UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE … · 2020. 7. 22. · UNIVERSIDADE FEDERAL DO...
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA
LISTA DE EXERCÍCIOS DE CÁLCULO 1
Gabarito da Lista 2: segunda semana
Exercício 1. [resolução]Em um triângulo retângulo de hipotenusa medindo 15 cm, sabe-se que o seno de um dos outros dois ângulos
internos (– que não o reto) é4
5. Determine:
(a) as medidas dos catetos
(b) o cosseno e a tangente desse mesmo ângulo
(c) seno, cosseno e tangente do terceiro ângulo in-terno
Exercício 2. [resolução]Um avião está a 7000 m de altura e inicia a aterrissagem em um aeroporto ao nível do mar. O ângulo dedescida é 6o. A que distância da pista está o avião? Qual é a distância que o avião vai percorrer? Dados:sen 6o = 0, 10453 e cos 6o = 0, 99452.
Exercício 3. [resolução]Uma escada de bombeiro pode ser estendida até um comprimento máximo de 25 m, formando um ângulo de70o com a base, que está apoiada sobre um caminhão, a 2 m do solo. Qual é a altura máxima que a escadaatinge? Dados: sen 70o = 0, 940, cos 70o = 0, 342 e tg 70o = 2, 47.
Exercício 4. [resolução]Resolva cada uma das equações abaixo.
(a) sen x = sen( π18
)(b) cosx =
1
2 (c) tg(2x) =√3
3
Exercício 5. [resolução]Determine sen α e cosα sabendo que tg α = 5 e que 0 < α <
π
2.
Exercício 6. [resolução]Assumindo que cos(x+ y) = cosx cos y − sen x sen y, escreva cos(2x) em função de cos2 x.
Exercício 7. [resolução]Uma função f é dita:
(1) par se f(−x) = f(x), para todo x pertencente ao domínio de f .
(2) ímpar se f(−x) = −f(x), para todo x pertencente ao domínio de f .
Decida se as funções abaixo são pares, ímpares ou nem pares nem ímpares.
(a) f(x) = x3 cosx (b) f(x) = x tgx
Exercício 8. [resolução]
Determine o domínio da função f(x) =1− sen2 x1 + sen x
.
Exercício 9. [resolução]Determine o domínio e a imagem, e esboce o gráfico de cada uma das funções abaixo. Caso se trate de umafunção periódica, determine seu período.
(a) f(x) = cos(2x)
(b) g(x) = −sen x
(c) f(x) = 2 cosx
(d) g(x) = 2 cos(x2
)(e) f(x) = sen πx
(f) g(x) = |sen x|
(g) f(x) = cosx− π.
(h) g(x) = cos(x− π)
(i) f(x) =1
2sen(x+
π
2
)
(j) g(x) = tg x
(k) f(x) = tg(x− π)
(l) g(x) = tg x+ 1
(m) f(x) = 1 + 4 cos(x+
π
3
)
Exercício 10. [resolução]Encontre uma regra para a função cujo gráfico está representado abaixo.
Exercício 11. [resolução]Uma população de animais oscila de forma senoidal entre um mínimo de 700 em primeiro de janeiro e ummáximo de 900 em primeiro de julho.
(a) Esboce o gráfico da população pelo tempo.
(b) Determine uma fórmula da população como função do tempo t em meses desde o início do ano.
Exercício 12. [resolução]Calcule:
(a) arcsen1
2(b) arccos
(−1
2
)(c) arctg 1
(d) arctg(−1)
(e) arcsen(−1)
(f) arctg(−√3)
(g) arcsen(sen 0)
Exercício 13. [resolução]
Verifique que cos(arcsenx) =√1− x2 e calcule cos
(arcsen
(−√3
2
)).
Exercício 14. [resolução]Decida se a função f(x) = sen
(x− π
4
)é invertível. Caso não seja, faça restrições ao domínio e ao contrado-
mínio de f a fim de produzir uma função invertível de mesma regra de f . Explicite a função inversa.
2
Exercício 15. [resolução]Para a função g de gráfico
determine os seguintes limites ou explique por que eles não existem.
(a) limx→1
g(x) (b) limx→2
g(x) (c) limx→3
g(x) (d) limx→2,5
g(x)
Exercício 16. [resolução]Decida entre as afirmações abaixo sobre a função f quais são verdadeiras e quais são falsas.
(a) limx→0
f(x) existe
(b) limx→0
f(x) = 1
(c) limx→0
f(x) = 0
(d) limx→1
f(x) = 1
(e) limx→1
f(x) = 0
(f) limx→x0
f(x) existe em todo
ponto x0 em (−1, 1).
Exercício 17. [resolução]Decida quais afirmações a seguir sobre a função f representada no gráfico são verdadeiras e quais são falsas.
(a) limx→2
f(x) não existe
(b) limx→2
f(x) = 2
(c) limx→−1+
f(x) = −1
(d) limx→1−
f(x) = −2
Exercício 18. [resolução]
Seja f(x) ={
3− x, se x < 2x2 + 1, se x > 2.
3
(a) Determine limx→2+
f(x) e limx→2−
f(x).
(b) Existe limx→2
f(x)? Justifique sua resposta.
(c) Determine limx→4+
f(x) e limx→4−
f(x).
(d) Existe limx→4
f(x)? Justifique sua resposta.
Exercício 19. [resolução]Mostre, usando a definição formal (ou seja, via ε e δ) que lim
x→pf(x) = l nos casos seguintes:
(a) f(x) = 4x− 3, p = 2, l = 5
(b) f(x) = x+ 1, p = 1, l = 2
(c) f(x) = −x2, p = 0, l = 0
(d) f(x) =1
x, p = 1, l = 1
Exercício 20. [resolução]Dado que lim
x→2f(x) = 4, lim
x→2g(x) = −2 e lim
x→2h(x) = 0, encontre, se existir, cada um dos limites abaixo. Caso
não exista, explique por quê.
(a) limx→2
[5f(x) + g(x)]
(b) limx→2
[g(x)]3
(c) limx→2
√f(x)
(d) limx→2
3f(x)
g(x)
(e) limx→2
g(x)
h(x)
(f) limx→2
g(x)h(x)
f(x)
Exercício 21. [resolução]Mostre através de um exemplo que lim
x→pf(x)g(x) pode existir sem que lim
x→pf(x) e lim
x→pg(x) existam.
Exercício 22. [resolução]Dê exemplo de uma função f tal que lim
x→p|f(x)| exista mas lim
x→pf(x) não exista.
Exercício 23. [resolução]Esboce o gráfico da função dada e, utilizando a ideia intuitiva de função contínua, determine os pontos em quea função deverá ser contínua.
(a) f(x) = 2
(b) f(x) = x+ 1
(c) f(x) = x2
(d) f(x) =
{x2, se x ≤ 12, se x > 1
(e) f(x) =
{1x2, se |x| ≥ 1
2, se |x| < 1
(f) f(x) =
{1x2, se |x| ≥ 1
1, se |x| < 1
(g) f(x) = 1x
(h) f(x) = x2 + 2
(i) f(x) = x3 − 1
(j) f(x) =
{ln(x+ 1) + 1, se x ≥ 0.
x+ 1, se x < 0.
(k) f(x) =
{3√x+ 7, se x ≥ 1.
2, se x < 1.
Exercício 24. [resolução]Calcule e justifique. Solução do item (a): A função f(x) = x2 é contínua em x = 2 e, portanto, lim
x→2x2 =
f(2) = 4.
(a) limx→2
x2
(b) limx→1
3x+ 1
(c) limx→−2
4x+ 1
(d) limx→10
5
(e) limx→−9
50
(f) limx→−1
− x2 − 2x+ 3
(g) limx→4
√x
(h) limx→−3
3√x
(i) limx→3
x2 − 9
x+ 3
(j) limx→3
x2 − 9
x− 3
4
(k) limx→−1
x2 − 9
x− 3
(l) limx→ 1
2
4x2 − 1
2x− 1
(m) limx→3
√x−√3
x− 3
(n) limx→3
3√x− 3√3
x− 3
(o) limx→0
x2 + 3x− 1
x2 + 2
Exercício 25. [resolução]
(a) O que há de errado na equação a seguir:x2 + x− 6
x− 1= x+ 3.
(b) Em vista de (a), explique por que a equação limx→2
x2 + x− 6
x− 1= lim
x→2x+ 3 está correta.
Exercício 26. [resolução]
Mostre que a função f(x) ={
2x, se x ≤ 11, se x > 1
não é contínua em x = 1.
Exercício 27. [resolução]Determine L para que a função dada seja contínua no ponto dado. Justifique.
(a) f(x) =
x3 − 8
x− 2, se x 6= 2
L, se x = 2em p = 2
(b) f(x) =
√x−√3
x− 3, se x 6= 3
L, se x = 3em p = 3
(c) f(x) =
√x−√5
x− 5, se x 6= 5
L, se x = 5em p = 5
(d) f(x) =
x2 − xx+ 1
, se x 6= −1L, se x = −1
em p = −1
Exercício 28. [resolução]
Verifique se a função f(x) ={x2 + 1, se x ≥ 0
1, se x < 0é contínua em x = 0.
Exercício 29. [resolução]Dê exemplo de uma função definida em R que seja contínua em todos os pontos, exceto em −1, 0 e 1.
