UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO … · 2019-01-31 · Co-orientadora: Ms....

25
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA AVALIAÇÃO DAS MEDIDAS DE FORÇA DE PREENSÃO PALMAR E DESTREZA DIGITAL NA DOENÇA DE PARKINSON: ESTUDO TRANSVERSAL Leonardo Bezerra Custódio NATAL RN 2017

Transcript of UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO … · 2019-01-31 · Co-orientadora: Ms....

Page 1: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO … · 2019-01-31 · Co-orientadora: Ms. Isabelly Cristina Rodrigues Regalado. ... Sou grato ao Senhor por tudo. Às professoras

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA

AVALIAÇÃO DAS MEDIDAS DE FORÇA DE PREENSÃO

PALMAR E DESTREZA DIGITAL NA DOENÇA DE PARKINSON:

ESTUDO TRANSVERSAL

Leonardo Bezerra Custódio

NATAL – RN

2017

Page 2: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO … · 2019-01-31 · Co-orientadora: Ms. Isabelly Cristina Rodrigues Regalado. ... Sou grato ao Senhor por tudo. Às professoras

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA

AVALIAÇÃO DAS MEDIDAS DE FORÇA DE PREENSÃO

PALMAR E DESTREZA DIGITAL NA DOENÇA DE PARKINSON:

ESTUDO TRANSVERSAL

Leonardo Bezerra Custódio

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao

Curso de Fisioterapia da UFRN, como pré-

requisito para obtenção de grau de

FISIOTERAPEUTA.

Orientadora: Profa. Dra. Ana Raquel Rodrigues

Lindquist.

Co-orientadora: Ms. Isabelly Cristina Rodrigues

Regalado.

NATAL – RN

2017

Page 3: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO … · 2019-01-31 · Co-orientadora: Ms. Isabelly Cristina Rodrigues Regalado. ... Sou grato ao Senhor por tudo. Às professoras

BANCA EXAMINADORA

TRABALHO APRESENTADO POR LEONARDO BEZERRA CUSTÓDIO EM 05

DE DEZEMBRO DE 2017.

1º Examinadora, ORIENTADORA: Profa. Dra. Ana Raquel Rodrigues Lindquist.

Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

2º Examinadora, CO-ORIENTADORA: Ms. Isabelly Cristina Rodrigues Regalado.

Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

3º Examinadora: Dra. Larissa Coutinho de Lucena. Universidade Federal do Rio Grande

do Norte.

Page 4: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO … · 2019-01-31 · Co-orientadora: Ms. Isabelly Cristina Rodrigues Regalado. ... Sou grato ao Senhor por tudo. Às professoras

AGRADECIMENTOS

Agradeço ao Autor da Criação por tamanha graça e misericórdia. Por ter me

ajudado a superar todos os momentos difíceis, nos quais muitas vezes pensei em

desistir. Sou grato ao Senhor por tudo.

Às professoras Ana Raquel, Isabelly e Larissa por terem me dado a oportunidade

de participar do projeto de pesquisa que deu fruto a este trabalho e pelas orientações e

contribuições. Em especial a Isabelly, por toda paciência, sugestões, cobranças e por ter

me dado todo o suporte que precisei para que esse trabalho acontecesse. Meus sinceros

agradecimentos.

À minha esposa, por toda a ajuda e incentivo que me deu durante toda a

graduação, e durante a realização deste trabalho. Você foi peça fundamental para a

concretização de tudo isso.

À minha família, por todo carinho, incentivo e confiança em mim. Vocês são a

minha base.

Aos amigos verdadeiros que a fisioterapia me deu. Sou muito grato a vocês por

todos os momentos que vivemos nesses 5 anos, que na maioria das vezes foram de

alegria. Vocês foram muito importantes para que esses anos fossem mais leves.

A todos do LIAM que de alguma forma ajudaram. Em especial, agradeço a

Camila, Aline, Ozana e Mayara que me ajudaram muito na reta final das coletas.

Agradeço a todos os voluntários da pesquisa e a todos que os indicaram. Sou

muito grato a vocês pela paciência e pela confiança. Esse trabalho não teria acontecido

sem a ajuda de vocês.

Page 5: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO … · 2019-01-31 · Co-orientadora: Ms. Isabelly Cristina Rodrigues Regalado. ... Sou grato ao Senhor por tudo. Às professoras

SUMÁRIO

RESUMO.......................................................................................................................VI

ABSTRACT.................................................................................................................VII

LISTA DE TABELAS...............................................................................................VIII

1 INTRODUÇÃO............................................................................................................8

2 MATERIAIS E MÉTODOS........................................................................................9

2.1. PARTICIPANTES..........................................................................................9

2.2. PROCEDIMENTOS.....................................................................................10

2.3. ANÁLISE ESTATÍSTICA...........................................................................11

RESULTADOS..............................................................................................................11

DISCUSSÃO..................................................................................................................14

CONCLUSÃO................................................................................................................16

REFERÊNCIAS.............................................................................................................17

APÊNDICES..................................................................................................................20

Page 6: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO … · 2019-01-31 · Co-orientadora: Ms. Isabelly Cristina Rodrigues Regalado. ... Sou grato ao Senhor por tudo. Às professoras

