Deficiencias Visual

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EDUCAÇÃO INCLUSIVA UNIDADE 2 – DEFICIÊNCIAS SENSORIAIS, DEFICÊNCIA MÚLTIPLA E ALTAS HABILIDADES Tópico 1 – deficiência visual É composta de dois tipos específicos: a baixa visão ou visão subnormal e a cegueira. O termo deficiência visual refere-se a uma situação irreversível de diminuição da resposta visual, em virtude de causas congênitas ou hereditárias, mesmo após tratamento clinico e/ou cirúrgico e uso de óculos convencionais. Causas: Congênitas: presente desde a sua formação (ventre). Hereditárias: herdados da família. Baixa visão ou visão subnormal: O indivíduo apresenta diminuição da visão, mesmo após tratamento de correção ou uso de óculos. Em países em desenvolvimento as principais causas são infecciosas, nutricionais, traumáticas e causadas por doenças como a catarata. Nos países desenvolvidos as principais causas são as genéticas e degenerativas, podendo ter causa congênita ou adquirida. Congênita: desde o nascimento, como a má formação ocular, glaucoma congênito, catarata congênita, entre outros. Adquirida: ocorre durante o desenvolvimento, como por exemplo, traumas oculares, catarata, alterações na retina relacionada à hipertensão ou diabetes. Fatores de risco: histórico familiar de deficiência visual, diabetes, não realização do pré-natal, etc. Como identificar: desvio de um dos olhos, não seguimento visual do objeto, baixo aproveitamento escolar, etc. Cegueira: ausência total da visão, uso do braile como principal recurso para leitura e escrita. Baixa visão: redução da visão ao grau que exige atendimento especializado. Sua aprendizagem se dará através dos meios visuais, mesmo que sejam necessários recursos especiais. A cegueira total ou a baixa visão podem afetar pessoas em qualquer idade.

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EDUCAÇÃO INCLUSIVA

UNIDADE 2 – DEFICIÊNCIAS SENSORIAIS,

DEFICÊNCIA MÚLTIPLA E ALTAS HABILIDADES

Tópico 1 – deficiência visual

É composta de dois tipos específicos: a baixa visão ou visão subnormal e a cegueira.

O termo deficiência visual refere-se a uma situação irreversível de diminuição da resposta visual, em virtude de causas congênitas ou hereditárias, mesmo após tratamento clinico e/ou cirúrgico e uso de óculos convencionais.

Causas:

Congênitas: presente desde a sua formação (ventre).

Hereditárias: herdados da família.

Baixa visão ou visão subnormal: O indivíduo apresenta diminuição da visão, mesmo após tratamento de correção ou uso de óculos.

Em países em desenvolvimento as principais causas são infecciosas, nutricionais, traumáticas e causadas por doenças como a catarata.

Nos países desenvolvidos as principais causas são as genéticas e degenerativas, podendo ter causa congênita ou adquirida.

Congênita: desde o nascimento, como a má formação ocular, glaucoma congênito, catarata congênita, entre outros.

Adquirida: ocorre durante o desenvolvimento, como por exemplo, traumas oculares, catarata, alterações na retina relacionada à hipertensão ou diabetes.

Fatores de risco: histórico familiar de deficiência visual, diabetes, não realização do pré-natal, etc.

Como identificar: desvio de um dos olhos, não seguimento visual do objeto, baixo aproveitamento escolar, etc.

Cegueira: ausência total da visão, uso do braile como principal recurso para leitura e escrita.

Baixa visão: redução da visão ao grau que exige atendimento especializado. Sua aprendizagem se dará através dos meios visuais, mesmo que sejam necessários recursos especiais.

A cegueira total ou a baixa visão podem afetar pessoas em qualquer idade.

Cegueira congênita: refere-se a perda total da visão desde o nascimento ou anterior aos cinco anos. Não apresenta memória visual.

Cegueira adquirida: refere-se a perda total da visão após os cinco anos de idade. Apresentam memória visual.

INFORMAÇÕES PARA O RELACIONAMENTO COM A PESSOA COM DEFICIÊNCIA VISUAL

Permitir que ele faça o que pode, sabe e deve realizar sozinho. Não se dirigir a pessoa que lhe acompanha. Não carregar e não puxar a pessoa para que ele se sente. Avise sempre que está se retirando do ambiente, para que o cego não fique falando sozinho.

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Não fique fazendo que o cego tente adivinhar você quem é você, pois az que ele fique envergonhado.

