Gerenciamento da Qualidade - Professora Andrieza Magna Vieira.pptx
O GERENCIAMENTO DE CATEGORIA DA
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SINERGIA SISTEMA DE ENSINOINSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAO
ADMINISTRAO
O GERENCIAMENTO DE CATEGORIA DALINHA INFANTIL DE HIGIENE NO
SUPERMERCADO MINIPREO LOJACORDEIROS
Kaio Rodrigues de Souza
Navegantes/SC2008
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Kaio Rodrigues de Souza
GERENCIAMENTO DE CATEGORIA-LINHA INFANTIL DE HIGIENENO SUPERMERCADO MINIPREO-LOJA CORDEIROS
Trabalho de Concluso apresentadoa banca examinadora do curso deadministrao da Faculdade Sinergiapara obteno do grau de Bacharelem Administrao.
Orientador:Profo Fernando Taizo Kobayashi
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CERTIFICADO DE APROVAO
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Agradeo primeiramente a Deus, queme proporcionou este momento, e
tambm a meus pais, Gilson e
Heliete, pelo amor demonstrado
durante o decorrer deste trabalho;
As meus familiares, amigos e minha
namorada Suelen;
Ao meu orientador Fernando Taizo
Kobayashi, pela colaborao e
pacincia.
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De tudo ficaram trs coisas: a certeza
de que estamos sempre comeando.
A certeza de que preciso continuar.E a certeza de que podemos ser
interrompidos antes de terminarmos.
Faamos da interrupo um caminho
novo. Da queda um passo de dana,
do medo uma escada, do sonho uma
ponte, da procura um encontro.
(Fernando Sabino - 1956)
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EQUIPE TCNICA
a) Nome do Estagirio
Kaio Rodrigues de Souza
b) rea de Estgio
Administrao
c) Supervisor de Campo
Gilson Jos de Souza
d) Orientador de Estgio
Prof Fernando Taizo Kobayashi
e) Coordenador de estgio
Prof Jader Rieffe de Almeida
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DADOS DE IDENTIFICAO DA EMPRESA
a) Razo Social
Mini Preo
b) Endereo
Rua Reinaldo Schimitausen
Itaja-SC
c) Setor de Desenvolvimento do Estgio
Administrao Geral
d) Durao do Estgio
300 horas
e) Nome e Cargo do Orientador de CampoGilson Jos de Souza
f) Carimbo e Visto da Empresa
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AUTORIZAO DA EMPRESA
O supermercado Mini Preo, pelo presente instrumento, autoriza a Faculdade
Sinergia de Navegantes, a publicar em sua bibliografia, o trabalho de concluso de
curso, executado durante o Estgio supervisionado, pelo acadmico Kaio Rodrigues
de Souza.
Navegantes, 17 de novembro de 2008.
____________________________________________Mini Preo
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RESUMO
O GERENCIAMENTO DE CATEGORIA LINHA INFANTIL, NO SUPERMERCADO
MINI PREO DE CORDEIROS.
Este trabalho aborda o Gerenciamento por categorias que nada mais que umprocesso de parceria entre varejista e fornecedor que consiste em definir categoriasde produtos conforme a necessidade, que atendam os consumidores. Tem comoobjetivo aumentar as vendas e a lucratividade por meio de esforos para agregar
maior valor ao consumidor final. Por isso, o acadmico resolveu aplicar nosupermercado Mini Preo.O acadmico teve livre acesso aos dados disponibilizados pelo responsvel daorganizao. As referncias prticas foram tomadas da KOBATECH, tendo comobase teorias da administrao. A pesquisa foi qualitativa, onde foram observados osdados para sugerir o enquadramento na metodologia de Gerenciamento deCategoria aos administradores da organizao. De maneira geral, os resultadosobtidos foram satisfatrios, quanto aos objetivos propostos inicialmente. Asrespostas obtidas foram de fcil interpretao, possibilitando assim uma analise bemestruturada e a construo de sugestes poder servir como base para variasmelhorias, desenvolvimento e futuras implementaes.
Concluindo, esse TCC foi de grande valor para o estagirio que conseguiu atingirseus objetivos de estudo, assim como para a empresa que possibilitou aidentificao de disfunes.
Palavras chave: Gerenciamento de categoria, parceria, aumento de vendas, unidade
estratgica e consumidor.
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LISTA DE GRFICOS
Grfico 1: Participao de Vendas--------------------------------------------------------42
Grfico 2:Vendas por seguimento loja 4-------------------------------------------------51
Grfico 3: Anlise do Faturamento loja 4------------------------------------------------52
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LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Interpretao quadro curva ABC -------------------------------------------------36Quadro 2: rvore de deciso --------------------------------------------------------------------41
Quadro 3: Perfil do shopper x participao de vendas ----------------------------------- 41
Quadro 4:Vendas por produto e faturamento por categoria------------------------------50
Quadro 5: Receita Operacional Lquida e lucro por unidade-----------------------------50
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Pilares do ECR-----------------------------------------------------------------25
Figura 2: Metodologia do gerenciamento por categoria--------------------------33
Figura 3: distribuio tpica e usual da curva ABC --------------------------------35
Figura 4: Fachada da loja 04 Bairro CORDEIROS -----------------------------44
Figura 5: Fachada da loja 04 Bairro CORDEIROS -----------------------------44
Figura 6: Organogramas da empresa ------------------------------------------------45
Figura 7: Layout higiene Infantil da loja 04- Cordeiros--------------------------45
Figura 8: Layout higiene Infantil da loja 04- Cordeiros --------------------------46
Figura 9: Layout higiene Infantil da loja 04- Cordeiros --------------------------46
Figura 10: Layout higiene Infantil da loja 04- Cordeiros -------------------------47
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABNT______________Associao Brasileira de Normas Tcnicas
CD________________ Centro de Distribuio
ECR_______________Efficient Consume Response
GC________________ Gerenciamento de Categoria
JIT________________ Just in Time
SKUs______________Stock Keeping Unit-
TQC_______________Total Quality Management
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SUMRIO
1 INTRODUO ..................................................................................................... 14
2 FUNDAMENTAO TERICA .......................................................................... 172.1 Administrao ................................................................................................... 17
2.2 JIT (just in time) ................................................................................................ 182.3 Kanban .............................................................................................................. 202.4 ECR (Efficient Consumer Response). ............................................................. 242.4 Estratgia Competitiva ..................................................................................... 272.4.1 Liderana de Custo.......................................................................................... 272.4.2 Diferenciao................................................................................................... 282.4.3 Enfoque. .......................................................................................................... 282.4.4 Meio Termo ..................................................................................................... 292.5 Gerenciamento de Categoria ........................................................................... 29
2.6 Gesto de estoque............................................................................................ 34
2.6.1 Curva ABC....................................................................................................... 352.6.2 Montagem da curva ABC................................................................................. 372.6.3 Reposio Contnua ........................................................................................ 382.7 Caracterizao da Categoria BEB: ............................................................... 402.7.1 Mercado brasileiro sculo 21:.......................................................................... 402.7.2 Recomendao de layout ................................................................................ 412.7.3 rvore de deciso............................................................................................ 412.7.4 Perfil do shopper x participao em vendas.................................................... 422.7.5 Participao das verses nas vendas ............................................................ 433 APRESENTAO DA EMPRESA ....................................................................... 443.1 Caracterizao da Empresa ............................................................................. 44
3.1.1 Histrico........................................................................................................... 443.1.2 Misso ............................................................................................................. 443.1.3 Estrutura Organizacional ................................................................................. 463.1.4 Anlise do Mercado......................................................................................... 484 METODOLOGIA.................................................................................................... 504.1Caracterizao da Pesquisa ............................................................................. 505 ANLISE DOS RESULTADOS............................................................................. 515.1. Vendas por produtos e faturamento no perodo (01/09/2008 a 30/09/2008) 515.1.1 Anlise das Vendas......................................................................................... 53
5.1.2 Anlise do Faturamento por segmento............................................................ 54
6 SUGESTO PARA EMPRESA ............................................................................. 557 CONSIDERAES FINAIS .................................................................................. 57REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ........................................................................ 58APNDICES............................................................................................................. 61ANEXOS .................................................................................................................. 62
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1 INTRODUO
As transformaes que ocorrem mundialmente, atravs dos avanos
tecnolgicos provocados pela disponibilidade do acesso as informaes, geram
mudanas constantes e profundas no nosso dia a dia.
A evoluo permanente da cincia administrativa tem auxiliado os
administradores a solucionar problemas e conflitos, assim como promover e se
antecipar a situaes que favoream as organizaes a identificarem e agirem em
prol da manuteno e desenvolvimento das mesmas.
A responsabilidade do administrador tem sido a mesma, porm, as
habilidades e conhecimentos que lhe so necessrios tem que evoluir sempre, para
que ele possa acompanhar essa evoluo que ocorre mundialmente. Desta forma
no se admite que o administrador desconhea as cincias, a ele disponibilizado.
Um ponto importante que deve ser abordado a filosofia do Justin inTime
que teve seu incio na dcada de 50, sendo aplicada, inicialmente, na indstria
automobilstica.
Aos poucos os princpios gerais dessa filosofia foram se consolidando, e seus
conceitos difundidos para o ramo de autopeas e eletrnica. (Em que o Japocomeou a ser reconhecido como padro de excelncia). Nos anos 80, com avano
da economia japonesa, a filosofia do Justin in Timepassou a receber maior ateno
dos estudiosos em sistema de produo e tornando-se universalizada e implantada
com sucesso no mundo ocidental. J no inicio dos anos 90, devida s mudanas
econmicas que ocorreram, na forma de pensar de Terra (2001, p. 4) Passou a ser
acionada pela ponta da demanda e no mais pela oferta. Assim, os empresrios do
setor tiveram que recorrer a novas ferramentas de gesto, entre quais se destaca oECR-Efficient Consumer Response. Uma das ferramentas do ECR o
gerenciamento de categoria.
