Resumo Neuroanatomia

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Introdução ao SNC Conceitos básicos Comissura: conjunto de fibras que cruzam o plano mediano sagital dos hemisférios cerebrais Núcleo: agrupamento de corpos celulares, com função e conexões similares Tratos: fibras neurais (axônios), com funções e conexões similares, seguindo um mesmo curso Lemnisco: conjunto de fibras aferentes ao tálamo Gânglios: conjunto de corpos celulares de neurônios aferentes do SNP Coroa radiada: padrão radiado das fibras aferentes e eferentes, passando entre estruturas do diencéfalo e cuja confluência é uma lâmina espessa de substância branca (cápsula interna) Neurônio: sem capacidade de divisão Tipos de neurônios de acordo com o processo Neurônios unipolares e pseudounipolares: não possuem dendritos. O corpo celular recebe as informações aferentes. O axônio é único. Controlam a secreção de glândulas exócrinas e a contratilidade do músculo liso. Neurônios sensitivos das raízes dorsais medulares. Neurônios bipolares: apesar do nome, o fluxo de informações vem de um dos prolongamentos. Localizado na retina e epitélio olfatório. Neurônios multipolares: distribuição completa dos dendritos em um único axônio. A maioria dos neurônios do cérebro e da medula espinhal são multipolares. Neurônios motores, interneurônios, células piramidais do córtex, células de Purkinge do córtex cerebelar Um subtipo são os neurônios de projeção (que possuem axônios longos), estes, são susceptíveis a lesões graves no axônio longo, podendo produzir paralisia. Outro subtipo, os de axônios curtos, são os chamados interneurônios , eles auxiliam a processar e integrar informações neurais de uma determinada região do sistema nervoso.

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Resumo da matéria do primeiro semestre de neuroanatomia do curso de Medicina.

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Introduo ao SNCConceitos bsicos Comissura: conjunto de fibras que cruzam o plano mediano sagital dos hemisfrios cerebrais Ncleo: agrupamento de corpos celulares, com funo e conexes similares Tratos: fibras neurais (axnios), com funes e conexes similares, seguindo um mesmo curso Lemnisco: conjunto de fibras aferentes ao tlamo Gnglios: conjunto de corpos celulares de neurnios aferentes do SNP Coroa radiada: padro radiado das fibras aferentes e eferentes, passando entre estruturas do diencfalo e cuja confluncia uma lmina espessa de substncia branca (cpsula interna) Neurnio: sem capacidade de divisoTipos de neurnios de acordo com o processo Neurnios unipolares e pseudounipolares: no possuem dendritos. O corpo celular recebe as informaes aferentes. O axnio nico. Controlam a secreo de glndulas excrinas e a contratilidade do msculo liso. Neurnios sensitivos das razes dorsais medulares. Neurnios bipolares: apesar do nome, o fluxo de informaes vem de um dos prolongamentos. Localizado na retina e epitlio olfatrio. Neurnios multipolares: distribuio completa dos dendritos em um nico axnio. A maioria dos neurnios do crebro e da medula espinhal so multipolares. Neurnios motores, interneurnios, clulas piramidais do crtex, clulas de Purkinge do crtex cerebelar Um subtipo so os neurnios de projeo (que possuem axnios longos), estes, so susceptveis a leses graves no axnio longo, podendo produzir paralisia. Outro subtipo, os de axnios curtos, so os chamados interneurnios, eles auxiliam a processar e integrar informaes neurais de uma determinada regio do sistema nervoso.Tipos de neurnios de acordo com o comprimento axonal Neurnios Golgi tipo I: tem axnios longos clulas gigantes de Betz, do crtex motor Neurnios Golgi tipo II: tem axnios curtos interneurniosTipos de neurnios de acordo com o neurotransmissor Neurnios colinrgicos: elaboram acetilcolina como neurotransmissor (neurnios motores do corno ventral) Neurnios adrenocolinrgicos:Corpo celular Tambm chamado de soma ou pericario Ncleo grande e proeminente nuclolo Contm molculas receptoras na superfcie plasmtica que conferem sensibilidade a vrios neurotransmissores Incorpora ou possui outras estruturasSubstncia de Nissl Caractersticas das clulas nervosas, consiste de grnulos de polissomos do RER Fazem a sntese de protenas Abundante no citoplasma e no dendrito, porm, no no axnioLisossomos Realizam digesto intracelular por enzimas hidrolticas Abundante no citoplasma e no dendrito, porm no no axnio Defeito na sntese de enzimas lisossomais resultam na doena de Tay SachsProtena filamentos (citoesqueleto) Microtbulos: encontrado no corpo, dendrito e axnio; responsvel pelo desenvolvimento e manuteno da forma da clula; responsvel pelo transporte das vesculas peptdicas e organelas Neurofilamentos: protenas espirais responsveis pelo desenvolvimento e regenerao das fibras nervosas; emaranhado neurofibrilar na doena de Alzheimer Microfilamentos: compostos de actina, encontrados em axnios em crescimento, facilita o movimento da MP e processo de crescimento da clula nervosaCorpos de incluso Lipofucsina: pigmento amarelo-marrom; considerado corpo residual derivado dos lisossomos Neuromelanina: pigmento escuro; desaparecem na doena de Parkinson Corpos de Lewi: corpos de incluso intracitoplasmticas eosinoflicas encontradas na substncia nigra de pacientes com Parkinson Corpos de hirano: corpos de incluso intracitoplasmticas encontrados no hipocampo de pacientes com Alzheimer Corpos negros ou lyssa: corpos de incluso intracitoplasmticas encontrados em pacientes com raivaDendritos Processos que se estendem do corpo celular Conduz em forma decrescente mas capaz de gerar potencial de ao Recebe impulso sinptico e o transmite ao corpo celularAxnios Nasce do corpo celular ou dendrito Pode ser mielnico ou amielnico Gera, propaga e transmite potenciais de ao Distalmente, nos botes terminais, faz sinapses com neurnios, clulas musculares e glndulasFibras nervosas Consiste de axnio e seu investimento glial Sendo classificadas pela funo, tamanho e velocidade da conduoBainha de mielina Produzidos no SNC pelos oligodendrcitos, e no SNP pelas clulas de Schwann So interrompidos pelos ndulos de Ranvier Consiste em uma membrana plasmtica enrolada

