Marketing Literário: Guia Conceitual

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    © 2016 Luiz Valério de Paula Trindade

    Imagens ilustrativas: Shutterstock 

    Textos: inteiramente produzidos pelo autor, o qual é o detentor de seus direitos autorais e intelectuais.

    i

    Copyrights

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    Introdução

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      No decorrer dos anos e por experiência pró-

    pria, identifiquei que, pelo menos em Língua Por-

    tuguesa, há certa carência de publicações que ori-

    entem o autor independente em início de carreira

    em como divulgar adequadamente o seu trabalho.Em Inglês, em contrapartida, existe uma enormi-

    dade de material, contudo, é compreensível que

    assim o seja porque o mercado editorial neste idio-

    ma é bem maior e comercialmente mais bem esta-

    belecido do que em Língua Portuguesa.

      Se você tiver bastante paciência, perseverança

    e der sorte de utilizar as palavras-chave mais efici-

    entes, muito provavelmente você logrará êxito em

    localizar diversos artigos em português na inter-

    net. Alguns relativamente recentes e outros publi-

    cados há cinco anos ou até um pouco mais. E no

    atual cenário de Era da Informação, cinco anos

    ou um pouco mais já representa bastante tempo.Contudo, esclareço também que não questiono a

    qualidade destes artigos disponíveis na internet e

    nem estou aqui inferindo ou sugerindo que por se-

    rem relativamente “antigos” eles não sejam bons.

    De forma alguma. Não se trata disso. O que ocor-

    re, na verdade, é que eles estão absolutamente dis-

    persos na rede e por isso dá tanto trabalho em lo-

    calizá-los. E como consequência disso, demanda

    uma dose considerável de tempo, energia e disci-

    plina para que o autor independente consiga con-gregar e selecionar um conjunto consistente de in-

    formações que possam efetivamente contribuir

    com seu trabalho e bem como na elucidação de su-

    as principais dúvidas e questionamentos.

      Advém portanto deste cenário a necessidade

    do desenvolvimento de materiais (sejam eles li-

     vros, guias práticos, manuais, compêndios, etc.)

    que consigam transmitir de forma consolidada, or-

    ganizada e sistematizada senão todos, mas pelo

    menos grande parte dos conceitos fundamentais

    em como empreender eficientemente a divulga-

    ção de seu trabalho literário. E considero também

    que o verbo empreender cabe como uma luva nes-te contexto, pois o trabalho de um autor indepen-

    dente deve ser encarado como o de um empreen-

    dedor que investe em um negócio próprio, sendo

    que neste caso, o negócio consiste na criação/ela-

    iii

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    boração de livros e sua posterior divulgação quali-

    ficada e comercialização.

      Naturalmente que algumas práticas, digamos,

    mais tradicionais de divulgação como a chamada

    “propaganda boca a boca” ou o corpo a corpo di-retamente com o público potencial em locais de

    grande aglomeração de pessoas tais como portas

    de teatros, cinemas, museus e universidades conti-

    nuam válidas e têm seu devido valor e grau de efi-

    cácia. Contudo, os tempos estão bastante muda-

    dos e há um leque de estratégias muito mais am-

    plo, diversificado e eficaz à disposição dos autores

    e é imperativo tomar ciência delas.

      Entendo também que é comum o autor inde-

    pendente dedicar grande parte de sua energia pri-

    mordialmente na elaboração de seu trabalho lite-

    rário, o que está perfeitamente compreensível. Po-

    rém, avalio também que o autor independentenão pode se dar ao luxo de negligenciar os esfor-

    ços necessários para a divulgação o mais ampla e

    qualificada possível de seu trabalho, pois afinal de

    contas, ele é o que se pode chamar de “exército

    de um homem só”. Ou seja, via de regra, ele ain-

    da não vive exclusivamente de literatura, possui

    outra atividade remunerada em tempo integral ou

    parcial e geralmente não dispõe de recursos em

    abundância para investir em sofisticadas ações de

    comunicação.  Diante disso, advogo que adquirir conheci-

    mentos básicos sobre Marketing Literário é não so-

    mente desejável como altamente necessário para

    autores independentes não importando qual gêne-

    ro literário se dedica a escrever, pois os benefícios

    são muito grandes. E cabe esclarecer também que

    quando me refiro ao Marketing Literário não es-

    tou dizendo que o autor precise ingressar em um

    curso de pós-graduação ou MBA sobre o assunto.

