UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO … · 2019-01-31 · Co-orientadora: Ms....
Transcript of UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO … · 2019-01-31 · Co-orientadora: Ms....
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA
AVALIAÇÃO DAS MEDIDAS DE FORÇA DE PREENSÃO
PALMAR E DESTREZA DIGITAL NA DOENÇA DE PARKINSON:
ESTUDO TRANSVERSAL
Leonardo Bezerra Custódio
NATAL – RN
2017
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA
AVALIAÇÃO DAS MEDIDAS DE FORÇA DE PREENSÃO
PALMAR E DESTREZA DIGITAL NA DOENÇA DE PARKINSON:
ESTUDO TRANSVERSAL
Leonardo Bezerra Custódio
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao
Curso de Fisioterapia da UFRN, como pré-
requisito para obtenção de grau de
FISIOTERAPEUTA.
Orientadora: Profa. Dra. Ana Raquel Rodrigues
Lindquist.
Co-orientadora: Ms. Isabelly Cristina Rodrigues
Regalado.
NATAL – RN
2017
BANCA EXAMINADORA
TRABALHO APRESENTADO POR LEONARDO BEZERRA CUSTÓDIO EM 05
DE DEZEMBRO DE 2017.
1º Examinadora, ORIENTADORA: Profa. Dra. Ana Raquel Rodrigues Lindquist.
Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
2º Examinadora, CO-ORIENTADORA: Ms. Isabelly Cristina Rodrigues Regalado.
Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
3º Examinadora: Dra. Larissa Coutinho de Lucena. Universidade Federal do Rio Grande
do Norte.
AGRADECIMENTOS
Agradeço ao Autor da Criação por tamanha graça e misericórdia. Por ter me
ajudado a superar todos os momentos difíceis, nos quais muitas vezes pensei em
desistir. Sou grato ao Senhor por tudo.
Às professoras Ana Raquel, Isabelly e Larissa por terem me dado a oportunidade
de participar do projeto de pesquisa que deu fruto a este trabalho e pelas orientações e
contribuições. Em especial a Isabelly, por toda paciência, sugestões, cobranças e por ter
me dado todo o suporte que precisei para que esse trabalho acontecesse. Meus sinceros
agradecimentos.
À minha esposa, por toda a ajuda e incentivo que me deu durante toda a
graduação, e durante a realização deste trabalho. Você foi peça fundamental para a
concretização de tudo isso.
À minha família, por todo carinho, incentivo e confiança em mim. Vocês são a
minha base.
Aos amigos verdadeiros que a fisioterapia me deu. Sou muito grato a vocês por
todos os momentos que vivemos nesses 5 anos, que na maioria das vezes foram de
alegria. Vocês foram muito importantes para que esses anos fossem mais leves.
A todos do LIAM que de alguma forma ajudaram. Em especial, agradeço a
Camila, Aline, Ozana e Mayara que me ajudaram muito na reta final das coletas.
Agradeço a todos os voluntários da pesquisa e a todos que os indicaram. Sou
muito grato a vocês pela paciência e pela confiança. Esse trabalho não teria acontecido
sem a ajuda de vocês.
SUMÁRIO
RESUMO.......................................................................................................................VI
ABSTRACT.................................................................................................................VII
LISTA DE TABELAS...............................................................................................VIII
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................8
2 MATERIAIS E MÉTODOS........................................................................................9
2.1. PARTICIPANTES..........................................................................................9
2.2. PROCEDIMENTOS.....................................................................................10
2.3. ANÁLISE ESTATÍSTICA...........................................................................11
RESULTADOS..............................................................................................................11
DISCUSSÃO..................................................................................................................14
CONCLUSÃO................................................................................................................16
REFERÊNCIAS.............................................................................................................17
APÊNDICES..................................................................................................................20
RESUMO
Introdução: A Doença de Parkinson (DP) é uma desordem crônica, progressiva e
neurodegenerativa que atinge o sistema nervoso central, causando diminuição do
número de neurônios dopaminérgicos localizados na substância negra. Essa diminuição
leva a algumas alterações motoras, sendo as principais: bradicinesia, rigidez muscular,
instabilidade postural e tremor de repouso. Além disso, parece afetar a força de
preensão palmar e a destreza digital desses indivíduos. Objetivo: Investigar se há
resposta diferencial entre as medidas de função manual, através da destreza digital e da
força de preensão palmar, de sujeitos com DP e saudáveis, e observar os fatores
associados a essas medidas. Metodologia: Participaram do nosso estudo 114
indivíduos, sendo 78 no grupo com DP e 36 no grupo Controle. Foram realizadas
avaliações da força de preensão palmar (FPP), pelo dinamômetro manual; da destreza
digital, pelo Nine Hole Peg Test (9HPT); e dos fatores associados por uma ficha de
avaliação estruturada que continham informações sociodemográficas e clínicas
(incluindo a escala de Hoehn & Yahr (modificada)). Os dados de FPP e destreza foram
comparados entre os grupos DP e Controle, entre os sexos do grupo DP e entre os
estágios da doença pelo Test T Student; a correlação da FPP e da destreza digital com a
idade pelo teste de correlação de Pearson. Resultados: A FPP foi diferente entre os
grupos DP e Controle, tanto no membro dominante (p=0,003) quanto no não dominante
