DIABETES, CANCER E HIPERTENSÃO: TRATAMENTO...

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ISSN 2446 8401 DIABETES, CANCER E HIPERTENSÃO: TRATAMENTO AUXILIAR COM PLANTAS MEDICINAIS USADAS POR POPULARES EM MATO GROSSO. DIABETES, CANCER AND HYPERTENSION: ADJUNCTIVE TREATMENT WITH MEDICINAL PLANTS USED BY POPULAR IN MATO GROSSO. Angeline Turquett Soares de Oliveira 1 , Vandileis Rodrigues de Oliveira Santander 1 , Diógenes Alexandre da Costa Lopes 2 , Helia Cristina Barrankievecz 3 , Keylla Mara Cardoso de Sousa 4 RESUMO: Objetivo: O presente trabalho visa fazer um levantamento de plantas medicinais, de uso popular, utilizadas para doenças crônicas (câncer, diabetes, hipertensão) no estado de Mato Grosso. Método: Pesquisa bibliográfica de caráter exploratório e descritivo. Realizado nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), National Library Of Medicine (PUBMED), Enfermagem; HomeoIndex Homeopatia (BDENF). Os descritores usados neste trabalho foram: plantas medicinais, doença crônica, neoplasias, diabetes mellitus, hipertensão. Resultados: Neste levantamento percebe-se uma variedade de plantas medicinais utilizadas como terapia complementar no tratamento de câncer, diabetes e hipertensão. Entre estas muitas ainda não possuem comprovação científica, porém as que já possuem tiveram como base conhecimentos empíricos. Assim considera-se importante a realização de estudos farmacológicos que investiguem os efeitos das plantas utilizadas pela população, a fim de que o uso proporcione os benefícios desejados. Conclusão: Após o levantamento agregado a plantas medicinais utilizadas nas patologias crônicas, câncer, diabetes e hipertensão arterial, percebe-se que determinadas plantas medicinais possuem corroboração científica, no entanto outras há apenas comprovação empírica que necessita de estudos científicos quanto a sua eficácia e toxidade. Descritores: Plantas Medicinais; Doença Crônica; Neoplasias; Diabetes Mellitus; Hipertensão. 1 Acadêmicas de Enfermagem da Faculdade de Ciências Contábeis e de Administração do Vale do Juruena. E-mail: [email protected]; [email protected] 2 Mestre em Enfermagem pela Universidade Guarulhos, Pós-graduado em gerontologia pela Universidade Federal de Alfenas, Docente de Enfermagem na Faculdade de Ciências Contábeis e de Administração do Vale do Juruena. E-mail: [email protected] 3 Graduada em Assistente Social; Licenciatura em Letras com ênfase em Inglês; Pós-graduada em Gestão Escolar. E-mail: [email protected] 4 Graduada em Odontologia. Pesquisadora em epidemiologia. E-mail: [email protected]

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ISSN 2446 8401

DIABETES, CANCER E HIPERTENSÃO: TRATAMENTO AUXILIAR COM

PLANTAS MEDICINAIS USADAS POR POPULARES EM MATO GROSSO.

DIABETES, CANCER AND HYPERTENSION: ADJUNCTIVE TREATMENT WITH

MEDICINAL PLANTS USED BY POPULAR IN MATO GROSSO.

Angeline Turquett Soares de Oliveira

1, Vandileis Rodrigues de Oliveira Santander

1, Diógenes

Alexandre da Costa Lopes2, Helia Cristina Barrankievecz

3, Keylla Mara Cardoso de Sousa

4

RESUMO:

Objetivo: O presente trabalho visa fazer um levantamento de plantas medicinais, de

uso popular, utilizadas para doenças crônicas (câncer, diabetes, hipertensão) no

estado de Mato Grosso. Método: Pesquisa bibliográfica de caráter exploratório e

descritivo. Realizado nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe

em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library Online (SCIELO),

Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), National Library Of Medicine (PUBMED),

Enfermagem; HomeoIndex – Homeopatia (BDENF). Os descritores usados neste

trabalho foram: plantas medicinais, doença crônica, neoplasias, diabetes mellitus,

hipertensão. Resultados: Neste levantamento percebe-se uma variedade de plantas

medicinais utilizadas como terapia complementar no tratamento de câncer, diabetes

e hipertensão. Entre estas muitas ainda não possuem comprovação científica,

porém as que já possuem tiveram como base conhecimentos empíricos. Assim

considera-se importante a realização de estudos farmacológicos que investiguem os

efeitos das plantas utilizadas pela população, a fim de que o uso proporcione os

benefícios desejados. Conclusão: Após o levantamento agregado a plantas

medicinais utilizadas nas patologias crônicas, câncer, diabetes e hipertensão arterial,

percebe-se que determinadas plantas medicinais possuem corroboração científica,

no entanto outras há apenas comprovação empírica que necessita de estudos

científicos quanto a sua eficácia e toxidade.