SinapseDividida em 3 elementos:A) Terminal pr-sinptico terminal axnico do neurnio pr-sinptico B) Fenda sinptica estreito espao intercelular entre os neurniosC) Membrana receptora localizada nos dendritos ou no corpo celular do neurnio receptorMecanismo sinptico1) O neurnio pr-sinptico libera o neurotransmissor na fenda sinptica e as molculas difundem-se atravs da fenda e ligam-se a receptores de membrana ps-sinptica2) O neurotransmissor muda a permeabilidade da membrana a certos ons (podendo excitar ou inibir o neurnio) Glutamato e acetilcolina excitam os neurnios (promovendo despolarizao desses por aumento do fluxo de ons sdio para dentro do neurnio) GABA e glicina so inibidores dos neurnios (promovendo a hiperpolarizao desses por aumento do fluxo de ons cloro para dentro do neurnio

Embora a transmisso sinptica qumica seja a mais comum, pode ocorrer comunicao eltrica pura entre neurnios esta possui canal inico, os ons so liberados diretamente no citoplasma da clula vizinha Clulas da glia (neuroglia) Proporo de 10 clulas da glia para 1 neurnio Microglia: desempenha um papel de fagocitose ou de limpeza, respondendo s infeces e agresses ao SN essas clulas provm dos moncitosMacroglia: pode ser dividida em 4 tipos: Oligodendrcitos: Derivados do tubo neural Formam a bainha de mielina do SNC (1 vrios)Clulas de Schwann: Derivadas da crista neural Formam a bainha de mielina do SNP (1 1)Astrcitos: Desempenham importantes funes estruturais e metablicas atuam como um andaime para neurnios do SN que esto se desenvolvendo so divididos em fibrosos (que constituem a substncia branca) e protoplasmticos (que constituem a substncia cinzenta). Alm disso, controlam a concentrao do on potssio no espao extracelular, mantendo-a baixa. Tambm auxiliam na cicatrizao das clulas gliais. Constituem uma barreira hematoenceflica (no permitem que o sangue se mistura ao LCR)Clulas ependimrias: Clulas do canal central da medula e ventrculos cerebrais Revestem as cavidades ocupadas pelo lquor LCR (tambm ajudam a evitar que o sangue se misture com o LCR), alm disso, produzem LCR e nos ventrculos cerebrais, um tipo de clula ependimria ricas em capilares, projeta-se na pia-mter para formar o plexo coride responsvel pela maior parte da produo do LCRDiviso do SN O SN divide-se em SNP e SNC O SNP divide-se em somtico (que contm os neurnios sensoriais e motores que inervam a pele, msculo e articulaes, ou seja, detectam todos os estmulos e efetuam aes motoras) e autnomo ou visceral (que contm os neurnios que inervam as glndulas e o msculo liso das vsceras e dos vasos sanguneos) SNP autnomo divide-se em simptico, parassimptico e entrico O SNC consiste da medula espinhal e do encfalo (telencfalo, diencfalo, mesencfalo, ponte, bulbo e cerebelo) dentro de cada uma das 7 subdivises do encfalo existe o sistema ventricular No SNP, os corpos celulares esto reunidos nos gnglios perifricos e os axnios esto reunidos nos nervos perifricos NO SNC, os corpos celulares e dendritos esto localizados em reas corticais que so lminas grandes e achatadas de clulas usualmente localizadas na superfcie do SNC, os axnios no trato. Em tecido nervoso vivo, reas corticais e ncleos possuem cor cinza e os tratos so brancos (essa aparncia do trato se d pela presena da bainha de mielina envolvendo os axnios do trato) A medula espinhal a nica parte do SNC que possui uma organizao segmentria externa bem clara cada segmento caracteriza-se pela presena de um par de razes nervosas (dorsal que contm somente axnios sensitivos e ventral que contm somente axnios motores) Tronco cerebral Bulbo, ponte e mesencfalo Recebe informaes sensitivas de estruturas cranianas e controla os msculos da cabea Regula a ateno funo mediada pela poro central do tronco cerebral, denominada formao reticular O bulbo e a ponte participam de mecanismos essenciais de regulao da presso sangunea e da respirao acidentes envolvendo estas reas podem ser fatais O mesencfalo desempenha um papel central no controle dos movimentos ocularesCerebelo Regula os movimentos de nossos olhos e membros na manuteno da postura e do equilbrioDiencfalo e hemisfrios cerebrais So a poro mais desenvolvida do SNC humano O diencfalo composto pelo tlamo (que uma estrutura chave para a transmisso de informaes aos hemisfrios cerebrais) e pelo hipotlamo (que participa das funes do SNP autnomo e controla a liberao de hormnios endcrinos da hipfise) Uma pequena poro do tlamo de cada lado junta-se na linha mdia, constituindo a adeso talmica (ou massa intermediria) Os hemisfrios cerebrais possuem quatro componentes maiores: o crtex cerebral, a formao hipocampal, a amgdala e os ncleos da base, juntas essas estruturas participam do que h de mais sofisticado no comportamento humanoCrtex cerebral Localizado na superfcie hemisfrica, repleto de dobras (circunvolues) que servem para ajustar uma grande rea superficial dentro do espao restrito da cavidade craniana Dividido em lobos frontal, parietal, temporal, occipital e nsulaLobos frontal e parietal Importantes no controle motor e na sensibilidade corporal, tais como tato e dor, so separados pelo sulco central. As regulaes das funes motoras do lobo frontal sero realizadas pelo crtex motor localizado no giro pr-central e pelas reas pr-motoras com localizao adjacente ao crtex motor

Lobo occipital Essencial para a viso, separado dos lobos parietal e temporal por uma linha imaginria que liga a incisura pr-occipital, na superfcie lateral) com a ponta do sulco parieto-occipital na superfcie interna do hemisfrioLobo frontal Importante em vrias funes sensoriais, incluindo a audio, separado dos lobos frontal e parietal pelo sulco lateral (fissura de Sylvius) Crtex associativo pr-frontal: constitudo pelos giros frontais superior, mdio e inferior Representa as funes motoras da metade oposta do corpo

O giro do cngulo importante para funes emocionais Corpo caloso dividido em rostro, joelho, corpo e esplnio O rgo sensorial do olfato, o bulbo olfatrio, est localizado na superfcie inferior do lobo frontal regies dos giros orbitais e do prosencfalo basal, ambas localizadas na superfcie ventral do lobo frontal, so importantes no processamento de informaes olfatriasLobo parietal Giro ps-central ou crtex sensorial primrio Interpretao consciente do tato, dor, presso e temperatura do hemicorpo opostoLobo temporal Topografia do crtex auditivo prximo fissura lateralEmbriologia do SNCFases de desenvolvimento do SNC-----------Embriognese-----------Neurulao Formao do tubo neural (SNC), formao da crista neural (SNP)Segmentao Diviso do tubo neural, formao das cavidades centrais e flexurasProsencfalo D origem ao telencfalo (hemisfrios cerebrais, ncleos da base e ventrculos laterais) e ao diencfalo (III ventrculo, forame interventricular de Monroe, vias pticas e os tlamos)Mesencfalo D origem a parte do tronco cerebral (pednculos cerebrais, tecto, tegmento, substncia negra, base)Rombencfalo D origem ao metencfalo (ponte e cerebelo) e ao mielencfalo (bulbo); ao IV ventrculo, aqueduto cerebral (De Sylvius)

