As Usinas Hidrelétricas
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Usinas Hidrelétricas
As usinas hidrelétricas fornecem 650.000 megawatts de energia no mundo todo. Contudo,
nem todas as partes do mundo são adequadas para a produção de energia dessa forma. Para
produzir energia dessa maneira, uma região precisa de montanhas e de rios e córregos de
escoamento rápido, ou de precipitações pesadas.
Os maiores usuários de energia hidrelétrica incluem Estados Unidos, Canadá, Rússia e Brasil.
A China em breve ultrapassará o Brasil em capacidade hidrelétrica, com a conclusão do
imenso projeto de Três Gargantas. A Noruega e o Egito também usam energia hidrelétrica
para suprir boa parte de sua demanda por eletricidade.
As usinas hidrelétricas variam de tamanho. Usinas grandes produzindo 30 megawatts ou mais
fornecem eletricidade para grandes regiões. Usinas pequenas que geram entre 110 quilowatts
e 30 megawatts fornecem eletricidade suficiente para suprir necessidades locais. As
microusinas, com produção de 100 quilowatts ou menos, geram energia para pequenas
fazendas ou casas individuais.
Como Funciona
A energia hidrelétrica funciona de maneira bem simples. Para usar a energia natural
encontrada em um rio que flui rapidamente de uma elevação alta para uma superfície mais
baixa, o fluxo deve ser controlado. Isso é feito por meio da construção de uma represa. A
represa detém o fluxo natural de um rio, criando um reservatório atrás dele. Uma usina de
energia construída dentro ou ao lado da represa abriga duas máquinas diferentes: uma turbina
e um gerador. A turbina consiste em uma série de pás anguladas montadas em um eixo
central. A turbina gira continuamente à medida que um fluxo controlado de água passa pela
usina de energia. O movimento da turbina impulsiona o gerador, que então produz
eletricidade.
Dois fatores determinam a quantidade de eletricidade gerada por uma usina hidrelétrica. O
primeiro fator: a altura das turbinas em relação à superfície da água, distância conhecida como
coluna d'água. O segundo fator principal é o volume de fluxo de água que se move através da
turbina. Como regra geral, 3,79 litros de água por segundo caindo de uma altura de 30,48
metros são capazes de gerar 1 quilowatt de energia elétrica. A coluna d'água permanece a
mesma o tempo todo, mas o fluxo de água pode aumentar ou diminuir, dependendo da
demanda por eletricidade.
História
As pessoas têm tirado proveito da energia da água em movimento há séculos. Os Gregos e
Romanos da antiguidade usavam a roda-d'água, que opera sob o mesmo princípio que a
turbina, para girar maquinários. A roda-d'água também era conhecida na China antiga. Na
Europa, a partir da era medieval, a água em movimento impulsionava rodas-d'água que
moíam milho ou trigo, transformando-os em farinha. Moinhos de água alimentavam fábricas
têxteis na Inglaterra e Nova Inglaterra no início do século XVII. O desenvolvimento de uma
turbina movida a vapor tornou a energia da água ainda mais eficiente.
Fotos cedidas por TalkingTree.com
Usinas elétricas e hidrelétricas surgiram mais ou menos na mesma época, no fim do século
XIX. Em 1878, Cragside, a residência do inventor britânico Lord Armstrong em
Northumberland, tornou-se a primeira casa alimentada por uma usina hidrelétrica. Dois anos
depois, a cidade de Grand Rapids, no Michigan, conectou uma turbina de água a um dínamo
Brush, um tipo antigo de gerador elétrico desenvolvido por Charles F. Brush. Essa
combinação criou energia suficiente para iluminar teatros e fachadas de lojas. Em 1881, outro
dínamo Brush conectado a uma turbina em um moinho de farinha forneceu iluminação de rua
em Niagara Falls, Nova York.
A primeira usina de energia hidrelétrica foi aberta em Appleton, Wisconsin, em 1882, no Rio
Fox. O proprietário de um moinho de papel local ligou uma turbina movida a água a um
gerador. A primeira usina produziu apenas 12,5 quilowatts de eletricidade, o suficiente para
alimentar dois moinhos de papel e a casa do proprietário do moinho. Em 1886, uma usina
maior, com energia suficiente para alimentar o sistema de bondes elétricos de Appleton,
substituiu a usina original.
Foto gentilmente cedida porAmerica's Story
A represa no Rio Fox, em Appleton, Wisconsin, local da primeira usina de energia
hidrelétrica do mundo.