Descritores: Plantas Medicinais; Doença Crônica; Neoplasias; Diabetes Mellitus;

Hipertensão.

1 Acadêmicas de Enfermagem da Faculdade de Ciências Contábeis e de Administração do Vale do Juruena. E-mail:

[email protected]; [email protected] 2 Mestre em Enfermagem pela Universidade Guarulhos, Pós-graduado em gerontologia pela Universidade Federal de Alfenas,

Docente de Enfermagem na Faculdade de Ciências Contábeis e de Administração do Vale do Juruena. E-mail: [email protected]

3 Graduada em Assistente Social; Licenciatura em Letras com ênfase em Inglês; Pós-graduada em Gestão Escolar. E-mail:

[email protected] 4 Graduada em Odontologia. Pesquisadora em epidemiologia. E-mail: [email protected]

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ABSTRACT

Objective: This study aims to survey medicinal plants of popular use, used for

chronic illnesses (cancer, diabetes, hypertension) in the state of Mato Grosso.

Method: Literature search of exploratory and descriptive. Held in databases Latin

American and Caribbean Health Sciences (LILACS), Scientific Electronic Library

Online (SciELO), Virtual Health Library (BVS), National Library of Medicine

(PubMed), nursing; HomeoIndex - Homeopathy (BDENF). The descriptors used in

this work were: medicinal plants, chronic disease, cancer, diabetes mellitus,

hypertension. Results: In this survey we can see a variety of medicinal plants used

as adjunctive therapy in the treatment of cancer, diabetes and hypertension. Among

these many still lack scientific proof, but those who have already had the empirical

knowledge base. Thus it is considered important to conduct pharmacological studies

investigating the effects of the plants used by the public, so that the use provide the

desired benefits. Conclusion: After the household survey the medicinal plants used

in chronic diseases, cancer, diabetes and high blood pressure, it is clear that certain

medicinal plants have scientific corroboration, however there are others just empirical

proof you need of scientific studies regarding its effectiveness and toxicity.

Descriptors: Medicinal Plants; Chronic disease; Neoplasms; Diabetes Mellitus;

Hypertension.

INTRODUÇÃO

O estado de Mato Grosso possui dois biomas importantes que são: a floresta

Amazônica – onde temos uma “biblioteca intacta” a ser explorada – e o Cerrado

considerado um dos biomas mais ricos do mundo na produção de plantas medicinais

e um grande reservatório de água (GOTTLIEB; BORIN, 1994).

O Cerrado se destaca como o segundo maior bioma, com 23% do total da

área territorial do Brasil, e como o maior detentor de diversidades biológicas

(RIBEIRO; WALTER, 1998).

O estado de Mato Grosso possui uma área de 903.357,9 km2 de extensão,

sendo o maior estado do país, ficando somente atrás do estado do Amazonas e do

Pará. Sua área urbana é de 519, 7 km2. Faz fronteira com os estados de Goiás,

Amazonas, Pará, Tocantins e Mato Grosso do Sul. Localiza-se no Centro-Oeste do

Brasil, ficando exatamente no meio do caminho entre o Atlântico e o Pacífico, ou

seja, em linha reta é o ponto mais central do continente.

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Mato Grosso é um estado com altitudes modestas, o relevo apresenta

grandes superfícies aplainadas, com planaltos e chapadas na região central,

talhadas em rochas sedimentares e abrange três regiões distintas: na porção centro-

norte do estado, a dos chapadões sedimentares e planaltos cristalinos (com altitudes

entre 400 e 800m), que integram o planalto central brasileiro. A do planalto arenito-

basáltico, localizada no sul, simples parcela do planalto meridional. A parte do

Pantanal Mato-Grossense, baixada da porção centro-ocidental. Possui clima tropical,

com vegetação de cerrado na área leste, pantanal na área oeste e floresta

amazônica a noroeste (BRASIL. MT.GOV.BR).