Exercício 30. [resolução]Calcule, caso exista. Se não existir, justifique.
(a) limx→1+
|x− 1|x− 1
(b) limx→1−
|x− 1|x− 1
(c) limx→0
√x
(d) limx→1
|x− 1|x− 1
(e) limx→2+
x2 − 2x+ 1
x− 1
(f) limx→3
|x− 1|x− 1
g) limx→1+
f(x)− f(1)x− 1
, em que f(x) ={x+ 1, se x ≥ 12x, se x < 1
h) limx→1
f(x)− f(1)x− 1
, em que f(x) ={x+ 1, se x ≥ 12x, se x < 1
Exercício 31. [resolução]Calcule:
5
(a) limx→−1
x3 + 1
x2 − 1
(b) limx→0
x3 + x2
3x3 + x4 + x
(c) limh→0
x2 + 3xh
(d) limh→0
(x+ h)3 − x3
h
(e) limx→3
x2 − 9
x+ 9
(f) limx→2
x3 − 5x2 + 8x− 4
x4 − 5x− 6
(g) limx→1
x3 − 1
x4 + 3x− 4
(h) limx→7
√x−√7
√x+ 7−
√14
(i) limx→2
1x −
12
x− 2
(j) limx→p
x3 − p3
x− p
Exercício 32. [resolução]Calcule os limites:
(a) limx→−1
3
√x3 + 1
x+ 1(b) lim
x→1
√x2 + 3− 2
x2 − 1(c) lim
x→1
3√x+ 7− 2
x− 1(d) lim
x→1
3√3x+ 5− 2
x2 − 1
Exercício 33. [resolução]
Seja f uma função definida em R tal que, para todo x 6= 1, −x2 + 3x ≤ f(x) ≤ x2 − 1
x− 1. Calcule lim
x→1f(x) e
justifique.
Exercício 34. [resolução]Verifique que lim
x→0sen( 1x) não existe.
Exercício 35. [resolução]Calcule, caso exista, lim
x→0x · sen( 1x).
Exercício 36. [resolução]
Calcule, caso exista, limx→0
f(x)− f(0)x− 0
, em que f é dada por:
(a) f(x) =
{x2 · sen( 1x), se x 6= 0
0, se x = 0(b) f(x) =
{x · sen( 1x), se x 6= 0
0, se x = 0
Exercício 37. [resolução]Calcule os limites:
(a) limx→0
tg xx
(b) limx→0
x
sen x
(c) limx→0
sen(3x)x
(d) limx→π
sen xx− π
(e) limx→0
x2
sen x
(f) limx→0
3x2
tg xsen x
(g) limx→0
1− cosx
x
(h) limx→0
x+ sen xx2 − sen x
Exercício 38. [resolução]Calcule os seguintes limites:
(a) limx→−∞
1
x3
(b) limx→−∞
5 +1
x+
3
x2
(c) limx→+∞
2x+ 1
x+ 3
(d) limx→−∞
x2 − 2x+ 3
3x2 + x+ 1
(e) limx→−∞
2x3 + 1
x4 + 2x+ 3
(f) limx→−∞
3
√x
x2 + 3
6
(g) limx→+∞
√x2 + 1
3x+ 2
(h) limx→+∞
x−√x2 + 1 (i) lim
x→+∞
√x+ 1−
√x+ 3
Exercício 39. [resolução]Calcule os seguintes limites:
(a) limx→+∞
x4 − 3x+ 2
(b) limx→+∞
5− 4x+ x2 − x5
(c) limx→−∞
3x3 + 2x+ 1
(d) limx→+∞
5x3 − 6x+ 1
6x2 + x+ 3
(e) limx→+∞
5x3 + 7x− 3
x4 − 2x+ 3
(f) limx→−∞
x4 − 2x+ 3
3x4 + 7x− 1
(g) limx→+∞
2 + x
3 + x2
Exercício 40. [resolução]Calcule os limites:
(a) limx→+∞
√x+ 1
x+ 3(b) lim
x→+∞
x+√x+ 3
2x− 1(c) lim
x→+∞2x−
√x2 + 3
(d) limx→+∞
x−√x+ 3
Exercício 41. [resolução]Calcule os limites:
(a) limx→3+
5
3− x
(b) limx→0−
1
x
(c) limx→0−
x− 3
x2
(d) limx→0−
3
x2 − x
(e) limx→−1+
2x+ 3
x2 + x
(f) limx→3+
x2 − 3x
x2 − 6x+ 9
(g) limx→−1+
2x+ 1
x2 + x
(h) limx→1+
3x− 5
x2 + 3x− 4
Exercício 42. [resolução]Dê um exemplo de funções f e g tais que lim
x→+∞f(x) = +∞, lim
x→+∞g(x) = +∞ e lim
x→+∞f(x)− g(x) 6= 0.
Exercício 43. [resolução]
Dê um exemplo de funções f e g tais que limx→+∞
f(x) = +∞, limx→+∞
g(x) = +∞ e limx→+∞
f(x)
g(x)6= 1.
Exercício 44. [resolução]Esboce o gráfico de uma função f que satisfaça as seguintes condições:
(a) f(0) = 0, f(1) = 2, f(−1) = −2, limx→−∞
f(x) = −1 e limx→+∞
f(x) = 1.
(b) f(0) = 0, limx→−∞
f(x) = 0, limx→+∞
f(x) = 0, limx→0+
f(x) = 2 e limx→0−
f(x) = −2.
7
1 Resoluções dos exercícios:
Resolução do Ex. 1 [voltar]
(a) as medidas dos catetos são 9 e 12.
(b) o cosseno e a tangente desse mesmo ângulo são, respectivamente,3
5e4
3.
(c) seno, cosseno e tangente do terceiro ângulo interno são, respectivamente,3
5,4
5e3
4.
Resolução do Ex. 2 [voltar] O avião está a uma distância de 66599m da pista e percorrerá a distância de66966m.
Resolução do Ex. 3 [voltar] A altura máxima que a escada atinge é 25,5m.
Resolução do Ex. 4 [voltar]
(a) x =π
18+ 2kπ ou x =
17
18π + 2kπ, com k ∈ Z.
(b) x =π
3+ 2kπ ou x =
5
3π + 2kπ, com k ∈ Z.
(c) x =π
12+kπ
2, com k ∈ Z.
Resolução do Ex. 5 [voltar] sen α =5√26
26e cosα =
√26
26.
Resolução do Ex. 6 [voltar] cos(2x) = 2 cos2 x− 1
Resolução do Ex. 7 [voltar]
(a) f é ímpar. (b) f é par.
Resolução do Ex. 8 [voltar] O domínio de f é o conjunto {x ∈ R|x 6= 3π2 + 2kπ, com k ∈ Z}.
Resolução do Ex. 9 [voltar] Determine o domínio e a imagem, e esboce o gráfico de cada uma das funçõesabaixo. Caso se trate de uma função periódica, determine seu período.
(a) Dom f = R, Im f = [−1, 1].
(b) Dom g = R, Im g = [−1, 1].
(c) Dom f = R, Im f = [−2, 2].
(d) Dom g = R, Im g = [−2, 2].
(e) Dom f = R, Im f = [−1, 1].
(f) Dom g = R, Im g = [0, 1].
8
(g) Dom f = R, Im f = [−1− π, 1− π].
(h) Dom g = R, Im g = [−1, 1].
(i) Dom f = R, Im f = [−12 ,
12 ].
(j) Dom g = R \ {(2k + 1)π
2, k ∈ Z} , Im g = R.
(k) Dom f = R \ {(2k + 1)π
2, k ∈ Z}, Im f = R.
(l) Dom g = R \ {(2k + 1)π
2, k ∈ Z} , Im g = R.
(m) Dom f = R, Im f = [−3, 5].
Resolução do Ex. 10 [voltar] A função é f(x) = sen(−x) + 2.
Resolução do Ex. 11 [voltar]
Resolução do Ex. 12 [voltar]
(a) arcsen1
2=π
6.
(b) arccos
(−1
2
)=
2π
3.
(c) arctg 1 =π
4.
(d) arctg(−1) = −π4
.
(e) arcsen(−1) = −π2
.
(f) arctg(−√3) = −π
3.
(g) arcsen(sen 0) = 0.
Resolução do Ex. 13 [voltar] cos
(arcsen
(−√3
2
))=
1
2.
Resolução do Ex. 14 [voltar] A função f não invertível, já que não é injetora, nem sobrejetora. Note que
f é injetora no intervalo[−π4,3π
4
]e que a imagem da restrição de f a esse intervalo é ainda [−1, 1]. Dessa
forma, a função g :
[−π4,3π
4
]→ [−1, 1] dada por g(x) = sen
(x− π
4
)é invertível (e tem mesma regra de f ).
A inversa de g é a função g−1 : [−1, 1]→[−π4,3π
4
]dada por g−1(x) = arcsen x+ π
4 .
Resolução do Ex. 15 [voltar]
9
(a) limx→1
g(x) não existe pois limx→<1g(x) = 1 e lim
x→>1g(x) = 0 não coincidem.
(b) limx→2
g(x) = 1 pois limx→<2g(x) = lim
x→>2g(x) = 1 (existem e coincidem).
(c) limx→3
g(x) = 0 pois limx→<3g(x) = lim
x→>3g(x) = 0 (existem e coincidem).