    Uma porque nem creio que tal curso exista (salvo

    engano meu) e outra porque não é preciso tanto.

    Na verdade, ele constitui um pequeno conjunto

    de estratégias de comunicação de muito fácil assi-milação por qualquer autor, bastante fáceis de se-

    rem implementadas, muito eficientes e, sobretudo,

    de custo extremamente acessíveis.

      Portanto, uma vez exposto estes aspectos, o

    presente guia consiste em uma espécie de apresen-

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    tação introdutória sobre o tema com o objetivo

    principal de despertar a atenção do autor indepen-

    dente sobre a relevância do assunto e em como ob-

    ter mais informações a respeito do tema. Espero

    sinceramente que o material consiga despertar seuinteresse em se aprofundar um pouco mais e que

    ele possa dar sua singela dose de contribuição

    para que você dê passos cada vez maiores com

    seu trabalho literário. Finalizo assim deixando

    aqui meus votos de sucesso e realizações em sua

     jornada literária.

    O Autor 

     v

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    Em complemento ao que foi abordado no capítulo

    introdutório deste Guia Conceitual é apresentado na

    sequência um conjunto de explanações com vistas a

    esclarecer com um pouco mais ludicamente os

    argumentos expostos.

     

    E, por fim, lembro também que, conformeanteriormente mencionado, este Guia representa muito

    mais um ponto de partida do que o material acabado

    completo.

    Capítulo 1

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    Capítulo 2

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    Publicação de livros na era do

    entretenimento em tempo real

      Como é de amplo conhecimento, no início do sé-

    culo 20 quando a televisão foi inventada e começou

    a entrar nos lares de milhões de consumidores mun-

    do afora, houve vozes dentro da indústria cinemato-

    gráfica dizendo que em questão de poucos anos a te-

    levisão poderia representar o fim do cinema como

    meio de entretenimento. Felizmente no entanto, o

    tempo provou o contrário e essas preocupações nãose tornaram uma espécie de profecia auto-realizada

    e, como sabemos, tanto a televisão como a indústria

    cinematográfica prosperaram igualmente ao longo

    das décadas subsequentes.

      Da mesma forma, não muitos anos atrás, quan-

    do os pioneiros livros digitais ( e-books ) e dispositivos

    de leitura ( e-readers ) começaram a alcançar os merca-dos em maior escala e a preços acessíveis, houve tam-

    bém vozes defendendo que os dias do livro tradicio-

    nal de papel estavam contados. Bem, a história ain-

    da não terminou, mas eu pessoalmente não vejo as

    coisas dessa maneira. Na verdade, considero que

    existem oportunidades de mercado e público para os

    dois produtos por assim dizer (ou seja, o livro tradici-

    onal em papel e bem como o digital).

      Acredito que entre o número de fatores que im-

    pulsiona os consumidores a irem a uma livraria e es-

    colher determinado título do seu interesse incluem,

    por exemplo, a agradável experiência de compra, a

    sensação tátil de segurá-lo em suas mãos, folhear as

    páginas a fim de ter uma ideia do seu conteúdo e as-

    pecto geral, admirar a capa, compará-lo com outros

    títulos análogos ou não disponíveis nas prateleiras, e

    oferecê-lo como um presente a alguém em especial.  Por outro lado (e aqui eu acho que a história se

    torna bastante interessante), o livro tradicional em

    papel enfrenta um enorme desafio mercadológico

    hoje em dia, devido ao simples fato de que, atual-

    mente, existem tantas opções de entretenimento dis-

    poníveis para os consumidores que a competição

    para capturar sua atenção é cada vez mais atroz.Tem-se a TV aberta, TV a cabo com suas dezenas e