E o presente trabalho se refere a esta ferramenta do ECR, que o
Gerenciamento de Categoria, que ser desenvolvido pelo acadmico em uma loja
da Rede de Supermercados Mini Preo.
A base no Brasil a Associao ECR Brasil, que atua como facilitadora do
processo: agrega as empresas interessadas, forma comits de trabalho em cada umdos temas de desenvolvimento prioritrios (padronizao e logstica, mensurao,
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reposio eficiente, gerenciamento de categorias), agenda reunies destes
comits, disponibiliza o local para as reunies, seleciona consultorias especializadas
em cada tema para apoiarem os trabalhos dos comits, busca experincias de
outros pases, divulga informaes e resultados, promove cursos e palestras para
difundir os conceitos e qualificar profissional e outras atividades afins.
As referncias prticas sero tomadas da KOBATECH (Kobatech, 2008) que
aplica os processos em grandes redes de varejo e em pequenos supermercados do
PR e SC j h mais de 15 anos.
O Objetivo geral do trabalho constitui em aplicar em uma loja do Mini Preo,
um piloto de gerenciamento de categoria, visando maximizao das vendas e a
lucratividade com o menor investimento com estoques desta categoria.H tambm os objetivos especficos que so:
Alterar o layout conforme a necessidade encontrada.
Aumento da rentabilidade da categoria, atravs da definio de estratgias e
papis claros para os segmentos de produtos.
Identificar a rentabilidade dos produtos da categoria.
Independente do tamanho da organizao, as aes administrativas devem
estar presentes em todas as atividades que compem a mesma. Algumas podemser mais complexas ou ter apenas algumas atividades que exijam um envolvimento
maior das pessoas, desde o seu planejamento e execuo, at o seu atendimento
final.
O estudo, deste acadmico, oportuniza para a cincia o desenvolvimento de
seu objetivo ou ate mesmo, surgir deste, pontos de estudo, atravs de observaes
especficas que pode possibilitar a este acadmico, ou a outros, desenvolver novos
trabalhos. Tal estudo original a cincia administrativa e indito na empresa emestgio, visto que no tenha sido executado, at o momento, nenhum tipo de
trabalho na mesma.
Espera-se que o resultado, aps o trmino deste trabalho, tenha realmente
favorecido a conseqentes melhorias no desempenho da organizao estagiada,
possibilitando a quem se utiliza dos produtos e servios prestados pela mesma, uma
melhor satisfao das suas expectativas.
A importncia para o acadmico, ao desenvolver o estgio, foi que possibilitou
a enfrentar problemas reais na organizao, a aprofundar reas de interesses, a
experimentar a observao de possveis problemas com uma responsabilidade
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limitada, a aplicar na prtica os conhecimentos tericos adquiridos no curso e poder
analisar, no final do desenvolvimento do trabalho, os possveis desvios entre a
realidade do momento futuro com a desejada.
Os custos para desenvolvimento do estgio no foram cobertos pela empresa
e sim, viabilizados pelo acadmico, envolvendo a utilizao de vrios materiais.
A empresa no demonstrou atitudes defensivas, pois se props e
disponibilizou, ao estagirio, todas as informaes necessrias para se diagnosticar,
avaliar e interpretar aos dados necessrios para o desempenho dos estudos da
organizao.
Quanto s aes dentro do mercado, o gerente deixou o estagirio circular
em todos os departamentos, com autonomia de questionar e buscar informaes emtodos os setores para o desempenho pleno do objetivo do estagio.
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2 FUNDAMENTAO TERICA
2.1 Administrao
A administrao vem sofrendo constantes mudanas devido ao mercado, que
cada vez mais competitivo e exige muita velocidade e flexibilidade nas aes e
decises que devem elaborar ou tomar.
Dentro destas condies, os administradores devem ter vises e habilidades
que tragam resultados positivos para a organizao, atravs de administraes
flexveis e equilibradas.
Segundo Kwasnicka (1988, p.17) a administrao cientifica significa:
Aquela que utiliza mtodos da cincia para tomar decises e estabelecer um curso deao. Todos os esforos so feitos para obter informaes completas, validas,confiveis e pertinentes ao problema em questo antes de ser tomada qualquerdeciso. Sob essas condies, as decises so consistentes e derivadas dasinformaes obtidas, e o subseqente curso de ao sujeita a rigorosa controles deprocedimentos com correo da deciso original.
Para Chiavenato (1983, p.06), a palavra administrao vem do latin AD
(direo, tendncia para) e minister (subordinao ou obedincia), isto , aquele que
realiza uma funo abaixo do comando de outrem ou aquele que presta um servio
a outro.
Chiavenato (1987), prev que a tarefa administrativa cada dia se torna mais
incerta e desafiadora, devido ao grande nmero de variveis, mudanas e
transformaes carregadas de ambigidades e incertezas. O Administrador se
defrontar com problemas multifacetados e cada vez mais diferentes e complexos
do que os anteriores, e sua ateno sero disputados por eventos e grupos situados
dentro e fora da organizao, que iro lhe proporcionar informaes contraditrias
que complicaro o seu diagnstico e sua viso dos problemas a serem defrontados.
A administrao resulta no acompanhamento contnuo das atividades, onde
se devem avaliar as metas propostas e compar-las com as que j foram obtidas
anteriormente, para que possam ser corrigidas e melhoradas.
Os processos administrativos compreendem quatro funes bsicas, as quais
o administrador deve ter conhecimento e domnio.
A maior parte dos tericos ordena as funes administrativas em: Planejar,
Organizar, controlar e dirigir.
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Segundo Maximiano (2000,p27) planejar o processo de definir objetivos,
atividades e recursos.
Planejar a primeira funo administrativa, o alicerce que serve como base
para as outras funes.
O segundo organizar, outro elemento importante dentro de uma
organizao, visto que uma empresa mal organizada dificilmente passar da fase de
sobrevivncia no seu ciclo de vida.
Segundo Stoner e Freeman (1995,p. 06) organizar o processo de arrumar
e alocar o trabalho, a autoridade e os recursos entre membros da organizao, de
modo que eles possam alcanar eficientemente os objetivos da mesma.
Em seguida vem o controle que para Fayol (1989, p.130) consiste emverificar se tudo corre de acordo com a programa adotado, as ordens dadas, e os
princpios admitidos.
E por ltimo vem direo, outro ponto importante visto que uma m direo
pode anular todo o trabalho de organizao e designao do pessoal da empresa e
pode dificultar a consecuo dos objetivos.
A direo a funo administrativa de gerir a organizao medida que esta
ativamente executa os planos. Um diretor comparvel a um piloto dirigindo seuavio para o objetivo, ou um capito na ponte de comando do navio, medida queeste navega em direo do porto. JUCIUS E SCHLENDER (1981, p. 19).
2.2 JIT (just in time)
O JIT um processo, que tem por objetivo a otimizao da produo,
enquanto o TQC seria um processo voltado para a identificao, busca de soluesdos problemas. Porm, para Tubino (2000), no parece correto separar as questes
de forma to imediata, pois o JIT e o TQC possuem uma interface comum muito
grande, e sua aplicao conjunta, proveniente de sua origem japonesa, parece ser a
melhor escolha no caso de maior sucesso a prpria TOYOTA. TUBINO (2000)
enfatiza que a filosofia JIT tem alguns conceitos e tcnicas que so:
Satisfazer as necessidades dos clientes
Eliminar desperdcios
Melhorar continuamente
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Envolver totalmente as pessoas
Organizao e visibilidade
Satisfazer as necessidades dos clientes: Busca entender e responder as
necessidades dos clientes, da maneira que o cliente solicitar, oferecendo ao mesmo
o produto certo na hora em que for solicitado. Existem vrias maneiras de melhorar o
relacionamento com os clientes, podem-se citar algumas:
Reduzir os custos internos dos clientes;
Produzir pequenos lotes com qualidade;
Ser flexvel;
Reduzir os estoques do cliente;
Projetar em conjunto com o cliente
Eliminar desperdcios: Visa fazer uma anlise nas atividades realizadas na
produo, com o nico objetivo de eliminar as atividades que no agregam valor. A
eliminao de tudo que no agrega valor ao produto implica inicialmente, identificar
o que acrescenta valor para o cliente do produto, e em seguida, o que no
acrescenta valor. Uma classificao de desperdcios bastante usada proposta por
Shingo (1996), que identifica sete categorias:
Desperdcio de superproduo;
Desperdcio de espera;
Desperdcio de movimentao e transporte;
Desperdcio da funo processamento;
Desperdcio de estoques;
Desperdcio de movimentos improdutivos;
Desperdcio de produtos defeituosos.
Melhorar continuamente: Kaizen, tambm conhecido por melhoria continua, uma
filosofia que tem por objetivo fazer com que a empresa no passe um dia sem
querer melhorar sua postura competitiva. Todos dentro da empresa so
responsveis por isto, e devem trabalhar nesse sentido. E importante, sob a tica do
melhoramento continuo, estabelecer metas bastante otimistas, mesmo que
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inatingvel como forma de direcionar o incremento de produtividade. As metas da
filosofia JIT so:
Zero de defeito;
Zero de estoque;
Zero de movimentao;
Zero de lead time;
Zero de tempo de setups;
Lotes unitrios.
Envolver totalmente as pessoas: praticamente O Justin in Time tem todos os seus
princpios regados ao envolvimento total das pessoas. Mudanas de atitude em
termos humanos so solicitadas por toda a empresa, principalmente nos nveis
gerenciais. De acordo com Tubino (2000), necessrio deixar claro que as
pessoas, e no as tecnologias so a prioridade numero um da empresa.
