TDTOnline Magazine I/2012

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TDTOnline Magazine Edição I/2012 Nesta edição: Fisioterapia - Saiba Mais!, Entrevista o TDT lá Fora - Vera Cabral, Sindrome do Canal Cárpico, Desenvolvimento Motor da Criança, Vencedor do 3º Concurso de Fotografia TDTOnline

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Todos os artigos publicados na TDTOnline Magazine são da total e exclusiva responsabilidade dos seus respectivos autores.

Ficha Técnica: Responsável editorial: Bruno Glória

Design e Redacção: Henrique Pimenta e Joel Graça

ISSN: 2182-1623

Colaboradores desta edição: Marlene Brandão, João Maia, Andreia Monteiro, Vera Cabral, João Leote.

Sumário

3 EditorialPor: João Maia

4 ComunidadeFisioterapia - Saiba Mais!

8 EntrevistaO TDT Lá Fora -Vera Cabral

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Artigo de RevisaoSíndrome do Canal CárpicoConcurso3º Concurso De Fotografia TDTOnline

18 Artigo de RevisãoDesenvolvimento Motor Da Criança

22 LegislaçãoOutubro 2011

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Sabia que...Lojas do Cidadão

Sabia que...O Sistema Elétrico Cardíaco

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Editorial

Caros Colegas TDT,

Em tempos de mudança (sim, porque é assim que deveríamos chamar a suposta crise que por estes dias atravessamos) o TDT Online personaliza certamente o modelo de mudança de paradigma no que respeita à comunicação para a saúde na internet.

Se já nos muito distantes anos 90 a regra era, de modo geral, um conhecimento unilateral e uma parca partilha deste na relação paciente - profissional de saú-de, hoje em dia a situação inverteu-se totalmente. Todos queremos informação, e queremo-la disponibilizada de forma rápida e clara, de preferência sem termos de nos deslocar a obter.

Como é óbvio, a internet foi a plataforma ideal para colmatar esta necessidade, e nos últimos dez anos os sites com informação sobre saúde floresceram, crian-do alguns conteúdos de valor, mas também uma enorme nuvem cinzenta, de informação com credibilidade mais ou menos duvidosa.

E foi neste panorama que há cerca de 6 meses criamos o site www.fisioinforma.com, orgulhosamente o primeiro (e muito pequeno para já) site em português com informação sistematizada, revista e exclusivamente sobre fisioterapia e reabilitação física.

O nosso objectivo no lançamento era simples: fazer chegar ao maior número de pessoas possível infor-mação de qualidade, dentro da nossa área de conheci-mento. Neste sentido associarmo-nos ao TDT Online foi um passo lógico a dar, e a possibilidade de trabalhar em

parceria com uma plataforma com valores e missão que se coadunam com os nossos, com um know how na área da informação para a saúde na internet que em muito nos supera.

Assim, esperando estar à altura das expectativas dos leitores, garantimos a nossa disponibilidade para ou-vir e debater dúvidas e opiniões que possam surgir com a leitura dos nossos artigos.

Nesta edição poderão ainda ler um artigo sobre fisioterapia, uma das TDT, saber mais sobre a síndrome do canal cárpico e conhecer a Vera Cabral, a protagonista da 2ª Entrevista “TDT lá fora”. Na capa está a foto vence-dora do 3º concurso de fotografia TDTOnline.

Boa leitura!

João Maia

Licenciado em Fisioterapia pela Escola Superior de Saúde do Vale do Sousa

Exerce na Clínica de Fisioterapia e Recuperação da Maia

Prelector/formador na área de exercício para a saúde

Administrador do site http://www.fisioinforma.com

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ComunidadE

Fisioterapia - Saiba mais!

Andreia Monteiro

Licenciada em Fisioterapia

2011

Breve Historial da ProfissãoA Fisioterapia como profissão, em Portugal, surge aquando da criação do Laboratório da Análise Clínica, no Hospital Real de S. José, em 1901. Este laboratório cria a matriz socioprofis-sional de 5 das actuais 18 profissões que constituem as profissões das Tec-nologias da Saúde, onde se inclui a Fi-sioterapia.

Em 1956, a Santa Casa de Misericórdia

de Lisboa cria os cursos de reabilitação. Estes cursos seriam os precur-sores da criação da Es-cola de Reabilitação do Alcoitão, em 1966, onde eram ministrados cur-sos de 3 anos. A nature-za desta formação tinha como objectivo autono-mizar a profissão, sendo o corpo docente com-posto por fisioterapeu-tas oriundos dos E.U.A. e do Reino Unido.

