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CONTROLE DA CARGA INTERNA PARA TREINAMENTO FÍSICO EM PESSOAS COM OBESIDADE
CONTROL OF THE INTERNAL LOAD FOR PHYSICAL TRAINING IN PEOPLE WITH OBESITY
André Zanolo Cardoso - [email protected]
Christian da Silva Euzébio - [email protected] Fernanda Mattos Cavalcante Castilho - [email protected]
Graduandos do Curso de Educação Física – UniSALESIANO Lins Prof. Me. José Alexandre Curiacos de Almeida Leme – UniSALESIANO Lins
RESUMO
Devido ao alto índice de obesidade, tem crescido a busca por treinamentos
eficientes que respeitem os princípios da individualidade biológica, da sobrecarga, da adaptação, da interdependência volume/intensidade, da continuidade e especificidade para que haja êxito no condicionamento físico e na preparação física. Assim, tem sido almejada cada vez mais pelos treinadores e praticantes de exercício físico as melhores formas de monitoramento de cargas. O presente estudo tem por objetivo apresentar a percepção subjetiva do esforço e a frequência cardíaca como maneiras confiáveis de controlar a carga interna do treino durante a sessão. Para isso foi realizada revisão de literatura utilizando livros e artigos científicos da área. Palavras-chave: Capacitação. Monitoramento. Percepção subjetiva de esforço.
ABSTRACT
Due to the rate of obesity, there has a growing search for eficiente training that respects the principles of biological individuality, overload, adaptation, volume/intensity interdependence, continuity and specificity for sucess in physical conditioning and physical preparation. So, it has been increasingly craved by coaches and practitioners of physical exercise the best ways of monitoring loads. The presente study aims to presente the subjective perception of effort and heart rate as reliable ways to control the internal load of the training during the session. For this purpose, a literature review was carried out using books and scientific articles of the área. Keyword: Capacity. Monitoring. Subjective perception of effort
INTRODUÇÃO
Na atualidade, a prevalência de obesidade tem aumentado tanto em países
desenvolvidos, quanto em países em desenvolvimento de forma abrupta devido ao
estilo de vida insuficientemente ativo. Para alterações nestes quadros a busca por
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treinamentos para emagrecimento consequentemente tem aumentado. Para atingir
um bom desempenho nestes sabe-se que é necessária uma boa prescrição e
periodização de forma correta, levando em conta os princípios do treinamento
(DANTAS, 2003; TUBINO, 1993).
Para que tal realização ocorra de maneira adequada é necessário prescrever
a carga externa e monitorar a carga interna do indivíduo. Portanto, a proposta do
presente estudo e mostrar a percepção subjetiva do esforço e a frequência cardíaca
como forma fidedigna de controlar a carga interna do treino exercido no individuo.
1 OBESIDADE
A obesidade vem crescendo progressivamente, influenciada pelo estilo de
vida insuficientemente ativo que as pessoas veem adotando (ACMS, 2003). Estilo
este que tem maior consumo calórico e baixo gasto energético aumentando o ganho
de gordura no tecido adiposo, na maioria das vezes abdominal ou visceral. As quais
trazem co-morbidades como Diabetes (tipo 2), Hipertensão e doenças
cardiovasculares. Cerca de 300 mil pessoas morrem todo ano por consequência de
fatores ligados a obesidade. (BOUCHARD, 2003).
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2008-
2009), sobre a prevalência de déficit de peso, excesso de peso e de obesidade na
população com 20 anos ou mais idade de 2008 e 2009. Constatou-se que no Brasil
o excesso de peso na população do sexo masculino é de 50,1% e o sexo feminino
chega à 48,0%. A obesidade grau I em diante (IMC≥ 30 m²) atinge 12,5% na
população do sexo masculino e 16,9% do feminino, obtendo uma diferença de 3,6%
sexo masculino e 3,8% feminino, comparando com dados do ano de 2002 e 2003.