RESUMO

Introdução: A Doença de Parkinson (DP) é uma desordem crônica, progressiva e

neurodegenerativa que atinge o sistema nervoso central, causando diminuição do

número de neurônios dopaminérgicos localizados na substância negra. Essa diminuição

leva a algumas alterações motoras, sendo as principais: bradicinesia, rigidez muscular,

instabilidade postural e tremor de repouso. Além disso, parece afetar a força de

preensão palmar e a destreza digital desses indivíduos. Objetivo: Investigar se há

resposta diferencial entre as medidas de função manual, através da destreza digital e da

força de preensão palmar, de sujeitos com DP e saudáveis, e observar os fatores

associados a essas medidas. Metodologia: Participaram do nosso estudo 114

indivíduos, sendo 78 no grupo com DP e 36 no grupo Controle. Foram realizadas

avaliações da força de preensão palmar (FPP), pelo dinamômetro manual; da destreza

digital, pelo Nine Hole Peg Test (9HPT); e dos fatores associados por uma ficha de

avaliação estruturada que continham informações sociodemográficas e clínicas

(incluindo a escala de Hoehn & Yahr (modificada)). Os dados de FPP e destreza foram

comparados entre os grupos DP e Controle, entre os sexos do grupo DP e entre os

estágios da doença pelo Test T Student; a correlação da FPP e da destreza digital com a

idade pelo teste de correlação de Pearson. Resultados: A FPP foi diferente entre os

grupos DP e Controle, tanto no membro dominante (p=0,003) quanto no não dominante

(p=0,008), sugerindo que os sujeitos com DP apresentam menor força; também foi

diferente entre os sexos (p<0,001), onde as mulheres tiveram menor força que os

homens; como também foi diferente entre os estágios, onde nos estágios mais

avançados os indivíduos com DP apresentam menor força. Em relação a destreza

digital, houve diferença estatisticamente significativa entre o grupo DP e o Controle,

para ambos membros, sendo menor na DP; entre os sexos, não houve diferença entre os

grupos; e os estágios mais avançados apresentaram menor habilidade digital do que os

mais leves; em relação a idade, houve correlação fraca, mas significativa entre os dados

de FPP e destreza digital com a idade, onde os sujeitos com DP apresentaram

diminuição nas duas medidas à proporção que a idade aumentou. Conclusão: O

presente estudo demonstrou que a doença de Parkinson parece afetar a força preensão

palmar e o desempenho das atividades de destreza digital. Além disso, sugere-se que a

idade e os estágios mais avançados da doença são fatores associados à diminuição da

força de preensão e da destreza dos dedos. Já o sexo parece somente interferir na força,

não havendo diferenças entre a destreza digital de mulheres e homens com DP.

Palavras-chave: Doença de Parkinson; Destreza motora; Força muscular.

Page 7: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO … · 2019-01-31 · Co-orientadora: Ms. Isabelly Cristina Rodrigues Regalado. ... Sou grato ao Senhor por tudo. Às professoras

ABSTRACT

Parkinson's disease (PD) is a chronic, progressive and neurodegenerative disorder that

strikes the central nervous system, causing a decrease in the number of dopaminergic

neurons located in the substantia nigra. This decrease leads to some motor alterations,

being the main ones: bradykinesia, muscular rigidity, postural instability and rest

tremor. In addition, it appears to affect the palmar grip strength and digital dexterity of

these individuals. Objective: to investigate whether there is a differential response

between the manual function measurements, through digital dexterity and palmar grip

strength, of subjects with PD and healthy, and to observe the factors associated with

these measures. Methodology: 114 individuals participated in our study, 78 in the PD

group and 36 in the Control group. Evaluations of palmar grip strength (PGS) were

performed by manual dynamometer; of digital dexterity, by the Nine Hole Peg Test

(9HPT); and the factors associated by a structured assessment sheet that contained

sociodemographic and clinical information (including the Hoehn & Yahr (modified)

scale). The PGS and dexterity data were compared between the DP and Control groups,

between the sexes of the PD group and between the stages of the disease by the Student

T Test; the correlation of PGS and digital dexterity with age by the Pearson correlation

test. Results: PGS was different between the PD and Control groups, in both the

dominant (p = 0.003) and non-dominant (p = 0.008) limbs, suggesting that subjects with

PD had lower strength; was also different between the sexes (p <0.001), where women

had lower strength than men; but was also different between the stages, where in the

more advanced stages individuals with PD present less strength. Regarding digital

dexterity, there was a statistically significant difference between the PD and Control

groups for both limbs, being lower in PD; between the sexes, there was no difference

between the groups; and the more advanced stages presented less digital ability than the

lighter ones; in relation to age, there was a weak but significant correlation between

PGS data and digital dexterity with age, where subjects with PD presented a decrease in

both measures as age increased. Conclusion: The present study demonstrated that

Parkinson's disease appears to affect palmar grip strength and performance of digital

dexterity activities. In addition, it is suggested that the age and advanced stages of the

disease are factors associated with decreased grip strength and digital dexterity.

However, gender seems to only interfere with strength, and there are no differences

between the digital dexterity of women and men with PD.

Key-words: Parkinson Disease; Motor Skill; Muscle Strength.