Atravesse a rua em linha reta

INTERVENÇÃO PRECOCE PARA CRIANÇAS COM BAIXA VISÃO

Necessita intervenção para que sejam despertados o desejo, a curiosidade e a motivação para agir sobre o ambiente. São comuns de 0 à 6 anos.

Desenvolvido em parceria com médicos, escola e família. Estimular a visão da criança não subestimar na sua capacidades direcionadas a pessoas cegas, devem ser estimuladas em atividades de ampliação fazendo que utilize sua visão residual.

ATIVIDADES DE ESTIMULAÇÃO

Através da brincadeira, pois a criança desenvolve os sentidos, textura, forma e tamanho. A criança relaciona-se com o outro, desenvolve o físico, a mente, a autoestima e a afetividade.

(pg. 79)

RECURSOS ÓPTICOS E NÃO ÓPTICOS

São recursos utilizados para aumentar imagens, possibilitando a visão da criança em tarefas como ler, escrever, apreciar imagens, etc.

Ópticos: óculos

Não ópticos: lentes de aumento, lupas, etc.

Telelupa: utiliza na ampliação de imagens.

Telesessistemas: softwares utilizados como leitores e ampliadores de tela de computador.

(pg. 82).

Além desses há também os recursos de adequação de materiais, ou seja, iluminação ambiental, contraste e de ampliação de materiais escritos.

Pg. (84).

RECURSOS PEDAGÓGICOS PARA CRIANÇAS CEGAS

Braille: é composto por 6 pontos em relevo que formam 63 combinações. É um sistema de escrita utilizado pelos cegos, que recebeu o nome em função de seu inventor Louis braile que também é cego e com 15 anos inventou o sistema no ano de 1825.

A leitura é feita normalmente da esquerda para a direita.

Pg. (87...)

Sorobã: Contribui para a construção de conceitos pré-numéricos, ou seja, sistema de numeração decimal, sequência, contagem, classificação, etc. (pg. 92).

Estrutura do sorobã

Contas: pequenos círculos que podem ser deslocados verticalmente.

Eixo: haste vertical onde as contas podem ser deslocadas.

Régua de numeração: haste horizontal que dividem o sorobã em retângulos contendo uma conta em cada eixo, e o inferior contando 4 em cda eixo.

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Pontos: saliências situadas sobre a régua.divide o sorobã em 7 classes de direita para esquerda.

Mobilidade: área específica de educação e reabilitação de pessoas com deficiências visuais, com o objetivo de desenvolver sua autonomia na locomoção.

ATIVIDADES DA VIDA DIÁRIA

Tem o objetivo de propiciar condições de realizar atividades do dia a dia. Quanto mais estímulo o indivíduo tiver, melhor será o resultado.

Pg. (100).

TÓPICO 2 - DEFICIÊNCIA AUDITIVA

É uma perda parcial ou total das possibilidades auditivas sonoras, variando em graus e níveis.

Surdos: sãos os indivíduos que têm perda total ou parcial, congênita ou adquirida, da capacidade de compreender a fala através do ouvido.

A classificação é avaliada por decibés

Normal: 0 a 25db

Surdez leve: 26 a 40db

Surdez moderada: 41 a 70db

Surdez severa: 71 a 90db

Surdez profunda + 90db

A surdez pode ser ainda unilateral (um ouvido) e bilateral (ambos).

TIPOS DE DEFICIÊNCIA AUDITIVA

Condutiva: é causado por problema localizado na orelha externa e/ou média que conduz o som até a orelha interna. Pode ser reversível e não necessita de aparelhos auditivos, somente tratamento.

Neurosensorial: ocorre na orelha interna ocorrendo a diminuição da capacidade de receber os sons que passam pela orelha externa e/ou média.

Mista: ocorre quando a alteração está localizada na orelha externa e/ou média e interna. Pode acontecer por fatores genéticos, determinantes de má formação.

Central, disfunção auditiva central ou surdez central: Decorre de alterações nos mecanismos de processamento da informação sonora no tronco cerebral.

CAUSAS

Antecedentes familiares, infecções congênitas, peso no nascimento inferior a 1.500g ou crianças pequenas para a idade gestacional. Asfixia severa no nascimento, Apgar entre 0-4 (1ºmin.) e 0-6 (5º min.), meningite bacteriana, uso de drogas ou álcool, permanência na incubadora por mais de sete dias.

EDUCAÇÃO DE ALUNOS SURDOS

Oralismo: ensinar o surdo a falar por meio do fonoaudiólogo e uso de aparelhos.

Comunicação total: surgiu na década de 70 com o objetivo de usar todos os meios que possam facilitar a comunicação, desde a fala sinalizada até chegar aos sinais, tornando qualquer recurso indispensável: fala, leitura labial, escrita, desenho, língua de sinais, alfabeto manual, etc.