Na América do Norte, especificamente, nos Estados Unidos, a obesidade
aumentou no público adulto, gradativamente de 24,9% em 1976, para 33,4% em
1991. (BOUCHARD, 2003).
2 TREINAMENTO FÍSICO
O treinamento físico é um conjunto de ações organizadas e planejadas de
forma sistemática que tem como objetivo elevar a competência, o rendimento físico,
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motor, cognitivo e psicológico respeitando os princípios da individualidade biológica,
sobrecarga, adaptação, interdependência volume/intensidade, especificidade e
continuidade, visando chegar ao seu ápice de desempenho individual ou em equipe
no período certo. (ANDRADE, 2002; DANTAS, 2003; TUBINO, 1993).
2.1 Individualidade biológica
Ao falar em individualidade biológica não se pode deixar de abordar genótipo
e fenótipo, a soma de ambas forma o indivíduo único com seus potenciais e suas
limitações. O genótipo é a carga genética que é passada ao indivíduo, que
determina o potencial que pode ser atingido, definindo vários fatores como,
composição corporal, biótipo, tipos de fibras musculares, altura máxima esperada,
limite de volume de oxigênio máximo VO2 máximo e esses são parâmetros que não
são possíveis de se fazer alterações já que são hereditários. (DANTAS, 2003;
BENDA; GRECO, 2001).
Já o fenótipo é um conjunto de características morfológicas, bioquímicas,
fisiológicas e comportamentais que, diferentemente do genótipo, podem ser
alteradas de acordo com o ambiente. Um exemplo desse fato é a cor da pele
escurecer se exposta ao sol por um longo tempo. Desta forma, pode ser observado
que não existem indivíduos totalmente iguais, mesmo sendo gêmeos univitelinos.
Então ao falar em treinamento deve se levar em conta este princípio e prescrever
individualmente para um melhor rendimento. (DANTAS, 2003; BENDA; GRECO,
2001).
2.2 Princípio da adaptação
A adaptação é um princípio da natureza pois o homem só chegou até os
tempos atuais devido as adaptações sofridas durante anos. (LUSSAC, 2008).
A homeostase é capacidade de o organismo manter-se em funcionamento
estavelmente em relação ao meio interno e externo, de forma que o meio interno
mantenha condições adequadas para a sobrevivência das células (HALL; GUYTON,
2012). Porém, a homeostase pode ser interrompida por fatores internos como a
ação do córtex cerebral e externos como alterações da temperatura, trauma e várias
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outras. Sempre que há um estímulo o organismo automaticamente apresenta uma
resposta compensatória de modo proporcional. Esses estímulos, segundo Tubino
(1993), podem ser débeis, sendo aqueles que não apresentam mudanças, médios
aqueles que somente excitam de forma mediana ou fortes aqueles que provocam
adaptações maiores e muito fortes aqueles que causam prejuízos ao organismo. Os
estímulos são os principais efetores da adaptação.
2.3 Princípio da sobrecarga
Para Dantas (2003), ao se deparar com uma carga de trabalho, o organismo
tenta promover a homeostase novamente. O que vai promover a adaptação correta
é a dosagem adequada da carga e do tempo de exercício, ocorrendo a
supercompensação. Porém, podem ocorrer dois erros: primeiro um longo período de
recuperação para a supercompensação da carga aplicada e segundo um curto
período de recuperação para superconpensar a carga aplicada. Portanto quando se
fala em sobrecarga e supercompensação observa-se que há um ponto certo de
ofertar o novo estimulo para que se tenha um melhor aproveito do treino, em suma
altas cargas demandam mais tempo de recuperação e pequenas cargas menos
tempo para supercompensar o esforço. (LUSSAC, 2008).