Organizao e Visibilidade: Para que ocorra a eliminao dos desperdcios e a
motivao das pessoas, a organizao e a visibilidade se tornam um requisito
indispensvel. A organizao do ambiente de trabalho passa pela reformulao dos
layouts convencionais, pela definio de locais especficos para armazenagem de
materiais em processo e ferramentas, e pela prpria postura dos funcionrios ao
seguirem os padres de higiene e segurana.
Os princpios expostos, que em seu conjunto do forma a filosofia JIT, no
so fceis de ser implementados. Se fossem, no dariam uma vantagem competitiva
as empresas que no alcanassem. Alem do mais, a prpria questo da busca pelo
melhoramento contnuo diferenciara as empresas que chegarem a solues maissatisfatrias para seus problemas.
2.3 Kanban
De acordo com Moura (1999), o sistema KANBANsegue uma abordagem de
JUST IN TIME (otimizao da produo), que diz respeito ao controle na fabricao
dos produtos necessrios, na quantidade e no momento (tempo) necessrios. umdos elementos que diferenciam o planejamento e controle da produo dos sistemas
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convencionais, uma ferramenta de puxar para que se possa obter a produo no
tempo exato, com um carto que especifica o tipo e quantidade do produto que o
processo precedente ter que produzir, ou seja, no se produz nada at que o
cliente (interno ou externo) de seu processo solicite a produo de determinado item,
enquanto que os outros mtodos tradicionais de programao empurram um
conjunto de ordens para serem feitas no perodo.
Segundo Moura (1999, p.27) KANBAN um mtodo que reduz o tempo de
espera, diminuindo o estoque, melhorando a produtividade e interligando todas as
operaes em fluxo uniforme ininterrupto.
Pode se entender que o sistema kanban tem como funes bsicas minimizar
os estoques de produtos acabados; reduzir o tempo de produo; evitar o volume deproduo entre processos; reduzir os erros na fabricao do produto; permitir o
controle visual do processo produtivo; e fornecer os materiais conforme suas
necessidades de produo.
De acordo com Moura, (1999, p. 27) o principal objetivo do sistema KANBAN
converso de matria-prima em produtos acabados, com tempo de espera igual
aos tempos de processamento, eliminando todo tempo em fila do material e todo o
estoque ocioso.As empresas ao implantarem esse sistema, utilizam os seus prprios cartes
de acordo com as suas necessidades de informaes, pois esse sistema funciona
com base no uso de sinalizao para ativar a produo e movimentao dos
produtos da empresa.
KANBAN em japons, significa carto ou bilhete, e de acordo com as
necessidades de informaes que se pretende obter, os cartes KANBAN podem
ser dividir em dois grupos; o de produo, que autoriza a fabricao ou montagemde determinado produto e de requisio, que autoriza a movimentao do produto
entre cliente e fornecedor.
Utiliza-se freqentemente os cartes kanbans para autorizar a produo e
movimentao do produto e, conforme Moura (1999), existem vrios tipos de
Kanban:
Painel Porta-kanbans: este mtodo utiliza um quadro colorido com as
cores verde, amarelo e vermelho na clula ou estao de produo par
indicar o fluxo de consumo de cada item;
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KANBAN Disparo: um carto que pula processos na seqncia de
fabricao;
KANBAN Especial: mtodo usado para produo sob encomenda;
KANBAN de Ordem de Servio: mtodo preparado para a linha de
produo, por ordem de servio e emitido para cada servio;
KANBAN Expresso: funciona como ordem de processamento de primeira
prioridade e so emitidos quando problemas na linha causam a falta de
itens;
KANBAN de Emergncia: emitido temporariamente, quando o inventario
exige a reposio de unidades com defeito e h problemas nas maquinas;
KANBAN de Etiqueta: uma etiqueta especificando as peas, quantidades e
quando as mesmas devem ser penduradas fixada em cada gancho, em
intervalos regulares;
KANBAN de Aviso: usado na produo por encomenda, ele indica o nvel
do estoque de segurana de uma pea no contenedor;
KANBAN de Gatilho: esse mtodo funciona num processo de produo
em lotes e usa um carto para representar cada contenedor, quando os
cartes so devolvidos ao departamento de produo, estes criam um
programa de reposio, acionando a produo;
KANBAN de Sinalizao: mtodo usado quando o tempo de preparao
muito alto e impede que seja fabricado um contenedor por vez, de acordo
com o recebimento de cartes;
KANBAN Contenedor: este mtodo utiliza o prprio contenedor como
carto, o contenedor desligado para um item particular e seu retorno
para o centro de produo determina a seqncia e o programa dereposio;
KANBAN Carreta ou Carrinho: esse mtodo muito eficiente quando
utilizado em combinao com um carrinho;
Quadro KANBAN: so mtodos usados para organizar o local de produo
para o controle visual;
KANBAN Eletrnico: este mtodo utiliza computadores e impressoras
como dispositivos de comunicao entre os departamentos;
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KANBAN de Fornecimento: mtodo usado para solicitar materiais dos
fornecedores, contendo informaes sobre a doca especifica de
recebimento onde entregar, os horrios de entrega, etc;
Para que ocorra o funcionamento adequado do sistema KANBAN,
necessrio seguir 5 regras fundamentais para alcanar o sucesso do sistema.
Conforme Moura (1999), as regras so as seguintes:
Regra 1: O processo subseqente deve retirar, no processo precedente, os
produtos necessrios, nas quantidades necessrias e no tempo necessrio, que
significa: qualquer retirada sem um KANBAN ser proibida; qualquer retirada que formaior que o numero de kanbans proibida; e o KANBAN deve sempre ser fixado ao
produto fsico.
Regra 2: O processo precedente deve fazer seus produtos nas quantidades
requisitadas pelo processo subseqente, que significa: produo superior ao numero
de cartes KANBAN proibida; quando vrios tipos de peas esto para ser
produzidas no processo precedente, suas produes devem seguir a seqncia
original em que cada carto de KANBAN foi entregue.Regra 3: Produtos com defeito no devem ser enviados ao processo
subseqente, que significa a importncia da qualidade nos produtos fabricados em
cada etapa do processo;
Regra 4: KANBAN usado para adaptar flutuaes na demanda. (Auto-
sincronismo da produo por KANBAN), que significa que o numero de kanbans
deve reflete a quantidade de material em processo;
Regra 5: O nmero de kanbans deve ser minimizado, que significa que acapacidade do sistema de se adaptar as alteraes na demanda do produtos.
Esse tipo de sistema um instrumento operacional e no interfere com as
atividades de planejamento da empresa, este mtodo foi desenvolvido visando
permitir o controle visual ao longo das etapas de fabricao do produto e deste
modo, possvel identificar facilmente as irregularidades, possibilitando sua
correo imediata.
O KANBAN tem forte ligao com os sensos de organizao e utilizao de
modo que no se espera que a produo pare sem necessidade da manuteno de
materiais no local da produo que esto sendo utilizados.
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A comparao desta ferramenta com as avaliaes do Programa 5s ocorre no
sentido de que as mesmas esto voltadas para garantir a manuteno da
organizao no local de trabalho e a utilizao consciente dos materiais utilizados
para realizao dos processos.
2.4 ECR (Efficient Consumer Response).
O ECR surgiu nos Estados Unidos no incio da dcada de 1990 por iniciativa
das empresas Wal Mart e Procter & Gamble. No Brasil, a ACNielsen, e a Associao
Brasileira dos Supermercados vm desenvolvendo e disseminando o conhecimento
e a aplicao desses novos instrumentos de gesto junto aos seus filiados.O ECR pode ser visto como uma estratgia de gesto direcionada para o
setor varejista. O ECR pode ser definido como:
uma estratgia em que o varejista, o distribuidor e o fornecedortrabalham muito prximos para eliminar custos excedentes da cadeia deabastecimento e melhor servir ao consumidor. Por meio do foco de integraros processos logsticos e comerciais ao longo de toda a cadeia desuprimento, em vez da e.cincia individual das partes, pode-se obterbenefcios significativos quanto diminuio dos custos operacionais e
administrativos, reduo dos nveis e dos custos de manuteno dosestoques, otimizao da produo, incremento em vendas e melhorias narelao indstria /varejo (ECR BRASIL, 1998, p. 13).
Segundo Kinsey e Ashman (2000, apudAlcntara e Marques, 2004), o ECR
composto essencialmente por dois elementos, tecnologia e relacionamento ou
parceria, sendo considerados tambm como os maiores obstculos na sua
implementao. A tecnologia pode ser representada pela adoo de EDI,
recebimento eletrnico, anlises de movimentao de produtos, utilizao de
scanners, e o uso de planogramas, que nada mais do que a representao grficados espaos de gndola e frentes para itens individuais, que compe uma categoria
inteira ou seo para alocao de espao nas gndolas. J o componente
relacionamento refere-se s decises compartilhadas entre os parceiros com relao
ao estabelecimento de preos, formas de propaganda, alocaes de espao e
promoes.
O ECR nasceu visando garantir a competitividade do varejo frente a crescente
concorrncia e a postura dos consumidores cada vez mais exigentes com relao a
preos, bom atendimento e prestao de servios de qualidade. De acordo com
Souza (et. al. 2005), para que a indstria de varejo apresente um bom desempenho,
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essencial apresentar conhecimento sobre o perfil dos seus clientes, pois so estes
que atualmente ditam as de mercado, escolhendo produtos, marcas e lojas que
atendam suas necessidades em determinado momento.
