Administração de surfactante: desenvolvimento de um ... · Administração de surfactante:...
Transcript of Administração de surfactante: desenvolvimento de um ... · Administração de surfactante:...
Administração de surfactante: desenvolvimento de um protocolo
para otimização de seu uso
Dr Guilherme M Sant’Anna, MD, PhD, FRCPC
Numero de publicacoes – Surfactante (Pubmed)
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
1945
1947
1949
1951
1953
1955
1957
1959
1961
1963
1965
1967
1969
1971
1973
1975
1977
1979
1981
1983
1985
1987
1989
1991
1993
1995
1997
1999
2001
2003
2005
2007
2009
2011
2013
2015
Discovery of surfactant
Surfactant in infants RDS
Geral Idade: 0-23 m Humanos
Ler 2h / dia = 8 anos
Idade da administracao
Tipos de surfactante Metodos de
administracao
Complicacoes durante adm do
surfactante
Complicacoes tardias apos adm do surfactante
Resultados de curto e longo prazos
Estudos clinicos randomizados
• Natural • Sintetico
• Profilatico • Precoce • Precoce – INSURE • Precoce – MIST ou LISA
Outras indicacoes: SAM, Asfixia, CDH?
Protocolo de tratamento com surfactante
Roteiro
• Historia
• Revisao
– Metodos de administration do surfactante TOT
– Complicacoes associadas com a administracao do
surfactante
• Protocolo para administracao de surfactante
• Propagacao de fluidos nas vias aereas
• Conclusoes
• Recomendacoes
De 1805 – 2016 (>200 anos)
Abordagem quantitativa da tensao superficial: ■ Young’s work –
cohesion of fluids (1804-1805) ■ Laplace’s Law (1806)
■ Bowditch’s - translation
(1829-1839)
Estudos da Neergaard (1929) sobre forcas de
tensao geradas na interface tecido
alveolar-ar
Trabalhos de Radford, Pattle, Clements, Avery e Mead (1955-1959)
25-30 anos 125 anos
Fujiwara 1980 Adm. surfactante em
RNs do SDR
21 anos 2016 • Estudos com novos
surfactantes • Adm de surfactante com
metodos nao invasivos • Novos surfactantes em
aerosol
36 anos
Premature Science and Immature Lungs Comroe JR. American Review of Respiratory Disease Volume 116, 1977
Especulou que a “atelectasia do RN” poderia ser devido a uma forca de
retracao da superficie alveolar consideravel e que
se opunha a expansao pulmonar
Clements demonstrou que os pulmoes continham surfactante Avery e Mead relacionaram SDR a deficiencia de surfactante
• 10 RNs com SDR, nas primeiras 20 h apos nascimento.
• IG = 30.2 ± 0.6 sem (28-33) and PN = 1.552 ± 104g (1150-2143).
• Surfactante artificial lyofilizado misturado com 10 ml de solucao fisiologica administrado via tubo endotraqueal (~ 6.5ml/kg; 150 µmmol lipid phosphorus/kg)
Fujiwara et al, Lancet 1980
• “Durante a administracao de surfactante (que levou aproximadamente 20 segundos) oxigenio a 100% foi administrado via ambu”
• Nenhuma complicacao foi relatada durante a administracao.
Fujiwara et al, Lancet 1980
AAP (Pediatrics, 2008) William A. Engle, MD, and the Committee on Fetus and Newborn
• Estrategias para administracao de surfactante sao baseadas em recomendacoes do fabricante e especificas para o surfactante produzido e comercializado
• Tendo em vista os dados conflictantes e limitados, o melhor metodo para administracao de surfactante em prematuros ainda precisa ser estabelecido.
1. Pode ser administrado como ‘bolus’ ou infusao continua atraves de um adaptador conectado ao TOT.
2. Complicacoes durante administracao: 1. Obstrucao transitoria das vias aereas,
2. Infusao do surfactante no bronquio fonte direito ou esofago,
3. Queda da saturacao (mais comum com ‘bolus’),
4. Refluxo da medicacao no TOT (mais comum com a tecnica de infusao).
3. Medicos com conhecimento nestes procedimentos devem ser os responsaveis pela administracao do surfactante.
2006-2007 McMaster NICU
• Relatos de casos de obstrucao grave das VA durante administracao de surfactante BLES (incluindo 1 caso de obito).
• Qual a real incidencia e causa desses eventos?