Em 1964, tem início a formação no Ultramar. Criam-se as Escolas Téc-nicas dos Serviços de Saúde e Assistência no Ultramar, que corres-pondia, em termos de exercício, a um profis-

sional com título de Fisioterapeuta.

Em 1970, a formação de cariz militar vem estabelecer o paralelismo com a modalidade de formação oficial, atra-vés da equivalência dos Cursos de Téc-nicos de Fisioterapia da Escola dos Ser-viços de Saúde Militar do Continente e dos Hospitais Militares de Luanda e Lourenço Marques.

Em 1979, esta instituição de ensino foi reorganizada dando origem à Escola do Serviço de Saúde Militar. Em 1993,

torna-se na primeira Escola a ser inte-grada no sistema educativo nacional ao nível do ensino superior politécni-co, sendo, por isso, a primeira escola a poder leccionar formalmente o Curso Superior de Fisioterapia. O Departa-mento de Recursos Humanos da Saú-de (DRHS), enquanto órgão central do Ministério da Saúde passou a tutelar a formação destes profissionais. Criam-se os Centros de Formação de Técnicos Auxiliares de Diagnóstico e Terapêuti-ca de Lisboa, Porto e Coimbra, os quais acabariam por designar-se por Escolas Técnicas dos Serviços de Saúde (ETSS) de Lisboa, Porto e Coimbra. São publi-cados os primeiros planos de estudo em Diário da República.

A evolução significativa do exercício teve repercussões na organização da educação em Fisioterapia e das escolas onde os cursos eram leccionados, uma vez que o acesso aos cursos passou a ser equiparado ao ensino superior.

Ao longo da década de 90, e até à pre-sente data, verificou-se a integração de Escolas que leccionam o curso de Fisioterapia no Ensino Superior Poli-técnico. Estas Escolas passam a leccio-nar o curso bietápico de Fisioterapia, permitindo o acesso a cursos de mes-trado e de doutoramento.

Descrição da ProfissãoExistem três decretos-lei que definem a Fisioterapia e o seu conteúdo funcio-nal:

“A Fisioterapia centra-se na análise e avaliação do movimento e da postu-ra, baseadas na estrutura e função do corpo, utilizando modalidades educa-tivas e terapêuticas especificas, com base, essencialmente, no movimento, nas terapias manipulativas e em meios físicos e naturais, com a finalidade de

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Fisioterapia - Saiba mais

promoção da saúde e prevenção da do-ença, da deficiência, de incapacidade e da inadaptação e de tratar, habilitar ou reabilitar indivíduos com disfunções de natureza física, mental, de desenvolvi-mento ou outras, incluindo a dor, com o objectivo de os ajudar a atingir a máxi-ma funcionalidade e qualidade de vida”.

“O Fisioterapeuta actua na recuperação, reeducação, reabilitação e prevenção de incapacidades originadas por disfun-ções físicas, do foro funcional músculo-esquelético, cardiovascular, respiratório e neurológico, e disfunções psíquicas, com o objectivo de desenvolver a máxi-ma funcionalidade e qualidade de vida dos indivíduos” D.L. 261/93, de 24 de Julho; D.L. 564/99 de 21 de Dezembro e D.L. nº320/99 de 11/08

Áreas de intervenção Existem três grandes áreas de interven-ção da Fisioterapia:

Cardiorrespiratória

Consiste na intervenção do fisiotera-peuta em utentes com disfunções car-diorrespiratórias ou em risco de as de-senvolver. Dentro desta área e em meio hospitalar, o fisioterapeuta pode inter-vir no doente crítico, nas Unidades de Cuidados Intensivos e também no do-ente cirúrgico, especificamente nas ci-rurgias tóraco-abdominal; A Fisioterapia

cardiorrespiratória têm como objectivo a optimização do sistema de transporte de O2, contribuindo assim para preve-nir, reverter ou minimizar disfunções a esse nível, promovendo a máxima fun-cionalidade e qualidade de vida dos utentes.

Músculo-esqueléticas

O fisioterapeuta intervém em todas as disfunções músculo-esqueléticas de ori-gem ortopédica ou decorrente de trau-matismos, além de doenças de origem reumatológica. As disfunções músculo-esqueléticas são extremamente co-muns e incluem mais de 150 doenças e síndromes diferentes, estando habitual-mente associadas a dor e inflamação. O objectivo do tratamento destas disfun-ções será, de uma forma geral, controlar a dor e a inflamação e promover a máxi-ma funcionalidade do utente.

