Revista Municipal Nº 13

44
Revista Municipal Revista Municipal QUADRIMESTRAL SRIE III N” 13 JULHO 2004

description

Revista Muncipal Nº 13 - Julho 2004

Transcript of Revista Municipal Nº 13

Page 1: Revista Municipal Nº 13

Revista MunicipalRevista MunicipalQ

UA

DR

IME

STR

AL

� SÉ

RIE

III �

Nº 1

3 � J

ULH

O 2

004

Page 2: Revista Municipal Nº 13

2

sumário

Depósito Legal N.º 166330/01ISSN: 0872-22129

CapaFESTIVAL DE PARAQUEDISMO, NA ANIMARTE

Propriedade e EdiçãoCÂMARA MUNICIPAL DE CADAVAL

DirecçãoARISTIDES LOURENÇO SÉCIO (PRESIDENTE)

Coordenação GeralEUGÉNIA CORREIA DE SOUSA

(VEREADORA DA CULTURA)VITOR PINTO LEMOS

(CHEFE DE GAB. DE APOIO À PRESIDÊNCIA)

Coordenação RedactorialBRUNO FIALHO

(GABINETE DE INFORMAÇÃO E REL. PÚBLICAS)

Colaboração PermanenteAMÂNDIO CAETANO, ANTÓNIO CUSTÓDIO,EDGAR EMIDIO, JOÃO LUDGERO MARQUES,PAULA FRANCO

Redigiram, também, nesta edição:ANA MAGUEIJO, CARLA SERRENHO SILVA,DAVID GÂMBOA, FLORBELA DELGADO,GRAÇA AMARO, JOÃO TEIXEIRA ALVES,NARCISO VIEIRA, RICARDO COELHO,RICARDO MACHADO, RUI HENRIQUES ETERESA PORFÍRIO

FotografiaARQUIVO FOTOGRÁFICO DA C.M.C.

Concepção e Composição GráficaBRUNO FIALHO (G.I.R.P.) / PAULO FIALHO (N.I.)

ImpressãoLITOMAIOR, LDA.

Publicação QUADRIMESTRAL

Tiragem 5000 EXEMPLARES

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

REVISTA DACÂMARA MUNICIPAL DE CADAVAL

Série III � Nº 13EDIÇÃO DE JULHO

(quadrimestre Março a Junho de 2004)

IMPRESSO EM PAPEL RECICLADO

Editorial 3

Concelho em destaque 430 anos de Abril evocaram incêndiosIII Semana da Floresta reflectiu sobre fogos florestais

Investir no Concelho 8Escola de Chão de Sapo: obra avança, a bom ritmoProjecto de construção de EB1 e Jardim de Infância do CadavalNovo reservatório da Aguieira reforça abastecimento de água

História do Concelho 12Museu expôs escultura antiga do Concelho2ª Fase de Serviço Educativo do Museu Municipal

Cultura & Educação 14Colóquio debateu «A Escola e a Família»Workshop reuniu assistentes e auxiliares de Acção Educativa

Centrais 16“ANIMARTE”: A Festa da Criança e da Família

Informar o Munícipe 18Os Nossos Recursos Humanos: “Serviços da D.A.F.”SIG: Uma ferramenta crucial para a AutarquiaComunidade Urbana do Oeste já está em marcha

Ambiente & Turismo 22I Encontro Nacional de Sapadores Florestais, na SerraMontejunto, um destino para lazer e aprendizagem

Acção Social & Saúde 24Rede Social: aprovado pré-diagnóstico social do ConcelhoDia da Mulher alertou para a importância da Família no séc. XXI

Desporto & Tempos Livres 26Provas de Atletismo “25 de Abril” voltaram a unir crianças“Os Nossos Campeões”: Marco do Carmo19º Festival de Ginástica da Casa do Povo do Concelho

Economia do Concelho 28Criada “Confraria da Pêra Rocha do Oeste”

Parar p’ra conversar 29Daniel Nunes Carinhas: «Há que reconhecer o direito à formaçãodesportiva»

Em SEPARATA:“Deliberar sobre o Concelho” e Especial “25 de Abril, 30 Anos”

SABIA QUE ....

...Por dia gastam-se muitos litros de água? 10 litros numa descarga de autoclismo,80 litros num banho rápido, 100 litros numa lavagem de roupa na máquina e 50litros numa lavagem de loiça na máquina? O esforço para poupar água é umaobrigação!

Page 3: Revista Municipal Nº 13

3

editorial

«Apesar dos meios existentes serem escassos para as necessidades, estamos crentes que, quando o objectivo primeiroé servirmos as nossas populações, em detrimento de interesses político-partidários, havemos de optimizar o que temos,

em prol da melhoria do bem-estar das nossas populações, porque, lá diz o ditado, mais vale querer do que poder.»

O Presidente de Câmara,

Cumprindo o projecto estabelecido no início do mandato, aquiapresentamos mais um número da Revista Municipal, cumprindo o

propósito de, regularmente, levar até si, Caro Munícipe, uma súmula daactividade do Município, estreitando também, desta forma, a ligação doscidadãos com a sua Autarquia, dando conta do trabalho realizado, nafirme convicção de que nós, os eleitos, e a autarquia no seu todo, estamos,efectivamente, ao serviço de todos, mas todos os Cadavalenses.Comunicar constitui, cada vez mais, um elo de ligação entre a comunida-de, desempenhando, por isso, a nossa Revista Municipal, um papel in-dispensável na comunicação escrita, sobretudo pela ausência de um pe-riódico local que foque a generalidade da vida concelhia, ainda que arevista se circunscreva, essencialmente, à actividade da Autarquia.Depois de vários acontecimentos que, recentemente, condicionaram po-sitivamente a vida nacional, os Portugueses partem para férias com oego altamente valorizado, confirmando a identidade de um povo que,debaixo de uma mesma bandeira, se afirma cada vez mais na Europa eno mundo, honrando quantos nos procederam e que faz da Pátria umespaço geográfico de heróis valentes, contribuindo sobremaneira parauma maior afirmação da lusofonia.Como sempre, a Revista Municipal trata um conjunto de informaçãorelativa à actividade municipal. Como se pode ver nas páginas seguin-tes, muitas são as obras e eventos levados a cabo pela CMC, masmuito mais poderíamos estar a realizar se os recursos materiais nãofossem tão escassos ante tanto que há para fazer. Apesar de tudo, sãovisíveis os melhoramentos um pouco por todo o Concelho: as escolas,os arranjos urbanísticos, as estradas municipais, os caminhos agríco-las, os eventos de ordem cultural e social, o apoio aos diferentes sectores– desde o da solidariedade ao económico, passando pelo associativismocultural, recreativo, religioso, entre outros.Por outro lado, o apoio às Juntas de Freguesia, com o aumento signifi-cativo de verbas que, ao abrigo do protocolo existente, mensalmentetransferimos para cada uma, permite, em todo o Concelho, uma melhoriasignificativa na manutenção dos espaços públicos, na limpeza de ruas,na manutenção de jardins, fontanários e lavadouros, na melhoria dosrecintos escolares, etc..Apesar dos meios existentes serem escassos para as necessidades,estamos crentes que, quando o objectivo primeiro é servirmos as nos-sas populações, em detrimento de interesses político-partidários,havemos de optimizar o que temos, em prol da melhoria do bem-estardas nossas populações, porque, lá diz o ditado, mais vale querer doque poder. Por isso, é necessário haver optimismo e aproveitarmosalguns chavões de apelo à nossa capacidade de realização nacional,por altura do “Euro2004”, porque também ao nível local, queremos“menos ais, menos ais” e para o nosso Concelho “quero mais, muitomais”. É com essa determinação que nos sentimos e, por esse motivo,apesar das dificuldades, a obra continua a avançar, persistente e de-terminada, perseguindo o objectivo de fazer do Cadaval um Concelhocom cada vez melhor qualidade de vida para toda a população. Paraisso, conto consigo, conto com todos os munícipes, porque todos po-dem contar com esta equipa que aqui está para vos servir.Mas se uns partem de férias, muitos outros ficam, pelas mais diversasrazões, e a vida no Concelho segue com a especificidade própria danossa realidade; realizam-se as festas populares, preparam-se as co-lheitas, retemperam-se forças e vêm-nos à memória acontecimentospróprios desta época estival, que nos obrigam a reflectir colectivamenteos actos individuais que, parecendo simples, condicionam em muito avida da nossa população.

A época é propícia a fruir, de forma mais intensa, desse bem essencialque é a Água e que, usada com conta, peso e medida, a ninguém faltaria.Infelizmente, o nosso Concelho não é rico desse bem indispensável, sendoque, quer os nossos recursos subterrâneos, quer as centrais de capta-ção existentes, apesar de aumentadas anualmente, são insuficientes parasatisfazer o disparo de consumo que, nesta época do ano, se verifica.Lamentavelmente, alguns dos nossos concidadãos, na ânsia consumista,ainda não perceberam a importância do precioso líquido, contribuindocom o seu gasto exagerado para que muitos outros dele não possamusufruir, para as necessidades essenciais.É por isso que renovo o apelo à contenção no consumo de água; umatorneira mal fechada, a constante lavagem de veículos, a rega de jar-dins, etc., para não falar do uso fraudulento que vimos a detectar coma revisão em curso de toda a rede de distribuição, são factores queconstituem, neste período, um aumento significativo do consumo dasreservas existentes, que levam a que, em muitos pontos da rede, aágua não chegue a todas as habitações.Mas o Verão que ai está é, também, de má memória, no que se refereaos fogos florestais. Com efeito, todos devemos estar alerta na pre-venção e detecção de incêndios. Não faça nem permita fazer queima-das ou outro tipo de fogueiras, pondo em risco a floresta. Infelizmente,todos vimos na televisão que, com os fogos florestais, muitas casas epessoas são consumidas pelas chamas. Quando detectar alguém apôr em causa a floresta, deve alertar, de imediato, os bombeiros. Lem-bre-se que todos os grandes incêndios começaram por uma simplesfogueira e que não basta acharmos que a floresta é importante, doponto de vista económico e ambiental, é necessário que cada um denós seja um vigilante permanente da natureza.Por último, relembro que, por todo o Concelho, há festas popularespróprias desta época do ano. Sejamos solidários, participemos nos fes-tejos das nossas aldeias!Aos que vão de férias, que as mesmas constituam um retemperar deforças; aos que laboram a terra, que as colheitas que se avizinham se-jam fartas e boas; aos muitos emigrantes que, neste período, estão entrenós, saúdo a todos, lembrando que existe, na Câmara, um novo serviço– a “Procuradora das Comunidades”, a pensar especialmente nos que,durante o ano, estão longe e necessitam de se relacionar com a autarquia.

Para vos servir, aqui me quedo.

Page 4: Revista Municipal Nº 13

4

concelho em destaque

O dia 24 de Abril assumiu um especial destaque nas “XXX Come-morações do 25 de Abril no Cadaval”, na medida em que se deu

continuidade à reflexão – iniciada na “III Semana da Floresta” – so-bre a problemática dos incêndios florestais.Começando pela iniciativa “Um dia a pintar Montejunto”, que aconte-ceu na Serra de Montejunto, ela con-sistiu numa acção de pintura ao arlivre, que contou com a colaboraçãodo GART – Grupo de Artistas e Ami-gos da Arte, cujos artistas plásticostiveram a oportunidade de retratar aSerra do pós-incêndio, numa pers-pectiva individual, donde resultaramtrabalhos de grande qualidade. Re-fira-se que estas obras foram ofere-cidas à autarquia, com o intuito deintegrarem uma exposição (a qualesteve patente de 21 a 28 de Maio,nos Paços do Concelho) e, posteri-ormente, um leilão cujos proventosreverterão inteiramente a favor dareflorestação da Serra.Esta iniciativa, de cariz solidário, nãoacontece por acaso nas comemora-ções da Revolução dos Cravos, umavez que a CMC pretendeu, no mo-mento em que se assinalam 30 anos sobre a Revolução, reflectirsobre a importância dos valores emanados do 25 de Abril, tais como“solidariedade” e “responsabilidade”.

A celebração dos 30 anos da Revolução, no Cadaval,foi um sucesso, não apenas pelo leque diverso deiniciativas que englobou, mas, mais importante do queisso, pela carga simbólica que assumiram estes trêsdias de eventos comemorativos, que pretenderamexaltar valores morais emanados do 25 de Abril�

Mas a Serrafoi também al-vo, neste dia24, de umacaminhada pedestre, que reuniu cerca de meia centena de partici-

pantes num percurso, de cerca de horae meia, que permitiu constatar locais ar-didos e em regeneração. Decorreramainda, junto ao Parque de Merendas:jogos tradicionais, animação musical(com o grupo local “Aguarela”) e umchurrasco-convívio.Ao fim da tarde, realizou-se a inaugu-ração da exposição fotográfica “Mon-tejunto: antes, durante e depois daschamas”, no Celeiro da Vila, a qual fi-cou patente até 8 de Maio. Esta mos-tra teve como objectivo constituir ummodo de reflexão sobre o problema dosfogos florestais, nomeadamente, naSerra de Montejunto e, acima de tudo,uma forma de sensibilização e alertade toda a comunidade, para a impor-tância da preservação da Natureza,uma vez que os primeiros responsáveispela prevenção dos incêndios não se-

rão as autoridades, mas todos nós, enquanto cidadãos.

Espectáculo «Teatro e Música de Abril» recordou a Revolução

No dia 25, cumpriu-se o hastear da bandeira, com a participaçãomusical da Banda Filarmónica do Cadaval e com a presença de di-versos elementos dos órgãos municipais. Seguidamente, teve lugaruma sessão solene, onde, cada partido com assento na AssembleiaMunicipal, teve oportunidade de falar de Abril, do que a Revoluçãorepresenta e/ou deverá representar. (Ver separata)Mas as Comemorações do 25 de Abril não se ficaram por aqui, en-globando, como habitualmente, a vertente lúdico-musical. Assim, logoa 18 de Abril, decorreu o “Encontro de Coros”, organizado pelo Gru-po Coral do Cadaval com o apoio da CMC, o qual reuniu o GrupoCoral de Peniche “Stella Maris”, a Escola de Canto Coral da Câmarade Peniche e o Grupo Coral do Cadaval, em três brilhantes presta-ções para um cine-teatro bem composto em termos de assistência.

30 anos de Abrilevocaram incêndios

Rescaldo do �25 de Abril� no Cadaval

Page 5: Revista Municipal Nº 13

5

concelho em destaque

A vertente “espectáculo” retomou-se no dia 25, também no cine-tea-tro dos Bombeiros do Cadaval, desta feita com a temática: «Teatro eMúsica de Abril». Este evento incluiu a exibição do Grupo de Teatro«Amigos de bem-fazer», da Ventosa (Cadaval), cuja peça teatral,intitulada “O dragão”, teve a encenação de Rui de Matos, tendo sidoadaptada para esta insigne efeméride. Também o Grupo de Teatro«Os Lilases», do Vilar, subiu ao palco, com uma peça inédita, escritapara assinalar o “25 de Abril”, intitulando-se, precisamente, “O Diada Liberdade”, cuja encenação esteve a cargo de Natália Bogalho.Este espectáculo contemplou, ainda, a actuação de Luís Filipe Gra-ça – que interpretou “Canções de Abril” – bem como da Orquestrados Antigos Tunos da Universidade de Coimbra, tendo, esta última,interpretado peças de música tradicional e erudita portuguesa, bemcomo de compositores célebres internacionais.

Page 6: Revista Municipal Nº 13

6

concelho em destaque

Esta iniciativa, que teve como ponto de partida a Comemora-ção do Dia Mundial da Floresta – 21 de Março, assumiu, esteano, um significado particular, devido aos incêndios que re-

centemente devastaram grande parte do património natural daquelaSerra, daí que a temática central desta Semana da Floresta tenhaincidido, precisamente, na reflexão sobre o problema dos fogos flo-restais, em particular, no que respeita à Serra de Montejunto, de-monstrando, ao mesmo tempo, o que está a ser feito em termos deordenamento e reflorestação daquela Serra.

Reflectir para prevenir futuros incêndiosIII Edição da Semana da Floresta, em Montejunto

A CMC levou a efeito, de 15 a 19 de Março, pelo terceiro anoconsecutivo, a designada �Semana da Floresta�, um conjuntode actividades de sensibilização ambiental que habitualmentedecorrem na Serra de Montejunto, envolvendo os alunos dosvários níveis escolares, desde o pré-escolar até ao 3º ciclo,tendo reunido perto de 1300 crianças do Concelho.

Assim, o programa deste ano incluiu: sessões de esclarecimento -que versaram sobre o papel de Bombeiros, Sapadores Florestais epopulação, em termos de prevenção dos incêndios, permitindo ain-da elucidar os mais pequenos sobre os efeitos dos fogos emMontejunto -, visionamento de vídeo de sensibilização para a impor-tância da preservação da natureza, sessões de demonstração deequipamento utilizado pelos Bombeiros Voluntários do Cadaval eSapadores Florestais no combate aos incêndios, visitas guiadas alocais ardidos, possibilitando constatar, também, a regeneração na-tural de algumas zonas.No final das actividades, cada grupo de participantes recebeu um car-tão de “Vigilante da Floresta” (ver fig. 2), um simbólico gesto de co-responsabilização das crianças, bem como um certificado de partici-pação na “III Semana da Floresta” (fig. 1), emitido pela CMC / Paisa-gem Protegida da Serra do Montejunto e APAS – FLORESTA.Outra novidade deste ano, de carácter lúdico, foi o facto de, no final dopercurso, ter existido uma zona de actividades radicais, onde os parti-cipantes do 3º ciclo puderam experimentar as emoções do Slide e daPonte Suspensa, acompanhados por técnicos especializados.

Page 7: Revista Municipal Nº 13

7

concelho em destaque

Fig. 2Fig. 1

Page 8: Revista Municipal Nº 13

8

investir no concelho

Recuperação e Ampliação da Escola de Chão de Sapo

Obra avança, a bom ritmo

A obra de recuperação e am-

pliação da Escola Básica de 1º

Ciclo de Chão de Sapo - cujos

objectivos foram explanados

na edição n.º 10 desta revista,

aquando da apresentação do

projecto - encontra-se em exe-

cução, a bom ritmo, tendo a

mesma sido adjudicada à em-

presa “Carmatifil Construções,

Ldª.”, pelo valor de 276.224,76

euros, quantia que não

inclui IVA.

Equipamento estruturantepara a educaçãoNas imediações do Parque de Lazer e do Complexo Cultural, seráconstruído um novo equipamento educativo, de carácter estruturantepara a Vila do Cadaval.A Escola do 1º Ciclo e Jardim de Infância, com um total de oito salasde aula e quatro sa-las de actividades,vem permitir umamelhoria significati-va da qualidade deensino e, natural-mente, contribuirápara o sucesso es-colar e bem-estargeral de todos,designadamente,dos docentes ealunos.É neste pressupos-to que a CMC irá in-vestir na constru-ção, de raiz, de um

novo edifício escolar.O edifício proposto desenvolver-se-á,visualmente, a uma cota inferior à doplanalto onde se encontra o Moinho

Projecto de construção da Escola 1º Ciclo e Jardim de Infância do Cadaval

Page 9: Revista Municipal Nº 13

9

investir no Concelho

das Castanholas e dispõe de dois blocos principaisque ostentarão amplos envidraçados.Para além das salas de aulas e de actividades, o edi-fício albergará as salas de direcção, professores, edu-cadores e a secretaria, ao nível do 1º piso, e umagrande sala de actividades, no 2º piso.Uma clarabóia provocará, também, uma entrada ex-terna de luz ao edifício escolar, surgindo, esteticamen-te, como uma solução inovadora e moderna.Teremos, ainda, uma zona exterior de recreio, contu-do, pretende a autarquia que as grandes actividadessejam desenvolvidas através da utilização de todosos equipamentos que a área envolvente oferece.O projecto de execução encontra-se concluído e aguar-da-se parecer final da DREL, para que, posteriormen-te, seja objecto do respectivo concurso público.O investimento total está orçado em mais de1.000.000,00 euros, estando a ser preparada umacandidatura para financiamento no âmbito do pro-grama operacional.