Page 8: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO … · 2019-01-31 · Co-orientadora: Ms. Isabelly Cristina Rodrigues Regalado. ... Sou grato ao Senhor por tudo. Às professoras

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Dados demográficos e clínicos dos grupos DP e Controle. Natal/RN, 2017..11

Tabela 2. Análise comparativa da força de preensão palmar e destreza digital entre

indivíduos com DP e indivíduos sadios. Natal/RN, 2017...............................................12

Tabela 3. Análise comparativa da força de preensão palmar e destreza digital entre os

sexos e os estágios. Natal/RN, 2017................................................................................14

Page 9: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO … · 2019-01-31 · Co-orientadora: Ms. Isabelly Cristina Rodrigues Regalado. ... Sou grato ao Senhor por tudo. Às professoras

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Correlação da força de preensão palmar e destreza digital, tanto do membro

superior dominante quanto do não dominante, com a idade...........................................13

Page 10: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO … · 2019-01-31 · Co-orientadora: Ms. Isabelly Cristina Rodrigues Regalado. ... Sou grato ao Senhor por tudo. Às professoras

8

1 INTRODUÇÃO

A Doença de Parkinson (DP) é uma desordem crônica, degenerativa e

progressiva que atinge o Sistema Nervoso Central (SNC), causando diminuição do

número de neurônios dopaminérgicos localizados na substância negra (WIRDEFELDT

et al., 2011; TEIVE, 2005). O decréscimo da função dopaminérgica acarreta em

disfunções motoras, sendo as principais: bradicinesia, definida como lentidão na

execução dos movimentos voluntários; instabilidade postural, causada pela perda de

reflexos posturais; rigidez muscular, ocasionada pela inibição ineficiente dos músculos

antagonistas; tremor de repouso, que atinge inicialmente os membros superiores e

posteriormente pescoço e face (WIRDEFELDT et al., 2011; JANKOVIC, 2008). Além

desses sintomas, a fraqueza muscular tem sido frequente nessa população (CANO-DE-

LA-CUERDA et al., 2010; DUMUS et al., 2010).

A prevalência da DP no mundo é cerca de 100 a 300 casos por 100.000

habitantes, sendo considerada a segunda desordem neurodegenerativa mais comum em

indivíduos com idade maior que 60 anos (DE LAU e BRETELER, 2006). No Brasil,

ainda são poucos os estudos de prevalência da doença, mas estima-se que há 200.000

casos no país, com uma prevalência de 3,3% em pessoas com idade acima de 65 anos

(BARBOSA, 2005).

A DP pode ser classificada em diferentes estágios dependendo da gravidade dos

acometimentos motores, onde se leva em consideração a presença dos sintomas em um

ou nos dois lados do corpo, se há comprometimento de equilíbrio e se o indivíduo ainda

pode caminhar com independência ou está restrito a cama ou a cadeira de rodas

(HOEHN e YAHR, 1967; MELLO e BOTELHO, 2010).

Estudos recentes têm proposto que sujeitos com DP podem apresentar alterações

na força de preensão palmar (FPP) (JONES et al., 2017; ROBERTS et al., 2015). A

medição dessa força tem sido considerada como eficaz para determinar alterações na

atividade muscular em pessoas com DP, podendo ser aplicado para detecção precoce do

declínio funcional antes mesmo da perda de habilidades (JONES et al., 2017). Sendo

considerada a medida mais acurada para avaliar força máxima de indivíduos com DP,

por reduzir a interferência dos efeitos da bradicinesia (ROBERTS et al., 2015).

Além da força, a avaliação da destreza digital também tem demonstrado

importante papel no impacto negativo na qualidade de vida, pois indivíduos com

Page 11: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO … · 2019-01-31 · Co-orientadora: Ms. Isabelly Cristina Rodrigues Regalado. ... Sou grato ao Senhor por tudo. Às professoras

9

alterações nessas variáveis tendem a apresentar inabilidades nas realizações das

atividades de vida diária (GEBHARDT et al., 2008; RAHMAN et al., 2008).

Quando o indivíduo consegue coordenar a força de preensão e a destreza digital,

torna-se capaz de desempenhar as funções manuais de manipular objetos de diferentes

tamanhos, formas e texturas. Deste modo, mínimas alterações nessa coordenação podem

ocasionar perdas funcionais importantes, provocando perturbações negativas na

qualidade de vida desse indivíduo (JONES e LEDERMAN, 2006; FREITAS,

KRISHNAN e JARIC, 2008).

Estudos têm sugerido que indivíduos com DP apresentam comprometimento das

funções manuais, acarretando na inabilidade de realizar atividades de vida diária

(AVDs) simples, como cortar alimentos, tomar medicação, amarrar os sapatos e abotoar

roupas (GEBHARDT et al., 2008; RAHMAN et al., 2008). Porém, ainda são poucos os

estudos que comparam a função manual de sujeitos com DP com as de indivíduos

saudáveis. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi investigar se há resposta diferencial

entre as medidas de função manual, através da destreza digital e da força de preensão

palmar, de sujeitos com DP e sadios, e observar os fatores associados a essas medidas.

2 MATERIAIS E MÉTODOS

2.1. Participantes

A seleção da amostra foi não probabilística e por conveniência. Participaram do

estudo 114 indivíduos, sendo 78 com diagnóstico de Doença de Parkinson e 36

indivíduos sadios. Os participantes assinaram um Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE) aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Rio

Grande do Norte sob parecer nº 15050713.6.2003.5537.

Foram incluídos no grupo com a doença de Parkinson sujeitos com diagnóstico

clínico de DP idiopática, de acordo com o Banco do Cérebro de Londres (GELB,

OLIVER e GILMAN, 1999), que não possuíam outra doença neurológica associada e

que não tinham nenhuma alteração ortopédica e/ou musculoesquelética em membros

superiores. Já no grupo controle, foram incluídos indivíduos com a mesma faixa de

idade do grupo com DP e sem doença neurológica associada e sem alteração ortopédica

e/ou musculoesquelética em membros superiores. Foram excluídos de ambos os grupos

os indivíduos que não conseguiram realizar os testes.