Porem, g não é continua em x = 3 pois limx→3
g(x) 6= g(3) = 1.
(d) limx→2,5
g(x) = 0, 5 pois a função é continua em 2, 5, e g(2, 5) = 0, 5.
Resolução do Ex. 16 [voltar]
(a) limx→0
f(x) existe: Verdadeiro.
(b) limx→0
f(x) = 1: Falso.
(c) limx→0
f(x) = 0: Verdadeiro.
(d) limx→1
f(x) = 1: Falso, o limite não existe pois limx→<1f(x) = −1 e lim
x→>1f(x) = 0 não coincidem.
(e) limx→1
f(x) = 0: Falso, o limite não existe pois limx→<1f(x) = −1 e lim
x→>1f(x) = 0 não coincidem.
(f) limx→x0
f(x) existe em todo ponto x0 em (−1, 1): Verdadeiro, a função é contínua em ] − 1, 1[−{0}, e
vimos na questão a) que o limite existe em x = 0.
Resolução do Ex. 17 [voltar]
(a) limx→2
f(x) não existe: Falso, pois limx→2
f(x) = 1.
(b) limx→2
f(x) = 2: Falso, devido ao item anterior.
(c) limx→−1+
f(x) = −1: Verdadeiro.
10
(d) limx→1−
f(x) = −2: Verdadeiro.
Resolução do Ex. 18 [voltar]
(a) Para x > 2, temos f(x) = x2 + 1 −→
x→2+2, portanto lim
x→2+f(x) = lim
x→2+
x
2+ 1 = 2.
Por outro lado, para x < 2, temos f(x) = 3− x −→x→2−
1, portanto limx→2−
f(x) = limx→2−
3− x = 1.
(b) Os limites laterais limx→2+
f(x) e limx→2+
f(x) existem, más não coincidem, portanto limx→2
f(x) não existe.
(c) Temos: limx→4+
f(x) = limx→4+
x2 = 3, e lim
x→4−f(x) = lim
x→4−x2 + 1 = 3.
(d) Os limites laterais limx→4+
f(x) e limx→4−
f(x) existem e coincidem, portanto limx→4
f(x) existe, e vale 3.
Segue o gráfico da função f(x) ={
3− x, se x < 2x2 + 1, se x > 2.
Resolução do Ex. 19 [voltar]
Relembrando a definição de limites via ε e δ:def: Uma função f : X → Y tem limite l ∈ R em um ponto p se, para qualquer ε > 0, existe δ > 0 tal
que vale a seguinte implicação:
0 < |x− p| < δ ⇒ |f(x)− l| < ε.
Intuitivamente: tomando x próximo o suficiente de p (quando |x− p| < δ) pode-se tornar f(x) arbitraria-mente próximo de l (isso é |f(x)− l| < ε).
(a) limx→2
(4x− 3) = 5: Seja ε > 0 dado. Em primeiro lugar, avaliamos que:
|f(x)− 5| = |4x− 3− 5| = |4(x− 2)| = 4|x− 2|.
Assim, tomando δ = ε4 , já que |x− 2| < δ, teremos:
|f(x)− 5| = 4
<δ= ε4︷ ︸︸ ︷
|x− 2|
< 4 · ε4
< ε.
11
(b) limx→1
(x+ 1) = 2 : Seja ε > 0 dado. Calculemos que:
|f(x)− 1| = |x− 1|.
Assim, tomando δ = ε, já que |x− 1| < δ, teremos: |f(x)− 1| = |x− 1| < δ = ε.
(c) limx→0
(−x2) = 0 : Calculamos que: |f(x)− 0| = |x2| = |x|2.
Assim, dado ε > 0 basta tomar δ =√ε para ter:
|x− 0| < δ ⇒
=|f(x)−0|︷ ︸︸ ︷|x|2 <
=ε︷︸︸︷δ2
⇒ |f(x)− 0| < ε.
(d) limx→1
1
x= 1: Seja ε > 0 dado. Calculemos que:
|f(x)− 1| =∣∣ 1x − 1
∣∣ = ∣∣1−xx ∣∣ = |x− 1| · |1/x| .
Aqui, é um pouco mais sútil: tomando δ = min{ ε2 ,12}, temos:
|x− 1| < δ ⇒ |x− 1| < ε2 e 1
2 < x < 32
⇒ |x− 1| < ε2 e 3
2 < 1/x < 2
⇒ |x− 1| · |1/x|︸ ︷︷ ︸|f(x)−1|<
< ε2 · 2
⇒ |f(x)− 1| < ε.
Resolução do Ex. 20 [voltar]
Relembrando o comportamento de limites com relação a operações algébricas. Sendo f, g tais quelimx→p
f(x) e limx→p
g(x) existem (finitas) valem os seguintes:
• Limites e soma:limx→p
(f(x) + g(x)
)= lim
x→pf(x) + lim
x→pg(x).
Em particular, se g(x) = a é uma função constante:
limx→p
(f(x) + a
)= lim
x→pf(x) + a.
• Limites e produto:limx→p
(f(x) · g(x)
)=(limx→p
f(x))·(limx→p
g(x)).
Em particular, se f(x) = a é uma função constante:
limx→p
(a · g(x)
)= a ·
(limx→p
g(x)).
• Limites e quociente:
Caso limx→p
g(x) 6= 0, então:
limx→p
f(x)
g(x)=
limx→p
f(x)
limx→p
g(x).
12
• Limites e composição: caso f(x) é uma função tal que limx→p
f(x) = q, e g(y) uma função continua
em limx→p
f(x) = q, então:
limx→p
g(f(x)) = g(
limx→f(p)
f(x))= g(q).
Dado que limx→2
f(x) = 4, limx→2
g(x) = −2 e limx→2
h(x) = 0, encontre, se existir, cada um dos limites abaixo. Caso
não exista, explique por quê.
(a) Usando sucessivamente a regra da soma e do produto:
limx→2
[5f(x) + g(x)] = limx→2
(5f(x)) + limx→2
g(x) (pela regra da soma)
= 5 limx→2
f(x)︸ ︷︷ ︸=4
+ limx→2
g(x)︸ ︷︷ ︸−2
(pela regra do produto)
= 5 · 4− 2
= 18.
Observação: Na prática, a conta acima poderia ser resumida da maneira seguinte:
5 f(x)︸ ︷︷ ︸−→ 4x→2
+ g(x)︸ ︷︷ ︸−→−2x→2
−→x→2
5 · 4− 2 = 18.
(b) Aplicando a regra do produto varias vezes:
limx→2
g(x)3 = limx→2
(g(x) · g(x) · g(x)
)= lim
x→2g(x) · lim
x→2g(x) · lim
x→2g(x) = (−2).(−2).(−2) = −8.
Outro método: usando a continuidade da função y3 em y = −2, temos:
limx→2
[g(x)]3 =(limx→2
g(x))3
= (−2)3 = −8.
Observação: Resumindo, temos: (g(x)︸ ︷︷ ︸−→−2x→2
)3 −→x→2
− 23 = −8.
(c) Por continuidade da função√y em 5, temos:
limx→2
√f(x) =
√limx→2
f(x) =√4 = 2.
Observação: Resumindo, temos: √f(x)︸ ︷︷ ︸−→ 4x→2
−→x→2
√4 = 2.
13
(d) Usando sucessivamente a regra do quociente, com limx→2
g(x) = −2 6= 0, e do produto:
limx→2
3f(x)
g(x)=
limx→2
3f(x)
limx→2
g(x)(pela regra do quociente)
=3limx→2
f(x)
limx→2
g(x)(pela regra do produto)
=3.4
−2= −6.
Observação: Resumindo, temos:
3 ·
−→ 4x→2︷ ︸︸ ︷f(x)
g(x)︸ ︷︷ ︸−→−2x→2
−→x→2
3 · 4−2
= −6.
(e) Não se aplica a regra do quociente pois limx→2
h(x) = 0. O limite pode ou não existir, por exemplo:
• Toma h(x) = x− 2, e g(x) = −2, então:
g(x)
h(x)=−2x− 2
−→x→2+
+∞, g(x)
h(x)=−2x
−→x→2−
−∞,
portanto os limites laterais não coincidem, logo limx→2
g(x)
h(x)não existe (veja também o Ex. 8).
• Toma h(x) = (x− 2)2, e g(x) = −2, então:
g(x)
h(x)=−2x− 2
−→x→2
+∞,
portanto limx→2
g(x)
h(x)= +∞.
(f) Usando sucessivamente a regra do quociente, com limx→2
f(x) 6= 0, e depois do produto:
limx→2
g(x)h(x)
f(x)=
limx→2
(g(x)h(x)
)limx→2 f(x)
(pela regra do quociente)
=limx→2 g(x) · limx→2 h(x)
limx→2 f(x)(pela regra do produto)
=−2 · 0
4= 0.
Observação: Resumindo, temos:
−→ 0x→2︷ ︸︸ ︷
−→−2x→2︷ ︸︸ ︷g(x) ·
−→ 0x→2︷ ︸︸ ︷h(x)
f(x)︸ ︷︷ ︸−→ 4x→2
−→x→2
0
4= 0.