Page 10: Revista Municipal Nº 13

10

investir no concelho

MÃOS À OBRA MUNICIPALMÃOS À OBRA MUNICIPAL

O novo reservatório, em construção no alto da Aguieira, é constituído por duas cubas com 1 000 m3 de capa-

cidade, representando um volume total de 2 000 m3. Elepermitirá o abastecimento de água ao Concelho atravésdo sistema do Castelo de Bode e/ou outras fontes exteri-ores ao Município.Este empreendimento insere-se num projecto mais vasto,que consiste na construção de uma nova rede de água paraa vila do Cadaval - para fazer face ao aumento do consumoe à necessidade de maiores pressões na rede -, e no refor-ço do abastecimento às freguesias de Lamas, Vilar, PêroMoniz e Cadaval, que representam a maior parte da popu-lação do Concelho podendo ainda, no futuro, contribuir parao abastecimento das freguesias da Vermelha e do Peral.A construção desta estrutura, adjudicada à empresaASIBEL, custará cerca de 308 182.00 !, com financia-mento assegurado pelo PORLVT em 65 %.O novo reservatório representa uma capacidade de ar-mazenagem ligeiramente superior ao conjunto dos actuaisreservatórios da Aguieira, Várzea, Cadaval, Murteira, D.Durão e Póvoa. A capacidade de armazenamento de todo

o conjunto de redes abastecidas pelo sistema da Várzea do Cadaval será, assim, reforçada, com um aumento de 56 %.Percebe-se, portanto,o enorme valor estratégico que esta obra representa para o Concelho, sendo, certamente, das mais significativa dos últimos anos.

Novo reservatório da Aguieira

Reforçar o abastecimento da água ao Concelho

Beneficiação da Rua de Alcântara// Infra-estruturas - Vilar (cont.)

Asfaltagem da Estrada Murteira//Alto das Portelas(EN115-1)

Alcatroamento do Caminho Rural daVárzea - Cadaval

No decurso do quadrimestre desta revista, a CMC levou, ou está a levar a cabo, umconjunto diverso de obras, de maior ou menor envergadura, porém todasrepresentando investimento em prol do desenvolvimento concelhio.Para além das obras referenciadas nas fotos que se seguem, convém ainda referiras seguintes execuções: continuação da Requalificação do Largo da Igreja e ZonaEnvolvente, reposição de pavimento no Pátio do Museu Municipal, execução de muroem Pragança, calcetamento em Adão Lobo (c/Junta Freguesia), alargamento depontões na estrada Avenal/Pereiro, trabalhos na Estrada das Arribas - Painho elevantamento de calçada em Cercal.Em termos de iluminação pública, a edilidade continua a envidar esforços, junto daEDP, visando a melhoria da iluminação pública, tendo sido, recentemente, concluídosos trabalhos de reforço nas localidades de: Alguber, Corujeira, Tojeira e Casal Cabreiro.

Execução de muro para futuro Caminho Agrícola - - Figueiros (c/Junta de Freguesia)

Page 11: Revista Municipal Nº 13

11

investir no Concelho

2

Asfaltagem emCasais da Olaria

Alcatroamento da Rua do Cemitério - PóvoaAsfaltagem da Ruada Escola - Póvoa

Requalificação da Rua Nª. Srª.da Conceição - Cadaval (cont.)

Escavações para implantação dePolidesportivo - Painho

Arranjos na Escola da Dagorda - Vedação(c/Junta Freguesia)

Recuperação de fontanário - - Painho ( c/Junta Freguesia)

Execução de muro de suporte deterras - AdãoLobo

Limpeza de ribeiro - - Pêro Moniz

Diversos calcetamentos naVermelha (c/Junta Freguesia)Diversos calcetamentos na Dagorda (c/Junta de Freguesia)

Continuação de Calcetamentoda Trav. Carvalhas - Cadaval(c/Junta de Freguesia)

Page 12: Revista Municipal Nº 13

12

história do concelho

O Museu Municipal do Cadaval comemorou, no passado dia 18 deMaio, o “Dia Internacional dos Museus”, inaugurando uma exposi-ção dedicada à “Escultura antiga do Concelho do Cadaval”.Nesta exposição, que esteve patente ao público de 18 a 23 de Maio,no Celeiro da Vila, foi apresentada a escultura sacra antiga que existeem algumas igrejas do Concelho e que inclui obras que vão do séculoXV ao século XIX.

Esteve em destaque, na presente mostra, uma escultura deS. Sebastião – encontrada, em 2003, durante a escavaçãoarqueológica realizada no adro da Igreja do Cadaval – quefoi mandada restaurar pela CMC.Durante a sessão inaugural, a Dr.a Dóris Santos, Historiadora deArte, proferiu uma palestra em que abordou a cronologia, a qua-lidade e o interesse desta escultura antiga, ao passo que o Dr.João Ludgero, arqueólogo municipal, falou aos presentes sobrea escavação arqueológica que originou a descoberta da escultu-ra de S. Sebastião da Igreja do Cadaval.

Decorreu, de 3 a 18 de Abril, no Celeiro da Vila, uma exposiçãodedicada à “Heráldica do Oeste”.Trata-se de uma mostra itinerante – acolhida e apoiada pelaCMC e Museu Municipal –, da responsabilidade de José No-bre, um oestino nascido em Alenquer, que, partindo do seugosto por História de Portugal e pelo concelho onde nasceu,levou a cabo um intenso trabalho de pesquisa sobre a

Museu Municipal expôsescultura antiga do Concelho

Antigo Celeiro mostrou �Heráldica do Oeste�

simbologia dos brasões dos 14 municípios do Oeste. Constitu-indo o Cadaval o sexto Concelho a ser visitado por esta expo-sição, o autor pretende agora levá-la aos restantes oito muni-cípios do Oeste.A mostra compreende, também, a apresentação de materialbibliográfico e promocional dos 14 concelhos, tais como: publi-cações, medalhas e galhardetes diversos.

Para comemorar �Dia Internacional dos Museus�

Exposição itinerante sobre brasões municipais

Page 13: Revista Municipal Nº 13

13

história do concelho

Como se referiu na edição anterior, o Serviço Educativo do Museu Muni- cipal pôs em marcha, no início de Janeiro, um projecto, envolvendo as

escolas do 1º ciclo deste Concelho, que consiste na exploração do materialexposto nas salas do mu-seu, representativo de di-ferentes épocas, que vãodesde o Jurássico médioà Idade do Ferro.A partir do dia 20 de Abril,deu-se a segunda fase deexploração do museu, quecontemplou as épocasRomana, Medieval e Con-temporânea. Este projectodecorreu a par do primei-ro, até ao final do passa-do mês de Junho.Nesta segunda proposta,as animadoras do museu apresentaram-se trajadas de acordo com cada uma das épocas deque falaram, visando, deste modo, cativar a atenção das crianças, aguçando a sua curiosi-dade e vontade de participar. Durante a explanação inicial, foram facultados, às crianças,elementos que, no final da actividade, fariam parte do livro que as mesmas tiveram de cons-truir, em conjunto com outros elementos resultantes de uma “caça ao tesouro” desenvolvidano átrio exterior do museu.Um outro projecto foi levado a efeito durante a semana comemorativa do “ Dia Internacio-nal dos Museus” e que teve o apoio da Biblioteca Municipal e da Escola Básica dos 2º e 3ºCiclos do Cadaval. Este trabalho foi dirigido para os 5º e 6º anos, tendo-se composto por

três etapas diferentes: iniciou-se com pesquisa na Internet e em livros da Biblioteca, seguindo-se uma visita guiada à exposição “EsculturaAntiga do concelho do Cadaval”, então patente no Celeiro da Vila. A última fase deste projecto foi realizada em sala de aula, com o auxílio dosvários professores das áreas de E.V.T., que, simpaticamente, deram cobertura a todo este processo e apoiaram os jovens nas suas criaçõesindividuais, através da expressão plástica fruto das sensações adquiridas ao longo de todo o percurso.

Serviço Educativo do Museu Municipal

Crianças �viajaram� através dos tempos

Limpeza e consolidaçãodo castro de PragançaDecorreu, nos meses de Março e Abril, um trabalho de limpeza no castrode Pragança, orientado pelo Museu Municipal. Esta acção teve porobjectivo retirar o mato e as ervas da frente da muralha pré-históricaexistente neste povoado e, também, consolidar esta estrutura, que é únicano Concelho do Cadaval.Neste povoado pré-histórico, que vai ser musealizado para permitir uma visi-ta mais elucidativa da sua importância, vão ser arranjados os caminhos deacesso e colocados painéis explicativos. A muralha pré-histórica ficará, como trabalho agora realizado, em melhores condições para ser visitada.

Meia centena de Professores visitou património concelhio

Integrada no “XXII Encontro de Professores da Zona Centro” (iniciativa promovida em Caldas da Rainha, de 21 a 23 de Abril), foi realizadauma visita ao Concelho do Cadaval de cerca de 50 professores, que tiveram a oportunidade de conhecer o Museu Municipal e, de seguida,visitar o Convento dos Dominicanos, a Fábrica do Gelo e o Centro de Interpretação Ambiental na Serra de Montejunto. A CMC não quisdeixar de se associar a esta visita, tendo oferecido, aos professores, um lanche no ambiente acolhedor da Serra.

Page 14: Revista Municipal Nº 13

14

cultura & educação

Inserido na VIII Edição da Animarte, teve lugar, a 29 de Maio, o Colóquio «A Escola e a Família», uma acção dirigida a toda a comunidade educativa, que contou com apresença da Dr.ª Manuela Bastos, Directora Regional Adjunta de Educação, VítorSarmento, da Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP) e Dr. Sér-gio Carvalho, Psicólogo.A Dr.ª Manuela Bastos apresentou a todos a visão de que a escola de sucesso éaquela que consegue cativar os seus alunos para as aprendizagens, em que, cadaqual, ao longo do seu percurso, adquire mais competências e vê os seus conheci-mentos certificados. Para que isto aconteça, é imprescindível uma forte interacçãoentre o aluno, família, escola e o meio envolvente, e quando um destes elementosapresenta falhas na sua dinâmica, poderemos estar perante situações conducentesao abandono escolar.O fenómeno do abandono escolar está, hoje, muito presente na sociedade portu-guesa e traz como consequência imediata a fraca escolaridade, que conduz àexclusão social e profissional, as quais acarretam fraco rendimento e, em muitoscasos, uma baixa auto-estima.

Trata-se, pois, de um fenómeno que, na opinião daDr.ª Manuela Bastos, só poderá ser combatido comeficácia quando toda uma comunidade educativa,com especial relevo para as famílias, cumprir, comempenho, o seu papel neste processo.A segunda intervenção, a cargo do Sr. VítorSarmento, centrou-se no papel que hoje os paisdevem assumir nos diversos órgãos de gestão daescola. São inúmeras as tarefas que lhes podemcaber e, sobretudo, é necessário que cada um te-nha consciência de que os pais são os primeiroseducadores dos seus filhos e que, mesmo depoisde iniciado o percurso escolar, cabe-lhes sempreum papel determinante na sua educação, o qualpassará sempre por uma intervenção diária e nãomeramente pontual na vida da escola.A grande mensagem que a CONFAP deixou, nes-te colóquio, foi a de que a educação das nossascrianças e jovens não pertence a ninguém, elatem de ser uma prioridade de todos, desde pais,governos, passando pelos professores, au-

tarquias e empresários.Por último, o Dr. Sérgio Carvalho debruçou-se sobre o tema «O papel das famílias nodesenvolvimento emocional das crianças» e transmitiu, aos presentes, a ideia de queé necessário que cada pai, encarregado de educação e professor percebam que,quando uma criança chega à escola, traz consigo seis anos de experiência de vida, oque faz dela um ser único e em permanente evolução. A escola tem, hoje, de atendera que a norma é evolutiva e tem um sentido cultural, pelo que, aquilo que há 20 anosera anormal, hoje poderá não o ser, o que torna muito difícil estabelecer uma fronteiraclara entre o normal e o patologicamente anormal. Assim, a escola não poderá, nunca,olhar para os alunos de forma igual mas sim de forma única, cabendo a cada famíliacontribuir para que cada criança veja a escola como um espaço que também é seu.

Repartir responsabilidades educativasColóquio «A Escola e a Família»

Neste colóquio, o painel de palestrantes proporcionou pertinentes esclarecimentos acercado papel determinante que têm os pais na construção da personalidade e na motivaçãopara o não abandono e para o sucesso escolar. Enfim, é cada vez mais consensual que arealidade �escola� não se confina às paredes físicas de um estabelecimento de ensino,extravasando para o meio envolvente, com o qual interage permanentemente...

Page 15: Revista Municipal Nº 13

15

cultura & educação

Foi atendendo a esta nova visão da importância do pátiodas escolas que o Pelouro da Educação da CMC deci-

diu promover um workshop para as assistentes e auxilia-res de acção educativa da educação pré-escolar e 1º ciclodo ensino básico. Esta acção teve lugar no dia 14 de Abril,contou com a participação de 17 funcionárias e foi orienta-da pela professora Amália Rebolo Marques, docente daFaculdade de Motricidade Humana e investigadora destaárea. O dia de trabalho teve como mote a seguinte temática:«O papel do Adulto e a Prevenção de conflitos no Recreio».Num primeiro momento, foi dado a conhecer o conceito debullyng, fenómeno hoje muito frequente nas escolas e quese caracteriza por agressões intencionais e continuadasentre colegas, em que as vítimas não conseguem resolveros seus problemas nem pedir ajuda pelo medo dosagressores ou por temerem ser alvo de troça dos colegas.Pelo bullyng estabelecem-se relações baseadas no poderdo agressor sobre a vítima, sendo mais notórias no pátiodas escolas e com as quais os adultos devem saber lidarcom firmeza e também de forma criativa.Numa segunda fase, foi abordada a questão sobre que tipo de super-visão deve ser exercida no recreio, qual o papel do adulto na preven-ção de situações de risco e que estratégias devem ser delineadaspara a mudança dos comportamentos conflituosos.Durante o dia, houve também lugar para um momento de descontracçãoatravés do qual a formadora levou os presentes a compreenderemque, por vezes, são as soluções mais simples, e ao alcance de todos,que atingem melhores resultados. Ensaiaram-se, então, soluções demudança do espaço de recreio, as quais deverão sempre ter em con-

O pátio da escola, local de socialização e de ensaio de toda a informação recolhida pelas crian-ças, é hoje entendido como um espaço de aprendizagens tão importantes quanto as da sala de

aula, e as experiências aí vividas podem marcar todo o percurso escolar de uma criança.

Workshop para assistentes e auxiliares de acção educativa

«O papel do adulto no pátio da escola»

No passado dia 5 de Junho inaugurou-se, no salão nobre dos Paçosdo Concelho, uma exposição de pintura e escultura, da autoria de umconjunto de artistas plásticos pertencentes ao Grupo “Paralelo”, a qualali ficou patente até dia 19 do mesmo mês. Tratou-se, pois, de maisuma das muitas mostras que esta edilidade tem realizado e/ou apoia-do, em particular desde Abril último, sobre as mais diversas temáticas.O Grupo Paralelo foi fundado em 1974, por doze elementos – novepintores e três escultores – tendo aderido, posteriormente, váriosoutros artistas, constituindo um grupo representativo das várias cor-rentes do panorama artístico actual.Refira-se que as sucessivas exposições que este grupo tem levadoa efeito têm contado com a participação de um número considerávelde artistas de renome bem firmado, tal como sucedeu nesta exposi-ção que ora aconteceu no Cadaval.

Exposição de Pintura e Escultura, no Cadaval

Talento sem paralelo

sideração a opinião dos actores principais – as crianças. Estas solu-ções passam sempre pela existência de jogos diversos e de materiaissoltos que permitam mudanças constantes de actividade e promovamuma grande variedade de comportamentos.Por último, um destaque especial para a necessidade de formaçãodos supervisores destes espaços, a fim de que aqueles possuamferramentas que lhes permitam actuar preventivamente e, destemodo, minimizar o conflito, promovendo o tempo de brincadeira nopátio da escola como um momento de convívio e de partilha dossaberes, das vivências e das amizades.

Page 16: Revista Municipal Nº 13

16

especial ANIMARTE 2004

Cerca de 60 expositores (mais vinte que o ano passado),distribuídos por cerca de 70 espaços expositivos, e muitos visi-

tantes, de todas as idades, é o saldo da oitava edição de uma dasmais importantes realizações festivas do Concelho.Este ano, a abertura oficial do certame contou com a presença doChefe de Gabinete do Sr. Secretário de Estado da AdministraçãoLocal, que teve oportunidade de registar o conteúdo expositivo dafeira, inteirando-se sobre o que se está a fazer no Concelho, e aindade presenciar a actuação musical das crianças do Projecto de Ex-tensão Curricular, o festival de paraquedismo – que agradou aosmuitos curiosos que acorreram ao campo de jogos municipal –, ten-

Após 4 dias de animação, a ANIMARTEdespediu-se, a 1 de Junho, com um �DiaMundial da Criança� que contou com aparticipação massiva das crianças dos

Jardins de Infância e dos vários níveis deensino do Concelho. «A Criança e a Famí-

lia» foi o mote da edição deste ano...

A FESTA DA CRIANÇA E DA FAMÍLIA

do ainda participado na entrega de prémios da exposição: «Pêra Ro-cha com arte”. De entre os convidados que composeram a comitiva,é de salientar a presença da Directora Regional Adjunta da Educa-ção, Dra. Manuela Bastos.No ano em que as Nações Unidas assinalam o 10º aniversário do“Ano Internacional da Família”, a CMC entendeu associar-se a estacelebração também na ANIMARTE, tal como fizera nas comemora-ções do “Dia da Mulher”. Assim, conciliando o tema “Família” com ascomemorações do “Dia Mundial da Criança” (1 de Junho), resolveudedicar esta 8ª edição à temática: «A Criança e a Família».Pelo mesmo motivo, o habitual colóquio, decorrido na manhã dodia inaugural, abordou “A Família e a Escola”, cujo painel depalestrantes proporcionou pertinentes esclarecimentos acerca doscondi-cionalismos do sucesso escolar das crianças e do papeldeterminante que têm os pais na construção da personalidade ena motivação para o não abandono e para o sucesso escolar.

ANIMARTE � 8ª Feira Municipal das Artes e Ofícios do Cadaval

Page 17: Revista Municipal Nº 13

17

Este certame vol-tou a combinar osingredientes quefazem de si umevento ímpar naregião: feira infan-til, mostra arte-sanal e institucio-nal, a par de mui-ta animação paratodas as idades,sempre com uma

forte componente lúdico-pedagógica e de sensibilização.Foram muitas as instituições que, uma vez mais, deram as mãos àCMC, trabalhando, com afinco, no sentido de levar a bom porto estafeira. E é graças a esse trabalho de equipa que a ANIMARTE temcrescido, de ano para ano, não apenas em número de visitantes eparticipantes, mas também ao nível da oferta de animação.Também o Desporto ganhou, este ano, uma ênfase especial no cer-tame, tomando como referência o reconhecimento, pela UniãoEuropeia, de 2004 como o “Ano Europeu da Educação pelo Despor-to”. Assim, para além do festival de paraquedismo, decorreram doisencontros desportivos: um de Futebol Onze (no Campo Municipal),outro de Futsal, no Pavilhão Gimnodesportivo.Em termos pedagógicos, a ANIMARTE voltou a oferecer, em particu-lar aos mais pequenos, mas também à população em geral, as maisdiversas actividades, com especial destaque para os atelierstemáticos, jogos lúdico-didácticos e campanhas de sensibilização.

A vertente lúdica fez-se, por seu turno, representar pelos habituaisespaços para a brincadeira: insufláveis, teatro infantil, pintura facial,entre outros motivos de contentamento das crianças, em particular.Como sempre, a exposição começou na praceta à entrada do Parque– onde também decorreu a animação musical – e prolongou-se aolongo da alameda, ora albergada por 4 grandes tendas, ora ao ar livre.A ANIMARTE trouxe também consigo a realização da mostra: «PêraRocha com Arte», que esteve patente ao público, no Celeiro da Vila,durante uma semana, reunindo notáveis trabalhos de pintura.A completar o “quadro” deste ano, refira-se a componente musical, quetrouxe uma noite de baile, outra de música orquestral (com a presençada orquestra da Associação dos Antigos Tunos da Universidade deCoimbra) e mais uma, com um festival que reuniu 4 bandas amadoraslocais, que prenderam as hostes até de madrugada.A todos quantos se associaram, directa ou indirectamente, à realizaçãodeste evento, contribuindo para o seu sucesso, a CMC agradece, bemcomo a todos aqueles que souberam dele desfrutar. E até para o ano!

Page 18: Revista Municipal Nº 13

18

informar o munícipe

OS NOSSOS RECURSOS HUMANOSOS NOSSOS RECURSOS HUMANOS

Garantir o funcionamento geral da AutarquiaEsta Divisão é quase que o centro nevrálgico da autarquia, na medida em que centraliza funções tãobásicas quanto a gestão de todo o pessoal, a gestão financeira e a contabilidade, o expediente geral,a limpeza e manutenção dos edifícios camarários, entre outras missões determinantes do funciona-mento geral da Câmara, em sentido amplo, a par com o atendimento central ao público.

