1 - Língua Portuguesa I

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  • Lngua PortuguesaFase I

  • Vanguarda Instituto de Educao

    1 FASE ENSINO FUNDAMENTAL

    Lngua PortuguesaCOORDENAO PEDAGGICA

    Alaides Alves Mendieta Pedagoga Especialista

    COORDENAO DIDTICA COM ADAPTAO PARA EADAlaides Alves Mendieta Pedagoga Especialista

    Veneranda Alice Quezada Especialista em EaD e Tutoria OnlineJoilson Ventura Gegrafo Especialista

    COORDENAO DE CONTEDOJoilson Ventura Gegrafo Especialista

    CAPA E DIAGRAMAOBruno Luis Duarte Vieira Fernandes

    Emanuela Amaral

  • 1Lngua Portuguesa - Fase I

    Por que estudar a lngua portuguesa?Por que estudar a lngua portuguesa? A verdadeira razo para se estudar a lngua materna , tambm, a mais primordial: quem

    domina a lngua, se comunica melhor. Em qualquer profisso a comunicao existe. inerente ao ser humano a necessidade de comunicar. Saber falar e escrever essencial para que as pessoas entendam perfeitamente o que se quer transmitir, dentro das orga-nizaes, pois atravs de mensagens claras e objetivas que se transmitem mensagens sem erros.

    Quem se comunica bem pode obter bons resultados durante a atuao profissional futura. O mercado de trabalho, cada vez mais exigente, demonstra que quem domina a lngua materna est pronto para competir por melhores colocaes profissionais, melhores salrios e maiores responsabilidades, justamente pelo fato de que esses profissionais sabem se comunicar.

    As pessoas que se expressam bem se comunicam corretamente. Se expressar bem, perante superiores, demonstra a segu-rana do profissional e a capacidade que ele tem de saber o que escrever, quando escrever e principalmente como escrever. Tambm existe uma questo cultural. A capacidade do indivduo de escrever e falar bem demonstra a origem do mesmo. O fato de existi-rem pessoas pobres, vindas da educao pblica, no faz com que essas mesmas pessoas sejam desprovidas de uma maior capacidade de se comunicar bem e a mesma situao se d com as pessoas que estudaram em instituies particulares. Porm, atravs da comunicao possvel se descobrir de onde a pessoa veio, suas razes e o quanto a mesma se dedicou para aprender a dominar a lngua.

    Por fim, dada algumas das devidas importncias da boa comunicao, a nossa lngua, quando bem utilizada, ajuda a construir uma sociedade mais sbia, crtica, livre, cidad e sociedades melhores constroem um mundo muito melhor.

    UNIDADE I

    O portugus no Brasil e em PortugalO portugus que falamos hoje no Brasil guarda diferenas com o que se fala em Portugal. Tais diferenas no se limitam apenas

    pronncia das palavras, facilmente percebida na linguagem oral. Existem, tambm, diferenas de vocabulrio (s para citar um exemplo, no Brasil dizemos trem, em Portugal se diz comboio) e de construo gramatical (enquanto no Brasil se utiliza uma construo do tipo estou estudando, em Portugal prefere-se a forma estou a estudar).

    Neste exemplo, podemos notar o vocabulrio e ortografia do portugus corrente em Portugal que o diferencia do que emprega-mos atualmente no Brasil.

    A Lngua Portuguesa no mundo

    Atualmente, o portugus lngua oficial de oito pases (Portugal, Brasil, Angola, Moambique, Guin-Bissau, Cabo Verde, So Tom e Prncipe, Timor Leste). Apesar da incorporao de vocbulos nativos e de modificaes gramaticais e de pronncia prprias de cada pas, as lnguas mantm uma unidade com o portugus de Portugal.

  • 2Lngua Portuguesa - Fase I

    O portugus tambm falado em pequenas comunidades, reflexo de povoamentos portugueses datados do sculo XVI, como o caso de:

    Zanzibar (na Tanznia, costa oriental da frica) Macau (ex-possesso portuguesa encravada na China) Goa, Diu, Damo (na ndia) Mlaca (na Malsia)

    A Lngua Portuguesa se faz presente em todos os continen-tes, observe:

    Amrica: O Brasil o nico pas de lngua portuguesa na Amrica. Durante o perodo colonial, o portugus falado no Brasil foi influenciado pelas lnguas indgenas, africanas e de imigrantes europeus. Isso explica as diferenas regionais na pronncia e no vocabulrio verificadas, por exemplo, no nor-deste e no sul do pas. Apesar disso, a lngua conserva a unifor-midade gramatical em todo o territrio.