14
Resolução do Ex. 21 [voltar]Contrexemplo 1: Tome f(x) = g(x) = x
|x| com, digamos, f(0) = g(0) = 1 no ponto p = 0.Então, temos:
limx→0+
f(x) = 1, limx→0+
g(x) = 1,
limx→0−
f(x) = −1, limx→0−
g(x) = −1,
portanto limx→0+
f(x) 6= limx→0+
f(x) e limx→0+
g(x) 6= limx→0+
g(x), logo nem limx→0
f(x) nem limx→0
g(x).
Por outro lado:
f(x) · g(x) = x2
|x|2= 1 −→
x→01
portanto, limx→0
f(x)g(x) = 1 existe.
Segue o gráfico de f = g:
Contrexemplo 2: Tome f(x) = sen(1/x) + 2, e g(x) = 1sen(1/x)+2 , em p = 0. Então:
f(x) · g(x) =(sen(1/x) + 2
)· 1
sen(1/x) + 2= 1 −→
x→01,
portanto, limx→0
f(x)g(x) = 1 existe. Porem nem limx→0
f(x) nem limx→p
g(x) existe. Seguem os gráficos respectivos
de f e g, para dar uma ideia do comportamento perto de p = 0:
Aqui, quando x se aproxima de 0 (por valores superiores, digamos) 1/x vai para +∞, logo sen(1/x) ficaoscilando entre −1 e 1.
Resolução do Ex. 22 [voltar]Tome f(x) = |x|
x em p = 0, então:
• |f(x)| = 1, é constante logo converge para 1,
• f não admite limite em x = 0 pois os limites laterais limx→1+
f(x) = 1 e limx→1+
f(x) = −1 não coincidem.
Resolução do Ex. 23 [voltar]
15
a) f(x) = 2
A função é continua em qualquer ponto do seudomínio R.
b) f(x) = x+ 1
A função é continua em qualquer ponto do seudomínio R.
c) f(x) = x2
A função é continua em qualquer ponto do seudomínio R.
d) f(x) ={x2, se x ≤ 12, se x > 1
A função é continua em qualquer ponto de R −{1}, más não é continua em x = 1.
e) f(x) ={
1x2, se |x| ≥ 1
2, se |x| < 1
A função é continua em qualquer ponto de R −{−1, 1}, más não é continua em x = −1 ex = 1.
f) f(x) ={
1x2, se |x| ≥ 1
2, se |x| < 1
A função é continua em qualquer ponto do seudomínio R.
g) f(x) = 1x
A função é continua em qualquer ponto do seudomínio R− {0}.
h) f(x) = x2 + 2
16
A função é continua em qualquer ponto do seudomínio R.
i) f(x) = x3 − 1
A função é continua em qualquer ponto do seudomínio R.
j) f(x) =
{ln(x+ 1) + 1, se x ≥ 0.
x+ 1, se x < 0.
A função é continua em qualquer ponto do seudomínio R.
k) f(x) =
{3√x+ 7, se x ≥ 1.
2, se x < 1.
A função é continua em qualquer ponto do seudomínio R.
Resolução do Ex. 24 [voltar]
(a) A função f(x) = x2 é contínua em x = 2 e, portanto, limx→2
x2 = 22 = 4.
(b) A função f(x) = 3x+ 1 é contínua em x = 1 e, portanto, limx→1
3x+ 1 = 3.1 + 1 = 4.
(c) A função f(x) = 4x+ 1 é contínua em x = −2 e, portanto, limx→−2
4x+ 1 = 4(−2) + 1 = −7.
(d) A função f(x) = 5 é contínua em x = 10 e, portanto, limx→10
5 = 5..
(e) A função f(x) = 50 é contínua em x = −9 e, portanto, limx→−9
50 = 50.
(f) A função f(x) = −x2 − 2x+ 3 é contínua em x = −1 e, portanto
limx→−1
− x2 − 2x+ 3 = −(−1)2 − 2(−1) + 3 = 4.
(g) A função f(x) =√x é contínua em x = 4 e, portanto, lim
x→4
√x =√4 = 2.
(h) A função f(x) = 3√x é contínua em x = −3 e, portanto, lim
x→−33√x = 3√−3 = − 3
√3.
(i) A função f(x) =x2 − 9
x+ 3é contínua em x = 3 e, portanto, lim
x→3
x2 − 9
x+ 3=
32 − 9
3 + 3= 0.
(j) A função f(x) =x2 − 9
x− 3não é definida em x = 3, logo não pode ser contínua neste ponto !
Porem, para qualquer x 6= 3, temos:f(x) =
x2 − 9
x− 3
=(x− 3)(x+ 3)
x− 3
= x+ 3.
17
Assim, a função f coincide em R− {3} com a função g(x) = x+ 3, a qual é continua em x = 3. Segueque:
limx→3
x2 − 9
x− 3= lim
x→3x+ 3 = 3 + 3 = 6.
Observação: Na prática, pode-se resumir simbolicamente o raciocino acima da seguinte maneira:
x2 − 9
x− 3=
(x 6=3)x+ 3 −→
x→33 + 3 = 6.
(k) A função f(x) =x2 − 9
x− 3é contínua em x = −1 e, portanto, lim
x→−1
x2 − 9
x− 3=
(−1)2 − 9
−1− 3= 2.
(l) A função f(x) =4x2 − 1
2x− 1não é definida em x = 1/2. Porem, temos:
4x2 − 1
2x− 1=
(2x− 1)(2x+ 1)
2x− 1
=(x 6=1/2)
2x+ 1
−→x→1/2
2.(1/2) + 1 = 2.
Portanto, limx→1/2
4x2 − 1
2x− 1= 2.
(m) A função f(x) =√x−√3
x− 3não é definida em x = 3. Porem, temos:
√x−√3
x− 3=
(x>0)
√x−√3
(√x−√3)(√x+√3)
=(x 6=3,x>0)
1√x+√3
−→x→3
1√3 +√3=
1
2√3.
Portanto, limx→3
√x−√3
x− 3= 1
2√3.
Note aqui, que para x perto o suficiente de 3, teremos x > 0, assim não tem perda de generalidade emsupor que x é positivo na conta acima. Muitas vezes na prática, se esqueça de precisar (x 6= 3, x > 0)deixando as coisas implícitas.
(n) Usando a identidade a3 − b3 = (a− b)(a2 + ab+ b2) no denominador, calculemos que:
3√x− 3√3
x− 3=
3√x− 3√3
( 3√x− 3√3)( 3√x2+ 3√x 3√3 + 3√32)
=(x 6=3)
1
( 3√x2+ 3√x 3√3 + 3√32)
−→x→3
1
3√32
Portanto, limx→3
3√x− 3√3
x− 3= 1
3√32 .
18
Observação: Aqui, veremos mais tarde que, pela definição de uma função f ser derivável num pontop, temos:
limx→p
f(x)− f(p)x− p
= f ′(p).
No caso acima, a função f(x) = 3√x = x1/3 é derivável em p = 3, com derivada:
f ′(x) =1
3x
13−1 =
1
3x−2/3 =
1
3 3√x2 .
Portanto, pode-se deduzir diretamente que limx→3
3√x− 3√3
x− 3= f ′(3) = 1
3√32 .
(o) A função f(x) =x2 + 3x− 1
x2 + 2é contínua em x = 0 e, portanto:
limx→0
x2 + 3x− 1
x2 + 2=
02 + 3.0− 1
02 + 2= −1/2.
Observação: Na prática, se usam funções contínuas para calcular os limites mais básicos, onde nãotem indeterminadas ou complicação nenhuma. Neste último exemplo, se escreveria diretamente:
−→x→0−1
︷ ︸︸ ︷x2 + 3x− 1
x2 + 2︸ ︷︷ ︸−→x→0
2
−→x→0−1
2.
Mesmo assim a justificativa correta é passando por funções contínuas.
Resolução do Ex. 25 [voltar]
(a) Temos x2 + x− 6 = (x− 1)(x+3) mas ainda assim, na equaçãox2 + x− 6
x− 1= x+3, o lado esquerdo
não está definido para x = 1. A igualdade vale para todo x 6= 1, mas não faz sentido se x 6= 1.
(b) Para x perto o suficiente de 2 (|x− 2| < δ, já que δ < 1) temos x 6= 1. Para tal x, vale a igualdade:
x2 + x− 6
x− 1=
(x− 1)(x+ 3)
x− 1= x+ 3.
segue que os limites coincidem em x→ 2, portanto limx→2
x2 + x− 6
x− 1= lim
x→2x+ 3 = 5.
Observação: Note que, para x→ 1, vale também que limx→1
x2 + x− 6
x− 1= lim
x→1x+ 3 = 4.
Resolução do Ex. 26 [voltar]
Relembrando a definição de uma função ser continua num ponto via limites:
def: Uma função f : X → Y é contínua num ponto p ∈ X se:
limx→p
f(x) = f(p).
Observação 1: Note que, implicitamente nesta definição, o limite limx→p
f(x) de f em p tem que existir,
19
assim como o valor f(p) em p (isso é, que p pertence no domínio de f ).A definição acima pede para o limite coincidir com o próprio valor da função em p.
Observação 2: Simbolicamente, uma função continua é uma função que "comuta com limites". De fato, acondição de ser continua pode-se escrever:
f(limx→p
x)= lim
x→pf(x),
Istp é por causa que, na fórmula acima, obviamente limx→p
x = p.