DAF � Divisão Administrativa e Financeira

Secção de Expediente Geral e Apoio aos Órgãos Autárquicos

Esta Secção é, genericamente, responsável pelos seguintes servi-ços: Expediente Geral; Arquivo; Notariado e Contratos Administrati-vos, Actas; Licenciamento de Espectáculos; Limpeza e manutençãodos edifícios.Pertencem a esta Secção, e de acordo com a ordem da foto, osseguintes funcionários:- À frente, da esq.ª para a dt.ª: M.ª Graziela Soares, Angelina Coe-lho, Helena Oliveira, M.ª Anunciação Ferreira, Ana Teresa Duarte.- Atrás, da esq.ª para a dt.ª: Cristina Martins, Ant.º Custódio Pereira(Chefe de Secção), Teresa Rocha, M.ª Augusta Batista.Ausente na foto, inclui-se ainda, nesta equipa, João Vasconcelos.

Secção de Taxas, Tarifas e Licenças

Sumariamente, são estas as principais incumbências destaSecção: Taxas e Licenças; Cobranças de Água e Saneamento;Execuções Fiscais; Contra-ordenações; Modernização Admi-nistrativa; Processo Eleitoral.A equipa responsável por tudo isto, com base na foto, e daesq.ª para a dt.ª, são: Pedro Tomás, Renato Nunes, Ant.º Fran-cisco Lourenço, Armanda Ribeiro (Chefe de Secção), RuiHenriques, Luís Henriques.

Secção de Recursos Humanos

Cabe a esta Secção o cumprimento das seguintes tarefas: Recruta-mento e Selecção; Gestão de Pessoal; Formação profissional; Ca-dastro; Vencimentos; Higiene, Saúde e Segurança.A equipa dos Recursos Humanos são, na foto, da esq.ª para a dt.ª:Paula Garcia, Eduardo Fialho (Chefe de Secção), Maria da Con-ceição Bento.

Page 19: Revista Municipal Nº 13

19

informar o munícipe

Ministro da Cultura anuncia financiamento

Tesouraria

Grosso modo, as competências desta equipa resumem-se noseguinte: arrecadar receitas; liquidar juros de mora; efectuar opagamento das despesas; proceder à guarda dos fundos doMunicípio; demais movimentos dos dinheiros do Município e res-pectivas escriturações.Pertencem à Tesouraria os funcionários presentes na foto, daesq.ª para a dtª.: Filomena Maneca; Álvaro Maia Nunes (Tesou-reiro) e Rui Rodrigues.

Secção da Contabilidade

A presente equipa tem a seu cargo as seguintes funções: Ges-tão Financeira; Contabilidade Patrimonial; ContabilidadeOrçamental; Património.Quanto aos trabalhadores afectos à mencionada Secção são,de acordo com a foto, e da esq.ª para a dt.ª: Paulo Germano,Ant.º Pedro Carvalho (Chefe de Secção), Sofia Gaspar, SandraAssunção, Carlos Rosa dos Santos, João Cordeiro e, à frente,Rafael Oliveira.

A informação geo-referenciada temuma importânciacrucial nesta autar-quia, no exercíciodas suas competên-cias, sendo indis-pensável, nos diasde hoje, o recurso a

sistemas informáticos que, de forma eficiente, tornem possível a suacaptura, armazenamento, actualização, análise e visualização, ou seja,um Sistema de Informação Geográfica (SIG).O SIG estabelece ligações entre bases de dados e objectos gráfi-cos, contribuindo, assim, para uma maior eficácia dos serviços mu-nicipais, mais qualidade no serviço prestado, bem como uma maiorrapidez na análise da informação. A possibilidade de, atempadamente,se poderem obter traduções espaciais para uma série de fenómenos– até aí analisados, quase exclusivamente, de forma quantitativa,dada a morosidade do processo da sua espacialização –, é uma dasgrandes vantagens deste sistema de informação.Foram já elaborados, na CMC, três projectos, nomeadamente refe-rentes à consulta de cartografia, à gestão urbanística e ao levanta-mento urbanístico e funcional, encontrando-se em elaboração ou-tros projectos relativos às áreas da educação, rede viária, patrimó-nio municipal e resíduos sólidos urbanos.

No que concerne à Consulta de Cartografia, existe um sistema devisualização de informação cartográfica, que poderá ser deslocadainteractivamente pelo utilizador, para procura visual de uma zona dacarta desejada. Poderão ser feitas pesquisas pelo nº de artigo esecção cadastral sobre a cartografia cadastral, bem como sobreporesta com a cartografia topográfica ou militar.Este projecto apoia o processo de emissão de Plantas de Localiza-ção, efectuado pela autarquia no âmbito de várias funções, comosejam o pedido de informação prévia, o requerimento de processode licenciamento de obras, entre outros.Relativamente à Gestão Urbanística é de referir que, desde o dia12 de Maio de 2003, todas as informações prévias, processos deconstrução e processos de loteamento estão identificados geografi-camente, tendo já sido feito o levantamento de todo o arquivo dosprocessos de loteamento existentes nesta autarquia.A intervenção nesta área tem como intuito apoiar o processo de emis-são de pareceres sobre pretensões de licenciamento ou autorizaçãode obras, bem como as actividades de fiscalização e de vistoria as-sociadas ao processo de licenciamento.Quanto ao Levantamento Urbanístico e Funcional, existe ainventariação e localização geográfica da informação urbanística efuncional do parque edificado do Concelho. Podem, assim, fazer-sepesquisas relativamente a várias funções urbanas: farmácias, ban-cos, ensino, administração pública, saúde, restauração, forças desegurança, bombeiros, desporto, património, etc.

Sistema de Informação GeográficaSIG: UMA FERRAMENTA CRUCIAL PARA A AUTARQUIA

Page 20: Revista Municipal Nº 13

20

informar o munícipe

Realizou-se, a 26 deAbril, no bar da Pis-cina Municipal doCadaval, um almoçoconfeccionado e ser-vido pelos forman-dos do curso de For-mação Profissional“Restaurante e Bar”,o qual decorreu, na-quele local, desdeSetembro de 2003.Este curso resulta

de uma parceria estabelecida entre o Centro de Formação Profissio-nal de Alverca, CMC e “Gescadaval, E.M.”, e tem como finalidadeformar e qualificar, convenientemente, os formandos, dotando-os degrande capacidade e versatilidade no ramo da restauração e hotelaria.

O objectivo deste almoço foi o de mostrar as qualificações e apti-dões adquiridas às individualidades que estiveram presentes, e fo-ram elas: Delegado Regional do IEFP-LVT; Director do Centro deFormação Profissional de Alverca; Director Centro de Emprego deTorres Vedras, Presidente, Vice-presidente e Vereadora da CMC,Director do Hotel Vila-Galé (Ericeira) e ainda empresários do ramoda restauração do Concelho.De acordo com Júlio Rego, responsável da Gescadaval, E.M., «oalmoço foi do agrado de todos os convidados, tendo sido referida aenorme qualidade, quer na confecção, quer no serviço, a que nãoterá sido alheio o elevado nível de qualidade da formação.»A fase final deste curso, que terminou a 4 de Junho, contemplouum estágio de mês e meio em prestigiadas unidades hoteleiras emCaldas, Óbidos, Ericeira e Lisboa, onde terão sido colocados al-guns destes formandos.Entretanto, teve início, a 28 de Junho, no mesmo local, um novocurso de “Restaurante e Bar”.

Confeccionado e servido por curso de “Restaurante e Bar”, do Cadaval

Almoço foi do agrado dos convidados

Sediada desde 1994 no Cadaval, pordisponibilidade da Autarquia, com a

qual tem sempre mantido uma colaboraçãopróxima e profícua, a LeaderOeste inaugurou, em 2001, a sua sedeno Centro de Actividades Ambientais, em espaço cedido pela CMC,ao lado da Junta de Freguesia e do Museu Municipal. Esta entidade regional, que congrega 51 Associados, actua em 11Municípios através de iniciativas de promoção e apoio ao mundorural do Oeste, das quais se destacam: o Programa de IniciativaComunitária LEADER, o Centro Rural de Montejunto e o Centro deInformação Comunitária Carrefour Oeste.Em parceria com os Municípios de Alenquer e Cadaval, foram de-senvolvidos e executados vários projectos na Serra de Montejunto,

LEADEROESTE: UMA DÉCADA A APOIAR A NOSSA RURALIDADE

decorrendo, actualmente, várias intervenções, no âmbito do Progra-ma AGRIS, medida 7.1.Desde o início, a CMC ocupa assento na Direcção da LeaderOeste,tendo realizado, em parceria, várias iniciativas e projectos ligadosnão apenas à reabilitação e valorização da Serra de Montejunto mastambém do Concelho, como sejam: sessões de esclarecimento so-bre o Euro, sobre Montejunto e sobre as tradições do Concelho, emdiversas Juntas de Freguesia e Associações Recreativas, cooperan-do com o Ensino Recorrente e com o Museu Municipal.Este ano, destacam-se as diversas tertúlias e palestras, abertas à par-ticipação das populações, que têm vindo a ocorrer sobre tradições emMontejunto, Cantar e Pintar dos Reis, moinhos, percursos equestres,Vinhos da Estremadura e outros, a divulgar oportunamente.

Durante os dias 21, 22 e 23 de Maio, a Associação Humanitária dosBombeiros Voluntários do Cadaval celebrou o seu 83º Aniversário.O dia oficial do aniversário, dia 21, sexta-feira, foi assinalado comalvorada e hastear da bandeira, seguindo-se os festejos no sábado,com tarde de animação desportiva e um simulacro de acidente rodo-viário na rotunda da lagoa, ao qual assistiram muitos populares.No domingo, pela manhã, realizou-se a habitual romagem ao Ce-mitério do Cadaval e missa no Quartel dos Bombeiros, seguindo--se a recepção às entidades convidadas, com prestação de Guar-da de Honra ao Sr. Presidente da CMC e bênção de uma nova viatura de desencarceramento, apadrinhada pela população do Concelhodo Cadaval.Antes do almoço convívio entre directores, bombeiros, familiares e convidados, teve lugar uma Sessão Solene onde foram entregues, adiversos bombeiros, medalhas da Liga dos Bombeiros Portugueses.De salientar, também, a realização, no dia 1 de Maio, do “II Encontro de Fanfarras”, organizado pela A.H.B.V.C. com o apoio da CMC e Junta deFreguesia do Cadaval, que contou com a presença de oito fanfarras, as quais reuniram corporações de Bombeiros Voluntários e Municipais.

Bombeiros festejaram 83 anos

Page 21: Revista Municipal Nº 13

21

informar o munícipe

Durante o mês de Abril, a Biblioteca Municipal realizou, junto da po-pulação concelhia, um inquérito referente ao “25 de Abril”, cujorescaldo foi apresentado, publicamente, no âmbito das comemora-ções desta tão importante data nacional.Deste inquérito efectuado, telefonica e aleatoriamente, a 100munícipes deste Concelho, aos quais a autarquia agradece o gentilcontributo, ressalta o bom nível de conhecimento da nossa popula-ção face a este tema. De facto, foi verificado que, ao contrário doque se passa na cena nacional, os nosso jovens (uma vez que amédia etária dos inquiridos foi de 33 anos) têm, realmente, sólidosconhecimentos em relação à “Revolução dos Cravos”, bem comoopiniões próprias e estruturadas.

E por falar em inquéritos, num período de 4 meses (entre 23 deFevereiro e 22 de Junho), o habitual espaço de votação on-line dosite municipal registou um total de 92 votações naquela que constituia segunta questão levantada aos internautas: «Qual o seu grau desatisfação, em termos de atendimento na Câmara Municipal?». 40% acham que o atendimento é bom, 24 % consideram razoável, 30% votaram insatisfatório e 4 % não têm opinião formada. A novapergunta que se lança é agora: «Qual a área de actuação municipalque deverá merecer especial atenção?»As votações on-line, longe, ainda, de serem representativas do Con-celho, constituem, todavia, uma forma, moderna e prática, daautarquia auscultar os munícipes/utentes, face a questões de inte-resse, pelo menos, municipal. A CMC agradece a sua participação!

Atendimento na CMC satisfaz internautasRescaldo de inquérito, no site municipal

Munícipes �por dentro� da Revolução

A Comunidade Urbana do Oeste (ComUrb) foi oficialmente constituída no passado dia 29 de Março, com a assinatura da

respectiva escritura notarial, a qual decorreu no Museu da Cerâmicadas Caldas da Rainha. A cerimónia contou com a presença do, então,Senhor Ministro das Cidades e Ordenamento do Território e Ambiente,Dr. Amílcar Theias, para além dos senhores presidentes dos 11 muni-cípios constituintes da ComUrb, a saber: Alcobaça, Alenquer, Arrudados Vinhos, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Óbidos,Peniche, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras.A 28 de Maio, no decorrer da assembleia geral da AMO, foi votada aconstituição da Junta da ComUrb, tendo, por unanimidade, sido elei-tos como líderes do órgão executivo da Comunidade, os seguintesautarcas: o Presidente da Câmara de Arruda e da AMO, Carlos Lou-renço, eleito Presidente da Junta da Comunidade; os Presidentes deCaldas e de Torres Vedras, respectivamente, Fernando Costa e CarlosMiguel, eleitos Vice-Presidentes daquele órgão, que congrega comomembros os restantes oito autarcas. Ficou também acordado que avice-presidência da comunidade será rotativa, por seis meses.No dia 22 de Junho, realizou-se a 1ª reunião formal da ComUrb, nosPaços do Concelho de Alenquer, com a seguinte ordem de trabalhos:Análise da construção do aeroporto da Ota, dada a importância da suaconstrução, para a Região Oeste; Distribuição de pelouros pelos mem-bros da Junta; Definição quanto à futura sede da ComUrb, que, atéconstrução de um edifício de raíz, funcionará no edifício da UAL (queestará livre a partir de Janeiro 2005), em Caldas da Rainha.

Quanto ao ponto 2, foramcriados e atribuídos osseguintes pelouros: Eco-nomia e Desenvolvimen-to – que ficam sob a al-çada dos municípios doBombarral e Cadaval;Educação, Saúde, Des-porto e Lazer – Alcobaçae Torres Vedras; Infra-es-truturas, Ambiente e Protecção Civil – Alenquer e Sobral M. Agraço;Planeamento Regional e Inovação – Caldas e Lourinhã; Promo-ção, Cultura, Património e Turismo – Peniche e Óbidos. Ao Presi-dente da Junta da Comunidade caberá, por sua vez, a coordena-ção da Junta e de todos os pelouros.No que toca ao Cadaval e Bombarral, considerando o pelouro aeles atribuído, ficam com as seguintes competências: acompanha-mento e elaboração da carta de localização dos Pólos Tecnológicos;promoção da criação de condições para financiamento da área pro-dutiva na área associativa e promoção da certificação de origem eda qualidade de produtos.A 9 de Julho último, elegeu-se a Assembleia da ComUrb, compostapor 41 elementos e cuja eleição foi, por impositivo legal, feita numacto electivo simultâneo em todas as assembleias dos municípiosda ComUrb do Oeste.

Após constituição formal

COMURB JÁ ESTÁ EM MARCHA

A ComUrb do Oeste, uma vez formal-mente constituída, já escolheu osseus líderes, atribuiu pelouros a to-dos os membros e elegeu, entretan-to, a respectiva Assembleia...

A Voz do Povo

Biblioteca realiza inquérito sobre �25 de Abril�

Page 22: Revista Municipal Nº 13

22

ambiente & turismo

O Dia Nacional dos Sapadores Florestais foi comemorado, pela pri-meira vez, no passado dia 21 de Maio, na Serra de Montejunto, a

qual constituiu o cenário para um encontro inédito de 96 equipas deSapadores Florestais, para além de muitos técnicos e dirigentes de orga-nizações de produtores florestais.Além desta “mancha amarela e verde” de dimensão considerável, estive-ram presentes, neste evento, muitas individualidades, nomeadamente oSr. Ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, o Secretário de Estado das Florestas, o Director Geral dos Recursos Florestais,o Director Regional da Agricultura do Ribatejo e Oeste, o Governador Civil de Lisboa, o Governador Civil de Leiria, o Coordenador da Agênciapara a Prevenção dos Incêndios Florestais e, ainda, o Gestor do Fundo Florestal Permanente, entre outros convidados.Esta iniciativa teve a organização da APAS Floresta – Associação de Produtores Florestais, em conjunto com a Direcção Geral dos RecursosFlorestais, tendo contado com o apoio de várias entidades, privadas ou públicas, entre elas, a CMC.

O programa teve vários pontos altos, destacando-se a afectuosa salva de pal-mas, manifestada por todos, na homenagem aos dois sapadores florestaischilenos que morreram cercados por um incêndio, e ao Eng.º Pinho de Almeida.Após a sessão de abertura, o Sr. Ministro da Agricultura, DesenvolvimentoRural e Pescas inaugurou os placares de sensibilização, colocadas na Serrade Montejunto pela APAS Floresta, os quais foram muito elogiados, pelos pre-sentes, pela sua importância e atractividade. De salientar, sobretudo, os placa-res que, diariamente, vão informar a população do risco de incêndio florestal,sendo, por isso, de carácter dinâmico, o que deveras agradou a assistência.Além de uma sessão de palestras, realizou-se um animado churrasco, quepermitiu o salutar convívio entre os muitos comensais. Seguidamente, ocorreuum concurso de Sapadores Florestais, que teve como principais temas: orien-tação no terreno, limpeza e manutenção de materiais e corte de madeira.Resta dizerque esta reu-nião magnaatingiu os ob-jectivos pro-

postos, na medida emque veio fomentar, nes-tes “protectores da Flo-resta”, o brio profissionale o espírito de equipa.Foi ainda reconhecido,por todos, que a profis-são de Sapador Flores-tal tem futuro, é digni-ficante e muito necessá-ria na protecção da nos-sa Floresta.

I Encontro Nacional de Sapadores FlorestaisMontejunto homenageou os�protectores da floresta�

Os nossos sapadores

Page 23: Revista Municipal Nº 13

23

ambiente & turismo

Serra de Montejunto: Lazer e aprendizagem de mãos dadas

Montejunto é um local de incrível beleza, dotado de espaços de valor patrimonial e cultural que remontam a tempos pré-

-históricos, com recantos únicos que permitem a imaginação vaguear.Entre o período de Março/Junho – período a que respeita estarevista –, aproximadamente 1600 pessoas visitaram a Serra deMontejunto em grupos organizados, sendo estas visitascoordenadas através do Centro de Interpretação Ambiental e osServiços da CMC. Trata-se, maioritariamente, de grupos escolaresdo Concelho e do distrito de Lisboa. No entanto, chegam, também,grupos de visitantes que vêm pela primeira vez, ficandoagradavelmente surpreendidos com os locais percorridos.Os grupos escolares optam por este espaço para realizar acçõesde formação e lazer, adaptando o programa escolar ao espaçoenvolvente e aproveitando o ambiente natural como “sala de aulas”.Tendo em consideração as diferentes áreas de estudo, existe umavasta panóplia de motivos para se visitar a Serra de Montejunto.Ao contabilizar os visitantes que nos chegam por iniciativa própria, onúmero total de visitas ascende às 2000 pessoas, só neste período,existindo um gradual acréscimo em relação ao ano anterior, que,em igual período, registava aproximadamente 1000 pessoas.Considerando a actual tendência turística de procurar espaços naturais, é de prever a continuidade do aumento de visitas na Serra, sendo cadavez mais premente criar condições que propiciem o aumento da capacidade de resposta às exigências resultantes do aumento da procura.O Centro de Interpretação Ambiental e, consequentemente, a própria Paisagem Protegida da Serra de Montejunto, estão disponíveis para,em colaboração com os interessados, coordenar visitas, de forma a mostrar e divulgar este valiosíssimo Património, que é nosso.

CMC CRIA BRIGADA ANTI-INCÊNDIOS

Para fazer uma queimada, terá de solicitar uma licença, na CMC, com 15dias de antecedência, e ter alguns cuidados especiais:- Limpe uma faixa de contenção à volta do local onde pretende realizar aqueimada;- Nunca faça queimadas em dias secos e quentes e/ou com vento;- Escolha sempre dias húmidos ou em que, nos dias anteriores, tenha chovido;- Nunca faça grandes fogueiras (evite as faúlhas);- Nunca deixe uma queimada sem vigilância;- Tenha sempre, junto de si, água suficiente ou outro tipo de material (comoenxadas ou pás) que, em caso de necessidade, possa ser utilizado;- Avise as autoridades (bombeiros, polícia florestal ou a equipa de SapadoresFlorestais, neste caso, através da APAS FLORESTA);- Nunca abandone o local da queimada, sem a ter apagado completamentee nunca deixe partículas incandescentes.