(p=0,008), sugerindo que os sujeitos com DP apresentam menor força; também foi
diferente entre os sexos (p<0,001), onde as mulheres tiveram menor força que os
homens; como também foi diferente entre os estágios, onde nos estágios mais
avançados os indivíduos com DP apresentam menor força. Em relação a destreza
digital, houve diferença estatisticamente significativa entre o grupo DP e o Controle,
para ambos membros, sendo menor na DP; entre os sexos, não houve diferença entre os
grupos; e os estágios mais avançados apresentaram menor habilidade digital do que os
mais leves; em relação a idade, houve correlação fraca, mas significativa entre os dados
de FPP e destreza digital com a idade, onde os sujeitos com DP apresentaram
diminuição nas duas medidas à proporção que a idade aumentou. Conclusão: O
presente estudo demonstrou que a doença de Parkinson parece afetar a força preensão
palmar e o desempenho das atividades de destreza digital. Além disso, sugere-se que a
idade e os estágios mais avançados da doença são fatores associados à diminuição da
força de preensão e da destreza dos dedos. Já o sexo parece somente interferir na força,
não havendo diferenças entre a destreza digital de mulheres e homens com DP.
Palavras-chave: Doença de Parkinson; Destreza motora; Força muscular.
ABSTRACT
Parkinson's disease (PD) is a chronic, progressive and neurodegenerative disorder that
strikes the central nervous system, causing a decrease in the number of dopaminergic
neurons located in the substantia nigra. This decrease leads to some motor alterations,
being the main ones: bradykinesia, muscular rigidity, postural instability and rest
tremor. In addition, it appears to affect the palmar grip strength and digital dexterity of
these individuals. Objective: to investigate whether there is a differential response
between the manual function measurements, through digital dexterity and palmar grip
strength, of subjects with PD and healthy, and to observe the factors associated with
these measures. Methodology: 114 individuals participated in our study, 78 in the PD
group and 36 in the Control group. Evaluations of palmar grip strength (PGS) were
performed by manual dynamometer; of digital dexterity, by the Nine Hole Peg Test
(9HPT); and the factors associated by a structured assessment sheet that contained
sociodemographic and clinical information (including the Hoehn & Yahr (modified)
scale). The PGS and dexterity data were compared between the DP and Control groups,
between the sexes of the PD group and between the stages of the disease by the Student
T Test; the correlation of PGS and digital dexterity with age by the Pearson correlation
test. Results: PGS was different between the PD and Control groups, in both the
dominant (p = 0.003) and non-dominant (p = 0.008) limbs, suggesting that subjects with
PD had lower strength; was also different between the sexes (p <0.001), where women
had lower strength than men; but was also different between the stages, where in the
more advanced stages individuals with PD present less strength. Regarding digital
dexterity, there was a statistically significant difference between the PD and Control
groups for both limbs, being lower in PD; between the sexes, there was no difference
between the groups; and the more advanced stages presented less digital ability than the
lighter ones; in relation to age, there was a weak but significant correlation between
PGS data and digital dexterity with age, where subjects with PD presented a decrease in
both measures as age increased. Conclusion: The present study demonstrated that
Parkinson's disease appears to affect palmar grip strength and performance of digital
dexterity activities. In addition, it is suggested that the age and advanced stages of the
disease are factors associated with decreased grip strength and digital dexterity.
However, gender seems to only interfere with strength, and there are no differences
between the digital dexterity of women and men with PD.
Key-words: Parkinson Disease; Motor Skill; Muscle Strength.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Dados demográficos e clínicos dos grupos DP e Controle. Natal/RN, 2017..11
Tabela 2. Análise comparativa da força de preensão palmar e destreza digital entre
indivíduos com DP e indivíduos sadios. Natal/RN, 2017...............................................12
Tabela 3. Análise comparativa da força de preensão palmar e destreza digital entre os
sexos e os estágios. Natal/RN, 2017................................................................................14
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Correlação da força de preensão palmar e destreza digital, tanto do membro
superior dominante quanto do não dominante, com a idade...........................................13
8
1 INTRODUÇÃO
A Doença de Parkinson (DP) é uma desordem crônica, degenerativa e
progressiva que atinge o Sistema Nervoso Central (SNC), causando diminuição do
número de neurônios dopaminérgicos localizados na substância negra (WIRDEFELDT
et al., 2011; TEIVE, 2005). O decréscimo da função dopaminérgica acarreta em
disfunções motoras, sendo as principais: bradicinesia, definida como lentidão na
execução dos movimentos voluntários; instabilidade postural, causada pela perda de
reflexos posturais; rigidez muscular, ocasionada pela inibição ineficiente dos músculos
antagonistas; tremor de repouso, que atinge inicialmente os membros superiores e
posteriormente pescoço e face (WIRDEFELDT et al., 2011; JANKOVIC, 2008). Além
desses sintomas, a fraqueza muscular tem sido frequente nessa população (CANO-DE-
LA-CUERDA et al., 2010; DUMUS et al., 2010).