Calculando os limites à direita e à esquerda de f(x) ={
2x, se x ≤ 11, se x > 1
, obtemos imediatamente:
limx→1>
f(x) = limx→1>
2x = 2,
limx→1<
f(x) = limx→1<
1 = 1.
Assim, limx→1>
f(x) 6= limx→1<
f(x). A função não possui limite em 0, portanto não é continua neste ponto.
Resolução do Ex. 27 [voltar]Basta, cada vez, definir L como sendo o limite no ponto considerado, para obter uma função contínua. A
função assim obtida é automaticamente continua no ponto considerado pela própria definição de continuidade:
limx→p
f(x) = f(p).
Tal processo chama-se de prolongamento por continuidade. Note que se o limite não existir, não é possívelobter uma função continua. Neste caso, diz-se que a função não é prolongável por continuidade.
(a) Calculando o limite, obtemos:
x3 − 8
x− 2=
(x− 2)(x2 + 2x+ 4)
x− 2=
(x6=2)x2 + 2x+ 4 −→
x→222 + 2.2 + 4 = 12.
Portanto, obtém-se uma função contínua definindo L = 12, ou seja:
f(x) =
{x3−8x−2 , se x 6= 2
12, se x = 2
Observação: Note que a função f assim definida coincide com x2 + 2x + 4, ou seja: f(x) =
x2+2x+4 para todo x ∈ R, pois acabamos de verificar que é o caso para x 6= 2 e, no ponto x = 2,a função f foi definida precisamente como valendo 22 + 2.2 + 4.
Nem sempre é tão fácil, no sentido que nem sempre existe uma expressão simples (aqui x2+2x+4)que seja válida para x = p também. Veja por exemplo o Exercício 12− e) da lista 2, onde f(x) =
x+3ln(x2−2x+1)
não esta definida em x = 1, porem admite 0 por limite neste ponto. Neste caso, bastadefinir:
f(x) =
{x+3
ln(x2−2x+1), se x 6= 0, 1, 2
0, se x = 1,
para obter uma função continua em R − {0, 2}. Porem não conheço de uma expressão simples(quero dizer, que não faça distinção entre os casos x 6= 1 e x = 1) para esta função.
(b) A função√x−√3
x−3 não está definida em x = 3, porem calculando o limite (veja o Exercício 7-m)) obtemos:
limx→3
√x−√3
x− 3=
1
2√3.
Assim basta definir: f(x) =
{√x−√3
x−3 , se x ≥ 0, x 6= 31
2√3, se x = 3
para obter uma função continua.
20
Observação: Aqui, seguindo as contas no Exercício 7-m), vemos que f(x) = 1√x+√3(∀x ≥ 0).
(c) Semelhantemente à questão precedente,√x−√5
x−5 não está definida em x = 5 más, calculando o limite,obtemos:
√x−√5
x− 5=
√x−√5
(√x−√5)(√x+√5)
=(x 6=5)
1√x+√5
−→x→5
1
2√5
Portanto, basta definir f(x) =
{√x−√5
x−5 , se x ≥ 0, x 6= 51
2√5, se x = 5
para obter uma função continua.
Observação: Aqui, na verdade f(x) = 1√x+√5
para todo x ≥ 0.
(d) A função x2−xx+1 não é definida em x = −1 porem, calculando o limite, obtemos:
x2 − xx+ 1
=
−→x→−1
2
︷ ︸︸ ︷x(x− 1)
x+ 1︸ ︷︷ ︸−→x→−1
0
−→x→−1
+∞.
Logo não existe L tal que f(x) =
{x2−xx+1 , se x 6= −1L, se x = −1
seja continua em x = −1. A função não é
prolongável por continuidade em −1. Confirmando no gráfico:
Resolução do Ex. 28 [voltar]Calculando os limites à direita e à esquerda de f em 0, obtemos:
limx→0>
f(x) = limx→0>
x2 + 1 = 1,
limx→0<
f(x) = limx→0<
1 = 1.
Assim, limx→1>
f(x) = limx→1<
f(x) = 1, portanto a função possui um limite em x = 0, e este limite é: limx→1
f(x) = 1.
Alem do mais, pela definição de f temos f(0) = 02 + 1 = 1, assim:
limx→0
f(x) = f(0),
e, portanto, a função é contínua em x = 0.
Resolução do Ex. 29 [voltar]Seguem dois exemplos:
21
f(x) =
1, se x ≤ −1,2, se − 1 < x ≤ 0,
3, se 0 ≤ x ≤ 1,
4, se x > 1.
f(x) =
x2, se x < −1,x, se − 1 ≤ x < 0,√x+ 1, se 0 ≤ x < 1,
3, se x ≥ 1.
Resolução do Ex. 30 [voltar]
(a) Para x > 1, |x− 1| = x− 1, portanto limx→1+
|x− 1|x− 1
= 1.
(b) Para x < 1, |x− 1| = −(x− 1), portanto limx→1−
|x− 1|x− 1
= −1
(c) Por continuidade da função raiz em x = 0, limx→0
√x = 0.
(d) O limite limx→1
|x− 1|x− 1
não existe, pois os limites laterais não coincidem (veja a) e b)).
(e) A funçãox2 − 2x+ 1
x− 1=
22 − 2.2 + 1
2− 1é definida, e continua em x = 2, portanto lim
x→2+
x2 − 2x+ 1
x− 1=
22 − 2.2 + 1
2− 1= 1.
(f) A função|x− 1|x− 1
=|3− 1|3− 1
é definida, e continua em x = 3, portanto limx→3
|x− 1|x− 1
=|3− 1|3− 1
= 1.
(g) limx→1+
f(x)− f(1)x− 1
= 1, em que f(x) ={x+ 1, se x ≥ 12x, se x < 1
.
Observa que é a derivada de x+ 1 em x = 1.
(h) limx→1
f(x)− f(1)x− 1
não existe pois os limites laterais existem más não coincidem, de fato: limx→1−
f(x)− f(1)x− 1
=
2 (que é a derivada de 2x em x = 1...) enquanto limx→1+
f(x)− f(1)x− 1
= 1 (que é a derivada de x + 1 em
x = 1...).
Segue o gráfico da função, para dar uma ideia:
Note porém que neste exercício, a justificativa não é para ser feita pelo gráfico !
Resolução do Ex. 31 [voltar]
22
(a) limx→−1
x3 + 1
x2 − 1:
Ambos o numerador e o denominador convergem para 0, é preciso fatorar x + 1 para simplificar. Éfácil pelo denominador, enquanto pelo numerador pode ser feito po divisão euclidiana de polinômios, damaneira seguinte:
x3 + 1 x+ 1
x2 − x+ 1− x3 − x2
− x2x2 + x
x+ 1− x− 1
0
Assim, podemos prosseguir, calculando que:
x3 + 1
x2 − 1=
(x+ 1)(x2 − x+ 1)
(x+ 1)(x− 1)=
(x 6=−1)
x2 − x+ 1
x− 1−→x→−1
3
2.
(b) limx→0
x3 + x2
3x3 + x4 + x:
Aqui, é imediato fatorar x em ambos o denominador e o numerador:
x3 + x2
3x3 + x4 + x=
x2(x+ 1)
x(3x2 + x3 + 1)=
(x 6=0)
x(x+ 1)
3x2 + x3 + 1−→x→0
0
(c) limh→0
x2 + 3xh:
Um calculo direto leva a: x2 + 3xh −→h→0
x2, portanto:
limh→0
x2 + 3xh = x2.
(d) limh→0
(x+ h)3 − x3
h:
Simplificando por h. obtemos:
(x+ h)3 − x3
h=
2x2h+ 2xh2 + h3
h=
(h6=0)2x2 + 2xh+ h2 −→
h→02x2.
(e) limx→3
x2 − 9
x+ 9:
Não tem problema nenhum neste, por continuidade dex2 − 9
x+ 9em x = 3, temos:
x2 − 9
x+ 9−→x→3
0
9= 0,
Teriá que simplificar para calcular o limite em x→ −9.
(f) limx→2
x3 − 5x2 + 8x− 4
x4 − 5x− 6:
23
O numerador e o denominador admitem 2 por raiz, é preciso fatorar x− 2 em ambos para poder simpli-ficar. Por divisão euclidiana de polinômios, calculamos que:
x3 − 5x2 + 8x− 4 x− 2
x2 − 3x+ 2− x3 + 2x2
− 3x2 + 8x3x2 − 6x
2x− 4− 2x+ 4
0
x4 − 5x− 6 x− 2
x3 + 2x2 + 4x+ 3− x4 + 2x3
2x3
− 2x3 + 4x2
4x2 − 5x− 4x2 + 8x
3x− 6− 3x+ 6
0
Portanto, o numerador e denominador fatoram em:
x3 − 5x2 + 8x− 4 = (x− 2)(x2 − 3x+ 2)
(x4 − 5x− 6) = (x− 2)(x3 + 2x2 + 4x+ 4).
Assim, podemos prosseguir:
x3 − 5x2 + 8x− 4
x4 − 5x− 6=
(x− 2)(x2 − 3x+ 2)
(x− 2)(x3 + 2x2 + 4x+ 4)=
(x 6=2)
x2 − 3x+ 2
x3 + 2x2 + 4x+ 4−→x→2
22 − 3.2 + 2
23 + 222 + 4.2 + 4= 0.