No âmbito do dispositivo de prevenção de incêndios florestais para o Verão2004, e conscientes de que o reforço das medidas de prevenção deincêndios florestais se revestem de grande importância, a Câmara Municipaldo Cadaval em parceria com a Direcção-Geral dos Recursos Florestais, jáiniciou o programa de Vigilância Móvel nas Florestas, denominado por“Brigadas Autárquicas de Voluntários”, que funcionará, no Concelho doCadaval, entre Julho e meados de Setembro.A Brigada é composta por três voluntários que farão a vigilância do perímetroflorestal do Concelho, numa viatura ligeira, devidamente identificados eem contacto articulado com os diversos agentes no terreno, nomeadamente,Bombeiros, Sapadores Florestais e posto de vigia de Montejunto, sob agestão do Serviço Municipal de Protecção Civil.

PENSA REALIZAR UMA QUEIMADA?

Page 24: Revista Municipal Nº 13

24

acção social & saúde

Rede Social do Cadaval

Aprovado Pré-diagnóstico Social do Concelho

No passado dia 5 de Maio, o Conselho Local de Acção Social daRede Social do Cadaval reuniu e aprovou o Pré-Diagnóstico Socialdo Concelho, explanado na anterior edição desta revista.O referido documento está dividido em duas partes: uma primeira,onde é feita a caracterização do Concelho a nível sócio-gráfico, euma segunda, onde são apresentados os problemas e potenciali-dades identificados no Município – fruto de várias reuniões de traba-lho com os Parceiros do CLAS – e a análise dos dados do inquéritoaplicado a alguns elementos da população.A elaboração do Pré-Diagnóstico pressupõe que este seja um pro-cesso dinâmico, em permanente construção, e para o qual todosnós podemos dar um contributo.Neste sentido, e depois de terminada esta acção, passamos agorapara a acção seguinte que é o Diagnóstico Social, ou seja, o aprofundardas questões levantadas no Pré-Diagnóstico, introduzindo uma visãosistemática da realidade concelhia que ultrapasse as visõessectorializadas, respeitando os princípios da Rede (como a participa-ção e a integração) e racionalizando recursos humanos existentes.

No passado dia 6 de Abril decorreu, no auditório dos Paços do Con-celho, uma Sessão Temática sobre a Rede Social.O evento contou com a presença do Dr. António Batista, especialistanesta área, uma vez que dá apoio a várias Redes Sociais do país.O objectivo da sessão era informar sobre a importância e mais-valiasda Rede, os passos essenciais da sua implementação, assim como asnovas oportunidades de intervenção, que podem ser construídas noâmbito da Rede, partilhando um pouco da experiência que aqueleinterveniente possui, no âmbito dos vários concelhos que acompanha.Para esta sessão, a CMC convidou os membros do Conselho Local deAcção Social e Núcleo Executivo da Rede Social do Cadaval, as direcçõesdas IPSS’s do Concelho, Vereadores, Deputados Municipais, assim comoVereadores e Técnicos de alguns dos municípios da AMO.Embora a adesão não fosse a esperada, estiveram presentes cercade 20 pessoas. No entanto, consideramos que esta sessão se reve-lou de extrema importância para todo o processo de implementaçãoda Rede Social no nosso Concelho.

Sessão temática debateu «Rede Social»

Coube ao Eng.º Fernando Ribeiro de Castro, da Associação Portu-guesa das Famílias Numerosas, falar sobre o primeiro tema destapalestra: «Família: o elemento base da Sociedade». De acordo comele, quanto mais estável for a família, menor será a propensãopara problemas juvenis. O Estado terá, a seu ver, uma responsabi-lidade crucial na promoção de uma Política da Família, criandomedidas que promovam não apenas a sua estabilidade mas tam-bém o seu crescimento.“A competência da Família e a sua disfuncionalidade” foi a temáticadesenvolvida pelo Dr. Carlos Silva, terapeuta familiar. Segundo ele,numa família, «pai e mãe devem constituir como que uma paredefirme onde os filhos se podem amparar, sabendo que não vão cair».Conceição Coelho, do Curso de Formação de Pais Animadores (adecorrer no Cadaval), abordou o tema “A Família na Sociedade Con-temporânea”, em especial, no que respeita à Mulher e às múltiplasexigências que, hoje em dia, a impedem de zelar pela família. Assim,considera que «os pais são os melhores agentes de prevenção paraos grandes flagelos da droga, do álcool ou da prostituição, mas osresponsáveis somos todos nós, que vivemos em sociedade», ca-bendo, a seu ver, ao sistema económico e político apoiar mais odesenvolvimento correcto da criança e da família.

Seguiu-se um jogo, promovido pelo curso de Formação de Pais, como objectivo de simbolizar a habitual falta de compreensão da famíliaperante a detecção de um problema no seio familiar (ver foto acima).A última interveniente foi a Dra. Isabel Saldanha, assessora do Sr.Governador Civil de Lisboa, que falou sobre a “Geração Net”, que,segundo ela, se inicia com os nascidos em 1978. É a geração da infor-mação, em detrimento do conhecimento; do menosprezo pelas gera-ções não tecnológicas, ainda que usufruindo de uma maior aberturade espírito. Importa, como referiu, reforçar o papel dos pais e avós nasfamílias, para que estas se mantenham sempre estruturadas.Após a palestra, seguiu-se um jantar que reuniu cerca de 150 mulhe-res, mães e filhas, num animado convívio, noite dentro.No dia “oficial” da Mulher, a CMC levou a efeito uma acção de distribui-ção de flores às mulheres, no centro da vila e também na Santa Casada Misericórdia do Cadaval e Centro Social e Paroquial de Lamas.

Dia Internacional da Mulher«A importância da família no séc XXI»

Inserida nas comemorações do Dia Internacionalda Mulher (oficialmente, dia 8) e também do 10ºAniversário do �Ano Internacional da Família�,o Pelouro da Acção Social desta autarquiapromoveu, a 6 de Março, uma palestra onde aFamília foi ponto de honra...

Page 25: Revista Municipal Nº 13

25

acção social & saúde

Passeios para todos os gostos

No período a que respeita esta edição da revista, o Pelouro da Acção Social e Saúde da CMC levou a efeito um conjunto de

iniciativas, das quais se dá conta, em seguida.Pela 7ª vez consecutiva, o referido Pelouro, em parceria com o CentroRegional de Sangue de Lisboa/Instituto Português do Sangue,promoveram, no dia 19 de Junho (sábado), mais uma campanhaconcelhia de recolha de sangue.Desta feita, a campanha contou apenas com um total de 42 dadores(contra 80 da anterior edição!), dos quais, apenas 38 puderam, defacto, dar sangue.Não é, portanto, difícil constatar que o contributo de cada um de nóscontinua a ser essencial! Por esse motivo, a CMC informa, desde já,que a próxima campanha decorrerá no dia 13 de Novembro, comode costume, no edifício sócio-cultural da autarquia, entre as 9 e as13 horas. Todas as pessoas saudáveis, de dentro ou fora do Concelho,com mais de 18 e menos de 65 anos, e peso igual ou superior a 50kg, podem e devem dar sangue! Lembre-se que esta iniciativadecorre, neste Concelho, apenas duas vezes por ano e um simplesgesto seu ajudará, certamente, os hospitais a salvar vidas!Em termos lúdicos, a Acção Social municipal continua a promoverum conjunto de visitas e passeios vocacionados, essencialmente,para os mais carenciados do Concelho.Assim, a 13 de Abril último, realizou-se um passeio ao Museu doBrinquedo (Sintra) e à típica Aldeia José Franco (Sobreiro - Mafra).

A partir de agora, a CMC disponibiliza uma funcionária queo irá apoiar, representando-o, internamente, no tratamentodos seus assuntos com a autarquia: a procuradora dascomunidades.

A CMC MAIS PERTO DE QUEM ESTÁ LONGE!

Câmara Municipal do CadavalAv. Francisco Sá Carneiro

2550-103 CADAVALTel.: 262 699 060/1 ext:148

Fax: 262 695 270e-mail:

[email protected]

O objectivo deste passeio foi o de proporcionar, no período de fériasda Páscoa, o salutar convívio e a aquisição de novos conhecimentos,a um grupo de 75 crianças, entre os 5 e os 12 anos, oriundas deagregados familiares sócio-economicamente carenciados e tambémda comunidade (ver foto acima).Mas as excursões não se ficaram por aqui. Nos dias 27 de Março e1 de Maio, cerca de 150 pessoas, com mais de 65 anos, com processono serviço de Acção Social e oriundos também da Comunidade,participaram no Passeio/Visita Sénior à Serra da Estrela e Museu doPão (Seia). Esta iniciativa visou, para além do agradável convívio,contribuir para o decréscimo da exclusão social concelhia.Finalmente, a 22 de Maio, a CMC organizou um Passeio Inter-Famílias, inserido nas comemorações do 10º Aniversário do AnoInternacional da Família, o qual levou cerca de 50 munícipes aoMuseu do Vidro (Marinha Grande), Monte Real, Praia de Vieira deLeiria e Santuário de Fátima. Promover a inclusão social e o contactocom outras realidades, a munícipes carenciados do Concelho, foi ameta visada por esta excursão.

Rescaldo da actividade da Acção Social

Ao longo do dia 14 de Maio, decorreu, no Jardim D. Afonso Henriques (Cadaval), uma acção de animação de rua denominada “Mãos no Ar”,constituindo mais uma organização da CMC, tendo sido coordenada pela, então, estagiária de animação sócio-cultural, Lara Coelho.

Animação de rua �Mão no Ar�, no Cadaval

Esta iniciativa incluiu ateliers de pintura, música, modelagem edramatização, envolvendo os idosos das IPSS´s do Concelho e ascrianças da freguesia do Cadaval, muito embora o âmbito da acçãofosse extensivo a toda a população.De entre os objectivos desta acção, poder-se-ão destacar os seguin-tes: promover as relações interpessoais entre grupos de diferentesfaixas etárias; aumentar a participação da comunidade nas actividadesde animação; estimular/motivar a participação de pais e filhos nas maisdiversas actividades e, por último, quebrar a rotina diária das diferen-tes instituições concelhias e da comunidade em geral.

Encontra-se ausente do Concelho?

Tem dificuldades de deslocação?

Tem assuntos para tratar com a Câmarae não tem como o fazer?

Page 26: Revista Municipal Nº 13

26

desporto & tempos livres

OS NOSSOSCAMPEÕESOS NOSSOSCAMPEÕES Bom toque de bola

Marco do Carmo

Mais do que nas ideologias ou no sistema político,é no grito e na afirmação da liberdade que o “25 deAbril” tem um espaço e se afirma.Fazendo jus a essa liberdade conquistada, cabe acada um de nós, pais, encarregados de educação,professores, carolas, instituições, etc., a responsa-bilidade de fomentar, de modo saudável, a prática desportiva generalizada nas nossas crianças.Nesse sentido e inseridas nas comemorações do XXX Aniversário do 25 de Abril, realizaram-se, na vila do Cadaval, junto à Piscina Munici-pal, as tradicionais provas de atletismo dirigidas a todos os nossos jovens, dos 6 aos 12 anos. Este ano, a participação rondou centena emeia de crianças, o ritmo das provas foi rápido, o suor e a vontade de vencer aliaram-se, a boa disposição imperou, o ambiente foi de festae, no final, todos os participantes foram brindados com um lanche, prémios de presença e ainda troféus para os primeiros classificados.

Suor e vontade de vencer Provas de Atletismo - 25 de Abril

Atravessar a pé o esplendoroso Tejo é uma oportunidade única quenenhum cidadão, que se preze, deverá perder.A 28 de Março último, 35 mil pessoas em convívio e comunhão, cor-reram por um único objectivo – o fascínio por fazer a ponte a pé,num ambiente de incrível festa humana solidária.A CMC, tal como nos anos anteriores, proporcionou a todos os jo-vens estudantes do Concelho, atletas da A.D.C.R.Painho e outrosentusiastas, o prazer de atravessar a ponte 25 de Abril e, ao mesmotempo, participar na melhor prova de estrada do planeta – a 14ªMeia/Mini Maratona de Lisboa.Nunca uma edição da Meia Maratona de Lisboa foi tão dominadapelos atletas quenianos: oito nos nove primeiros, em Masculinos, equatro nas cinco primeiras, em Femininos. Como em todas as edi-ções realizadas, houve um novo vencedor: o queniano Rogers Rop,com o tempo fabuloso de 00:59’49’’. Em Femininos, a grande vence-dora foi a queniana Joyce Chepchumba, com o tempo fantástico de01:08’11’’. Quanto aos portugueses, os melhores classificados fo-ram, em Masculinos, Luís Jesus, que ficou pela 18ª posição, e, emFemininos, Fátima Silva, atingindo o 7º lugar.

O fascínio de fazer a ponte a péCadaval na 14ª Meia Maratona de Lisboa

Marco David Domingos do Carmo, nascido a 14 de Setembro de 1986, natural de Lamas – Cadaval, residente na Murteira, frequenta o 12ºano na Escola de Serviços e Comércio do Oeste de Torres Vedras. Este jogador representou, na presente época, a Casa do Benfica doConcelho do Cadaval, no Campeonato Distrital de Juniores da II Divisão na modalidade de Futsal, culminan-do a época em grande, com a chamada à Selecção Sub 18 da Associação de Futebol de Lisboa. Pelaprimeira vez, um jovem do nosso Concelho é chamado à selecção nesta jovem modalidade, em francocrescimento - o Futsal.Vejamos o seu currículo desportivo:Época 93/94 e 94/95 – Escolinhas de Futebol (futebol de sete), na Associação Murteirense Cultura, Des-porto e Solidariedade Social;95/96 – Escolas de Futebol de Sete, no Sport Clube União Torreense;96/97 e 97/98 – Infantis em Futebol de Onze, no Sport Clube União Torreense;98/99 e 99/2000 – Iniciados em Futebol de Onze, no Sporting Clube Lourinhanense;2000/2001 – Interrompeu a época, devido aos estudos;2001/02 e 2002/03 – Juvenis em Futsal, na Casa do Benfica do Concelho do Cadaval;2003/04 – Juniores em Futsal, na Casa do Benfica do Concelho do Cadaval;Nesta época, é chamado aos trabalhos da Selecção Nacional em Futsal, no escalão Sub18 da Associação de Futebol de Lisboa.

Page 27: Revista Municipal Nº 13

27

Posto de Atendimento ao CidadãoConcelho do Cadaval

AAAAAGORA GORA GORA GORA GORA AAAAAO SEU DISPOR:O SEU DISPOR:O SEU DISPOR:O SEU DISPOR:O SEU DISPOR:

Serviço de alteração de morada

Outros produtos e serviços:EDP - Electricidade de PortugalDGRN - Direcção Geral do Registo e NotariadoDGAJ - Direcção Geral da Administração JudicialDGV - Direcção Geral de ViaçãoSNS - Serviço Nacional de SaúdeADSE - Direcção Geral de Protecção Social aosFuncionários e Agentes da Administração Pública

Horário de atendimento: 08h30 às 16h00Tel.: 262 699 090

Para mostrar a toda a população concelhia e distinguir o trabalhode uma época, a Casa do Povo do Concelho do Cadaval levou aefeito, na tarde do passado dia 26 de Junho, o seu 19º Sarau deGinástica, o qual contou, para além da presença das classes doclube anfitrião, com a participação de sete clubes convidados: As-sociação de Educação Física de Torres Vedras, Sport Clube Esco-lar Bombarralense, Sociedade Tuna Operária de Sintra, SportingClube de Portugal, Grupo Desportivo Vilarense, C.S.C.R. Amoreirae Grupo Desportivo e Recreativo de Pêro Negro.Foram muitas as modalidades de ginástica que animaram e pren-deram a atenção da repleta plateia da Casa do Povo, tais como: trampolim, acrobática aeróbica, tumbling, step, entre outras.É de louvar o caminho que a Casa do Povo do Concelho do Cadaval tem trilhado, ao longo dos anos, proporcionando a prática de actividadesfísicas e desportivas a boa parte da população concelhia, tendo, ao longo dos anos, conseguido resultados muito significativos, por parte dosseus jovens atletas.A exemplo dos outros anos, a CMC, a par de outras instituições, apoiou esta realização desportiva e esteve representada na Mesa de Honrado evento, que reuniu diversos representantes de várias instituições.

19º Festival de Ginástica da Casa do Povo

Festejar o trabalho de uma época

Com o objectivo de promoveruma vida mais activa, incentivan-do a população concelhia a rea-lizar actividade física, de formaautónoma, aliando o desporto aocontacto com a natureza, a“Gescadaval E.M.” organizou oseu 5º passeio pedestre na ma-nhã do passado dia 14 de Maio.A caminhada agrupou as pesso-as junto à piscina municipal que,munidos de boa disposição, pu-seram pés ao caminho e depres-sa abandonaram a vila, com des-tino a Famões, povoação doConcelho do Bombarral, compassagem pelo Vedro e AdãoLobo, e regresso ao Cadaval.

Integrado nas XXX Comemorações do “25 de Abril”, realizou-se,na manhã de 24 de Abril, na Serra de Montejuntro, um outro pas-seio pedestre, desta feita de organização conjunta da CMC e“Gescadaval,E.M.”.Num agradável dia ensolarado, cinquenta caminhantes concentraram-

se junto ao Cen-tro de Interpre-tação Ambien-tal e partiram,p e r c o r r e n d ocerca de seisqu i l ómet ros ,sem dificulda-des de maior.O percurso ini-ciou-se no Par-

Passeios pedestres prosseguem

Descobrir o Concelho, caminhandoque de Merendas, tendo tomado a seguinte rota: Zona de Lançamentode Parapente, Posto de Vigia, Forno da Cal, Fábrica do Gelo e, denovo, Parque de Merendas, onde os aguardava um Churrasco-conví-vio. Para melhor digerirem o almoço, os recobrados marchantes parti-ciparam numa tarde de Jogos Tradicionais, onde todos se divertiram econfraternizaram, passando, assim, um dia diferente, no aprazível am-biente da Serra de Montejunto.

Page 28: Revista Municipal Nº 13

28

economia do concelho

Criada Confraria da Pêra Rocha do OesteNo intuito de promover o consumo de fruta

Realizou-se, no passado dia 25 de Maio, nos Paços do Concelho do Cadaval, a escritura pública da Confraria

da Pêra Rocha do Oeste, bem como a entronização dosconfrades fundadores, entre os quais, se inclui o Presiden-te desta edilidade, Aristides Sécio.Refira-se que a entronização foi efectuada pela ConfrariaMadrinha, a “Confraria das SOPAS”, numa organização daANP – Associação Nacional de Produtores de Pêra Rocha,com o apoio da CMC.A cerimónia, realizada no auditório exterior dos Paços doConcelho, incluiu, para além da escritura pública,entronização e tomada de posse dos Órgãos Sociais, umdesfile pela vila, com visita a um pomar de Pêra Rocha,encerrando com um jantar, servido na Associação de Me-lhoramentos, Cultura e Desporto de Casais do Montejunto.A confraria recém-criada foi fundada com vista àconcretização dos seguintes objectivos: promover o con-sumo de Fruta; organizar festas, recepções, banquetes,reuniões e manifestações similares; apoiar a elaboração edivulgação de trabalhos sobre a Pêra Rocha do Oeste; pro-mover conferências e passeios culturais; divulgar, por to-

dos os meios adequados, as virtudes e tradições da Pêra Rocha doOeste; organizar concursos de classificação qualitativa, podendo criardistintivos ou outros; procurar, por todos os meios, a valorização daPêra Rocha do Oeste, enquanto um produto nacional de elevadaqualidade, passando esta mensagem a toda a Comunicação Social,tendo como objectivo a sensibilização do consumidor final.No dia 2 de Junho, realizou-se a apresentação formal da Confraria,bem como um concurso de receitas de sobremesas de Pêra Rocha,na vila de Sintra, mais propriamente na Quinta da Regaleira, ondetambém se entronizaram os confrades Embaixadores da Pêra Ro-cha, entre os quais se poderão referir o Prof. Fernando Seabra e oEng. Armando Sevinate Pinto.A 7 de Junho, os Confrades estiveram em Santarém, também com ointuito de apresentar a Confraria, onde foram recebidos pelo Presiden-te daquele Município, Rui Barreiro, tendo-se seguido uma visita à Fei-ra Nacional de Agricultura, no Centro Nacional de Exposições.

