Ken Wapnick - O Significado Do Julgamento

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o significado do julgamento

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  • O SIGNIFICADO DO JULGAMENTO Parte I Introduo Trechos do Workshop efetuado no Institute & Retreat Center da Foundation for A Course in Miracles Kenneth Wapnick, Ph.D. Parte I Esse workshop basicamente um complemento a outro workshop que dei sobre julgamento, chamado Julgar ou No Julgar. Vamos terminar no mesmo lugar, mas vamos abordar isso de forma um pouco diferente. Gostaria de estruturar isso sobre quatro tipos diferentes de julgamento, trs dos quais so diretamente articulados em Um Curso em Milagres, e o quarto, que realmente o segundo tipo de julgamento na seqncia que vamos discutir, est implcito em todos os outros. O primeiro o sonho de julgamento do ego, baseado na idia de que poderamos ser separados de Deus. uma forma de julgar Deus como inadequado, seno insignificante. O ego, com toda a sua imensa fora, fez Deus se ajoelhar, usurpou Sua autoridade, e inventou seu prprio mundo. Esse julgamento baseado em diferenas, que so todas formas diferentes de ataque. Vou pular o segundo tipo de julgamento aqui, para voltar logo a ele. O Curso se refere ao terceiro tipo como o julgamento do Esprito Santo, discutido mais claramente em O julgamento do Esprito Santo (T-12.I), e A igualdade dos milagres (T-14.X), sees que no vamos revisar nesse workshop. Tambm somos solicitados a compartilhar esse julgamento, que v a tudo e a todos nesse mundo tanto como expressando o Amor de Deus, ou pedindo por ele. No existe ataque nesse tipo de percepo. O quarto julgamento sobre o qual o Curso fala chamado de o ltimo Julgamento, ou o Julgamento Final, ou o Julgamento de Deus (e.g., T-2.VIII; LE-pII.10). Esse julgamento acontece no exato final do processo de Expiao. Ele afirma que o que falso falso, e o que verdadeiro nunca mudou (LE-pII.10.1:1). Esse julgamento acaba inteiramente com o sonho. a pura expresso do princpio da Expiao: a separao nunca aconteceu. Uma vez que tenhamos aceitado e nos identificado com o julgamento do Esprito Santo, o Julgamento Final de Deus est apenas a um milmetro de distncia. Na descrio metafrica do Curso, Deus se abaixa e nos eleva at Ele o passo final de Deus. A questo crucial, entretanto, como sair do primeiro julgamento o sonho de julgamento do ego para o terceiro julgamento a percepo do Esprito Santo de tudo como ou uma expresso de amor ou um pedido de amor. Vamos passar bastante tempo falando sobre esse segundo tipo de julgamento. Ele no tem um nome no Curso, mas est refletido em toda a sua extenso. Esse o julgamento que fazemos quando olhamos para o julgamento do ego e reconhecemos que todos os nossos julgamento e pensamentos no tiveram efeitos. Vou elaborar isso mais tarde. Sem esse passo intermedirio, impossvel sequer saber realmente o que o julgamento do Esprito Santo. Um dos erros que os estudantes fazem quando comeam a trabalhar com o Curso e pensar que fcil passar do primeiro tipo de julgamento do julgamento do ego sobre as diferenas, especialismo e ataque para o julgamento do Esprito Santo que reconhece a todos como o mesmo, onde a nica diferena aparente que as pessoas ou expressam amor ou pedem por ele.

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  • Qualquer um que tenha trabalhado seriamente com Um Curso em Milagres durante um perodo de tempo reconhece que no fcil mudar dos julgamentos do nosso ego para o julgamento do Esprito Santo. Um passo intermedirio necessrio. Novamente, esse o julgamento ao qual vamos nos dirigir. Esse tipo de julgamento expresso muito claramente em uma das definies importantes que o Curso d para o processo do perdo: O perdo... quieto e na quietude nada faz. Apenas olha e espera e no julga (LE- pII.1.4:1,3-4). Jesus repetidamente nos incitar a pegar sua mo e olhar com ele para a escurido do ego a segunda forma de julgamento. Ele no nega os pensamentos do ego que expressamos no mundo todos os pensamentos de violncia, malignidade e assassinato. Esse passo reconhece que todos os nossos pensamentos, no final das contas, no podem ter efeitos sobre nossa paz interior. Isso, ento, nos permite olhar para o mundo e verdadeiramente ver que todos aqui ou esto expressando amor ou esto pedindo por ele. Sem esse segundo julgamento, o terceiro e o quarto passos so absolutamente impossveis. Quando eu digo, como j falei muitas vezes, no pulem etapas, esse o passo de que estou falando. Significa que ns realmente olhamos para o fato de que julgamos o tempo todo. Meu workshop anterior coloca a questo julgar ou no julgar, e a resposta bvia parece ser que no deveramos julgar. Mas essa a resposta errada. A resposta certa que no apenas deveramos julgar, mas que no existe maneira de evitarmos o julgamento, porque isso o que esse mundo . Esse mundo todo repousa na premissa de que o nosso julgamento sobre Deus e sobre o Filho de Deus vlido. Ento, ns primeiro realmente queremos ser capazes de julgar e no nos sentirmos culpados em relao a isso; isso inerente a esse segundo passo. Ns olhamos para todos os julgamentos que fizemos contra outras pessoas, contra ns mesmos, contra Jesus e contra Deus, mas sem julgarmos a ns mesmos por faz-los em outras palavras, sem sentimento de culpa. Vamos usar como nosso texto bsico para esse workshop a sesso chamada O sonho que perdoa (T-29.IX), o que vai nos capacitar a rever esses quatro passos. Mas, antes de nos voltarmos para ele, gostaria de discutir os passos com um pouco mais de detalhes: primeiro, o sonho de julgamento do ego, ento, olhar com Jesus para esses julgamentos sem nos sentirmos culpados, o que nos permite ento olharmos para todos no mundo como nossos irmos e irms em Cristo; e, finalmente, o fim do processo, a Expiao, o reconhecimento de que tudo nesse mundo uma iluso. Todo o sistema de pensamento do ego comea com o julgamento inicial que veio quando a diminuta e louca idia pareceu surgir na mente do Filho de Deus. Antes disso, Deus e Seu Filho habitavam no Cu juntos, em uma unidade to perfeita que seria impossvel at mesmo falar de Deus como um Criador ou Fonte distintos de Cristo, Seu Efeito, ou Seu Filho. Em outras palavras, nenhuma diferenciao possvel no Cu. Julgamento, claro, sempre baseado em diferenciao. Todos os nossos julgamentos acarretam a comparao de uma pessoa outra, ou de uma srie de eventos outra, ou de um objeto a outro, etc. Todo nosso mundo de percepo repousa sobre isso. por isso que no existem percepo nem julgamento no Cu. Quando o Curso fala sobre o Julgamento de Deus, est identificando-o como a expresso dessa perfeita Unicidade. A presena de Deus a perfeita unidade e o perfeito Amor, e a presena de Cristo como para sempre um com a Unicidade e o Amor de Deus o julgamento sobre tudo o que o ego pensa. E esse julgamento simplesmente diz o que falso [o pensamento da separao] falso e o que verdadeiro [a realidade da unicidade do Cu] nunca mudou (LE-pII.10.1:1). Mas, quando a diminuta e louca idia pareceu surgir, de repente, a dualidade apareceu. E esse foi o princpio do julgamento.

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  • O Filho de Deus ento comeou a experienciar a si mesmo em relao a como separado de seu Criador e Fonte. E ele no experienciou esse relacionamento de uma forma muito boa. Ele viu a si mesmo como em falta, com Deus injustamente tendo o que ele no tinha, mas que ele agora tinha o poder de roubar de Deus o que ele acreditava estar vindo dele. E, ento, o Filho tornou-se o criador e a fonte da vida. Ele se tornou aquele que existia por conta prpria. Esse foi o nascimento do ego. Naquele instante, Deus tornou-se o efeito do Filho, pois o Filho agora era a causa de Deus. O Curso refere-se a isso como usurpar o papel de Deus. O Filho estabeleceu-se como seu prprio criador, de tal forma que Deus, como Ele realmente , deixou de existir, pelo menos dentro da mente do Filho. Deus no mais a Fonte de toda Existncia; agora o Filho que . O julgamento inicial que existe uma diferena injusta ou desleal entre Deus e eu, o que me leva a um estado de escassez ou de falta. Meu ego conclui que estou em falta de autoria, de estar no trono, porque Deus me privou disso. Portanto, estou justificado em pegar de volta de Deus o que por direito meu. Esse o julgamento inicial. Uma das coisas mais cruciais de se entender sobre esse julgamento inicial que ele baseado em diferenas. Antes da diminuta e louca idia parecer surgir, no havia conscincia separada que pudesse observar, perceber ou pensar sobre quaisquer diferenas. Pulando alguns poucos passos agora: Dessa diminuta e louca idia e seu sonho inicial de julgamento, surgiu todo um universo fsico. Quando Jesus diz no Curso em Milagres que esse mundo uma iluso, ele quer dizer que todo o universo fsico uma iluso. Ele irreal. Ns sabemos que ele irreal porque o mundo que vemos e experienciamos um lugar de diferenas. assim que percebemos. extremamente importante, ao trabalharmos com Um Curso em Milagres, que reconheamos que tudo nesse mundo completamente irreal. Como um resultado disso, quaisquer pensamentos de que Deus ou o Esprito Santo fazem qualquer coisa nesse mundo precisa ser falso. Se Eles fizessem qualquer coisa nesse mundo para ns, Eles seriam insanos, porque estariam tornando o mundo da dualidade real, o que iria comprometer sua perfeita integridade como puro esprito, que perfeitamente uma. O mundo todo do tempo e espao um mundo de diferenas surge do pensamento de que o Filho poderia ser diferente de Deus. Ns somos o mundo para o qual acreditamos ter vindo quando nascemos. Mas ns no viemos para esse mundo; o mundo vem de uma projeo do pensamento de separao e diferenas dentro de nossas mentes. por isso que o princpio, Idias no deixam sua fonte (T-26.VII.4:7) to crucial para a compreenso do ensinamento todo o Curso. O mundo no nada mais do que a projeo desse pensamento de separao e culpa. E ele no deixou sua fonte dentro de nossas mentes, onde ainda permanecemos o que significa que no h mundo l fora. O julgamento que todos ns fazemos que existe um mundo para o qual viemos, um mundo dentro do qual experienciamos a ns mesmos, fora de nossas mentes, que vai continuar a existir depois que morrermos. Vamos explorar isso em mais detalhes depois. Mas esse mundo inteiro um sonho de julgamento. um sonho porque est fora da realidade da Mente de Deus; e um julgamento porque nada fora da Mente de Deus precisa ser percebido como diferente Dela e esse o julgamento. impossvel para ns existirmos nesse mundo sem esses tipos de julgamentos. Nosso mundo realmente um mundo de percepo. Todos ns percebemos a ns mesmos em relao a outras pessoas, e a coisas que esto fora de ns, e Jesus no est dizendo que deveramos negar que essa a nossa experincia. Perto do incio do texto, ele diz que praticamente impossvel negar nossa experincia fsica nesse mundo (T-2.IV.3:10). Mas ele est nos pedindo para olhar para ele