A prevalência da DP no mundo é cerca de 100 a 300 casos por 100.000
habitantes, sendo considerada a segunda desordem neurodegenerativa mais comum em
indivíduos com idade maior que 60 anos (DE LAU e BRETELER, 2006). No Brasil,
ainda são poucos os estudos de prevalência da doença, mas estima-se que há 200.000
casos no país, com uma prevalência de 3,3% em pessoas com idade acima de 65 anos
(BARBOSA, 2005).
A DP pode ser classificada em diferentes estágios dependendo da gravidade dos
acometimentos motores, onde se leva em consideração a presença dos sintomas em um
ou nos dois lados do corpo, se há comprometimento de equilíbrio e se o indivíduo ainda
pode caminhar com independência ou está restrito a cama ou a cadeira de rodas
(HOEHN e YAHR, 1967; MELLO e BOTELHO, 2010).
Estudos recentes têm proposto que sujeitos com DP podem apresentar alterações
na força de preensão palmar (FPP) (JONES et al., 2017; ROBERTS et al., 2015). A
medição dessa força tem sido considerada como eficaz para determinar alterações na
atividade muscular em pessoas com DP, podendo ser aplicado para detecção precoce do
declínio funcional antes mesmo da perda de habilidades (JONES et al., 2017). Sendo
considerada a medida mais acurada para avaliar força máxima de indivíduos com DP,
por reduzir a interferência dos efeitos da bradicinesia (ROBERTS et al., 2015).
Além da força, a avaliação da destreza digital também tem demonstrado
importante papel no impacto negativo na qualidade de vida, pois indivíduos com
9
alterações nessas variáveis tendem a apresentar inabilidades nas realizações das
atividades de vida diária (GEBHARDT et al., 2008; RAHMAN et al., 2008).
Quando o indivíduo consegue coordenar a força de preensão e a destreza digital,
torna-se capaz de desempenhar as funções manuais de manipular objetos de diferentes
tamanhos, formas e texturas. Deste modo, mínimas alterações nessa coordenação podem
ocasionar perdas funcionais importantes, provocando perturbações negativas na
qualidade de vida desse indivíduo (JONES e LEDERMAN, 2006; FREITAS,
KRISHNAN e JARIC, 2008).
Estudos têm sugerido que indivíduos com DP apresentam comprometimento das
funções manuais, acarretando na inabilidade de realizar atividades de vida diária
(AVDs) simples, como cortar alimentos, tomar medicação, amarrar os sapatos e abotoar
roupas (GEBHARDT et al., 2008; RAHMAN et al., 2008). Porém, ainda são poucos os
estudos que comparam a função manual de sujeitos com DP com as de indivíduos
saudáveis. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi investigar se há resposta diferencial
entre as medidas de função manual, através da destreza digital e da força de preensão
palmar, de sujeitos com DP e sadios, e observar os fatores associados a essas medidas.
2 MATERIAIS E MÉTODOS
2.1. Participantes
A seleção da amostra foi não probabilística e por conveniência. Participaram do
estudo 114 indivíduos, sendo 78 com diagnóstico de Doença de Parkinson e 36
indivíduos sadios. Os participantes assinaram um Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE) aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte sob parecer nº 15050713.6.2003.5537.
Foram incluídos no grupo com a doença de Parkinson sujeitos com diagnóstico
clínico de DP idiopática, de acordo com o Banco do Cérebro de Londres (GELB,
OLIVER e GILMAN, 1999), que não possuíam outra doença neurológica associada e
que não tinham nenhuma alteração ortopédica e/ou musculoesquelética em membros
superiores. Já no grupo controle, foram incluídos indivíduos com a mesma faixa de
idade do grupo com DP e sem doença neurológica associada e sem alteração ortopédica
e/ou musculoesquelética em membros superiores. Foram excluídos de ambos os grupos
os indivíduos que não conseguiram realizar os testes.
10
2.2. Procedimentos
Após assinarem o TCLE (APÊNDICE A), foi preenchido um formulário
estruturado (APÊNDICE B) contendo informações demográficas e clínicas. Antes do
início da realização dos testes, a dominância manual foi questionada pelo avaliador.
