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COMPARAÇÃO DE CARGA ALCANÇADA NO TESTE DE 1RM NOS APARELHOS SUPINO HORIZONTAL E SUPINO INCLINADO

COMPARISON OF LOAD ACHIEVED IN THE TEST OF 1RM IN THE APPARATUS

HORIZONTAL BENCH PRESS AND INCLINE BENCH PRESS

Albano Navarro Novais de Oliveira Junior - [email protected]

Camila Cardoso da Silva - [email protected]

Diego Rafael Tonon - [email protected]

Prof. Orientador: Dagnou Pessoa de Moura – Unisalesiano – [email protected]

RESUMO

O treinamento força é importante para evitar a perda de massa muscular, pois

indivíduos que não realizam treinamento de força perdem cerca de 2 a 3 kg de

massa muscular por década, além de evitar também a redução da taxa metabólica

de repouso, pois o fato da massa muscular ser um tecido muito ativo, a perda dela é

acompanhada da diminuição da taxa metabólica basal, portanto se realizado o

treinamento de força essa taxa metabólica basal sofre um aumento proporcionando

então um gasto maior de calorias durante o dia, diminuindo a possibilidade de

acumular massa gorda. O teste de 1RM é definido através da quantidade máxima de

peso levantado em um esforço máximo, no qual indivíduo completa todo o

movimento não podendo repeti - ló uma segunda vez. Essa pesquisa teve o

propósito de fazer uma correlação estatística entre o supino horizontal e o supino

inclinado, então para facilitar a metodologia na prescrição de treinamento de força,

pois ao conhecer o valor aproximado das cargas de 1RM no aparelho de supino

horizontal, é possível utilizar uma formula matemática e ter um valor próximo e

aceito para carga de 1RM no aparelho supino inclinado, não sendo necessário o

teste nos dois aparelhos, agilizando o processo de avaliação física. Para tal, foi

selecionado9 voluntários do sexo masculino com idade entre 28,77 ± 3,07 anos,

1,76 ± 0,03 metros de altura, peso corporal de 82,17 ± 9,44 kg, 11,35 ± 5,67% de

gordura corporal e IMC de 26,47 ± 2,77 kg/m2, com experiência mínima no

treinamento de força de 6 meses. Eles aleatoriamente realizaram o teste de 1RM

nos aparelhos supino horizontal e supino inclinado, respeitando o tempo de intervalo

Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 8, n.16, jan-jun de 2017

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de 5 minutos entre uma tentativa e outra para total recuperação do fosfato de

creatina. Em cada dia foi realizado no máximo 3 tentativas, entre um teste e outro foi

adotado o intervalo mínimo de 72 horas. Houve uma forte correlação (r2=0,87),

indicando que a carga alcançada em um aparelho tem relação com o outro. Por

seguinte foi realizada uma regressão estatística, na qual foi obtida a seguinte

fórmula: y=0,6944x=18,389, onde y será o valor do supino inclinado e x o valor do

supino horizontal. Conclui-se neste estudo que a alta correlação entre as variáveis, é

possível prever a carga do supino inclinado pelo teste do supino horizontal.

Palavras Chave: Treinamento de Força. Supino Horizontal. Supino Inclinado

ABSTRACT

Strength training is important to avoid loss of muscle mass, as individuals who

do not perform strength training lose about 2 to 3 kg of muscle mass per decade, in

addittion to avoiding the reduction of the resting metabolic rate, since the fact of

Muscle mass is a very active tissue, the loss of it is accompanied by a decrease in

basal metabolic rate, so if strength training is performed, this basal metabolic rate will

increase, increasing the calorie expenditure during the day, reducing the possibility of

accumulating fat mass. The 1RM test is defined by the maximum amount of weight

lifted in a maximum effort, in which individual completes the whole movement and

can not repeat it a second time .This research aimed to make a statistical coelation

between the horizontal bench press and the inclined bench press, so s to facilitate

the methodolody in the prescription of force training, because knowing the

approximate value of the loads of 1RM in the horizontal bench press, it is possible to

use A mathematical formula and have a value close and accepted for loading of

1RM load in the inclined bench press, not requiring the test in both devices, speeding

up physical evaluation process. For this purpose, 9 male volunteers aged 28.77 ±

3.07 years, 1.76 ± 0.03 meters height, body weight of 82.17 ± 9.44 kg, 11.35 ± 5.67%

body fat and BMI 26.47 ± 2.77 kg / m2, with minimal experience in 6 month strength

training. They randomly performed the 1RM test on the horizontal supine and incline

bench presses, respecting the 5 minute interval time between one trial and another


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for total recovery of creatine phosphate. In each day a maximum of 3 attempts were

made, between one test and another, the minimum interval of 72 hours was adopted.