No estado, há vários estudos com plantas medicinais, com a finalidade de

conhecer e fomentar a flora medicinal, no entanto, não há trabalhos que relatem de

forma completa e sucinta quais os tipos de plantas empregadas pela população

mato-grossense com referência às doenças crônicas, uma problemática a nível

mundial (BERG 1980; GUARIM NETO, 1987; GUARIM NETO; MORAIS, 2003;

JORGE et al., 1998).

No Brasil a primeira descrição relacionada à utilização de plantas como

remédio foi descrita pelo autor do Tratado Descritivo do Brasil, de 1587, Gabriel

Soares de Souza. Nesse tratado continha a descrição de produtos medicinais

empregados pelos indígenas de “as árvores e ervas da virtude”. Com a chegada dos

médicos portugueses ao país, diante da falta, na colônia, de fármacos utilizados em

países europeus, compreenderam a importância da utilização de plantas pelos

índios como medicamento. (VEIGA; PINTO, 2002).

O entendimento das peculiaridades de plantas medicinais é um dos legados

mais preciosos da cultura indígena, um conhecimento tradicional que ocorre de uma

geração a outra. Os indígenas obtêm um profundo conhecimento da flora medicinal,

extraindo dela os mais variados remédios, utilizados de diferentes formas. Suas

experiências preventivas e curativas estão interligadas ao modo que ele

compreende a patologia e suas causas, sendo utilizadas por pajés em rituais

(GASPAR, 2015).

As plantas constituíram desde os primórdios uma ligação homem-natureza.

Pesquisas tem mostrado que os indivíduos pré-históricos já empregavam as plantas

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para atenuar os sofrimentos de patologias que lhes acometiam (CASTRO;

CHEMALE, 1995).

A manipulação de plantas com finalidades curativas, medicinais, tratamento e

prevenção de doenças, é uma das formas mais arcaicas como recurso terapêutico

da humanidade. No começo dos anos 90, a Organização Mundial de Saúde (OMS)

difundiu que 65-80% dos habitantes de países emergentes eram sujeitos ao uso de

plantas medicinais como único meio de assistência a cuidados indispensáveis à

saúde (AKERELE, 1993).

O uso de plantas com teor curativo está ligado à cultura popular, a qual é

conduzida de geração a geração, principalmente nas comunidades quilombolas,

indígenas, ribeirinhas e nas populações contemporâneas (DIEGUES, 1996).

Segundo a Portaria nº 971 de 3 de maio de 2006, refere que a partir da

Declaração de Alma-Ata, em 1978, a OMS tem demonstrado seu posicionamento

em relação a carência de apreciar o emprego de plantas medicinais no setor

sanitário, sendo que 80% da humanidade mundialmente emprega estas plantas ou

preparados destas no que diz respeito à atenção primária de saúde. Além disso,

percebe-se principalmente a atuação dos países em crescimento nesse

procedimento, visto que dispõe de 67% das espécies de plantas do planeta.

Incumbe apontar que o Ministério da Saúde efetivou no ano de 2001, o Fórum

para elaborar a Política Nacional de Plantas Medicinais e Medicamentos

Fitoterápicos (BRASIL, 2006).

Conforme a Resolução - RDC n.º 17 de 24 de fevereiro de 2000 da Secretaria

de Vigilância Sanitária, o medicamento fitoterápico é todo medicamento extraído

tecnologicamente por processos apropriados, aplicando unicamente matérias primas

vegetais, com o intuito profilático, curativo e paliativo. É qualificado pelo

conhecimento do efeito e dos riscos em sua utilização, também pela

reprodutibilidade e constância de sua qualidade. Não se aplica a medicamento

fitoterápico o que em sua composição inclua substâncias ativas isoladas, de

qualquer origem e nem as agregações destas com extratos vegetais.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), instituição pública do

governo que apresenta a finalidade de proporcionar a saúde da população brasileira

por meio de fiscalização da fabricação e a venda de produtos submetidos a

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vigilância sanitária, regulamentou o uso de 35 plantas medicinais (KRUEGER,

2011).