O ECR basicamente uma estratgia da cadeia de suprimentos em que
distribuidores e fornecedores trabalham conjuntamente em um sistema de aliana
entre as empresas que proporcione maior qualidade de servios ao consumidor e
possibilite operaes com custos reduzidos (ECR Brasil, 1998).
De acordo com o ECR Brasil (1998), as quatro estratgias bsicas viso a
cooperao entre varejistas e fornecedores para que possam assim criar valor
superior para os clientes e com custos reduzidos.
As quatro estratgias bsicas de acordo com o ECR Brasil, 1998, so:Reposio Eficiente:Une o consumidor, a loja de varejo, o centro de
distribuio do varejista e/ ou atacadista e o fornecedor em um sistema
integrado. A informao precisa fluir rapidamente atravs das
conexes EDI entre parceiros comerciais, enquanto os produtos fluem
com menos manipulao e menos faltas de estoque desde a linha de
produo at a cesta do consumidor.
Promoo Eficiente: D outro foco nas atividades promocionais dosfornecedores, transferido-as do patrocnio do varejista para as vendas
diretas ao consumidor. Um aspecto chave da promoo eficiente a
melhor combinao do fluxo promocional do produto com a
necessidade do consumidor, rendendo benefcios em operaes com
muito menos estoque no sistema e desenvolvendo melhor o mix de
promoes dentro da categoria.
Sortimento Eficiente: Focaliza a oferta de sortimento correto de
produtos aos consumidores-alvos. Isto proporciona o ponto de partida
essencial para o melhor uso da loja e do espao nas prateleiras. o
elo critico com o consumidor. A eficincia da adoo de gerenciamento
eficiente melhora as vendas e o lucro por unidade de espao. O
objetivo final do sortimento eficiente determinar a oferta mais
favorvel de produtos que obtenham a satisfao do consumidor e
tragam melhores resultados de negcios para os varejistas e
fornecedores.
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Lanamento Eficiente: Aplicam-se os processos de desenvolvimento e
introduo de novos produtos que ofeream uma soluo para as
necessidades dos consumidores que no esto sendo satisfeitas, ou
satisfeitas parcialmente com o mix atual de produtos. O objetivo fazer
com que os fornecedores e varejistas desenvolvam produtos mais
orientados para o consumidor a custos melhores mediante os esforos
conjuntos de ambos.
Figura 01- Pilares do ECRFonte: ECR Brasil 2003
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2.4 Estratgia Competit iva
Hoje no mundo competitivo que estamos onde as empresas buscam cada vez
mais o lucro e com a forte concorrncia interna e externa, a vantagem competitiva
algo fundamental para que a empresa consiga obter resultados expressivos no atual
cenrio.
De acordo com Porter (1989, p.1), a estratgia competitiva a busca de uma
posio competitiva favorvel em uma indstria, arena fundamental onde ocorre a
concorrncia. A estratgia competitiva visa estabelecer uma posio lucrativa e
sustentvel contra as foras que determinam a concorrncia na industria. Para uma
empresa ter alguma vantagem competitiva ela deve ter alguma coisa valiosa que a
diferencie das demais.
Dentre as vantagens competitivas existem as chamadas estratgias
competitiva genricas. Para Poter (1989, p9) estratgia competitiva a posio
relativa de um empresa dentro de sua indstria. O posicionamento determina se a
rentabilidade de uma empresa esta abaixo ou acima da mdia da industria.
Essas vantagens podem ser a liderana de custo, o processo de
diferenciao, o processo de enfoque e o meio termo.
2.4.1 Liderana de Custo
Sem duvida nenhuma a liderana de custo uma estratgia vital para que
uma empresa tenha um processo de diferenciao.
Para Porter (1989, p.57), custo pode ser definido como:
O custo tambm de importncia vital para estratgias de diferenciaoporque um diferenciador deve manter custo prximo da concorrncia. Amenos que o preo prmio resultante exceda o custo da diferenciao, umdiferenciador no ira conseguir alcanar um desempenho superior.
Hoje no varejo os custos devem ser uma preocupao constante para os
administradores.
Para Morgado (2001, p.176), De forma geral, se os custos estiverem bem
controlados, voc pode obter lucros de forma consistente, simplesmente mantendo
seus preos em nveis competitivos. Parte desses lucros pode ento ser usada para
promover seus produtos agressivamente e aumentar a visibilidade do negcio.
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Porm para conseguir a vantagem de custo a empresa precisa que ocorra a
sustentabilidade da vantagem de custo.
Para Porter (1989, p.103), a vantagem de custo s resultar um melhor
desempenho acima da mdia se a empresa conseguir sustenta-l.
2.4.2 Diferenciao.
A segunda estratgia genrica a diferenciao. Devido ao mercado cada
vez mais competitivo a diferenciao se torna um elemento importante de
diferenciao no mercado.
Para Porter (1989, P.12), Neste tipo de estratgia, uma empresa procura sernica em sua indstria, ao longo de algumas dimenses amplamente valorizadas
pelos compradores. A empresa deve ter algum atributo de valor que faa que se
diferencie das demais, como por exemplo o prprio produto ou em um sistema de
entrega pelo qual vendido dentre outras formas.
De acordo com Porter (1989, p,111), em geral as empresas tambm so
diferentes, mas no so diferenciadas, porque buscam formas de singularidade que
os compradores no valorizam. Normalmente, os diferenciadores ainda prestamateno insuficiente ao custo da diferenciao, ou sustentabilidade desta, uma vez
alcanada.
2.4.3 Enfoque.
Essa estratgia diferente das demais, pois esta enfocada na escolha do
ambiente competitivo dentro da indstria.Porter (1989, p.13),define o enfocador como:
O enfocador seleciona um segmento ou grupo de segmento excluindooutros. Otimizando essa estratgia para os segmentos alvo, o enfocadorprocura obter uma vantagem competitiva em seus segmentos alvo, muitoembora no possua uma vantagem competitiva geral.
Nesta estratgia, h duas variantes, no enfoque de custo que quando a
empresa procura uma vantagem no custo do segmento alvo e no enfoque na
diferenciao, quando a empresa busca uma diferenciao no segmento alvo.
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2.4.4 Meio Termo
Esta estratgia aquela, que a empresa tenta realizar todas as estratgias
genricas, porm no consegue realizar nenhuma delas. Isto ela no possui
nenhuma vantagem competitiva. Para Porter (1989, p.14), uma empresa no meio
termo, ira competir em desvantagem, porque o lder de custo, diferenciadores e
enfocadores estaro bem mais posicionados para competirem em qualquer
segmento.
Para essas empresas no meio termo, dificilmente tero lucros atrativos, s
ocorrer se esta empresa tiver uma estrutura favorvel, ou se seus concorrentestambm adote essa estratgia do meio termo. De acordo com Porter (1989, p.14),
ficar no meio termo normalmente a manifestao da relutncia de uma empresa
em fazer escolhas sobre como competir.
Porem ficar no meio termo tambm preocupa as empresas bem sucedidas
que comprometem sua estratgica genrica em troca de crescimento e prestgio.
2.5 Gerenciamento de Categoria
Com o decorrer dos anos o cenrio do varejo teve vrias mudanas. No
passado o consumidor no tinha tantas informaes sobre os produtos como tem
hoje, alm disso havia poucas opes de escolha. Porm com o passar do tempo o
consumidor ficou mais exigente, ele agora sabe o que quer, e deseja praticar a
compra de forma rpida e prtica.
Segundo o grupo ECR Brasil, (1998 pg 15), uma categoria pode ser definidacomo sendo um grupo distinto de produtos /servios que os consumidores
percebem ser inter-relacionado e /ou substituveis na satisfao de suas
necessidades.
O gerenciamento de categoria teve seu inicio em 1987, no momento em que
empresas como Procter & Gamble e Coca-Cola, resolveram alterar sua gesto de
marcas para gesto por categorias, objetivando aumentar o mix de produtos.
Essa prtica considerada elemento central da estratgia de sortimento
eficiente, sendo o gerenciamento por categorias uma ferramenta que visa obter uma
tima composio e exposio das diferentes categorias de produtos da loja, a
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composio dos produtos dentro da categoria, alm de proporcionar uma viso mais
ampla e completa sobre o perfil, preferncias e hbitos de compra dos consumidores
(ALCANTRA E MARQUES, 2004).
Neste processo, produtos individuais de vrios fornecedores so colocados
juntos em categorias, que passam a ser gerenciadas como unidades estratgicas de
negcios, de uma forma que os consumidores percebam ser inter-relacionadas ou
substituveis na satisfao de suas necessidades (KING e PHUMPUI, 1996;
HOGARTH-SCOTT e DAPRIAN, 1997; ECR BRASIL, 1998).
O gerenciamento de categoria considerado uma ferramenta que tem por
objetivo fidelizar os seus consumidores, j que essa ferramenta um diferencial em
relao aos concorrentes.Isso porque, de acordo com Dib (1997), essa ferramentavisa obter uma tima composio das diversas categorias de produto da loja e da
composio de produtos dentro da categoria, alm da aquisio de uma viso mais
completa sobre o perfil e os hbitos de compra dos consumidores. Para tanto, o GC
envolve a comunicao muito prxima e a cooperao entre vrias reas funcionais
tanto dos varejistas quanto de seus fornecedores.
A relao de parceria comea com o varejista, pois sem a condio de
gerenciar todas as categorias de forma eficiente (em um supermercado pode ter atmais de 250 categorias, por exemplo), busca fazer parcerias estratgicas com os
fabricantes (indstrias).
J, as indstrias se encontram em uma posio melhor por conhecer a
categoria em que atuam seus produtos (especializao), por ter know-how em
reunirem dados e transform-los em informao, por ter condies de realizarem
pesquisas de mercado para aumentar o conhecimento do comportamento do
consumidor, alm de possuir alguns recursos analticos e tecnolgicos que o varejono possui, tais como software para gesto de espao nas gndolas, de promoo,
e de otimizao de mercadorias.