Page 29: Revista Municipal Nº 13

29

Daniel Nunes CarinhasDaniel Nunes Carinhasparar p�ra conversar

Daniel do Nascimento Nunes Carinhas nasceem A-dos-Ruivos, concelho de Bombarral, a 15

de Julho de 1949, residindo, actualmente, navila do Cadaval. A prática e o gosto pelo des-

porto, bem como a percepção do peso daactividade física na Educação, levá-lo-iam a

optar pelo ensino da Educação Física, vindo atornar-se professor efectivo na Escola Básica

dos 2º e 3º Ciclos de Cadaval.Quem o conhece � e serão muitos � jamais

poderá negar o contributo basilar que deu, eque continua a dar, para desenvolver e

projectar o desporto escolar e, por assim dizer,o desporto concelhio, ao longo dos seus 30

anos como professor no Cadaval.

«Há que reconhecer o direito à formação desportiva»

Fale-nos um pouco do seu percurso académico e profissional.Desde muito cedo, tornei-me praticante de várias modalidadesdesportivas, algumas delas a nível federado. Após uma primeira ex-periência pedagógica no ensino mediatizado, ao tempo denominadopor telescola, questionei-me sobre a hipótese de me especializar emEducação Física.Assim, após ter terminado o serviço militar em comissão de serviço,como oficial Paraquedista, em terras de Moçambique, ingressei naEscola de Educação Física de Lisboa, concluindo o curso de Profes-sores de Educação Física.Nesta altura já leccionava, como professor provisório, na Escola Pre-paratória Marquesa de Alorna, em Lisboa. Mas foi a Escola Comerciale Industrial de Caldas da Rainha, agora Escola Secundária RafaelBordalo Pinheiro, que me recebeu, já diplomado, e que fez a pontepara a minha colocação na então Escola Preparatória de Cadaval.Daí para cá, perfazem-se quase trinta anos de história e de vida naEscola Básica dos 2º e 3º Ciclos de Cadaval.

Como vem parar ao Cadaval?A vinda para o Cadaval deve-se a vários factores que semprecondicionam as nossas vidas. A proximidade dos familiares maischegados e a existência de vagas no quadro de professores foramas mais determinantes.

O voleibol é uma modalidade que lhe dirá muito, a si e ao Concelho...O Voleibol aconteceu, fez o seu percurso no âmbito do desportofederado, e numa sequência lógica, vai alargando o leque de prati-cantes, no Desporto Escolar, na perspectiva de que, primeiro, sejamais uma actividade saudável e enriquecedora, e depois, venha aser novamente uma das modalidades representativas de clubes ououtras instituições concelhias.

No Ano Europeu da Educação para o Desporto, considera que asnossas crianças estão mais conscientes da relevância da práticadesportiva e de hábitos saudáveis?Não se pode negar de todo que isso aconteça, mas a Educação peloDesporto não passa só pela tomada de consciência, mas sim e es-sencialmente pela vivência efectiva das actividades desportivas.O mais importante, no entanto, é que os adultos percebam que exis-te o direito à formação desportiva, e quem vai ter que resolver issosão eles e não as crianças e jovens.Dar a importância devida ao peso das actividades físicas na Educa-ção, implica que se criem condições de excelência e que se invistacom prioridades bem definidas.Será que a Escola, além das aulas de Educação física curricular,deve assumir como actividade prioritária do seu Projecto Educativo,o lançamento de actividades desportivas com horário semanal fixo?

Como analisa o actual estado do Desporto Escolar, a nível concelhio?O Desporto Escolar, a nível concelhio, não tem expressão global, umavez que não existe um projecto de trabalho abrangente. As Escolastêm os seus projectos e as instituições ou entidades apoiam, com maisou menos convicção, mas não os assumem como seus, também.No entanto, mesmo assim, muito tem sido feito, e as Escolas, tantona actividade interna que engloba as competições/convíviosdesportivos de um leque alargado de modalidades, como nas moda-

Page 30: Revista Municipal Nº 13

30

Cadaval 262696841Cercal 262486750Figueiros 262741139Lamas 262695421Painho 262744011Peral 262695250Pero Moniz 262691098Vermelha 262695058Vilar 262771060

LeaderOeste � Ass.º Desenv.º Rural 262691545Museu Municipal 262691690Parque de Campismo Rural 262777888Piscina Municipal 262691680Posto de Atendimento ao Cidadão 262699090Rodoviárias:

Boa Viagem (Alenquer) 263711303Estremadura (T.Vedras) 261334150Tejo (Bombarral) 262605233

Telefones � P.T. Avarias ------16208Tribunal Judicial do Cadaval 262699010UNIVA - G.I.O.P.E.C. 262696540

Linhas úteis

Biblioteca Municipal 262696155Bombeiros Volun. do Cadaval 262699110Câmara Municipal do Cadaval:

Geral 262699060G. Apoio à Presidência 262699061Edifício Sócio-cultural 262696540Oficinas 262696197Águas - Piq. Urgência 916172194

Cartório Notarial do Cadaval 262699140Centro de Interp. Ambiental 262777888Centro Saúde do Cadaval 262696400 Extensões do C. Saúde:

Barreiras (Peral) 262744206Cercal 263486750Chão do Sapo (Lamas) 262696788Figueiros 262744216Painho 262741023Vermelha 262696321Vilar 262777733

Comboios � Est. Bombarral 262605601Comissão Prot. Crianças e Jovens 262699068Conservatórias 262691470CTT - Correios:

Estação do Cadaval 262699030Estação do Vilar 262770020

Cruz Vermelha Portuguesa 262696540EDP - Electricidade:

Avarias 800505506Informações 800505505

Escolas:Agrupamento de Escolas 262695001E.B 2,3 Cadaval 262695109Sec. Montejunto 262696313

Farmácias:Central (Cadaval) 262696176Ferreira (Figueiros) 262744152Leomar (Vermelha) 262696178Luso (Vilar) 262777153Misericórdia (Cadaval) 262696220

Finanças (Repartição) 262696104GNR - Cadaval 262696105Juntas de Freguesia:

Alguber 262744000

Presidente- 5ª feira de tarde � atend.º presencial(por marcação prévia)- 5ª feira (11.30/12.30 h) � atend.º telefónico

Vice-Presidente5ª feira de tarde (por marcação prévia)

Vereadora5ª feira � todo o dia (por marcação prévia)

Arquitecto (D.O.P.G.U.) 5ª feira � todo o dia (por marcação prévia)Engenheiros (D.O.P.M.U. e D.S.U.A.) 2ª a 6ª (sem marcação)

SERVIÇOS (PAÇOS DO CONCELHO) 2ª a 6ª (08.30/16.00 h)UNIVA - Gabinete de Informação, Orientação Profissional e Emprego do Cadaval 2ª, 4ª e 6ª (09.00/12.30 h e 14.00/16.00 h)

AtendimentoAtendimento

Câmara Municipal do Cadaval, Av.ª Dr. Francisco Sá Carneiro, 2550-103 Cadaval - Telf. 262 699 060 - Fax: 262 695 270 - www.cm-cadaval.pt

parar p�ra conversarlidades dos grupos/equipas que participam no quadro competitivoescolar e noutros eventos, em especial as equipas de Voleibol, osatletas de Natação e Atletismo têm aparecido com uma boa presta-ção, referenciados como exemplo e atingindo classificações de pres-tígio local, regional e nacional.

Tendo em conta os equipamentos e as estruturas desportivasactualmente existentes, como comenta o estado do desporto concelhio?O Desporto concelhio, em princípio, devia ser reflexo do trabalhorealizado nas Escolas. Mas é bom não esquecer que estas não fo-ram construídas completas. Cada Escola deve ter os seus espaçospedagógicos para a Educação Física e o Desporto Escolar, comotêm para as outras componentes do seu Projecto Educativo.As instalações municipais devem ser um complemento às instala-ções escolares, nunca devendo ser apresentadas como solução.É preciso que alguém continue a lutar para que cada Escola tenhaos seus espaços de intervenção próprios.

Que comentário faz, em jeito de rescaldo, ao “Euro 2004”?A grande mobilização e o entusiasmo à volta do “Euro 2004” revelamque o Futebol masculino profissional continua a ser um fenómenosocial que arrasta multidões, da forma que todos tivemos a oportuni-dade de verificar.

Quem ganhou com a sua organização, o país ou o desporto nacional?

Isto pode significar maior visibilidade e prestígio para o país, melho-res contratos para os profissionais intervenientes, instalações para ofutebol profissional melhoradas, perspectivando a organização deoutros eventos desportivos internacionais...Como hipótese ténue, podemos pensar que melhorou o nosso “ego”.Percebendo finalmente a força do fenómeno desportivo, vamos, apartir de agora, fazer o mesmo com todas as outras inúmeras moda-lidades e selecções nacionais?

Enquanto professor, como vê a Educação, a nível concelhio?É claro que, inserida no todo nacional, não foge às consequências doretrocesso vertiginoso verificado nos últimos anos. Administração egestão democrática em perigo, instabilidade acrescida no corpo do-cente, insegurança de trabalho nas funções de apoio, as perspectivasperigosas de alteração da Lei de Bases do Sistema Educativo...

No plano individual, o que é que sente que ainda lhe falta fazer?Aguardo, com a serenidade possível, o direito à reforma, para tentarfazer ainda algumas das outras actividades que fui deixando paratrás, pela Escola.

Como comenta o Cadaval da actualidade?É uma terra que, aparentando alguma evolução, parece aguardar adinâmica das novas gerações. Haja alguém que entenda isso.

Entrevista de: Bruno Fialho

Page 31: Revista Municipal Nº 13

31

Page 32: Revista Municipal Nº 13

32

Page 33: Revista Municipal Nº 13

Deliberar sobre o ConcelhoDeliberar sobre o Concelho

SEPARATA DA REVISTA MUNICIPAL • QUADRIMESTRAL • SÉRIE III • Nº 13 • JULHO 2004

Assembleia MunicipalO órgão deliberativo do Município realizou, no decurso do quadrimestrecompreendido entre Março e Junho de 2004, as seguintes sessõespúblicas:

SESSÃO ORDINÁRIA DE 23 DE ABRIL

- Aprovação, por 18 votos a favor e 12 abstenções, da declaração deutilidade pública inerente à colocação dos tubos destinados à passagemdos esgotos numa propriedade sita em Figueiros;- Aprovação, por 20 votos a favor e 11 abstenções, da correcção aoinventário de todos os bens, direitos e obrigações patrimoniais, e res-pectiva avaliação, assim como apreciação e votação dos documentosde prestação de contas e relatório de gestão de 2003;- Aprovação, por unanimidade, da Moção referente ao 30º Aniversáriodo 25 de Abril, constante do Edital nº 05/2004;- Aprovação, por unanimidade, da Moção, constante do Edital nº 06/2004, de voto de pesar pelo falecimento, a 10 de Março, do Dr. Fran-cisco Álvaro da Veiga Troçolo;- Aprovação, por unanimidade, da Moção, constante do Edital nº 07/2004, de intenção de manifestar, ao Senhor Secretário de Estado daAdministração Educativa, a preocupação pela redução do horário dasassalariadas que prestam serviço nas escolas do Ensino Básico doConcelho, bem como das auxiliares de educação do Ministério da Edu-cação, a laborar nos Jardins de Infância, medida essa que afectará,sobretudo, crianças com necessidades educativas especiais. Nesteâmbito, aprovou-se, também, a intenção de dar conhecimento destamoção à D.R.E.L. e ao C.A.E. Oeste, bem como ao Agrupamento deEscolas do Cadaval;- Aprovação, por unanimidade, da Moção, constante do Edital nº 08/2004, onde se propõem providências específicas a tomar, em concor-dância com a posição desfavorável da Assembleia Municipal quanto àinstalação da 2ª fase do Aterro Sanitário do Oeste.

SESSÃO ORDINÁRIA DE 28 DE JUNHO

- Eleição, com 16 votos, do senhor Viriato Geada de Carvalho, pararepresentar as Juntas de Freguesia do Concelho na Comissão Munici-pal de Defesa da Floresta contra Incêndios;- Eleição, com 25 votos, do senhor Álvaro Nunes Luís, da AssembleiaMunicipal do Cadaval, para integrar a “Comissão Municipal de Instala-ção ou modificação de estabelecimentos de comércio a retalho”;- Aprovação, por unanimidade, da Confraria da Pêra Rocha do Oeste;- Aprovação, por unanimidade, da 1ª Revisão ao Orçamento e 1ªRevisão às Grandes Opções do Plano;

- Reprovação, por 15 votos contra, 14 votos a favor e uma abstenção,da Contracção de empréstimo até ao montante de 484.076,00 (qua-trocentos e oitenta e quatro mil e setenta e seis euros).

No período de reuniões compreendido entre 2 de Março e 29 deJunho de 2004, foram estes os principais assuntos apreciados peloórgão executivo camarário:

LOTEAMENTOSNeste âmbito, deferiram-se os seguintes processos:- Processo n.º 85/2003, de TAVARES & FERREIRAS (IRMÃOS), Ldª– Loteamento urbano a ser edificado no Casal Cesteiro, na localidade efreguesia de Painho. – O deferimento deste loteamento ficou condicio-nado à celebração de um protocolo onde fique estabelecido que oloteador fará o alcatroamento do acesso ao loteamento, bem comocomparticipará na execução do ramal de esgoto público e na bombagemdo mesmo, no decurso das obras de saneamento que a Autarquia irárealizar no local;- Processo n.º 02/2004/16, de ELISABETE MARIA ERNESTO SAN-TOS CLEMENTE – Loteamento urbano a ser edificado no Casal daLagoa, na Rua Combatentes do Ultramar, na localidade de Murteira,freguesia de Lamas — Correcção ao loteamento;- Processo n.º 106/2002, de LOPES DA CONCEIÇÃO FARIA & OU-TROS – Loteamento urbano a ser edificado no Casal da Lagoa, nalocalidade de Chão do Sapo, freguesia de Lamas;- Processo n.º 53/2002, de ELISABETE RODRIGUES NOBRE FARIAe OUTROS – Loteamento urbano a ser edificado no Sítio da Fonte, nalocalidade e freguesia de Vilar.

OBRAS PARTICULARES- CASA PAROQUIAL DO CADAVAL – A Câmara, em sua reunião ordi-nária de 09 Março, deliberou, por unanimidade, concordar com a via-bilidade para a implantação da residência para o pároco do Cadaval,no espaço circundante à Igreja Matriz do Cadaval (Igreja Nossa Se-nhora da Conceição), assim como mandar elaborar o respectivo projectoe oferecê-lo à Fábrica da Igreja Paroquial do Cadaval.

OBRAS PÚBLICAS / EMPREITADAS- Adjudicação da empreitada para a Ampliação e Recuperação da Es-cola de Chão do Sapo, pelo preço global de ! 276.224,76 (duzentos esetenta e seis mil duzentos e vinte e quatro euros e setenta e seiscêntimos), que não inclui o IVA à taxa legal em vigor, à firma “Carmatifil

Câmara Municipal

Page 34: Revista Municipal Nº 13

Construções, Ldª.”, com sede na localidade da Palhoça, freguesia deFigueiros, concelho de Cadaval;- Aprovação do Estudo Prévio do Projecto de Especialidades para aBiblioteca Municipal do Cadaval;- Aprovação do Projecto de Ampliação do Cemitério do Vilar;- Aprovação do Projecto da Escola 1º Ciclo do Ensino Básico do Cadaval.

PEDIDOS DE APOIO / ATRIBUIÇÃO DE SUBSÍDIOS

- Atribuição de subsídio à PARÓQUIA DE S. TOMÉ DE LAMAS, novalor de "2.500,00 (dois mil e quinhentos euros), destinado acomparticipar as despesas com a construção da casa mortuária ecatequese, na localidade da Murteira, freguesia de Lamas;- Atribuição de subsídio à FÁBRICA DA IGREJA PAROQUIAL DA FRE-GUESIA DE S. TOMÉ DE LAMAS (Comissão do Salão Paroquial deLamas), no valor de !!!!! 1.000,00 (mil euros), destinado a comparticiparas despesas inerentes à construção do Salão Paroquial de Lamas;- Atribuição de subsídio ao C.A.C. – Clube Atlético do Cadaval, novalor de !!!!! 1.640,00 (mil seiscentos e quarenta euros), como formade reembolso às despesas inerentes à manutenção do Campo de Jo-gos “Júlio Pereira da Silva”, efectuadas pelo Clube em causa;- Atribuição de subsídio ao C.A.C. – Clube Atlético do Cadaval, novalor de !!!!! 1.300,00 (mil e trezentos euros), como forma de apoio àsactividades promovidas, nomeadamente, à relacionada com o futebolde jovens, actividade essa devidamente federada;- Atribuição de subsídio ao C.A.C. – Clube Atlético do Cadaval, novalor de !!!!! 2.725,00 (dois mil setecentos e vinte e cinto euros),logo que esta verba esteja devidamente cabimentada, como forma dereembolso às despesas realizadas com a aquisição, a título definitivo,do Pavilhão Gimnodesportivo, situado junto ao Campo de Jogos Muni-cipal, instalado em lote de terreno do C.A.C., e como reembolso, tam-bém, das despesas efectuadas com a formalização de todo esse pro-cesso de aquisição;- Atribuição de subsídio à ASSOCIAÇÃO DE MELHORAMENTOS,CULTURA E DESPORTO DOS CASAIS DE MONTEJUNTO, novalor de !!!!! 1.000,00 (mil euros), destinado à construção de balneá-rios na sede daquela Associação;- Atribuição de subsídio ao GRUPO CORAL DO CADAVAL, no valorde !!!!! 400,00 (quatrocentos euros), como forma de apoio à realiza-ção, no passado dia 18 de Abril, do Encontro de Coros;- Atribuição de subsídio, ao CENTRO CULTURAL DESPORTIVO ERECREATIVO DE CHÃO DO SAPO, no valor de !!!!! 500,00 (qui-nhentos euros), destinado a comparticipar as despesas com a aqui-sição de equipamentos destinados à actividade de cicloturismo;- Atribuição de subsídio, à UDO – União Desportiva do Oeste, novalor de !!!!! 2.000,00 (dois mil euros), como forma de apoio à reali-zação do 27º Grande Prémio Internacional de Ciclismo de TorresVedras – Troféu Joaquim Agostinho, realizado entre 7 e 11 de Julhodo corrente ano;- Atribuição de subsídio à CASA DO BENFICA NO CADAVAL, novalor de !!!!! 2.000,00 (dois mil euros), como forma de apoio àsactividades promovidas, nomeadamente, a relacionada com o futebolde jovens, actividade essa devidamente federada;- Atribuição de subsídio à ASSOCIAÇÃO CULTURAL E RECREATI-VA DE S. SALVADOR E ESPINHEIRA / Centro de Karaté de S.Salvador e Espinheira, no valor de !!!!! 765,00 (setecentos e ses-senta e cinco euros), destinado a comparticipar as despesas com aobtenção de peças para completar o tapete para a prática da moda-lidade de Karaté;- Atribuição de subsídio à ASSOCIAÇÃO CULTURAL E RECREATI-VA DO CERCAL, no valor de !!!!! 1.500,00 (mil e quinhentos euros),

como forma de apoio à comparticipação nas despesas com as obrasde restauro e conservação das instalações da sua sede;- Atribuição de subsídio à GESCADAVAL – Gestão de Instalaçõese Equipamentos de Desporto, Cultura e Lazer, EM, no valor de!!!!! 12.500,00 (doze mil e quinhentos euros), para fazer face adespesas de gestão correntes daquela Empresa Municipal;- Atribuição de subsídio à FÁBRICA DA IGREJA NOSSA SENHO-RA DA CONCEIÇÃO DO CADAVAL, no valor de !!!!! 2.500,00 (doismil e quinhentos euros), como forma de apoio à continuidade dasobras na Igreja Paroquial;- Atribuição de subsídio à ASSOCIAÇÃO DESPORTIVA CULTURALE RECREATIVA DO PAINHO, no valor de !!!!! 3.000,00 (três mileuros), como forma de apoio às actividades promovidas e, também,pelo facto de terem atletas federados em mais que uma actividade;- Atribuição de subsídio à IRMANDADE DO SANTÍSSIMO SACRA-MENTO DA VERMELHA, no valor de !!!!! 2.500,00 (dois mil e quinhen-tos euros), destinado a comparticipar as despesas com as obras derestauro dos altares laterais da Igreja do Espírito Santo da Vermelha;- Atribuição de subsídio à IGREJA DE S. MIGUEL DO PEREIRO, novalor de !!!!! 1.000,00 (mil euros), como forma de comparticipação dorestauro do telhado daquela Igreja;- Atribuição de subsídio à ASSOCIAÇÃO DE APOIO CULTURAL ERECREATIVA DO PERAL, no valor de !!!!! 1.000,00 (mil euros), comoforma de apoio à aquisição de uma viatura destinada ao transporte decrianças daquela freguesia;- Atribuição de subsídio ao AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO CON-CELHO DE CADAVAL, no valor de !!!!! 100,00 (cem euros), destinadoa comparticipar as despesas com o transporte para a viagem deestudo à cidade de Lisboa, promovida pela Escola Básica do 1º Ciclo/ Jardim de Infância da Dagorda;- Atribuição de subsídio à SOCIEDADE DESPORTIVA E RECREA-TIVA DE ALGUBER, no valor de !!!!! 1.000,00 (mil euros), comoforma de apoio às actividades a realizar, durante o período de Verão,por esta colectividade;- Atribuição de subsídio ao ADÃO LOBO SPORTING CLUBE, novalor de !!!!! 200,00 (duzentos euros), destinado a comparticipar asdespesas com a organização do IV Torneio de Sueca;- Atribuição de subsídio ao ADÃO LOBO SPORTING CLUBE, no valorde !!!!! 500,00 (quinhentos euros), como forma de apoio à actividade deFutebol de 11, desenvolvida pela sua equipa de Veteranos;- Atribuição de subsídio à ASSOCIAÇÃO DESPORTIVA DA VER-MELHA, no valor de !!!!! 400,00 (quatrocentos euros), como formade apoio à realização do 5º Passeio de B.T.T. – Bicicletas Todo-o-Terreno;- Atribuição de subsídio ao GRUPO DESPORTIVO VILARENSE, novalor de !!!!! 2.500,00 (dois mil e quinhentos euros), como forma deapoio às actividades federadas promovidas pelo Grupo Desportivoem causa;- Apoio ao GRUPO TEATRAL “Os Lilases”, atribuindo, ao GRUPODESPORTIVO VILARENSE, um subsídio no valor de !!!!! 500,00 (qui-nhentos euros), como forma de apoio às actividades desenvolvidaspelo Grupo Teatral supra referido;- Atribuição de subsídio à ASSOCIAÇÃO FILARMÓNICA E CULTU-RAL DO CADAVAL, no valor de !!!!! 1.500,00 (mil e quinhentoseuros), destinado à aquisição de fardas para os músicos daquelaAssociação Filarmónica;- Atribuição de subsídio ao AGRUPAMENTO DE JARDINS DE IN-FÂNCIA E ESCOLAS DO CONCELHO DO CADAVAL, no valor de!!!!! 350,00 (trezentos e cinquenta euros), destinado a comparticiparas despesas com a elaboração do Jornal Escolar e com o transportedestinado a uma visita de estudo.