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  • de forma diferente, como vamos ver. O ponto que ns no podemos existir nesse mundo como indivduos separados, - acreditando que cada um de ns um corpo real e uma personalidade distinta dos corpos e personalidades de outras pessoas e no julgar. E todos ns somos muito bons em negar o quanto julgamos. Um exemplo claro de como os estudantes do Curso caem nessa armadilha aconteceu quando a guerra do Golfo estourou. Alguns estudantes disseram a outros que expressavam preocupao com o que estava acontecendo no Golfo Prsico, Que guerra? No existe nenhuma guerra l fora. Dizendo que existe uma guerra l fora, assistindo s notcias e falando sobre ela, vocs esto dando a ela uma realidade que ela no tem. Eles no estavam cientes de que estavam fazendo um julgamento ainda pior, porque estavam dizendo, Existe algo terrvel l fora que no quero ver. E, portanto, vou espiritualizar isso e dizer que Um Curso em Milagres diz que tudo irreal aqui, que ningum diferente, que a guerra impossvel, portanto, no existe guerra l fora. De um nvel metafsico, claro, isso verdade, mas ningum aqui no mundo, com pouqussimas excees, est nesse nvel. Ento, no somos solicitados a negar os julgamentos que fazemos, que porque to importante falar sobre esse passo intermedirio entre o sonho de julgamento do ego e o julgamento do Esprito Santo: querermos estar confortveis com todos os julgamentos que fazemos. E, inicialmente, isso significa entender que simplesmente estarmos nesse mundo, acordarmos de manh e acreditarmos que despertamos aqui, um julgamento e um ataque. Estamos dizendo, Eu acredito que estou em casa aqui, em minha cama. A verdade que ns realmente estamos em casa em Deus, e no estaramos sonhando que estamos acordando em casa, em nossas camas, se no quisssemos deixar Deus. Se tudo acontece dentro de nossas mentes e tudo uma escolha, como Um Curso em Milagres nos diz muitas e muitas vezes, ento, simplesmente acreditar que estamos aqui no mundo um pensamento de ataque. um pensamento de ataque que diz que eu prefiro estar aqui ao invs de estar com Deus, meu Criador e minha Fonte. E, pior do que isso, estou dizendo que no apenas acredito que quero estar aqui e que posso estar aqui, mas acredito que realmente estou aqui, o que significa que estou aqui s custas de Deus. Eu usurpei Seu lugar. Eu O matei e coloquei a mim mesmo no Seu trono. O simples ato de respirar dissimula esse pensamento maligno de ataque, esse julgamento que diz que eu sou separado de Deus; eu sou melhor do que Ele, e minha individualidade e minha existncia foram conseguida s Suas custas. Agora, isso no significa que deveramos nos sentir culpados porque respiramos a cada 15 ou 20 segundos, ou porque acordamos a cada manh e nos sentimos bem. Isso realmente significa que deveramos no nos iludir pensando que todas essas experincias so santas ou espirituais, que elas so reais e, acima de tudo, esto livres de julgamento. No podemos fazer nada nesse mundo sem julgamento, porque isso o que significa estar nesse mundo. Ento, a resposta no que no deveramos julgar. A resposta que deveramos aprender como ficar confortveis com todos os julgamentos que realmente fazemos, porque s ento poderemos ir alm deles. Deixem-me acrescentar outro ingrediente, que tem a ver com o mecanismo da negao. Uma vez que acreditamos estar realmente aqui, como venho dizendo, presumimos que ns, e no Deus, somos o criador e a fonte de nosso prprio ser. A culpa envolvida enorme, porque o ego nos diz que no podemos matar Deus e esperar sair completamente livres disso. Esse o nascedouro da nossa culpa, seguida pelo medo terrvel de que, quando Deus nos pegar, vai nos destruir. Ento, para nos proteger do horror da nossa culpa que vem do pavor do pecado de nos apoderarmos do trono de Deus, ns todos acreditamos que no fizemos isso. Esse o mecanismo da negao ou da represso. E, uma lei inexorvel da mente do ego que uma vez que negamos algo, precisamos projet-lo para fora.

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  • Ento, primeiro julgamos a ns mesmos por atacar Deus, mas ento dizemos, No, no fui eu que fiz essa coisa terrvel. Algum mais o fez. Pegamos nossa prpria culpa em relao a acreditarmos que atacamos Deus ao nos separarmos Dele, e a projetamos para fora. Encontramos outra pessoa para culpar por isso; e, ento, no estamos mais conscientes da origem desse sonho de julgamento em nossas prprias mentes. Acreditamos que o sonho a realidade, e que ele existe do lado de fora, externo a ns. Mas a verdade que o sonho de julgamento nunca deixou sua fonte dentro de nossas mentes. Ns no nos lembramos dele, mas ainda somos aqueles que esto sonhando esse sonho de julgamento, pecado e ataque de assassinar Deus. E, sobre seu corpo assassinado, ns erigimos nosso prprio ser. O problema bsico que ns primeiro julgamos a ns mesmos como pecadores, e depois dizemos que isso to terrvel que nunca mais queremos olhar para ele. Ento, projetamos o pensamento, escondendo-o de ns mesmos. O pensamento to horrvel e traz tanta ansiedade que fazemos um voto de nunca olhar para ele novamente: o primeiro nvel para proteg-lo. Ento, pegamos o pensamento, o projetamos para fora e o colocamos em outra pessoa: o segundo nvel de proteg-lo. E, ento, nunca aceitamos a responsabilidade por esse pensamento, porque no sabemos mais nada sobre ele. Ns o empurramos para o nosso inconsciente. Ns dissemos a ns mesmos, No fui eu que fiz isso; outra pessoa o fez. No sou eu que sou pecador; outra pessoa pecou contra mim. No fui eu que cometi o erro; no fui eu que peguei o caminho errado, ou fiz isso, aquilo, ou a outra coisa. Outra pessoa fez isso. Em outras palavras, ns protegemos o julgamento. E, enquanto projetarmos o julgamento, ele nunca ser curado. por isso que essa segunda forma de julgamento to importante. Ns temos que aprender a estar alertas no sobre sermos, na verdade, miserveis pecadores, criaturas vis de especialismo que querem destruir a todos, mas sobre acreditarmos nisso. Existe uma grande diferena. Essa no a forma com que Deus nos v. De fato, Deus no nos v de forma alguma. Essa a forma que vemos a ns mesmos. Mas, ento, uma vez que temos visto a ns mesmos dessa forma, ento negamos o pensamento e o colocamos em outra pessoa, o que significa que o projetamos. isso o que significa psicologicamente quando descrevemos algum como sendo defensivo. Uma pessoa defensiva ergue uma parede quando algo que foi dito a ela a leva a se sentir ameaada. A pessoa est realmente dizendo, No chegue perto de mim. Esse pensamento de pecado e esse julgamento que estou fazendo contra mim mesmo to terrvel que no quero olhar para ele, e no quero que voc olhe tambm. isso o que realmente significa ser defensivo. uma atitude de proteger o pensamento de que sou uma pessoa terrvel. No assim que Deus ou Jesus nos v, mas assim que vemos a ns mesmos. Mas, se nos recusarmos a reconhecer no que acreditamos sobre ns mesmos, nunca poderemos mudar nossas mentes em relao a essa crena. por isso que no podemos simplesmente passar do sonho de julgamento do ego para o julgamento do Esprito Santo de que todos esto pedindo amor ou expressando amor. essencial que primeiro treinemos a ns mesmos e Um Curso em Milagres um programa de treinamento para olharmos para o sistema de pensamento do ego. Esse no um curso em negao ou em nos fazer acreditar que coisas terrveis no acontecem no mundo, o que expressa os pensamentos terrveis que passam na mente do Filho. Muitas e muitas vezes, Jesus usa palavras muito fortes como assassinato e malignidade para descrever o sistema de pensamento do ego. Ele no est dizendo que esse um mundo maravilhoso. Como ele poderia ser, se foi feito para escapar de Deus? Poderia ele ser um mundo maravilhoso se serve para nos proteger para que nunca olhemos realmente para o sonho de julgamento subjacente, que irreal, mas no que acreditamos ser real? Como esse poderia ser um mundo maravilhoso se continua no caminho da cura?

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  • Ao trabalharmos com o Curso, queremos desenvolver uma atitude de sermos capazes de olhar de olhos abertos para o que o mundo seja em um nvel internacional, interpessoal ou pessoal dentro de nossas mentes. A meta do Um Curso em Milagres nos tornar capazes de olhar para esses pensamentos do ego sem julgamento. Quando o julgamento se for, quando ns pudermos realmente olhar para todo o dio e especialismo em ns a necessidade de sermos to importantes, todas as demandas que fazemos para sermos tratados como se fssemos importantes sem julgarmos a ns mesmos ou nos sentirmos culpados sobre esses pensamentos, sem termos medo de qualquer tipo de punio, ento, eles vo desaparecer, porque o pensamento bsico do ego irreal. O pensamento bsico que est sob todo o universo fsico um pensamento irreal. um pensamento que diz que realmente podemos empurrar Deus para longe e faz-Lo se ajoelhar, estabelecendo a ns mesmos como Deus. E, se ns pudermos olhar para isso pelo que , sem julgamento, vamos perceber, como o texto diz em um ponto, uma piada pensar que o tempo pode vir a lograr a eternidade, que significa que o tempo no existe (T-27.VIII.6:8-10). Em outras palavras, a diminuta e louca idia que fez surgir esse mundo apenas isso: diminuta porque insignificante, sem poder e sem efeito, e louca porque insana. O ego no pode conseguir o impossvel. Ele pode nos levar a acreditar que o impossvel aconteceu, mas no pode faz-lo acontecer. Mas, se no olharmos para ele, ento, no saberemos o que realmente . Ento, o propsito de Um Curso em Milagres nos fazer alcanar o ponto em que podemos realmente olhar para o ego. E, quando o fizermos, ele vai desaparecer como o Curso diz, de volta no nada do qual veio... (MP-13.1:2). Nesse ponto, o julgamento do Esprito Santo se torna uma realidade para ns. Uma vez que ns ento temos apenas o Amor de Cristo dentro de ns e experienciamos apenas o amor de Jesus dentro de nossas mentes, quando olhamos para o mundo, o vemos da mesma forma que ele. E ns entendemos, como o texto explica, que cada ataque realmente uma expresso de medo (T-2.VI.7:1). E, sob o medo, est o pedido de amor que tem sido negado, o que significa que ns agora olhamos para o mundo e vemos todos como ou pedindo amor ou expressando-o. E, ento, nossa resposta sempre a mesma. Quer voc esteja me pedindo amor ou expressando amor, como seu irmo em Cristo, vou estender amor a voc. No vou mais ver quaisquer diferenas. As diferenas superficiais no vo importar para mim. Tudo o que vai importar que voc est ou pedindo amor ou expressando-o. Ento, o amor em mim acolhe voc minha resposta sempre a mesma. Esse o julgamento do Esprito Santo. A partir da, o Curso explica, Deus desce e nos eleva de volta at Ele, e o sonho todo desaparece. Novamente, o que permite que esse terceiro e quarto passos o julgamento do Esprito Santo e o Julgamento Final de Deus aconteam o segundo passo de olhar sem julgamento para o sistema de pensamento do nosso ego, com toda a sua feira, malignidade e falta de gentileza. Mas ns olhamos para ele com um sorriso que diz que esses pensamentos no tm efeitos sobre Quem eu sou, nenhum efeito sobre meu relacionamento com Jesus e, portanto, nenhum efeito sobre meu relacionamento com Deus. Parte II O Sonho que perdoa (T-29.IX) (Pargrafo 1 Sentena 1) O escravo de dolos um escravo voluntrio. Essa parte do texto fala muito sobre dolos. Em Um Curso em Milagres, um dolo simplesmente outro termo para o ego e seus objetos de especialismo. Em outras palavras, algo que no verdadeiro, a que conferimos valor e realidade.