Neuromusculares

Área de intervenção do fisioterapeuta em utentes com distúrbios neurológi-cos, que normalmente envolvem dis-funções motoras. A Fisioterapia neuro-

muscular induz acções terapêuticas para recuperação de funções, entre elas a co-ordenação motora, a força, o equilíbrio e a coordenação.

Para além destas três grandes áreas, a Fisioterapia intervém também em algu-mas áreas mais específicas como exem-plo:

Pediatria

Área da Fisioterapia que tem como base técnicas neurológicas e cardiorrespira-tórias especializadas, procurando inte-grar os objectivos em Fisioterapia com actividades lúdicas e sociais, de forma a reabilitar e proporcionar qualidade de vida à criança e ao adolescente.

Saúde da Mulher

Área que actua nomeadamente na sua saúde reprodutiva (pré e pós parto), me-nopáusica (osteoporose), incontinência urinária e oncologia (utentes mastecto-mizadas).

Reabilitação cardíaca

Processo pelo qual os utentes com doen-ça cardiovascular, em parceria com uma equipa multidisciplinar de profissionais de saúde, são encorajados e apoiados a alcançar e manter um estado de saúde e bem-estar físico e psico-social.

Fisioterapia no Despor-to

Intervém em populações desportivas de todas as idades com diferentes níveis de

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perceber qual é a história passada e ac-tual do doente no que se refere à sua doença e também aos seus anteceden-tes pessoais e familiares, hábitos, situ-ação habitacional. Nesta fase o fisiote-rapeuta procura tentar determinar qual é a atitude do doente face à doença e quais as expectativas relativamente ao tratamento.

No exame objectivo, o fisioterapeuta verifica como o doente se apresenta (acamado, cadeira de rodas, marcha com auxiliares, etc.), qual o seu estado geral (aspecto físico, nutrição, pele, res-piração, etc.), qual o seu estado mental (orientado no espaço e no tempo), e depois de uma forma mais especifica, e tendo em conta a importância de acor-do com a patologia, avalia as amplitudes articulares, força muscular e postura.

Ao longo de todo o processo de avaliação vai dar maior ênfase a alguns aspectos, e efectuará um exame mais detalhado, (podendo recorrer a técnicas mais es-pecíficas), dependendo do diagnóstico estabelecido, se está perante um adulto ou uma criança e do tipo de patologia presente: respirató-ria, mús-c u l o - e s -quelética ou neuro-lógica.

Após feita a avalia-ção o fisio-terapeuta irá definir os objec-tivos para a q u e l e doente a curto, mé-dio e lon-go prazo. Posterior-mente vai d e l i n e a r um plano de tra-t a m e n t o adequado aos ob-j e c t i v o s

pretendidos e às necessidades do do-ente, tendo sempre em conta o local, o contexto e os recursos existentes. Este, quando possível, é feito em parceria com o doente, onde será explicado os objectivos pretendidos, como cada um dos tratamentos propostos.

O plano de tratamento será reavaliado de forma contínua, para que o fisiotera-peuta perceba se está a ser eficaz na ob-tenção dos objectivos propostos, ou se será necessário efectuar alguma altera-ção. Qualquer intercorrência do estado do doente deverá promover uma nova reavaliação deste.

No entanto há que salientar que a ac-tuação do fisioterapeuta é, cada vez mais, baseada na evidência, muitas ve-zes necessita de recorrer ao uso consis-tente de recomendações terapêuticas fundamentadas, de forma a proporcio-nar melhores resultados. Existe a nível mundial uma base de dados com mais de 18.000 estudos clínicos aleatoriza-dos, revisões sistemáticas e diretrizes de prática clínica em Fisioterapia cha-mado “PEDro – physiotherapy evidence

database”. Todos os es-tudos clínicos indexados ao “PEDro” são avaliados de forma independente, para fins de classificação de qualidade. “PEDro” é produzido pelo Centro de Fisioterapia Baseada na Evidência do “The George Institute For Glo-bal Health”, uma actual e importante ferramenta para a prática da Fisiote-rapia.

O fisioterapeuta utiliza um conjunto muito vas-to de técnicas ao efectu-ar um tratamento, sendo a maioria com base no movimento. Os recursos em Fisioterapia mais uti-lizados são:

Cinesioterapia

“Terapia pelo movimen-to”, (do grego kínesis, movimento e therapeia,

desempenho (desporto de lazer até alta competição), numa dimensão individual ou em grupo, com o objectivo de preve-nir lesões associadas à prática despor-tiva, de optimizar a função e contribuir para o melhor desempenho desportivo, através dum conhecimento específico, de capacidades técnicas / psicomotoras e de comportamentos adequados, para a melhor prática clínica.