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Bilinguismo: uso da língua de sinais (LIBRAS) e do Português como duas línguas distintas. Ambas são usadas, mas não simultaneamente. A primeira língua dos surdos é a de sinais, a falada é a segunda língua.

Inclusão escolar: A escola precisa dispor de recursos que tomem viável o processo de inclusão, como por exemplo, material concreto e visual que sirva de apoio, orientação de professores da Educação Inclusiva.

O papel do professor é desenvolver o processo ensino-aprendizagem com o aluno surdo, adotando a mesma proposta curricular do ensino regular, com adaptações que possibilitem sua integração. A utilização de técnicas, procedimentos e instrumentos de avaliação compatíveis com as necessidades dos alunos surdos, entre outros.

Sugestões de apoio: O aluno deve ficar sempre na primeira fila da sala de aula. O professor deve falar com naturalidade e clareza, não exagerando no tom da voz. Quando falar, não bloquear a área em volta da boca. Escrever no quadro ou no caderno do aluno datas e informações importantes para assegurar que foram entendidas. É imprescindível a contratação de interpretes para auxílio em sala de aula.

Alfabeto manual: pg. (112 – 116).

TÓPICO 3: DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA

Introdução

É compreendida como a associação, no mesmo indivíduo, de duas ou mais deficiências primárias (intelectual/ visual/auditiva/física), com comprometimentos que acarretam atrasos no desenvolvimento global e na capacidade adaptativa.

Caracterizam uma criança pelo nível de desenvolvimento, possibilidade funcional de comunicação e interação social, bem como seu potencial em aprender.

As características são diferentes e variáveis. Alguns podem apresentar dificuldades básicas que, com pouca adaptação escolar, conseguirão acompanhar os colegas. Outras, poderão necessitar de processos especiais de ensino, de apoio constante e intenso e de um currículo alternativo.

Inclusão da criança com deficiência múltipla na escola comum

Esta inclusão necessita de um trabalho multidisciplinar que envolva desde profissionais da educação quanto da saúde e da assistência social, mas não substituindo o trabalho da escola comum.

Os profissionais darão um suporte paralelo ao ensino comum, orientando e auxiliando o professor sempre que for necessário.

A abordagem pedagógica não deve ter um cunho terapêutico, devendo assegurar o direito de ser criança, de pertencer àquele espaço, de frequentar a escola, de aprender e construir o conhecimento, em companhia de outras crianças de sua comunidade;

Esses alunos apresentam alterações significativas em seu desenvolvimento, e isso pode vir a construir um medo e uma insegurança muito maior nos professores;

Ele também apresenta formas inusitadas de motivação e interesse, possuem potencialidades e possibilidades que necessitam ser compreendidas e consideradas pelo professor;

Deve ser feito adaptações curriculares para que haja a inclusão. E estas estão garantidas pela LDB/nº 9394/96 e pelas Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, que são as adaptações de pequeno e grande porte que orientam basicamente 3 dimensões:

O PPP da Escola;

O currículo;

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O nível individual do aluno, elaborado com a participação da equipe gestora e da família e se possível da equipe especializada em educação inclusiva;

E ainda as adaptações de Acesso ao currículo, como:

Mobiliário adequado;

Equipamento específico e tecnologia assistiva;

Sistemas alternativos e ampliados de comunicação;

Adaptação do espaço físico e eliminação de barreiras arquitetônicas;

Recursos materiais e didáticos ;

Recursos de apoio especializado;

Adaptações de atividades e jogos pedagógicos.

Dentre as deficiências múltiplas é importante mencionar, que se refere a à Múltipla deficiência sensorial que é “a criança que apresenta deficiência visual e auditiva associadas a outras condições de comportamentos e comprometimentos, sejam eles na área física, intelectual ou emociona, e dificuldades de aprendizagem”.

Surdocegueira

A criança surdocega tem a associação das duas deficiências que repercute em termos de desenvolvimento humano perdas significativas na aquisição dos comportamentos sociais aceitos ao meio, limitando o poder de antecipação dos fatos que irão ocorrer em sua volta.;

Estas crianças necessitam ser trabalhadas e estimuladas a desenvolver estilos de aprendizagem próprios para compensar suas perdas sensoriais.

É necessário desenvolver formas de comunicação efetiva para sua participação em sociedade e interação com o meio, primeiramente através do toque;

Causas: Acidentes graves; Síndrome de Usher; Surdocegueira congênita, resultante de doenças como a rubéola ou de nascimentos prematuros.