Logo após foi aplicado os testes de força de preensão palmar e de destreza digital.
A força de preensão palmar foi avaliada pelo dinamômetro hidráulico manual do
tipo Jamar®, seguindo as orientações da American Society of Hand Therapists (ASHT),
que recomenda que os indivíduos realizem o teste sentados, com o ombro aduzido,
cotovelo fletido em 90º e antebraço em posição neutra (MATHIOWETZ et al., 1985;
MATHIOWETZ et al., 1986; FESS, 1992). A alça do dinamômetro foi ajustada na 2ª
posição. O teste foi realizado primeiro com a mão dominante e depois com a mão não
dominante. Os indivíduos receberam um comando verbal para o início do teste e logo
após apertaram a alça, mantendo-a pressionada por 5 segundos. Foram obtidas três
medidas, com intervalo mínimo de 1 minuto entre elas, em quilograma-força (Kgf),
considerando-se a média dessas medidas para cada mão.
Para avaliação da destreza digital foi utilizado o instrumento Nine Hole Peg Test
(9-HPT), um tabuleiro quadrado de 13x13 cm com nove pontos com 3,2 cm de
profundidade, perfurados com uma broca com diâmetro de 0,71 cm. Os nove pinos de
madeira possuem 0,64 cm de diâmetro e 3,2 cm de comprimento. O teste foi realizado
inicialmente com a mão dominante e depois com a mão dominante. Um teste para
familiarização foi realizado antes do teste efetivo cronometrado. Os indivíduos foram
orientados a pegarem os 9 pinos, depositados em uma caixa, um de cada vez, e encaixá-
los em 9 buracos e depois retirá-los um a um e colocá-los novamente na caixa. Foi
pedido que eles realizassem esse procedimento o mais rápido possível. Foram realizadas
2 medidas em cada mão, com intervalo de descanso de 30 segundos, considerando a
média entre elas (EARHART, CAVANAUGH e ELLIS, 2011).
Os estágios de incapacidade da DP foram avaliados pela Escala de Estágios de
Incapacidade de Hoehn e Yahr (modificada), a qual avalia a severidade da doença, de
acordo com a incapacidade do indivíduo. A classificação vai de 0 a 5: no estágio 0, não
há sintomas da doença; no 1, o acometimento é unilateral; no 2, a doença é bilateral,
mas não há déficit de equilíbrio; no estágio 3, a incapacidade é bilateral e o indivíduo
tem déficit de equilíbrio; no 4, já é considerado uma incapacidade grave, onde o
indivíduo é incapaz de caminhar ou permanecer em pé sem ajuda; no 5, o estágio mais
11
grave, o individuo está confinado a cama ou cadeira de rodas (HOEHN e YAHR, 1967;
MELLO e BOTELHO, 2010).
2.3. Análise estatística
Para análise de dados, foi utilizado o pacote estatístico Statistical Package for
the Social Sciences (SPSS) versão 21.0. Inicialmente, foi realizada uma análise
descritiva da distribuição da frequência das variáveis em estudo. Foi aplicado o teste de
normalidade Kolmogorov-Smirnov. Como a distribuição foi considerada normal, a
comparação das médias das variáveis de FPP e destreza digital entre o grupo DP e o
grupo controle, entre os sexos do DP e entre os estágios da doença foram avaliadas
através do teste T Student para amostras independentes. A correlação da FPP e da
destreza com a idade do grupo DP foi feita através do teste de correlação de Pearson. As
variáveis categóricas foram comparadas pelo teste do quiquadrado. Em toda análise
estatística foi considerado um intervalo de confiança (IC) de 95% e um p < 0,05.
RESULTADOS
Foram incluídos neste estudo 78 indivíduos com DP (27 mulheres, 51 homens) e
36 indivíduos sadios (14 mulheres, 22 homens). A Tabela 1 demonstra os dados
demográficos e clínicos dos dois grupos, evidenciando uma homogeneidade tanto da
média de idade quanto da frequência do sexo. Mostra também que o grupo com DP
apresentou mais comorbidades do que o grupo controle.
Tabela 1. Dados demográficos e clínicos dos grupos DP e Controle. Natal/RN, 2017.
Variáveis
Grupo DP
(n = 78) Grupo Controle
(n=36) P
Média de idade (anos) 66,0 ± 10,20 64,1 ± 8,35 0,34
Sexo 0,65
Feminino 27 (34,6%) 14 (39%)
Masculino 51 (65,4%) 22 (61%)
Membro superior dominante 0,22
Direito 71 (91%) 35 (97%)
Esquerdo 7 (9%) 1 (3%)
Duração da doença (anos) 7,36 ± 5,02 NA
HY
Leve a Moderado (1 a 3) 55 (70%) NA
Grave (4 e 5) 23 (30%) NA
Número de Comorbidades 1,4 ±1,16 0,97 ± 0,84 0,03
DP = Doença de Parkinson; HY = Escala de Incapacidade de Hoehn e Yahr (modificada).