-----------Desenvolvimento fetal----------Proliferao e Migrao Aps a formao do tubo neural ocorre o desenvolvimento de 3 camadas Camada ependimria: mais interna, junto s cavidades Camada do manto: substncia cinzenta (formada por corpos celulares dos neurnios, clulas da glia e prolongamento dos neurnios) Camada marginal: substncia branca (formada por prolongamento dos neurnios axnios e clulas da glia)Organizao Corpos celulares agregam ncleos Substncia branca envolve a substncia cinza (surgem os tratos medulares nessa etapa)Mielinizao Relaciona-se ao desenvolvimento da capacidade funcional do neurnio Incio: 4 ms de vida fetal Trmino: tratos espinhais 1 a 2 anos; medula puberdade; crebro 4 a 5 anosAnothers Tubo neural circundado pelo mesoderma, este se diferenciar em envoltrios de tecidos conjuntivos, tornando-se as meningesSNPerifrico Placa motora: juno neuromuscular conexo do axnio motor com msculo estriado Neurotransmissor dos msculos estriados esquelticos: acetilcolinaNervos perifricos Os nervos so cordes com aspecto esbranquiado constitudo por feixes de fibras nervosas reforados por tecido conjuntivo Unem o SNC ao resto do corpo Fibras nervosas aferentes (cutneas, viscerais e motoras) Eferentes (somticas e viscerais) Os nervos perifricos possuem fibras aferentes e eferentes nervo misto Podem ser mielnicas ou amielnicas (mielinizao pelas clulas de Schwann) Endoneuro: envolve cada axnio Perineuro: envolve um conjunto de endoneuro Epineuro: envolve um conjunto de perineuros fechando o envelopamento SNP: divide-se em nervos cranianos (12 pares) e espinhais (31 pares)Saber os ramos dos nervos perifricos

Dermtomo: territrios cutneos dos nervos espinhais Cada nervo espinhal conduz inervao sensitiva da regio superficial do corpo Existe uma sobreposio Em cada nervo perifrico coexistem fibras de vrias categorias: mielinizadas e no mielinizadas, grandes e pequenas.Degenerao e regenerao do axnio (fibra nervosa) Degenerao retrgada: ocorre prximo ao final do axnio envolvendo o corpo celular. Desaparecimento da substncia de Nissl, edema do corpo, degenerao e deslocamento do ncleo para a periferia Degenerao antergrada- Walleriana: Crescimento na taxa de 3 mm/dia Ocorre distal ao final do axnio. Degenerao distal ao ponto da injuria, desaparecimento do axnio seguido de encobrimento por mielina por proliferao das clulas de Schwann. Trecho proximal, com nutrio e ligado ao corpo celular, sobrevive e pode regenerar. Quando mais longe do corpo maior a chance de regenerar. Quando a regenerao bloqueada, forma-se neuroma no local do bloqueio.Neuroma: proliferao de massa de axnios e clulas de Schwann3 Plexos neurais So estruturas onde as fibras, aps a formao das razes espinhais, so redistribudas, sem que exista sinapse, formando outros nervos perifricos. Com exceo dos nervos torcicos, que mantm distribuio segmentar, os ramos ventrais cervicais e lombossacros ramificam-se e anastomosam-se a fim de formar os plexos Composio: raiz tronco fascculo nervo Gnglios dorsais: onde se situam os corpos celulares dos nervos perifricos (parte sensitiva) Mitomo: grupo de msculos esquelticos inervados por um determinado nervo espinhal. Ex: dorsiflexo do punho: nervo radial (C6, C7) Exceto para C1, todas razes dorsais possuem quase 3 vezes o dimetro das ventrais. Miopatias: fraqueza e atrofia muscular, principalmente em msculos da face, deglutio e proximal de membros - reflexos e sensibilidade normais Polineuropatias sensrio-motoras perifricas: fraqueza e atrofia musculares. Msculos distais. Arreflexia distal. Perda da sensibilidade distal em bota e luva. Podem ser desmielinizantes ou axonais. Recuperao exige remielinizao e regenerao axonal. Diabetes e lcool so as mais comuns.Miopatias Polimiosite: doena inflamatria de origem autoimune. Idosos e crianas Distrofia muscular de Duchenne: mais rara, de carter hereditrio, causa degenerao das fibras musculares em meninos (herana ligada ao X) Miastenia gravis: distrbio imune, ocorre destruio dos receptores ps sinpticos. Fraqueza e fadiga de msculos cranianos e dos membros. Preserva reflexos, sensibilidade. Anticolinestersicos so utilizados no tratamentoPolineuropatias Sndrome de Guillain Barr: desordem autoimune que ataca as clulas de Schwann. Progresso dos sintomas em 2-3 semanas. Recuperao em 2 anos.Leses do plexo braquial Motos, leses de parto em que ocorre uma hiperextenso do ombro, causam fraqueza muscular e perda sensorial do brao e, posteriormente, dor/ atrofia Tumores do pice pulmonar, infiltrando o tronco inferior do plexo, causando sintomas no territrio de C8 e T1Neuropatias por enclausuramento Paralisia do sbado noite: ao despertar, punho cado. Compresso do nervo radial na altura do mero Compresso do nervo fibular superficial, por exemplo, por um gesso na cabea da fbula Sndrome do tnel do carpo

