Waltz, Kenneth. Teoria das Relaç_es Internacioanais Capítulo 1
Teoria Das Pr0jec0es Cart0graficas
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7/22/2019 Teoria Das Pr0jec0es Cart0graficas
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Disciplina: Cartografia Geral II - PROJEES CARTOGRFICAS
Captulo IITeoria das Projees Cartogrficas 1
1. INTRODUO
O conceito de Projees Cartogrficas todo o arranjo sistemtico dos
meridianos e paralelos numa superfcie plana. A forma de representao de
coordenadas sobre o plano; sendo a interseco do reticulado pode ser locada por
meio de coordenadas cartesianas yx, ou polares ,r . Cada projeo cartogrfica
tem equaes nicas para yx, ou ,r que so usadas para definir e construir a
projeo. Um ponto sobre a Terra de coordenadas geogrficas , representado
no mapa por um ponto com coordenadas yx, . A correspondncia entre pontos na
superfcie da Terra e o mapa plano no exata, devido a mudana de escala e a
superfcie da Terra ser curva e no se ajusta ao plano sem que haja deformao oudistoro.
Figura 1 Projees Cartogrficas
PROJEO CARTOGRFICA
Arranjo sistemtico de meridianos e paralelos retratando a superfcie curvada esfera ou esferide sobre um plano;
Forma de representao de coordenadas sobre o plano; a interseco doreticulado pode ser locada por meio de coordenadas cartesianas (x,y) ou
);
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Captulo IITeoria das Projees Cartogrficas 2
) queso usadas para definir e construir a projeo;
Um ponto sobre a Terra de coordenadas geogrficas () representadono mapa por um ponto com coordenadas (x,y) ou (r,) h uma
correspondncia biunvoca;
A correspondncia entre pontos na superfcie da Terra e o mapa plano nopode ser exata:
1) H a mudana de escala (impossvel 1:1);
2) A superfcie da Terra curva e no se ajusta ao plano sem que hajadeformao ou distoro.
Rplica exata da Terra em escala reduzida: GLOBO. ESCALAPRINCIPAL: a escala de um globo gerador representando a esfera ou
esferide, definida pela relao fracional de seus raios
0.1R
r
s
1
FALSO:Escala constante para todas as distncias, em todos os lugares eem todas as direes;
VERDADEIRO: Manter a escala principal ao longo de certos pontos nomapa:
L.D.Z. :Arcos sobre a projeo ao longo das quais aescala peincipal mantida;
P.D.Z.:Pontos sobre a projeo; Referimos-nos a uma rea infinitesimal!!
RELAES FUNCIONAIS (funes):
X = f1 ()Y = f2 () COORDENADAS CARTESIANAS
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r = f3 ()= f4 ()
R
r
RZ
rZ
AB
B'A'
GLOBO GERADOR
Rplica exata da Terra definida porr
1
s
1 . fcil demonstrar
que a superfcie curva de uma esfera no pode ser ajustada a um
plano.
COORDENADAS POLARES
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DISTORO LINEAR
Quando a escala do mapa conhecida a partir de sua frao representativa,
pode-se supor que tal escala constante sob 3 condies:
1) Que a razo estabelecida pela frao representativa se aplica aoscomprimentos de todas as linhas medidas sobre o mapa; pode-se tambm
supor que a mesma relao se aplicar a todos os mapas da mesma escala,
independentemente da parte do mundo que eles representem;
2) Que a relao estabelecida pela frao representativa constante paratodas as partes do mapa (seja no centro ou na borda ou no canto da folha);
3) Que a relao tambm independente de direo (seja ela N-S, L-O, ououtra).
As trs condies acima parecem ser axiomticas na maioria dos tipos de uso
de mapas, a tal ponto que quase todos os usurios (exceto os navegadores) as aplicam
sem maiores preocupaes.
Embora seja claramente impossvel criar um mapa perfeito no qual a escala
principal seja preservada em todo lugar, fcil manter a escala principal ao longo de
certas linhas (zonas infinitesimais) ou em certos pontos (crculos de raio infinitesimal)
no mapa. Nestes, a escala constante e igual escala principal.