• Variacoes importantes na tecnica de administracao do surfactante em cada caso.
• Objetivo principal: identificar a real incidencia e os tipos de complicacoes associadas ao procedimento.
• Leves: queda da saturacao, bradicardia
• Graves: obstrucao grave das VA, HP, Hemorragia Pulm
• Objetivos secondarios:
– Caracteristicas clinica e o manejo dos RNs que desenvolveram
complicacoes importantes
– Identificar fatores de risco para o desenvolvimento de
complicacoes.
Metodos
• Protocolo (surfactant card) foi desenvolvido por uma equipe multidisciplinar baseado na literatura disponivel, recomendacoes do fabricante e opiniao de experts.
• O ‘surfactant card’ incluiu - indicacoes, metodo de infusao e um processo de monitorizacao sistematico do paciente.
• 6 meses - tempo determinado para avaliar os resultados primario e secondario.
Metodos • Jan-Jun 2008, todos RNs que receberam
surfactante como tratamento para SDR foram incluidos.
• Se necessario uma segunda dose: mesmo protocolo.
• O estudo foi approvado pelo Research Ethics Board of the Hamilton Health Sciences Centre.
Metodos
Indicacoes para administracao surfactante: • Profilatico: IG ≥ 23 and < 24 sem
• Precoce: IG ≥ 24 sem
– Se intubado na sla parto: < 2 h de vida – CPAP nasal:
FiO2 > 0.6 para manter SpO2 > 88% ou PaO2 > 45
mm Hg (arterial),
PaCO2 (arterial) > 55 to 60 mmHg com pH < 7.25,
Apnea ventilacao com ambu + mascara
Surfactant Card – McMaster NICU
SURFACTANT ADMINISTRATION – PROCEDURE
1. Surfactant will be administered through the inline catheter
2. Patient should not be disconnected from the ventilator
3. Bagging should not be used as a routine, only as per medical decision
4. An aliquot of 1ml should be given first and the tolerance of the patient assessed
5. Three other aliquots should be given afterwards (amount left divided by 3)
6. The mode of ventilation and settings should not be changed. An increase in FiO2 and/or pressure can be
done as per medical decision at the bedside, and it should be specific for each patient
IDENTIFICATION/INDICATION
Date: AC [ ] SIMV/PS [ ] PRVC [ ] HFOV [ ] Other:
U#: PIP = /PEEP = /Rate = /Insp.T = /FiO2 =
BW: Average SaO2 before surfactant =
GA: pH = /PaCo2 = /PaO2 = /Bic = /BE =
Other indication [ ] MAS [ ] Pulmonary hemorrhage [ ] Lung Hypoplasia [ ] CDH
[ ] Pneumonia [ ] other:
ADMINISTRATION/MONITORING
Monitoring
Aliquots Vol HR SpO2 FiO2 PIP PEEP MBP Bagging Complications
Before 1st
After 1st 1ml
Before 2nd
After 2nd
Before 3rd
After 3rd
Before 4th
After 4th
J. Perinatology, 2011
6 meses de estudo = 40 RNs
PN = 1423 ± 139 g e IG = 30.1 ± 0.7 sem
Inborn (38/40)
Resultados
Normal 20 (50%)
Minor 12 (30%)
Obstrucao VA 6 (15%)
HP 2 (5%)
Major 8 (20%)
J. Perinatology, 2011
Safety of BLES™
• Estudo multicentrico duplo cego involvendo 1133 prematuros
– BLES™ (n=568) vs Exosurf® (n=565)
– Resultados nunca publicados (2002)
• Efeitos colaterais nas primeiras 2h apos a dose
Bradicardia 10.7 %
Acidose Respiratoria 4.0 %
Diminuicao da Funcao Pulm 38.6 %
Obstrucao do TOT 6.2 %
Resultados
• Secundarios:
– RNs que apresentaram qq tipo de complicacao:
– PN menor (1.100 ± 207 vs 1.681 ± 163g; p<0.05)
– IG menor (28 ± 1.1 vs 32 ± 0.8 sem; p<0.05)
J. Perinatology, 2011
Peso de nascimento
BW ≤ 1000 g
(n = 17)
BW > 1000g
(n = 23)
No
(n = 5)
Minor
(n = 7)
Major
(n = 5)
Minor
(n = 5) Major
(n = 3)
BLES™ surfactant
(n=40)
No
(n = 15)
SAO
(n = 5) SAO
(n = 1)
PPHN
(n = 2)
SAO = severe airway obstruction J. Perinatology, 2011
Limitacoes
• Estudo observacional – sem as vantagens de ECR
• Amostra pequena – erro sistematico
Entretanto… resultados sao importantes do ponto de vista
clinico !