SNA Sistema nervoso visceral ou da vida vegetativa. Relaciona-se com inervao das estruturas viscerais. Importante para a integridade da atividade das vsceras Manuteno da homeostase O SN visceral tambm possui parte aferente e parte eferente Parte aferente conduz impulsos originados em receptores das vsceras (visceroreceptores) s reas especficas do SNC Parte eferente traz impulsos de certos centros nervosos at estruturas viscerais (glndulas, msculos lisos ou msculo cardaco) Admite-se que o SNA o componente eferente do SN visceral Sistema exclusivamente motor SNA divide-se em simptico e parassimpticoSN visceral aferente Conduz impulsos originados em receptores viscerais, com fibras do SNA. Assim, acompanham o SN simptico, com exceo das fibras de certos rgos plvicos, que acompanham o parassimptico Passam por gnglios sensitivos gnglios espinhais Estes impulsos no se tornam conscientes Presso arterial (seio carotdeo), teor de gs oxignio (glomo) via glossofarngeo Sensao de fome, sede, plenitude gstrica ou dor Sensibilidade visceral difusa. No permitindo localizao precisa Corte da pele di. Mas corte em vscera no. Porm, a distenso da vscera dolorosa, mas da pele no tanto dolorosa Dor um sinal de alerta Dor referida: processos irritativos viscerais do manifestao dolorosa em territrios cutneosDiferenas entre SN eferente somtico e visceralSomtico Terminam em msculo estriado esqueltico voluntrio Um neurnio liga o SNC (medula ou tronco) ao rgo efetor corpo celular na coluna medular anterior, axnio sai pela raiz anterior e termina placa motora Autnomo Terminam em msculo estriado cardaco, liso ou glndula involuntrio Dois neurnios um no SNC (medula ou tronco) neurnios pr-ganglionares e outro no SNP (gnglios) neurnios ps-ganglionaresOrganizao do SNA Os corpos dos neurnios pr-ganglionares ficam na medula espinhal e no tronco cerebral Tronco enceflico: se agrupam formando os ncleos de alguns pares cranianos (III, VII, IX e X) Medula: T1 a T12, L1 e L2 na coluna lateral da substncia cinzenta, e segmentos S2, S3 e S4 O axnio envolvido por mielina e neurilema, e chamado de fibra pr-ganglionar por situar-se antes de um gnglio, local que far sinapse com o neurnio ps-ganglionar Os corpos dos neurnios ps-ganglionares ficam nos gnglios do SNA, so envolvidos por um tipo especial de clulas gliais (anfcitos) e so multipolares O axnio do neurnio ps-ganglionar envolvido apenas por bainha de neurilema e constitui a fibra ps-ganglionar (fibra de Remak). Terminando em vscera, glndula, msculo liso ou msculo estriado cardaco O hipotlamo e sistema lmbico (emoo) regulam funes viscerais atravs de impulsos nervosos originados nelas e levados por fibras especiais que terminam fazendo sinapse com neurnios pr-ganglionares no tronco cerebral e na medula espinhal o que explica alteraes no funcionamento visceral acompanhando graves distrbios emocionaisDiferenas entre SN simptico e SN parassimpticoQuanto posio dos neurnios pr-ganglionares (1), ps-ganglionares (2)Simptico 1. Medula torcica e lombar (T1, L2), sendo toracolombar 2. Nos gnglios, longe das vsceras e perto da coluna (gnglios paravertebrais e pr-vertebrais toracolombar)Parassimptico 1. Tronco e medula sacra (S2, S3 e S4) sendo crnio-sacral 2. Prximo ou dentro das vsceras (plexo submucoso de Meissner, plexo mioentrico de Auerbach crnio sacral)Quanto ao tamanho das fibras pr e ps-ganglionares (1), tipos de vesculas sinpticas (2)Simptico 1. Pr curta (colinrgica), ps longa (adrenrgica) 2. Vesculas granulares contm noradrenalina (adrenrgicas) drogas que a imitam (simpaticomimticas)Parassimptico 1. Pr longa (adrenrgica), ps curta (colinrgica) 2. Vesculas agranulares contm acetilcolina drogas que a imitam (parassimpaticomimticas)Tronco simptico Cadeia de gnglios unidos atravs de ramos interganglionares Estende-se de cada lado da base do crnio ao cccix, onde une-se com o lado oposto Gnglios paravertebrais: do lado da coluna (tem tambm os gnglios pr-vertebrais na frente da aorta) Cervical: 3 pares de gnglios: superior, mdio e inferior gnglio cervico-torcico ou gnglio estrelado Torcico: 10 a 12 pares, pois existe fuso entre gnglios Lombar: 3 a 5 pares Sacral: 4 a 5 pares Coccgea: 1 par gnglio mparNervos esplncnicos e gnglios pr-vertebrais A partir de T5 nervos esplncnicos maior, menor e imo, com trajeto descendente, atravessa o diafragma e penetra na cavidade abdominal, terminando nos gnglios pr-vertebrais Gnglios pr-vertebrais: localizam-se anteriormente a coluna e aorta abdominal, prximo a origem dos ramos abdominais desta artria. 2 gnglios celacos (direito e esquerdo), 2 gnglios artico-renais, 1 gnglio mesentrico superior e 1 gnglio mesentrico inferior Gnglio esplncnicos: maior e menor terminam nos gnglios celaco e artico-renalRamos comunicantes Unem o tronco simptico aos nervos espinhaisRamos comunicantes brancos Ligam a medula ao tronco simptico constitudos de fibras pr-ganglionares e viscerais aferentes de T1 a L2Ramos comunicantes cinzentos Constitudos de fibras ps-ganglionares amielnicas, ligam o tronco simptico a todos nervos espinhaisFiletes vasculares e nervos cardacos Do tronco simptico, especialmente, dos gnglios pr-vertebrais saem pequenos filetes nervosos que se acoplam a adventcia das artrias, e seguem com elas at as vsceras Tambm emergem filetes com trajetria independente das artrias nervos cardacos cervicaisInervao simptica da pupila Razes ventrais dos nervos espinhais ramos comunicantes brancos Tronco simptico sinapse com neurnios ps-ganglionares do gnglio cervical superior fibras ps sobem no nervo e plexo carotdeo interno penetrando no crnio com a artria cartida interna no seio cavernoso se destacam passam pelo gnglio ciliar nervos ciliares curtos bulbo ocular (onde terminam formando um rico plexo no msculo dilatador da pupila) Neste trajeto longo podem ocorrer leses, dando a chamada sndrome de Horner: Miose: contrao. Queda da plpebra (ptose) por paralisia do msculo tarsal. Vasodilatao cutnea e deficincia de sudorese na face (no sua)SN parassimptico Corpos dos neurnios nos ncleos dos pares cranianos (III, VII, IX e X) fibras pr-ganglionares atingem os gnglios, e destes saem as fibras ps-ganglionares para as glndulas, msculo liso ou msculo cardacoGnglio ciliar Situado na cavidade orbitria, lateralmente ao nervo ptico, relaciona-se com o ramo oftlmico do trigmeo Recebe fibras pr do III NC e envia atravs dos nervos ciliares curtos, fibras ps que inerva os msculos ciliar e esfncter da pupila (para contrair a pupila, miose)Gnglio pterigopalatino Situado na fossa pterigopalatina, ligado ao ramo maxilar do trigmeo Recebe fibras pr do VII NC e envia fibras ps para a glndula lacrimalGnglio tico Situado junto ao ramo mandibular do trigmeo Recebe fibras pr do IX NC e manda ps para a partida, atravs do nervo auriculotemporalGnglio submandibular Situado junto ao nervo lingual Recebe fibras pr do VII NC e manda ps para glndulas submandibulares e sublingual