De acordo com ECR Brasil (2001), para se pr em prtica implementao
do processo, preciso seguir alguns passos fundamentais:
1. A organizao deve estar preparada internamente, isto a diretoria tem que
estar alinhada. Deve se definir a equipe especifica para o gerenciamento,organizao da informao e tecnologia;
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2. . Deve se definir o capito da categoria, que nada mais do que a indstria
que o varejista escolhe para gerenciar, incluindo as marcas concorrentes,
sendo ele o co-responsvel junto com o varejista pelo monitoramento dos
resultados. Nesse processo de parceria, a indstria capito da categoria pode
apontar alguns problemas da categoria para o varejista, buscando convenc-
lo das necessidades de adaptaes, melhorias e mudanas na forma com
que este utiliza as ferramentas do GC. De forma idealizada, Ghisi (2001)
afirma que essa indstria deve, acima de tudo, atuar de forma a maximizar o
desempenho da categoria e no defender o seu produto ou criticar os dos
concorrentes diretos que atuam em uma mesma categoria. Caso isso ocorra,
de acordo com o mesmo autor, pode haver um impacto negativo na prpria
relao de negcio, colocando em jogo a credibilidade do trabalho em
conjunto desenvolvido.
3. . Estabelecer o contrato de confidencialidade, com a oficializao da parceria
entre indstria e varejo, valorizando a tica e a imparcialidade; e
4. Reunio Inicial, onde h a definio, pelos parceiros, das diretrizes sobre a
escolha da categoria a ser trabalhada, a estratgia associada e o cronograma de
trabalho.
importante compartilhar as expectativas, viso estratgica sobre a categoria
e definir conjuntamente os objetivos do plano Segundo ECR Brasil (1998) ,o GC
est fundamentado em seis componentes-chaves:
Carto de Metas: Serve para monitorar e medir o desempenho da categoria, j
definido pelos objetivos da organizao. Engloba as medidas internas e externas.
Informtica: O Gerenciamento de Categoria necessita quase que exclusivamente
da informtica para ajuda na tomada de deciso,alem do planejamento, anlise e
controle de desempenho da categoria
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Capacidade da Organizao: A capacidade organizacional o principal ponto
para a aplicao do gerenciamento de categoria. Isto porque ele serve para definir a
funo dos gestores da categoria, alm de servir para fazer a aplicao do
planograma da empresa. Para isso, importante que haja o envolvimento da alta
direo, a clara definio de responsabilidades, o conhecimento da ferramenta pelos
envolvidos no processo, a estrutura organizacional com apoio para as anlises de
dados, a orientao para resultados e o desenvolvimento e treinamento intensivo de
pessoal;
Parceria: O Gerenciamento de s existe se houver uma parceria entre o varejista e
fornecedores. Alguns varejistas obtm apoio de um fornecedor para ajud-lo agerenciar uma categoria. Conhecido como capito da categoria, esse fornecedor
compe uma aliana com o varejista para ajud-lo a obter informaes sobre o
consumidor e o mercado, visando melhorar o desempenho e o lucro potencial da
categoria;
Estratgia: A empresa antes de tudo deve ter um pensamento estratgico para
buscar uma orientao de esforos para oferecer valor aos consumidores, o
comprometimento da alta direo, o gerenciamento das categorias como unidades
estratgicas de negcios e a definio de uma estratgia de marketing,
abastecimento e relacionamento com o fornecedor; e;
Processo: So as atividades de maneira estruturada visando o desenvolvimento e
implementao de um Plano de Negcios de uma categoria. A metodologia utilizada
para implantao do Plano est baseada em oito etapas
bom que fique claro que para a realizao do gerenciamento de categoria,
no necessria a utilizao dos oito passos, isso porque cada organizao possui
uma realidade diferente da outra, mas extremamente importante avaliar o nvel de
profundidade, investimento e tempo, que so as variveis do processo. Alm disso,
como a realizao de processos de GC entre parceiros comerciais uma deciso
estratgica, necessrio que mudanas nas atitudes de trabalho aconteam,
comeando com a comunicao entre os parceiros, preparao de toda a equipe,
disponibilidade de informaes sobre dados de venda e mercado, receptividade a
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RevisodaCategoria
RevisodaCategoria
CONHECIMENTOCONHECIMENTODO CONSUMIDORDO CONSUMIDOR
AVALIAO DOS DADOSAVALIAO DOS DADOS
DEFINIO DASDEFINIO DASESTRATGIAS EESTRATGIAS ETTICASTTICAS
Definio da CategoriaDefinio da Categoria
Papel da CategoriaPapel da Categoria
Avaliao da CategoriaAvaliao da Categoria
Carto de Metas da Cat.Carto de Metas da Cat.
Estratgia da CategoriaEstratgia da Categoria
Ttica da CategoriaTtica da Categoria
Implementao do PlanoImplementao do Plano
sugestes e crticas, bem como a confiana no processo e no parceiro (ECR Brasil,
2001).
1- Define os produtos que formaro a categoria, e sua segmentao a partir da
perspectiva do consumidor;
2- Define a prioridade e o papel da categoria para a loja e seu pblico-alvo,
conforme a estratgia;
3- Analisa o desempenho da categoria (oportunidades de venda, lucro e retorno),
examinando as informaes sobre consumidores e mercado;
4- Define os objetivos a serem alcanados pelos varejistas e fornecedores;
5-Desenvolve as estratgias de mkt e de abastecimento de produtos para alcance
das metas da categoria6- Determina as aes especficas (sortimento, preo, apresentao nas gndolas,
promoes) para atingir os resultados previstos na estratgia;
7- Implementa um plano de negcios da categoria, mediante cronograma e
atribuies de responsabilidades.
Figura 02: Metodologia do gerenciamento por categoriaFonte: ECR Brasil (1998, p. 49).
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2.6 Gesto de estoque
O gerenciamento de estoque sem dvida um elemento muito importante
para que a cadeia de abastecimento tenha se modernizado tanto nos ltimos anos,pois uma ferramenta indispensvel para flexibilizar e reduzir o tempo de resposta,
assim como a melhoria do atendimento dos consumidores. Alm disso, o
gerenciamento de estoque algo indispensvel para a organizao visto sua
necessidade de monitorao do estoque, para que no haja defasagem no estoque
prejudicando o consumidor final.
Para Martins (2004, p.155),
...os estoques representam parcela substancial dos ativos das empresas, devem serencarados como um fator potencial de gerao de negcios e de lucros, assim, cabeao administrador verificar se esto tendo utilidade adequada ou sendo um pesomorto, no apresentando retorno sobre o capital neles investido.
Para que a gesto de estoque funcione h elementos que precisam ser bem
avaliados como o relacionamento entre o varejo e os fornecedores, visto que um
processo que deve ser conciso. Alem deste o nvel de estoque deve estar alinhado
com a demanda, para que no ocorra a defasagem do estoque, fazendo com que o
consumidor procure o concorrente na hora da busca pelo produto.
Segundo Martins (2004, p.155), a gesto de estoque constitui uma srie de
aes que permitem ao administrador verificar se os estoques esto sendo bem
utilizados, bem localizados em relao aos setores que deles se utilizam, bem
manuseados e bem controlados.
De acordo com Tubino (2000), na maioria das vezes os estoques so criados
para absorver problemas do processo produtivo. Porm, como os estoques no
agregam valor aos produtos, quanto menor o nvel de estoques com que o sistema
consegue trabalhar, mais eficiente ser.
As principais funes dos estoques segundo Tubino (2000) so:
Garantir a independncia das etapas produtivas: a existncia de
estoques entre as etapas de produo e distribuio permite a
independncia entre as etapas pois qualquer problema no ser
transmitido para as demais etapas.
Permitir uma produo constante: os sistemas de produo que
apresentam variaes sazonais em sua demanda ou em suas
matrias-primas mantm estoques de produtos de produtos ou
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matrias-primas para evitar que o ritmo da produo sofra grandes
variaes no perodo.
Possibilitar o uso de lotes econmicos: existem etapas do processo
produtivo que s permitem a produo ou movimentao de lotes
maiores que a necessidade de consumo imediato, gerando um
excedente que precisa ser administrado.
Reduzir os lead times produtivos: manter estoques intermedirios
dentro dos sistemas produtivos permite reduzir os prazos de entrega
dos produtos pelo fato de que ao invs de esperar pela produo ou
compra de item possvel retir-lo do estoque e us-lo imediatamente.
Como fator de segurana: variaes aleatrias na demanda so
administradas atravs da utilizao de estoques de segurana
baseados no erro do modelo de previso.
Para obter vantagem de preo: algumas empresas utilizam seus nveis
de estoque para se prevenir de possveis aumentos de preo ou
compram em quantidades superiores as necessrias visando obter
descontos no preo unitrio.
Alt e Martins (2005) citam vrios indicadores para analisar e controlar osestoques. O mais usualmente utilizado o inventario fsico.
O inventrio fsico consiste unicamente na contagem dos itens do estoque.se
ocorrer diferenas entre a contagem fsica e os registros de controle de estoques,
devem ser efetuados ajustes seguindo orientaes contbeis e tributrias. Inventrio
em demasia significa desperdcio, no agrega valor, no traz beneficio algum e no
garante a qualidade do produto ou do processo.
Para Morgado (2001), a contagem fsica, chamada inventrio, necessriapor varias razes. A idia principal delas confirmar a fidedignidade dos controles
que esto sendo praticados pela empresa, para dar confiabilidade no processo de
apurao dos dados.