A energia hidrelétrica cresceu rapidamente depois disso. Em 1886, havia 45 usinas
hidrelétricas nos Estados Unidos. Em 1889, 200 usinas estavam gerando eletricidade usando
água para produzir parte ou toda a energia.
Ao mesmo tempo, usinas hidrelétricas foram abertas em todo o mundo. A Itália construiu sua
primeira usina hidrelétrica em 1885 em Tivoli, nas montanhas na região de Roma. A usina
inicialmente alimentava as luzes de uma cidade próxima. Mas, em 1892, uma segunda usina
no mesmo local fornecia energia para Roma, a primeira transmissão a longa distância na
Itália.
Outros países com boas condições para a geração de energia hidrelétrica logo construíram
suas usinas. Canadá, França, Japão e Rússia estiveram entre os primeiros. No período de 1900
a 1950, o uso de energia hidrelétrica aumentou rapidamente.
Quando as primeiras usinas de energia hidrelétrica foram abertas, toda a eletricidade era
enviada na forma de corrente direta. Isso limitava a distância na qual a eletricidade podia ser
transmitida. Em função disso, essas usinas forneciam energia para um raio de cerca de 2,6
quilômetros quadrados da represa. A energia de várias usinas separadas seria combinada para
servir a cidades maiores. Cidades menores que tiveram a felicidade de poder construir uma
usina hidrelétrica tinham seus próprios sistemas elétricos. Com o desenvolvimento da corrente
alternada, no fim da década de 1880, a eletricidade conseguia percorrer distâncias maiores. Os
sistemas separados que serviam cidades maiores se transformaram em um sistema maior.
Usinas em localidades remotas — por exemplo, a Represa de Hoover, no sudoeste dos
Estados Unidos (construída em 1936) — forneciam energia para cidades distantes. Turbinas
hidráulicas melhores contribuíram para esse avanço. Contudo, após a década de 1940,
combustíveis fósseis mais baratos se tornaram a principal fonte para a geração de eletricidade.
A energia hidrelétrica continuou a fornecer parte da eletricidade do mundo, mas o uso de
petróleo, gás natural e carvão ultrapassava a energia hídrica.
Primeiras hidrelétricas no mundo
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estas são atualmente as dez maiores
usinas hidrelétricas do mundo, em capacidade de produção de eletricidade.
1º. Três Gargantas (China): 18.200 megawatts (MW)
2º. Itaipu (Brasil / Paraguai): 14.000 megawatts (MW)
3º. Guri (Venezuela): 10.000 megawatts (MW)
4º. Tucuruí I e II (Brasil): 8.370 megawatts (MW)
5º. Grand Coulee (EUA): 6.494 megawatts (MW)
6º. Longtan Dam (China): 6.426 megawatts (MW)
7º. Sayano-Shushenskaya (Rússia): 6.400 megawatts (MW)
8º. Krasnoyarsk (Rússia): 6.000 megawatts (MW)
9º. Churchill Falls (Canadá): 5.428 megawatts (MW)
10º. La Grande 2 (Canadá): 5.328 megawatts (MW)
A Usina de Três Gargantas é a maior central hidroelétrica do mundo, construída no Rio Yang-
tsé, o maios da China. A obra foi iniciada em 1993 e concluída em 2006. A obra das Três
Gargantas tem como funções a prevenção de enchentes, a geração de energia e facilitar o
transporte fluvial, por isso ela desempenha um papel importante no desenvolvimento sócio-
econômico da China.
A primeira Usina Hidrelétrica do Brasil
A primeira hidrelétrica do Brasil para serviços de utilidade pública foi a do rio Paraibúna,
produzia energia para a cidade de Juiz de Fora (MG). Era muito difícil naquela época
construir uma usina elétrica. O Brasil não tinha nenhuma fábrica de máquinas térmicas, nem
possuía grandes reservas exploradoras de carvão ou petróleo, que são os combustíveis dessas
máquinas. O panorama só começou a mudar realmente à partir da 1ª Guerra Mundial. Pois
ficou muito difícil importar, e por isso, muitos bens passaram a ser feitos aqui. Isso fez com
que numerosas indústrias viessem para o Brasil, principalmente para São Paulo, todas elas
precisando consumir grandes quantidades de energia elétrica. O governo resolveu então dar
incentivos para as empresas de energia elétrica que quisessem vir para o Brasil. A mais
importante foi a band and Share, norte-americana que organiza dez empresas de energia
elétrica, localizada em nove capitais brasileiras e na cidade de Pelotas (RS). Em 1930, o
Brasil já possuía 891 usinas, sendo 541 hidrelétricas, 337 térmicas e 13 mistas. Com a 2ª
Guerra Mundial voltou o problema de importação e de racionamento de carvão e petróleo. A
essa altura a usina elétrica já era utilizada para outras finalidades, além da indústria da
iluminação pública e doméstica.