Existe ainda grande nmero de gnglios parassimptico pequenos e constitudos por clulas isolados na parede ou proximidade das vsceras, do trax e do abdome Nas paredes do tubo digestivo eles integram o plexo submucoso (de Meissner) e o mioentrico (de Auerbach) - Estes gnglios recebem fibras pr do vago e do fibras ps curtas para as vsceras onde esto situadosParte sacral do SNParassimptico Neurnios pr-ganglionares esto nos segmentos sacrais de S2, S3 e S4 Fibras pr-ganglionares saem pelas razes ventrais destes, ganham o tronco destes nervos e formam os nervos esplncnicos plvicos Por meio destes atingem as vsceras da cavidade plvica, onde terminam fazendo sinapse nos gnglios a localizados Os nervos esplncnicos plvicos so denominados nervos eretores

MeningesPia-mter D formato ao crebro de tecido conectivo, delicada Altamente vascularizada Ligamento denticulado: consiste de duas bandas laterais de tecido pial, que aderem-se a dura-mter espinhal por 21 pares Filum terminal: banda no neural de tecido condensado de pia-mter. Estende-se do cone medular ao final do saco dural fundindo-se a ele Liga-se a aracnide atravs das trabculas aracnidesAracnide leptomeninge No vascularizada de tecido conectivo, delicada Possui as granulaes aracnides que permitem a passagem do LCR para a circulao venosa (Granulaes aracnides so pequenos tufos que penetram no interior dos seios da dura-mter) Contm o espao subaracnideoDura-mter paquimeninge ricamente inervada de tecido conectivo, densa No encfalo, diferentemente da medula, possui 2 folhetos (externo e interno), o interno se continua como dura-mter espinhal, o externo adere-se em algumas partes dos ossos cranianos comportando-se como peristeo porm, sem a capacidade osteognica A principal artria que irriga a dura-mter a artria menngea mdia, ramo da artria maxilar Forma 3 reflexes maiores (foice do crebro, tentrio cerebelar tenda do cerebelo e o diafragma da sela contm a abertura por onde passa o talo hipofisrio) e as paredes dos seios durais (canais venosos avalvulares revestidos de endotlio)Espaos menngeos Espao epidural espinhal: localizado entre a dura-mter e o peristeo vertebral, contm tecido areolar frouxo, plexo venoso e linftico. Pode ser injetado com anestsico local Espao epidural craniano: espao virtual entre o osso e a dura-mter, contm artrias e veias menngeas Espao subdural: espao virtual entre a dura-mter e aracnide, contm veias cerebrais superiores para os lagos venosos do seio sagital superior veias pontes. Laceraes destas veias produzem hematomas subdurais Espao subaracnide: espao entre a pia-mter e a aracnide, contm LCR. Cerca todo o crebro e a medula, estende-se, no adulto, do cone medular at a segunda vrtebra sacral Cisternas subaracnides: dilataes do espao subaracnide, contm LCR. As mais importantes so a cisterna do ngulo cerebelopontino e a magna (cerebelomedular)Anothers A medula acaba em L1 Puno lombar feita entre L3 e L4 no tem risco na linha da crista ilaca Lquor LCR Lmpido, incolor, aquoso Produzido pelo plexo coroide 500ml/dia e epndima Ocupa o espao subaracnideo e as cavidades ventriculares jogado pelas granulaes aracnides para dentro do seio sagital superior, entrando na circulao venosa Funo: proteo mecnica do SNC Possui muita glicose o que pode servir de alimento para as bactrias (meningites) Seu estudo especialmente valioso para o diagnstico de diversos tipos de meningites Menos protena do que no plasma Contm no mais do que 5 clulasSistema ventricular So forrados pelo epndima. Contm LCR Contm plexo coride - que produz LCR Comunica-se com o espao subaracnide via trs forames no IV ventrculo Consiste de quatro cavidades comunicantes, cheias de lquido, dentro do crebroA. Ventrculos laterais o septo pelcido fica entre eles. Comunicam-se com o 3 ventrculo pelo forame de interventricular de Monroe. Dividido em 5 partes: corno frontal no possui plexo coride, corpo, corno temporal, corno occipital (tambm no possui plexo coride) e trigono (trio) juno de quase todo o resto, menos do corno frontal.O Glomus um grande conglomerado de plexo coride, que calcificado no adulto e visvel ao RX e TAC crnio (fica no trigono)B. 3 ventrculo: comunica-se com o 4 ventrculo pelo aqueduto cerebral - de Sylvius (situado no mesencfalo). Contm um par de plexos corides em seu teto. O bloqueio do aqueduto cerebral de Sylvius provoca hidrocefaliaC. 4 ventrculo: situado entre o cerebelo e o tronco cerebral. Possui um par de plexos corides em sua poro caudal. Passa LCR para o espao subaracnide atravs de dois forames laterais - de Luschka e um medial - forame de Magendie