    Europa: O portugus a lngua oficial de Portugal. Em 1986, o pas passa a integrar a Comunidade Econmica Eu-ropeia (CEE) e a lngua portuguesa adotada como um dos idiomas oficiais da organizao. Existem falantes concentrados na Frana, Alemanha, Blgica, em Luxemburgo e na Sucia, sendo a Frana o pas com mais falantes.

    sia: Entre os sculos XVI e XVIII, o portugus atuou como lngua franca nos portos da ndia e sudeste da sia. Atualmente, a cidade de Goa, na ndia, o nico lugar do continente onde o portugus sobrevive na sua forma original. Entretanto, o idioma est sendo gradualmente substitudo pelo ingls. Em Damo e Diu (ndia), Java (Indonsia), Macau (ex-territrio portugus), Sri Lanka e Mlaca (Malsia) fala-se o crioulo, lngua que conserva o vocabulrio do portugus, mas adota formas gramaticais diferentes.

    Oceania: O portugus idioma oficial no Timor Leste. No entanto, a lngua dominante no pas o ttum. Devido recente ocupao indonsia, grande parte da populao com-preende o indonsio bahasa, apenas uma minoria compreende o portugus.

    frica: O portugus a lngua oficial de cinco pases, sen-do usado na administrao, no ensino, na imprensa e nas re-laes internacionais. A lngua convive com diversos dialetos crioulos.

    Em Angola, 60% dos moradores falam o portugus como lngua materna. Cerca de 40% da populao fala dialetos criou-los como o bacongo, o quimbundo, o ovibundo e o chacue.

    Em Cabo Verde, quase todos os habitantes falam o por-tugus e um dialeto crioulo, que mescla o portugus arcaico a lnguas africanas. H duas variedades desse dialeto, a de Barla-vento e a de Sotavento.

    Em Guin-Bissau, 90% da populao fala o dialeto crioulo ou dialetos africanos, enquanto apenas 10% utiliza o portugus.

    Em Moambique, somente 0,18% da populao considera o portugus como lngua oficial, embora seja falado por mais de 2 milhes de moambicanos. A maioria dos habitantes usa lnguas locais, principalmente as do grupo banto.

    Nas ilhas de So Tom e Prncipe, apenas 2,5% dos ha-bitantes falam a lngua portuguesa. A maioria utiliza dialetos locais, como o forro e o monc.

    A importncia da interpretao textual

    A leitura faz parte de nosso dia a dia, seja na escola, nas tarefas de casa, durante algum percurso que fazemos, enfim, em todos os momentos ela est presente.

    O fato que quando a praticamos, muitas vezes no para-mos para pensar sobre a sua verdadeira importncia, ou seja: at que ponto este ou aquele texto fez sentido para ns enquan-to mantnhamos contato com ele?

    Voc sabe o porqu dessa pergunta?

    Muitas vezes, principalmente na escola, a professora su-gere uma leitura e, logo em seguida, ordena que seja feita a in-terpretao referente ao texto lido. Mas como realiz-la, se no lembramos quase nada daquilo que acabamos de ler? Quando isso acontece porque ainda no temos a habilidade necessria a todo bom leitor.

    Essa habilidade em saber interpretar um texto, pelo fato de ser muito importante precisa ser rapidamente , pois ela nos aju-dar em todas as disciplinas, a comear por aquele probleminha de matemtica....

  • 3Lngua Portuguesa - Fase I

    Ah! Quantas vezes o lemos e no conseguimos resolv-lo, no verdade?

    Pois bem, o mais importante nessa atividade sabermos decifrar qual a mensagem que um determinado texto quer nos transmitir e, para isso, essencial analisarmos alguns pontos.