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  • (Pargrafo 1 Sentenas 1-3) Pois ele tem que estar disposto a se inclinar em adorao diante do que no tem vida e a buscar poder no que no tem poder. Claramente, isso est falando sobre o sistema de pensamento do ego. O sistema de pensamento do ego no tem vida porque permanece fora da Vida de Deus, e no tem poder porque permanece fora do poder de Deus. claro, o ego, em seu sonho, acredita que roubou a vida de Deus, de tal forma que agora o ego (o Filho separado de Deus) tem vida e Deus no tem. O ego tambm acredita que roubou o poder de Deus de criar, e, ento, agora, tem aquele poder e Deus no. isso a que Jesus est se referindo aqui como o dolo. (Pargrafo 1 Sentenas 3-7) O que aconteceu ao santo Filho de Deus para que esse pudesse ser o seu desejo, para que ele se deixasse cair e descer ainda mais baixo do que as pedras do cho e ficasse procurando dolos para que eles o levantem? Jesus basicamente est perguntado como tudo isso comeou: como podemos ter acabado na situao em que estamos, na qual negamos nossa realidade como Cristo, negamos nosso poder, e negamos o Amor de Deus? Em nossa condio de pecadores e culpados, camos mais baixo do que o mais baixo por causa dessa crena terrvel sobre ns mesmos. E, ento, olhamos para algo fora de ns para nos ajudar, para nos fazer sentir melhor. Esse o propsito dos dolos de especialismo: eu acredito que Deus no pode me ajudar, mas essa pessoa especial, esse tratamento especial, esse evento especial, ou esse objeto especial no mundo pode me fazer sentir bem, elevando-me acima do estado de baixeza no qual ca. (Pargrafo 1 Sentenas 7-10) Ouve, ento, a tua histria no sonho que fizeste e pergunta a ti mesmo se no verdade que acreditas que isso no um sonho. Jesus est falando a ns como indivduos, mas tambm est falando conosco como uma mente egica coletiva que inventou essa histria. Ele est dizendo (uma vez que voc se isole de toda a negatividade) que deveramos perguntar a ns mesmos, de forma honesta, se isso o que realmente acreditamos. Ns realmente acreditamos que esse mundo a realidade. Existe uma grande parte de ns, no importando o quanto j estudamos esse Curso e afirmamos acreditar nele, que no acredita que esse mundo um sonho. E ns podemos reconhecer isso na extenso em que observarmos nossas mentes cheias de julgamentos; todas as pequenas coisas do mundo pelas quais nos sentimos to atrados; todos os dios e mgoas insignificantes aos quais nos agarramos; todas as coisas insignificantes s quais nos agarramos como smbolos de injustia; todas as coisas especiais que queremos para ns mesmos e para os outros, etc. Todos esses pensamentos deixam muito claro o quanto nos identificamos com esse sonho e o transformamos na realidade. Ele diz isso muitas e muitas vezes, em muitos lugares diferentes. extremamente importante prestar ateno nisso, porque ele est nos dizendo que sim, ns acreditamos que esse mundo a realidade, e, sim, ns realmente acreditamos que matamos Deus, e que o especialismo vai nos dar o que queremos. As leis do caos (T-23.II) constituem provavelmente a afirmao mais forte no Um Curso em Milagres sobre o sistema de pensamento do ego, em toda a sua insanidade. E, nessa seo, depois de descrever as cinco leis do caos, Jesus diz que podemos insistir que no acreditamos nelas, mas Irmo, tu realmente acredita nelas, ele afirma (T-23.11.18:3). Ns realmente acreditamos que essas leis verdadeiramente funcionam. E acreditamos que o mundo que repousa sobre essas cinco leis est realmente l. Ento, extremamente importante no cairmos na armadilha de insistir que estamos livres de todos os julgamentos apenas porque fizemos o livro de exerccios, ou porque estudamos o Curso por cinco, dez ou quinze anos. O sistema de pensamento do ego no um sistema fcil de simplesmente revertermos, porque no apenas contm todos os pensamentos de julgamento, mas ele o pensamento de julgamento. E, enquanto nos identificarmos como um ser separado, com nossa

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  • prpria personalidade e corpo separados de outros corpos, ento, estaremos acreditando na totalidade do sistema de pensamento do ego. Novamente, no apenas que acreditemos em um sonho de julgamento, ns acreditamos que somos esse sonho de julgamento. E ns agora somos um sonho de julgamento porque nos identificamos como uma das figuras nesse sonho. Agora, Jesus vai nos contar uma histria, como um irmo mais velho contando uma histria do mundo ao seu irmozinho ou irmzinha. (Pargrafo 2 Sentenas 1-3) Um sonho de julgamento entrou na mente que Deus criou to perfeita quanto Ele prprio. [Foi a que a diminuta e louca idia pareceu surgir] E nesse sonho, o Cu virou inferno e fez-se de Deus um inimigo para com Seu Filho. Nesse sonho, ns realmente acreditamos que ramos diferentes de Deus, que tnhamos uma conscincia que poderia experienciar a si mesma em relao a Deus e em oposio a Ele. Nesse ponto, o Cu e Deus desapareceram. Se o Cu e Deus so estados de perfeita Unidade e de perfeita Unicidade, e eu agora comeo a experienciar a mim mesmo como diferente e que essa diferena real, ento, o Cu precisa desaparecer porque eu neguei Sua realidade bsica. isso o que significa O Cu agora virou inferno, e o fato de Deus agora ter sido transformado em um inimigo. Antes desse pensamento de diferenas, Deus e Cristo eram perfeitamente unidos. Uma vez que o pensamento da separao surgiu, ns acreditamos que tnhamos nos separado de Deus. Ns roubamos nossa identidade Dele, e agora, Deus est no caminho da guerra e quer roubar isso de volta de ns. Agora o Deus do Amor foi transformado em um Deus da vingana. Esse o incio do sonho do julgamento. (Pargrafo 2 Sentenas 3-5) Como pode o Filho de Deus despertar do sonho? um sonho e julgamento. Assim preciso que ele no julgue e despertar. Isso parece muito bacana e fcil. Mas, como vocs sabem a partir de seu trabalho com o Curso, dificilmente fcil assim. Se esse um sonho de julgamento baseado sobre diferenas, ento, para despertarmos desse sonho e voltarmos para a casa que nunca deixamos, ns obviamente precisamos desistir do julgamento. O problema que no estamos conscientes de que estamos julgando. No estamos conscientes por causa do poder das nossas defesas. Essa a chave para entender o perdo. muito fcil dizer que vamos desistir do julgamento, mas no sabemos o que realmente estamos dizendo porque no sabemos o quanto julgamos. No sabemos o quanto realmente somos filhos do especialismo, e o quanto nosso especialismo nos mantm caminhando, dia a dia. O especialismo o ar que respiramos, o princpio que nutre todos os nossos relacionamentos. O especialismo governa cada pequena coisa que fazemos nesse mundo. O problema que no estamos cientes dele porque no o vemos em ns mesmos; ns o vemos fora de ns. Quer nos percebamos ficando defensivos sobre qualquer coisa, ou experienciando uma resistncia a fazer ou dizer qualquer coisa, ou em estar com qualquer pessoa, existe algum especialismo escondido, algum julgamento escondido que no queremos ver. Toda defensividade em qualquer momento em que sentirmos nosso corpo fsico ou psicolgico apertado diz que nos sentimos ameaados por uma ameaa externa ao nosso especialismo. Existe um pensamento de julgamento em nossas mentes para o qual no queremos olhar. O problema no o pensamento de julgamento; a verdade que no existe pensamento de julgamento. Toda a coisa inventada. O problema que acreditamos que existe um pensamento de julgamento. E, uma vez que acreditamos nisso, precisamos neg-lo e projet-lo para que possamos v-lo do lado de fora. Isso extremamente importante. No existe julgamento. O problema que acreditamos que existe. E, uma vez que acreditamos nisso, nunca olhamos para dentro de nossas mentes outra

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  • vez. Ao invs disso, fizemos um corpo e o mundo para que pudssemos focalizar toda nossa ateno fora de nossas mentes , no corpo, em outros corpos que parecem existir fora de ns, e no mundo no qual todos os corpos parecem existir. A verdade que no existe mundo l fora; o mundo um pensamento auto-criado para ocultar outro pensamento auto-criado. Mas, se no olharmos para o pensamento auto-criado original, ento, nunca vamos saber que ele no est l. Isso no significa que temos que olhar para o pensamento original de atacar Deus. Tudo o que temos que fazer olhar para o pensamento dentro de nossas mentes que diz, Eu existo como uma pessoa separada; eu sou importante, e todos os outros so meus inimigos. Mas ningum quer olhar para isso. por isso que tentamos convencer a ns mesmos que esse um mundo adorvel, amoroso, com todas essas pessoas amorosas ao redor de ns, as mais amorosas das quais so os estudantes do Um Curso em Milagres. Participem de um encontro do grupo de Um Curso em Milagres, e vocs vo conhecer a iluso nessa afirmao. O problema a negao. Ns acreditamos que pelo fato de estudarmos um livro sobre o amor, ento, somos todos crianas do amor. Tudo o que estamos fazendo empurrar para baixo todos os pensamentos de dio, especialismo, competio, cimes e assassinato para os quais no queremos olhar. Mas se ns no olharmos para eles, vamos continuar a acreditar que so reais. Novamente, o problema no os pensamentos de especialismo. No existem pensamentos de especialismo, mas existe a crena de que existem. E, uma vez que a aceitamos, temos que proteg-la. a que o sistema defensivo comea. E o mundo foi literalmente feito como uma forma de nos defendermos de olhar para dentro, para nossas prprias mentes. A coisa mais difcil de fazer olhar para dentro. Jesus deixa isso claro em muitas passagens no Curso. Duas sees especficas Olhar para dentro (T-12.VII) e O medo de olhar para dentro (T-21.IV) enunciam isso claramente, mas esse ponto enfatizado o tempo todo no Curso. Pois, se olhssemos para dentro, iramos perceber que no h nada l exceto o Amor de Deus. No h nada do ego porque no existe ego. O problema no o sistema de pensamento do ego. O problema a parte da mente dividida qual usualmente me refiro como o tomador de decises, que acredita que existe um sistema de pensamento do ego e, portanto, que tem que ser defendido. Ento, os julgamentos que fao contra voc, tornando as diferenas importantes e reais, so realmente uma projeo do julgamento que fiz contra mim mesmo por tornar a diferena entre Deus e eu real. E eu persisto em me agarrar aos julgamentos contra voc porque isso me protege de realmente olhar para o julgamento que fiz contra mim mesmo. Tudo o que aconteceu foi que eu adormeci, tive um sonho no qual era diferente de Deus, e julguei esse sonho de julgamento como pecaminoso. E, ento, eu disse que precisava de outro sonho o mundo para me proteger do primeiro. Uma vez que fiz o sonho do mundo, acreditei que precisava de mais sonhos para me proteger de todos os sonhos anteriores de julgamento. E, ento, eu nunca volto ao sonho original de julgamento contra Deus. Portanto, a coisa mais difcil no mundo a se fazer parar de julgar: Assim, preciso que ele no julgue e despertar. O problema, novamente, que no estamos cientes de que estamos julgando. Voc estar compreendendo mal esse Curso se pensar que ele um curso em qualquer outra coisa alm de olhar para seu ego e sorrir diante dele: olhar para o ego com o amor de Jesus ou do Esprito Santo ao seu lado, e perceber que no h nada l. Mas voc precisa olhar, o que significa que precisa entrar em contato com a parte da sua mente que to resistente e est to aterrorizada de olhar para todo o especialismo. Esse no um curso em amor. Aqueles de vocs que so relativamente novos no Curso podem ser capazes de evitar cometer esse erro de cair na armadilha de pensar que esse um curso em amor ele no . um curso em olhar para o