Fisioterapia no meio aquático

Designada também por Hidroterapia, que engloba a hidrocinesioterapia, hi-drobalneoterapia / termalismo e ta-lassoterapia. Consiste na aplicação das técnicas específicas de Fisioterapia no meio aquático, tirando partido dos efei-tos da imersão e das propriedades físi-co-químicas da água. Pode ser realizada individualmente ou em grupo, como forma única de tratamento ou como complemento de outra modalidade.

As áreas de intervenção da fisioterapia são vastas e algumas ainda em grande desenvolvimento em Portugal, a título de exemplo temos a reabilitação vesti-bular e a fisioterapia dermato-funcional e estética

Como Actua o Fisioterapeuta?Num primeiro contacto com o doente, o fisioterapeuta faz uma avaliação através de um exame subjectivo e objectivo.

No exame subjectivo, de uma forma abrangente, o fisioterapeuta pretende

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terapia). Um conjunto de técnicas tera-pêuticas que visa a reabilitação funcio-nal através da realização de movimen-tos activos e passivos.

Mecanoterapia

Técnicas que utilizam aparelhos mecâni-cos para fortalecer, alongar e reeducar movimentos comprometidos.

Eletroterapia

Recurso que utiliza correntes eléctricas que promovem, de uma forma geral, ac-ção analgésica e anti-inflamatória, mas que também podem actuar na estimu-lação motora.

Termoterapia

erapia que utiliza o calor e o frio (crio-terapia) como forma de tratar diversas patologias.

Locais de exercício/Saídas Profissionais

De acordo com as áreas de intervenção e o conteúdo funcional o fisioterapeuta pode exercer sua actividade profissional em unidades hospitalares públicas e pri-vadas, centros de saúde, clínicas e cen-tros de reabilitação, instituições e asso-ciações de saúde, instituições de apoio a idosos, estabelecimentos termais, centros desportivos, clínicas privadas e exercício liberal. Pode ainda exercer funções docentes e de investigação em instituições de ensino superior.

Sindicatos / AssociaçõesExistem três sindicatos que represen-tam os fisioterapeutas a nível nacional, o Sindicato dos Fisioterapeutas Portu-gueses (SFP), o Sindicato das Ciências e Tecnologias da Saúde (SCTS) e o Sindica-to dos Técnicos Superiores de Diagnósti-co e Terapêutica (SINDITE).

No que se refere a associações em Por-

Fisioterapia - Saiba mais

tugal existe a Associação Portuguesa de Fisioterapeutas (APF). A nível interna-cional destaca-se “ American Physical Therapy Association” (APTA) e a “World Confederation for Physical Therapy” (WCPT).

Bibliografiahttp://www.estesl.ipl.pt/Page/320/Fisioterapia.aspx

h t t p : / / w w w . s c m l . p t / d e f a u l t .asp?site=cmra&sub=&id=54&mnu=35

http://pt.wikipedia.org/wiki/Fisioterapia

http://www.apfisio.pt/gifcr/fisioterapia_respi-ratoria.html

h t t p : / / w w w. a p f i s i o . p t / g i f s m / i n d e x .php?option=com_content&view=article&id=1&ut=2&Itemid=

http://www.apfisio.pt/gifd/pages/fisioterapia-no-desporto.php

h t t p: / / w w w. a pf i s i o . pt / G I H F MA _ / i n d e x .php?option=com_content&view=article&id=95&Itemid=106

http://bibliotecaucs.wordpress.com/2011/04/08/pedro-a-base-de-dados-de-evidencia-em-fisiote-rapia-2

04 JaneiroNascimento de Louis Braile

A 4 de J a n e i r o de 1809, nasce, em Coupvray, L o u i s B r a i l l e , criador do sistema de leitura para invisuais, vindo a falecer a 6 de Janeiro de 1852, vitimado pela tuberculose. Hoje, o método simples e engenhoso elaborado por Braille torna a palavra escrita disponível a milhões de deficientes visuais, graças aos esforços decididos daquele rapaz há quase 200 anos.