Uma delas era o transporte elétrico no Brasil. Por isso, eles ficaram conhecidos com o nome
de "bondes". Mas o crescimento da capacidade instalada continuava pequeno. Em 1940
tínhamos 1243MW e , em 1945 havíamos aumentado para apenas 1341MW. O governo
decidiu intervir para aumentar a taxa de crescimento e disciplinar melhor a produção e
distribuição de energia elétrica que até então estava nas mãos das empresas estrangeiras. Um
dos primeiros passos foi a criação da Companhia Hidrelétrica de São Francisco (CHESF) que
imediatamente começou a construir a usina de Paulo Afonso. Em 1952 foram organizadas as
centrais de Minas Gerais (CEMIG) com cinco empresas regionais e suas subsidiárias. Em
1957, crio-se as centrais elétricas de Furnas, que comandou a construção das usinas de Porto
Colômbia, Marimbondo, Estreito, Volta Grande e Água Vermelha. Em 1966, foram reunidas
as centrais elétricas do Rio Pardo CHERP as usinas elétricas de Paranapanema (USEIPA) e as
centrais elétricas de Urubupunbá (CELUSA), para formar as centrais elétricas de São Paulo
(CESPE).
Já em 1954 o presidente Getúlio Vargas sentira necessidade de criar uma grande empresa
estatal para planejar e coordenar a construção das usinas produtoras de energia e sistematizar
sua distribuição.
No entanto sua idéia só vingou em 1963 no governo de Jânio Quadros. À partir daí, o
panorama da energia elétrica brasileira mudou radicalmente. Enquanto entre 1940 1 1945 a
capacidade instalada aumentara apenas 1,5%. Entre 1962 1976 ela triplicou passando de
5729MW para 17700MW. E de 1976 para 1985 esperava-se que novamente triplique. Para
isso era necessário contar com a usina de Itaipú, a maior hidrelétrica do mundo com 14000
MW. Paralelamente a esse aumento da capacidade instalada, a Eletrobrás estuda outras fontes
de energia como a solara e a das marés, e formas de transportar grandes quantidades de
energia a longas distâncias.
Quando os rios das regiões Sudeste, Sul e Nordeste estiverem totalmente aproveitados será
possível transferir energia entre várias regiões por intermédio de um sistema elétrico
integrado de âmbito nacional.
Vantagens das hidrelétricas no Brasil
A maior parte de energia elétrica produzida no Brasil vem de uma fonte renovável – água.
Com 80% da sua energia proveniente de grandes represas. Por ser um território contado por
rios, a usina hidrelétrica é uma opção sustentável para garantir a energia de que o país precisa
para crescer.
Suas principais vantagens:
Viabilizam o uso de outras fontes renováveis
Contribuem para manter mais puro o ar que respiramos
As hidrelétricas não produzem poluentes do ar nem geram subprodutos tóxicos
Ajudam a combater as mudanças climáticas
Armazenam água potável
Promovem a segurança energética e a redução dos preços pagos pelo consumidor final
As dez maiores hidrelétricas do Brasil são:
1º. Usina de Itaipu: 14.000 megawatts (MW)
Até 2012, essa era a maior usina hidrelétrica do mundo. A sua mais notória característica é
o fato de ser uma hidrelétrica binacional, sendo utilizada por Paraguai e Brasil, uma vez
que se encontra na fronteira entre esses dois países, no Rio Paraná. Suas obras foram
iniciadas em 1975 e concluídas em 1982. Sua construção contou com uma cooperação
mútua entre dois países.
2º. Belo Monte: 11.233 megawatts (MW)
A Usina de Belo Monte é a única da lista que ainda se encontra em fase de construção. A
previsão de sua conclusão é para o ano de 2015, com um custo estimado em R$ 26
bilhões. Localizada na barragem no leito do Rio Xingu.
3º. São Luiz do Tapajós: 8.381 megawatts (MW)
Localizada ao longo do Rio Tapajós, no Pará.