2.6.1 Curva ABC
De acordo com Dias (1993) A curva ABC um importante instrumento para o
administrador; ela permite identificar aqueles itens que justificam ateno e
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tratamento adequados quanto sua administrao. Obtm-se a curva ABC atravs
da ordenao dos itens conforme a sua importncia relativa.
Verifica-se, portanto, que, uma vez obtida a variedade dos itens e sua
classificao ABC, disso resultam imediatamente a aplicao preferencial das
tcnicas de gesto administrativa, conforme a importncia dos itens.
Classe A:Grupo de itens mais importantes que devem ser tratados com uma
ateno especial pela administrao.
Classe B: Grupo de itens em situao intermediria entre as classes A e C.
Classe C: Grupo de itens menos importantes que justificam pouca ateno por
parte da administrao.
Figura 03 distribuio tpica e usual da curva ABC.
Fonte: Dias (1993)
A interpretao do grfico da Figura 3, Conduz-nos ao resumo abaixo, objetodo quadro 1:
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Quadro 1: interpretao e resumo do grfico da curva ABC
CLASSE% QUANTIDADE DE
ITENS % DE VALOR
A 5 75
B 20 20
C 75 5Fonte: Dias (1993)
Interpretando-se os resultados obtidos, pode-se afirmar que:
a. A classe A representa o grupo de maior valor de consumo e menorquantidade de itens, que devem ser gerenciados com especial ateno;
b. A classe B representa o grupo de situao intermediaria entre as classes A e
B;
c. A classe C representa o grupo de menor valor de consumo e maiores
quantidades de itens, portanto menos importantes, que justificam menorateno do gerenciamento.
2.6.2 Montagem da curva ABC
importante entender que a curva construda com base em qualquer dado, e
sempre apresenta o modelo da figura 7.
De acordo com Dias (1993), construo da Curva ABC, construda em 3 fases:
a. Elaborao da tabela mestra;
b. Construo do grfico;
c. Interpretao do grfico, com identificao plena de percentuais e
quantidades de itens envolvidos em cada classe, bem como de sua
respectiva faixa de valores.
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2.6.3 Reposio Contnua
O processo de compra normalmente realizado com base em informaes do
histrico de vendas e na experincia do comprador quanto demanda prevista. O
fator que se sobrepe , quase sempre, o sentimento do comprador sobre os
volumes a serem vendidos no perodo. Este sentimento, quase sempre espelha o
que j aconteceu nas vendas em perodos anteriores, com a percepo de que o
consumo do produto em um ano semelhante ao consumo do mesmo produto nos
anos anteriores.Outros fatores podem influenciar a demanda dos produtos nas lojas
tais como eventos festivos, situaes econmicas do mercado, mudanas sociais,
variaes cambiais, promoes da concorrncia, novos lanamentos de produtos,
alm de diversas outras situaes de impacto no ambiente.
Assim a compra passa a ser bastante pessoal, podendo variar conforme o perfil
e forma de interpretar os fatores de influncia j citados, por parte de cada
comprador.
H outras situaes complicadas que devem ser analisadas como quando o
produto a ser comercializado necessita de complementos de outros produtos, o quechamados de "venda casada". Na maioria das vezes, a anlise de demanda dos
produtos realizada de forma individualizada, sem considerar a relao entre eles
no momento da venda.
Outro fator importante a ser considerado o lanamento de novos produtos.
Fica sempre a dvida de quanto estimar de demanda para produtos em lanamento
e qual sua influncia nos demais produtos oferecidos ao mercado.
As conseqncias que muitas vezes ocorrem a falta de produtos que,conforme j verificado, alm do impacto financeiro da perda da venda, tem ainda o
impacto direto na satisfao do cliente. O que tambm pode ocorrer a situao
oposta, ou seja, o excesso de produtos em estoque que, conforme tambm
analisado, implica em custos de manuteno que no so desejveis.Nestes casos,
a sada mais comum a promoo destes produtos, o que nem sempre positivo
para a loja.
Mas com o objetivo de eliminar este problema, nos ltimos anos vem surgindouma ferramenta muito eficaz chamada Reposio Contnua.
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Como o ECR Brasil j apresentou, a Reposio Contnua o processo
automtico de reposio de mercadorias entre o varejista e o fornecedor, utilizando
se a troca eletrnica de informaes. O objetivo desta ferramenta reduzir os nveis
de estoque ao ponto mnimo, sem que ocorram faltas (stockouts).
O calculo de reposio calculado de maneira automtica, sendo transmitido
atravs de algoritmos especialistas em programas de computador. Estes algoritmos
se utilizam de frmulas matemticas, baseando-se no histrico de consumo de
mercadorias nas lojas e nos nveis de estoque existentes.
Como Wanke (1999) explicita:
"Devemos ressaltar que, apesar de no longo prazo a demanda mdia seraproximadamente igual para toda a cadeia de suprimentos, no curto prazo asf1utuaes nos nveis de estoque entre as empresas fazem com que numa mesmasemana a rede varejista venda uma quantidade diferente daquela faturada pelofabricante. Este efeito acarreta impactos substanciais no planejamento de diversasoperaes no curto prazo, como por exemplo, as programaes de compras,produo, distribuio e o dimensionamento dos estoques de segurana".
A reposio automtica cuidadosamente analisada por sistemas de
computadores, atravs de frmulas matemticas, assim deixando de ser calculado
com a interferncia humana. O sentimento dos compradores e vendedores deixa deser considerado no momento das estimativas de reposio.
De acordo com Barbieri & Laugeni (2000), pode-se afirmar que a reposio
contnua do ECR constitui um aperfeioamento dos sistemas tradicionais utilizados
para repor estoques de itens de demanda independente". Eles complementam ainda
com a posio da ECR, que coloca os seguintes benefcios da reposio contnua:
Aumento da presena de mercadorias no ponto de venda ou, em outras
palavras, reduo da falta de produtos (stockouts), o que pode gerar aumentode vendas;
Reduo do estoque e conseqente reduo da necessidade de capital de
giro e de reas para estocagem, podendo estas serem liberadas para vendas;
Reduo dos custos logsticos com racionalizao dos transportes,
diminuio do manuseio, reduo de erros e retrabalhos e reduo dos custos
de processamento de pedidos;
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Mudana do perfil dos compradores e vendedores que, com o tempo
disponvel, podem focar-se em outras atividades, tais como gerenciamento da
exposio e de categorias.
2.7 Caracterizao da Categoria BEB:
2.7.1 Mercado brasileiro sculo 21:
O varejo brasileiro vem sofrendo muitas modificaes nos ltimos anos,
fazendo com que os desafios aumentem, assim como a forte concorrncia. Devida
essa mudana necessrio a implementao de novos mtodos para responder as
novas necessidades dos distribuidores tradicionais.
Segundo o ECR Brasil (1998), alguns fatores foram determinantes para as
transformaes que aconteceram no varejo brasileiro. Dentre eles se destacam:
Entrada de capital estrangeiro.
Fuses e aquisies. As movimentaes nos campos econmicos, sociais e
polticos alinham o Brasil no processo de globalizao, atraindo investidores nos
segmentos de indstrias de autopeas, bancos e no varejo. Grandes corporaes
varejistas j atuam no varejo brasileiro como o Carrefour, Bom Preo e Wall-Mart.
Negcios familiares se profissionalizando.
Essa entrada de capital estrangeiro pressupe uma mudana que fora as
empresas familiares a se profissionalizar, fazendo com que a famlia muitas vezes
perca seus postos de gerencia dentro da empresa por exigncia dos novos scios.
Essas empresas familiares tambm esto se organizando em redes devido a alguns
fatores como: aumento do poder de negociao junto ao s fornecedores, queda na
rentabilidade do negcio, setor de certa forma saturado e processo de desgaste nas
relaes familiares, tirando o foco dos negcios e diversos problemas de sucesso.
Concentrao de mercado.
Na Europa e Canad as redes de supermercados so nacionais, nos EUA o
mercado dominado regionalmente por cadeias de mdio porte e no Brasil existem
grandes redes estrangeiras e nacionais com forte nfase regional. Essa
concentrao de mercado no varejo causa impactos em toda a cadeia de
distribuio brasileira, pois altera o cenrio no somente das grandes lojas de varejo,como tambm todo o pequeno varejo sente o efeito dessas mudanas.
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Consolidao de marcas prprias.
Esse conceito bastante comentado tanto no varejo nacional como no resto
do mundo. No Brasil, porm, ainda existe uma vinculao entre marcas prprias com
marcas baratas. Essa associao deve passar a ser com a imagem da loja e deve
estar apoiada em instrumentos que melhorem a comunicao com os consumidores.
As marcas prprias proporcionam vantagens para os empresrios, pois, mantm o
cliente fiel loja, permite maior rentabilidade para o varejista e possibilita um
aumento do poder de barganha do comrcio junto aos fabricantes.
Investimentos em tecnologia.
Os varejistas tm investido montantes significativos para automatizar suas
vendas e manter seus estoques atualizados com a utilizao de ferramentas
tecnolgicas atualizadas.
Novos canais de distribuio e novos formatos de loja.
2.7.2 Recomendao de layout
De acordo com a revista Supermercados Moderno (2008, p.186), o layout da
gndola de higiene e beleza infantil deve ser exposto da seguinte maneira:
Dividir/ a exposio de higiene e beleza infantil por idade: baby( at 3 anos) e
kids (acima de 3 anos).
Segmentar conforme rotina de uso: banho (shampoo, condicionador,
sabonetes lquidos e sabonetes em barra) e ps banho (loo hidratante,
creme para assaduras, talco e colnia).