(g) limx→1
x3 − 1
x4 + 3x− 4:
Semelhantemente ao caso f) precedente, o numerador e o denominador admitem 1 por raiz, é precisofatorar x− 1 em ambos para poder fatorar. Por divisão euclidiana de polinômios, calculamos que:
x3 − 1 x− 1
x2 + x+ 1− x3 + x2
x2
− x2 + x
x− 1− x+ 1
0
x4 + 3x− 4 x− 1
x3 + x2 + x+ 4− x4 + x3
x3
− x3 + x2
x2 + 3x− x2 + x
4x− 4− 4x+ 4
0
Assim, temos:
x3 − 1
x4 + 3x− 4=
(x− 1)(x2 + x+ 1)
(x− 1)(x3 + x2 + x+ 1)=
(x 6=1)=
x2 + x+ 1
x3 + x2 + x+ 1−→x→1
=3
4
(h) limx→7
√x−√7
√x+ 7−
√14
:
Introduzindo x−7x−7 , pode-se decompor a fração da maneira seguinte, calculamos que:
√x−√7
√x+ 7−
√14
=
√x−√7
x− 7︸ ︷︷ ︸−→x→7
12√7
· x− 7√x+ 7−
√14︸ ︷︷ ︸
−→x→7
2√14
−→x→7
2√14
2√7
=√2.
Aqui, ambos limites podem ser tratados de maneira similar à questão n) do exercício Exercício 7 (pelosegundo termo, veja a observação e use derivadas com f(x) =
√x+ 7).
24
(i) limx→2
1x −
12
x− 2:
1x −
12
x− 2=
2−x2x
x− 2=
(x 6=2)− 1
2x−→x→2−1
4
Este limite poderia ser tratado usando derivadas, de maneira similar à observação da questão (n)do Exercício 7. Mais precisamente, tomando f(x) = 1/x, derivável em x = 2, com derivadaf ′(x) = −1/x2 temos:
1x −
12
x− 2=f(x)− f(2)
x− 2−→x→2
f ′(2) = −1
4
(j) limx→p
x3 − p3
x− p:
x3 − p3
x− p=
(x− p)(x2 + xp+ px+ p2)
x− p=
(x 6=p)x2 + xp+ px+ p2 −→
x→p3p2
De novo, este limite poderia ser tratado por derivadas. Mais precisamente, tomando f(x) = x3,derivável em x = p, com derivada f ′(x) = 3x2 temos:
x3 − p3
x− p=f(x)− f(p)
x− p−→x→p
f ′(p) = 3p2.
Resolução do Ex. 32 [voltar]
(a) limx→−1
3
√x3 + 1
x+ 1:
Não pode se aplicar a regra do quociente, pois ambos o numerador e denominador convergem para 0,porem é possível fatorar (x+ 1) no numerador:
3
√x3 + 1
x+ 1=
3
√(x+ 1)(x2 − x+ 1)
x+ 1=
(x 6=−1)3
√x2 − x+ 1︸ ︷︷ ︸−→ 1x→−1
−→x→−1
3√1 = 1,
portanto limx→−1
3
√x3 + 1
x+ 1= 1. Note que aqui, se usou a continuidade da função 3
√y no ponto 1.
(b) limx→1
√x2 + 3− 2
x2 − 1:
De novo, não se aplica a regra do quociente. Aqui, a raiz quadrada atrapalha para simplificar entredenominador a numerador. Um truque para resolver é aproveitar da igualdade (a+ b)(a− b) = a2 + b2
para se desfazer dela, multiplicando ambos o numerador e denominador por√x2 + 3 + 2 (note que√
x2 + 3 + 2 6= 0, más de maneira mais geral só precisa valer para x perto de 1). Obtém-se:
25
√x2 + 3− 2
x2 − 1=
(√x2 + 3− 2)(
√x2 + 3 + 2)
(x2 − 1)(√x2 + 3 + 2)
=x2 + 3− 22
(x2 − 1)(√x2 + 3 + 2)
=x2 − 1
(x2 − 1)(√x2 + 3 + 2)
=1√
x2 + 3 + 2
−→x→1
1√12 + 3 + 2
=1
4
portanto limx→1
√x2 + 3− 2
x2 − 1= 1
4 .
Se tentar separarmos no denominador, obtemos uma indeterminada:√x2 + 3− 2
x2 − 1=
√x2 + 3
x2 − 1︸ ︷︷ ︸−→x→1
+∞
−√x2 + 3
x2 − 1︸ ︷︷ ︸−→x→1
+∞
e não da para determinar o limite.
(c) limx→1
3√x+ 7− 2
x− 1:
Similar à questão precedente, usando a igualdade (a− b)(a2 + ab+ b2) = a3 − b3. Obtemos:
3√x+ 7− 2
x− 1=
( 3√x+ 7− 2)
((x+ 7)2/3 + 2 3
√x+ 7 + 4
)(x− 1)
((x+ 7)2/3 + 2 3
√x+ 7 + 4
)=
x+ 7− 23
(x− 1)((x+ 7)2/3 + 2 3
√x+ 7 + 4
)=
x− 1
(x− 1)((x+ 7)2/3 + 2 3
√x+ 7 + 4
)=
1
(x+ 7)2/3 + 2 3√x+ 7 + 4
−→x→1
1
(1 + 7)2/3 + 2 3√1 + 7 + 4
=1
12.
Portanto limx→1
3√x+ 7− 2
x− 1= 1
12 . Aqui, note que a primeira igualdade vale para x perto de 1, pois
(x+ 7)2/3 + 2 3√x+ 7 + 4 é bem definido, e diferente de 0.
(d) limx→1
3√3x+ 5− 2
x2 − 1:
26
Similar à questão precedente:
3√3x+ 5− 2
x2 − 1=
( 3√3x+ 5− 2)
((3x+ 5)2/3 + 2 3
√3x+ 5 + 4
)(x2 − 1)
((3x+ 5)2/3 + 2 3
√3x+ 5 + 4
)=
(3x+ 5− 23)
(x− 1)(x+ 1)((3x+ 5)2/3 + 2 3
√3x+ 5 + 4
)=
3(x− 1)
(x− 1)(x+ 1)((3x+ 5)2/3 + 2 3
√3x+ 5 + 4
)=
3
(x+ 1)((3x+ 5)2/3 + 2 3
√3x+ 5 + 4
)−→x→1
3
(1 + 1)(3.1 + 5)2/3 + 2 3√3.1 + 5 + 4
=3
16.
Portanto limx→1
3√3x+ 5− 2
x2 − 1= 3
16
Resolução do Ex. 33 [voltar]
Relembrando o Teorema do confronto:Sejam f, g, h funções tais que f(x) ≤ g(x) ≤ h(x). Suponha que:
limx→p
f(x) = limx→p
h(x) = a,
então:limx→p
g(x) = a.
Intuitivamente, a função g esta presa entre as funções f e h, as quais convergem para a, o que implicaque f também converge para a:
f(x)︸ ︷︷ ︸−→x→p
a
≤ g(x) ≤ h(x)︸ ︷︷ ︸−→x→p
a
⇒ f(x)−→x→p
a.
Calculando os limites de ambos funções em x = 1, obtemos:
• limx→2−x2 + 3x = 2, por continuidade da função −x2 + 3x em x = 1.
• por outro lado,x2 − 1
x− 1=
(x+ 1)(x− 1)
x− 1=
(x 6=1)x+ 1−→
x→12.
Assim, temos:
−x2 + 3x︸ ︷︷ ︸−→x→1
2
≤ f(x) ≤ x2 − 1
x− 1︸ ︷︷ ︸−→x→1
2
portanto, pelo Teorema do confronto, conclua-se que: limx→1
f(x) = 2.
27
Nesta questão, o gráfico da função f esta preso entre os gráficos vermelho e azul:
Resolução do Ex. 34 [voltar]Por absurdo, vamos supor que o limite existe, valendo a ∈ R, isto é supondo que:
limx→0
sen( 1x) = a.
Seja ε = 12 , então pela suposição acima, existe η > 0 tal que:
|x| < η ⇒∣∣sen( 1x)− a
∣∣ < 1
2. (hip.)
Agora, se escolhermos k0 ∈ N grande o suficiente, teremos:π
2+ 2k0π >
1
η⇒
∣∣ 1π2 + 2k0π
∣∣ < η(hip.)⇒
∣∣sen(-π2 + 2k0
)π︸ ︷︷ ︸
=1
−a∣∣ < 1
2⇒ |1− a| <
1
2
−π2+ 2k0π >
1
η⇒
∣∣ 1
-π2 + 2k0π
∣∣ < η(hip.)⇒
∣∣sen(-π2 + 2k0π︸ ︷︷ ︸=−1
)− a∣∣ < 1
2⇒ | − 1− a| < 1
2
Isto é absurdo, pois:
|1− a| < 1
2⇔ a ∈]1/2, 3/2[,
| − 1− a| < 1
2⇔ a ∈]-3/2, -1/2[.
e a não pode pertencer em ambos intervalos ao mesmo tempo, pois são de intersecção vazia.