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  • especialismo com a Pessoa do amor Jesus ou o Esprito Santo ao nosso lado. Uma vez que possamos fazer isso, o especialismo desaparece, a defesa se vai, a necessidade de se defender contra o especialismo se vai, e tudo o que resta o amor, que automaticamente se estende atravs de ns. Tudo o que temos que fazer olhar para o especialismo sem julgamento. Mas isso muito difcil, porque toda a nossa existncia como indivduos baseada sobre a noo de que existe um pensamento de julgamento em nossas mentes que to aterrorizante que, se sequer olharmos para ele, seremos destrudos. E, ento, fazemos qualquer coisa exceto olhar para ele. (Pargrafo 2 Sentenas 5-6) Pois o sonho parecer durar enquanto ele faz parte do sonho. Enquanto acreditarmos que somos criaturas do julgamento, enquanto acreditarmos que somos uma parte desse pensamento de ser separado de Deus, ento, o sonho vai parecer existir, porque o sonho no nada mais do que uma projeo desse pensamento. (Pargrafo 2 Sentenas 6-8) No julgues, pois aquele que julga ter necessidade de dolos que arcaro com o julgamento impedindo que o mesmo caia sobre ele. Isso basicamente o que eu venho falando. Em resumo, ento, Jesus est nos dizendo para no julgarmos. Quando julgamos, primeiro estamos julgando a ns mesmos. Nossa culpa sobre isso to enorme que temos que projet-la e fazer um dolo, para que possamos ver o pecado e a culpa cair sobre o dolo ao invs de sobre ns mesmos. Mas isso no nada mais do que uma projeo do nosso prprio ego. Em linguagem popular, um dolo usualmente uma imagem de Deus. Bem, o ego tornou-se Deus, como um pensamento, ento, o projetou para fora, deu-lhe um corpo, uma forma, e passou a ador-lo. Basicamente, esse o dolo do especialismo ou do julgamento. Cada um de ns tem uma necessidade de dolos que arcaro com o julgamento impedindo que o mesmo caia sobre ele. Ento, ao invs de olhar para nossa prpria culpa, que nosso julgamento de ns mesmos, nossa culpa cai sobre outra pessoa. por isso que tivemos que fazer um mundo para incio de conversa. Como o livro de exerccios diz em um trecho, o dio precisa ser especfico (LE-pI.161.7:1-2) e assim foi feita a especificidade (LE-pI.161.3:1). Ns tivemos que fazer algo fora de ns que acreditamos ser a realidade, para que pudssemos projetar nossa culpa nele. por isso que fizemos um Deus odioso, vingativo, um Deus do especialismo. por isso que fizemos um mundo cheio de pessoas, para que pudssemos encontrar algum para culpar. Mas o julgamento no est realmente no mundo fora de ns. O julgamento que eu fao sobre voc realmente a projeo do julgamento que fao sobre mim mesmo. Mas eu tenho que olhar para as minhas necessidades para ter esse julgamento. (Pargrafo 2 Sentenas 8-9) E assim tambm no poder conhecer o Ser que ele condenou. Ento, no apenas eu no sei quem voc , mas certamente no conheo o Cristo que eu sou, porque eu disse que o Filho de Deus que eu realmente sou no existe mais. Quando eu me separei de Deus e transformei a dualidade em verdade, transformei a unidade de Deus e Cristo em uma iluso, o que significa que tanto Deus quanto Cristo desapareceram. Ento, eu acredito que ataquei Deus e Cristo, e Os condenei. Mas nunca vou me lembrar que inventei tudo isso, porque acredito que essa realidade to ameaadora que preciso nunca olhar para ela novamente. Ento, continuo protegendo a mim mesmo repetidamente por nunca olhar para a culpa na minha mente. E a resposta para tudo isso realmente olhar para o fato de que estou inventando tudo isso. Mas no vou saber que estou fazendo isso at olhar para tudo.

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  • (Pargrafo 2 Sentenas 9-12) No julgues, porque fazes de ti mesmo uma parte dos sonhos maus, onde dolos so a tua verdadeira identidade e a tua salvao do julgamento colocada sobre ti no terror e na culpa. Novamente, comeamos com aquele pensamento bsico de julgamento: eu tra e abandonei o Amor de Deus. Eu virei minhas costas para ele, o usurpei, o roubei. E a culpa em relao ao que fiz to imensa que automaticamente me leva ao terror de que Deus ou o Amor vai me atacar de volta. Ento, para escapar, eu pego toda a culpa e terror e a projeto fora de mim, e fao um dolo. Eu digo que algo fora de mim me atacou. No fui eu que fiz isso; algum mais o fez; algum mais o assassino. E tudo o que eu tenho que fazer olhar para todo esse cenrio e v-lo como . Parte III (Pargrafo 3 Sentenas 1-2) Todas as figuras no sonho so dolos, feitos para salvar-te do sonho. Tudo o que percebemos e que acreditamos estar fora de ns parte do sonho. Esses so os dolos, e seu propsito tornar o sonho exterior real para nos proteger do sonho dentro de nossas mentes, para o qual no queremos olhar. Estudantes do Curso transigem nisso vezes sem conta, tentando tornar, de qualquer forma que puderem, algum aspecto do sonho exterior real. por isso que muitos estudantes colocam tal nfase em ver Jesus ou o Esprito Santo como fazendo coisas para eles no mundo. Essa uma maneira sbita de torn-Los parte da iluso, visto que, no Curso, Jesus nos pede para levar a iluso verdade, no para trazer a verdade iluso. Ns temos um grande investimento em tornar o sonho exterior real, porque se for real do lado de fora, no temos que olhar para o sonho dentro de nossas mentes. Qual a melhor forma de faz-lo parecer real do que ter Deus ou Jesus ou o Esprito Santo trabalhando nele? por isso que um engano confundir o Um Curso em Milagres com os sistemas de pensamento da Nova Era. O Curso de forma alguma transige com a verdade de que todo o universo fsico uma iluso. Mas ns queremos tornar as figuras no sonho reais, incluindo o Esprito Santo e Jesus para que fiquemos protegidos do sonho subjacente dentro de nossas mentes. (Pargrafo 3 Sentenas 2-3) Contudo, eles [todos esses dolos] foram feitos para salvar-te exatamente daquilo de que fazem parte. Esses dolos foram feitos para nos salvar do dolo que fizemos dentro de nossas prprias mentes (o sistema de pensamento do ego) que diz, Eu roubei Deus e agora existo. Eu tenho o que roubei. Eu no vou mais devolv-lo, e existo por conta prpria. E agora Deus existe fora de mim. O ego comea com aquele pensamento inicial de julgamento, que o incio do sonho. Ele ento se torna um sonho desenvolvido dentro das nossas mentes, de que somos diferentes de Deus, que ns roubamos de Deus e pecamos contra Ele. E nossa culpa em relao a isso agora nos diz que Deus vai nos punir. Esse o sonho aterrorizante dentro de nossas mentes. to aterrorizante que no queremos olhar para ele, mas o projetamos, ento ele agora parece estar fora de ns. E qualquer coisa que nos enraze ainda mais no sonho exterior vai servir muito bem ao propsito do ego, ainda que seja feita sob o nome de Deus, o que o que as religies tm feito por sculos. extremamente tentador para as pessoas fazerem a mesma coisa com Um Curso em Milagres trazer parte da verdade iluso, tornando a iluso real. Se voc fizer isso, nunca vai sair do sonho, porque no vai saber que s um sonho.

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  • (Pargrafo 3 Sentenas 3-5) Assim que o dolo mantm o sonho vivo e terrvel, pois quem poderia desejar um, a no ser que estivesse no terror e no desespero? O tu a quem Jesus est se referindo nessas passagens a mente, a parte da mente que escolhe aquilo a que eu me refiro como o tomador de decises. a parte das nossas mentes que primeiro se identificou com o sistema de pensamento do ego. um sistema de pensamento de terror e desespero que nos diz que precisamos nos proteger do terror e do desespero, negando-o, o que significa que nunca devemos olhar para isso novamente. E, ento, ns o projetamos e o vemos fora de ns. por isso que precisamos de um mundo de pessoas especficas e objetos especficos. Ns projetamos todos esses pensamentos de pecado, culpa e julgamento, para que eles no sejam mais vistos dentro, mas fora. Enquanto acreditarmos na realidade do dolo, nunca vamos saber que ela repousa dentro de nossas prprias mentes. (Pargrafo 3 Sentenas 5-7) E isso o dolo representa, e assim a idolatria dos dolos a idolatria do desespero e do terror, e do sonho do qual eles vm. Isso verdadeiro para os dolos do especialismo que pensamos que so maravilhosos e nos fazem felizes, assim como para os dolos do especialismo que odiamos. Antes, no texto, em Os obstculos Paz (T-19.IV), Jesus fala sobre isso de outra forma: Enquanto acreditares que ele pode te dar prazer, tambm acreditars que pode te trazer dor (T-19.IV-A.17:14-15). Prazer e dor so lados opostos da mesma iluso. Ambos tornam o corpo real porque ambos dizem que existe algo fora de ns que pode nos fazer felizes ou infelizes, e nos trazer dor. A verdade que a nica coisa que pode nos trazer felicidade escolher o Amor do Esprito Santo. A nica coisa que pode nos trazer dor escolher o ego. Isso tudo. No h nada mais. As linhas aqui representam a mesma idia. por isso que ns nos tornamos to interessados nesse mundo. fcil cair nessa armadilha, mesmo como um estudante do Curso que ensina que no h mundo, pois ainda acreditamos que comportamentos externos de alguma forma, significam alguma coisa. Eles no significam nada em e por si mesmos. Seu significado est apenas em qual significado damos a ele. O que importante nunca algo externo nada do que corpos faam ou deixem de fazer -, mas nossa deciso interna de escolher ou o ego e a separao, ou Jesus e a unio. Uma vez que focalizamos nossa ateno fora de ns, e acreditamos que o que fazemos importante, til, curativo, ou amoroso, estamos ficando presos no especialismo, adorando o dolo do especialismo. Vamos pensar que estamos servindo uma funo de cura ou de amor, mas realmente um dolo de desespero e terror. Ao adorar os dolos do especialismo exteriores, estamos adorando no apenas o terror, o desespero e a culpa, mas todo o sonho, do qual o terror, o desespero e a culpa so s componentes. Estamos adorando o sonho de que temos o que roubamos de Deus e nunca vamos devolver, pois agora existimos como indivduos por conta prpria. Ns amamos o terror, o desespero e a culpa, ou no iramos senti-los o tempo todo. Ns os amamos porque eles tornam o pensamento da separao real o pensamento do julgamento original contra Deus que torna real nossa existncia separada de Deus. por isso que temos um investimento to tremendo em nossa auto-importncia, em sermos um indivduo nico isso estabelece que o sonho real. O estado de terror ou desespero em nossas mentes diz que o sonho real; a culpa e o pecado so ambos reais. (Pargrafo 3 Sentenas 7-10) O julgamento uma injustia para com o Filho de Deus, e justia o fato de que aquele que o julga no escapar da penalidade que infligiu a si prprio dentro do sonho que fez.