There was a strong correlation (r2 = 0.87), indicating that the load achieved in one

appliance is related to the other. A statistical regression was then performed, in

which the following formula was obtained: y = 0.6944x = 18.389, where y will be the

incline bench press and x the horizontal bench press. It is concluded in this study that

the high correlation between the variables, it is possible to predict the supine load

inclined by the horizontal bench press.

Keywords: Strength Training. Horizontal Bench Press. Incline Bench

INTRODUÇÃO

O teste de uma repetição máxima (1RM) tem sido muito utilizado como

medida de força muscular, tanto na preparação física, como no treinamento

desportivo, na reabilitação física, ou apenas como alvo de pesquisa científica.

Através disso, é de concordância geral que a base para a prescrição do exercício

em treinamento de força é estabelecida através da relação entre o percentual de

1RM e o número de repetições (MORALES; SOBONYA, 1996).

O teste de 1RM é definido através da quantidade máxima de peso levantado

em um esforço máximo, no qual indivíduo completa todo o movimento não podendo

repeti - ló uma segunda vez (SILVA et al., 2002).

Sabendo que os indivíduos tem uma perca de massa muscular

aproximadamente de 2 a 3 kg a cada década, por isso é de extrema importância que

se faça um treinamento de força. Evita também a redução da taxa metabólica, pois o

fato da massa muscular ser um tecido "muito ativo", a perda dela é acompanhada da

diminuição da taxa metabólica basal, portanto se realizado o treinamento de força

essa taxa metabólica basal sofre um aumento proporcionando então um gasto maior

de calorias durante o dia, diminuindo a possibilidade de acumular massa gorda. Tem

como benefício também o aumento da densidade mineral óssea, o estímulo


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aumenta a osteo proteína dos ossos e também os minerais dos mesmos. Aumenta

também o metabolismo da glicose, que quando está fraco associa - se ao

aparecimento do diabetes. Ajuda na redução da pressão arterial de repouso, e

também melhora os níveis de lipídios no sangue (CIOLAC; GUIMARÃES, 2004).

Diante da importância de tais fatos, com intuito de facilitar a prescrição de

treinamento, a presente pesquisa tenta responder o seguinte problema. Há

correlação estatística entre o aparelho supino horizontal e supino inclinado?

O presente estudo tem como objetivo fazer uma correlação estatística entre

os aparelhos supino horizontal e o supino inclinado, então para facilitar a

metodologia na prescrição de treinamento de força, pois ao conhecer o valor

aproximado das cargas de 1RM no aparelho de supino horizontal, é possível utilizar

uma formula matemática e ter um valor próximo e aceito para carga de 1RM no

aparelho supino inclinado, não sendo necessário o teste nos dois aparelhos,

agilizando o processo de avaliação física e prescrição de treinamento.

MATERIAS E METODOS

Todos os participantes receberam e assinaram o termo de consentimento livre

e esclarecido para a realização dos testes.

A presente pesquisa foi submetida na Plataforma Brasil e aprovada pelo

comitê de ética do Unisalesiano Araçatuba, parecer consubstanciado nº 1.971.739

em 20/03/17, a realização da mesma no ano de 2016, a pesquisa foi realizada

durante 2 semanas no mês de Outubro.

Foram selecionados para essa pesquisa quantitativa 9 indivíduos todos do

gênero masculino com idade de 25 e 35 anos fisicamente ativos com experiência

com no mínimo um 6 meses de treinamento de força, visando comparar a carga

alcançada no teste de 1RM nos aparelhos supino horizontal e supino inclinado.

Os participantes fizeram os testes com descanso de 72 horas entre um teste

e outro.

Condições Ambientais


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Os testes foram realizados em uma academia situada no centro de Lins/SP, o

local contém ventiladores auxiliando o fluxo de ar.