Ainda, segundo esta, a mesma proporciona alternativas terapêuticas aos

clientes do Sistema Único de Saúde (SUS), o emprego de plantas medicinais, com

base em dados obtidos no ano de 2004, em 22 estados brasileiros, 116 municípios

emprega a fitoterapia (BRASIL, 2006). Consequentemente, os usos terapêuticos

medicinais em plantas são largamente usados no Brasil como complemento

terapêutico, principalmente em patologias crônicas (ALEXANDRE; BAGATINI;

SIMÕES, 2008).

As condições das patologias crônicas se desenvolvem lentamente e

apresentam várias causas que mudam com o tempo, dentre elas hereditariedade,

estilos de vida, exposição a fatores ambientais e fisiológicos. Nas condições

crônicas não há uma recuperação adequada e levam progressivamente a outras

manifestações e à incapacidade funcional (LORIG et al., 2006).

No ano de 2005, 58 milhões de mortes do total de determinantes ocorridos

mundialmente, estima-se que 35 milhões (60,3%) foram causados por patologias

crônicas, sendo 25 milhões por patologias cardiovasculares e câncer (WHO, 2005).

Até 2020, os fatores crônicos serão causadores de 78% da carga global de

patologias nos países em desenvolvimento. Entre esses fatores crônicos estão o

câncer, a diabetes e hipertensão (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2003).

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD 2008) mostrou que

71,9% da população de 65 anos acima afirmaram ter, no mínimo, uma de 12

patologias crônicas selecionadas. Em relação ao número total de pessoas, 31,3%

atribuíram patologias crônicas, o que mostra que 59,5 milhões de brasileiros. 5,9%

das pessoas disseram serem portadores de três ou mais patologias crônicas

(BRASIL, 2008).

Assim, o presente trabalho visa fazer um levantamento das plantas medicinais

utilizadas no estado de Mato Grosso em relação às doenças crônicas, tais como

câncer, diabetes e hipertensão.

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MATERIAL E MÉTODO

Este estudo baseia-se em uma revisão bibliográfica do tipo exploratório

descritiva. É dita exploratória, pois tem a finalidade de se conhecer e explicar melhor

determinado tema, tendo a necessidade de atender as pesquisas de razão prática

(GIL, 2002). Além disso, a pesquisa exploratória visa explorar conceitos ou fatos de

pouca bibliografia (TRIVIÑOS, 1987). E essa pesquisa é descritiva, pois atende

características definidas de uma dada população (VERGARA, 2000). Os bancos de

dados usados para este trabalho foram: Literatura Latino-Americana e do Caribe em

Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Biblioteca

Virtual em Saúde (BVS), National Library Of Medicine (PUBMED) e Enfermagem;

HomeoIndex – Homeopatia (BDENF).

Os descritores usados neste trabalho foram: Plantas Medicinais; Doença

Crônica; Neoplasias; Diabetes Mellitus; Hipertensão.

Os critérios de inclusão empregados foram: artigos completos, publicados em

língua portuguesa e inglesa, no período de 1980 a 2013, divulgados em meio

eletrônico, inseridos nas bases eletrônicas citadas anteriormente e inclusos os

descritores. As pesquisas destes artigos foram feitas entre setembro a novembro de

2014. Diversos artigos foram encontrados, contudo apenas os que estavam dentro

dos critérios de inclusão foram lidos na íntegra.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A partir destas bases eletrônicas foram encontrados 74 artigos. Destes, 29

foram excluídos por não abordarem como tema principal plantas medicinais em

doenças crônicas, 2 foram descartados por serem repetidos e encontrados em

bases de dados diferentes. Finalizando com 45 artigos contemplados para a

construção desse artigo.

A primeira doença crônica analisada foi o câncer e as plantas medicinais

empregadas como antineoplásicos e estão relatadas na Tabela 1, os resultados de

diabetes na Tabela 2, e hipertensão na Tabela 3.

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Nessas tabelas estão descritos os nomes científicos, nomes populares, partes

utilizadas, assim como formas farmacêuticas e uso. Conceituando alguns termos

descritos de relevância para o artigo.