SUPERFCIES INTERMEDIRIAS
TANGENTE
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Captulo IITeoria das Projees Cartogrficas 5
SECANTE
PROPRIEDADES FUNDAMENTAIS
Se referem:
- natureza e localizao dos PDZ ou LDZ com respeito ao contorno do hemisfrio
ou planisfrio;
- localizao dos pontos singulares no mapa e como eles so apresentados;
- Caracterstica das distores (isogramas)
Escala Particular:
Alm dos PDZ e LDZ, a escala do mapa varia continuamente e torna valores
chamados . Pode haver uma variedade de escalas particulares em diferentes direes
partindo de um ponto sobre o mapa; elas tambm mudam de lugar para lugar.
possvel sempre determinar duas escalas particulares em qualquer ponto: ao longo do
meridiano (h) e ao longo do paralelo (k)
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- Escala de rea: p = a.b;
- Erro de Escala: - 1;
- Distoro de rea: p1;
- Deformao Angular: senb)(ab)-(a
2w
PROPRIEDADES ESPECIAIS:
- Conformidade: a = b w = 0
- Equivalncia: a.b = 1
- Eqidistncia: h = 1 ou K = 1
MATEMTICA DAS PROJEES CARTOGRFICAS:
Considere uma projeo cartogrfica de parte da superfcie de
um globo que satisfaa as equaes:
X = f1 ( 2
Tome uma parte da superfcie curva de um globo gerador,
qual seja um quadriltero esfrico formado pelas intersees de um
par de meridianos com um p-ar de paralelos. Seja Aum ponto com
coordenadas () e outros trs pontos B, C e D localizados aoNorte e a Leste de A. Tome a diferena em latitude como e adiferena em longitude como . Da:
PONTO LATITUDE LONGITUDE
A
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B
C
D
A representao plana do quadriltero esfrico :
PONTO COORD. CARTESIANAS
A X Y
B X + X Y + Y
C
D
Considere que as figuras correspondentes s do quadriltero
esfrico e sua representao plana tenham sido reduzidas em
tamanho at se tornarem infinitesimais. Conseqncias importantes
disso so:
a) As linhas correspondentes no globo e no mapa seaproximam, mais e mais, de linhas retas.
b)Os ngulos formados pelas interseo dos pares de linhaspermanecem invariveis.
Sendo assim, o quadriltero esfrico, formado originalmente
por pares de meridianos e paralelos que fazem interseo com
ngulos retos, transformado em uma figura retilnea na qual os 4
ngulos permanecem retos.
PONTO LATITUDE LONGITUDE
A
B
C
D
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Captulo IITeoria das Projees Cartogrficas 8
O comprimento de arco elementar do meridiano pessando por
A dSm = R.d e o comprimento de arco elementar do paralelopassando por A dSp = R.cosd Da, o comprimento do arcoelementar diagonal dS calculado:
dS = dSm+dSp dS = (R.d R.cos.d No mapa, os lados e as diagonais da representao plana
(Figura A B C D) so transformadas em linhas retas, mas os
ngulos so preservados. No plano, o ponto A = (x,y) e C =
(x+dx, y+dy)
Queremos determinar:
h =AB
B'A' k =
AD
D'A'
dsds'
ACC'A'
Conhecemos: AB = R.dAD = R.cosdAC = (R.d R.cos.d
Devemos calcular:
AB AD AC
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Vamos construir linhas auxiliares para facilitar a
interpretao:
AS, BP, CQ, DR // EIXO X
AP, BQ, CR, DS // EIXO Y
AB Arco de meridiano passando por A
AD Arco de paralelo passando por A
AC Qualquer arco por A que faz ngulo (= ds)Com o meridiano que passa por A
AP Incremento em y causado por incremento em latitude
PB Incremento em x causado por incremento em latitude
AS Incremento em x causado por incremento em
longitude
DS - Incremento em y causado por incremento em
longitude
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Captulo IITeoria das Projees Cartogrficas 10
O incremento dxentre A eC composto por dois elementos
lineares, PBe QC, ou seja:
dx =
d
xd
x
O incremento dyentre entre A e Ctambm composto por
dois elementos lineares, AP e BQ, da:
yydy
O arco diagonal AC = ds calculado por: ds = dx + dy22
dy
dy
dx
dx
'ds
-
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E,Fe G: Primeiras quantidades fundamentais de Gauss.