2

Page 35: Revista Municipal Nº 13

APOIO A CARENCIADOS- Apoio ao munícipe JOÃO MARIA DAS NEVES, com endereço na Ruados Moinhos, n.º 20, na localidade de Casais de Montejunto, freguesiade Lamas, na aquisição de 580 telhas, tipo marselha, para proceder àsubstituição de parte do telhado da habitação, bem como autorizaçãopara a abertura da janela num quarto e oferta do correspondenteprojecto de alterações;- Apoio à munícipe MARIA LUÍSA SILVESTRE, com endereço na Rua doOuteiro, n.º 47, na localidade da Corujeira, freguesia de Alguber, commateriais, até ao montante de 750,00 (setecentos e cinquenta euros),material este destinado à construção da casa de banho da habitação;- Apoio à munícipe MARIA EULÁLIA TITO BENTO, com endereço noCasal dos André, s/n.º, na localidade de Casal dos André, freguesia deVilar, com materiais, até ao montante de 500,00 (quinhentos euros),material esse destinado à construção de um quarto para o seu filho;- Apoio à munícipe ESMERALDA BARARDO RODRIGUES, com ende-reço na Rua da Paz, n.º 36, na localidade de Adão Lobo, freguesia deCadaval, com materiais, até ao montante de 500,00 (quinhentos euros),materiais esses destinados à conclusão da construção da casa de ba-nho e da placa junto à entrada desta.

EDUCAÇÃO, CULTURA E TEMPOS LIVRES- Aprovação dos encargos com a ida dos idosos, que frequentam asI.P.S.S. – Instituições Particulares de Solidariedade Social, à Peça deTeatro de Revista “DEZ ANOS EM FESTA!!!”, do Grupo Gente Gira,realizada no passado dia 14 de Março;- Continuidade do POLO DE CERCAL / SOBRENA DA EDUCAÇÃOPRÉ-ESCOLAR ITINERANTE;- PROPOSTA DE REGULAMENTO DO SERVIÇO DE APOIO À FAMÍ-LIA PARA OS JARDINS DE INFÂNCIA E ESCOLAS DO 1º CICLO DOENSINO BÁSICO;- PROPOSTA PARA OS VALORES DAS COMPARTICIPAÇÕES FAMI-LIARES DO SERVIÇO DE APOIO À FAMÍLIA;- Aprovação das despesas inerentes à COLÓNIA DE FÉRIAS “SOLAMIGO” destinada a crianças, no âmbito da Acção Social;- CANDIDATURAS AO IPJ – INSTITUTO PORTUGUÊS DA JUVEN-TUDE, no âmbito do O.T.L., para a vertente A.T.L. e Ambiente;- PROTOCOLO COM A LEADEROESTE – Associação para o Desen-volvimento e Promoção Rural do Oeste, no âmbito do Castro de Pragança;- PROTOCOLO ENTRE A ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DO OESTEE O MUNICÍPIO DO CADAVAL – Candidatura “Oeste Digital” – POSI;- PARTICIPAÇÃO DO MUNICÍPIO DO CADAVAL NA F.I.A. – FeiraInternacional de Artesanato.

DIVERSOS- Aprovação de Voto de Reconhecimento e Voto de Pesar pelo faleci-mento do Dr. Francisco Álvaro Veiga Troçolo.

MOVIMENTOS DE PESSOAL (MARÇO A JUNHO 2004)

FIM DE CONTRATOS DE TRABALHO A TERMO CERTOPaula Alexandra Gonçalves Batista - Auxiliar AdministrativoRafael Caetano Oliveira – Auxiliar Administrativo

CELEBRAÇÃO DE CONTRATOS DE TRABALHO A TERMO CERTOSandra Dias Assunção – Auxiliar AdministrativoSérgio Frutuoso Nobre – Cantoneiro de Vias MunicipaisVítor Hugo Rodrigues Branco – Cantoneiro de Vias MunicipaisJosé Alfredo Mendes Oliveira Piçarra – Cantoneiro de Vias MunicipaisMaria de Fátima Oliveira do Rosário – Cantoneiro de Vias Municipais

Paulo Jorge Fialho Vitorino – Cantoneiro de Vias Municipais

RENOVAÇÃO DE CONTRATOS DE TRABALHO A TERMO CERTOCristina Prieto Franklim – Assistente AdministrativoCristina Duarte Martins Pinto de Moura – Auxiliar AdministrativoMara Joana Miranda da Silva – Auxiliar de Serviços Gerais

NOMEAÇÕES – INGRESSOSMaria Graziela Peixoto Esteves Soares – Auxiliar de Serviços Gerais

APOSENTAÇÕESCarlos Manuel Fonseca Pereira – Operador de Estações Elevatórias

RECLASSIFICAÇÕES PROFISSIONAISMário Rui Pereira Santos, Cantoneiro de Limpeza, para Jardineiro.Teresa Cristina Gaspar Rocha, Telefonista, para Assistente Administrativo.João Paulo Santos Andrade, Motorista de Ligeiros, para Motorista deTransportes Colectivos.

CELEBRAÇÃO DE CONTRATOS DE TAREFACátia Alexandra Matias Manuel – Apoio na área da Educação

RENOVAÇÃO DE CONTRATOS DE AVENÇACarlos Manuel Coelho Ferreira - Técnico de InformáticaFilipe Castilho da Silva Neves - Técnico de InformáticaPaulo Alexandre Carvalho Fialho - Técnico de Informática

NOVAS COMPETÊNCIAS DAS CÂMARAS MUNICIPAIS

O Decreto-Lei 264/2002 de 25 de Novembro transfere, dos GovernosCivis para as Câmaras Municipais, competências em matérias consulti-vas, informativas e de licenciamento de actividades diversas, as quaisabaixo se enunciam:

1. LICENCIAMENTO DE ACTIVIDADES DIVERSASGuarda-nocturno;Venda ambulante de lotaria;Arrumador de automóveis;Acampamentos ocasionais;Exploração de máquinas automáticas, mecânicas, eléctricas e elec-trónicas de diversão;Realização de espectáculos desportivos e de divertimentos públicosnas vias, jardins e demais lugares públicos ao ar livre;Venda de bilhetes de espectáculos ou divertimentos públicos em agên-cias ou postos de venda;Realização de fogueiras e queimadas;Realização de leilões.

2. INFORMAÇÃO AO CIDADÃO E PARTICIPAÇÃO PROCEDIMENTAL- Promover a prestação de informação ao cidadão, bem como o seuencaminhamento para os serviços competentes;- Acompanhar as questões ou procedimentos que corram em serviçosda administração central, com interesse para o município, potenciandoa emissão de decisões globais, céleres e oportunas.

3. PODERES CONSULTIVOS- Emitir pareceres para efeitos de reconhecimento de fundações cons-tituídas e com sede no território do Município;- Emitir pareceres sobre o pedido de reconhecimento de utilidade públicaadministrativa de pessoas colectivas constituídas e com sede no Município.

Para mais informações, dirija-se à Secção de Taxas e Licenças outelefone para o n.º 262699066.

3

Page 36: Revista Municipal Nº 13

Horário e Local das restantes Reuniões Públicas doÓrgão Executivo, durante o ano de 2004

Início das reuniões e período de atendimento ao público: 14.30 h

- Freguesia de Pêro Moniz................. 10 de Agosto;- Freguesia de Vermelha…………...... 07 de Setembro;- Freguesia de Vilar ......................... 05 de Outubro (considerandoque esta data é feriado nacional, IMPLANTAÇÃO DA REPÚBLICA, aCâmara, posteriormente, deliberará se mantém a reunião no dia indica-do ou se procederá a alguma alteração à data e/ou hora);- Freguesia de Cadaval ................... 02 de Novembro;- Freguesia de Cadaval.................... 14 de Dezembro.

EDITAL Nº. 42 / 2004

ÁGUA DESTINADA AO CONSUMO HUMANO -- GARANTIA DE QUALIDADE

--------ARISTIDES LOURENÇO SÉCIO, Presidente da CâmaraMunicipal de Cadaval:--------------------------------------------------------Torna público, nos termos da alínea h), n.º 1, do artigo 8º,do Decreto-Lei n.º 243/2001, de 5 de Setembro, os resultadosobtidos nas análises de demonstração de conformidade,de harmonia com as normas de qualidade constantes doanexo I do citado Decreto-Lei.---------------------------------------------Os referidos resultados, encontram-se patentes para apre-ciação na Secção de Taxas, Tarifas e Licenças (SERVIÇO DECOBRANÇAS DE ÁGUA E SANEAMENTO), desta Câmara Muni-cipal, sita na Avenida Dr. Francisco Sá Carneiro, na vila do Cadaval,nas horas de expediente normal (das 8.30 horas às 16.00 horas)e nas respectivas Juntas de Freguesia a que digam respeito asáreas jurisdicionais das mesmas.----------------------------------------------Para conhecimento geral se publica o presente Edital e ou-tros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos doConcelho.------------------------------------------------------------------------E eu, Armanda Maria Reis Cruz Ribeiro, Chefe da Secçãode Taxas, Tarifas e Licenças, da Câmara Municipal de Cadaval, osubscrevi.

Paços do Município de Cadaval, 27 de Maio de 2004

O Presidente da Câmara,( Aristides Lourenço Sécio )

EDITAL Nº. 50 / 2004

APRECIAÇÃO PÚBLICA do PROJECTO de REGULAMENTO deFUNCIONAMENTO do SERVIÇO de APOIO à FAMÍLIA nos ESTA-BELECIMENTOS de EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR e 1º. CICLO doENSINO BÁSICO

--------ARISTIDES LOURENÇO SÉCIO, Presidente da Câmara Mu-nicipal de Cadaval:-------------------------------------------------------------------Torna público, nos termos do artº 118º do C.P.A. - Código doProcedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei nº 442/91, de15 de Novembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei nº 6/96, de 31 de Janeiro, que foi publicado na II Série do Diário daRepública n.º 144, Apêndice n.º 83, de 21 de Junho corrente, oPROJECTO DE REGULAMENTO DE FUNCIONAMENTO DO SER-VIÇO DE APOIO À FAMÍLIA NOS ESTABELECIMENTOS DE EDU-CAÇÃO PRÉ-ESCOLAR E 1º. CICLO DO ENSINO BÁSICO.----------------O referido Projecto encontra-se patente para apreciação naSecção de Taxas, Tarifas e Licenças, desta Câmara Municipal, sita naAvenida Dr. Francisco Sá Carneiro, na vila do Cadaval, nas horas deexpediente normal (das 8.30 horas às 16.00 horas), pelo que, seconvidam todos os interessados a apresentar as suas sugestões, porescrito, durante o prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data da suapublicação em Diário da República.-------------------------------------------------Para conhecimento geral se publica o presente Edital e outrosde igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos do Concelho.---------E eu, Eduardo Manuel Félix Fialho, Chefe da Secção de Re-cursos Humanos, da Câmara Municipal de Cadaval, o subscrevi.-----

Paços do Município de Cadaval, 22 de Junho de 2004

O Presidente da Câmara,( Aristides Lourenço Sécio )

COMUNICADO

Sendo certo que é durante o período estival que atravessamos,que se costuma verificar um aumento drástico do consumo daágua da rede pública, vem a Câmara Municipal, uma vez mais,lembrar e sublinhar a necessidade vital de racionalização dosníveis de consumo deste recurso natural cada vez mais escasso.O actual processo de modernização dos sistemas de capta-ção, tratamento e distribuição de água permitirão, de futuro,efectuar um abastecimento normal e regular a todas as povo-ações do Concelho. Porém, isto só será efectivo se, em cadaum de nós, houver uma mudança de atitude, no dia-a-dia,evitando desde a torneira mal fechada até à utilização abusivapara efeitos de rega.Assim, apela-se, uma vez mais, a todos os munícipes que ain-da não o fazem, que passem a efectuar uma utilização racionalda água da rede pública (com uma atenção muito especialpara os dias de temperaturas mais elevadas!), evitando gas-tos desnecessários, de modo a garantir, pelo menos, a exis-tência de água para as necessidades mais elementares.

LEMBRE-SE QUE UM CONSUMO DESREGRADO DE ÁGUAPODERÁ NÃO APENAS PREJUDICÁ-LO A SI, COMO A OUTROSMUNÍCIPES MAIS CONSCIENCIOSOS.POUPAR ÁGUA TEM, POR ISSO, DE SER UM ESFORÇO CON-JUNTO!

PAÇOS DO CONCELHO, 30 DE JUNHO DE 2004O Presidente de Câmara

(Aristides Lourenço Sécio)

A CMC volta a lembrar que tem, ao dispor do munícipe, umalinha permanente para o “Piquete do Serviço de Águas” quepoderá e deverá ser utilizada em casos de avarias ligadas aofornecimento de água da rede pública, com o objectivo de me-lhorar a eficácia e o tempo de resposta às referidas avarias.Assim, sempre e somente quando se justifique, poderá ligar oseguinte número, para o efeito: 91 617 21 94.

PIQUETE DE ÁGUAS

4

Page 37: Revista Municipal Nº 13

SEPARATA DA REVISTA MUNICIPAL • QUADRIMESTRAL • SÉRIE III • Nº 13 • JULHO 2004

25 de Abril, 30 anos25 de Abril, 30 anosPara assinalar os 30 anos sobre a insígne data do 25 de Abril, a CMC entendeu publicar e compilar neste “Especial 25 de Abril, 30 anos”, os discursos que serviram de base à Sessão Solene ocorrida nesse mesmo dia, no auditório dos Paços do Concelho, a qual contou com asintervenções dos Senhores Representantes dos partidos com assento na Assembleia Municipal, bem como do Senhor Presidente de Câmara eSenhor Presidente da Assembleia Municipal.Assim, os discursos que a seguir se publicam são, naturalmente, da inteira responsabilidade de cada um dos intervenientes.

30Anos

Intervenção de Pedro Estácio Marques, Presidente da AssembleiaMunicipal

«Celebramos, hoje, os 30 anos do 25 de Abril, golpe militar com trêsobjectivos programáticos abreviados na letra “D” – Democratizar,Descolonizar e Desenvolver –, com a sensação de que o “D” de “de-mocratizar” foi atingido. Na verdade, após o bloqueio das utopias tota-litárias pelo sector moderado das Forças Armadas, em 25 de Novem-bro de 1975, e a extinção da tutela caudilhista militar, pela revisãoconstitucional de 1982, tornou-se possível institucionalizar o regimedemocrático de que hoje usufruímos.Já a história do segundo “D” e da maneira prática como as antigascolónias ascenderam ao seu legítimo estatuto da independência, no anode 1975, poderá estar, em grande parte, por reconstituir. Seja como for,três décadas transcorridas, as nossas relações com os países lusófonoscontinuam a rodear-se de um potencial de criatividade para o futuro.Mas é sobre o terceiro “D” do 25 de Abril, o “D” de “desenvolvimen-to”, que queria trazer-vos aqui, nestas comemorações, algumas bre-ves reflexões.Faz-se, hoje, passar a ideia de que o desenvolvimento económico esocial foi também plenamente conseguido, à semelhança das liberda-des políticas. Permito-me, no entanto, discordar desta opinião e vouprocurar explicar porquê.Portugal, a meu ver, e sem negar o que já foi feito, não conseguiu aindacriar as condições económicas e sociais que permitam que todos pos-sam usufruir dos direitos consagrados na Constituição. Estou a falar,nomeadamente, no acesso à educação, no acesso à saúde, no acessoa uma habitação condigna e na igualdade de oportunidades.É um facto que continua ainda elevado o número daqueles portugue-ses que vivem abaixo do nível de pobreza. Ora a pobreza é justa-mente um terreno onde poderão surgir desilusões com a democracia;é sempre assim quando as insuficiências de um regime se traduzemem assimetrias gritantes.É, pois, por isso que se pode dizer que, sem um verdadeiro desenvol-vimento, as liberdades públicas ficam vulneráveis e podem vir a serpostas em causa.Temos que ter consciência de que, sem criar riqueza, nenhuma sociedadepoderá efectivamente distribui-la, aumentando o número dos cidadãos compossibilidade de beneficiar do bem-estar de uma existência condigna.

A riqueza de uma nação é a riqueza criada por todos os agentesprodutivos. Não só pelas elites de empreendedores, mas por todos oscidadãos. E hoje, 30 anos depois do 25 de Abril, todos nos devemosinterrogar se estamos, de facto, a contribuir para esta criação de rique-za. Ou, se pelo contrário, não subsistirão, em Portugal, estrangulamen-tos e vícios de mentalidade que ainda bloqueiam o desenvolvimento e,portanto, tornam vulneráveis as nossas liberdades. E sobre estes es-trangulamentos, quero referir-me, concretamente, a dois deles.O primeiro é o desperdício, que se traduz na gestão irracional dosrecursos, em despesas excessivas face aos fins a atingir e, por vezes,numa certa megalomania desajustada a um país de débeis capacidadesmateriais como é o nosso. Em muitos casos, ficamos mesmo satisfeitospor concluir uma obra bela ou uma obra espectacular – e não cuidamosde saber se ela serve, efectivamente, as populações e satisfaz as suasnecessidades concretas do dia-a-dia.Combater o desperdício em Portugal impõe, a meu ver, que as decisõessejam sempre fundamentadas em estudos de viabilidade económica,que se opere segundo um planeamento racional, e que se façam e secumpram orçamentos realistas. Uma obra que sirva, efectivamente, aspopulações tem que ter em conta factores muitas vezes ignorados,como a quantidade de cidadãos que se atingem e as diferentes neces-sidades que se satisfazem.

5

Page 38: Revista Municipal Nº 13

30 Anos

6

Memóriasdo

Concelho

Ajude-nos a recordar o Cadaval deoutrora, contando-nos antigas lendas ou

histórias de vida, enviando fotos oufornecendo o contacto de pessoas que

tenham importantes feitos ou relatossobre a vida concelhia de outros tempos.