    Precisamos ficar atentos ao ttulo, uma vez que ele nos fornece pistas sobre o assunto que ser tratado posterior-mente. Logo aps, surge o primeiro pargrafo que, depen-dendo do texto, revela os principais elementos contidos no assunto a ser discutido.

    Geralmente, nos pargrafos seguintes, o emissor (a pes-soa que escreve) costuma desenvolver toda a sua ideia de um modo mais detalhado e, ao final, faz um uma espcie de resumo sobre tudo o que foi dito, para no deixar que nada fique vago, sem sentido para o leitor.

    At aqui falamos sobre a forma pela qual o texto se cons-tri, mas h tambm outro detalhe que no podemos nunca nos esquecer: a pontuao. s vezes, uma vrgula pode mudar o sentido de uma frase, os pontos de interrogao e exclamao dizem tudo sobre as intenes do autor, ou seja, ele pode deixar uma pergunta para refletirmos, pode tambm elogiar ou fazer uma crtica, utilizando o ponto de exclamao, concorda?

    Assim sendo, resta ainda dizer que nem sempre numa pri-meira leitura podemos identificar todos os elementos necess-rios a uma boa compreenso. Caso a mensagem no fique clara ao nosso entendimento, realizamos uma segunda, desta vez um pouco mais atenta, dando importncia aos sinais de pontuao, como tambm analisando cada pargrafo e retirando dele a ideia principal.

    Agindo assim, considere-se um leitor competente!!!

    Saiba o que mudou na ortografia brasileira (por Douglas Tufano

    Professor e autor de livros didticos de lngua portuguesa)

    O objetivo deste guia expor ao leitor, de maneira objeti-va, as alteraes introduzidas na lngua portuguesa pelo novo Acordo Ortogrfico, assinado em Lisboa, em 16 de dezembro

    de 1990, por Portugal, Brasil, Angola, So Tom e Prncipe, Cabo Verde, Guin-Bissau, Moambique e, posteriormente, por Timor Leste. No Brasil, o Acordo foi aprovado pelo Decre-to Legislativo nmero 54, de 18 de abril de 1995.

    Esse Acordo meramente ortogrfico; portanto, restringe-se lngua escrita, no afetando nenhum aspecto da lngua fala-da. Ele no elimina todas as diferenas ortogrficas observadas nos pases que tm a lngua portuguesa como idioma oficial, mas um passo em direo pretendida unificao ortogrfica desses pases.

    Como o documento oficial do Acordo no claro em v-rios aspectos, elaboramos um roteiro com o que foi possvel es-tabelecer objetivamente sobre as novas regras. Esperamos que este guia sirva de orientao bsica para aqueles que desejam resolver rapidamente suas dvidas sobre as mudanas introdu-zidas na ortografia brasileira, sem preocupao com questes tericas.

    Mudanas no alfabeto

    O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y. O alfabeto completo passa a ser:

    A B C D E F G H I JK L M N O P Q R ST U V W X Y Z

    As letras k, w e y, que na verdade no tinham desaparecido da maioria dos dicionrios da nossa lngua, so usadas em v-rias situaes. Por exemplo:

    a) na escrita de smbolos de unidades de medida: km (qui-lmetro), kg (quilograma), W (watt);

    b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus de-rivados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.

    TREMA

    No se usa mais o trema (), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui.

  • 4Lngua Portuguesa - Fase I

    Como era Como ficaagentar aguentarargir arguirbilnge bilnguecinqenta cinquentadelinqente delinquenteeloqente eloquenteensangentado ensanguentadoeqestre equestrefreqente frequentelingeta linguetalingia linguia

    qinqnio quinqunio

    sagi saguiseqncia sequncia

    seqestro sequestrotranqilo tranquilo

    Ateno: o trema permanece apenas nas palavras estran-geiras e em suas derivadas. Exemplos: Mller, mlleriano.

    UNIDADEII

    Mudanas nas regras de acentuao

    1. No se usa mais o acento dos ditongos abertos i e i das palavras paroxtonas (palavras que tm acento tnico na penltima slaba).