2.4 Princípio interdependência volume e intensidade
Volume e intensidade são os fatores determinantes para um bom resultado de
um treinamento, ambas as grandezas são inversamente proporcionais. Ao manter
uma alta intensidade deve-se apresentar um menor volume e tendo um grande
volume e necessário diminuir intensidade. Por isso durante um macrociclo de
treinamento é importante ter em mente em qual parte do planejamento se encontra,
se é com maior intensidade ou maior volume de treino. (DANTAS, 2003; TUBINO,
1993).
2.5 Princípio da continuidade
O grande papel desses princípios é não deixar que o organismo do indivíduo
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supercompense e entre no estado de homeostase como antes pois, pensando dessa
maneira ao longo de um macrociclo, teremos grandes melhoras, pois é gerada uma
carga de estresse e então compensado, antes de voltar ao estado basal e dado
outra carga de estresse e assim por vários períodos ocorre uma melhora de
desempenho das atividades. (DANTAS, 2003; LUSSAC, 2008).
2.6 Princípio da especificidade
Tal princípio dita que o treinamento tem que ser elaborado levando em conta
o objetivo especifico da performance. Segundo Dantas (2003), um bom exemplo de
tal planejamento foram os nadadores que se preparavam para as olimpíadas de
Montreal. Eles se afastaram das piscinas e treinaram o cardiorrespiratório com
corridas e ciclismo, e a preparação neuromuscular em aparelhos. O que se pode
observar é que a resistência aeróbica adquirida com a corrida e o ciclismo eram
diferentes da que eles necessitavam, portanto voltaram para a piscina e treinaram o
cardiopulmonar e exercícios de resistências neuromusculares, ou seja, trouxeram o
mais próximo da realidade do esporte. Em resumo o princípio da especificidade
preconiza que os trabalhos de resistência, força, potência e as demais capacidades
sejam trabalhadas com as mesmas atividades da própria performance.
Segundo Barbanti (2004), de forma aberta, o termo treinamento são ações
planejadas e especificas de forma a melhorar o rendimento, já quando se fala em
treinamento esportivo o principal objetivo é melhorar o esportista tanto individual
quanto coletivo dependendo da modalidade para elevar seu rendimento a altos
níveis através da preparação técnica, física, tática, psicológica e intelectual. Esse
termo Treinamento Esportivo está altamente associado a atletas, jogadores e alto
rendimento, porém com o aumento de doenças hipocinéticas vem surgindo um novo
termo que está sendo bem usado na literatura internacional denominado
Treinamento Físico que visa ir além do esporte, recuperando a capacidade de
rendimento, reabilitação e principalmente saúde através da capacidade motora,
segundo Barbanti (2004).
3 PERCEPÇÃO SUBJETIVA DO ESFORÇO NO TREINAMENTO FÍSICO
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Percebe-se o aumento no número de pessoas que buscam sessões de
exercícios físicos para alcançarem melhores condições e qualidade de vida,
migrando da condição de insuficientemente ativos para ativos, estes podem
perceber o progresso na perda de tecido adiposo e aumento da massa magra, entre
outras melhorias.
Há busca por estas sessões fazem crescer proporcionalmente o número de
formas monitoradoras do exercício. Durante os exercícios a frequência cardíaca (FC)
tende a aumentar e, para que não ultrapasse os limites suportáveis pelo praticante,
o fisiologista sueco Gunnar Borg (1982), apresentou uma escala que classifica a
percepção subjetiva do esforço (PSE) do praticante.
A escala original criada por Borg (1982), figura 1, traz a classificação de 6 a
20, iniciando em “Sem nenhum esforço” para “Máximo esforço”.
Figura 1- Escala de Borg original
Fonte: Borg; Gunnar, 1982
Segundo a Aerobics and Fitness Association of America - (AFAA, 1995), o
exercício deve ser mantido dentro da Zona Alvo de Treinamento. Para a população
em geral, esta zona pode ser, por exemplo, entre leve a moderado mantendo-se
entre “Um pouco difícil” a “Difícil”. Para chegar a esta Zona Alvo de exercício é
necessário o controle da intensidade do exercício, com um limite máximo e um limite
mínimo de esforço tolerante a individualidade do praticante. Caso haja excedentes
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ao limite superior suportado o corpo acelera a produção de ácido lático antecipando
a fadiga muscular e retardando o limite máximo de tempo de exercício.