Escala ao longo do meridiano:AB
'B'Ah
d.E'B'A
d.Ed.YX
'B'A
Y
X'P'A'P'B'B'A
22
22
O arco elementar ABj foi determinado anteriormente e
dado por dsm.Portanto:RE
d.Rd.E
AB'B'Ah
Uma vez que temos que relacionar esta escala escala
principal, ento R=1 e .Eh
22
yx
E
x
.xy
.y
F
22
yx
G
2d.Gd.d.F2d.E'ds
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Captulo IITeoria das Projees Cartogrficas 12
Escala ao longo do paralelo:AD
'D'AK ,
d.G'D'AdYdX'S'D'S'A'D'A 22 , e
j sabemos que
AD = dsp. Ento:
Escala ao longo de qualquer arco passando por Aque faz umngulo com o meridiano de A:
21
21
d.cos.Rd.R
d.Gd.d.F2d.E
ds
'ds
ds
'ds
AC
'C'A
Fazendo R=10:
21
21
d.cosd
d.Gd.d.F2d.E
ngulo formado em Apela interseco dos meridianos eparalelos:
cos.K.hF
'cos
Escalas particulares:
cos
GK1R,
cos.R
G
d.cos.R
d.GK
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Captulo IITeoria das Projees Cartogrficas 13
cos
GK
Eh
Agora, deve-se determinar:
- Escala particular: Mxima (a)
Mnima (b)
OTEOREMA DE TISSOT E AS DIREES PRINCIPAIS
Qualquer que seja o sistema de projeo, h em cada ponto
de uma das superfcies, duas direes perpendiculares entre si e, se
os ngulos no forem preservados, h apenas duas delas, tal que as
direes que lhes correspondem na outra superfcie tambm fazem
interseco em ngulos retos.
SUPERFCIE ESFRICA
SUPERFCIE PLANA
'
'
'
-
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Captulo IITeoria das Projees Cartogrficas 14
Onde = 90, duas direes ortogonais foram definidas.Estas so chamadas as direes principais.
Um crculo de raio infinitesimal sobre a superfcie do globo
ser transformado em uma elipse infinitesimal no plano, resultandoem uma figura conhecida como Indicatriz de Tissot ou Elipse de
distoro. As direes principal so aquelas nas quais as escalas
particulares so valores mximo e mnimo para aquele ponto. Estas
correspondem aos semi-eixos da Elipse de Distoro.
x = ds. sen u = sen u x = ds. sen
u
y = ds. cos u = cos u y = ds. cos
u
Dos comprimentos dos dois semi-eixos da elipse, vem que:
b.xx'x
x'
1
b
a.yy'y
y'
1
a
Substituindo:
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usena.u'cos.ds'y'
usen.bu'sends'.x'
Combinando estas equaes, tem-se:
usen.bucos.ads' 22222
ESCALA DE REA OU EXAGERO DE REA
A rea do quadriltero A B C D dada por AB. AD.
sen .Portanto,
P = h . k . sem = a . b
DEFORMAO ANGULAR
Da diferena entre os ngulos u e u possvel avaliar a
alterao em direo da linha AC; sabemos que tg u =
y'
x'u'tge
y
x e que x = b.xe y = a.y. Da:
b
a
aybx
yx
y'x'
yx
u'tg
utg
Ento:
tg u = utg.a
b
utg.a
butgu'tgutg
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Captulo IITeoria das Projees Cartogrficas 16
utg.a
ba
utg.a
b-a
u'cos.ucos
)u'(usenu'cos.ucos
)u'-u(sen
)u'(usen.ba
b-a)u'-u(sen
Se sen (u+u) = 1, para (u+u) = 90, a equao tem valor
mximo. Da, a deformao mxima (), isto , o ngulo compostopor duas direes tal que cada lado do ngulo foi defletido de um
valor mximo:
ba
b-asen 2
Escala particular:
- Ao longo do meridiano - h- Ao longo do paralelo - k- Mxima - a- Mnima b
: ngulo no globo entre a direo principal Ie o meridiano que passa por A.