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  • importante perceber que todo o sistema de pensamento do ego real em si mesmo. Ele no a realidade, mas, dentro do sonho em si mesmo, ele muito real. Quando dormimos noite e sonhamos, vamos experienciar o sonho como muito real. O mundo todo um sonho. Como Jesus explica em outro trecho (e.g., T-18.II.7-14), no existe diferena entre o que chamamos de nossos sonhos enquanto estamos dormindo, e o que ele se refere como nossos sonhos acordados, como o que estamos experienciando exatamente nesse momento. Todos so o mesmo so apenas expresses diferentes de pensamentos dentro de nossas mentes. Dentro do sonho do ego, o medo de punio muito real. Dentro desse sonho, nosso medo de experienciar dano fsico ou emocional muito real. No somos solicitados, como estudantes do Um Curso em Milagres, a negar o que so nossas experincias. Somos solicitados, entretanto, a no tornar essas experincias a realidade. Existe uma diferena crucial entre essas duas abordagens. Em outras palavras, todos ns experienciamos o medo, e acreditamos que esse medo devido a algo externo a ns que nos imposto. O ego interpreta isso como a ira de Deus que caiu sobre ns que a nossa experincia. Ns podemos no experienciar conscientemente isso como a ira de Deus, mas certamente experienciamos mesmo o medo como sendo provocado por algo externo a ns. Lembrem-se, nossos prprios corpos so to externos s nossas mentes quanto os corpos de todas as outras pessoas. Mas isso no transforma nada disso em realidade. a que as igrejas crists esto enganadas; elas pegaram sua experincia de medo e escreveram uma teologia sobre ela. Elas disseram que essa a realidade de Deus: Deus v nosso pecado como real, e tem um plano para nos ajudar a expi-lo, basicamente, um plano de assassinato. O plano ento se torna um plano de sofrimento e sacrifcio. Se ns acreditarmos que sacrificando-nos Deus no vai ficar zangado conosco, ento, vamos nos sentir bem sobre o sacrifcio. Mas isso no o transforma na realidade. Nossa experincia que o sol se levanta e se pe, mas isso no transforma esse fato em realidade. Na realidade, a terra girando sobre seu prprio eixo que faz com que parea que o sol se move ao redor da terra. E, de fato, a terra que se move ao redor do sol. De forma similar, as pessoas podem experienciar o Esprito Santo ou Jesus como fazendo coisas para elas no mundo, mas isso no significa que eles realmente esto. No confundam sua experincia com a realidade. O ego sempre interpreta nossas experincias para construir uma teologia que serve aos seus propsitos, o que, claro, a razo pela qual ns temos a experincia para incio de conversa. Dentro do nosso sonho, sempre que fazemos um julgamento, estamos afirmando que somos diferentes de Deus; ns nos separamos Dele, pecamos contra Ele e O roubamos. Nossa culpa sobre isso ento exige que no escapemos da penalidade da raiva de Deus. Esse mundo todo, que um mundo de mudana e morte, ento, permanece com a testemunha para o fato de que o que o ego tem ensinado verdadeiro. Se nossa existncia, que ns chamamos de vida, foi no final das contas roubada de Deus, ento, quando Deus pegar de volta a vida que roubamos Dele, vamos ficar sem vida, o que significa que estaremos mortos. Essa a interpretao do ego para a nossa morte. (Pargrafo 3 Sentena 10) Deus sabe da justia, no da penalidade. A justia de Deus, claro, no tem nada a ver com a justia como pensamos sobre ela. A justia de Deus afirma que nada aconteceu. Se nada aconteceu, no existe culpa nem punio. (Pargrafo 3 Sentenas 10-13) Mas no sonho do julgamento tu atacas e s condenado, e deseja ser o escravo de dolos, que se interpem entre o teu julgamento e a penalidade que ele traz. Mas ns no somos condenados por Deus. Ns somos condenados pela projeo da nossa prpria culpa, que faz um Deus Que zangado. Ns ento tentamos negar toda a dinmica, e fazer um mundo no qual estamos continuamente condenando e julgando outros, enquanto acreditamos que eles nos condenaram e julgaram primeiro. Mas nosso julgamento est dentro das nossas mentes; essa a nossa culpa. Ns a projetamos para fora e fazemos um mundo de dolos que vo nos

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  • punir; e realmente pensamos que existe um mundo l fora que nos afeta. Tudo isso parte do sonho, que parece muito real dentro do sonho. Parte IV (Pargrafo 4 Sentena 1) No pode haver salvao no sonho enquanto o ests sonhando. Essa a histria do mundo. Ela explica porque cada tentativa de trazer paz tem sido ftil, e tem falhado. Ns sempre tentamos alcanar a paz dentro da moldura do mundo. Estamos sempre tentando tornar tudo melhor aqui, quando nada pode ser melhor aqui. Isso porque, em primeiro lugar, esse um mundo de dio, e, em segundo, no h mundo aqui de qualquer forma. O que precisa ser melhorada nossa deciso. Ns escolhemos o ego, o que foi um erro; o desfazer desse erro escolher Jesus ou o Esprito Santo. Mas no h nada aqui que pode ser melhorado. Uma vez que tentemos tornar o mundo melhor, estaremos caindo na armadilha do ego. Por que iramos querer tornar o mundo melhor a menos que primeiro acreditssemos que existe algo errado com ele? E, se acreditamos que existe algo errado com o mundo, ento, de forma bem bvia, acreditamos que existe um mundo aqui, o que exatamente o que o ego quer que acreditemos. Ns precisamos acreditar que existe um mundo aqui, porque essa nossa defesa contra o mundo que tornamos real dentro de ns mesmos, e do qual estamos aterrorizados. (Pargrafo 4 Sentenas 2-4) Pois os dolos tm que fazer parte dele, para salvar-te daquilo que tu acreditas que realizaste e fizeste para fazer de ti mesmo um pecador, apagando a luz dentro de ti. O que ns acreditamos ter realizado o assassinato de Deus, e agora Deus vai nos matar em retribuio. Todos ns acreditamos que roubamos a luz do Cu, o que significa que destrumos essa luz. A luz que ento acreditamos ser a realidade o sol e as estrelas realmente artificial. Ns pensamos que existe uma diferena entre a luz do sol e a luz de uma lmpada uma chamada de natural e a outra de artificial, ou no-natural. Tudo no-natural. Algumas pessoas pensam que existe uma diferena entre alimentos naturais e processados, alimentos no-naturais com qumica e outros aditivos artificiais. Todos os alimentos so no-naturais porque tudo nesse mundo no-natural. No existe distino entre nveis de iluses. Como a primeira lei do caos afirma, no existe hierarquia de iluses (T-23.II.1). Todos ns acreditamos que extinguimos a luz. Nesse ponto, a seo comea a mudar de foco. Jesus vai nos dizer como lidar com esse sonho. bvio que esse sonho de julgamento to enorme que parece impossvel at mesmo ultrapass-lo. E no somos solicitados a ultrapass-lo por conta prpria e certamente por nada que nosso ego faa. Tudo o que somos solicitados a fazer, que inerente ao segundo passo do julgamento, olhar para o sonho e v-lo como ele . No somos solicitados a negar o que experienciamos nesse mundo, seja fsico, emocional ou psicolgico. Somos solicitados apenas a iniciarmos o processo de negar que o que experienciamos tenha qualquer poder sobre o Amor e a paz de Deus dentro de ns. Sobre isso podemos comear a fazer algo. Ns no temos que experienciar a paz, mas pelo menos temos que perceber por que no a estamos experienciando. Se no estiver me sentindo pacfico, no por causa de algo que voc disse ou deixou de me dizer, ou pelo que voc fez ou no fez. Se estiver me sentindo fraco e no estiver me sentindo bem, no porque algo est errado com meu corpo. sempre porque algo est errado com minha mente: eu escolhi o ego ao invs do Esprito Santo. por isso que, muitas e muitas vezes, Jesus diz o quanto seu curso simples. Ele simples porque tudo ou verdadeiro ou falso, e nunca h nada entre essas duas opes. No existe causa para nada nesse

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  • mundo exceto minha deciso de torn-lo real. Se estiver feliz, porque escolhi estar feliz. Se estiver triste, porque escolhi estar triste. Como eu me sinto no tem nada a ver com algo exterior. O incio do desfazer do sistema de pensamento de julgamento do ego nosso reconhecimento do que ele : um sistema de pensamento de julgamento que est nos tornando ou felizes ou transtornados. Ele no tem nada a ver com qualquer coisa externa; um sistema de pensamento que escolhemos. Em outras palavras, nada aconteceu. O problema no o sonho de julgamento. O problema que ns acreditamos no sonho de julgamento. No h sonho de julgamento. No h pecado contra Deus. Deus nem mesmo sabe que algo aconteceu, porque nada aconteceu. Se no existe pecado contra Deus, no h culpa. A culpa vem apenas do pecado. E no pode haver medo, porque o medo vem da culpa. No vai haver pecado em minha mente que eu tenha que negar ou contra o qual tenha que me defender. E se eu no tenho que neg-lo ou me defender dele, no preciso de um mundo, porque o nico valor a que o mundo serve como um esconderijo no qual minha culpa protegida. Jesus ento diz: (Pargrafo 4 Sentenas 4-7) Pequena criana, a luz est aqui. Tu ests apenas sonhando e os dolos so brinquedos com os quais sonhas que ests brincando. Quem tem necessidade de brinquedos a no ser as crianas? Esse apenas um trecho entre muitos (e.g., T-11.VIII.7:1; T-12.II.4:6) onde Jesus se dirige a ns como pequenas crianas. Ele no pensa muito da nossa maturidade; e ele descreve o mundo todo de dio, malignidade, assassinato e especialismo como um jogo de pequenas crianas (e.g., LE.pI.153.7:8). Isso certamente coloca tudo em um contexto totalmente diferente. Ns pensamos que nossos problemas e os problemas das pessoas que amamos, e os problemas do mundo em um contexto mais amplo so todos muito srios. E, realmente, eles so muito srios dentro do sonho. Mas, quando comparamos o sonho realidade, percebemos o quanto tudo trivial. No trivial dentro do sonho assim como um pesadelo noite que estamos tendo em nossas mentes no parece trivial. Apenas quando despertamos, percebemos que inventamos tudo. trivial apenas quando olhamos para ele da perspectiva do Amor de Deus. Ento, minha ansiedade e inquietude, meu medo, terror e culpa vm de no olhar para o sonho no contexto do Amor de Deus, e no de nada que eu pense estar acontecendo na minha vida. Todo o propsito do Curso nos ajudar a entender isso. Se estiver transtornado, no por causa do que voc est fazendo comigo. Eu me sinto culpado porque, mais uma vez, soltei a mo de Jesus ou do Esprito Santo e me sinto sozinho. E na minha solido, eu me sinto aterrorizado que a ira de Deus v descer sobre mim e me punir por causa do que eu fiz. por isso que fico transtornado. No tem nada a ver com qualquer coisa que voc ou qualquer outra pessoa no mundo diz, ou com qualquer coisa que esteja acontecendo. um erro confundir o Curso com outros sistemas espirituais que ensinam que o Esprito Santo intervm no mundo. Se Ele o fizesse, estaria caindo no mesmo truque do ego no qual camos. O Esprito Santo ou Jesus permanecem dentro de nossas mentes como um farol de luz que simplesmente brilha seu amor, lembrando-nos de que poderamos escolher o amor ao invs da escurido do ego. Toda a paz, conforto e alegria que queremos so encontrados nesse amor. Tudo o mais que estamos fazendo como um jogo com o qual as crianas pequenas brincam. Quando as crianas brincam faz de conta, como algumas vezes nos referimos a isso -, o que esto fazendo no