2.7.3 rvore de deciso
De acordo com Jos Augusto Domingues, scio diretor da Sense Envirosell,
empresa que h mais de dez anos desenvolve pesquisas de comportamento de
compras dos brasileiros, ele define a rvore de deciso, so fatores que fazem o
shopper decidir o que levar, um processo mental, e no possui ordem de
importncia. Parte da identificao de um problema e das necessidades ou desejos
do consumidor/ shopper. Trata-se de um processo de escolha mental quegeralmente ocorre antes de o shopper ir as compras.
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Ordem de raciocnio, que o shopper mais valoriza por categoria.
Quadro 2: rvore de deciso da Categoria
CLASSES A/B CLASSES C/D/E
MARCA FRAGNCIA
FRAGNCIA PREO
EMBALAGEM MARCA
INFORMAES EMBALAGEMFonte: Guia de categorias 2007
2.7.4 Perfil do shopper x participao em vendas
Quadro 3: Perfil do Shopper x Participao de Vendas
PERFIL DO SHOPPER PARTICIPAO % EM VENDAS
MULHERES 90%
HOMENS 10%
CLASSE A 20%
CLASSE B 43%
CLASSE C 37%Fonte: Guia de categorias 2007
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2.7.5 Participao das verses nas vendas
Participao de vendas
25%
18%
13%10%
10%
9%
9% 6%
shampoo
sabonete barra
condicionador
sabonete liquido
loo hidratante
colonia
creme assaduras
talco
Grfico 01: Participao de VendasFonte: guia de categorias 2007
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3 APRESENTAO DA EMPRESA
3.1 Caracterizao da Empresa
Este item destinou-se a descrever onde foi realizado o estgio (Supermercado
Mini Preo, loja 04 em Cordeiros, Itaja), bem como sua localizao e seus valores.
3.1.1 Histrico
A rede de supermercados Mini Preo nasceu para se tornar uma empresa a
servio dos catarinenses e dos turistas, visto que possuem lojas estrategicamente
localizadas em Balnerio Cambori, Piarras, Itapema, So Francisco do Sul,
Blumenau, Indaial e cinco lojas em Itaja, alm do centro de abastecimento, tambm
localizado em Itaja.
A rede foi fundada no dia 21/05/2001, sob o comando da Sra. Honorata Poffo,
profissional de grande experincia no mercado nacional. A rede tem um total de
1091 (mil e noventa e um funcionrios), distribudos em 14 filiais e um centro de
abastecimento.A pesquisa ser realizada na loja 4, localizada em Itaja, no bairro Cordeiros,
na rua Reinaldo Schimithausen. A loja possui 53 colaboradores, e gerenciada pelo
gerente Gilson Jos de Souza.
3.1.2 Misso
A empresa no possua formalizada sua misso anteriormente ao
desenvolvimento deste trabalho.
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Figura 04: Fachada da loja 04 Bairro CORDEIROSFonte: foto e acervo de Kaio Rodrigues de Souza
Figura 05: Fachada da loja 04 Bairro CORDEIROS
Fonte: foto e acervo de Kaio Rodrigues de Souza.
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3.1.3 Estrutura Organizacional
Figura: 06 - Organograma da empresa.Fonte: Supermercado Mini Preo.
Figura 07- Layout higiene Infantil da loja 04- CordeirosFonte: foto e acervo de Kaio Rodrigues de Souza
PRESIDENTE
DIRETORCOMERCIAL
DIRETORFINANCEIRO
DIRETORADMINISTRATIVO
DIRETOROPERACIONAL
GERENTECOMERCIAL
GERENTE DODEPOSITO
GERENTE DETRANSPORTE
GERENTE DE
INFORMATICA
GERENTECONTABIL
GERENTEFINANCEIRO
GERENTE DECONTROLE
GERENTEOPERACIONAL
GERENTE REGIONALITAJA
GERENTE REGIONALBLUMENAL
ASSESSORIA
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Figura 08- Layout higiene Infantil da loja 04- CordeirosFonte: foto e acervo de Kaio Rodrigues de Souza
Figura 09- Layout higiene Infantil da loja 04- CordeirosFonte: foto e acervo de Kaio Rodrigues de Souza
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Figura 10- Layout higiene Infantil da loja 04- CordeirosFonte: foto e acervo de Kaio Rodrigues de Souza.
3.1.4 Anlise do Mercado
A empresa no possui nenhuma forma de controle com relao ao estoque
visto que os produtos no so comprados diretamente do fornecedor e sim, de um
CD, (Centro de Distribuio) que distribui de acordo com a necessidade das lojas. O
comprador necessita fazer a anlise do estoque para solicitar pedidos, que chegam
loja por meio dos mesmos. Desta forma pode haver muitos problemas em relao
ao estoque, como estoques defasados, visto que o controle no feito por uma
reposio contnua. Alis, a empresa no possui nenhuma ferramenta de controle de
eliminao de desperdcios, como determina o ECR.
Desta forma fica bvio que a empresa no possui o sistema de
gerenciamento de categoria, fazendo com que diversas categorias de produtos,
fiquem sem um controle e anlise dentro da prpria categoria de produto. Com isso
dificulta a visualizao dos hbitos de compra dos consumidores, que seria uma
ferramenta indispensvel para o aumento de venda dentro da categoria.
A empresa possui um sistema criado por terceiros, para armazenamento dos
dados cadastrais e de outros dados importantes para a empresa. A empresa
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tambm dispe de um sistema manual de arquivos, porm de fcil acesso e
entendimento, nele os processos so arquivados em pastas.
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4 METODOLOGIA
Este captulo trata da metodologia aplicada no trabalho, enfatizando sua
caracterizao, dados coletados, analise e interpretao dos mesmos para analise
do estagirio.
4.1Caracterizao da Pesquisa
Ser sugerida alterao no merchandising dos produtos na loja, por isso o
mtodo utilizado ser a observao e exploratrio, pois aps as modificaes poder
ser feita a anlise dos resultados obtidos na prpria Loja ou em funo das
publicaes especializadas.
De acordo com Copper (2000), pode se definir a observao como:
A observao se qualifica como investigao cientifica, quando conduzidaespecificamente para responder a uma questo de pesquisa, sistematicamente planejada e executada, usa controles apropriados efornece informaes confiveis e validas sobre o que aconteceu. Aversatilidade da observao faz dela uma fonte primaria indispensvel e um
complemento para outros mtodos.
A observao e comparao superam a maioria das deficincias que podem
ocorrer em questionrios.
Para Cooper se define analise exploratria como:
A anlise exploratria uma perspectiva de analise de dados e tambm umconjunto de tcnicas. A flexibilidade para responder aos modelos reveladospelas interaes sucessivas no processo de descoberta um atributoimportante dessa abordagem. Uma grande contribuio da abordagemexploratria a nfase nas representaes visuais e tcnicas grficas sobre
os resumos estatsticos.
Os resumos estatsticos, como podem ver podem obscurecer, ocultar ou atedeturpar a estrutura implcita dos dados.
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5 ANLISE DOS RESULTADOS
Conforme visto a empresa no possui um gerenciamento de categoria o que
dificulta a avaliao do rendimento das categorias, outro problema a falta de um
planograma adequado. Em geral, o pequeno e mdio varejo no perde muito do seu
tempo estudando as melhores formas de exposio do produto, focam seus
pensamentos e trabalhos diretamente na forma de comercializao, ou seja,
analisando preos, realizando promoes, copiando a concorrncia, enfim, fazendo
com que seus produtos possuam o maior giro possvel, sem encalhar em suas
prateleiras e estoques. Realizar um planograma essencial para qualquer atividade
que tenha sua atuao voltada exposio ao pblico consumidor, de forma que
observar as atitudes de procura e aquisio por parte dos clientes que freqentam a
loja, poder trazer solues nunca antes imaginadas para cada atividade em
questo. O que o acadmico observou foi que de todos os produtos da linha infantil
de higiene, que o faturamento mensal se da praticamente todo por um nico
produto, os demais apresentam nmeros quase inexpressveis. O layout no dividida e segmentada conforme estabelecido no livro do ECR Brasil, ao introduzir a
ferramenta, pode se identificar os itens mais vendidos da categoria, com isso
possvel manter um controle de estoque mais rgido, a fim de evitar a falta dos
produtos que giram mais rpido. Outra coisa que o acadmico observou foi que no
havia um lugar especfico agrupando os produtos dessa linha conforme sugerido
pela Johnson e Johnson para facilitar a localizao dos mesmos pelos consumidores
e at mesmo estimulando a compra de novos produtos
5.1. Vendas por produtos e faturamento no perodo (01/09/2008 a 30/09/2008)
Este item visa analisar as vendas ocorridas no perodo de (01/09/2008 a
30/09/2008), dos produtos da linha infantil analisando as subcategorias e
estabelecendo o faturamento das mesmas.
O que se observa no quadro 5, a quantidade vendida de fraldas 67% de
todos os itens vendidos da categoria, somando um faturamento de 82,63%, o que
indica a necessidade de fazer os demais itens expandirem sua movimentao, isso
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ocorreria se o layout fosse estrategicamente posicionado um do lado do outro,
fazendo com que itens como colnias, shampoos e condicionadores que possuem
um alto valor agregado tivessem um maior giro.
Quadro 4: Vendas por produto e faturamento por categoria.
Dados no ms de setembro QtdeVendas emUnidades
Faturamento- ROB
Descrio do Segmento itens Quant. %Total Em R$ %Total
fraldas 32 350 67,18% 3060,50 82,63%
len os 12 84 16,12% 257,28 6,95%
sabonete 7 22 4,22% 49,21 1,33%
Creme dental 4 19 3,65% 52,50 1,42%
shampoo 7 14 2,69% 74,83 2,02%
talc o 3 11 2,11% 67,30 1,82%
condicionador 2 7 1,34% 27,83 0,75%
leo/ loo 3 4 0,77% 46,87 1,27%
Colnia 2 3 0,58% 24,42 0,66%
Creme banho/assaduras 2 3 0,58% 16,62 0,45%
Escova dental 1 2 0,38% 8,36 0,23%
lavanda 1 1 0,19% 12,59 0,34%
toalha 1 1 0,19% 5,45 0,15%
Total 521 100,00% 3703,76 100,00%
Fonte:Adaptado de Kobayashi pelo acadmico.