    Como era Como ficaalcalide alcaloidealcatia alcateiaandride androideapia (verbo apoiar) apoia

    apio (verbo apoiar) apoio

    asteride asteroidebia boiacelulide celuloideclarabia claraboiacolmia colmeiaCoria Coreia

    debilide debiloideepopia epopeiaestico estoicoestria estreiaestrio (verbo estrear) estreiogelia geleiaherico heroicoidia ideiajibia jiboia

    jia joia

    odissia odisseiaparania paranoiaparanico paranoicoplatia plateiatramia tramoia

    Ateno: essa regra vlida somente para palavras parox-tonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxtonas terminadas em is, u, us, i, is. Exemplos: papis, heri, heris, trofu, trofus.

    2. Nas palavras paroxtonas, no se usa mais o acento no i e no u tnicos quando vierem depois de um ditongo.

    Como era Como ficabaica baiucabocaiva bocaiuvacaula cauilafeira feiura

    Ateno: se a palavra for oxtona e o i ou o u estiverem em posio final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exem-plos: tuiui, tuiuis, Piau.

    3. No se usa mais o acento das palavras terminadas em em e o(s).

    Como era Como ficaabeno abenoo

    crem (verbo crer) creemdem (verbo dar) deem

  • 5Lngua Portuguesa - Fase I

    do (verbo doar) dooenjo enjoo

    lem (verbo ler) leemmago (verbo magoar) magooperdo (verbo perdoar) perdoopovo (verbo povoar) povoovem (verbo ver) veemvos vooszo zoo

    4. No se usa mais o acento que diferenciava os pares pra/para, pla(s)/pela(s), plo(s)/pelo(s), plo(s)/polo(s) e pra/pera. Como era Como ficaEle pra o carro. Ele para o carro.Ele foi ao plo Norte. Ele foi ao polo Norte.Ele gosta de jogar plo. Ele gosta de jogar polo.Esse gato tem plos brancos. Esse gato tem pelos brancos.Comi uma pra. Comi uma pera.

    Ateno:- Permanece o acento diferencial em pde/pode. Pde a

    forma do passado do verbo poder (pretrito perfeito do indica-tivo), na 3 pessoa do singular. Pode a forma do presente do indicativo, na 3 pessoa do singular. Exemplo: Ontem, ele no pde sair mais cedo, mas hoje ele pode.

    - Permanece o acento diferencial em pr/por. Pr verbo. Por preposio. Exemplo: Vou pr o livro na estante que foi feita por mim.

    - Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (man-ter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). Exemplos:

    Ele tem dois carros. / Eles tm dois carros.Ele vem de Sorocaba. / Eles vm de Sorocaba.Ele mantm a palavra. / Eles mantm a palavra.Ele convm aos estudantes. / Eles convm aos estudantes.Ele detm o poder. / Eles detm o poder.Ele intervm em todas as aulas. / Eles intervm em todas

    as aulas. - facultativo o uso do acento circunflexo para diferen-

    ciar as palavras forma/frma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual a forma da frma do bolo?

    5. No se usa mais o acento agudo no u tnico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir.

    6. H uma variao na pronncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desa-guar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e tambm do imperativo. Veja:

    a) se forem pronunciadas com a ou i tnicos, essas formas devem ser acentuadas. Exemplos:

    verbo enxaguar: enxguo, enxguas, enxgua, enxguam; enxgue, enxgues, enxguem.

    Verbo delinquir: delnquo, delnques, delnque, delnquem; delnqua, delnquas, delnquam.

    b) se forem pronunciadas com u tnico, essas formas dei-xam de ser acentuadas. Exemplos (a vogal sublinhada tnica, isto , deve ser pronunciada mais fortemente que as outras):

    verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem.

    verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delinquas, delinquam.

    Ateno: no Brasil, a pronncia mais corrente a primeira, aquela com a e i tnicos.

    Uso do hfen

    Algumas regras do uso do hfen foram alteradas pelo novo Acordo. Mas, como se trata ainda de matria controvertida em muitos aspectos, para facilitar a compreenso dos leitores, apresentamos um resumo das regras que orientam o uso do h-fen com os prefixos mais comuns, assim como as novas orien-taes estabelecidas pelo Acordo.