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  • real. Pode parecer real para elas naquele momento, mas o adulto, olhando para eles, percebe que no real. Jesus o adulto olhando para nosso pequeno chiqueirinho e todos os soldadinhos com os quais estamos brincando. Um grupo est matando outro, literal ou simbolicamente. Ns pesamos que srio, mas Jesus est nos dizendo que no . por isso que ele nos chama de pequenas crianas. Como criancinhas, ns no entendemos a diferena entre aparncia e realidade. Ns camos na armadilha de pensar que o que fazemos e dizemos, o lugar em que vivemos, o que acontece no mundo, e assim por diante, so todos muito importantes. Somos criancinhas que vem o mundo apenas atravs das lentes mopes da nossa prpria percepo muito limitada. Ento, novamente; (Pargrafo 4 Sentenas 6-11) Quem tem necessidade de brinquedos a no ser as crianas? Elas fingem que governam o mundo e do aos seus brinquedos o poder de se locomoverem, de falarem e de pensarem, de sentirem e de falarem por elas. Entretanto, tudo aquilo que os seus brinquedos aparentemente fazem est nas mentes das crianas que com eles brincam. Um tipo de psicoterapia com crianas terapia de brincadeira, onde a criana recebe bonecas e outras figuras para atuar o que est dentro da sua mente e ela no pode verbalizar. A criana d realidade s figuras, projetando nelas suas questes no resolvidas com pais, irmos e consigo mesma. E o que a criana est fazendo no tem nada a ver com as figuras em si mesmas. Ela est fazendo as figuras atuarem os pensamentos dentro de sua prpria mente. Bem, exatamente isso que esse mundo todo . E ns levamos a srio o que parece acontecer no mundo que acreditamos estar l fora, para que no entremos em contato com o mundo de julgamento dentro de ns. Ento, uma parte essencial do processo de Um Curso em Milagres desenvolver um relacionamento com Jesus ou com o Esprito Santo. Se nenhum desses dois nomes funcionar para voc, substituam-nos por qualquer outro smbolo que reflita para voc uma presena amorosa, livre do ego, que no sua, mas, entretanto, est dentro de voc. Um relacionamento pessoal com Jesus ou com o Esprito Santo permite que voc comece a se separar do ser e do mundo que parece estar fora desse ser. Esse processo nos capacita a olhar para o que est acontecendo e perceber que apenas um jogo com o qual as crianas brincam. Ele parece muito real e poderoso enquanto est sendo jogado, mas isso no significa que deixe de ser simplesmente um jogo com o qual as crianas brincam. E, novamente: (Pargrafo 4 Sentenas 11-14) Mas elas anseiam por esquecer que elas prprias inventaram o sonho no qual os seus brinquedos so reais, e no reconhecem que os desejos que eles tm so os seus prprios. As crianas ficam muito envolvidas e identificadas com seus jogos de faz de conta, esquecendo-se de que foi tudo inventado. Mas exatamente isso o que todos ns fazemos. Ns apenas agimos como criancinhas. ridculo que pensemos ser adultos. Fisicamente, podemos ser, mas certamente no somos adultos de um ponto de vista espiritual. Ns inventamos tudo isso, e ento nos esquecemos que o fizemos. Se ns nos percebemos ficando transtornados por causa de uma nova histria, ou algo em nossos mundos pessoais, como estudantes desse Curso ns certamente no queremos lutar contra ou negar o que estamos sentindo. Ns deveramos apenas dar um passo atrs e olhar com Jesus ou com o Esprito Santo, e observar a ns mesmos ficando transtornados por algo que acreditamos estar fora de ns.

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  • Agora, novamente, no estamos falando simplesmente sobre observar o que nossos olhos vem. Estamos falando sobre observar nossa reao a isso nossa interpretao do que nossos olhos vem e perceber que o que estamos vendo fora e acreditamos ser real e ter um efeito sobre ns no nada mais do que uma projeo de um pensamento que no queremos ver em ns mesmos. Isso tudo o que fazemos. Ns no lutamos contra o pensamento ou tentamos mud-lo. Ns simplesmente temos que olhar para ele. Mas temos que olhar para ele com honestidade. E a honestidade diz que se eu estou sentindo algo se estou irritado, transtornado, amedrontado, culpado ou em dor no por causa de algo fora da minha mente. por causa de uma deciso que minha mente tomou, de ver a mim mesmo, mais uma vez, como separado do Amor de Deus. E o que estou sentindo o efeito dessa deciso: a culpa, o medo, o sofrimento e a dor, que automaticamente vm de acreditar que eu pequei. Isso tudo o que eu tenho que fazer. S preciso perceber que isso no o que eu pensei que fosse. Parte V A viso da impecabilidade (T-20.VIII) Vamos passar agora para o pargrafo 7 de A viso da impecabilidade. (Pargrafo 7 Sentenas 1-2) O julgamento no passa de um brinquedo, um capricho, o meio sem significado de jogar o jogo vo da morte em tua imaginao. Esse mundo todo parte da nossa imaginao. Ele no tem base na realidade. Mantenham em mente que quando fizemos o julgamento original, pensamos que era qualquer coisa menos um brinquedo. Pensamos que era muito, muito srio. Esse foi um julgamento que disse que ns nos voltamos contra Deus e O roubamos, que destrumos Deus, Cristo e a unidade do Cu. Isso dificilmente parece com um brinquedo! Estamos dizendo que nossa mente extremamente poderosa. Vejam o que ela alcana: o impossvel. Esse o julgamento original, e expresso vezes sem conta em tudo o que acontece no mundo, sem exceo. Tudo parece to pesado, to importante, to real, to valioso, to maligno e destrutivo, to maravilhoso, etc. E tudo isso vem do julgamento original de que eu fiz uma coisa terrvel a Deus. O outro lado : Mas isso no maravilhoso? Eu agora tenho minha prpria individualidade; eu sou nico e muito importante. E, claro, eu roubei tudo isso de Deus, o que significa que o lado inferior desse senso de maravilhamento e alegria o terror. Mas a verdade que tudo isso um brinquedo. Nada aconteceu. Eu apenas pensei que tinha roubado Deus. Eu apenas pensei que O tinha destrudo. Eu apenas pensei que destru Jesus na cruz. Nada aconteceu. Toda a coisa foi inventada. (Pargrafo 7 Sentenas 3-4) Mas a viso corrige todas as coisas, trazendo-as gentilmente para o controle benigno das leis do Cu. A viso acontece quando olhamos com Jesus para todos os nossos terrveis julgamentos os terrveis julgamentos que fiz sobre voc e sobre mim mesmo, pois claro que eles so um e o mesmo. Eu olho com Jesus para eles e digo, Isso s um brinquedo. Isso no tem efeito no Amor de Cristo nem em voc nem em mim. Isso no tem efeito no amor de Jesus por mim. Em outras palavras, nada aconteceu. isso o que a viso nos diz. (Pargrafo 7 Sentenas 4-6) O que aconteceria se reconhecesses que esse mundo uma alucinao? O que aconteceria se compreendesses realmente que o inventaste?

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  • Jesus quer dizer essas palavras muito literalmente. E alucinao, do ponto de vista clnico, refere-se a ver, ouvir ou cheirar algo que no est l. Jesus est nos dizendo que o mundo todo uma alucinao estamos literalmente vendo algo que no est l. O mundo simplesmente uma projeo de um pensamento em nossa mente que, em si mesmo, no est l. O mundo que percebemos e experienciamos um mundo de separao, diferenas e julgamento. Pelo fato de as idias no deixarem sua fonte em nossa mente, o mundo simplesmente reflete o pensamento de julgamento, a percepo de diferenas em nossa mente. Mas esse pensamento tambm no existe, porque na verdade, nunca deixamos a casa do Pai. (Pargrafo 7 Sentenas 6-10) O que aconteceria se te desses conta de que aqueles que parecem perambular sobre ele [o mundo], para pecar e morrer, atacar e assassinar e destruir a si mesmos so totalmente irreais? Poderias ter f no que vs, se aceitasses isso? E queres ver isso? A resposta, claro, que temos medo de perceber que esse mundo uma alucinao, que foi tudo inventado, e, portanto, no o vemos dessa forma. Temos medo de ver que foi tudo inventado porque ento o mundo aparentemente externo no tem mais valor como uma defesa. Se eu acreditar que o mundo real, no tenho que olhar para minha mente. Se eu perceber que o mundo inventado, ento, entendo que o que estou percebendo fora uma projeo do que est dentro da minha mente. E isso significa que preciso olhar para dentro, para o terrvel pensamento do julgamento. E eu no quero fazer isso. (Pargrafo 8 Sentenas 1-2) As alucinaes desaparecem quando so reconhecidas pelo que so. Essa a cura e o remdio. Esse realmente o ponto crucial do segundo passo do julgamento, e eu gostaria de passar alguns minutos discutindo-o. Se eu reconhecer que o que estou percebendo foi inventado, ele perde seu valor como uma defesa, o que significa que ele desaparece, pois no preciso mais dele. O mundo continua a existir para ns apenas porque temos uma necessidade de nos proteger contra a culpa do julgamento original. Esse o propsito do mundo. Se eu agora perceber que no h mundo l fora, e tudo o que estou vendo foi inventado, ento, explodi o mito da defesa, o que significa que a defesa desaparece. Ento, as alucinaes desaparecem quando so reconhecidas pelo que so. Em outras palavras, eu tenho que olhar para elas. Sempre voltamos a isso. Eu olho para o fato de que estou ficando irritado, que estou ficando ansioso, que estou furioso, que estou com uma dor excruciante, que estou em xtase, que mal posso esperar que algo acontea. No importa se isso positivo ou negativo; eu busco algo que acredito que vai me trazer prazer, ou temo algo que acredito que vai me trazer dor. Eu s tenho que perceber que estou inventando isso. No tenho que parar de acreditar nisso, de tem-lo, ou de ficar excitado em relao a isso. Eu simplesmente tenho que saber o que fiz. Isso tudo o que a pequena disponibilidade est nos pedindo. Ela no est nos pedindo para liberar a coisa toda ns estamos aterrorizados demais. por isso que no Curso, com muito poucas excees (e.g., T-5.II.3:10; MP-17.8:4), Jesus nos pede para ter uma pequena disponibilidade. A pequena disponibilidade simplesmente a disponibilidade de comear o processo de dar um passo atrs e olhar; o que automaticamente significa dar um passo atrs com Jesus o ego nunca iria nos deixar olhar para ele mesmo sem julgamento. Se estiver olhando para o meu ego sem julgamento, preciso estar olhando com Jesus, o que significa que estou olhando para ele e dizendo, isso o que estou fazendo. Estou sendo teimoso e resistente. Estou me agarrando a isso porque estou com medo do Amor de Deus. Eu iria preferir matar voc do que deixar Deus me matar. Eu iria preferir indulgir comigo mesmo em