Medula espinhal Parte lateral da medula incio do SNSimptico Parte sacral da medula incio do SNParassimptico Na parte ventral eferente (motor), na parte dorsal aferente (sensibilidade) derivada do tubo neural Pesa 30g ou 2% do encfalo humano Limite craniano bulbo na juno bulbo espinhal no forame magno, decussao das pirmides e emergncia das primeiras radculas do nervo espinhal Limite caudal L1 no adulto Termina afilando-se como cone cone medular e se continua como filamento terminal (que contm as ltimas razes nervosas menngeas cauda equina) No 3 ms de vida uterina, ocupa todo o canal No nascimento, at L3 Com esta diferena de crescimento o nvel medular no corresponde ao da vrtebra De C2 a T10 adiciona-se 2 ao nmero do processo espinhoso T11 e T12 correspondem aos 5 segmentos lombares L1 aos 5 segmentos sacrais Possui aderncias de pia-mter, que sustentam e ancoram-na ao saco dural, os ligamentos denticulares aproximadamente 21 Filamento terminal que se funde com a dura-mter e ao peristeo do cccix constituindo o ligamento sacrococcgeo As meninges envelopam as razes, at sua fuso nos forames intervertebrais, quando continuam como epineuro do nervo perifrico Calibre no uniforme aumento nos locais onde formam-se os plexos maior quantidade de neurnios intumescncia cervical e intumescncia lombar Em H mede 45cm e em M 43cmNervos espinhais 31 pares de nervos que emergem da coluna: 8 cervicais, 12 torcicos, 5 lombares, 5 sacros e 1 coccgeo contm fibras motoras e sensitivas (com exceo de C1 que passa entre a base do crnio e o atlas puramente motor) C1 passa pela base do crnio e o atlas, de C2 em diante passa pelos forames intervertebrais ou sacrais O nervo C2 passa acima da vrtebra C2 O nervo C8 passa acima da vrtebra T1 T1 em diante passam abaixo da vrtebra correspondente Cada nervo espinhal formado pela unio pelas radculas fixadas na face dorso-lateral e ventro-lateral da medula por isso de ser denominado como mistoRaiz dorsal Recebe aferncia de receptores perifricos (pele, msculo, osso, articulao e vsceras) para medula e tronco enceflico. Contm fibras de neurnios aferentes primrios estas fibras, desde sua extremidade perifrica, tm seu corpo celular no gnglio da raiz dorsal RESUMINDO: sensitivo corpo celular fora da medula, gnglio da raiz entra no sulco lateral posteriorRaiz ventral Contm fibras eferentes, cujos corpos celulares esto na ponta anterior da substncia cinzenta medular fibras motoras para movimentar os msculos esquelticos Fibras pr-ganglionares (SNA) cujos corpos esto no corno lateral RESUMINDO: motor corpo celular do neurnio na medula sai pelo sulco lateral anteriorRamos do nervo espinhal Ramo menngeo inerva as meninges e coluna vertebral Ramo comunicante cinza fibras amielnicas ps ganglionares, simpticas associadas a todos nervos espinhais Ramo comunicante branco fibras mielnicas pr ganglionares simpticas e aferentes viscerais (nervos esplncnicos), apenas nos segmentos torco-lombaresInervao dos nervos espinhais Dermtomo: consiste na inervao cutnea de um determinado nervo espinhal Mitomo: consiste na inervao muscular de um determinado nervo espinhalSubstncia branca Consiste em um conjunto de fibras mielnicas que circunda a substncia cinzenta Consiste de fibras ascendentes e descendentes chamados tratos dividido por sulcos em 3 divises: funculo dorsal, funculo lateral e funculo ventralFunculo dorsal Localizado entre o sulco mediano dorsal e o sulco lateral dorsal Acima de T6 subdividido em 2 fascculos: fascculo grcil localizado entre sulco mediano e intermdio dorsal encontrado em toda medula, e fascculo cuneiforme localizado entre o sulco intermdio e lateral dorsal encontrado de C1 a T6Funculo lateral Localizado entre o sulco dorso lateral e ventro lateralFunculo ventral Localizado entre a fissura mediana ventral e sulco ventro lateral contm a comissura branca ventral localizada entre o canal central e a fissura mediana ventral contm decussao do trato espinotalmicoSubstncia cinzenta

Est no centro da medula, tem a forma de H ou borboleta Contm o canal central (continuao dos ventrculos) tecido ependimrio dividido em reas citoarquitetnicas chamadas lminas de Rexed que so nominadas por algarismos romanos dividida em 3 colunas dorsal lateral ventral O tamanho e forma variam conforme nvel medularColuna anterior Ventral contm neurnios motoresColuna lateral Contm neurnios simpticos vscero motores toracolombarColuna posterior Dorsal contm neurnios sensitivos Recebe informaes sensoriais Encontrado em todos os nveis. Inclui os ncleos: Ncleo dorso marginal (lamina Rexed I) Encontrado em toda coluna Associado ao tato leve, dor e temperatura uma das origens do trato espinotalmico ventral e lateral Substncia gelatinosa de Rolando (lamina Rexed II) Encontrado em toda coluna homlogo ao ncleo trigeminal espinhal Associado ao tato leve, dor e temperatura integra entradas para os tratos espinotalmico ventral e lateral Ncleo prprio (lamina Rexed III a IV) Encontrado em toda coluna associado ao tato leve, dor e temperatura Ncleo dorsal de Clarke (lamina Rexed VII) Encontrado na base da coluna posterior estende-se de C8 a L3 homlogo ao ncleo cuneato acessrio da medula propriocepo inconsciente dos fusos musculares e rgos tendinosos de Golgi origem do trato espinocerebelar dorsalReflexo medular um padro de resposta, involuntrio e estereotipado, desencadeado por estmulo sensorial A quantidade da resposta constante, porm, a quantidade (latncia, durao e amplitude) variam MUITO, devido a influncias intersegmentares e supramedulares Para que ocorra esse reflexo fazem-se necessrios os neurnios:Neurnio aferente Condutor de impulso sensitivo proveniente de receptores sensoriais, para o SNC (medula ou tronco)Neurnio eferente Cursa do SNC ao rgo efetor (msculo ou glndula)Interneurnios Intercalados entre aferentes e eferentes, ausente nos reflexos mais simplesFibras musculares intrafusais O msculo ao sofrer estiramento, estimula estas fibras, que so o receptor sensorial Localizao: poro central, no contrtil, de certas fibras musculares Essas fibras, esto agrupadas ao lado do eixo dos msculos e so chamadas de fusos musculares Aps o estmulo, o estmulo eltrico caminha pelo neurnio aferente at o corno ventral sinapse com o neurnio motor alfa (que inervam as fibras musculares extrafusais eferentes) e da para a fibra muscular extrafusal, realizando a contraoReflexo estiramento Terminao primria: sensibilidade para velocidade e variao de comprimento Terminao secundria: s sensibilidade para variao de comprimento importante para o controle dos tnus do msculo esqueltico, grau de resistncia, oposta pelo msculo, a sua movimentao passiva e determinada pela proporo de unidades motoras ativadas Como os reflexos de estiramento atuam para manter constante o comprimento dos msculos, em oposio a um estiramento imposto, eles so importantes no controle da postura ficar de p sem pensarNeurnios motores gama So outros tipos de neurnios localizados na ponta ventral da medula espinhal Inervam a ponta polar, contrteis, das fibras musculares intrafusais Funo: modular a sensibilidade do prprio fuso muscular (inervao motora do fuso). Ala reflexo gama, permite os fusos neuromusculares continuem a mandar informaes ao SNC durante o processo de contrao do msculo Pela percusso do tendo patelar as fibras aferentes do fuso no s excitam os neurnios motores alfa do msculo estirado, como excitam interneurnios que inibem os neurnios motores alfa dos msculos antagonistas Neurnios motores gama inervam fibras intrafusais eferentesReflexo de extenso cruzada Ao pisar em um prego, a perna lesada flexiona fugindo do estmulo, e a contralateral se hiperestende, sustentando o peso do corpo todo A sensao de dor vai pelos neurnios aferentes, ocorrendo a ativao de neurnios alfa motores para os msculos flexores e extenso reflexo do membro contralateral Necessita de uma conexo que cruze a linha mdia da medula