Faça-nos chegar a sua documentação,devidamente identificada. Caso pretenda

reavê-la, deverá mencioná-lo.Ficamos a aguardar!

Memóriasdo

Concelho

O segundo estrangulamento a que me quero referir é a cultura do não--dever, isto é, a ideia interiorizada em muitos portugueses de que só setêm direitos, sem contrapartida nos deveres e obrigações.Ora, como a História nos ensina, sem cumprir obrigações, corre-sesempre o risco de não se manterem os direitos.Estou, por isso, convicto de que a obrigação imperiosa de cidadania,que tem que ser assumida por todos nós e, desde logo, por aquelesque fazem parte das estruturas do poder local, é a de criar riquezafavorável ao bem comum.Seja qual for o nosso lugar na sociedade, temos que assumir a ideiade que é preciso dar para receber, e quanto mais formos capazes dedar às nossas comunidades, mais fortaleceremos os seus direitos.Celebrar o 25 de Abril não é, pois, apenas recordar o passado, étambém ter consciência de que não podemos baixar os braços, comose tudo estivesse adquirido, e continuar a batalhar, continuar a lutar,para que os nossos direitos continuem a ser uma parte inalienável donosso futuro colectivo.Trabalhar para o desenvolvimento, superando, entre outros, estesdois estrangulamentos, será, portanto, a melhor maneira de garantira liberdade que conquistámos em 25 de Abril e que hoje, aqui,celebramos.»

«Exmo. Senhor Presidente da Assembleia Municipal do CadavalExmos. Srs. Representantes dos Partidos com assento na AssembleiaMunicipalExmas. Sras. e Srs. Deputados da Assembleia MunicipalExmas. Sras. e Srs. Vereadores da Câmara MunicipalCaras e Caros Concidadãos,

Intervenção de Aristides Sécio, Presidente da Câmara Municipal

Volvidos trinta anos após a revolução do 25 de Abril, eis que nosencontramos de novo aqui, para, desta forma solene, celebrarmos ainstauração da democracia em Portugal.Este acto, aparentemente simples, de aqui nos reunirmos publicamente,é, por si só, um legado fundamental da revolução, que, em boa hora, omovimento das forças armadas, na já longínqua madrugada do dia 25de Abril de 1974, ofereceu a todos os portugueses, sem excepção.Porém, na vivência democrática dos nossos tempos e no desfrutar deuma qualidade de vida que, a todos os níveis, é francamente melhor –pesa embora o facto de, em alguns momentos, a história recente serainda, tantas vezes, madrasta para muitos de nós –, na realidade nem

sempre há verdadeira consciência da importância dos valores de Abril,no quotidiano do nosso povo.Com efeito, é frequente ouvirmos na camada mais jovem da população,sobretudo aquela que nasceu depois de ‘74, expressões de desconhe-cimento acerca do que representa esta revolução que hoje comemora-mos: o que a originou; que convicções fortes estiveram na sua génese;que impactes teve na sociedade de então; que reflexos tem tido nestacaminhada, que, sendo um breve momento na História do país, conta jácom trinta anos; mas, sobretudo, que efeitos continuará a ter no futuro,com a consolidação da democracia há três décadas conquistada.Lembrar-se-á aquela que é hoje a força da nossa juventude, nascidados anos setenta para cá, que quando simplesmente emite a sua opi-nião acerca de qualquer assunto de natureza pública; quando praticaqualquer acto, por mais sério que seja, mas que se diferencie do que éo hábito da sociedade onde se insere; quando se lembra de emitir o seuprotesto relativamente a qualquer serviço público, que o não sirva daforma mais correcta e célere; ou quando resolva, numa qualquer pare-de, emitir qualquer mensagem, por mais pura e cândida que seja; quetudo isso se deve ao movimento das forças armadas?Saberá essa nossa juventude que o protesto feito sentir acerca da insta-lação do Aterro Sanitário do Oeste no nosso concelho, por exemplo, só foipossível porque há trinta anos teve lugar a revolução de Abril?Saberá essa nossa juventude que o acesso ao ensino superior, apesardas condicionantes económicas e outras dificuldades sentidas, só épossível para a generalidade da população, porque houve Abril?Saberá essa nossa juventude que, quando protesta com a sua associ-ação de estudantes, sobre tantos motivos, como, por exemplo, a pro-blemática do pagamento de propinas, só é possível porque houve umarevolução em Abril de 1974?É claro que muitos dos nossos jovens sabem disso, mas é igualmenteclaro que uma grande parte deles desconhece esta realidade sempretão presente, apesar dos trinta anos passados.Mas não é menos verdade que é a nós, os que vivemos o antes, odurante e o depois e que, ainda por cima, exercemos, no dia-a-dia, aprática democrática, que cabe a responsabilidade de manter, continua-mente, a chama dos valores de Abril, para que se perpetue, no tempo,a consolidação democrática, onde assenta a liberdade que todos usa-mos, tantas vezes sem dela nos apercebermos.Cabe-nos transportar a chama da liberdade alcançada e transmiti-la aosque, nascendo depois, no futuro terão a responsabilidade de continuar opaís, garantindo e reafirmando a liberdade individual, no respeito peladiferença de opinião dos outros, no seio de toda uma sociedade.Mas não basta querer transmitir, aos jovens de hoje, a mais-valia deAbril, se nós, que o vivemos, não nos pautarmos pela afirmação eprática constante da democracia alcançada, regime que, eclodindo domovimento dos capitães de Abril, nunca foi, não é, nem será proprieda-de de ninguém em particular, ou de qualquer grupo, por mais que porela tenha lutado. (cont. na pág. seguinte)

Page 39: Revista Municipal Nº 13

30 Anos

7

Os valores democráticos e a liberdade a eles associada são do povo,cabendo, a cada um de nós, a missão de velar pela sua continuidade eafirmação na sociedade em geral, quer no trabalho, quer na própriafamília, sem discriminações de sexos, de idosos, de crianças ou dos quefísica e/ou intelectualmente são menos afortunados. Mas se os mais jovens poderão não ter sempre presente os verda-deiros ideais de Abril, mais velhos há que, numa mistura confusa devalores, atribuem ao regime democrático em que, felizmente, vive-mos, culpas de uma postura social que os agride, face à educaçãorecebida e à vivência tida no período não democrático do antes de25 de Abril.Com efeito, quem viveu, uma boa parte da vida, num regime que sepautava, muitas vezes aparentemente, pela defesa de valores morais edos bons costumes da sociedade, pela não tolerância da concorrência,pela penalização dos que, não aceitando as regras estabelecidas, eramtidos como agitadores da ordem pública; quem viveu muito aquele pe-ríodo faz, muitas vezes, comparações “incomparáveis” daquilo que foi operíodo áureo da sua própria juventude, os momentos então vividos,com o que hoje, resultando de uma sociedade livre e aberta, é muitasvezes, também, contrário aos verdadeiros bons costumes, à moral, àsegurança das pessoas e bens e, por conseguinte, à própria qualidadede vida da sociedade.Não podemos deixar que se instale a dúvida quanto aos valores deAbril, na penumbra dos anos que passam.Quem não se lembra dos que, não conseguindo o pão do sustento paraas bocas da família, procuravam na emigração, então ilegal, chegar àslongínquas terras de França? Uma grande parte sem saber ler ouescrever, para, com o resultado do trabalho árduo, enviar para casa assuas poupanças, que, por absurdo, tão apreciadas eram pelo regimeentão instalado.Quem não se lembra, ainda, dos jovens que partiam para as antigascolónias, ao encontro de uma guerra fratricida, com a suprema e supos-ta missão de defender a pátria, cujos territórios, mais tarde, acabámospor deixar abandonados e não preparados, à mercê da sorte, paraprejuízo de tudo e de todos. Apesar de tudo, tornaram-se estados inde-pendentes, terminando a chacina de milhares de homens, mas o fimdesse pesadelo só foi possível graças ao 25 de Abril de 1974.Hoje, com facilidade nos deslocamos praticamente para todo o mundo,com especial destaque para a Europa da qual sempre fizemos parte,mas à qual sempre nos foi vedado o acesso.Há dias, um jovem comentava não se ter apercebido que, na viagem quefizera, só depois de ter entrado em Espanha, se apercebera que tinhapassado a fronteira! Que contraste! Noutros tempos, os que conseguiampassaporte e tinham possibilidade de viajar, sabiam bem quantas horastinham que passar na fronteira do Caia ou na de Vilar Formoso até que aspolícias de defesa do Estado os deixassem sair ou entrar, não sem antesesvaziarem porta-bagagens e malas nos controlos alfandegários.Hoje integramos a Europa dos 15, amanhã dos 25.Viajamos de forma relativamente acessível para qualquer dos países,beneficiamos principalmente, mas também contribuímos para o saco dasolidariedade europeia, facto que nos tem permitido o desenvolvimentosentido desde que da Europa Comunitária fazemos parte. Veja-se arede viária com que o país está servido! Que suplício era chegar aonorte ou ao sul de Portugal! Chegar, do Cadaval, a qualquer dasfronteiras era simplesmente uma aventura, dado a ausência de viasrodoviárias dignas desse nome.Hoje, o nosso país é cruzado por excelentes auto-estradas, e chegar aqualquer ponto é apenas uma questão de horas, com conforto e, apesarde tudo, com uma segurança que em nada tem a ver com o passado.Mas, por mais incrível que pareça a um jovem de vinte anos ou umhomem de idade mais avançada, tudo isto só foi possível porque, em 25

de Abril de 1974, o movimento das forças armadas originou um regimedemocrático que nos abriu ao mundo e à Europa, da qual hoje,efectivamente, fazemos parte.Hoje é dia 25 de Abril e em boa hora comemoramos a revolução, queficou conhecida como a “revolução dos cravos” porque das espingar-das brotaram cravos vermelhos, a cor do sangue de um povo quesoube bem agarrar a liberdade, a qual hoje aqui reafirmamos como umbem indiscutível da nossa sociedade. Com estes actos do poder local,democraticamente eleito, havemos de contribuir para que a revoluçãodos cravos seja uma primavera, renovada em cada ano, da democra-cia portuguesa.Vivam os reais valores de Abril!Viva o Cadaval e o Poder Local Democraticamente Eleito!Viva Portugal!»

«Os portugueses festejam hoje, com rara margem de convergência deopinião, os 30 anos do 25 de Abril.Também aqui, no Cadaval, se verifica a unanimidade dos eleitos dospartidos políticos representados nos órgãos autárquicos, sobre a im-portância que esta data teve para a vida democrática portuguesa.Este é o discurso da exaltação dos valores da liberdade, da democra-cia e do respeito pelos direitos, liberdades e garantias do homem livre.Que inspiram a democracia política, o regime que, pelas vivências dedignidade da pessoa humana e da qualidade de vida, proporcionaaquilo que já foi considerado como “o menos mau dos regimes políticos”– a Democracia.Estamos em espírito de Abril, que se manifesta, em cada indivíduo, deforma diferente, mas que tem na palavra “liberdade” a sua mais vivamanifestação.

Intervenção de Hélder Renato, em representação do PSD

Sou daqueles que pensa na liberdade da seguinte forma: “a tua liberdadetermina quando colocas em causa a liberdade dos outros”.No Cadaval, por todas as terras do nosso Concelho, eu sinto essa liber-dade, de formas diferentes, mas todos os lugares têm a sua autenticidade.Apertam-se os laços culturais e de vizinhança, fortalecem-se os nós deternura e todas as famílias se conhecem, partilhando o mesmo trabalho eo mesmo lazer, fazendo da sua terra, uma terra cada vez mais apetecida.A palavra de honra e os apertos de mão solidários dignificam a pessoahumana, valor que perfilho, que desde cedo perfilhei.

Page 40: Revista Municipal Nº 13

30 Anos

8

CARTÃO MUNICIPALDO IDOSO

Tem idade igual ou superior a 65 anos?

Gostaria de obter descontos nocomércio local?

Deseja ter acesso gratuito a iniciativasculturais da CMC?

Quer ter desconto na Piscina Municipal eParque de Campismo Rural deMontejunto?

Então, não perca tempo e adirajá ao CARTÃO MUNICIPAL DO IDOSO!Para tal, dirija-se ao edifício socio-culturalda Câmara ou ligue o 262 696 540.

Mas esta harmonia tem um rosto, um rosto esbatido em esforço detantos, e esses «tantos» é o poder local.O poder local assumiu, desde 1974, um papel preponderante para odesenvolvimento das localidades e, consequentemente, do país.Milhares de mulheres e homens, desde Trás-os-Montes até aos Aço-res, participaram e participam na construção de um todo. O poder localé a dignificação e a incorporação do espírito do 25 de Abril.Portugal é um país de forte tradição municipalista.O Concelho, e a sua denominação, e a forma estruturada, existe desdeos tempos anteriores aos da fundação da nacionalidade. Esta denomi-nação “Concelho” evoluiu. Transformou-se. E em 25 de Abril de 1974,transfigurou-se. Mas foi preciso esperar até 1976, quando decorreramas primeiras eleições autárquicas por voto secreto e universal.E, desde a primeira hora, o PSD no Cadaval, organizou-se e conse-guiu eleger mulheres e homens para os órgãos autárquicos.E a ascensão da mulher aos órgãos autárquicos, para mim, foi uma dasconquistas de Abril.O autarca, sendo mulher ou homem, conseguiu, fruto do trabalho, einteressado em desenvolver as suas terras, conseguiu mudar o país.Contribuíram estas mulheres e estes homens para a evolução e desen-volvimento de Portugal.Assim, o país viu radicalmente aumentada a quantidade e qualidade deequipamentos e infra-estruturas existentes nas aldeias, vilas e cidades.Queria, nesta cerimónia, evocar ABRIL, trazendo o Poder Local comomais um sinónimo representativo do espírito de Abril.Minhas senhoras e meus senhores, eu nasci a 24 de Setembro de 1973,tenho 30 anos de idade, tantos como o 25 de Abril. E, por isso, queria,nesta sessão, enquanto autarca, enquanto jovem, dizer-vos que se crioua imagem dos direitos e esvaziou-se a dos deveres de cidadania.Criou-se a imagem da liberdade total e não a da liberdade individual, eos limites a essa mesma liberdade. Criou-se a ideia do facilitismo, emvez da ideia da coesão e do trabalho em conjunto.Mas, também é verdade, e isso, apesar da idade, lembro-me: a nossasociedade cresceu! Evoluiu. Fizeram-se obras e mais obras, em todosos domínios. Construíram-se pontes. Reduziram-se as interioridades eaté o Cadaval já não está tão isolado como antigamente. Tem auto-estrada a 8 km daqui, temos mais esperança média de vida, temos maise melhor educação. Temos mais e melhores serviços de saúde, temos

mais qualidade de vida, temos mais esperança no futuro…Em 30 anos, o nosso Portugal, e com ele o Cadaval, evoluiu! Ninguémpode colocar isso em questão. E, por isso, dogmas político-partidáriosnão podem ser areia para os olhos das pessoas. Para mim, cumpriu-seAbril. Cumpriu-se a revolução, e todos demos voz a um novo conceito,a evolução!O Portugal democrático é a época da evolução e desenvolvimentodo país.Esta foi uma revolução assente nos valores e determinações culturaisdas gentes de Portugal. Foi uma revolução sem modelos externos, massim construída de dentro para fora, dando exemplos até para a nossavizinha Espanha.Portugal, em 30 anos, trilhou as mais belas páginas de História.Este é o grande contributo da vossa geração, para o país e para osvossos filhos.Mas esta revolução tem 30 anos. 30 anos significa que, perto de 30 %da sociedade portuguesa e 45 % da população produtiva do país, nãosabe nem conheceu o Portugal antes do 25 de Abril.Por isso, não podemos dormitar, nem nos deitar, tendo como livro decabeceira o 25 de Abril de 1974, apenas e somente. Não podemosestar a pensar, apenas e só, nos ideários da revolução.Hoje, o 25 de Abril de 1974 é um marco da nossa História. Hoje o 25 deAbril de 1974 representa a democracia. Hoje o 25 de Abril de 1974,para além de revolução, é a evolução e o desenvolvimento do país.As palavras “liberdade” e “fraternidade” não podem ser esquecidas,nem retiradas aos valores de Abril.Mas falar a um jovem de 25 anos, provavelmente já licenciado, sobreliberdade e sobre a ideia que ele tem de liberdade, num dia normal doano, em Setembro, por exemplo, terá como resposta apenas e só isto:«liberdade, para mim, é poder fazer o que eu bem quero, não ter deaturar os meus pais, ter direito à minha escolha da vida». E façam estaexperiência, sem ser nesta época de Abril. Questionem a um jovem,que não faça parte de qualquer partido político, que não seja autarca.Questionem, em Setembro, o que é a liberdade para eles.Ou seja, a liberdade é o valor mais alto de Abril, mas não é, para umagrande franja da sociedade, a mesma liberdade como é entendida pormuitos. Como é entendida pela geração que nasceu nos anos 40/50/60. E esta é uma realidade que não podemos negar.O 25 de Abril de 1974 tem de ser a marca da democracia portuguesa edo desenvolvimento do país, porque, senão, não passará de uma datada História política portuguesa, onde foi derrubado um regime e pas-sou-se para outro, este, democrático. Temos de encarar Abril pelaliberdade. Encarar Abril pelo desenvolvimento. Encarar Abril pela De-mocracia. Só assim se pode transmitir todos os valores e ideias de Abril.Tratando esta data como histórica para o desenvolvimento da socieda-de portuguesa, para a evolução do país. A data que permitiu o aumentoda esperança média de vida em Portugal. A data que permitiu o surgirde novos empresários. A data que permitiu a adesão à CEE e, agora, àUnião Europeia. A data que libertou colónias e devolveu a soberania adiversos países. A data que permitiu que os vossos filhos fossem estu-dar para a faculdade. A data que permitiu existirem mais estradas, maishospitais, mais escolas, mais universidades. A data que permitiu estar-mos aqui hoje, pluralmente, a falar dos desígnios de Abril.E este deve ser o discurso para os mais novos, um discurso que nãodeve ser politizado, que não deve conter dogmas. Deve ser um discur-so em que se fale da realidade concreta, do que conseguiu Portugalfazer nos últimos 30 anos. Um discurso que mobilize os homens e asmulheres mais novas do tecido produtivo português.Assim, ganha-se Abril. Assim, cumpre-se Abril, até porque Abril é detodos. Abril não é pertença de ninguém em particular.Honra seja feita aos capitães de Abril. Honra seja feita aos que lutaram

Page 41: Revista Municipal Nº 13

30 Anos

9

Emita a sua opinião sobre a Revista Municipal, apresentan-do sugestões para melhorar o seu aspecto ou conteúdo.Faça-nos chegar as suas ideias, devidamente identificadas- com nome, idade, localidade e contacto -, para: Câmara Municipal do Cadaval Gabinete de Informação e Relações Públicas Av. Dr. Francisco Sá Carneiro, 2550 – 103 CADAVAL.Poderá, ainda, contactar-nos através de correio electrónico,para: [email protected], pelo telefone 262 699 060 ou,ainda, através do fax 262 695 270.Contamos com a sua opinião!