Page 12: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO … · 2019-01-31 · Co-orientadora: Ms. Isabelly Cristina Rodrigues Regalado. ... Sou grato ao Senhor por tudo. Às professoras

10

2.2. Procedimentos

Após assinarem o TCLE (APÊNDICE A), foi preenchido um formulário

estruturado (APÊNDICE B) contendo informações demográficas e clínicas. Antes do

início da realização dos testes, a dominância manual foi questionada pelo avaliador.

Logo após foi aplicado os testes de força de preensão palmar e de destreza digital.

A força de preensão palmar foi avaliada pelo dinamômetro hidráulico manual do

tipo Jamar®, seguindo as orientações da American Society of Hand Therapists (ASHT),

que recomenda que os indivíduos realizem o teste sentados, com o ombro aduzido,

cotovelo fletido em 90º e antebraço em posição neutra (MATHIOWETZ et al., 1985;

MATHIOWETZ et al., 1986; FESS, 1992). A alça do dinamômetro foi ajustada na 2ª

posição. O teste foi realizado primeiro com a mão dominante e depois com a mão não

dominante. Os indivíduos receberam um comando verbal para o início do teste e logo

após apertaram a alça, mantendo-a pressionada por 5 segundos. Foram obtidas três

medidas, com intervalo mínimo de 1 minuto entre elas, em quilograma-força (Kgf),

considerando-se a média dessas medidas para cada mão.

Para avaliação da destreza digital foi utilizado o instrumento Nine Hole Peg Test

(9-HPT), um tabuleiro quadrado de 13x13 cm com nove pontos com 3,2 cm de

profundidade, perfurados com uma broca com diâmetro de 0,71 cm. Os nove pinos de

madeira possuem 0,64 cm de diâmetro e 3,2 cm de comprimento. O teste foi realizado

inicialmente com a mão dominante e depois com a mão dominante. Um teste para

familiarização foi realizado antes do teste efetivo cronometrado. Os indivíduos foram

orientados a pegarem os 9 pinos, depositados em uma caixa, um de cada vez, e encaixá-

los em 9 buracos e depois retirá-los um a um e colocá-los novamente na caixa. Foi

pedido que eles realizassem esse procedimento o mais rápido possível. Foram realizadas

2 medidas em cada mão, com intervalo de descanso de 30 segundos, considerando a

média entre elas (EARHART, CAVANAUGH e ELLIS, 2011).

Os estágios de incapacidade da DP foram avaliados pela Escala de Estágios de

Incapacidade de Hoehn e Yahr (modificada), a qual avalia a severidade da doença, de

acordo com a incapacidade do indivíduo. A classificação vai de 0 a 5: no estágio 0, não

há sintomas da doença; no 1, o acometimento é unilateral; no 2, a doença é bilateral,

mas não há déficit de equilíbrio; no estágio 3, a incapacidade é bilateral e o indivíduo

tem déficit de equilíbrio; no 4, já é considerado uma incapacidade grave, onde o

indivíduo é incapaz de caminhar ou permanecer em pé sem ajuda; no 5, o estágio mais

Page 13: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO … · 2019-01-31 · Co-orientadora: Ms. Isabelly Cristina Rodrigues Regalado. ... Sou grato ao Senhor por tudo. Às professoras

11

grave, o individuo está confinado a cama ou cadeira de rodas (HOEHN e YAHR, 1967;

MELLO e BOTELHO, 2010).

2.3. Análise estatística

Para análise de dados, foi utilizado o pacote estatístico Statistical Package for

the Social Sciences (SPSS) versão 21.0. Inicialmente, foi realizada uma análise

descritiva da distribuição da frequência das variáveis em estudo. Foi aplicado o teste de

normalidade Kolmogorov-Smirnov. Como a distribuição foi considerada normal, a

comparação das médias das variáveis de FPP e destreza digital entre o grupo DP e o

grupo controle, entre os sexos do DP e entre os estágios da doença foram avaliadas

através do teste T Student para amostras independentes. A correlação da FPP e da

destreza com a idade do grupo DP foi feita através do teste de correlação de Pearson. As

variáveis categóricas foram comparadas pelo teste do quiquadrado. Em toda análise

estatística foi considerado um intervalo de confiança (IC) de 95% e um p < 0,05.

RESULTADOS

Foram incluídos neste estudo 78 indivíduos com DP (27 mulheres, 51 homens) e

36 indivíduos sadios (14 mulheres, 22 homens). A Tabela 1 demonstra os dados

demográficos e clínicos dos dois grupos, evidenciando uma homogeneidade tanto da

média de idade quanto da frequência do sexo. Mostra também que o grupo com DP

apresentou mais comorbidades do que o grupo controle.

Tabela 1. Dados demográficos e clínicos dos grupos DP e Controle. Natal/RN, 2017.