4º. Tucuruí I e II: 8.370 megawatts (MW)
Localizada ao longo do Rio Tocantins, na cidade de Tucuruí, ao sul de Belém do Pará.
5º. Santo Antônio: 3.665 megawatts (MW)
Localizada ao longo do Rio Madeira, na cidade de Rondônia.
6º. Ilha Solteira: 3.444 megawatts (MW)
Localizada ao longo do Rio Paraná, em São Paulo
7º. Usina Hidrelétrica de Jirau: 3.750 megawatts (MW)
Localizada ao longo do Rio Madeira, em Rondônia
8º. Usina Hidrelétrica de Xingó: 3.162 megawatts (MW)
Localizada ao longo do Rio São Francisco, nas cidades de Alagoas e Sergipe
9º. Usina Hidrelétrica de Paulo Afonso IV: 2.462 megawatts (MW)
Localizada ao longo do Rio São Francisco, no estado da Bahia
10º. Usina Hidrelétrica Jatobá: 2.338 megawatts (MW)
Localizada ao longo do Rio Tapajós, no Pará. Apenas foi projetada.
Uma usina hidrelétrica, apesar de ser considerada uma fonte de energia limpa, causa
grandes impactos ao meio ambiente. A verdade é que não existe nenhuma forma de
geração de energia 100% limpa. “Toda extração de energia da natureza traz algum
impacto” Eólica, Solar, Termelétrica, Nuclear, todas as formas de extração de energia da
natureza causam algum impacto. Por causa disso, os ambientalistas defendem a bandeira
da redução do consumo.
Na área que recebe o grande lago que serve de reservatório da hidrelétrica, a natureza se
transforma, afetando o clima, espécies de animais, áreas verdes são inundadas. Também
existe o impacto social, tendo milhares de pessoas que deixarem suas casas e têm de
recomeçar sua vida do zero num outro lugar. Esse impacto social se agrava ainda mais
quando as pessoas afetadas são índios, por possuírem uma ligação muito forte com a sua
terra.
As populações residentes nessa região são atingidas diretamente através do alagamento de
suas propriedades, casas, áreas produtivas e até cidades. Existem também os impactos
indiretos como perdas de laços comunitários, separação de comunidades e famílias,
destruição de igrejas, capelas e inundação de locais sagrados para comunidades indígenas
e tradicionais.
Vantagens de Belo Monte
A maior vantagem é óbvia: mais eletricidade. O consumo de energia sobe junto com o do
PIB. Em 2010 foram 7,5% de crescimento no produto interno Bruto e 7,8% no do consumo de
eletricidade. Sem energia, o país não cresce.
Impactos de Belo Monte
Segundo o ambientalista Sérgio Dialetachi, coordenador da campanha de energia do
Greenpeace, daria para economizar 40% da energia produzida no país com três medidas.
Primeiro, instalando turbinas mais eficientes nas usinas antigas. Segundo, modernizando as
linhas de transmissão e combatendo o roubo de energia. Terceiro, retornando ao
comportamento da época do racionamento, em 2001, com equipamentos menos gastadores.
Tudo isso evitaria que novas hidrelétricas precisassem ser construídas, protegendo um pouco
mais nosso planeta.
Desvantagens de Belo Monte
Floresta inundada
Caos social
Desmatamento
Índios ameaçados
No lugar de Belo Monte seria necessário construir 19 termelétricas ou 17 usinas iguais
a Angra II
Situação Atual
Avanços tecnológicos nas usinas e na transmissão de energia tornaram viável a construção de
usinas hidrelétricas em localidades remotas, longe dos locais onde a energia será usada. A
Represa de Itaipu, no Rio Paraná, entre Paraguai e Brasil, é capaz de produzir até 12.600
megawatts de energia. Essa usina, inaugurada em 1982, fornece praticamente toda a
eletricidade do Paraguai e um quarto da energia necessária ao Brasil. A usina de energia
hidrelétrica Tasik Kenyir (Lago Kenyir) Sultan Mahmud, na Malásia, tem capacidade de 400
megawatts de energia.
Um dos maiores projetos hidrelétricos do mundo é o de Três Gargantas, na China, no Rio
Yangtze. A represa, projetada para controlar as enchentes devastantes do rio, inclui uma
grande usina hidrelétrica. Com capacidade de 18.200 megawatts, Três Gargantas foi projetada
para ser capaz de fornecer até um nono da necessidade elétrica da China. A China também
construiu várias usinas hidrelétricas pequenas para uso local espalhadas pelo país.