Caixa de SugestõesCaixa de Sugestões

Intervenção de Sérgio Claudino, em representação do PS

«Sr. Presidente da Assembleia MunicipalSr. Presidente da CâmaraCaros Colegas Deputados Municipais e Srs. VereadoresMinhas Senhoras e meus Senhores,

A comemoração do 25 de Abril remete-nos, imediatamente, para um dosseus patrimónios principais: o da partilha da vida democrática no país e,neste caso concreto, no nosso concelho. Como foi afirmado nesta mes-ma sala, o Partido Socialista desejaria que as presentes celebrações do30º aniversário da Revolução de Abril tivessem sido mais partilhadaspor todos nós, pelo Sr. Presidente da Assembleia Municipal, pelo Sr.Presidente da Câmara Municipal, pelas forças políticas do concelho e,designadamente, pelo Partido Socialista. Assim será, todos o deseja-mos, em comemorações futuras.Desejo felicitar a Câmara Municipal do Cadaval e, em particular, a Sra.Vereadora Maria Eugénia, pelo inquérito que aqui acabou de apresen-tar sobre o 25 de Abril e que enriqueceu esta sessão.Gostaria que esta intervenção do Partido Socialista fosse partilhada portodos os meus colegas e amigos socialistas autarcas, que falariam, se-

guramente, com maior propriedade do que eu. Aqui fica o sinal do meuincómodo por esta participação, naturalmente incompleta, dos presen-tes do Partido Socialista mas, naturalmente, de todos os restantes.Por outro lado, em jeito de pré-aviso, não vou fazer um discurso, masproferir umas breves e curtas palavras, informais e um pouco pessoais– porque, desde logo, o 25 de Abril é uma data de grande informalidadee de um grande significado pessoal para mim. Antes, não quero deixarde sublinhar a grande honra e o grande prazer que é para o PSpartilhar o 30º aniversário do 25 de Abril de 1974. O Partido Socialistanasce antes da Revolução, em 1973, constituído por antifascistas, e aolongo de 30 anos, no país e no concelho, tem participado da construçãoda nossa sociedade democrática, no país e neste concelho.O 25 de Abril terá significados diferentes para quem foi perseguido peladitadura do Estado Novo, para quem tem uma memória muito difusadesses acontecimentos por ser muito jovem ou já não ser contemporâ-neo dos mesmos (o que acontecerá com aqueles de 40 ou menosanos) ou, enfim, para quem viveu os acontecimentos de 25 de Abril eaqueles que se lhes sucederam – é este último o meu caso, pois tinha15 anos em Abril de 1974.O 25 de Abril, antes de ser uma data oficial, é uma data pessoal. E eupeço, simultaneamente, permissão e desculpa por dar um pouco domeu testemunho pessoal, um pouco intimista, de um dia que hoje épatrimónio de todos os portugueses, mesmo daqueles mais novos.Por via familiar (um tio), sabia que se preparava uma modificação dasituação política portuguesa, com intervenção familiar, com indepen-dência das ex-colónias. Contudo, não tinha qualquer ideia concreta doque iria acontecer, ou quando. No dia 16 de Março de 1974, não tiveaulas de Português, Francês e Inglês, que a revolta militar nas Caldasda Rainha levou a que fosse cortada a estrada, e os meus professores,que moravam naquela cidade, ficaram impedidos de se deslocarempara o Bombarral. Ao fim da tarde, ouvia na rádio, naquele rádio, umcomunicado que terminava por “Reina a paz em todo o país”.O dia 25 de Abril foi uma quinta-feira e era a primeira semana de aulas,após a Páscoa. Passavam minutos das 8h e meia da manhã e a minhamãe entra no quarto, com o rádio na mão, e diz: «Acordem filhos, há umgolpe de estado em Lisboa, está a dar na rádio». Tínhamos mesmo deacordar, para ir para as aulas. Enquanto o meu irmão Alberto vai decarreira para o Liceu de Torres, eu sigo de bicicleta para o Externatodo Bombarral. Logo à chegada, sou avisado de que não há aulas,devemos regressar às nossas casas. Regresso a casa, mas mais tar-de, que não é todos os dias que há um golpe de estado… Junto-me aoutros colegas no café e, em frente, dialogam o director do colégio, opresidente da Câmara… E pelo aceno das cabeças, percebemos queconcordam na necessidade do golpe. E, de facto, quero dar este teste-

contra o regime instalado. Honra seja feita às mulheres e aos homensque padeceram, em prol da liberdade. Honra seja feita, também, à alaliberal da Assembleia Nacional, entre 1968 e 1972.Caras amigas e amigos, autarcas, eu sempre entendi Abril desta forma:Liberdade e democracia – cumpre-se!Trabalho e dedicação, pelos valores em que acreditamos – cumpre-se!Sociedade e participação de todos para o bem comum – cumpre-se!Respeito pelas liberdades dos outros – Cumpre-se!Dever de cidadania – cumpre-se!É assim. Cumprimos com os nossos deveres. Aceitamos os nossosdireitos. Assumimos as nossas obrigações. Escolhemos quem nos lide-ra. Votamos em quem queremos. Falamos onde e como queremos.Apoiamos e defendemos quem queremos. Partilhamos e construímos oque queremos e com quem queremos. Enfim, Abril deve ser entendidocomo uma forma de querer e como uma forma de vontade.Minhas senhoras e meus senhores, comemoremos Abril. Comemore-mos 30 anos de democracia e liberdades. Comemoremos os nossosdireitos, deveres, liberdades e garantias. Comemoremos o 25 de Abril.Comemorem da forma que queiram, mas comemorem Abril.Disse.»

Page 42: Revista Municipal Nº 13

30 Anos

10

munho: o 25 de Abril foi acolhido por todos, havia unanimidade de quea situação política tinha de mudar.Regresso, então, a Pêro Moniz. E muito do resto do dia foi passado namercearia dos meus pais, a ouvir, com familiares e clientes, com toda aatenção, os comunicados que nos falavam do golpe de estado que eracada vez mais revolução. A introduzir os noticiários, a transcrição deuns versos de uma canção de João Maria Tudela, que dizia, de memó-ria, “Sobre esta página escrevo o teu nome, Liberdade”. Era um bomanúncio, este. Fora de Lisboa, a revolução surgiu pela rádio e prolon-ga-se, pela noite, pela televisão. Deitei-me já tarde, após a demoradadeslocação e apresentação da Junta de Salvação Nacional, presididapelo General Spínola. Depois, vivemos dias loucos, agarrados às notí-cias e aos jornais, alvo de sucessivas tiragens, que muitos jovens lêeme explicam aos mais velhos. O jornal “República”, que todos sabiam da“oposição” ao antigo regime, esgotava em Lisboa, sem que o conseguís-semos ler na província.A revolução de 25 de Abril foi sancionada no dia 1 de Maio de 1974,com manifestações por todo o país – e eu também lá estive, e do palcopedia-se aos manifestantes para fazerem o “V” da vitória com a mãoesquerda, não a direita. Os carros enfeitavam-se de cravos vermelhosou, num substituto fácil e acessível nos campos, de papoilas. Na esperado dentista, uma senhora mais velha comentava que não percebiaporque razão toda a gente falava de política, por todo o lado. De facto,a política invadiu-nos os quotidianos e os corações.Viver o 25 de Abril e os acontecimentos subsequentes constituiu, paramim, um privilégio. Discordei de radicalismos e excessos, nos quais sepercebia um povo vitimado durante decénios pelo analfabetismo e peloapoliticismo e que, de repente, se vê confrontado com a liberdade e aruptura das estruturas do poder político e económico. Discordei de tardiasreacções salazarengas. Frustrei-me com sonhos por realizar, mas vivi aesperança e a felicidade da Revolução – e esse é um património indelé-vel da minha memória, que também a ajudou a conformar o que hoje sou.Ao longo dos anos, é fácil perceber no grupo de pessoas, jovens eadolescentes em 1974, que vai envelhecendo, uma geração marcadapelo idealismo e pela generosidade de Abril. Enfim, não consigo deixar deouvir “Grândola Vila Morena” sem uma ponta de emoção.Frequentemente, sinto alguma dificuldade, alguma angústia, por nãosaber como transmitir, aos mais novos, a revolução de Abril, a suaalegria, os seus ideais. Mas, afinal, uma revolução consegue transmitir-se, consegue ensinar-se… será?Situemo-nos, agora, no plano de autarcas e de autarcas do Cadaval. Amensagem do 25 de Abril, para crianças e jovens, não pode ser a dademocracia, a da liberdade. Nasceram em democracia e liberdade,crescem em democracia e liberdade. São valores que fazem parte dassuas vidas – valores imperfeitos, naturalmente, como o demonstra oque está presentemente a suceder com a inserção de textos partidáriosna Revista Municipal do Cadaval. Mas há valores que estão intimamen-te associados à Revolução de 25 de Abril e constituem um desafiopremente: os da participação cívica e da solidariedade social, numasociedade em que perdemos, cada vez mais, os valores daconvivialidade, da afectividade e em que não conseguimos concretizarum envolvimento cívico e político de todos os cidadãos.Comemoremos Abril, celebremos o seu património, promovendo umacultura de cidadania e participação entre a população, em particular,entre os seus jovens.O que fazer? Não sei. Infelizmente, talvez tenhamos, todos, muita dificul-dade em conseguir respeitar o legado de uma revolução que nosdevolveu o regime democrático. Penso particularmente nos jovens,muitos dos quais não conheceram o 25 de Abril, como aqui já foi dito.Estando também na presença de presidentes da Junta, julgo que amobilização dos mesmos jovens para as mesas de voto é uma forma de

promover o seu compromisso destes com o regime democrático. Poroutro lado, o papel das escolas é decisivo. Como seria importante quenos estabelecimentos de ensino dos diversos níveis fossem efectuadassimulações das eleições, por exemplo, das eleições europeias que aívêm. Seria uma forma de os colocar a pensar, a discutir a política quefaz parte das nossas vidas… Dos conhecidos três “Ds” do 25 de Abril, cumpriram-se dois: o de“democratizar” e o de “descolonizar”, ainda que com imperfeições. Numconcelho com indicadores de desenvolvimento inferiores aos dos con-celhos vizinhos, falta cumprir o terceiro “D”, o de “Desenvolvimento”.Celebrar o 30º aniversário do 25 de Abril é, pois, (re)assumir estedesafio e compromisso de uma melhor vida para todos os cadavalenses.“Desenvolver” é a ambição e a meta que a todos deve mobilizar.Por último, evocando a Revolução que agora celebramos, digamos:Viva o 25 de Abril!Muito obrigado.»

«Antes da minha intervenção, gostava de saudar a aluna da nossaEscola Secundária que ontem participou num programa da RTP sobreo 25 de Abril, a Inês. A ela a minha saudação.Desde 1974, mais do que nome de mês, Abril, em Portugal, passou aser expressão de direitos, de liberdade, de luta, de conquista, de par-ticipação, de igualdade, de paz, de esperança.Para muitos de nós, a Revolução de Abril é um daqueles momentos danossa História em que nos assalta o apelo de saber mais. E se possível,que esse urgente conhecimento nos permitisse sentir uma espécie depresença, mesmo que breve e ilusória, ali nas ruas daquele tempo. Nofundo, fica a indisfarçável vontade de que pudéssemos ter sido tambémpersonagens dessa história.O cravo é, para muitos, a flor da imaginação de como terá sido bomviver aqueles tempos. Lêem, ouvem, vêem fotografias e filmes commuita gente e muita alegria. Cravos vermelhos, a flor da confiança de

que é possível construir um Portugal diferente, um Portugal para ostrabalhadores e para o povo.Mas onde vão aprender, as novas gerações, os ideais de Abril? Umdos momentos mais importantes da História de Portugal justifica e exigemaior aprofundamento ao nível do ensino.É que, para muitos de nós, para cerca de um terço da populaçãoportuguesa, a Revolução dos Cravos aconteceu antes de termos nas-

Intervenção de Ricardo Miguel, em representação da CDU

Page 43: Revista Municipal Nº 13

30 Anos

11

www.cm-cadaval.ptLiga

çã

o p

erm

ane

nte a

o C

onc

elho

cido. O que torna ainda mais necessária, cada vez mais necessária,uma pedagogia dos verdadeiros ideais e valores do 25 de Abril.Em livros da disciplina de História do 12º ano, verifica-se que o progra-ma se limita a referir o dia 25 de Abril de 1974, a Constituição daRepública de 1976, nalguns, a descolonização. Não há desenvolvi-mento relativamente ao conteúdo das conquistas da revolução, no pla-no económico, social e cultural, reduzindo-as praticamente às altera-ções no plano político. Abril é reduzido a um acto e não a um processo.Na verdade, são por vezes distantes e difusas as imagens que chegamdesses dias e dessas horas. São estranhos os silêncios que tantasvezes envolvem esse turbilhão de momentos, actos e rostos.Daí que seja indispensável reafirmar a nossa homenagem, a nossaintensa saudação aos Militares de Abril que, há 30 anos, nas palavrasdo poeta Ary dos Santos, fizeram «nascer um país do ventre dumachaimite». Poeta revolucionário que comemora, este ano, 20 anos dasua morte, poeta da revolução, por excelência.A nossa gratidão nunca será bastante para com aqueles jovens que, dearmas na mão, trouxeram a Paz a este Povo, cansado de guerra. Ehoje, como ontem, prevalecem, entre os jovens deste País, esses ideaishumanistas e solidários.Uma saudação no feminino. Às mulheres que souberam que não volta-riam ao cais, a acenar amargas despedidas aos homens forçados apartir para a guerra colonial.Das mulheres que souberam que mais nenhuma se teria de deslocar,em segredo, com a dor amordaçada, ao local onde receberiam umcaixão ou um companheiro estropiado.Das mulheres de Abril que conheceram especiais humilhações nasmasmorras da Pide. Das mulheres que sempre se empenharam na lutaque desaguaria em Abril.Por isso, e como diz Maria Velho da Costa, elas encheram a rua decravos. Elas trouxeram alento e sopa aos quartéis e à rua. Elas esten-deram a roupa a cantar «com as armas que temos na mão».Os 30 anos de Abril comemoram-se após um debate sobre a liberdadede consciência da mulher. O debate sobre o aborto.Contra todas as campanhas de culpabilização das mulheres, empe-nhar-nos-emos pelo reconhecimento dos direitos humanos plenos dosexo feminino. Pela destruição da mais bárbara barreira à liberdadeindividual da mulher. Pelo direito à dignidade.Hoje, exercendo a liberdade, saem os jovens à rua, erguendo a suavoz em defesa da Paz. Porque sabem o que a guerra tem para ofere-

cer, com o seu hediondo cortejo de bombas e balas: disse-o Manuel daFonseca – «só crime e morte e o sangue derramado». E nós acrescen-tamos: e os milhões que correm neste negócio de horror? Assim foi naGuerra Colonial, assim tem sido no Iraque dos nossos dias. Por isso,afirmamos que a Paz, tal como Abril, não se rende!30 anos passados sobre a revolução democrática, muitas foram asexpectativas que não se concretizaram e muitas foram as esperançasque ficaram pelo caminho. Os portugueses esperavam, certamente,que Portugal fosse melhor neste início do século XXI.Para muitos portugueses, o momento que vivemos é de desencanto, dedecepção, e de descrença. Desencanto com o incumprimento de pro-messas feitas e com o defraudar de expectativas criadas. Decepção comuma acção governativa que gravita a anos-luz das promessas e que seprocessa longe dos cidadãos e insensível às suas reais preocupações.Descrença, em relação a uma prática política marcada pelo clientelismo,que em nada contribui para a resolução dos problemas do povo e do paíse que, desfocada por generalizações abusivas destinadas a ilibar os seusreais responsáveis, semeia sentimentos de indiferença ou de repúdioperante a actividade política, que em nada beneficiam a democracia.É preciso dizer que muito do que depois aconteceu e agora acontece,nada tem a ver com Abril e o seu espírito, nada tem a ver com o patrimóniode dignidade e justiça social, que é perfume dos cravos de Abril.Sabem que a discriminação, a xenofobia e o racismo são a negação deAbril. Sabem que o trabalho precário e sem direitos, de sol a sol, aosdomingos, sem contrato nem segurança social, com salários indignosda condição humana, não são fruto de Abril.Sabem que as desigualdades e as injustiças na distribuição da riqueza,as pensões de miséria, a pobreza e a exclusão, a discriminação dasmulheres e dos jovens, das minorias, dos deficientes, não fazem partedo património do 25 de Abril.Sabem que a educação e a cultura são direitos públicos conquistados emAbril, que não podem ser mitigados por critérios de acesso mercantilistas,que condenem à exclusão milhares de rapazes e de raparigas.Sabem que a Paz e o respeito pelos Povos, pela sua autonomia eindependência, são exemplo, são legado de Abril.Falar de Abril, é falar da Constituição da República. Nestes 30 anos devigência, muitas das características originais da Constituição de 1976foram abandonadas ou alteradas em sucessivos processos de revisão,com resultados que traduzem uma evolução que consideramos global-mente negativa e que se tem traduzido em sucessivos empobrecimen-tos da democracia nos planos político, económico, social e cultural.A evolução constitucional dos últimos anos não tem contribuído paraaperfeiçoar o sistema político, nem para reforçar os valores da liberdade,da democracia, da justiça social, mas, pelo contrário, tem dado corpo apropósitos de liquidação de profundas transformações económicas, sociaise culturais, resultantes da revolução de Abril, e de obtenção de umaposição hegemónica dos dois maiores partidos na vida política nacional.Ainda esta semana, para acolher a Constituição Europeia que aindanem sequer foi aprovada, numa ânsia europeísta, mais uma vez, PS ePSD, de mãos dadas, chegaram a acordo, numa negociata à “blococentral”, para alterarem o artigo 7 e 8, de modo a que a “ConstituiçãoEuropeia” se possa sobrepor à Constituição da República Portuguesa.E isto tudo, a três dias das comemorações do 30º aniversário do 25 deAbril, que, pelos vistos, tanto a direita como o PS acham que deve serassinalado com mais uma revisão da Constituição.Mas, muitos portugueses não se conformam com este estado de coisas,continuando a afirmar, convictamente, não apenas que Abril valeu apena, mas acima de tudo, que continua a valer a pena lutar pelosvalores e pelos ideais que fizeram o 25 de Abril.É por isso que, apesar de tudo, Abril está vivo. É preciso continuar Abril.É preciso defender Abril e as suas conquistas. Enfrentar, com determinação,

Page 44: Revista Municipal Nº 13

30 Anos

12Recorte este cupão e envie-o, por carta, para o Gabinete de Informação e Relações Públicas da Câmara Municipal do Cadaval, Av. Dr. Francisco Sá Carneiro - 2550-103 CADAVAL

NÃO RECEBO REGULARMENTE A REVISTA MUNICIPAL EM CASA. QUEIRAM ENVIAR-MA PARA O SEGUINTEENDEREÇO:

MORADA

- TEL.:

Resultados das Eleições para o Parlamento Europeu 2004 - 13 de Junho 2004

N.º de Eleitores Inscritos..12.109N.º de Votantes............... 4.594 (37,9%)N.º de Votos em Branco.... 120 (2,6%)N.º de Votos Nulos.............. 73 (1,6%)

N.º de Eleitores Inscritos..8.812.081N.º de Votantes............ 3.407.549(38,7%)N.º de Votos em Branco.. 87.269 (2,6%)N.º de Votos Nulos.......... 48.371 (1,4%)

Tabela 1:Resultados Totais Nacionais

Tabela 2:Resultados Totais do Concelho do Cadaval

NOME

os “ajustes de contas” que aí estão, mal disfarçados de modernice.O Governo quer que as comemorações do 25 de Abril sejam«expurgadas de cargas político-partidárias», passando a constituir «umafesta de afirmação da auto-estima nacional».É tal o empenho na mudança, que até a alteração do símbolo dascomemorações já foi efectivada: continuará a reproduzir um cravo, maso vermelho desapareceu e o lema passa a ser «Abril é evolução».Trocando por miúdos, o que está na forja, a começar pelo nome - «Abrilé evolução» em vez de «Abril é revolução» - é o apagamento dopassado, para melhor escamotear a realidade da política presente,cada vez mais ferozmente empenhada em destruir os valores e o queresta das conquistas de Abril.Para o Governo, o que é preciso é que os jovens não saibam o que foi eo mais que poderia ter sido o sonho de Abril, para que a direita possaprosseguir o seu caminho. Pouco importa que os jovens não tenhamtrabalho, nem perspectivas de futuro; o que importa é que se alienem como faz de conta da «evolução» para que não sejam atraídos pelas ideias de«revolução». A diferença está no «R» e não é de pouca monta.Mas Abril é Revolução, e trouxe-nos a possibilidade de, todos e cadaum de nós, exercendo um direito e um dever cívico conquistado em 25de Abril de 1974, dizer que é possível e que queremos uma outra

política para Portugal!O que alguns chamam, com sobranceria, de “resistência à mudança” éresistência, sim. Mas uma resistência que traz dentro de si uma sementede Futuro. Uma resistência que teima em não baixar os braços e que,reconhecendo – e recusando – aquilo que é tão velho como aexploração e a tirania, não abdica de aspirar a um Futuro melhor.É esse futuro e essa mudança que estes jovens estão construindo,quando lutam e resistem e defendem as conquistas de Abril. Por isso,também hoje temos razões para acreditar no Futuro. Assim como, jáantes de Abril, o souberam as Mulheres do Couço, os vidreiros daMarinha Grande ou os operários agrícolas do Alentejo, também nós,hoje, sabemos que vale a pena lutar.É que, das tantas lições que aprendemos com Abril, há uma ideia queprevalece: por mais categóricos que sejam os que decretam o fim daHistória, a verdade é que a História prossegue e avança – a luta deconcretizar Abril, os seus ideais de democracia e de liberdade, as suasconquistas de progresso e justiça social.O Futuro será como os povos o construírem. Pela nossa parte,mantemos a convicção e a confiança em que este País saberá construiro seu próprio Futuro, defendendo os valores do 25 de Abril. Sempre!Viva o 25 de Abril!»