Variáveis

Grupo DP

(n = 78) Grupo Controle

(n=36) P

Média de idade (anos) 66,0 ± 10,20 64,1 ± 8,35 0,34

Sexo 0,65

Feminino 27 (34,6%) 14 (39%)

Masculino 51 (65,4%) 22 (61%)

Membro superior dominante 0,22

Direito 71 (91%) 35 (97%)

Esquerdo 7 (9%) 1 (3%)

Duração da doença (anos) 7,36 ± 5,02 NA

HY

Leve a Moderado (1 a 3) 55 (70%) NA

Grave (4 e 5) 23 (30%) NA

Número de Comorbidades 1,4 ±1,16 0,97 ± 0,84 0,03

DP = Doença de Parkinson; HY = Escala de Incapacidade de Hoehn e Yahr (modificada).

A análise comparativa da força de preensão palmar e destreza digital, do

membro superior dominante e não dominante, entre o grupo DP e o controle estão

Page 14: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO … · 2019-01-31 · Co-orientadora: Ms. Isabelly Cristina Rodrigues Regalado. ... Sou grato ao Senhor por tudo. Às professoras

12

descritos na Tabela 2. Através da realização do Teste t de Student (p ≤ 0,05), foi

observado que o grupo DP apresentou menor média de FPP que o grupo controle. Além

disso, o grupo DP precisou de mais tempo para realizar o 9HPT, sugerindo uma menor

habilidade digital que o grupo controle.

Tabela 2. Análise comparativa da força de preensão palmar e destreza digital entre indivíduos com DP e

indivíduos sadios. Natal/RN, 2017.

Média ± Desvio Padrão P

Grupo DP

n=78 Grupo Controle

n=36

Força de Preensão Palmar (Kgf)

Membro superior dominante 24,56 ± 9,95 30,43 ± 9,05 0,003

Membro superior não dominante 22,99 ± 10,10 28,22 ± 8,50 0,008

Nine Hole Peg Test (segundos)

Membro superior dominante 40,28 ± 26,53 26,05 ± 5,70 <0,001

Membro superior não dominante 46, 80 ± 39,29 27,74 ± 5,50 0,005 DP = Doença de Parkinson.

A figura 1 representa os resultados de dispersão para força de preensão palmar e

destreza digital, tanto do membro superior dominante quanto do não dominante, com a

idade.

Foi encontrada correlação fraca entre as variáveis de força de preensão palmar e

a idade, com r=-0,361 e p= 0,001 para o membro superior dominante, e com r=-0,296 e

p=0,008 para o membro superior não dominante. Sugerindo que à medida que a idade

dos indivíduos com DP avança, menor torna-se a força de preensão.

Da mesma forma que a força, a correlação dos dados de destreza digital, através

do 9HPT, com a idade, foi fraca, com r=0,388 e p= 0,001 para o membro superior

dominante, e com r=0,400 e p= <0,001 para o membro superior não dominante. Sendo

possível observar que há uma relação positiva estatisticamente significativa entre o

9HPT e a idade, em que quanto maior a idade, mais tempo o indivíduo com DP gasta

para realizar atividades de destreza digital.

Page 15: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO … · 2019-01-31 · Co-orientadora: Ms. Isabelly Cristina Rodrigues Regalado. ... Sou grato ao Senhor por tudo. Às professoras

13

Figura 1. Correlação da força de preensão palmar e destreza digital, tanto do membro superior dominante

quanto do não dominante, com a idade. (A) correlação entre força de preensão palmar do membro

superior dominante com a idade. (B) correlação entre força de preensão palmar do membro superior não

dominante com a idade. (C) correlação entre destreza digital do membro superior dominante com a idade.

(D) correlação entre destreza digital do membro superior não dominante com a idade.

A Tabela 3 apresenta a análise comparativa da força de preensão palmar e

destreza digital entre os sexos e os estágios de incapacidade. É possível notar que houve

diferença estatisticamente significativa da força de preensão palmar, em ambos os

membros, entre os sexos. Sugerindo que os homens geram mais força que as mulheres.

Já em relação à destreza digital, não houve diferença entre os sexos. A

comparação da força de preensão e destreza digital com os estágios de incapacidade da

DP mostrou que há diferença significativa entre eles, onde os indivíduos nos estágios 4

e 5 (grave) apresentam um déficit maior na produção de força e na destreza dos dedos

do que os indivíduos nos estágios 1, 2 e 3 (leve a moderado).

A B

C D

Page 16: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO … · 2019-01-31 · Co-orientadora: Ms. Isabelly Cristina Rodrigues Regalado. ... Sou grato ao Senhor por tudo. Às professoras

14

Tabela 3. Análise comparativa da força de preensão palmar e destreza digital entre os sexos e os estágios.

Natal/RN, 2017.

HY: Escala de Incapacidade de Hoenh e Yahr.

DISCUSSÃO

A finalidade do presente estudo foi comparar a força de preensão palmar e

destreza digital entre os indivíduos com Doença de Parkinson e os indivíduos sadios, e

verificar os fatores que estão associados a essas medidas.

Os achados do nosso estudo sugerem que a força de preensão palmar é menor

nos sujeitos com DP do que nos sem a doença, corroborando com os achados do estudo

de Jones et al. (2017), que avaliaram a força de preensão palmar de 23 indivíduos com

DP e 14 saudáveis, pareados por idade, sexo e índice de massa corporal, através do

dinamômetro manual. A causa dessa perda ainda não é clara, mas isso parece ocorrer

devido à diminuição da dopamina nigroestriatal levando a um aumento da inibição

tônica do tálamo, e consequente redução da excitação do córtex motor, interrompendo a

ativação corticoespinhal dos padrões de ativação muscular (JONES et al., 2017;

ROBERTS et al., 2015; PRADHAN et al., 2015).