Qual a causa para incidencia alta de obstrucao grave das VA quando BLES™
e administrado em RNs de EBP?
1. Composicao do surfactante BLES™ ?
2. Demora na administracao do BLES™?
3. Grande volume de surfactante?
4. Ausencia de MRP antes ou durante administracao de BLES™?
Composicao do BLES™
BLES™ (5ml/kg)
• 27 mg of phospholipids (total dose = 135mg/kg)
– 75-85% phosphatidylcholine
• 176-500 µg of SP-B and SP-C
• 0.10M sodium chloride
• 0.0015M calcium chloride
• No preservatives
Bovine extract surfactant (4ml/kg)
• 25 mg of phospholipids (total dose = 100mg/kg)
– 80% phosphatidylcholine
• ? µg of SP-B and SP-C (<1%)
• 0.10M of sodium chloride
• 0.0005M calcium chloride
• Preservatives ?
BLES™ e Infasurf
Obstrucao do TOT
BLESTM (monografia)* 6.2 %
Infasurf (Hudak, 1997)* 4% - 48%
Infasurf (Hudak, 1997) - reintubacao 3%
BLESTM (Lam B et al, Ped Pulm 2005) Nao relatada
* Obstrucao nao definida
Qual a causa para incidencia alta de obstrucao grave das VA quando BLES™
e administrado em RNs de EBP?
1. Composicao do surfactante BLES™ ?
2. Demora na administracao do BLES™?
3. Grande volume de surfactante?
4. Ausencia de MRP antes ou durante administracao de BLES™?
• Definicoes (AAP Fetus and Newborn Committee, 2004):
– Profilatico = 10-30 min apos nascimento
– Precoce (resgate): 1-2 h apos nascimento
– Tardio (resgate): ≥ 2h apos nascimento
(normalmente < 12h).
Horas de vida - administracao
Studies Timing of Surfactant
administration
Horbar et al, 1993 (n = 306, Survanta) 4.5 h ± 1.9h
Speer et al, 1995 (n= 40, Survanta) 3 h (2.6 – 4.1 h)
Horbar et al, 2004 (57 NICU’s VON) 1h ¼ (0.5 – 3 ¼ h)
Bloom et al, 2005 (n = 657, Infasurf) 2.6 h (1.7 – 4.9 h)
Bloom et al, 2005 (n = 669, Survanta) 2.8 h (1.6 – 5.7 h)
Lam et al, 2005 (n=29, BLES) 1.4 h ± 0.6
Proquitté et al, 2007 (n=42, Alveofact) 1 h (0.3 – 2.5h)
Wheeler et al, 2009 (n = 22) 1h (3/4 – 4 ½ h)
Our study 2.2 h ± 0.6 h
> 2000 RNs Time = 1h – 4.5h
Qual a causa para incidencia alta de obstrucao grave das VA quando BLES™
e administrado em RNs de EBP?
1. Composicao do surfactante BLES™ ?
2. Atraso na administracao do BLES™?
3. Grande volume de surfactante?
4. Ausencia de MRP antes ou durante administracao de BLES™?
• Volume pulmonar total = 7 ml/kg prematuros que faleceram com SDR e volumes = 27 ml/kg prematuros que faleceram de outras causas. – Gribetz I et al. 1959. J. Clin. Invest.
• Pretermos ~ 1.2 kg SDR grave – CRF ~ 11 ml/kg e capacidade pulmonar total ~ 19 ml/kg – Vilstrup CT et al. 1996. Pediatr. Res.