: ngulo correspondente no mapa
1'cos'sen 22
'cos.b'sen.ak
'sen.b'cos.ah2222
2222
2
2
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Expresso algbrica do 1Teorema de Apolnio: A soma
dos quadrados dos dois dimetros conjugados de uma elipse
constante.2222
bakh O 2 Teorema de Apolnio afirma que a rea do
paralelogramo formado pelos dois semi-dimetros conjugados de
uma elipse igual rea do retngulo formado pelos semi-eixos
daquela elipse.Ou seja:
b.a'sen.k.h possvel avaliar a e b a partir de h, k e :
21
22 )'sen.k.2hK(hba
EXEMPLO DO USO DAS EQUAES
Dadas as equaes de uma projeo
),(fye),(fx 21 , obter
y
,y
,x
,x
e calcular E, Fe G para dado ),( , o que permireobter h, k, cos. Assim, possvel calcular a, b, p, .Paradesenhar isogramas satisfatrios, torna-se necessrio derivarvalores para ~50 pontosno mapa.
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1. PROJEO CILNDRICA EQIDISTANTE (Anaximander,
550A.C. )
yex
te!EqidistanProjeo:Obs.1Eh
1yx
G
0x.xy.yF
1yx
E
0y
1y
1x
0x
22
22
b)a(
b)-a(
2sen
hbk,a90')'sen.kh..2k(hba
sec'sen.sec.1'sen.k.hp
1'sen90'0)cos.k.(h
F'cos
seccos
Gk
21
22
2. PROJEO CILNDRICA EQUIVALENTE (Lambert, 1772)
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e!Equivalent1.0pseckcosh
1G0FcosE
0y
cosy
1x
0x
senyx
2
Dado , calcular a, b, ; notar que 90, ento a = k, b= h.
3. PROJEO CILNDRICA EQIDISTANTE MODIFICADA
(Marinus, 100 D. C.)
X = cos . Y =
4. PROJEO CILNDRICA EQIDISTANTE MODIFICADA
(Behrmann, 1910)
X = cos . Y = sec sen.
O USO PRTICO E A INTERPRETAO DAS
CARACTERSTICAS DE DISTORO DE UMA PROJEO
CARTOGRFICA
Considere as expresses gerais para as projees cilndricas
de aspecto normal:
90'seck)(fyk.hpddyhx
A projeo cilndrica equivalente (Lambert, 1772), comseparao decrescente de paralelos, dada por:
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Captulo IITeoria das Projees Cartogrficas 20
seckseny1.0pcoshx
Geralmente, os valores das escalas particulares so calculadospara um reticulado espaado, por exemplo, 10 ou 15 de e em um mapa-mundi. Os resultados dos clculos efetuados para a
projeo de Lambert so listados em forma de uma tabela. A partir
de tais valores numricos so plotados grficos mostrando as
variaes em escalas particulares com .Podemos interpretar a tabela da seguinte maneira:
a) Procurar evidncia da localizao de LDZ e PDZ (verificaronde 01.0,p,0:linha10.1 , Equador a L.D.Z.);
b)Procurar evidncia das propriedades especiais (a = b, a =1.0h,
b
1 ouk = 1.0 todas linhas : p = 1.0);c) Procurar evidncia das direes principais (no exemplo
dado os paralelos e meridianos formam uma rede
ortogonal e portanto as direes principais coincidem com
o reticulado: k = a e h = b);
d)Procurar evidncia de pontos singulares (caracterizados porvalores das escalas particulares iguais a 0 ou ltimalinha : p,0b,a,90 indeterminado e
180 , plos so pontos singulares e representados por
linhas de comprimento igual ao do Equador;
-
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e) Estudar a variao da escala particular com (plotargrficos para
a = f( ) e b = f( ), onde cada ponto na posiocorresponde a uma elipse infinitesimal localizada nainterseco dos paralelos com um meridiano, o mesmo pode
ser feito para p e .
f) Usar a representao espacial das elipses de distoro(plotar a e b em alguma escala arbitrria conveniente e
construir as elipses correspondentes aos diferentes pontos
na projeo);
g)Plotar uma srie de isogramas indicando valoresconstantes para algum dos parmetros de distoro (neste
exemplo 100,60,30,10 ).