Quadro 5: Receita Operacional Liquda e lucro por unidade
Fonte:Adaptado de Kobayashi pelo acadmico.
Dados no ms de setembro Qtde
ReceitaOp.Liq.-
ROLLucroBruto Margem Lucro
Descrio do Segmento itens Em R$ %Total Em R$ %Total Bruta por UN
fraldas 32 2852,67 82,76% 843,71 78,07% 27,6% R$ 2,41
lenos 12 235,16 6,82% 84,35 7,81% 32,8% R$ 1,00
sabonete 7 45,41 1,32% 17,46 1,62% 35,5% R$ 0,79
Creme dental 4 48,95 1,42% 19,44 1,80% 37,0% R$ 1,02
shampoo 7 69,27 2,01% 28,42 2,63% 38,0% R$ 2,03
talco 3 63,59 1,84% 29,57 2,74% 43,9% R$ 2,69
condic ionador 2 25,89 0,75% 11,70 1,08% 42,0% R$ 1,67
leo/ loo 3 44,51 1,29% 20,00 2% 42,7% R$ 5,00
Colnia 2 22,66 0,66% 9,68 0,90% 39,7% R$ 3,23
Creme banho/assaduras 2 15,62 0,45% 6,62 0,61% 39,9% R$ 2,21
Escova dental 1 6,73 0,20% 3,28 0,30% 39,3% R$ 1,64
lavanda 1 11,62 0,34% 4,44 0,41% 35,3% R$ 4,44
toalha 1 4,80 0,14% 1,99 0,18% 36,5% R$ 1,99
Total 3446,88 100,00% 1080,67 100,00% 29,2% R$ 2,07
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5.1.1 Anlise das Vendas
Anlise das vendas das subcategorias transformadas em um grfico para
facilitao do entendimento.
67%
16%
4%
4%
3%
2% 1%
3%
fraldas
lenos
sabonete
Creme dental
shampoo
talco
condicionador
outros
Grfico 2: Vendas por segmentoFonte: Desenvolvido pelo acadmico.
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5.1.2 Anlise do Faturamento por segmento.
Anlise do faturamento das subcategorias transformadas em um grfico para
facilitao do entendimento.
82,63%
6,95%1,33%
1,42%
2,02%
1,82%
1,27%
2,56%
0,00% 20,00% 40,00% 60,00% 80,00% 100,00%
1
outros
oleo/loo
talco
shampoo
Creme dental
sabonete
lenos
fraldas
Grfico 3: Anlise do Faturamento do segmentoFonte: Desenvolvido pelo acadmico.
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6 SUGESTO A EMPRESA
O acadmico sugere que seja alterado o layout da categoria de Higiene
Infantil, da seguinte maneira, primeiramente dividir a exposio de higiene e
beleza infantil por idade, dividindo a linha baby at 3 anos de idade e kids acima
dos 3 anos. Desta forma segmentar conforme rotina de banho, shampoo,
condicionador, sabonetes lquidos e sabonetes em barra, separando do ps
banho que so a loo hidratante, creme para assaduras, talco e colnias.
Com um novo mix, e com o layout alterado, para ajustar os produtos de
forma a valoriz-los e garantir que a estratgia traada pela empresa seja
reproduzida e mantida nas prateleiras. O objetivo aumentar o tquete mdio e a
rentabilidade dos produtos. Por isso as marcas passam a ficar na horizontal,
como indica a arvore de deciso, fazendo com que se privilegie os SKUs que
trazem mais rentabilidade. Por isso colocar os produtos no lugar certo dentro das
lojas favorece itens que podem vender mais ou garantir maior lucratividade para
a empresa. O acadmico acredita que o mix embora pequeno deva estar bem
alinhado com a necessidade da clientela, por isso deve se excluir marcas e
verses que no saem e abrir espaos para os itens que garantem alto giro,conforme visto no estudo do acadmico que fez a analise de vendas e identificou
quais itens saem mais e quais tem maior rentabilidade.
Tambm sugerido pelo acadmico que se mude o lugar onde esto
atualmente os produtos, fazendo com que todos eles se apresentem em um lugar
especfico, facilitando a busca e a mobilidade dos consumidores.
Neste cantinho do beb, os produtos devem estar expostos pelas rotinas,
fazendo um trabalho de promoo nos itens da categoria rotina gerando trafegona categoria para aumentar a compra por impulso de outros segmentos que tem
maior lucratividade.
O acadmico tambm sugere que o varejista deve analisar o giro,
faturamento, lucro e margem. E deve fornecer esses dados capit da categoria
que realizara o Gerenciamento de Categoria, para que a indstria faa a anlise
comparativa dos mesmos tpicos, para que mapeie oportunidades e sugira os
ajustes necessrios. indicado que o procedimento se repita de trs em trs
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meses e que a loja estabelea comparaes entre os resultados de cada
trimestre e os resultados ano a ano.
Caso a organizao realmente aplique o gerenciamento de categoria, o
acadmico sugere que a organizao deve tomar como base a metodologia de
dimensionamento de estoque fundamentada e j aplicada com grande sucesso em
lojas e outras redes de varejo.
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7 CONSIDERAES FINAIS
Ao chegar ao trmino deste trabalho, o estagirio conseguiu identificar asdisfunes da empresa analisando sua venda mensal e seu faturamento
conseguindo observar onde poderia melhorar.
A forma de observao enriqueceu e facilitou a obteno de vrias
informaes para o desenvolvimento do trabalho, assim como para o estagirio foi
proveitoso trocar experincias e ouvir relatos diversos.
Os dados foram coletados atravs do sistema da empresa, e informaes
obtidas atravs do gerente da loja e de seus colaboradores.O desenvolvimento deste trabalho foi gratificante e tranqilo, pois houve o
total apoio da empresa e de seus colaboradores, assim como da orientao do
trabalho.
A realizao deste trabalho possibilitou ao acadmico estudar vrios setores
da administrao, analisar a empresa de uma maneira geral, realizar um parecer da
atual situao e propor melhorias para a mesma.
A empresa mostra-se satisfeita com o desempenho deste trabalho, poispossui agora condies de tomar decises com base nos resultados, ficando mais
fcil eliminar os problemas detectados.
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REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
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APNDICES
Apndice 1:Quadro que demonstra quantidades vendidas e o faturamento.
Dados no ms de setembro QtdeVendas emUnidades
Faturamento- ROB
Descrio do Segmento itens Quant. %Total Em R$ %Total
fraldas 32 350 67,18% 3060,50 82,63%
len os 12 84 16,12% 257,28 6,95%
sabonete 7 22 4,22% 49,21 1,33%
Creme dental 4 19 3,65% 52,50 1,42%
shampoo 7 14 2,69% 74,83 2,02%
talc o 3 11 2,11% 67,30 1,82%
condicionador 2 7 1,34% 27,83 0,75%
leo/ loo 3 4 0,77% 46,87 1,27%Colnia 2 3 0,58% 24,42 0,66%
Creme banho/assaduras 2 3 0,58% 16,62 0,45%
Escova dental 1 2 0,38% 8,36 0,23%
lavanda 1 1 0,19% 12,59 0,34%
toalha 1 1 0,19% 5,45 0,15%
Total 521 100,00% 3703,76 100,00%
Apndice 2:Quadro que demonstra a receita e o lucro por unidade
Dados no ms de setembro Qtde
ReceitaOp.Liq.-
ROLLucroBruto Margem Lucro
Descrio do Segmento itens Em R$ %Total Em R$ %Total Bruta por UN
fraldas 32 2852,67 82,76% 843,71 78,07% 27,6% R$ 2,41
lenos 12 235,16 6,82% 84,35 7,81% 32,8% R$ 1,00
sabonete 7 45,41 1,32% 17,46 1,62% 35,5% R$ 0,79
Creme dental 4 48,95 1,42% 19,44 1,80% 37,0% R$ 1,02
shampoo 7 69,27 2,01% 28,42 2,63% 38,0% R$ 2,03
talco 3 63,59 1,84% 29,57 2,74% 43,9% R$ 2,69
condic ionador 2 25,89 0,75% 11,70 1,08% 42,0% R$ 1,67
leo/ loo 3 44,51 1,29% 20,00 2% 42,7% R$ 5,00
Colnia 2 22,66 0,66% 9,68 0,90% 39,7% R$ 3,23
Creme banho/assaduras 2 15,62 0,45% 6,62 0,61% 39,9% R$ 2,21
Escova dental 1 6,73 0,20% 3,28 0,30% 39,3% R$ 1,64
lavanda 1 11,62 0,34% 4,44 0,41% 35,3% R$ 4,44
toalha 1 4,80 0,14% 1,99 0,18% 36,5% R$ 1,99
Total 3446,88 100,00% 1080,67 100,00% 29,2% R$ 2,07
-
7/25/2019 O GERENCIAMENTO DE CATEGORIA DA
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ANEXOS
Anexo 1: Metodologia para dimensionamento de estoque
A presente metodologia fruto de 20 anos de sucesso na implantao do
processo de KANBAN em diversos Canais de Distribuio e elementos da Cadeia de
Produo (Indstria Montadora, Metalrgica, Bebidas, Agro negcios; Atacado
Alimentar, Mquinas eFerr