Pulmao prematuro / volumes
Year Surfactant # patients Age surf was given
BW GA FRC
(ml/kg)
1991 Infasurf 7 2h 1278 28.2 5.8 ±4.8
1993 Survanta 17 7.5h 1080 28.3 9.85 ±2.1
2002 Curosurf or Alveofact
90 2.5h 1264 30 7.64 ±1.6
Capacidade Residual Funcional (CRF) antes da
administracao de surfactante
9.8 ml/kg = add 1.5ml/kg of surf. is an added vol of amlost 15% of the FRC
5.8 ml/kg = add 1.5ml/kg of surf. is an added vol of almost 25% of the FRC
#1 #2 #3 #4 #5 #6 #7 #8
BW (g) 1010 1290 640 790 820 1050 830 560
GA (wks) 27 30 + 6d 25 + 1d 25 25 + 4d 29 + 1d 26 + 5d 26
Mode of Ventilation AC SIMV/PS AC AC SIMV/PS SIMV/PS SIMV/PS AC
Total volume of
bLES® given before
complication (ml)
1 2.8 2.4/3.2 2/3.9 4/4 2.4 4.2/4.2 2.1/2.8
Ratio: volume bLES
/ estimated FRC (7.6)
13% 30% 50% 33% 64% 28% 67% 50%
Complication Severe drop
in SpO2
No Chest
Movement No Chest
Movement No Chest
Movement No Chest
Movement Severe
drop in
SpO2
No Chest
Movement No Chest
Movement
Management* HFOV
+ iNO PIP = 32
bLES®
suctioned
PIP = 30
bLES®
suctioned
Re-
intubation Re-
intubation HFOV
+ iNO
+
Dopam
ine
Re-
intubation Re-
intubation
(x2)
Final Diagnosis PPHN SAO SAO SAO SAO PPHN SAO SAO
Volume of surfactant
Como os liquidos sao infudidos dentro das vias aereas ?
• Estudos da mecanica de fluidos tem avaliado esse problema.
Dr. Grotberg’s research focuses on biofluid dynamics
and biotransport, primarily in the respiratory
system. These include experimental and theoretical
investigations of surfactant replacement therapy,
aerosol delivery into the lung, microgravity ventilation,
airway closure and reopening, flow induced
oscillations such as wheezing and its relation to flow
limitation, obstructive sleep apnea, liquid ventilation,
high frequency ventilation, and implantable artificial
lungs.
His work has been funded by NIH, NSF, NASA,
NATO, BSF (Israel-US), ANR (France), The Coulter
Foundation, The Whitaker Foundation, and industry.
Surfactant delivery into pulmonary airways
Halpern D et al, Respiratory Hysiology & Neurbiology, 2008
• Halpern et al (1998), Espinosa e Kamm (1999) e Zhang et al (2003) estudaram a propagacao de ‘bolus’ de surfactante nos pulmoes.
• Tais estudos avaliaram differentes mechanismos pelo qual o liquido infudido, inicialmente em forma de ‘bolus’, pode atingir a parte distal dos pulmoes.
Liquid and surfactant delivery into pulmonary airways
Halpern D et al, Respiratory Physiology & Neurobiology, 2008
• ‘basic plug flow phenomenon’.
• Quando um plug se forma na traquea e entao e direcionado para as partes distais dos pulmoes atraves da ventilacao, o liquido atinge essas partes de forma bem rapida, em poucas respiradas, e o resultado e’ uma distribuicao mais uniforme do surfactante pelos pumoes. [rat lung model].
Liquid and surfactant delivery into pulmonary airways
Halpern D et al, Respiratory Physiology & Neurobiology, 2008
• Anderson et al (2004) observaram que a infusao deste ‘plug’ numa frequencia de 60 por min ocasiona a ruptura bem rapida do plug (durante a primeira inspiracao)
• Apos algumas respiradas depois observa-se uma distribuicao mais uniforme do liquido nos pulmoes quando comparada com uma frequencia de 20 rpm [rat lung model]
Implicacao clinica
• O uso de ventilacao com frequencia menores (20 rpm) pode resultar em uma distribuicao nao-homogenea de surfactante.
Liquid and surfactant delivery into pulmonary airways
Halpern D et al, Respiratory Hysiology & Neurbiology, 2008
• Tredici et al (2006) demonstram que a viscosidade do liquido e um outro fator muito importante na distribuicao do liquido dentro dos pulmoes.