Amostra

Participaram da pesquisa 9 sujeitos do gênero masculino, com média de

idade de 25 e 35 anos, praticantes de musculação por no mínimo 6 meses,

aparentemente saudáveis. Foram excluídos todos que apresentavam qualquer tipo

de problema de saúde.

Protocolos

Para a realização desse estudo foi utilizado os seguintes protocolos:

Dobras cutâneas

Dobra cutânea é a medida da espessura da camada da pele e da gordura

subcutânea adjacente. Várias dobras cutâneas podem ser avaliadas sozinhas ou em

conjunto com outras (DOBRAS, 2013).

Para as medidas de espessura de dobras cutâneas foi utilizado adipômetro

para aferir o percentual de gordura utilizando o protocolo de 7 dobras proposto por

Pollock e col. (1984), na qual os pontos utilizados foram subescapulares, axilar

media, tríceps, coxa, supra ilíaca, peitoral e abdominal.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os dados estão expostos em método de desvio padrão. Foi realizada uma

correlação de Pearson para verificar se existe correlação entre o supino horizontal e

o supino inclinado. Após realizarem a correlação de Pearson foi feita uma correlação

linear para determinar uma formula possa ser usada para o proposto presente

pesquisa. Os dados foram tratados pelo programa SPSS_20. O valor da correlação


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de Pearson foi de 0,94, é uma correlação forte, podendo assim afirmar que existe

uma relação direta entre suíno horizontal e supino inclinado.

Tabela 1: Coeficiente de correlação de Pearson

CorrelaçãoHorizontal Inclinado

Horizontal Correlação de Pearson 0,934*

Inclinado Correlação de Pearson 0,934*

Fonte: Elaborado pelos autores, 2017 * Correlação estatisticamente significante (p≤0.01).

Para a realização do estudo a amostra experimental foi composta por

9indivíduos de idade de 25 a 35 anos, fisicamente ativa, com experiência na

musculação no mínimo 6 meses com pratica de treinamento de força, sem quaisquer

limitações físicas ou doenças diagnosticada. Com objetivo de comparar a carga de

1RM entre o supino horizontal com o supino inclinado. Representado pela tabela

abaixo:

Tabela 2: Características dos sujeitos

Idade (anos)

Peso(Kg)

Altura (metros)

%gordura (%)

IMC (kg/m2)

Média 28,77 82,17 1,76 11,35 26,47

DP 3,07 ±9,44 ±0,03 ±5,67 ±2,77

Fonte: Elaborado pelos autores, 2017.

No gráfico 1, o R² foi de 0,87, isso significa uma correlação forte, então

estatisticamente pode-se confirmar que existe uma relação direta entre a carga do

supino horizontal com o supino inclinado. y = 0,6944x + 18, 389, sendo então y a


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carga do supino inclinado, x a carga do supino horizontal. Portanto quando o

indivíduo efetuar o teste no supino horizontal substitui-se o x pela carga na formula

descrita acima e então irá obter a carga do supino inclinado.

Gráfico 1: Gráfico da regressão linear dos aparelhos supino horizontal e

supino inclinado.

70 80 90 100 110 120 130 140 150 1600

20

40

60

80

100

120

140

f(x) = 0.694444444444444 x + 18.3888888888889R² = 0.872648442092887

INCLINADO

INCLINADOLinear (INCLINADO)

Fonte: Elaborado pelos autores, 2017.

Discussão

O objetivo deste trabalho foi comparar a carga alcançada no teste de 1RM do

supino horizontal com o supino inclinado. Usando a variação de correlação linear,

que avalia o quanto os dados adquiridos estão correlacionados ao valor das cargas.

Depois de efetuados os valores e achando o valor de 0,94 sendo uma correlação

muito forte e assim usando uma regressão estatística na qual conseguimos prever o

comportamento da carga no segundo exercício, pois tivemos uma correlação linear

entre as duas variáveis. Encontramos os valores dos dois distintos exercícios que

por sinal foi muito próximos.

