redução da pressão intracraniana

� manitol�0,5 a 1 g/kg, em bolus

� intubação e hiperventilação moderada (manter PaCO2 30 mmHg)

� hemodinamicamente instáveis,�solução salina hipertônica a 3%

� infusão continua a 0,1 a 1 mL/kg/hora

Page 55: Trauma cranioencefálico na criança

Após a estabilização

� História� mecanismo de trauma� ocorrência de crise convulsiva� perda de consciência (tempo)� ocorrência de cefaléia,tonteira, náuseas ou vômitos

Page 56: Trauma cranioencefálico na criança

Após a estabilização

� exame físico� hematomas no couro cabeludo� lesões contusas de crânio ou face� edemas e sinais de fratura de base de crânio

(equimose peri orbitária ou retro auricular, escape de líquor ou sangue pelo nariz ou pelo ouvido ou coleção de sangue retro-timpânica)

Page 57: Trauma cranioencefálico na criança
Page 58: Trauma cranioencefálico na criança
Page 59: Trauma cranioencefálico na criança
Page 60: Trauma cranioencefálico na criança

Tomografia computadorizada

� A tomografia computadorizada de crânio e encéfalo devera ser realizada o mais rapidamente possível

� A ausência de alterações tomográficas em pacientes comatosos não exclui a possibilidade de hipertensão intracraniana,principalmente em pacientes com hipotensão arterial ou postura motora anormal, unilateral ou bilateral

Page 61: Trauma cranioencefálico na criança
Page 62: Trauma cranioencefálico na criança

Exames laboratoriais

� hemograma� glicemia, ionograma� gasometria arterial� atividade de protrombina, tempo de

protrombina, tempo parcial de tromboplastina ativada, número de plaquetas e dosagem de fibrinogênio.

Page 63: Trauma cranioencefálico na criança
Page 64: Trauma cranioencefálico na criança
Page 65: Trauma cranioencefálico na criança

Pressão intracraniana

� difícil diagnóstico em crianças pequenas� suturas ou fontanelas abertas não impede a

ocorrência de hipertensão intracraniana � apropriada a monitorização da PIC

� TCE grave com ECG ≤ 8� avaliada em lesões intracranianas com efeito de

massa ou naquelas em que o exame neurológico seriado esteja prejudicado em razão da sedação, do bloqueio neuromuscular ou da anestesia

Page 66: Trauma cranioencefálico na criança
Page 67: Trauma cranioencefálico na criança
Page 68: Trauma cranioencefálico na criança

Tratamento da hipertensão intracraniana� PIC for maior ou igual a 20 mmHg� baseados no exame clínico seriado, na monitorização

dos parâmetros fisiológicos e nas imagens tomográficas

� Pressão de perfusão encefálica � diferença entre a pressão arterial media (PAM) e a PIC� deve ser mantida em valores acima de 40 mmHg� entre 40 e 65 mmHg representa o melhor tratamento

Page 69: Trauma cranioencefálico na criança

THRESHOLD FOR TREATMENT OF INTRA -

CRANIAL HYPERTENSION

� ICP > 20-40mmHg ≡ Mort. 28%� ICP>40mmHg ≡ 100%� Treatment should begin at an ICP ≥20 mm Hg� Patients may herniate at ICP < 20-25mmHg.

� Is there a lower ICP threshold for younger children ?� threshold should be corroborated by frequent

� clinical examination� monitoring of physiologic variables (CPP, Compliance)� cranial imaging.

Page 70: Trauma cranioencefálico na criança

Tratamento da hipertensão intracraniana� Uso de sedativos e bloqueadores

neuromusculares� não ha estudos que comprovem que seu uso seja

eficaz no tratamento de crianças com TCE grave. � O seu efeito no controle da HIC e variável

� Drenagem liquórica� uma opção para o tratamento da HIC

� Corticoterapia� nao esta indicada, em virtude da falta de evidencias

de efeito benefi co e do risco de potenciais complicacoes

Page 71: Trauma cranioencefálico na criança

THE USE OF CORTICOSTEROIDS IN THE TREATMENT OF SEVERE PEDIATRIC TBI

� With the lack of sufficient evidence for beneficial effect and the potential for increased complications and suppression of adrenal production of cortisol, the routine use of steroids is not recommended for children following severe traumatic brain injury.

Page 72: Trauma cranioencefálico na criança

Tratamento da hipertensão intracraniana� soluções hiperosmolares

� solução salina hipertônica a 3%� 0,1 a 1 mL/kg/hora

� manitol� 0,25 a 1 g/kg

� A osmolaridade sérica deve estar menor que 320 mOsm/L para utilização do manitol e menor que 360 mOsm/L para utilização da solução salina hipertônica

Page 73: Trauma cranioencefálico na criança

Tratamento da hipertensão intracraniana� Hiperventilação

� hiperventilação profilática (PaCO2 < 35 mmHg) deve ser evitada

� hiperventilação moderada (PaCO2 de 30 a 35 mmHg)� controle da HIC que não respondeu ao uso de sedação,

analgesia, bloqueio neuromuscular, drenagem liquórica e terapia hiperosmolar

� hiperventilação agressiva (PaCO2 < 30 mmHg)� HIC refrataria ou por curtos períodos de tempo� nos casos de herniação cerebral ou piora neurológica aguda

Page 74: Trauma cranioencefálico na criança

Tratamento da hipertensão intracraniana� Coma barbitúrico

� pacientes hemodinamicamente estáveis com HIC refratária

� tiopental� dose de ataque 10 mg/kg� dose de manutenção 1 a 5 mg/kg/hora

� Temperatura corporal� a hipertermia deve ser evitada e corrigida

agressivamente� a hipotermia controlada pode ser utilizada para o

tratamento da HIC refrataria

Page 75: Trauma cranioencefálico na criança

Tratamento da hipertensão intracraniana

� Craniectomia descompressiva� 1. Tomografia com edema e ingurgitamento cerebral

difusos� 2. Primeiras 48 horas de trauma� 3. Ausência de episódios de PIC > 40 mmHg, por

período prolongado� 4. Pontuação maior que três na ECG, em alguma

avaliação durante a internação� 5. Piora clinica secundaria� 6. Síndrome de herniação cerebral

Page 76: Trauma cranioencefálico na criança
Page 77: Trauma cranioencefálico na criança
Page 78: Trauma cranioencefálico na criança
Page 79: Trauma cranioencefálico na criança
Page 80: Trauma cranioencefálico na criança
Page 81: Trauma cranioencefálico na criança
Page 82: Trauma cranioencefálico na criança
Page 83: Trauma cranioencefálico na criança
Page 84: Trauma cranioencefálico na criança
Page 85: Trauma cranioencefálico na criança
Page 86: Trauma cranioencefálico na criança
Page 87: Trauma cranioencefálico na criança
Page 88: Trauma cranioencefálico na criança
Page 89: Trauma cranioencefálico na criança

Obrigado