Bolus dispersal through the lungs in surfactant replacement therapy
F. F. ESPINOSA AND R. D. KAMM Department of Mechanical Engineering and Center for Biomedical Engineering,
Massachusetts Institute of Technology, Cambridge, Massachusetts
A chance de obstrucao das vias aereas aumenta com o
aumento da viscosidade
J. Appl.Physiol, 1999
Infasurf
Kinematic viscosity of therapeutic pulmonary
surfactants with added polymers KW. Lu, J P-Gil, H. William Taeusch
Biochimica et Biophysica Acta 1788 (2009) 632–637
Infasurf
Kinematic viscosity of therapeutic pulmonary
surfactants with added polymers KW. Lu, J P-Gil, H. William Taeusch
Biochimica et Biophysica Acta 1788 (2009) 632–637
Se deixado a temp de 37C por
> 15 min a viscosidade aumenta
de forma significativa
4 34 cSt (~ 9 x mais)
Em nosso estudo a temperatura
do surfacante administrado nao
foi controlada
Survanta
Altamente dependente da concentracao:
12.5mg/mL = 8 cSt (23°C) e 3 cSt (37°C)
25mg/mL = 90 cSt (23°C) e 32 cSt (37°C)
• Distribuicao eficaz de liquido dentro das vias aereas e um grande desafio medico
• Esse modelo e capaz de quantificar as propriedades fisicas do influxo do liquido (numa interface liquido-ar) dentro das vias aereas
• Tal modelo pode ter um impacto significativo nesta area, saindo de um processo ‘tentativa e erro’ para um processo aonde se conhece fundamentalmente os mecanismos do fenomeno.
PNAS, 2016
Volume adm = 1 mL / mixture viscosity = 30 cSt: Survanta (Abbott Laboratories) Infasurf (ONY, Inc.) Curosurf (Chiesi Farmaceutici)
Aumento da taxa de fluxo:
Efeitos opostos sobre os indices
de eficiencia e homogenicidade
Ho
mo
ge
ne
ity
Conclusao
• Volume aumenta tanto a eficiencia quando a homogenicidade (em qq taxa de fluxo) quanto maior o volume menor a ruptura do ‘plug’ melhor a propagacao do liquido.
• Viscosidade: menor viscosidade permite uma distribuicao mais uniforme e mais rapida. Porem, se a viscosidade for muito baixa (Exosurf) mesmo o pulmao neonatal pode ter problemas de distribuicao homogenea
• Surfactante administrado como ‘bolus’ usando um sistema fechado - durante alta frequencia e apos procedimento de recruitamento pulmonar
• 15 RNs com IG=28.3 sem e PN = 1000g
Electrical impedance tomography (EIT)
• Aumento rapido do volume pulmonar seguido de estabilizacao
• Aumento to volume pulmonar mais marcante – regiao dorsal (i.e., dependente) importante papel da gravidade na distribuicao do surfactante
• Obstrucao das VA: imediatamente apos adm do surfactante, o volume da oscilacao diminuiu, provavelmente como resultado de obstruca das vias aereas
• Com o tempo o volume da oscilacao melhorou difusao do surfactante para a periferia dos pulmoes
• Recrutamento pulmonar atraves de um aumento moderado do volume corrente durante a administracao de surfactant aumento da VA
com melhora da troca gasosa e da funcao pulmonar devido a uma distribuicao mais homogenea de surfactante dentro dos pulmoes.
Wheeler KI et al
• Volume guarantido durante administracao do surfactante
• 22 RNs: IG = 28 sem e PN = 0.9 kg
• Volume corrente alvo = 4ml/kg
• Curosurf = 1.25 ml/kg
Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed, 2009
Wheeler KI et al
• Interrupcao completa do fuxo no TOT em 21/22 RNs
• 25% obstrucao completa persistindo > 30 seg
Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed, 2009
Conclusao
Recruitamento pulmonar imediatamente antes e durante a administracao do
Surfactante melhora a resposta ao tratamento.
