Modernismo europeu
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MODERNISMO EUROPEUVANGUARDAS ARTÍSTICAS
– “ISMOS” –
Vanguardas: em termos artísticos, designa aqueles que prevêem e anunciam o futuro, os novos tempos.
ExpressionismoExpressionismo
O grito (1893), de Edvard
Munch; óleo sobre
cartão.
A boba (1917), tela de
Anita Malfatti em que
sobressaem os
elementos dramático,
emocional e, enquanto
temática, marginal.
ExpressionismoExpressionismoExpressionismoExpressionismo
ExpressionismoExpressionismoExpressionismoExpressionismo
Maternidade, Almada-
Negreiros. A tendência
expressionista calcada no
exagero atinge em cheio
os modernistas
portugueses.
ExpressionismoExpressionismoExpressionismoExpressionismo
Crianças abandonadas,
Lasar Segall. O aspecto
quase caricatural da
realidade é o que a
pintura expressionista
traduz.
Expressionismo na literatura: • Linguagem fragmentada, elíptica, constituída por frases
nominais (basicamente aglomeração de substantivos e adjetivos), às vezes até sem sujeito;
• Despreocupação com a organização do texto em estrofes, com o emprego de rimas ou de musicalidade;
• Combate à fome, a inércia e aos valores do mundo burguês.
ExpressionismoExpressionismoExpressionismoExpressionismo
FuturismoFuturismo
Parada amorosa, 1917.
Nesta tela, o cubista
Picabia faz nítida
homenagem à máquina,
realçando a tendência
futurista de “valorizar os
mecanismos que movem
o mundo”, em suas
próprias palavras.
FuturismoFuturismo
Automóvel
correndo,
de Giacomo
Bahia.
FuturismoFuturismoFuturismo na literatura:• A destruição da sintaxe e a disposição das “palavras em liberdade”;• O emprego de verbos no infinitivo, com vistas à substantivação da linguagem;• A abolição dos adjetivos e dos advérbios;• O emprego do substantivo duplo (burguês-burguês, burguês-níquel, mulher-
golfo) em lugar do substantivo acompanhado de adjetivo;• A abolição da pontuação, que seria substituída por sinais da matemática (+) ,
(-) , (=) , (<) , (>) e pelos sinais musicais;• A destruição do eu , isto é, toda a psicologia;• Onomatopéias e imagens que incorporam o som das engrenagens da
máquina;• Percepção por analogia.
Ode triunfal
À dolorosa luz das grandes lâmpadas elétricas da fábricaTenho febre e escrevo.Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto,Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos.
Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r eterno!Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria!Em fúria fora e dentro de mim(...)
(Álvaro de Campos – heterônimo de Fernando Pessoa)
FuturismoFuturismo
CubismoCubismo
Les Demoiselles
d’Avignon (1907), de
Pablo Picasso.
CubismoCubismo
Carnaval em Madureira,
Tarsila do Amaral. De
Albert Gleizes, Tarsila
recebeu a chave do
Cubismo, que cultivou
com amor e sob uma
ótica construtivista.
CubismoCubismo
Mulher com flor (1932), de
Pablo Picasso, que assim se
manifestou em certa ocasião:
“Toda a gente quer
compreender a arte. Por que
não tentam compreender as
canções de um pássaro? [...]
Pessoas que querem explicar
telas normalmente ladram para
a árvore errada”.
Cubismo na literatura:• Humor;• Antiintelectualismo;• Valorização dos cinco sentidos;• Superposição de planos – frases breves e rápidas –
cinematográficas;• Ilogismo – mais analógico que lógico.
CubismoCubismo
CubismoCubismo
Era um homem bem vestido
Foi beber no botequim
Bebeu muito, bebeu tanto
Que
Poeminha cinético
saiude
láa
ss
im.
(Millôr Fernandes)
O Capoeira
- Qué apanhá sordado?- O quê?- Qué apanha? Pernas e cabeças na calçada
(Oswald de Andrade)
CubismoCubismo
DadaísmoDadaísmo
Colagem-espelho,
obra de
Kurt Schwitters,
de 1920.
DadaísmoDadaísmo
Marcel Duchamp
Dadaísmo na Literatura:
• Agressividade, improvisação, desordem;
• Rejeição a qualquer tipo de racionalização e equilíbrio;
• Livre associação de palavras – o acaso substitui a
inspiração, a brincadeira substitui a seriedade;
• Invenção de palavras com base na exploração da
sonoridade.
DadaísmoDadaísmo
DadaísmoDadaísmoReceita para fazer um poema dadaísta
Pegue um jornal.Pegue a tesoura.Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema.Recorte o artigo.Recorte em seguida com atenção algumas palavras que formam esse artigo e meta-as num saco.Agite suavemente.Tire em seguida cada pedaço um após o outro.Copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas do saco.O poema se parecerá com você.E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade graciosa, ainda que incompreendido do público.
(Tristan Tzara)
DadaísmoDadaísmo A Batalha
Berr... bum, bumbum, bum...
Ssi... bum, papapa bum, bumm
Zazzau... Dum, bum, bumbumbum
Prä, prä, prä... râ, äh-äh, aa...
Haho! ...
(Ludwig Kassak)
SurrealismoSurrealismoNeste Rosto de Mae West
podendo ser utilizado como
apartamento surrealista,
Salvador Dalí apropria-se da
técnica de colagem dos
dadaístas, apresentando
objetos deslocados de suas
funções: os cabelos de atriz
transformados em continas; os
olhos, em quadros; o nariz, em
aparador; os lábios, em
poltrona.
SurrealismoSurrealismo
Sonho provocado pelo
vôo de uma abelha em
torno de uma romã, um
segundo antes do
despertar, data de 1944.
Salvador Dalí.
SurrealismoSurrealismo
A persistência da memória, de Salvador Dalí.
Surrealismo na literatura:
•Imagens oníricas - extraídas do sonho, do imaginário;
•Metáforas surreais – realidade e sonho se conjugam;
SurrealismoSurrealismo
SurrealismoSurrealismo Estudo nº 6
Tua cabeça é uma dália gigante que se desfolha nos meus braços.
Nas tuas unhas se escondem algas vermelhas,
E da árvore de tuas pestanas
Nascem luzes atraídas pelas abelhas.
(...)
(Murilo Mendes)
SurrealismoSurrealismo Poema da amiga
“Gosto de estar a teu lado,Sem brilho.Tua presença é uma carne de peixe,De resistência mansa e um brancoEscoando azuis profundos.
Eu tenho liberdade em ti.Anoiteço feito um bairro,Sem brilho algum.
Estamos no interior duma asa Que fechou.” (Mário de Andrade)