    As observaes a seguir referem-se ao uso do hfen em palavras formadas por prefixos ou por elementos que podem funcionar como prefixos, como: aero, agro, alm, ante, anti, aqum, arqui, auto, circum, co, contra, eletro, entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro, mini, multi, neo, pan, pluri, proto, ps, pr, pr, pseudo, retro, semi, sobre, sub, super, supra, tele, ultra, vice etc.

    1. Com prefixos, usa-se sempre o hfen diante de palavra iniciada por h. Exemplos:

    anti higinicoanti histricoco herdeiromacro histriamini hotelproto histriasobre humanosuper homemultra humano

  • 6Lngua Portuguesa - Fase I

    Exceo: subumano (nesse caso, a palavra humano perde o h).

    2. No se usa o hfen quando o prefixo termina em vo-gal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento. Exemplos:

    AeroespacialAgroindustrialAnteontemAntiareoAntieducativoAutoaprendizagemAutoescolaAutoestradaAutoinstruocoautorcoedioextraescolarinfraestruturaplurianualsemiabertosemianalfabetosemiesfricosemiopaco

    Exceo: o prefixo co aglutina-se em geral com o segun-do elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, coobrigao, coordenar, cooperar, cooperao, cooptar, coocu-pante etc.

    3. No se usa o hfen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento comea por consoante diferente de r ou s. Exemplos:

    anteprojeto antipedaggicoautopeaautoproteocoproduogeopolticamicrocomputadorpseudoprofessorsemicrculosemideusseminovoultramoderno

    Ateno: com o prefixo vice, usa-se sempre o hfen. Exem-plos: vice-rei, vice-almirante etc.

    4. No se usa o hfen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento comea por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras. Exemplos:

    AntirrbicoAntirracismoAntirreligioso

    AntirrugasAntissocialBiorritmocontrarregracontrassensocossenoinfrassommicrossistemaminissaiamultissecularneorrealismoneossimbolistasemirretaultrarresistenteultrassom

    5. Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hfen se o segundo elemento comear pela mesma vogal. Exemplos:

    anti-ibricoanti-imperialistaanti-inflacionrioanti-inflamatrioauto-observaocontra-almirantecontra-atacarcontra-ataquemicro-ondasmicro-nibussemi-internatosemi-interno

    6. Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hfen se o segundo elemento comear pela mesma consoante. Exem-plos:

    hiper-requintadointer-racialinter-regionalsub-bibliotecriosuper-racistasuper-reacionriosuper-resistentesuper-romntico

    Ateno:- Nos demais no se usa o hfen.Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressan-

    te, superproteo.- Com o prefixo sub, usa-se o hfen tambm diante de pa-

    lavra iniciada por r: sub-regio, sub-raa .- Com os prefixos circum e pan, usa-se o hfen diante de

    palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegao, pan-a-mericano .

  • 7Lngua Portuguesa - Fase I

    7. Quando o prefixo termina por consoante, no se usa o hfen se o segundo elemento comear por vogal. Exemplos:

    HiperacidezHiperativointerescolarinterestadualinterestelarinterestudantilsuperamigosuperaquecimentosupereconmicosuperexigentesuperinteressantesuperotimismo

    8. Com os prefixos ex, sem, alm, aqum, recm, ps, pr, pr, usa-se sempre o hfen. Exemplos:

    alm-maralm-tmuloaqum-marex-alunoex-diretorex-hospedeiroex-prefeitoex-presidenteps-graduaopr-histriapr-vestibularpr-europeurecm-casado recm-nascidosem-terra

    9. Deve-se usar o hfen com os sufixos de origem tupi-gua-rani: au, guau e mirim.

    Exemplos: amor-guau, anaj-mirim, capim-au.

    10. Deve-se usar o hfen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando no propriamente vocbulos, mas encadeamentos vocabulares. Exemplos: ponte Rio-Niteri, eixo Rio-So Paulo.

    11. No se deve usar o hfen em certas palavras que perde-ram a noo de composio. Exemplos:

    GirassolMadressilvaMandachuvaParaquedasParaquedistapontap

    12. Para clareza grfica, se no final da linha a partio de uma palavra ou combinao de palavras coincidirem com o h-fen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos:

    Na cidade, conta--se que ele foi viajar.O diretor recebeu os ex--alunos.