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  • todo o meu especialismo ao invs de ter a paz de Deus. Pelo menos eu sei que isso o que estou fazendo. Eu no tenho que mudar isso, porque se sentir que tenho que mud-lo, ento, o tornei real. Se voc sequer acreditar que Jesus (ou o Esprito Santo) o est forando a fazer algo, ento, no ser Jesus. o Jesus do seu ego. Jesus nunca iria for-lo a fazer nada, porque ele sabe que no h nada que tenha que ser feito. Tudo o que ele faz, por sua prpria presena em nossas mentes, gentilmente nos lembrar de que poderamos olhar para o que est acontecendo de forma diferente. Ns no temos que olhar para isso de forma diferente, apenas reconhecer que existe outra forma de olhar para isso. Ns podemos no escolh-la logo de incio, mas reconhecer que existe uma forma diferente a cura e o remdio. (Pargrafo 8 Sentenas 2-3) No acredites nelas [no acredite nas alucinaes] e desaparecero. Isso um processo. Eu posso acreditar intelectualmente que isso so alucinaes, mas uma parte de mim ainda se agarra a elas. Ento, eu olho para elas e percebo que sim, eu entendo que tudo isso foi inventado. Sim, eu entendo que nunca estou transtornado pela razo que imagino. E, no entanto, ainda quero me agarrar a esse especialismo, a essa mgoa, a essa depresso e dor porque estou com mais medo do que elas ocultam: o Amor e a paz de Deus. disso que estou com medo, mas pelo menos agora sei disso. Aqui est a prxima linha muito importante: (Pargrafo 8 Sentenas 3-4) E tudo o que precisas fazer reconhecer que foste tu que fizeste tudo isso. Jesus no diz que tudo o que voc tem que fazer desistir disso, ou mud-lo, ou defend-lo, ou lutar contra ele. Ele diz tudo o que tens que fazer reconhecer que foste tu que fizeste tudo isso. (Pargrafo 8 Sentenas 4-7) Uma vez que tiveres aceito esse simples fato e tomado a ti o poder que lhes deste, ests liberado em relao a elas. Uma coisa certa: as alucinaes servem a um propsito e quando esse propsito j no se mantm, elas desaparecem. O propsito a que a alucinao serve me proteger do Amor de Deus. Mas se puder comear a perceber que o amor de Jesus est totalmente presente dentro de mim, ainda que eu tenha medo dele, e que meu nico problema que continuo empurrando-o para longe, ento, no preciso mais me defender contra ele. No tenho mais que acreditar que o problema externo a mim porque agora sei que ele interno. Talvez eu ainda esteja com medo da soluo. Talvez ainda sinta medo do amor, mas agora pelo menos entendo do que tenho medo. No tenho medo de voc. No tenho medo de ficar velho e morrer. No tenho medo de no ter dinheiro suficiente. No tenho medo de pegar AIDS. No tenho medo de que outra guerra estoure. No tenho medo de uma recesso. Tenho medo do Amor de Deus, e no chamo meu medo por outro nome. Eu sei que ele o que . Eu ainda posso escolher manter Jesus distante, mas pelo menos agora sei o que estou fazendo. (Pargrafo 8 Sentenas 7-9) Portanto, a questo nunca saber se tu as queres, mas sempre, queres o propsito ao qual elas servem? Isso extremamente importante. A questo nunca todos os dolos, todas as formas que a alucinao assume. O problema que eu quero o propsito ao qual elas servem. Eu quero manter o Amor de Deus longe de mim. disso que tenho medo, porque, na presena do Amor de Deus, vou desaparecer como um indivduo separado. Novamente, ns no desaparecemos de uma vez:

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  • No tenhas medo de ser abruptamente erguido e jogado na realidade (T-15.VI.8:1-2). Antes de desaparecer totalmente, o que desaparece minha ansiedade, culpa, depresso, dor, etc. todas as coisas negativas que estou sentindo. E o que toma seu lugar so o Amor e a paz de Deus, que eu experiencio dentro do ser separado que acredito que sou. Mas agora pelo menos eu sei a diferena entre a realidade e a iluso. Isso significa que estou comeando a crescer; no uso mais fraldas. isso o que esse passo no processo: eu simplesmente entendo o problema real e o chamo pelo seu nome apropriado. O problema no nada externo. Seu nome apropriado meu medo do Amor de Deus. Agora estou ciente do quanto usei o mundo e todos em meu mundo pessoal, e todo o meu especialismo para resistir e me defender contra esse Amor. Se eu puder comear a olhar para o que tenho feito com o amor de Jesus ao meu lado, ento, comeo a entender que o amor no me condena ou me pune. Se eu puder experimentar olhar para o quanto tenho sentido dio em relao a Jesus, e portanto, o quanto tenho sido odioso com todas as outras pessoas, e se eu puder olhar para isso com seu amor ao meu lado um amor que no est me julgando pelo dio -, posso comear a entender que o julgamento no passa de um brinquedo, de um capricho. Ele no a realidade. por isso que to importante olhar com Jesus ou com o Esprito Santo. (Pargrafo 8 Sentenas 9-12) Esse mundo parece oferecer muitos propsitos, cada um diferente e com valores diferentes. No entanto, todos so o mesmo. Mais uma vez, no h nenhuma ordem, apenas uma aparente hierarquia de valores. O nico propsito ao qual tudo no mundo serve manter o Amor de Deus distante no h ordem dentro disso. Parte VI O sonho que perdoa (T-29.IX) Vamos voltar ao O sonho que perdoa, comeando com o pargrafo 5. (Pargrafo 5 Sentenas 1-6) Pesadelos so sonhos de crianas. Os brinquedos se voltaram contra a criana que pensou t-los feito reais. No entanto, possvel um sonho atacar? Ou possvel um brinquedo crescer e tornar-se perigoso, ameaador e selvagem? Nisso a criana acredita, porque tem medo de seus pensamentos e os atribui aos brinquedos em vez de a si mesma. Aqui, assim como em outros trechos no Curso, Jesus fala especificamente sobre o que as crianas pequenas fazem, mas ento, pega esse exemplo e o generaliza para todos ns. Uma criana tem muita culpa e medo. Uma criana adormecida que subitamente despertada por um som fora da sua janela, pode pensar que um homem mau vai machuc-la ou mat-la. Mas realmente s o vento sussurrando nas rvores. Mas sua culpa, e pensamentos amedrontadores, agora tm uma realidade fora dela, porque ela primeiro os tornou reais para si mesma. Ela primeiro acredita que culpada e amedrontada, o que significa que acredita que merece ser punida. Ela ento projeta isso para fora e pega um estmulo neutro o vento sussurrando nas rvores e o traduz em um homem que vai invadir seu quarto e mat-la. Entretanto, exatamente isso o que todos ns fazemos. A criana tem medo de seus pensamentos e os atribui aos brinquedos em vez de a si mesma. Ns acreditamos que somos um pensamento amedrontador, que somos o pensamento que matou Deus. Agora, ns no temos que entrar em contato com esse pensamento ontolgico original de destruir Deus, porque estamos em contato com ele o tempo todo de vrias formas especficas. Em qualquer momento em que eu tenho um pensamento

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  • negativo sobre mim mesmo, em qualquer nvel, isso uma expresso da culpa original. Qualquer medo ou ansiedade que atribuo a algo fora de mim est vindo do medo original de que Deus vai me punir. E esse pensamento vem da idia de que ns tornamos o pensamento da separao, o pensamento original de julgamento, real e poderoso. Uma vez que tornamos esse pensamento real e demos realidade a ele, ns o projetamos no mundo. (Pargrafo 5 Sentenas 6-7) E a realidade deles [a realidade dos brinquedos] vem a ser a sua realidade, porque parecem salv-la de seus pensamentos. Os brinquedos seriam qualquer coisa no mundo a que damos importncia. Estamos voltando agora, novamente, ao propsito de todos os dolos: especialismo. Parece que eu tenho medo de algo fora de mim. Na realidade, eu amo o que amedrontador fora de mim, porque prefiro lidar com o medo de algo fora de mim, do que com o medo de Deus dentro de mim. Parece que sempre existe algo que eu posso fazer com o medo fora de mim, mas no h nada que eu possa fazer para escapar da presena furiosa, vingativa, manaca de Deus dentro de mim. E, ento, ns negamos o medo interno e o colocamos para fora de ns. E, novamente, esse o propsito dos brinquedos externos: eles parecem nos salvar do pensamento interno. Eu prefiro odiar voc e acreditar que voc est conspirando contra mim, do que entrar em contato com o horror subjacente de que Deus est conspirando contra mim. (Pargrafo 5 Sentenas 7-10) Contudo, eles mantm os seus pensamentos vivos e reais, s que vistos fora dela, onde podem voltar-se contra ela, pela traio que ela faz a eles. Essa a mesma idia que est expressa antes, no texto, em Os dois retratos, na importante afirmao, defesas fazem exatamente aquilo do qual pretendem defender (T-17.IV.7:1-2). O propsito de qualquer defesa nos proteger do nosso medo, de qualquer coisa da qual sintamos medo. Mas quanto mais acreditamos que precisamos de uma defesa, nos identificamos com ela, e temos um investimento nela, mais estamos dizendo que algo dentro de ns vulnervel e merece ser punido. Ento, defesas fazem exatamente aquilo do qual pretendem defender. Supe-se que elas deveriam nos proteger do nosso medo, mas, ao invs disso, elas nos tornam ainda mais amedrontados. Essa linha expressa o mesmo princpio. Quanto mais eu acredito que existem coisas fora de mim que podem me dar prazer ou dor, mais reais estou tornando os pensamentos que deram origem a elas. A nica razo pela qual eu preciso de dolos externos dolos de prazer ou de dor para me proteger do pensamento de julgamento. O fato de eu ter esses dolos fora de mim est me dizendo que eu tenho um pensamento de julgamento que estou protegendo. E eu vejo os dolos fora de mim se voltando contra mim, em punio pela traio que acredito ter feito a eles. Bem profundamente dentro de mim, acredito que sou um assassino. Minha prpria existncia aqui como um ser separado, individual, est dizendo que eu matei Deus. E no apenas eu matei Deus, mas peguei aquele pensamento de assassinato, o dividi, o fragmentei, e agora acredito que vou matar todas as outras pessoas. assim que o especialismo funciona. Eu quero meu parceiro especial, meu amor especial, meu objeto especial e vou matar qualquer um que fique no caminho. E, claro, todos ficam no caminho porque todos querem o mesmo especialismo que eu. Ento, estou sempre em um estado de guerra. Esse mundo um campo de batalha perptuo do especialismo. Eu acredito que todos l fora vo fazer a mim o que eu secretamente acredito que fiz a eles. Eu secretamente acredito que sou um assassino, mas agora projeto isso para fora e acredito que todos os outros vo me matar. (Pargrafo 5 Sentenas 10-12) Ela pensa que necessita deles para poder escapar dos prprios pensamentos porque pensa que os seus pensamentos so reais.