Tratos medularesSubstncia branca Circunda a substncia cinzenta da medula Agrupam-se em tratos e fascculos, que so vias ascendentes e descendentes que tem origem, terminao e funes comuns Existem vias que contm fibras ascendentes e descendentes misturadas, que formam as vias de associao da medula Fibras intersegmentares ou prprio-espinhais ocupam estreita faixa imediatamente perifrica a substncia cinzenta que conectam segmentos medulares adjacentesTratos medulares ascendentes Representa o caminho funcional que conduz informao sensorial do corpo ou vscera para a estrutura superior do neuroeixo Parte atinge nvel consciente (crtex cerebral) e parte atinge nvel inconsciente (cerebelo) Usualmente consiste em uma srie de 3 neurnios O primeiro neurnio sempre est na raiz dorsal e o corpo no gnglio dorsal Emite ramos colaterais que servem ao arco reflexo medular Inclui 6 tratos maioresColunas dorsais Conduz informaes de tato discriminativo, vibrao, reconhecimento de formas, e sensibilidade muscular e articular Propriocepo consciente (sentido de movimento e posio das articulaes) Recebe informao dos corpsculos de Pacini e Meissner (receptores articulares), fusos musculares e rgos tendinosos de Golgi Dividem-se em: fascculo grcil medial e leva informao das extremidades inferiores e fascculo cuneato lateral e leva informao das extremidades superioresPrimeiro neurnio Localizado na raiz dorsal em todos os nveis Ascendem um nvel pela coluna dorsal e terminam nos ncleos grcil e cuneato na medulaSegundo neurnio Localizado nos ncleos grcil e cuneato na medula Axnios, como feixe, cruzam no bulbo como fibras arqueadas internas Ascendem do lado oposto do tronco pelo lemnisco medial, terminando no ncleo ventro pstero lateral do tlamoTerceiro neurnio Localizado no ncleo ventro pstero lateral do tlamo Projeta-se via brao posterior da cpsula interna para o giro ps-central (crtex somato sensitivo, reas 1, 2 e 3)Correlao clnica Doenas que lesam as colunas dorsais causam perda da sensibilidade profunda (propriocepo), ou seja, o paciente com os olhos fechados fica desequilibrado (ataxia), sinal de Romberg (sempre cai para o mesmo lado), sensibilidade ttil discriminativa, sensibilidade vibratria A deficincia de vitamina B12 (cianocobalamina) causa a degenerao combinado subaguda, uma doena sistmica e causa, alm de ataxia sensorial, alteraes motoras por leso das colunas laterais (combinada). Mas reversvel Neuro sfilis (tabes dorsalis) e esclerose mltiplaEspino talmico Conduz sensaes de dor aguda e temperatura e tato protoptico (grosseiro, lento e impreciso) e de presso Dividido em anterior (tato e presso) e lateral (dor e temperatura)Primeiro neurnio Localizado na raiz dorsal em todos os nveis Faz sinapse no corno dorsal O anterior sobe e desce atravs do trato dorso lateral de Lissauer e faz sinapse no corno dorsal Lateral dor e temperatura fazem sinapse na substncia gelatinosaSegundo neurnio Localizado no corno posterior Decussa para o lado oposto passando pela comissura branca ventral anterior Dor: cruzam um segmento acima Tato/ presso: ascendem vrios segmentos antes de decussar Ascendem pelos tratos espino talmicos anterior e lateral, no tronco enceflico, seu conjunto de fibras conhecido como lemnisco espinhal e terminam no ncleo ventral posterior do tlamo (VP)Terceiro neurnio Localizado no ncleo ventro pstero lateral do tlamo Projeta-se via brao posterior da cpsula interna e coroa radiata para o giro ps-central (crtex somato sensitiva, reas 3, 1 e 2 giro sensitivo primrio)Sistema espinorreticulo talmico Via adicional filogeneticamente mais antiga Axnios de neurnios de segunda ordem ascendem pela regio ventrolateral da medula e terminam na formao reticular do tronco (particularmente bulbo) Fibras reticulo talmicas ascendem para ncleos intralaminares do tlamo e da para o crtex Via da dor surda em queimao, dor lenta (dor mais chatinha de se identificar da onde vem)Correlao clnica Siringomielia: dilatao do canal central da medula com compresso do segundo neurnio na comissura branca anterior dando alterao de sensibilidade em xale (dor e temperatura alterao de sensibilidade nestes segmentos) Cordotomia ou tractomia: destruio cirrgica da via para tratamento de dor irritvelEspino cerebelares Conduz propriocepo INCONSCIENTE para o cerebelo Estmulos derivados dos fusos musculares, rgos tendinosos de Golgi e receptores de presso (corpsculos de Pacini e Meissner) Faz o controle da postura e coordenao do movimento Dividido em dorsal e ventralPrimeiro neurnio Localizado na raiz dorsal em todos nveis Dorsal faz sinapse na coluna dorsal de Clarke Ventral faz sinapse na periferiaSegundo neurnio Dorsal faz sinapse na coluna dorsal de Clarke e ascende no funculo lateral, entra pelo cerebelo via pednculo cerebelar inferior (ipsilateral) Ventral faz sinapse na periferia, sobem ipsilateral e contralateral passando pelo assoalho da fossa romboide no tronco. Da mudam de direo e entram no cerebelo atravs do pednculo cerebelar superiorCorrelao clnica Ataxia de Friedreich doena degenerativa hereditria, leso do trato espino cerebelar, causando incoordenao, tremor, ataxia, marcha de base alargada Manifesta-se na infncia, cadeirante aos 20 anosTratos medulares descendentes Consiste em atividades motora somticas e viscerais Tem a origem de suas clulas no crtex ou tronco cerebralTrato crtico espinhal lateral trato piramidal So tratos envolvidos com a atividade motora voluntria, habilidade dependente Modulam a transmisso das entradas sensitivas Corpos celulares esto no crtex motor e sensorial, incluindo o giro pr-central ou crtex motor primrio Terminam nos interneurnios no corno motor ventral da medula Tem aproximadamente 1 milho de fibras 90% tem 1 a 4 micrmeros de dimetro 67% so mielinizadas 4% tem dimetro maior que 20 micrmeros = axnios das clulas gigantes de Betz Clulas de Betz so encontradas no giro pr-central e lbulo paracentral anterior (crtex motor primrio)Curso Do crtex, um macio de fibras subcorticais forma a coroa radiata, se afunilam no brao posterior da cpsula interna e descem at os 3/5 mediais do pednculo cerebral, ou cruz do crebro, no mesencfalo Aps passar na parte ventral da ponte, cruzam maciamente em colunas no bulbo ventral (Pirmides) 75% a 90% das fibras decussam nas pirmides para o lado oposto, formando o trato crtico-espinhal lateral contralateral 10% a 25% no cruzam e formam ipsilateralmente o trato crtico-espinhal ventral, decussam prximo ao trmino Conexo final ocorre no corno anterior (ponta ventral) e da faz sinapse com o neurnio motor inferiorTrato rubro espinhal Origem no ncleo rubro do segmento enceflico Controla os tnus dos msculos flexores e excitatrio aos neurnios motores destes msculos Esta ventral ao trato crtico espinhal lateralLeses medularesSndrome do neurnio motor inferior Fraqueza (paresia) ou paralisia (plegia) de msculos individuais Atrofia muscular Hipotonia resistncia diminuda ao estiramento passivo Arreflexia Fasciculao contraes espontneas visveis de unidades motoras Fibrilao apenas pela ENMGPoliomielite anterior aguda (paralisia infantil) Inflamao viral aguda que lesa corpo celular do neurnio motor inferior (corno ventral da medula espinhal), pelo vrus da plio, causando paralisia dos msculos e rpida atrofia (perna seca)Doena de Werdnig Hoffmann Atrofia muscular infantil progressiva doena herodofamiliar degenerativaSndrome do neurnio motor superior Resultado de leso de neurnios corticais cortiespinhais e corticobulbares Chamada de leses dos tratos piramidais Leses podem ocorrer em vrios nveis do neuroeixo do crtex cerebral medula Fraqueza ou paralisia dos movimentos especficos (extenso dos membros superiores e flexo dos inferiores fraqueza piramidal) Ausncia de atrofia muscular Espasticidade resistncia aumentada ao estiramento passivo dos msculos Hiperreflexia com clonus Sinal de Babinski (vdeos do Sergio) resposta extensiva plantarDoena do neurnio motor E.L.A. Doena degenerativa crnica Afeta o neurnio motor inferior, em seu corpo celular (corno ventral) e tambm o neurnio motor superior pela degenerao do trato corticoespinhal Ou seja, h fraqueza/ atrofia muscular, hipotonia e fasciculao/ atrofia muscular progressiva (pela leso das clulas da ponta ventral) e espasticidade/ hiperreflexia (pela leso dos tratos descendentes) rotineiro se ouvir as disfunes do neurnio motor superior como sinais piramidais A leso da via piramidal (trato corticoespinhal) causa sinal de Babinski e perda de movimentos individuais A hiperreflexia e a espasticidade so causadas pelas vias extrapiramidais (reticulo-espinhais, rubro-espinhais)Leses da medula espinhal As leses focais da medula espinhal e das razes nervosas produzem sinais e sintomas de duas maneiras: a leso destri a funo a nvel segmentar, e a leso interrompe a passagem de informao dos tratos motores ascendentes ou sensoriais descendentesLeso da medula cervical superiorA seco completa em C3 causaria: Tetraplegia espstica Hiperreflexia Sinal de Babinski Incontinncia Perda sensorial abaixo do nvel da leso Ataxia sensorialLeso da medula cervical inferiorA seco completa de C5 causaria: Fraqueza, atrofia, fasciculao e arreflexia dos membros superiores (leso nas razes/ neurnio motor inferior) Paraparesia espstica, hiperreflexia, resposta plantar extensora das pernas, com incontinncia, perda sensorial abaixo do nvel da leso e ataxia sensorialLeso da medula torcicaA seco completa de T4 causaria: Paraparesia espstica, hiperreflexia, resposta plantar extensora (neurnio motor superior) Incontinncia, perda sensorial abaixo do nvel da leso e ataxia sensorial