    Resumo - Emprego do hfen com prefixos

    Regra bsicaSempre se usa o hfen diante de h: anti-higinico, super-homem.

    Outros casos1. Prefixo terminado em vogal:- Sem hfen diante de vogal diferente: autoescola, antia-

    reo.- Sem hfen diante de consoante diferente de r e s: antepro-

    jeto, semicrculo.- Sem hfen diante de r e s Dobram-se essas letras: antirra-

    cismo, antissocial, ultrassom.- Com hfen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-ondas.

    2. Prefixo terminado em consoante:- Com hfen diante de mesma consoante: inter-regional,

    sub-bibliotecrio.- Sem hfen diante de consoante diferente: intermunicipal,

    supersnico.- Sem hfen diante de vogal: interestadual, superinteressan-

    te.

    Observaes1. Com o prefixo sub, usa-se o hfen tambm diante de pa-

    lavra iniciada por r sub-regio, sub-raa etc. Palavras iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se sem hfen: subumano, su-bumanidade.

    2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hfen diante de palavra iniciada por m, n e vogal:

    circum-navegao, pan-americano etc. 3 O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemen-

    to, mesmo quando este se inicia por o: coobrigao, coordenar, cooperar, cooperao, cooptar, coocupante etc.

    4. Com o prefixo vice, usa-se sempre o hfen: vice-rei, vi-ce-almirante etc.

    5. No se deve usar o hfen em certas palavras que perde-ram a noo de composio, como girassol, madressilva, man-dachuva, pontap, paraquedas, paraquedista etc.

    6. Com os prefixos ex, sem, alm, aqum, recm, ps, pr, pr, usa-se sempre o hfen:

    ex-aluno, sem-terra, alm-mar, aqum-mar, recm-casado, ps-graduao, pr-vestibular, pr-europeu.

    Guia Prtico da Nova Ortografia 1998-2009 Editora Me-lhoramentos Ltda. 2009 UOL - O melhor contedo. Todos os direitos reservados

  • 8Lngua Portuguesa - Fase I

    Os sinais de pontuao so recursos destinados escrita, dotados de finalidades especficas.

    Para que servem os sinais de pontuao? No geral, para representar pausas na fala, nos casos do ponto, vrgula e ponto e vrgula; ou entonaes, nos casos do ponto de exclamao e de interrogao, por exemplo.

    Alm de pausa na fala e entonao da voz, os sinais de pontuao reproduzem, na escrita, nossas emoes, intenes e anseios.

    Vejamos aqui alguns empregos:

    1. Vrgula (,) usada para:a) separar termos que possuem mesma funo sinttica na

    orao: O menino berrou, chorou, esperneou e, enfim, dormiu.Nessa orao, a vrgula separa os verbos.b) isolar o vocativo: Ento, minha cara, no h mais o que

    se dizer!c) isolar o aposto: O Joo, ex-integrante da comisso, veio

    assistir reunio.d) isolar termos antecipados, como complemento ou ad-

    junto:1. Uma vontade indescritvel de beber gua, eu senti quan-

    do olhei para aquele copo suado! (antecipao de complemento verbal)

    2. Nada se fez, naquele momento, para que pudssemos sair! (antecipao de adjunto adverbial)

    e) separar expresses explicativas, conjunes e conecti-vos: isto , ou seja, por exemplo, alm disso, pois, porm, mas, no entanto e assim.

    f) separar os nomes dos locais de datas: Braslia, 30 de ja-neiro de 2009.

    g) isolar oraes adjetivas explicativas: O filme, que voc indicou para mim, muito mais do que esperava.

    2. Pontos

    2.1 - Ponto-final (.) usado ao final de frases para indicar uma pausa total:

    a) No quero dizer nada.b) Eu amo minha famlia.E em abreviaturas: Sr., a. C., Ltda., vv., num., adj., obs.