Forma farmacêutica é o resultado final de aparecimento que os princípios

ativos farmacêuticos apresentam depois de procedimentos farmacêuticos realizados

com a união de excipientes adequados ou sem, a fim de favorecer a sua

manipulação e adquirir a ação curativa desejada, com aspectos apropriados a uma

via de administração específica. Por exemplo, chá, em comprimido, drágea, cápsula,

suspensão entre outras. Além do princípio ativo ou fármaco principal, na forma

farmacêutica há outras substancias no composto medicamentoso, como o veículo, o

edulcorante, e, outros (BRASIL, 2011).

Segundo a Portaria da ANVISA nº 3.916/MS/GM, de 30 de outubro de 1998,

formulação ou fórmula é a “relação quantitativa dos farmoquímicos que compõem

um medicamento (BRASIL, 1998).

Porém, vale ressaltar que são plantas medicinais de uso popular, que vêm

através dos anos sendo passada pelas gerações mais antigas como os índios da

região, que já dominavam muito conhecimento em sua forma mais rudimentar.

Câncer

O câncer é o crescimento excessivo de células com anormalidades, se a

parte acometida por essa patologia não for retirada ou tratada adequadamente

pode-se resultar em acometimento de tecidos e órgãos, se espalhando para

diferentes pontos do corpo. Essa patologia é denominada degenerativa que se

resulta de alteração genética, em que células debilitadas apresentam-se agressivas,

acometendo tecidos e resultando em tumores através da aglomeração de células

cancerígenas ou neoplasias malignas. De outro modo, há tumores benignos, os

quais se propagam lentamente, similar ao tecido legítimo, e com poucas chances de

representar ameaça à saúde (BRASIL, 2003).

Em Mato Grosso, foram encontradas as seguintes plantas medicinais para o

tratamento do câncer conforme mostra a Tabela 1.

Tabela 1 - Plantas medicinais empregadas para o tratamento de câncer pelos moradores de Mato Grosso.

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Vários trabalhos pelo Brasil foram encontrados empregando as plantas

medicinais para o tratamento do câncer.

Pesquisa efetuada em 2000 e 2001 em um hospital público, comprova o uso

de plantas medicinais utilizadas em pacientes com câncer como a Babosa (Aloe sp),

Camomila (Matricaria chamomilla) e ipê-roxo (Tabebuia avelanedae). De acordo

com Araújo et al. (2007), foi estudado 26 espécies de Aloe sp e o Ipê – roxo quanto

a atividade antineoplásica e todas obtiveram atuação ativa em relação a esta ação

farmacológica.

Diabetes

Diabetes caracteriza-se por altos índices de glicose na corrente sanguínea,

ultimamente é uma das patologias que mais acomete a humanidade. O estímulo de

análises de plantas medicinais tem recebido incentivo nos últimos dez anos da OMS,

relacionando pesquisas sobre plantas medicinais na terapêutica nesta patologia.

Para a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), no ano de 2002, havia 173

milhões de pessoas no mundo portadoras com excesso de glicose no sangue

FAMÍLIA NOME

CIENTÍFICO

NOME

POPULAR

PARTE

UTILIZADA

FORMA

USO FONTE

Bignoniaceae

Tabebuia

heptaphylla

(Vell.)

Ipê-roxo Casca do

caule

Chá

Oral PASA,

2011

Toledo

tabebuia

ochracea

Standl.

Ipê-amarelo Casca do

caule

Chá Oral PASA,

2011

Celastraceae Maytenus

ilicifolia Mart. Cancerosa Folha

Chá Oral

MACIEL;

GUARIM

NETO,

2006

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mundialmente, estimando-se que em 2030 atingirá 300 milhões de pessoas

portadoras de diabetes (SBD, 2007).

O Estado de Mato Grosso possui diversas comunidades tradicionais,

principalmente em áreas de Cerrado e de Pantanal, que utilizam plantas medicinais

mediante o conhecimento popular legado dos seus ancestrais. Dentre este grupo de

plantas destacam-se as hipoglicemiantes, muitas delas citadas em área de Pantanal

por Pott e Pott (1994) e em área de Cerrado por Macedo (2003) e Guarim Neto e

Morais (2003).

Tabela 2 - Plantas medicinais empregadas para o tratamento de diabete pelos moradores de Mato Grosso.