Além disso, a fraqueza muscular pode estar associada à miopatia. Ainda há

poucas pesquisas sobre a alteração morfológica que ocorre nos músculos na DP, mas

Wrede et al. (2012) compararam as biópsias do músculo paravertebral de 14 indivíduos

com DP com 14 indivíduos sem a doença pareados por idade e sexo, e observaram que

os indivíduos com DP apresentaram hipertrofia das fibras tipo I e perda de fibras tipo II,

o que significa diminuição da ativação das fibras de contração rápida.

Sexo HY

Masculino

(n=50)

Feminino

(n=28)

P Leve a

Moderado

(n=55)

Grave

(n=23)

P

Força de Preensão

Palmar (Kgf)

Membro superior

dominante 28,05±8,52 17,95±9,19 <0,001 26,55±10,10 19,79±7,92 0,006

Membro superior não

dominante 26,92±8,33 15,58±9,01 <0,001 25,25±10 17,59±8,25 0,002

Nine Hole Peg Test

(segundos)

Membro superior

dominante 43,87±29,34 39,71±15,49 0,72 35,64±9,76 62,21±42,34 <0,001

Membro superior não

dominante 53,97±47,16 41,36±9,09 0,48 42,09±32,89 72,74±47,25 <0,001

Page 17: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO … · 2019-01-31 · Co-orientadora: Ms. Isabelly Cristina Rodrigues Regalado. ... Sou grato ao Senhor por tudo. Às professoras

15

A destreza digital também foi diferente entre os grupos, onde os indivíduos com

DP precisaram de mais tempo para realizar o 9HPT, sugerindo que a doença afeta o

desempenho da realização das atividades manipulativas. O que para Gebhardt et al.

(2008) e Quencer et al. (2007) ocorre devido a apraxia membro-cinética, que é

considerada como perda do controle motor fino não explicado pelo déficit motor

elementar, como por exemplo a fraqueza ou ataxia.

Gebhardt et al. (2008) avaliaram a destreza digital de 36 indivíduos, sendo 24

com DP e 12 saudáveis, duas vezes, uma no tempo on e outra no tempo off da

medicação. Eles observaram que a medida de destreza digital sofreu pouca influência da

medicação, enquanto a bradicinesia melhorou. Dessa forma, chegaram à conclusão que

o déficit de destreza digital é independente da bradicinesia ou da deficiência

dopaminérgica.

A força de preensão palmar também foi diferente entre os sexos, sugerindo que

os homens com DP produzem maior quantidade de força, em ambos os membros, do

que as mulheres com DP. Para Soares et al. (2015), isso se deve ao fato das medidas

antropométricas das mãos serem diferentes entre os sexos, tanto em relação ao

comprimento transversal da mão quanto a área palmar total, sendo essas medidas

maiores nos homens, o que lhes proporciona vantagem para a preensão. Já para Roland,

Jones e Jakobi (2013) a diferença da força entre os sexos é devido à presença de

sarcopenia acelerada nas mulheres com DP, o que proporciona menor força de preensão.

Em relação à comparação da destreza digital entre os sexos, não houve diferença

estatisticamente significativa. Contrariando os achados do estudo de Szewczyk-

Krolikowski et al. (2014), que em uma Coorte avaliaram 490 indivíduos com DP e 176

indivíduos saudáveis, e investigaram a influência da idade e do sexo nos sintomas

motores e não motores da DP, e concluíram que as mulheres com DP apresentam uma

atenuação dos sintomas motores, incluindo a perda da destreza digital, em relação aos

homens com DP. Essa divergência nos resultados pode ter ocorrido pela diferença dos

instrumentos e do desenho do estudo.

Nossos achados também sugerem que a FPP tende a diminuir à medida que a

idade avança. Segundo Szewczyk-Krolikowski et al. (2014), isso acontece porque a

progressão dos sintomas motores é maior em indivíduos mais velhos, devido a uma

degeneração mais rápida dos terminais dopaminérgicos. Sendo a idade um fator

contribuinte mais forte para progressão da doença do que o tempo de duração da DP.

Page 18: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO … · 2019-01-31 · Co-orientadora: Ms. Isabelly Cristina Rodrigues Regalado. ... Sou grato ao Senhor por tudo. Às professoras

16

Outro fator associado à diminuição da FPP, segundo nossos achados, é o

estadiamento da DP. A comparação da força de preensão palmar com os estágios de

incapacidade da DP mostrou diferença entre o estágio de leve a moderado (1, 2 e 3) e o

estágio grave (4 e 5). Sugerindo que os indivíduos nos estágios mais avançado da

doença têm maior déficit na produção de força. Isso ocorre devido à característica

neurodegenerativa e progressiva da DP, em que os gânglios da base, uns dos

responsáveis pela modulação da força, são mais afetados nos estágios avançados da

doença, levando a uma menor ativação muscular (VAILLANCOURT et al., 2004;

JONES et al., 2017; ROBERTS et al., 2015).

Da mesma forma que a força de preensão a destreza digital diminui à medida

que a idade aumenta, devido à rápida progressão da degeneração dos terminais

dopaminérgicos nas idades mais avançadas, diminuindo a capacidade de realizar

atividades manipulativas em um menor espaço de tempo. Devido a isso também, os

indivíduos nos estágio mais avançados da doença (4 e 5) apresentam mais dificuldades

para realizar atividades manipulativas do que os que estão nos estágios mais leves da

DP (SZEWCZYK-KROLIKOWSKI et al.,

2014; EARHART, CAVANAUGH e

ELLIS, 2011).