A análise comparativa da força de preensão palmar e destreza digital, do
membro superior dominante e não dominante, entre o grupo DP e o controle estão
12
descritos na Tabela 2. Através da realização do Teste t de Student (p ≤ 0,05), foi
observado que o grupo DP apresentou menor média de FPP que o grupo controle. Além
disso, o grupo DP precisou de mais tempo para realizar o 9HPT, sugerindo uma menor
habilidade digital que o grupo controle.
Tabela 2. Análise comparativa da força de preensão palmar e destreza digital entre indivíduos com DP e
indivíduos sadios. Natal/RN, 2017.
Média ± Desvio Padrão P
Grupo DP
n=78 Grupo Controle
n=36
Força de Preensão Palmar (Kgf)
Membro superior dominante 24,56 ± 9,95 30,43 ± 9,05 0,003
Membro superior não dominante 22,99 ± 10,10 28,22 ± 8,50 0,008
Nine Hole Peg Test (segundos)
Membro superior dominante 40,28 ± 26,53 26,05 ± 5,70 <0,001
Membro superior não dominante 46, 80 ± 39,29 27,74 ± 5,50 0,005 DP = Doença de Parkinson.
A figura 1 representa os resultados de dispersão para força de preensão palmar e
destreza digital, tanto do membro superior dominante quanto do não dominante, com a
idade.
Foi encontrada correlação fraca entre as variáveis de força de preensão palmar e
a idade, com r=-0,361 e p= 0,001 para o membro superior dominante, e com r=-0,296 e
p=0,008 para o membro superior não dominante. Sugerindo que à medida que a idade
dos indivíduos com DP avança, menor torna-se a força de preensão.
Da mesma forma que a força, a correlação dos dados de destreza digital, através
do 9HPT, com a idade, foi fraca, com r=0,388 e p= 0,001 para o membro superior
dominante, e com r=0,400 e p= <0,001 para o membro superior não dominante. Sendo
possível observar que há uma relação positiva estatisticamente significativa entre o
9HPT e a idade, em que quanto maior a idade, mais tempo o indivíduo com DP gasta
para realizar atividades de destreza digital.
13
Figura 1. Correlação da força de preensão palmar e destreza digital, tanto do membro superior dominante
quanto do não dominante, com a idade. (A) correlação entre força de preensão palmar do membro
superior dominante com a idade. (B) correlação entre força de preensão palmar do membro superior não
dominante com a idade. (C) correlação entre destreza digital do membro superior dominante com a idade.
(D) correlação entre destreza digital do membro superior não dominante com a idade.
A Tabela 3 apresenta a análise comparativa da força de preensão palmar e
destreza digital entre os sexos e os estágios de incapacidade. É possível notar que houve
diferença estatisticamente significativa da força de preensão palmar, em ambos os
membros, entre os sexos. Sugerindo que os homens geram mais força que as mulheres.
Já em relação à destreza digital, não houve diferença entre os sexos. A
comparação da força de preensão e destreza digital com os estágios de incapacidade da
DP mostrou que há diferença significativa entre eles, onde os indivíduos nos estágios 4
e 5 (grave) apresentam um déficit maior na produção de força e na destreza dos dedos
do que os indivíduos nos estágios 1, 2 e 3 (leve a moderado).
A B
C D
14
Tabela 3. Análise comparativa da força de preensão palmar e destreza digital entre os sexos e os estágios.
Natal/RN, 2017.
HY: Escala de Incapacidade de Hoenh e Yahr.
DISCUSSÃO
A finalidade do presente estudo foi comparar a força de preensão palmar e
destreza digital entre os indivíduos com Doença de Parkinson e os indivíduos sadios, e
verificar os fatores que estão associados a essas medidas.
Os achados do nosso estudo sugerem que a força de preensão palmar é menor
nos sujeitos com DP do que nos sem a doença, corroborando com os achados do estudo
de Jones et al. (2017), que avaliaram a força de preensão palmar de 23 indivíduos com
DP e 14 saudáveis, pareados por idade, sexo e índice de massa corporal, através do
dinamômetro manual. A causa dessa perda ainda não é clara, mas isso parece ocorrer
devido à diminuição da dopamina nigroestriatal levando a um aumento da inibição
tônica do tálamo, e consequente redução da excitação do córtex motor, interrompendo a
ativação corticoespinhal dos padrões de ativação muscular (JONES et al., 2017;
ROBERTS et al., 2015; PRADHAN et al., 2015).