FAMÍLIA NOME CIENTÍFÍCO NOME

POPULAR PARTE

UTILIZADA USO FONTE

Anacardiaceae A. nanum St. Hil. Caju Folhas,

Casca do Caule

Chá MACEDO;

FERREIRA, 2004

Apocynaceae Hancornia speciosa

Gomez Mangabeira

Casca do Caule

Macerada MACEDO;

FERREIRA, 2005

Asteraceae/ Compositae

Acanthospermum australe (Loefl.) O.

Kuntze Mata-pasto Planta toda Chá

MACEDO; FERREIRA,

2006

Caesalpiniaceae

Bauhinia nitida St.-Hil.

Pata-de-vaca Folha Chá PASA, 2011

Bauhinia glabra Jacq.

Escada de macaco

Raiz Chá,

macerada

MACEDO; FERREIRA,

2004

Cecropiaceae Cecropia

pachystachya Tréc. Embaúba Brotos Chá

MACEDO; FERREIRA,

2006

Cucurbitaceae Momordica charantia

L. Melão-de-São-

Caetano Folhas, casca

do caule Chá

MACEDO; FERREIRA,

2007

Dilleniaceae Curatella americana

L. Lixeira

Folhas, Casca do

Caule Chá

MACEDO; FERREIRA,

2008

Fabaceae

Andira cuiabensis (Benth.) Benth.

Pau - angelim Raiz Chá MACEDO;

FERREIRA, 2009

A. inermis (Sw.) Kunth.

Pau - morcego Raiz Chá MACEDO;

FERREIRA, 2010

Bowdichia virgilioides Kunth.

Sucupira Raiz Chá MACEDO;

FERREIRA, 2011

Pterodon emarginatus Vog.

Sucupira - branca

Folhas, Óleo dos Frutos

Chá MACEDO;

FERREIRA, 2012

Lamiaceae/Labiatae Leonotis nepetifolia Cordão-de- Folhas Chá MACEDO;

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(L.) R. Br. Frade FERREIRA, 2013

Malpighiaceae Heteropteris

aphrodisiaca O. Mach.

Nó-de-Cachorro

Raiz Chá MACEDO;

FERREIRA, 2014

Moraceae Artocarpus altilis L. Fruta-pão Folha Infusão PASA, 2011

Myrtaceae

Eugenia uniflora L. Pitanga Folha Chá PASA, 2012

Syzygium jambolanum D.C.

Jamelão, jambolão

Folha Decocção PASA, 2013

Oxalidaceae Averrhoa carambola

L. Carambola Folha Chá PASA, 2014

Solanaceae

Solanum lycocarpum St. Hil.

Lobeira Polvilho dos

Frutos Suco

MACEDO; FERREIRA,

2004

S. paniculatum L. Jurubeba Raiz Infusão MACEDO;

FERREIRA, 2005

Verbenaceae Vitex cymosa Bert. Tarumã Casca do

caule Chá PASA, 2011

A espécie Syzygium cumini (L.) Skeels, da família Myrtaceae que é nomeado

trivialmente por jambolão, cereja, jamelão, jalão, jambol, jambu, jambul, azeitona-do-

nordeste, ameixa-roxa, azeitona e murta (LORENZI; MATOS, 2008) e para o autor

Migliato et al. (2006) as folhas são empregadas com finalidade terapêutica para

diabetes. As raízes de Nó de cachorro (Heteropteris afrodisíaca O. Mach) são

empregadas, na terapêutica, diabetes (MACEDO; FERREIRA, 2004; CHANDRIKA et

al., 2006).

Estudos científicos relatam que Anacardiaceae possuem atividades

hipoglicêmicas para a diabetes do tipo II, afirma (OJEWOLE, 2003). Para Shim et al.,

(2003), o extrato aquoso do Rhus chineses Mill (Anacardiaceae) inibiu a atividade da

glicosidase, enzima responsável pela digestão de carboidratos a monossacarídeos

no processo de absorção intestinal. Este extrato pode exercer efeito antidiabético

pela supressão da absorção de carboidrato pelo intestino e, portanto, reduzir o

aumento pós-prandial de glicose no sangue.