    2.2 - Ponto de Interrogao (?)O ponto de interrogao usado para:a) Formular perguntas diretas:Voc quer ir conosco ao cinema?Desejam participar da festa de confraternizao?b) Para indicar surpresa, expressar indignao ou atitude

    de expectativa diante de uma determinada situao:O qu? no acredito que voc tenha feito isso! (atitude de

    indignao)No esperava que fosse receber tantos elogios! Ser que

    mereo tudo isso? (surpresa) Qual ser a minha colocao no resultado do concurso?

    Ser a mesma que imagino? (expectativa)

    2. 3 Ponto de Exclamao (!) Esse sinal de pontuao utilizado nas seguintes circuns-

    tncias:a) Depois de frases que expressem sentimentos distintos,

    tais como: entusiasmo, surpresa, splica, ordem, horror, espan-to:

    Iremos viajar! (entusiasmo)Foi ele o vencedor! (surpresa)Por favor, no me deixe aqui! (splica)Que horror! No esperava tal atitude. (espanto) Seja rpido! (ordem)b) Depois de vocativos e algumas interjeies:Ui! que susto voc me deu. (interjeio)Foi voc mesmo, garoto! (vocativo)c) Nas frases que exprimem desejo:Oh, Deus, ajude-me! Observaes dignas de nota:* Quando a inteno comunicativa expressar, ao mesmo

    tempo, questionamento e admirao, o uso dos pontos de inter-rogao e exclamao permitido. Observe:

    Que que eu posso fazer agora?!* Quando se deseja intensificar ainda mais a admirao ou

    qualquer outro sentimento, no h problema algum em repetir o ponto de exclamao ou interrogao. Note:

    No!!! gritou a me desesperada ao ver o filho em perigo.

    3. Ponto e vrgula (;) usado para:a) separar itens enumerados:A Matemtica se divide em:- geometria;- lgebra;- trigonometria;- financeira.

  • 9Lngua Portuguesa - Fase I

    b) separar um perodo que j se encontra dividido por vr-gulas: Ele no disse nada, apenas olhou ao longe, sentou por cima da grama; queria ficar sozinho com seu co.

    4. Dois-pontos (:) usado quando:a) se vai fazer uma citao ou introduzir uma fala:Ele respondeu: no, muito obrigado!b) se quer indicar uma enumerao:Quero lhe dizer algumas coisas: no converse com pessoas

    estranhas, no brigue com seus colegas e no responda pro-fessora.

    5. Aspas ()So usadas para indicar:a) citao de algum: A ordem para fechar a priso de

    Guantnamo mostra um incio firme. Ainda na edio, os 25 anos do MST e o bloqueio de 2 bilhes de dlares do Oportu-nity no exterior (Carta Capital on-line, 30/01/09)

    b) expresses estrangeiras, neologismos, grias: Nada pode com a propaganda de outdoor.

    6. Reticncias (...)So usadas para indicar supresso de um trecho, interrup-

    o ou dar ideia de continuidade ao que se estava falando:a) (...) Onde est ela, Amor, a nossa casa,O bem que neste mundo mais invejo?O brando ninho aonde o nosso beijoSer mais puro e doce que uma asa? (...)b) E ento, veio um sentimento de alegria, paz, felicidade...c) Eu gostei da nova casa, mas do quintal...

    7. Parnteses ( )So usados quando se quer explicar melhor algo que foi

    dito ou para fazer simples indicaes.Ele comeu, e almoou, e dormiu, e depois saiu. (o e apare-

    ce repetido e, por isso, h o predomnio de vrgulas).

    8. Travesso ()O travesso indicado para:a) Indicar a mudana de interlocutor em um dilogo:- Quais ideias voc tem para revelar?- No sei se sero bem-vindas.- No importa, o fato que assim voc estar contribuindo

    para a elaborao deste projeto.b) Separar oraes intercaladas, desempenhando as fun-

    es da vrgula e dos parnteses: Precisamos acreditar sempre disse o aluno confiante

    que tudo ir dar certo.No aja dessa forma falou a me irritada pois pode ser

    arriscado.c) Colocar em evidncia uma frase, expresso ou palavra:O prmio foi destinado ao melhor aluno da classe uma

    pessoa bastante esforada. Gostaria de parabenizar a pessoa que est discursando

    meu melhor amigo.

    ANOTAES

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    Lngua Portuguesa - Fase I

    ANOTAES