Resolução do Ex. 35 [voltar]Pelo Teorema do confronto:
−1 ≤ sen( 1x) ≤ 1 ⇒ −|x|︸ ︷︷ ︸−→x→0
0
≤ xsen( 1x) ≤ |x|︸︷︷︸−→x→0
0
⇒ limx→0
xsen( 1x) = 0
28
Resolução do Ex. 36 [voltar]
(a) f(x) =
{x2 · sen 1
x , se x 6= 00, se x = 0
Neste caso, calculamos quef(x)− f(0)
x− 0= xsen( 1x), que converge para 0 quando x→ 0 pelo Exercício
12 precedente.
(b) f(x) =
{x · sen 1
x , se x 6= 00, se x = 0
Neste caso, calculamos quef(x)− f(0)
x− 0= sen( 1x), que não tem limite x → 0 pelo Exercício 11
precedente.
Observação: Veremos mais tarde que limx→0
f(x)− f(0)x− 0
, se existir, é a derivada de f em x = 0. Neste
exercício, a função x2sen( 1x) admite uma derivada em x = 0, o que não é o caso de xsen( 1x).
Nos gráficos, da para perceber que a curva de x2sen( 1x) se achata o suficiente para ela admitir uma retatangente horizontal em x = 0, enquanto é impossível encontrar uma tal reta para xsen( 1x).Note também que ambos funções assim definidas (valendo 0 em x = 0) são continuas.
Resolução do Ex. 37 [voltar]
Relembrando um dos limites fundamentais:
limx→0
sen(x)x
= 1.
(a)tg(x)x
=sen(x)x cos(x)
=1
cos(x)︸ ︷︷ ︸−→x→0
1
sen(x)x︸ ︷︷ ︸−→x→0
1
−→x→0
1, portanto, limx→0
tg(x)x
= 1.
(b)x
senx= 1
x
senx︸ ︷︷ ︸−→x→0
1
−→x→0
11 = 1, portanto lim
x→0
x
senx= 1.
29
(c)sen(3x)
x= 3 · sen(3x)
3x︸ ︷︷ ︸−→x→0
1
−→x→0
3, portanto limx→0
sen(3x)x
= 3.
(d) Tomando y := π − x−→x→π
0, obtemos:
sen(x)x− π
=sen(π − x)x− π
= −sen(x− π)x− π
= −sen(y)y−→y→0
0,
portanto limx→π
senxx− π
.
(e)x2
senx= x︸︷︷︸−→x→0
0
· x
senx︸ ︷︷ ︸−→x→1
1
−→x→0
0 · 1 = 0, portanto limx→0
x2
senx= 0.
(f)3x2
tg xsenx= 3 · x
tg x︸ ︷︷ ︸−→x→0
1
· x
senx︸ ︷︷ ︸−→x→0
1
−→x→0
3, portanto limx→0
3x2
tg xsenx= 3.
(g) Temos:
1− cosx
x=
1− cosx
x·1 + cos(x)
1 + cos(x)=
1− cos(x)2
x(1 + cos(x))=
sen(x)2
x(1 + cos(x))=
sen(x)x︸ ︷︷ ︸−→x→0
1
−→x→0
0
︷︸︸︷1
1 + cos(x)︸ ︷︷ ︸−→x→0
1
−→x→0
1·0 = 0,
portanto: limx→0
1− cosx
x= 0.
(h) Temos:
x+ senxx2 − senx
=x(1 + senx
x
)x(x− senx
x
) =1 + senx
x
x− senxx
=1 +
−→x→0
1
︷ ︸︸ ︷senxx
x︸︷︷︸−→x→0
0
− senxx︸ ︷︷ ︸−→x→0
1
−→x→0
1 + 1
0− 1= −2,
portanto: limx→0
x+ senxx2 − senx
= −2.
Resolução do Ex. 38 [voltar]
(a) limx→−∞
1
x3= 0 (tendendo por valores negativos).
(b) 5 +1
x︸︷︷︸−→
x→+∞0
+3
x2︸ ︷︷ ︸−→
x→+∞0
−→x→+∞
5, portanto: limx→−∞
5 +1
x+
3
x2= 5.
(c)2x+ 1
x+ 3=
2x+ 6
x+ 3︸ ︷︷ ︸=2(x+ 3)
x+ 3
− 5
x+ 3= 2− 5
x+ 3︸ ︷︷ ︸−→
x→+∞0+
−→x→+∞
2−, portanto: limx→+∞
2x+ 1
x+ 3= 2.
30
(d)x2 − 2x+ 3
3x2 + x+ 1=
x2 ·(1− 2
x + 3x2
)3x2 ·
(1 + 1
3x + 13x2
) =1 ·(
−→x→−∞
1
︷ ︸︸ ︷1− 2
x+
3
x2)
3 ·(1 +
1
3x+
1
3x2︸ ︷︷ ︸−→
x→−∞1
) −→x→−∞
13 .
Todas as funções racionais podem ser tratadas de maneira similar aos casos e), f) e g).
Na prática, é bom saber a regra geral seguinte:
Sendo dois polinômios amxm + · · ·+ a1x+ a0 e bnxn + · · ·+ b1x+ b0 temos:
limx→+∞
amxm + · · ·+ a1x+ a0
bnxn + · · ·+ b1x+ b0= lim
x→+∞
amxm
bn
limx→−∞
amxm + · · ·+ a1x+ a0
bnxn + · · ·+ b1x+ b0= lim
x→−∞
amxm
bnxn
Implicitamente, nestas formulas, am 6= 0 e bn 6= 0 (isso é: são polinômios de grau m e n, respec-tivamente). Ressalta-se também que esta regra só se aplica para limites em ±∞, não valendo parax→ p.
No caso (d) por exemplo: limx→−∞
x2 − 2x+ 3
3x2 + x+ 1= lim
x→−∞
x2
3x2= 1
3 .
Mesmo assim, é bom saber tratar a mão, pois as mesmas técnicas permitem, combinado com raízespor exemplo, calcular outros limites (veja as questões k), l) etc... abaixo: o exercício é muito bemfeito com relação a isso, pois complica gradualmente as questões, que são para serem resolvidasuma depois da outra, na sequência).
(e)2x3 + 1
x4 + 2x+ 3=
2x3 ·(1 + 1
2x3
)x4 ·
(1 + 2
x3+ 3
x4
) =2 ·
−→x→−∞
1
︷ ︸︸ ︷(1 +
1
2x3)
x︸︷︷︸−→
x→−∞−∞·(1 +
2
x3+
3
x4)
︸ ︷︷ ︸−→
x→−∞1
−→x→−∞
0−.
Ou, diretamente usando a regra: limx→−∞
2x3 + 1
x4 + 2x+ 3= lim
x→−∞
2x3
x4= lim
x→−∞
2
x= 0−.
(f) 3
√x
x2 + 3= 3
√x
x2 ·(1 + 3
x2
) = 3
√1
x ·(1 +
3
x2)
︸ ︷︷ ︸−→
x→−∞−∞
−→x→−∞
3√0 = 0.
Portanto, limx→−∞
3
√x
x2 + 3= 0.
(g)
√x2 + 1
3x+ 2=
√x2(1 + 1
x2
)3x(1 + 2
x
) =
√√√√ x2(1 + 1
x2
)9x2(1 + 2
x
)2 =
√√√√ 1 + 1x2
9(1 + 2
x
)2 −→x→+∞
√1
9=
1
3.
Portanto, limx→+∞
√x2 + 1
3x+ 2=
1
3.
(h) Uma primeira tentativa seria:
x−√x2 + 1 = x−
√x2 ·
(1 +
1
x2)
=(x≥0)
x− x ·√1 +
1
x2= x︸︷︷︸−→
x→+∞+∞·(1−
√1 +
1
x2︸ ︷︷ ︸−→
x→+∞0
)
31
mas dá uma indeterminada (0 ·+∞). Outra estrategia é aproveitar da igualdade (a− b)(a+ b) = a2− b2para se desfazer da raiz, como segue:
x−√x2 + 1 =
(x−
√x2 + 1
)· x+
√x2 + 1
x+√x2 + 1
=
(x−√x2 + 1
)·(x+√x2 + 1
)x+√x2 + 1
=x2 − x2 − 1
x+√x2 + 1
=−1
x+√x2 + 1︸ ︷︷ ︸
−→x→∞
+∞
−→x→+∞
0.
Portanto, limx→+∞
x−√x2 + 1 = 0.
Comparando ambos gráficos, obtemos:
(i) Seguindo a mesma estrategia do que a questão precedente:
√x+ 1−
√x+ 3 =
(√x+ 1−
√x+ 3
)·√x+ 1 +
√x+ 3√
x+ 1 +√x+ 3
=
(√x+ 1−
√x+ 3
)·(√
x+ 1 +√x+ 3
)√x+ 1 +
√x+ 3
=(x≥0)
x+ 1− x− 3√x+ 1 +
√x+ 3
=4√
x+ 1 +√x+ 3
−→x→+∞
0
Portanto, limx→+∞
√x+ 1−
√x+ 3 = 0. Comparando ambos gráficos:
32
Resolução do Ex. 39 [voltar]
(a) x4 − 3x+ 2 = x4︸︷︷︸−→
x→+∞+∞·(1− 3
x3+
2
x4
)︸ ︷︷ ︸
−→x→+∞
1
−→x→+∞
+∞.
Portanto: limx→+∞
x4 − 3x+ 2 = +∞.