A planta Momordica charantia L. e Eugenia jambolana L, segundo Grover et

al., (2001) apresenta ação farmacológica quando se utiliza extratos dessas plantas,

pode se impedir a elevação do débito urinário, a eliminação de albumina urinária, a

hipertrofia dos rins e não modificação a solução de creatinina em camundongos com

diabetes induzida por estreptozocina, o oposto da terapêutica com chá da

Smallantus sonchifolius Poepp e Hendl que, alivia o clearance em animais com

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glicose elevada e não mostra albuminúria em ratos hiperglicêmicos tratados (AYBAR

et al., 2001). Estas plantas corroboram com resultado apresentado para o uso

popular da diabetes.

Hipertensão

Hipertensão arterial é caracterizada por altos níveis da pressão sanguínea

nas paredes das artérias, podendo ser causada por vários fatores que permanecem

alterados. Geralmente, está relacionada a mudanças da estrutura e de

funcionamento dos órgãos, coração, rins, vasos sanguíneos, cérebro, mudanças no

metabolismo, que elevam os riscos cardiovasculares. O total de hipertensão arterial

sistêmica ultrapassa 30% tanto a nível mundial no Brasil (SBC, 2010).

As plantas medicinais utilizadas pela população de Mato Grosso para o

tratamento da Hipertensão seguem na Tabela 3 abaixo.

Tabela 3 - Plantas medicinais empregadas para o tratamento de hipertensão pelos moradores de Mato Grosso.

FAMÍLIA NOME

CIENTÍFÍCO NOME

POPULAR PARTE

UTILIZADA USO FONTE

Cucurbitaceae

Sechium edule SW

Chuchu Fruto Chá MACIEL, 2006

GUARIM NETO, 2006

Cucumis sativus L.

Pepino Fruto Suco MACIEL, 2006

GUARIM NETO, 2006

Dilleniaceae Curatella

americana L. Lixeira Folha Chá PASA, 2011

Euphorbiaceae Euphorbia

hyssopifolia L. Sete-

sangrias Folha Chá PASA, 2011

Rutaceae

Citrus limonum Osb.

Limão Flor Chá PASA, 2011

Maytenus ilicifolia Mart.

Cancerosa Folha Chá MACIEL; GUARIM NETO, 2006

Dentro da pesquisa da patologia de hipertensão foi encontrada com afirmação

científica a espécie Syzygium cumini (L.) Skeels, da família Myrtaceae, nomeado

trivialmente por jambolão, cereja, jamelão, jalão, jambol, jambu, jambul, azeitona-do-

nordeste, ameixa-roxa, azeitona e murta. (LORENZI; MATOS, 2008). Migliato et al.

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(2006) relatam que as folhas de S. cumini são empregadas com finalidade

terapêutica para diabetes e possui também atividade anti-hipertensiva.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerando os resultados do levantamento apresentado as plantas

medicinais utilizadas como anti-neoplásicas no Estado de Mato Grosso foram Ipê-

roxo (Tabebuia), Ipê-amarelo (Toledo tabebuia ochracea Standl.) e Cancerosa

(Maytenus ilicifolia Mart.).

Já para hiperglicemia o Caju (A. nanum St. Hil.), Mangabeira (Hancornia

speciosa Gomez), Mata-pasto (Acanthospermum australe (Loefl.) O. Kuntze), Pata-

de-vaca (Bauhinia nítida St. Hil), Escada de Macaco (Bauhinia glabra Jacq),

Embaúba (Cecropia pachystachya Tréc.), Melão-de-São-Caetano (Momordica

charantia L.), Cordão-de-Frade (Leonotis nepetifolia (L.) R. Br.), Pitanga (Eugenia

uniflora L.), Jamelão, jambolão (Syzygium jambolanum D. C.), Carambola (Averrhoa

carambola L.), Lobeira (Solanum lycocarpum St. Hil.), Jurubeba (S. paniculatum L.),

e Tarumã (Vitex cymosa Bert).

As espécies empregadas no controle da hipertensão arterial foram Chuchu

(Sechium edule SW), Penino (Cucumis sativus L.), Lixeira (Curatella americana L.),

Sete-sangrias (Euphorbia hyssopifolia L.), Limão (Citrus limonum Osb.), Cancerosa

(Maytenus ilicifolia Mart.).

Percebe-se que algumas plantas medicinais já possuem corroboração

científica, no entanto, outras há apenas comprovação empírica que necessita de

estudos científicos quanto a sua eficácia e toxidade. Outro dado curioso, é que uma

variedade de famílias e espécies distintas são empregadas para as mesmas

patologias em alguns estados do Brasil.

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