Lung volume recruitment after surfactant administration modifies spatial distribution of
ventilation
• Recrutamento (newborn piglets):
– Mudanca importante da ventilacao melhor
ventilacao das regioes dependentes dos
pulmoes
– Menos assimetria na distribuicao da
ventilacao pulmonar
Frerichs I et al, Am J Resp C C Med, 2006
Electrical impedance tomography (EIT)
Protocolo BLES - Recomendacoes
1. Obter volume pulmonar otimo antes da administracao de surfactante - aumento nivel do PEEP
2. Durante infusao do surfactante usar volume corrente adequado e frequencia respiratoria ~ 60bpm nas primeiras ambuzadas – distribuicao mais homogenea da droga nos pulmoes
Recomendacoes
3. Apos administracao – manter recruitamento – melhora distribuicao do surfactante com subsequente ventilacao pulmonar mais uniforme
4. Aquecer o surfactante pouco antes da administracao. Evitar aquecer por muito tempo (mais de 20 minutos) ou agitar muito
5. Cuidado e atencao especial quando administrando surfactante em pretermos extremos com doenca pulmonar mais grave e volume pulmonar diminuido
Recomendacoes
• Implementado 2011
• Auditoria 2012 e 2015
Jan - Dec 2012
• 67 doses de BLES = 46 patients
• IG: 29.17 ± 4.01
• PN: 1308 ± 800g
• 19 patients <1000g e 27 >1000g
Problemas detectados - 2012
• Recrutamento pulmonar ? Nunca documentado
• Nenhum caso de obstrucao grave das VA
• # de aliquotas (53/67 casos)
0
5
10
15
20
25
30
35
2 3 4 5 6
Abordando o problema
– Reunioes com os TR
– Apresentacao Neonatal Rounds Oct 2014
– Elaboracao “Surfactant Form” (junto com TR)
serve para auditoria futura e ferramenta de
feedback.
• Monitorizacao:
– Jan – Dec 2015
• Auditoria de todos as administracoes de surfactante
com a nova folha
– Avaliar
• Aderencia ao protocolo
• Reacoes adversas
• Validacao do protocolo
Resultados
2012 (n=67)
2015 (n=36)
p-value
GA 29.2 ± 4.0 28.1 ± 3.5 0.243
Birth Weight 1308.9 ± 800.2 1158.1 ± 616.1 0.389
Gender (M) 30 (65.2) 15 (51.7) 0.338
<1000g 19 (41.3) 16 (55.1) 0.342
Beta complete 32 (69.6) 19 (65.5) 0.827
Aderencia
– 2012: 2/67 (2.9%)
– 2015: 26/36 (72.2%)
2012 2015 p-value
2 aliquots 31 (58.4) 36 (100) <0.001
Nenhum aumento no numero de eventos adversos
Nenhum caso de obstrucao do TOT
Outros usos do surfactante
• Como um veiculo seguro para se administrar outras medicacoes ou substancias nos pulmoes:
– Terapia genetica epitelio das VA,
– Antibioticos,
– Glucocorticoides,
– Agentes immunosuppressores,
– Insulin, celulas tronco, e nanoparticulas
Haitsma JJ, Lachmann U, Lachmann B (2001) Exogenous surfactant as a drug
delivery agent. Adv Drug Deliv Rev 47(2-3):197–207
• The intratracheal bolus spreads by a combination of various physical forces. The initial spreading can be quite rapid, reaching substantial portions of the lung fields in 20 s.
• In surfactant replacement therapy, several parameters involving the physiology and the applied technique may affect surfactant transport (31): the bolus volume (12), its injection rate (9, 37), gravity and orientation (37), development of airway occlusion by the liquid (2, 8), ventilation parameters at normal or high frequency (16, 30), alveolar recruitment (4, 13, 20), the viscosity and surface tension of the fluid instilled, the dose strength, the instillation site, and repeat dosing protocols and intervals.
Administracao de surfactante
• Varios metodos para infusao de
surfactante foram avaliados:
– Instilacao em bolus
– Instilacao lenta diretamente na traqueia
–Multiplas doses (pequeno volume)
Distribuicao de Surfactante
Segerer H et al, Pediatric Research, 1993
Infusao lenta de Curosurf – somente uma parte do pulmao recebe surfactante, portanto esta tecnica nao deve ser usada na pratica clinica.
% o
f lu
ng p
ieces
Bolus
Slow Tracheal Infusion
• RNs com PN = 501-1500g
• Survanta® - 4ml/kg
administrado em 4 aliquotas
(bolus)
• Nenhuma mudanca nos
parametros do respirador
antes da administracao
J. Pediatrics, 2004
• A common assumption in drug delivery is that the medication distributes uniformly in a well-mixed compartment. Examples are the blood or extracellular fluid. In those cases, doubling the concentration and halving the delivered volume yields the same molecular dose and, presumably, the same clinical outcome.
• For SRT, the neonatal lung is well mixed in these simulations as judged by its high values of 1/SD. Lower/higher surfactant concentrations (Survanta, 25 mg/mL, vs. Curosurf, 80 mg/mL) given at higher/lower dose volumes (Survanta, 4 mL/kg, vs. Curosurf, 1.25 mL/kg) yield equivalent molecular doses of 100 mg/kg and similar successful results.