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  • Cada um de ns a criana, pensando que precisamos desses dolos do especialismo. Ns pensamos que nossos pensamentos so reais, e que temos que escapar deles. E esse o propsito do mundo. Ns podemos dizer que ainda somos escravos do nosso especialismo simplesmente por percebermos o quanto estamos interessados em certas coisas do mundo. A idia, entretanto, no negar todos os nossos julgamentos e especialismo. Ao invs disso, queremos olhar para eles. Jesus no est pedindo a nenhum de ns para abrirmos mo da nossa ganncia e dos nossos dolos de especialismo: nossos amigos e todas as coisas externas de que pensamos precisar. Ns somos solicitados apenas a olhar para eles pelo que so. claro, estamos aterrorizados de fazer at mesmo isso. E, ento, todos entendem mal o que o Curso est dizendo, ainda que ele realmente seja muito claro. Ns sabemos, em algum nvel, que se realmente olharmos com Jesus para o nosso especialismo, ele no vai tir-lo de ns ns vamos liber-lo. A parte de ns que ainda est identificada com o especialismo no quer deix-lo ir. Se olhar para as diversas formas do nosso especialismo a forma de liber-las, ento, bvio: para mant-las, no olhem para elas! E, se o nico papel do Esprito Santo olhar conosco para nosso especialismo, ento, para negar a Ele esse papel, ns simplesmente temos que acreditar que ele faz coisas para ns no mundo. por isso que as pessoas compreendem mal os ensinamentos do Curso, e tm um investimento to insano em acreditar que o Esprito Santo faz coisas para elas no mundo. Se ns percebermos que Seu propsito no nos dar vagas para estacionar, ou curar nossos corpos, ou encontrar novos amantes para ns, ou nos dar mil dlares, mas, ao invs disso, estar dentro de nossas mentes para que possamos nos unir a Ele e olhar para nosso ego, ento, toda nossa culpa e especialismo vo desaparecer. E, para que eles no desapaream, ns dizemos, No, no isso o que o Esprito Santo faz. Ele faz coisas no mundo. (Pargrafo 5 Sentenas 12-14) E assim ela faz de qualquer coisa um brinquedo, para fazer com que o seu mundo permanea fora dela e brincar de ser apenas uma parte dele. Uma criana sentada sozinha, que tenha qualquer tipo de ingenuidade, pode fazer uma brincadeira de qualquer coisa. Ela simplesmente pega algo e comea a brincar com ele, o que significa que ela projeta um significado sobre ele. E isso o que todos ns fazemos. Ns transformamos qualquer coisa em um dolo do especialismo. O livro de exerccios diz, Outro pode ser encontrado (LE-pI.170.8:7). Se isso no funcionar, encontraremos outro e outro qualquer coisa para ocupar minha mente e distra-la do lugar onde o problema e a resposta realmente esto: na minha mente. Todos ns acreditamos que o mundo est fora de ns e que ns brincamos dentro dele. Eu venho para ele, eu brinco com ele enquanto estou aqui, e, ento, eu o deixo quando morro, e ele permanece para a prxima criana vir brincar. (Pargrafo 6 Sentenas 1-2) H uma poca em que a infncia deveria passar e acabar para sempre. Isso foi retirado de uma afirmao de So Paulo (1 Corntios 13:11). Jesus est dizendo, Voc no tem que permanecer uma criancinha mais. Segure minha mo e me deixe ensinar voc a olhar para o mundo como eu lhe digo que ele . E, se voc me deixar mostrar a voc como olhar para o seu ego como algo que no deve ser temido ento, voc gradualmente vai crescer e se tornar como eu. Uma criana aprende a crescer identificando-se com os adultos. Ns dizemos que se uma criana no tiver bons modelos, no vai crescer direito. A idia encontrar um modelo que vai nos ajudar a nos transformamos em adultos maduros. Ento, Jesus est nos dizendo, Eu sou esse modelo para voc. Segure minha mo e me deixe ensin-lo, e cresa comigo. Eu vou ajud-lo a crescer. Eu vou ajud-lo a olhar para tudo em seu

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  • mundo como simplesmente uma parte de um jogo de criana, ainda que parea to real e terrvel. Se voc pensar que real e terrvel, porque soltou minha mo e no est mais aprendendo de mim. Voc est acreditando que sabe por si mesmo. Essa a arrogncia do ego. Ns pensamos que entendemos o que est acontecendo. A verdade que ns no entendemos nada. Aqui est algum que nos d um livro e permanece para ensin-lo a ns, para nos ajudar a aprender. Ns queremos ficar conscientes de que sempre que criarmos um grande caso por nada soltamos sua mo outra vez. Jesus nunca vai nos dizer que algo seja uma grande coisa. Ele nem mesmo pensa que uma grande coisa. A nica grande coisa Deus. Mas, uma vez que Ele a nica coisa que importa na cidade, Ele no uma grande coisa, porque grande implica em um contraste. Nada nesse mundo grande coisa. Ento, sempre que voc se vir tentado a fazer um julgamento desses, saiba que se esqueceu de quem o seu professor. E no que voc realmente tenha esquecido quem ele voc o afastou porque est com medo demais. (Pargrafo 6 Sentenas 2-5) No busques reter os brinquedos das crianas. Pe todos de lado, pois j no necessitas deles. O sonho do julgamento um jogo de criana, no qual a criana vem a ser o pai, poderoso, mas com o pouco juzo de uma criana. Isso descreve o que acreditamos ter feito a Deus; ns acreditamos que agora somos o pai. Muitos textos na literatura do mundo exaltam a grande sabedoria de uma criana. Mas essa no a viso de Jesus. Ele no muito generoso com as crianas. Ele pensa que as crianas no entendem coisa alguma. por isso que ele usa isso como uma imagem. As crianas no so puras e inocentes. Elas so tolas elas tm pouca sabedoria. E isso o que ele est dizendo sobre ns no que somos maus ou pecadores, mas apenas que no compreendemos. Nossa arrogncia pensar que o fazemos. (Pargrafo 6 Sentenas 5-6) O que a fere destrudo; o que a ajuda, abenoado. Isso, em resumo, o amor especial e o dio especial. Seja o que for que acreditemos que nos fere, o que claro uma projeo da nossa prpria necessidade de ferir, ns vamos destruir fsica ou verbalmente, ou dentro de nossas mentes. Ou ns fazemos isso jogando as pessoas umas contra as outras. Qualquer coisa que acreditemos que nos ajuda em outras palavras, ajuda nosso ego sentimos ser abenoada. Isso amor especial. (Pargrafo 6 Sentenas 6-7) Mas isso julgado do mesmo modo como julga uma criana, que no sabe o que fere e o que ir curar. Esse outro ponto principal no Curso. Muitas e muitas vezes, Jesus tenta nos convencer de que no entendemos coisa alguma. Ns confundimos dor com alegria, ele nos diz (T-7.X). Ns confundimos priso com liberdade (T-8.II), e avano com retrocesso (T-18.V.1:6). Ns no entendemos coisa alguma. Ns no sabemos quais so nossos melhores interesses (Le-pI.23). O que pensamos que vai nos ajudar, o que a indulgncia do nosso especialismo, vai realmente nos ferir. E ns pensamos que no conseguir o que queremos vai nos ferir, mas isso realmente vai nos ajudar. (Pargrafo 6 Sentenas 7-9) E coisas ruins parecem acontecer e ela tem medo de todo o caos em um mundo que pensa que governado pelas leis que ela mesma fez. Coisas ruins parecem acontecer, e ns esquecemos que fomos ns que inventamos tudo. Na realidade, nada est acontecendo.

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  • Parte VII O sonho que perdoa (concluso) Estamos prontos para o terceiro passo do julgamento, mas deixem-me resumir brevemente antes de continuarmos. O primeiro tipo de julgamento o sonho de julgamento do ego, que sempre baseado em diferenas e ataque. O segundo julgamento ser capaz de olhar para o primeiro sem julg-lo ser capaz de olhar para toda a feira do nosso ego toda a malignidade, falta de gentileza, dio, assassinato e canibalismo e ento, dizer que isso simplesmente um brinquedo. Olhar para ele implica entender o propsito a que esses sonhos de julgamento servem. Ns temos pensamentos rudes, julgadores e odiosos porque estamos aterrorizados do Amor de Deus. a presena de Jesus em nossas mentes que est nos deixando malucos, e, para nos defendermos contra essa presena amorosa, ns fazemos dolos de especialismo e, ento, nos sentimos ainda mais culpados. Portanto, nessa segunda forma de julgamento, que realmente olhar para o julgamento do ego, ns percebemos que o julgamento um brinquedo com a qual a mente de uma criana brinca. Ns julgamos porque estamos com medo do pensamento real de amor dentro de ns. Ns substitumos esse pensamento real de amor pelo pensamento de culpa e pelo pensamento de julgamento, e ento os projetamos para fora, e os vemos nos outros. Ns precisamos apenas olhar para esse processo, no com o objetivo de mud-lo, mas simplesmente com o objetivo de olhar para ele atravs da viso de Cristo. Ao olhar para ele atravs dos olhos de Jesus, percebemos que isso simplesmente um jogo tolo de criana que ns inventamos porque temos medo do pensamento de dio em nossas mentes. Mas esse pensamento de dio uma defesa contra o pensamento de amor, o que significa que no somos desprezveis pecadores; estamos simplesmente amedrontados. Temos medo do amor de Jesus. Entretanto, isso tudo o que temos que fazer. Uma vez que faamos isso completamente e sem nenhuma reserva, ento vamos nos encontrar no mundo real, o que o que vamos discutir agora, conforme continuarmos com O sonho que perdoa. No mundo real, eu olho para toda a minha culpa sem culpa, e para todo o meu dio sem dio, o que significa que a culpa e o dio vo desaparecer. Se eu olhar para a culpa e para o dio com Jesus ao meu lado, no me julgarei mais por t-lo empurrado para longe, e por t-lo abandonado, ento, minha nica realidade ser sua presena unida minha, minha presena unida dele. E, nesse amor unido, vou olhar para um mundo diferente no um que tenha mudado fisicamente, mas um que vou ver de forma diferente porque eu mudei. Eu agora vou olhar para o que o Curso se refere como o mundo real, que no tem nada a ver com o que parece ser externo. simplesmente o julgamento que eu fiz sobre mim mesmo que diz que eu no fiz nada errado. Como Jesus diz, antes, no Curso, Filho de Deus, tu no pecaste, mas tens estado muito equivocado (T-10.V.6:1-2). E, ento, eu percebo que no fiz nada pecaminoso. Eu simplesmente estou equivocado, e o equvoco acreditar que eu poderia ser separado de Deus. Agora eu percebo que no sou separado. E, ao me unir com Jesus, a verdade dessa realizao se torna realidade para mim. Dessa presena de amor dentro de mim, eu agora olho para o mundo e tudo o que vejo so expresses de amor ou pedidos de amor. Existe s o amor dentro de mim, e, assim, isso tudo o que posso ver fora de mim. (Pargrafo 6 Sentenas 10-12) No entanto, o mundo real no afetado pelo mundo que ela pensa que real. Tampouco as suas leis foram mudadas porque ela no as compreende. Minha falha em entender o que o amor no muda o amor. Meus ataques ao amor no o modificam. O amor s