Além disso, a fraqueza muscular pode estar associada à miopatia. Ainda há
poucas pesquisas sobre a alteração morfológica que ocorre nos músculos na DP, mas
Wrede et al. (2012) compararam as biópsias do músculo paravertebral de 14 indivíduos
com DP com 14 indivíduos sem a doença pareados por idade e sexo, e observaram que
os indivíduos com DP apresentaram hipertrofia das fibras tipo I e perda de fibras tipo II,
o que significa diminuição da ativação das fibras de contração rápida.
Sexo HY
Masculino
(n=50)
Feminino
(n=28)
P Leve a
Moderado
(n=55)
Grave
(n=23)
P
Força de Preensão
Palmar (Kgf)
Membro superior
dominante 28,05±8,52 17,95±9,19 <0,001 26,55±10,10 19,79±7,92 0,006
Membro superior não
dominante 26,92±8,33 15,58±9,01 <0,001 25,25±10 17,59±8,25 0,002
Nine Hole Peg Test
(segundos)
Membro superior
dominante 43,87±29,34 39,71±15,49 0,72 35,64±9,76 62,21±42,34 <0,001
Membro superior não
dominante 53,97±47,16 41,36±9,09 0,48 42,09±32,89 72,74±47,25 <0,001
15
A destreza digital também foi diferente entre os grupos, onde os indivíduos com
DP precisaram de mais tempo para realizar o 9HPT, sugerindo que a doença afeta o
desempenho da realização das atividades manipulativas. O que para Gebhardt et al.
(2008) e Quencer et al. (2007) ocorre devido a apraxia membro-cinética, que é
considerada como perda do controle motor fino não explicado pelo déficit motor
elementar, como por exemplo a fraqueza ou ataxia.
Gebhardt et al. (2008) avaliaram a destreza digital de 36 indivíduos, sendo 24
com DP e 12 saudáveis, duas vezes, uma no tempo on e outra no tempo off da
medicação. Eles observaram que a medida de destreza digital sofreu pouca influência da
medicação, enquanto a bradicinesia melhorou. Dessa forma, chegaram à conclusão que
o déficit de destreza digital é independente da bradicinesia ou da deficiência
dopaminérgica.
A força de preensão palmar também foi diferente entre os sexos, sugerindo que
os homens com DP produzem maior quantidade de força, em ambos os membros, do
que as mulheres com DP. Para Soares et al. (2015), isso se deve ao fato das medidas
antropométricas das mãos serem diferentes entre os sexos, tanto em relação ao
comprimento transversal da mão quanto a área palmar total, sendo essas medidas
maiores nos homens, o que lhes proporciona vantagem para a preensão. Já para Roland,
Jones e Jakobi (2013) a diferença da força entre os sexos é devido à presença de
sarcopenia acelerada nas mulheres com DP, o que proporciona menor força de preensão.
Em relação à comparação da destreza digital entre os sexos, não houve diferença
estatisticamente significativa. Contrariando os achados do estudo de Szewczyk-
Krolikowski et al. (2014), que em uma Coorte avaliaram 490 indivíduos com DP e 176
indivíduos saudáveis, e investigaram a influência da idade e do sexo nos sintomas
motores e não motores da DP, e concluíram que as mulheres com DP apresentam uma
atenuação dos sintomas motores, incluindo a perda da destreza digital, em relação aos
homens com DP. Essa divergência nos resultados pode ter ocorrido pela diferença dos
instrumentos e do desenho do estudo.
Nossos achados também sugerem que a FPP tende a diminuir à medida que a
idade avança. Segundo Szewczyk-Krolikowski et al. (2014), isso acontece porque a
progressão dos sintomas motores é maior em indivíduos mais velhos, devido a uma
degeneração mais rápida dos terminais dopaminérgicos. Sendo a idade um fator
contribuinte mais forte para progressão da doença do que o tempo de duração da DP.
16
Outro fator associado à diminuição da FPP, segundo nossos achados, é o
estadiamento da DP. A comparação da força de preensão palmar com os estágios de
incapacidade da DP mostrou diferença entre o estágio de leve a moderado (1, 2 e 3) e o
estágio grave (4 e 5). Sugerindo que os indivíduos nos estágios mais avançado da
doença têm maior déficit na produção de força. Isso ocorre devido à característica
neurodegenerativa e progressiva da DP, em que os gânglios da base, uns dos
responsáveis pela modulação da força, são mais afetados nos estágios avançados da
doença, levando a uma menor ativação muscular (VAILLANCOURT et al., 2004;
JONES et al., 2017; ROBERTS et al., 2015).
Da mesma forma que a força de preensão a destreza digital diminui à medida
que a idade aumenta, devido à rápida progressão da degeneração dos terminais
dopaminérgicos nas idades mais avançadas, diminuindo a capacidade de realizar
atividades manipulativas em um menor espaço de tempo. Devido a isso também, os
indivíduos nos estágio mais avançados da doença (4 e 5) apresentam mais dificuldades
para realizar atividades manipulativas do que os que estão nos estágios mais leves da
DP (SZEWCZYK-KROLIKOWSKI et al.,
2014; EARHART, CAVANAUGH e
ELLIS, 2011).