Tipos de Instalações
Existem três tipos principais de instalações de usina hidrelétrica. A usina hidrelétrica mais
comum é a usina de acumulação. Esse tipo de usina utiliza uma represa para acumular, ou
armazenar, água em um grande reservatório para uso posterior. Para gerar eletricidade, a água
liberada do reservatório flui através de um canal, chamado de conduto forçado, para as
turbinas. A água em queda gira as turbinas, que então alimentam o gerador. Uma usina de
acumulação libera água conforme o necessário para atender à demanda de energia,
aumentando ou diminuindo o fluxo com a demanda de energia. Usinas de acumulação podem
ser de qualquer tamanho, dependendo do rio, da represa e da coluna d'água.
A represa associada a instalações de acumulação tem duas funções. Ela aumenta a altura da
água do córrego ou rio para uma elevação diferente, criando pressão de água, ou coluna
d'água. Além disso, ela oferece um meio de controlar as enchentes em um rio. A água pode
ser liberada ou armazenada para prevenir mudanças drásticas no fluxo do rio sob a represa.
Uma desvantagem das usinas de acumulação é que elas dependem da precipitação na região.
Durante uma seca, a coluna d'água pode ser afetada se o nível do reservatório apresentar uma
queda muito grande. Isso pode limitar a quantidade de eletricidade produzida por uma usina
de acumulação.
Desenho cedido pelo Departamento Americano de Energia
As usinas de desvio, às vezes chamadas de usinas a fio de água, na maioria das vezes não
utilizam uma represa. A usina desvia parte da água do rio através de um canal ou conduto
forçado, onde o fluxo alimenta uma turbina. Essas usinas dependem inteiramente do fluxo do
rio para produzir eletricidade. Não existe uma represa para aumentar artificialmente a altura
da água. Uma usina de desvio depende unicamente da paisagem natural para criar a coluna
d'água. Em função disso, a maioria das usinas de desvio produz uma quantidade limitada de
energia. Essas usinas dependem completamente da precipitação para obter fluxo d'água. Uma
seca pode ter um impacto tremendo sobre a produção de eletricidade. Existem exceções
quando uma usina de desvio é construída onde existe um fluxo muito grande de água. Por
exemplo, as usinas hidrelétricas canadense e americana em Niagara Falls produzem, cada
uma, mais de 2 milhões de quilowatts.
Assim como as usinas de acumulação, as usinas hidrelétricas de armazenamento bombeado
utilizam represas para armazenar a água. Contudo, a instalação de armazenamento bombeado
possui dois reservatórios. Um, localizado acima da represa, tem uma elevação muito maior,
enquanto o outro, abaixo da represa, tem uma elevação menor. Em tempos de alta demanda
energética, a usina de armazenamento bombeado libera água do reservatório superior para o
reservatório inferior, girando as turbinas ao longo do caminho. Quando a demanda de energia
diminui, a usina bombeia água do reservatório inferior de volta ao reservatório superior. Parte
da energia da própria usina é usada durante o bombeamento. As secas não afetam as usinas de
armazenamento bombeado, porque a água pode ser continuamente bombeada no reservatório
superior para manter a produção de eletricidade estável. Contudo, a construção dessas usinas
custa muito dinheiro. Além disso, é difícil encontrar o local certo para acomodar dois
reservatórios.
Desenho gentilmente cedido pela Tennessee Valley Authority
Vantagens
A energia hidrelétrica está há muito tempo estabelecida como um método limpo e seguro para
a geração de energia. Ela não adiciona dióxido de carbono (CO2) ao meio ambiente, e utiliza
uma fonte renovável de energia, a água.
A energia hidrelétrica também tem outros benefícios. Represas e usinas hidrelétricas duram
muito tempo. Isso significa que, depois que os gastos de construção tiverem sido pagos, a
usina hidrelétrica se transforma em uma fonte relativamente barata de eletricidade.
Represas hidrelétricas construídas em rios propensos a enchentes ajudam a controlá-las. E,
também, os reservatórios criados atrás das represas podem ser usados para recreação. O Lago
Mead, no Arizona e Nevada, atrai barqueiros e campistas. Tasik Kenyir, na Malásia, atrai
turistas para suas cachoeiras, cavernas e ilhas tropicais.