Segundo Fukunaga et al., (2001) os testes de 1RM mostram que os valores

médios de força máxima apresentados no supino foram maiores que na rosca scott,

e isto se devem ao fato da diferença no volume dos músculos ativados em cada um


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destes exercícios (flexores horizontais do ombro/extensores de cotovelo, e flexores

de cotovelo, respectivamente). A produção da força muscular parece ser muito

associada ao volume dos músculos ativados em condições máximas, dessa forma,

no presente estudo, como os exercícios são para o mesmo grupamento muscular, a

diferença não é significante, envolvendo as mesmas articulações, a alta correlação

justifica fazer o teste em apenas um aparelho e ter um valor com confiança para o

outro aparelho aqui estudado.

A capacidade máxima de um músculo ou grupamento muscular acaba

gerando tensão contra uma resistência. Sendo assim definida como força máxima. A

força máxima é muito utilizada pelo teste de uma repetição máxima (1RM), porem

este é um método prático e de baixo custo operacional. Ela se define como a maior

carga que pode ser movida por um individuo em uma amplitude específica de

movimento uma única vez, sem compensações musculares e de forma correta,

através desse teste podemos avaliar a capacidade de gerar força de uma população

específica, chegando a resultados práticos e rápidos de suma importância.

(BARBANTI apud MOURA et al., 2010).

Foi utilizado uma correlação estatística, que nos ajudou a encontrar os

desvios padrões e alterações nos exercícios supino horizontal e supino inclinado,

assim, no presente trabalho encontramos o valor de r= 0,94, que foi uma media

consideradamente muito alta, que passou transparência e segurança para afirmar

que a força gerada em um aparelho, está correlacionada fortemente com o outro

aparelho aqui estudado, dessa forma pode-se adotar essa correlação para a

prescrição dos exercícios através do teste de 1 RM em um único aparelho e ter um

valor bem próximo do que seria alcançado no outro aparelho.

Após uma forte correlação encontrada entre os dois aparelho aqui estudados,

foi utilizado à regressão linear estatística, que com ela foi possível encontrar uma

fórmula que através do teste no supino horizontal, encontra-se um valor próximo e

aceitável do supino inclinado.

Tal fórmula aqui encontrada, y = 0,6944x + 18,389, sendo então y a carga do

supino inclinado, x a carga do supino horizontal. Portanto quando o indivíduo efetuar

o teste no supino horizontal substitui-se o x pela carga na formula descrita acima e

então irá obter a carga do supino inclinado, proporcionará uma facilitação importante


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para quem trabalha cm treinamento de força, reduzindo tempo gasto com avaliação

de força inicial.

CONCLUSÃO

Conclui-se que no presente estudo nossa pesquisa tem um valor estatístico

significativo que através do supino reto podemos prever a carga de 1 RM do supino

inclinado, porem, nos da total confiança para que o educador físico possa descobrir

o valor de 1 RM no supino reto facilitando que ele não utilize dois testes e é um

resultado significativo para a prescrição de um treinamento.

REFERÊNCIAS

CIOLAC, E. G.; GUIMARÃES, G. V. Exercício físico e síndrome metabólica. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. v. 10, Nº 4 – Jul/Ago, 2004

DOBRAS cutâneas. Portal educação. 8 de fev. de 2013. Disponível em:

<http://www.portaleducacao.com.br/nutricao/artigos/32850/dobras-cutanea.>Acesso

em: Out. 2016.

FUKUNAGA, T. et al. Muscle volume is a major determinant of joint torque in humans. Acta Physiologica Scandinavica; v.172, n.4, p.249-255, 2001. http://dx.doi.org/10.1046/j.1365-201x.2001.00867.x

MORALES, J. SOBONYA, S. Use of submaximal repetition tests for predicting 1rm

strength in classathletes. J StrengthCond Res. v.10, p. 186,1996.

MOURA et al. A importância da força muscular para o treinamento desportivo. Revista Digital. Buenos Aires. n. 145, jun. 2010

POLLOCK, M. L; WILMORE, J. H. Exercícios na saúde e na doença. 2. ed. São

Paulo: Medsi Editora; 1993.


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Protocolo de POLLOCK e col., 1984 - Protocolos para testes de avaliação

antropométrica. Percentual de Gordura através de Medidas de Dobras Cutâneas .

Cooperativa do Fitness. 2 de nov. 13. Disponível em:

<https://www.cdof.com.br/protocolos1.htm> Acesso em: Mar. 2017

SILVA, C. H. et al. Critérios de prescrição de exercícios através de 1 RM. Revista Digital Vida & Saúde, v. 1, p. 12-17, 2002.


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