Diante do exposto, nosso estudo apresentou algumas limitações, como a falta
dos dados da avaliação antropométrica e da composição corporal, posto que também
podem influenciar as variáveis força e destreza. Além disso, a quantidade pequena de
variáveis utilizadas para avaliar os fatores associados e o tamanho da amostra do nosso
estudo foram fatores limitantes. No entanto, nossos resultados sugerem desfechos
importantes, principalmente no sentido de mostrar que a doença de Parkinson afeta a
força e as habilidades manuais, e que existem fatores associados que podem agravar
essas alterações.
CONCLUSÃO
O presente estudo demonstrou que a doença de Parkinson parece afetar a força
preensão palmar e o desempenho das atividades de destreza digital. Além disso, sugere-
se que a idade e os estágios mais avançados da doença são fatores associados à
diminuição da força de preensão e da destreza dos dedos. Já o sexo parece somente
interferir na força, não havendo diferenças entre a destreza digital de mulheres e homens
com DP.
17
Esses achados são importantes à proporção que direcionam os profissionais de
saúde envolvidos no cuidado desse público a desenvolverem terapias voltadas às reais
necessidades desses pacientes.
REFERÊNCIAS
BARBOSA, M.T. Prevalência da doença de Parkinson e outros tipos de parkinsonismo
em idosos: estudo de Bambuí [tese]. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2005.
CANO-DE-LA-CUERDA, R.; PEREZ-DE-HERÉDIA, M.; MIANGOLARRA-PAGE,
J.C.; MUÑOZ-HELLÍN, E.; FERNÁNDEZ-DE-LAS-PEÑAS, C. Is There muscular
weakness in Parkinson’s disease? Am J Phys Med Rehabil., v.89, n.1, p.70-6, 2010.
CAVINESS, J.N.; SMITH, B.E.; STEVENS, J.C.; ADLER, C.H.; CASELLI, R.J.;
HENTZ, J.G.; MUENTER, D. Motor unit number estimates in idiopathic Parkinson's
disease. Parkinsonism & Related Disorders, n. 8, p.161-164, 2002.
DE FREITAS, P.B.; KRISHNAN, V.; JARIC, S. Force coordination in object
manipulation. J Hum Kinet., n.20, p.37-51, 2008.
DE LAU, L.M.; BRETELER, M.M. Epidemiology of Parkinson’s disease. Lancet
Neurol, v.5, n.6, p. 525-535, 2006.
DURMUS, B.; BAYSAL, O.; ALTINAYAR, S.; ALTAY, Z.; ERSOY, Y.; OZCAN, C.
Lower extremity isokinetic muscle strength in patients with Parkinson’s disease. J Clin
Neurosci., v.17, n.7, p.893-6, 2010.
FESS, E.E. Grip strength. In: Casanova JS, editor. Clinical assessment
recommendations. 2nd ed. Chicago: American Society of Hand Therapists; p. 41–45,
1992.
GEBHARDT, A.; VANBELLINGEN, T.; BARONTI, F.; KERSTEN, B.;
BOHLHALTER, S. Poor dopaminergic response of impaired dexterity in Parkinson’s
disease: Bradykinesia or limb kinetic apraxia? Movement Disorders, v. 23, n. 12, p.
1701–1706, 2008.
GELB, D.J.; OLIVER, E.; GILMAN, S. Diagnostic Criteria for Parkinson disease.
Arch Neurol, n.56, p. 33-9, 1999.
HOEHN, M.M.; YAHR, M.D. Parkinsonism: onset, progression and mortality.
Neurology., n.17, p.427–42, 1967.
JANKOVIC, J. Parkinson’s disease: clinical features and diagnosis. J Neurol
Neurosurg Psychiatry, v.79, n.4, p.368-76, 2008.
18
JONES, L.A.; LEDERMAN, S.J. Book human hand function. New York: Oxford
University Press; Oxford, New York, p.279, 2006.
MATHIOWETZ, V.; KASHMAN, N.; VOLLAND, G.; WEBER, K.; DOWE, M.;
ROGERS, S. Grip and pinch strength: normative data for adults. Arch Phys Med
Rehabil., v.66, n.2, p.69-74, 1985.
MATHIOWETZ, V.; WIEMER, D.M.; FEDERMAN, S.M. Grip and pinch strength:
norms for 6- to 19-year-olds. Am J Occup Ther., v.40, n.10, p.705-11, 1986.
MELLO, M.P.B.; BOTELHO, A.C.G. Correlation of evaluation scales utilitized at
Parkinson’s disease applied to physical therapy. Fisioter. Mov., Curitiba, v. 23, n. 1, p.