Questões a Serem Consideradas
Com o passar dos anos, surgiram preocupações sérias em relação ao impacto ambiental das
usinas hidrelétricas. Para os iniciantes, uma usina hidrelétrica muda o fluxo de um rio tanto na
frente quanto atrás da represa. Isso altera significativamente o ecossistema do rio. A represa
bloqueia a subida de peixes migratórios. As turbinas ferem ou matam parte dos peixes que
migram rio abaixo. Em função da mudança de fluxo, os níveis de oxigênio na água caem. Isso
afeta tanto a vida vegetal quanto animal no rio e em suas margens. O nível de água aumenta e
diminui com o uso de energia, forçando plantas aquáticas e ribeirinhas a lidar com mudanças
frequentes no nível d'água.
Os fornecedores hidrelétricos têm tomado medidas para abordar várias dessas questões.
Alguns construíram escadas de peixes — uma sequência de degraus rasos, cobertos de água,
para que os peixes possam nadar e pular — ou elevadores de peixe, para ajudar os peixes a
migrar rio acima para os pontos de desova. Algumas represas têm canais de desvio especiais
para guiar peixes migrando rio abaixo, enquanto outras diminuem o fluxo das turbinas durante
os picos de migração. Muitas instalações utilizam técnicas para adicionar oxigênio à água
para melhorar sua qualidade para plantas e animais.
Foto gentilmente cedida pelo Departamento Americano de Energia
Escada para peixes.
O escopo de alguns projetos mais novos levantou uma série de preocupações para as pessoas
dessas regiões. O imenso projeto de Três Gargantas deslocou 1 milhão de pessoas. Sítios
históricos e antiguidades foram submersos à medida que os reservatórios se enchem. As
represas ficam em uma área propensa a terremotos, e falhas nas represas seriam desastrosas.
Pesquisas recentes mostram que instalações hidrelétricas em regiões tropicais podem produzir
tanto metano, um gás de efeito estufa, quanto instalações que produzem energia a partir de
combustíveis fósseis. A causa: a decomposição da matéria vegetal. Parte da matéria vegetal
vem da vegetação destruída quando o reservatório é inicialmente cheio. Mais tarde, as plantas
crescem e se decompõem à medida que o nível da água aumenta e caiu sazonalmente. Essa
questão permanece em estudo.
Na Prática
Em países em desenvolvimento, a tendência é construir usinas hidrelétricas menores para
atender às necessidades locais. Países como Estados Unidos e Canadá possuem várias usinas
hidrelétricas menores que não estão mais ativas. Teoricamente, estas poderiam ser reformadas
e colocadas em operação. Contudo, os ambientalistas favorecem o fechamento de represas em
más condições para permitir que os rios corram livres novamente. Essas represas mais antigas
podem ser removidas, em vez de reparadas.
Fornecedores hidrelétricos continuam a melhorar suas tecnologia. Por exemplo, muitos estão
agora construindo turbinas mais eficientes.
Como as hidrelétricas aplicam políticas socioambientais de redução dos impactos?
Para assegurar que o nosso bem natural, que é a água esteja sempre protegida e devidamente
cuidada, foi instituída a Política Nacional de Recursos Hídricos, Lei Federal nº 9.433/97.
Na Usina de Itaipu as políticas socioambientais foram aplicadas, seguidas abaixo:
Prêmio Socioambiental Chico Mendes
Programas Ambientais:
- Cultivando água boa;
- Carapa ypoti;
- Cuidados com a água
- Proteção da fauna e flora;
- Educação Ambiental;
Programas socioambientais:
- Cuidado com as crianças;
- Um futuro para os jovens;
- Igualdade de oportunidades;
- Incentivo aos funcionários
- Obras e projetos de sustentabilidade
Na Usina de Belo Monte também foram aplicadas políticas socioambientais:
Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável (PDRS)
Demarcação de terras indígenas
Base de Resgate de Fauna e Flora
Referências Bibliográficas
DEVELOPMENT, Seed Schlumberger Excellence In Education. Fontes alternativas de
energia: energia hidrelétrica: Energia e mudança do clima global. 2014. Disponível em:
<http://www.planetseed.com/pt-br/relatedarticle/fontes-alternativas-de-energia-energia-
hidreletrica>. Acesso em: 07 nov. 2014.
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gargantas-china-maior-usina.html>. Acesso em: 07 nov. 2014.
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FONSECA, Marcelo da. Primeira hidrelétrica do país foi construída em Minas há mais
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<http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2013/05/18/interna_gerais,389704/primeira-
hidreletrica-do-pais-foi-construida-em-minas-ha-mais-de-100-anos.shtml>. Acesso em: 07
nov. 2014.