Possuem diversas formas para se comunicar. A LIBRAS pode ser adaptada a eles, p. 122;

Colocando a mão sobre a boca e o pescoço de um intérprete, a pessoa com surdocegueira pode sentir a vibração de sua voz e entender o que está sendo dito – Tadoma;

É possível também, que escrevam na mão de seu intérprete, utilizando o alfabeto manual (forma mais simples utilizada) dos surdos, soletrando as palavras ou ele pode redigir suas mensagens em sistema braile.

Existe ainda o alfabeto moon que substitui as letras por desenhos em relevo e o sistema pictográfico que usa símbolos e figuras para designar os objetos e ações.

Melhores formas de comunicação com o surdocego (p.124)

Mantenha-se próximo dele para que ele perceba a sua presença. Ao nadar dexe apoiar-se no seu braço nunca o empurre ou puxe pelo braço. Escreva devagar na palma da mão do surdocego utilizando letras do alfabeto manual. Avie sempre do que o rodeia

Altas habilidades/superdotação

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No Brasil, adota-se o conceito que define como pessoas, crianças e adultos com altas habilidades/superdotação aquelas que “demonstram potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes. Também apresentam elevada criatividade, grande envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu interesse”.

Tipos de altas habilidades (p.130)

Capacidade Intelectual geral;inclui indivíduos que demostram características tais como a curiosidade intelectual de observação, habilidade para abstrair atitude de questionamento e habilidade associativo.

Aptidão acadêmica: inclui os alunos que apresentam um desempenho expecional na escola em testes de conhecimento demostram alta habilidade para as tarefas acadêmicas.

Habilidades de pensamento criativo e produtivo: inclui que estudantes que apresentam ideias originais e que são capazes de perceber de muitas formas diferentes um determinado tópico.

Capacidade de liderança; inclui aqueles estudantes que mergem como lideres sociais ou acadêmicos de um grupo.

Talento especial para artes visuais e cênicas: alunos que apresentam habilidades superiores para pintura, escultura, desenho, imagem, dança, canto, teatro e instrumentos musicais.

Habilidades psicomotoras. Apresentam proezas atléticas o uso superior da habilidades motoras refinadas necessárias para determinadas tarefas e habilidades mecânicas.

A discussão sobre as origens do talento tem sido permeada por defesas da herança biológica e da estimulação ambiental.

Principais características (p. 131 e 132)

Reconhecer crianças como superdotadas e com altas habilidades não significa a viabilização de um futuro brilhante. Pessoas não alcançaram a notoriedade só o conseguiram após muitos anos de dedicação e esforço na mesma área, com apoio e estímulo, alto grau de criatividade, além de enfrentar a concorrência no campo de atuação.

Inclusão do aluno com altas habilidades

A inclusão é pouco explorada e difundida. A princípio pode se pensar que este tipo de aluno não sofreria nada dentro das escolas comuns, integrados num currículo homogêneo e fragmentado. Mas, isto não passa de formação de conceitos a partir de um senso comum e de mitos criados em torno do aluno;

Ele apresenta dificuldade de adaptação, quando a escola não modifica suas metodologias e conteúdos para a efetivação de sua aprendizagem.

Necessitam ser estimulados para realmente usufruírem toda a potencialidade que apresentam, seja ela na área que for. Nem todas as crianças apresentam habilidades em todas as áreas do conhecimento, vimos isto da identificação dos tipos de altas habilidades;

Ele necessita, é da valorização e do incentivo de sua potencialidade para que possa ter o desenvolvimento pleno de sua capacidade;

A escola está embasada na LDB nº 9394/96 para fazer estas adaptações.

Segundo as diretrizes básicas traçadas pelo MEC, no Brasil, as alternativas utilizadas são: enriquecimento curricular e aceleração, ou as duas combinadas. Tanto uma quanto a outra devem estar de acordo com as características da escola e adequadas à realidade do aluno;

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O MEC/SEESP (2002) sugere um plano individualizado do aluno construído pelo professor para sistematizar e orientar as adaptações necessárias à aprendizagem deste aluno que deve conter:

Caracterização do aluno em seu processo de aprender;

Descrição e caracterização do conjunto de suas necessidades educacionais especiais;

A explicitação das adaptações de pequeno e grande porte que se mostram necessárias para atender às necessidades educacionais identificadas;

Explicitação clara e objetiva das metas de trabalho.

Assim o aluno com altas habilidades/superdotação poderá frequentar a escola comum, participando de sua comunidade e construindo relações sociais para seu desenvolvimento.