Diante do exposto, nosso estudo apresentou algumas limitações, como a falta

dos dados da avaliação antropométrica e da composição corporal, posto que também

podem influenciar as variáveis força e destreza. Além disso, a quantidade pequena de

variáveis utilizadas para avaliar os fatores associados e o tamanho da amostra do nosso

estudo foram fatores limitantes. No entanto, nossos resultados sugerem desfechos

importantes, principalmente no sentido de mostrar que a doença de Parkinson afeta a

força e as habilidades manuais, e que existem fatores associados que podem agravar

essas alterações.

CONCLUSÃO

O presente estudo demonstrou que a doença de Parkinson parece afetar a força

preensão palmar e o desempenho das atividades de destreza digital. Além disso, sugere-

se que a idade e os estágios mais avançados da doença são fatores associados à

diminuição da força de preensão e da destreza dos dedos. Já o sexo parece somente

interferir na força, não havendo diferenças entre a destreza digital de mulheres e homens

com DP.

Page 19: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO … · 2019-01-31 · Co-orientadora: Ms. Isabelly Cristina Rodrigues Regalado. ... Sou grato ao Senhor por tudo. Às professoras

17

Esses achados são importantes à proporção que direcionam os profissionais de

saúde envolvidos no cuidado desse público a desenvolverem terapias voltadas às reais

necessidades desses pacientes.

REFERÊNCIAS

BARBOSA, M.T. Prevalência da doença de Parkinson e outros tipos de parkinsonismo

em idosos: estudo de Bambuí [tese]. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2005.

CANO-DE-LA-CUERDA, R.; PEREZ-DE-HERÉDIA, M.; MIANGOLARRA-PAGE,

J.C.; MUÑOZ-HELLÍN, E.; FERNÁNDEZ-DE-LAS-PEÑAS, C. Is There muscular

weakness in Parkinson’s disease? Am J Phys Med Rehabil., v.89, n.1, p.70-6, 2010.

CAVINESS, J.N.; SMITH, B.E.; STEVENS, J.C.; ADLER, C.H.; CASELLI, R.J.;

HENTZ, J.G.; MUENTER, D. Motor unit number estimates in idiopathic Parkinson's

disease. Parkinsonism & Related Disorders, n. 8, p.161-164, 2002.

DE FREITAS, P.B.; KRISHNAN, V.; JARIC, S. Force coordination in object

manipulation. J Hum Kinet., n.20, p.37-51, 2008.

DE LAU, L.M.; BRETELER, M.M. Epidemiology of Parkinson’s disease. Lancet

Neurol, v.5, n.6, p. 525-535, 2006.

DURMUS, B.; BAYSAL, O.; ALTINAYAR, S.; ALTAY, Z.; ERSOY, Y.; OZCAN, C.

Lower extremity isokinetic muscle strength in patients with Parkinson’s disease. J Clin

Neurosci., v.17, n.7, p.893-6, 2010.

FESS, E.E. Grip strength. In: Casanova JS, editor. Clinical assessment

recommendations. 2nd ed. Chicago: American Society of Hand Therapists; p. 41–45,

1992.

GEBHARDT, A.; VANBELLINGEN, T.; BARONTI, F.; KERSTEN, B.;

BOHLHALTER, S. Poor dopaminergic response of impaired dexterity in Parkinson’s

disease: Bradykinesia or limb kinetic apraxia? Movement Disorders, v. 23, n. 12, p.

1701–1706, 2008.

GELB, D.J.; OLIVER, E.; GILMAN, S. Diagnostic Criteria for Parkinson disease.

Arch Neurol, n.56, p. 33-9, 1999.

HOEHN, M.M.; YAHR, M.D. Parkinsonism: onset, progression and mortality.

Neurology., n.17, p.427–42, 1967.

JANKOVIC, J. Parkinson’s disease: clinical features and diagnosis. J Neurol

Neurosurg Psychiatry, v.79, n.4, p.368-76, 2008.

Page 20: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO … · 2019-01-31 · Co-orientadora: Ms. Isabelly Cristina Rodrigues Regalado. ... Sou grato ao Senhor por tudo. Às professoras

18

JONES, L.A.; LEDERMAN, S.J. Book human hand function. New York: Oxford

University Press; Oxford, New York, p.279, 2006.

MATHIOWETZ, V.; KASHMAN, N.; VOLLAND, G.; WEBER, K.; DOWE, M.;

ROGERS, S. Grip and pinch strength: normative data for adults. Arch Phys Med

Rehabil., v.66, n.2, p.69-74, 1985.

MATHIOWETZ, V.; WIEMER, D.M.; FEDERMAN, S.M. Grip and pinch strength:

norms for 6- to 19-year-olds. Am J Occup Ther., v.40, n.10, p.705-11, 1986.

MELLO, M.P.B.; BOTELHO, A.C.G. Correlation of evaluation scales utilitized at

Parkinson’s disease applied to physical therapy. Fisioter. Mov., Curitiba, v. 23, n. 1, p.

121-127, jan./mar. 2010.

PEREIRA, D.; GARRETT, C. Factores de risco da doença de Parkinson um estudo

epidemiológico. Acta Med Port, n.23, p. 15-24, 2010.