Anos após a criação da escala de Borg, Foster (1996) traz o protocolo de
PSE, baseando-se em um questionamento interrogando “Como foi sua sessão de
treino?” 30 minutos após o final da sessão, pois assim não há interferência da fadiga
momentâneo dos últimos exercícios e não é recomendado passar desse tempo para
que não ocorra esquecimento da avaliação subjetiva da intensidade da sessão de
treino. Para a resposta é apresentada uma escala CR10. Figura 2.
Figura 2 - Escala CR 10
Fonte: Escala CR10 modificada por FOSTER et al., 2001
Para responder à pergunta o avaliado devidamente orientado deve escolher
um descritor e uma classificação de 0 a 10 de acordo, podendo ser números
decimais como, por exemplo, 5,5. A carga de treino pode ser calculada pela
multiplicação da classificação de acordo com a CR10 pelo tempo total da sessão de
treino e assim gera um produto expresso em unidades arbitraria já que é uma
unidade subjetiva. (NAKAMURA; MOREIRA; AOKI, 2010).
A PSE pode ser usada na periodização do treinamento, pois na sessão ocorre
à relação da duração com a intensidade gerando a magnitude da carga de treino,
com tais dados é possível realizar gráficos e analisar o padrão de alternância e
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distribuições das cargas, pois assim facilita a periodização de acordo com os
princípios do treinamento.
3.1 Percepção do esforço pela Frequência Cardíaca
A FC é a quantidade de pulsações (batimentos) do coração por minuto sendo
controlada em ações conjuntas pelos ramos simpáticos e parassimpáticos do
sistema nervoso autônomo, pois ambos estão ativos, no entanto, um sobressai ao a
outro em determinados momentos. Por isso o valor de FC sofre oscilações e essa
oscilação é conhecida como variabilidade da FC. (ALMEIDA, 2007).
A frequência cardíaca máxima (FCmáx) é o maior valor que a frequência
cardíaca pode atingir frente a um esforço extenuante. Tal valor é muito utilizado
como parâmetros cardiovasculares para treinamentos. (WILMORE, 2001).
Evidências mostram que indivíduos que atingem uma maior FCmáx quando
submetidos a esforço de alta magnitude, apresentam menores chances de doenças
coronarianas e indivíduos que não atingem 85% da FCmáx esperada, tem a maior
correlação de risco de morte (ALMEIDA, 2007).
A formula de (220-idade) é muito utilizada (WILMORE, 2001; NES, 2013;
POLICARPO, 2004) para estimar a FCmáx. Em seu estudo, Robergs (2002) buscou
a história do surgimento de tal fórmula e a data do aparecimento remete ao ano
1938 por Sid Robinson. Porém, em todo o processo de pesquisa, o autor não
encontrou com clareza o artigo que foi abordada tal formula como objeto principal de
estudo. Diversas outras fórmulas foram propostas para encontrar a FCmáx, mas a
forma mais adequada é através do método direto, utilizando frequencimetro em teste
de esforço máximo. Após ser encontrada a FCmáx é possível trabalhar com
porcentagem da FC e identificar em qual a magnitude da carga de treinamento
4 DISCUSSÃO
Segundo Santos (2005) o porcentual de gordura diminui de forma mais rápida
devido o EPOC (consumo excessivo de oxigênio pós-exercício) maior nas atividades
mais intensas fazendo com que o gasto calórico seja melhor que nos exercícios
contínuos.