    às vezes até mesmo centenas de canais para escolher,

    filmes on demand  disponibilizados online no computa-

    dor pessoal, laptop ou até mesmo diretamente no apa-

    relho de televisão na sala de estar, milhões de vídeos

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    em streaming  no YouTube e Vimeo, um número crescen-

    te de redes sociais (  Facebook , Twitter , WhatsApp, We-

    Chat , Google+, Instagram, etc.), uma variedade de pla-

    taformas de músicas diretamente no smartphone ou

    celular dos consumidores e instantaneamente ao al-

    cance de suas mãos, onde quer que eles estejam. E

    isso sem mencionar outros apetrechos eletrônicos

    (  gadgets ) que também atraem a atenção dos consumi-

    dores, tais como relógios inteligentes ( smartwatches ) e

    consoles de videogame como o PlayStation, Xbox, Wii  

    e afins. E, como é possível perceber muito facilmen-

    te também, a variedade de termos em inglês é consi-

    derável, mas este assunto fica para um artigo futuro.

      Evoluindo a partir deste quadro, se você compa-

    rar, por exemplo, o comportamento de leitura das

    pessoas nos meios de transporte público (ônibus, me-

    trô e trem) irá notar muito claramente que por volta

    de aproximadamente uma década atrás, havia uma

    quantidade maior de pessoas que liam livros, revistase jornais em papel enquanto se deslocavam de casa

    para o trabalho, os estudos e outros compromissos

    diários. Atualmente, em contrapartida, é muito mais

    fácil encontrar pessoas totalmente absortas na tela

    de seus smartphones, tablets, e-readers e outros dispositi-

     vos móveis do que segurando um livro tradicional

    (embora elas ainda existam naturalmente, mas em

    menor número). Além disso, mesmo os jornais tradi-

    cionais e revistas semanais de notícias tiveram que se

    adaptar a este novo cenário fornecendo versões digi-

    tais de seu conteúdo atualizado em tempo real, a fim

    de não perderem relevância para outras fontes bas-

    tante dinâmicas de informações que, eventualmente,

    o leitor poderia voltar sua atenção para elas.

      Consequentemente, neste contexto de uma

    imensa teia de oferta de conteúdo de entretenimento

    digital e grande variedade de possibilidades disponí- veis em tempo real para os consumidores, acredito

    que ele também representa o cenário conveniente

    para o crescimento e desenvolvimento do mercado

    de e-book  ao longo desta década e da próxima, por-

    que os consumidores estão cada vez mais sintoniza-

    dos com o mundo digital. Sendo assim, o que consta-

    to não é a extinção dos tradicionais livros em papelcomo algumas vozes chegaram a preconizar no pas-

    sado, mas sim o fato inquestionável de que os auto-

    res (principalmente independentes e os auto-publica-

    dos, mas não exclusivamente eles) devem considerar

    seriamente em disponibilizar o seu trabalho não uni-

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    camente na forma tradicional em papel, mas igual-

    mente na forma de livros digitais ( e-books ) em uma va-

    riedade de varejistas e plataformas de publicação on-

    line, pois afinal de contas o mundo virtual consiste

    no espaço onde parte considerável do público leitor

    está presente e atuante. Portanto, na condição de au-

    tor, se você realmente almeja obter uma fatia do mer-

    cado editorial com o seu trabalho, avalio que não res-

    ta outra alternativa que não seja marcar presença

    onde os leitores efetivamente estão.

    Artigo de minha autoria originalmente publicado no portal  Arts

    Illustrated em 28 de fevereiro de 2016 sob o título  Book publishing in

    the digital age.

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    http://www.artsillustrated.com/book-publishing-in-the-digital-age/http://www.artsillustrated.com/book-publishing-in-the-digital-age/http://www.artsillustrated.com/book-publishing-in-the-digital-age/http://www.artsillustrated.com/book-publishing-in-the-digital-age/http://www.artsillustrated.com/book-publishing-in-the-digital-age/

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    Luiz Valério de Paula Trindade  é natural da

    cidade de São Paulo e seu desenvolvimento literário teve

    início por volta dos 15 anos de idade. Desde então

    frequentou cursos, oficinas, seminários, feiras de livros,

    palestras e leu muito para aguçar cada vez mais o seu

    prazer pela letras e se desenvolver.

     www.luizvalerio.com.br 

    Capítulo 3

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