PRADHAN, S.; SCHERER, R.; MATSUOKA, Y.; KELLY, V.E. Grip force

modulation characteristics as a marker for clinical disease progression in individuals

with Parkinson disease: case-control study. Phys Ther, n.95, p.369–379, 2015.

QUENCER, K.; OKUN, M.S.; CRUCIAN, G.; FERNANDEZ, H.H.; SKIDMORE, F.;

HEILMAN, K.M. Limb-kinetic apraxia in Parkinson disease. Neurology, n.68, p.150–

151, 2007.

RAHMAN, S.; GRIFFIN, H.J.; QUINN, N.P.; JAHANSHAHI, M. Quality of life

in Parkinson's disease: the relative importance of the symptoms. Mov Disord. v.23,

n.10, p.1428-34, 30 Jul de 2008.

TEIVE, H.A.G. Etiopatogenia da doença de Parkinson. Rev Neurocienc, n.13, p.201-

14, 2005.

VILLAFAÑE, J.H.; VALDES, K.; BURASCHI, R.; MARTINELLI,

M.; BISSOLOTTI, L.; NEGRINI, S. Reliability of the Handgrip Strength Test in

Elderly Subjects With Parkinson Disease. Hand (N Y). v.11, n.1, p.54-8, 14 de jan

2016.

WIRDEFELDT, K; ADAMI, H.O.; COLE, P. Trichopoulos D, Mandel J. Epidemiology

and etiology of Parkinson’s disease: a review of the evidence. Eur J Epidemiol, n. 26

p. S1-S58, 2011.

WREDE, A.; MARGRAF, N.G.; GOEBEL, H.H.; DEUSCHL, G.;

SCHULZSCHAEFFER, W.J. Myofibrillar disorganization characterizes myopathy of

camptocormia in Parkinson’s disease. Acta Neuropathol,, n.123, p.419-432, 2012

Page 21: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO … · 2019-01-31 · Co-orientadora: Ms. Isabelly Cristina Rodrigues Regalado. ... Sou grato ao Senhor por tudo. Às professoras

19

YANAGAWA, S.; SHINDO, M.; YANAGISAWA, N. Muscular weakness in

Parkinson’s disease. Adv Neurol, n.53, p.259–269, 1990.

ZADIKOFF, C.; LANG, A.E. Apraxia in movement disorders. Brain, n.128, p.1480–

1497, 2005.

JONES, G.R.; ROLAND, K.P.; NEUBAUER, N.A. Handgrip Strength Related to

Long-Term Electromyography: Application for Assessing Functional Decline in

Parkinson Disease. Arch Phys Med and Rehab, v. 98, n. 2, p.347-352, fev. 2017.

ROBERTS, H.C.; SYDDALL, H.E.; BUTCHART, J.W.; STACK, E.L.; COOPER, C.;

SAYER, A.A. The Association of Grip Strength With Severity and Duration of

Parkinson’s: A Cross-Sectional Study. Neurorehabilitation and Neural Repair, v.29,

n.9, p.889-896, 2015.

EARHART, G. M.; CAVANAUGH, J. T.; ELLIS, T. The 9-Hole Peg Test of Upper

Extremity Function : Average Values , Test-Retest Reliability , and Factors

Contributing to Performance in People With Parkinson Disease. J Neur Phys Ther, v.

35, p. 157–163, dez., 2011.

SOARES, A.V.; CARVALHO JÚNIOR, J.M.; CARVALHO, A.M.; MARTIGNAGO,

R.B.; DOMENECH, S.C.; BORGES JÚNIOR, N.G. Relações entre a força de preensão

e aspectos antropométricos da mão. Rev Bras Med Trab., v.13, n.2, p.108-14, 2015.

ROLAND, K.P.; JONES, G.R.; JAKOBI, J.M. Parkinson's disease and sex-related

differences in electromyography during daily life. Journal of electromyography and

kinesiology. official journal of the International Society of Electrophysiological

Kinesiology., v.23, n.4, p.958-65, 2013.

SZEWCZYK-KROLIKOWSKI, K.; TOMLINSON, P.; NITHI, K.; WADE-MARTINS,

R.; TALBOT, K.; BEN-SHLOMO, Y.; HU, M.T. The influence of age and gender on

motor and non-motor features of early Parkinson's disease: initial findings from the

Oxford Parkinson Disease Center (OPDC) discovery cohort. Parkinsonism Relat

Disord., v.20, n.1, p.99-105. Jan., 2014.

VAILLANCOURT, M.M.A.; THULBORN, K.R.; CORCOS, D.M. Subthalamic

nucleus and internal globus pallidus scale with the rate of change of force production in

humans. Neuroimage., n.23, p.175–186, 2004

Page 22: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO … · 2019-01-31 · Co-orientadora: Ms. Isabelly Cristina Rodrigues Regalado. ... Sou grato ao Senhor por tudo. Às professoras

20

APÊNDICES

APÊNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)

Page 23: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO … · 2019-01-31 · Co-orientadora: Ms. Isabelly Cristina Rodrigues Regalado. ... Sou grato ao Senhor por tudo. Às professoras

21

Page 24: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO … · 2019-01-31 · Co-orientadora: Ms. Isabelly Cristina Rodrigues Regalado. ... Sou grato ao Senhor por tudo. Às professoras

22

Page 25: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO … · 2019-01-31 · Co-orientadora: Ms. Isabelly Cristina Rodrigues Regalado. ... Sou grato ao Senhor por tudo. Às professoras

23

APÊNDICE B – Ficha de Avaliação