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Para prescrição de exercícios existem componentes básicos que incluem a
intensidade do esforço, a seleção do tipo, a frequência semanal, a duração de cada
sessão (ACSM, 2003). Todos estes componentes devem ser avaliados e aplicados
para desenvolver prescrições em sujeitos de diferentes idades, capacidades
funcionais e condições clinicas. Porém, sobrepõem-se a intensidade do exercício
como principal componente a ser observado (ACSM, 2003).
A PSE vem sendo aplicada em vários testes científicos com base no método
da FC por ser uma forma avaliativa de baixo custo e confiável. Um estudo realizado
por Siqueira e colaboradores (2011), utilizando a PSE e FC, em 56 atletas de
futebol, mostrou que em 36% dos atletas a variabilidade da FC é correlacionada à
avaliação da PSE podendo ser utilizada como parâmetro para a monitoração de
exercícios físicos. Além de colaborar com a prescrição dos treinamentos
intermitentes e intensos, a PSE apresenta uma maior fidedignidade com relação a
respostas metabólicas do que com a cardiovascular, quando este método é aplicado
em jovens atletas.
Em um estudo comparativo escrito por Silva e colaboradores (2011),
utilizando PSE com base nas escalas de Borg e OMNI-ciclismo em 26 homens que
praticavam ciclismo indoor a pelo menos 6 meses, chegaram à conclusão que é
possível prescrever a intensidade do exercício propostos em cicloergômetros
utilizando a PSE.
Coutts e colaboradores (2007), em sua pesquisa, monitoraram jogadores
semi-profissionais de Rugby em 6 semanas de treinamento com 5 a 6 sessões
semanais. O grupo que participou deste treinamento demonstrou valores
significativamente maiores de PSE em todas as semanas exceto na sétima semana,
cujo grupo controle (com treinamento inalterado) e o grupo com treinamento alterado
fizeram uma redução de cargas de treinamento.
Em seus estudos, Moreira e colaboradores (2009) observaram os valores de
PSE das sessões em atletas de canoagem do sexo feminino e notaram as
diferenças significativas nos valores de PSE entre as sessões de cargas elevada e
nas sessões de recuperação. Após o cálculo da carga de treino foram encontrados
valores de até 600 unidades arbitrárias nas sessões fortes, sendo que nas sessões
de recuperação os valores médios foram 200 unidades arbitrarias.
Em seu estudo, Bara Filho et al. (2013) utilizaram três métodos diferentes
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para quantificar a carga de treinamento de quinze atletas profissionais de voleibol do
sexo masculino, com idade entre 18 e 30 anos. Nestes métodos, um deles utilizava
a PSE e outras duas a FCmáx para quantificar a carga (TRIMP) que avaliou o
volume e a intensidade da sessão através dos scores de cada zona de treinamento.
Os autores concluíram que a FC mostrou-se muito limitada para quantificar a carga
por zonas, uma vez que na modalidade emprega esforços de curta duração e alta
intensidade, já a PSE mostrou-se bem interessante conseguindo calcular mais
precisamente a carga interna.
A FC sem dúvida é uma variável indispensável para a prescrição e controle
da atividade física, além de ser facilmente estimada estabelece parâmetros até
mesmo para avalições de saúde. Para utilização da FC no exercício tem se aplicado
a porcentagem de FCmáx para controle de zona de alvo do exercício (ROBERGS;
LANDWEHR, 2002).
Com tais observações pode ser considerado que a PSE e a FC são formas
fidedignas e viáveis para monitoramento e controle da intensidade do exercício,
evidenciando a carga interna.
CONCLUSÃO
Com tais observações podemos considerar que até o momento, para que haja
perda de gordura corporal no treinamento é necessário o monitoramento da carga
interna e externa . A carga interna pode ser monitorada através da percepção
subjetiva de esforço, tanto a de Borg (1974), quanto a de Foster (1996; 2001), e o
monitoramento da frequência cárdica, quando bem aplicadas mostraram-se meios
fidedignos de controle durante as sessões e a periodização do treinamento, além de
ser facilmente aplicadas.
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