(b) 5− 4x+ x2 − x5 = x5︸︷︷︸−→
x→+∞+∞·( 5
x5− 4
x3+
1
x3− 1)
︸ ︷︷ ︸−→
x→+∞1
−→x→+∞
+∞.
Portanto: limx→+∞
5− 4x+ x2 − x5 = +∞.
(c) 3x3 + 2x+ 1 = x3︸︷︷︸−→
x→+∞−∞·(3 +
2
x2+
1
x3+
1
x3
)︸ ︷︷ ︸
−→x→+∞
3
−→x→+∞
−∞
Portanto: limx→−∞
3x3 + 2x+ 1 = −∞.
(d) limx→+∞
5x3 − 6x+ 1
6x2 + x+ 3= +∞.
(e) limx→+∞
5x3 + 7x− 3
x4 − 2x+ 3= 0.
(f) limx→−∞
x4 − 2x+ 3
3x4 + 7x− 1=
1
3.
(g) limx→+∞
2 + x
3 + x2= 0.
Resolução do Ex. 40 [voltar]
(a)
√x+ 1
x+ 3=
√x
x+ 3+
1
x+ 3=
√x
x+ 3+
1
x+ 3=
(x≥0)
1√x+ 3√
x︸ ︷︷ ︸−→
x→+∞0
+1
x+ 3︸ ︷︷ ︸−→
x→+∞0
−→x→+∞
0
Outro método:√x+ 1
x+ 3=
(√x+ 1
)·(√x− 1
)(x+ 3
)·(√x− 1
) =(x≥0)
x− 1(x+ 3
)·(√x− 1
) =x− 1
x+ 3︸ ︷︷ ︸−→
x→+∞1
· 1√x− 1︸ ︷︷ ︸−→
x→+∞0
−→x→+∞
0.
Portanto: limx→+∞
√x+ 1
x+ 3= 0.
(b)x+√x+ 3
2x− 1=
x
2x− 1+
√x+ 3
2x− 1=
x
2x− 1︸ ︷︷ ︸−→
x→+∞12
+
√x+ 3
(2x− 1)2︸ ︷︷ ︸−→
x→+∞0
−→x→+∞
1
2+ 0 =
1
2.
Outro método: por mudança de variável, tomando y :=√x+ 3 −→
x→+∞+∞ pode-se desfazer facilmente
da raiz:
x+√x+ 3
2x− 1=
y2 − 3 + y
2(y2 + 3)− 1=y2 + y − 3
2y2 + 5−→y→+∞
1
2.
Portanto: limx→+∞
x+√x+ 3
2x− 1=
1
2.
33
(c)
2x−√x2 + 3 = 2x− |x| ·
√1 +
3
x2
=(x≥0)
2x− x ·√
1 +3
x2= x︸︷︷︸−→
x→+∞+∞·(2−
√1 +
3
x2
)︸ ︷︷ ︸
−→x→+∞
1
−→x→+∞
+∞.
Portanto: limx→+∞
2x−√x2 + 3 = +∞.
(d) x−√x+ 3=x− x2
√1 + 3
x3= x2 ·
( 1
x−√
1 +3
x3
)︸ ︷︷ ︸
−→x→+∞
1
−→x→+∞
+∞.
Outro método: por mudança de variável y :=√x+ 3 −→
x→+∞+∞, obtemos:
x−√x+ 3 = y2 − 3 + y = y2 ·
(1− 3
y2+
1
y
)−→x→+∞
+∞.
Portanto: limx→+∞
x−√x+ 3 = +∞.
Resolução do Ex. 41 [voltar]
Cuidado com limites do tipo:1
f(x)onde f(x) −→
x→p0.
Em geral, um limite não existe (se f mudar de sinal perto de x = p, por exemplo).Caso f tem sinal constante, positivo ou negativo, perto de x = p temos:
f(x) −→x→p
0+ ⇒ 1
f(x)−→x→p
+∞,
f(x) −→x→p
0− ⇒ 1
f(x)−→x→p−∞.
Nas duas expressões acima, ainda pode-se trocar x → p por um limite lateral x → p+ ou x → p−,continuam valendo.
Caso quer calcular um limite do tipog(x)
f(x), não esqueça de cuidar do sinal de g também.
(a)5
3− x︸ ︷︷ ︸−→x→0+
0−
−→x→0+
−∞, portanto: limx→3+
5
3− x= −∞.
(b) limx→0−
1
x= −∞.
(c)x− 3
x2=x(1− 3
x
)x2
=
−→x→0−
1>0
︷ ︸︸ ︷1− 3
xx︸︷︷︸
−→x→0−
0−
−→x→0−
−∞, portanto limx→0−
x− 3
x2= −∞.
34
(d)3
x2 − x=
3
x(x− 2)︸ ︷︷ ︸−→x→0−
0+
−→x→0−
+∞, portanto: limx→0−
3
x2 − x= +∞.
(e)2x+ 3
x2 + x=
−→x→1+
5>0
︷ ︸︸ ︷2x+ 3
x(x+ 1)︸ ︷︷ ︸−→
x→−1+0−
−→x→−1+
+∞, portanto: limx→−1+
2x+ 3
x2 + x= −∞.
Se precisar, faça uma tabela de sinais para ver que x(x + 1) tende a 0 por valores negativas quandox→ −1 a esquerda.
(f)x2 − 3x
x2 − 6x+ 9=x(x− 3x)
(x− 3)2=
x
x− 3=
−→x→3+
3>0
︷︸︸︷x
x− 3︸ ︷︷ ︸−→x→3+
0+
−→x→3+
+∞, portanto: limx→3+
x2 − 3x
x2 − 6x+ 9= +∞.
(g)2x+ 1
x2 + x=
−→x→−1+
−1<0
︷ ︸︸ ︷2x+ 1
x(x+ 1)︸ ︷︷ ︸−→
x→−1+0−
−→x→−1+
+∞, portanto: limx→−1+
2x+ 1
x2 + x= +∞.
(h)3x− 5
x2 + 3x− 4=
−→x→0+
−5<0
︷ ︸︸ ︷3x− 5
(x+ 4)(x− 1)︸ ︷︷ ︸−→x→0+
0+
−→x→1+
−∞, portanto: limx→1+
3x− 5
x2 + 3x− 4= −∞.
Aqui, se precisar, calcule o Bhaskara para fatorar x2 + 3x − 4 = (x + 4)(x − 1), e faça uma tabela desinais para ver que tende a 0 por valores positivas quando x→ 1+.
Resolução do Ex. 42 [voltar]O limite pode ser basicamente qualquer coisa, seguem vários exemplos:
1o) Tome f(x) = x e g(x) = x− 7, então limx→+∞
f(x) = +∞ e limx→+∞
g(x) = +∞, porem f(x)− g(x) = 7
é constante, portanto:lim
x→+∞f(x)− g(x) = 7.
2o) Tome f(x) = x2 e g(x) = x, então limx→+∞
f(x) = +∞ e limx→+∞
g(x) = +∞, porem f(x) − g(x) =
x(x− 1) portanto:lim
x→+∞f(x)− g(x) = +∞.
3o) Tome f(x) = x e g(x) = x2, então limx→+∞
f(x) = +∞ e limx→+∞
g(x) = +∞, porem f(x) − g(x) =
x(1− x) portanto:lim
x→+∞f(x)− g(x) = +∞.
4o) Tome f(x) = x + sen(x) e g(x) = x, então limx→+∞
f(x) = +∞ e limx→+∞
g(x) = +∞, porem f(x) −g(x) = sen(x) portanto:
limx→+∞
f(x)− g(x) não existe.
35
Resolução do Ex. 43 [voltar]De nono, um tal limite pode ser qualquer coisa (alem de −∞). Seguem vários exemplos:
1o) Tome f(x) = x e g(x) = 7x, então limx→+∞
f(x) = +∞ e limx→+∞
g(x) = +∞, porem f(x)g(x) = 7 é
constante, portanto:
limx→+∞
f(x)
g(x)= 7.
2o) Tome f(x) = x2 e g(x) = x, então limx→+∞
f(x) = +∞ e limx→+∞
g(x) = +∞, porem f(x)g(x) = x portanto:
limx→+∞
f(x)
g(x)= +∞.
3o) Tome f(x) = x e g(x) = x2, então limx→+∞
f(x) = +∞ e limx→+∞
g(x) = +∞, porem f(x)g(x) = 1
x portanto:
limx→+∞
f(x)
g(x)= 0.
4o) Tome f(x) = xsen(x) e g(x) = x, então limx→+∞
f(x) = +∞ e limx→+∞
g(x) = +∞, porem f(x)g(x) = sen(x)
portanto:
limx→+∞
f(x)
g(x)não existe.
Resolução do Ex. 44 [voltar] Esboce o gráfico de uma função f que satisfaça as seguintes condições:
a) Segue o gráfico da função:
f(x) =x3 + (2
√2− 1)x√
x6 + 1
que satisfaz as condições: f(0) = 0, f(1) = 2, f(−1) = −2, limx→−∞
f(x) = −1 e limx→+∞
f(x) = 1.
36
b) Segue o gráfico da função:
f(x) =2
x√
1x2
+ 1
que satisfaz as condições:f(0) = 0, limx→−∞
f(x) = 0, limx→+∞
f(x) = 0, limx→0+
f(x) = 2 e limx→0−
f(x) = −2.
37