Leso na medula lombarA seco completa da cauda equina causaria: Fraqueza, atrofia, fasciculaes dos msculos, com arreflexia dos membros (leso de neurnio motor inferior) Incontinncia, perda sensorial abaixo do nvel da leso e ataxia sensorialHemiseco da medula (Brown-Squard) Coluna dorsal: perda ipsilateral do tato discriminativo, posio, vibrao abaixo da leso Espino talmico: contralateral, perda de dor e temperatura abaixo da leso, tato fino, 3-4 segmentos abaixo Perda ipsilateral da propriocepo (no sente vibrao, posio segmentar, pela leso trato grcil e cuneiforme) Perda ipsilateral das funes neurnio motor superior (monoplegia/ hemiplegia) Perda contralateral de sensibilidade trmica e dolorosaHrnias discais mielopatias Extruso do ncleo pulposo para dentro do canal vertebral Pode comprimir a medula ou o nervo espinhal Maior causa de dor lombar e na perna (90% na L4-L5 e L5-S1, 10% C5-C6 e C6-C7) Caracteriza-se por sintomas radiculares-parestesia, dor, perda sensitiva, arreflexia, perda de fora

Rever as questes do banco de dados:7.10.14.17.Mesencfalo: pednculos cerebrais, substncia negra, tegmento, tecto 55. S refazer73.76. 81. 87. 89.

ESTUDAR NEURNIOS MOTORES SUPERIORES/ INFERIORES DE CABO A RABOTRATOS ASCENDENTESFascculo grcil: sensitivos do tato epicrtico de mmii (propriocepo consciente), e poro inferior do trax No decussa na medulaFascculo cuneiforme: sensitivos do tato epicrtico de mmss (propriocepo consciente), e poro superior do tronco No decussa na medulaTrato espinotalmico lateral: dor e temperatura decussa na comissura branca anteriorTrato espinotalmico anterior: tato protoptico e presso decussa na comissura branca anteriorTrato espinocerebelar anterior: propriocepo inconsciente e retroalimentao, e descruza, ou seja, para efeitos prticos no decussaTrato espinocerebelar posterior: propriocepo inconsciente, NO decussaTRATOS DESCENDENTES