121-127, jan./mar. 2010.
PEREIRA, D.; GARRETT, C. Factores de risco da doença de Parkinson um estudo
epidemiológico. Acta Med Port, n.23, p. 15-24, 2010.
PRADHAN, S.; SCHERER, R.; MATSUOKA, Y.; KELLY, V.E. Grip force
modulation characteristics as a marker for clinical disease progression in individuals
with Parkinson disease: case-control study. Phys Ther, n.95, p.369–379, 2015.
QUENCER, K.; OKUN, M.S.; CRUCIAN, G.; FERNANDEZ, H.H.; SKIDMORE, F.;
HEILMAN, K.M. Limb-kinetic apraxia in Parkinson disease. Neurology, n.68, p.150–
151, 2007.
RAHMAN, S.; GRIFFIN, H.J.; QUINN, N.P.; JAHANSHAHI, M. Quality of life
in Parkinson's disease: the relative importance of the symptoms. Mov Disord. v.23,
n.10, p.1428-34, 30 Jul de 2008.
TEIVE, H.A.G. Etiopatogenia da doença de Parkinson. Rev Neurocienc, n.13, p.201-
14, 2005.
VILLAFAÑE, J.H.; VALDES, K.; BURASCHI, R.; MARTINELLI,
M.; BISSOLOTTI, L.; NEGRINI, S. Reliability of the Handgrip Strength Test in
Elderly Subjects With Parkinson Disease. Hand (N Y). v.11, n.1, p.54-8, 14 de jan
2016.
WIRDEFELDT, K; ADAMI, H.O.; COLE, P. Trichopoulos D, Mandel J. Epidemiology
and etiology of Parkinson’s disease: a review of the evidence. Eur J Epidemiol, n. 26
p. S1-S58, 2011.
WREDE, A.; MARGRAF, N.G.; GOEBEL, H.H.; DEUSCHL, G.;
SCHULZSCHAEFFER, W.J. Myofibrillar disorganization characterizes myopathy of
camptocormia in Parkinson’s disease. Acta Neuropathol,, n.123, p.419-432, 2012
19
YANAGAWA, S.; SHINDO, M.; YANAGISAWA, N. Muscular weakness in
Parkinson’s disease. Adv Neurol, n.53, p.259–269, 1990.
ZADIKOFF, C.; LANG, A.E. Apraxia in movement disorders. Brain, n.128, p.1480–
1497, 2005.
JONES, G.R.; ROLAND, K.P.; NEUBAUER, N.A. Handgrip Strength Related to
Long-Term Electromyography: Application for Assessing Functional Decline in
Parkinson Disease. Arch Phys Med and Rehab, v. 98, n. 2, p.347-352, fev. 2017.
ROBERTS, H.C.; SYDDALL, H.E.; BUTCHART, J.W.; STACK, E.L.; COOPER, C.;
SAYER, A.A. The Association of Grip Strength With Severity and Duration of
Parkinson’s: A Cross-Sectional Study. Neurorehabilitation and Neural Repair, v.29,
n.9, p.889-896, 2015.
EARHART, G. M.; CAVANAUGH, J. T.; ELLIS, T. The 9-Hole Peg Test of Upper
Extremity Function : Average Values , Test-Retest Reliability , and Factors
Contributing to Performance in People With Parkinson Disease. J Neur Phys Ther, v.
35, p. 157–163, dez., 2011.
SOARES, A.V.; CARVALHO JÚNIOR, J.M.; CARVALHO, A.M.; MARTIGNAGO,
R.B.; DOMENECH, S.C.; BORGES JÚNIOR, N.G. Relações entre a força de preensão
e aspectos antropométricos da mão. Rev Bras Med Trab., v.13, n.2, p.108-14, 2015.
ROLAND, K.P.; JONES, G.R.; JAKOBI, J.M. Parkinson's disease and sex-related
differences in electromyography during daily life. Journal of electromyography and
kinesiology. official journal of the International Society of Electrophysiological
Kinesiology., v.23, n.4, p.958-65, 2013.
SZEWCZYK-KROLIKOWSKI, K.; TOMLINSON, P.; NITHI, K.; WADE-MARTINS,
R.; TALBOT, K.; BEN-SHLOMO, Y.; HU, M.T. The influence of age and gender on
motor and non-motor features of early Parkinson's disease: initial findings from the
Oxford Parkinson Disease Center (OPDC) discovery cohort. Parkinsonism Relat
Disord., v.20, n.1, p.99-105. Jan., 2014.
VAILLANCOURT, M.M.A.; THULBORN, K.R.; CORCOS, D.M. Subthalamic
nucleus and internal globus pallidus scale with the rate of change of force production in
humans. Neuroimage., n.23, p.175–186, 2004
20
APÊNDICES
APÊNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
21
22
23
APÊNDICE B – Ficha de Avaliação