Fonte: www.leme.pt

07 JaneiroNos Estados Unidos questiona-se: dever-se-á fumar ou deixar de fumar?

O Diário Popular de 16 de Janeiro de 1964 e o do dia seguinte, trazem um artigo, em duas partes, intitulado “Fumar ou deixar de fumar”. O articulista começa por referenciar que um relatório da comissão de cientistas acaba de provocar enorme controvérsia nos Estados Unidos por afirmar que o tabaco é prejudicial à saúde e influi no índice de mortalidade em percentagens que atingem setenta por cento. Num país em que o tabaco figura em quinto lugar na economia industrial e quatro mil cigarros por ano é o consumo médio de cada adolescente, os adeptos do consumo do tabaco afirmam que «gerações após gerações, independentemente de quaisquer estudos e pesquisas, fumaram no passado, fazem-no no presente e continuarão a fazê-lo no futuro».

Volvidos mais de quarenta anos sobre este artigo, assiste-se, finalmente, em todo o mundo, à consciencialização dos malefícios do tabaco, sendo os próprios governos a introduzir leis limitativas do seu uso em locais públicos, obrigando, ainda, a que todos os maços de tabaco tenham ecrito, em lugar bem visível, a frase FUMAR MATA

Fonte: www.leme.pt

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O TDT lá fora

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Magazine: Há quanto tempo saíste de Portugal para trabalhar no es-trangeiro?

Vera Cabral (V.C.): Aproximadamente 3 anos.

Magazine: O que te levou e/ou mo-tivou a sair de Portugal? Como se proporcionou essa saída?

V.C.: O facto de sempre querer ter saído do meu país para conhecer o mundo e ter novas experiências aliado à falta de desenvolvimento profissional, pessoal e económico no nosso país.

Durante alguns meses ouvi um colega falar sobre alguém da nossa profissão que tinha estado algum tempo a tra-balhar em Inglaterra e tinha passado a informação de que compensava mone-

tariamente, em termos de carreira e de experiência vir para Inglaterra, nem que fosse temporariamente. Como tinha a opção de pedir licença sem vencimen-to no meu emprego em Portugal, fiz in-vestigações, candidatei-me a empregos e pude confirmar que tudo parecia tão promissor como mencionado e, após 6 meses de preparação, vim viver a expe-riência.

Magazine: Tiveste oportunidade de trabalhar na tua área em Portugal? Quanto tempo?

V.C.: Trabalhei em Portugal durante 5 anos e, embora tenha muitas saudades das pessoas e do ambiente de trabalho não voltaria atrás com a minha decisão.

Magazine: Sentes-te mais valoriza-da pelos teus colegas onde traba-lhas actualmente? Que opinião têm eles e a tua entidade empregadora acerca do teu nível de formação?

V.C.: Talvez por trabalhar num Hospi-tal particular muito mais pequeno que onde trabalhava em Portugal, toda a gente me conhece no meu emprego actual, os médicos, incluindo ortope-distas, vêm muitas vezes ao departa-mento agradecer-nos pessoalmente ou dar-nos os parabéns por algum procedi-mento ou feito especial. Sinto-me geral-mente valorizada, ouvindo frases como “perguntem a ela, que ela sabe tudo” ou “você é uma estrela, muito obriga-do”, que pode vir desde a cozinheira até ao cirurgião. Flores, chocolates, cartões de agradecimento, cartas de reconhe-cimento, embora não sejam mimos di-ários são suficientemente frequentes para nos lembrarmos que o que faze-mos é importante para os outros, princi-palmente quando feito com dedicação.

Em termos de formação penso que o nosso país nos prepara para o mercado de trabalho muito mais que os alunos deste país. Somos considerados mais inteligentes e com mais conhecimen-tos nas várias áreas pois temos estágio em várias modalidades de imagiologia enquanto os estudantes de cá treinam unicamente para radiologia geral, tendo

EntrEviSta

Vera Cabral

29 anos

Licenciada em Radiologia

Pós-graduada em Mamografia

Inglaterra

A entrevistada desta edição da Magazine chama-se Vera Cabral. Licenciada em Radiologia, com pós-graduação em Mamografia e com 29 anos, encontra-se a trabalhar em Inglaterra há cerca de 3 anos. Vamos conhecer um pouco desta lisboeta e da sua experiência por terras de sua majestade.

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que tirar pós-graduações para qualquer especialidade de imagiologia, incluin-do para fazer injecções de contraste ou exames com Bário, coisa que fazia parte do meu dia-a-dia em Portugal com ape-nas a formação universitária de base.

Magazine: Foi difícil a adaptação ou já ias preparada?

V.C.: A adaptação à mudança foi fácil pois sempre fui uma pessoa habituada a mudanças de casa, localidade, escolas, etc. Não tive problemas com a língua pois tive a sorte de ter crescido a apren-der Inglês desde muito nova. O que nin-guém nos pode preparar é a adaptação do afastamento da família, principal-mente quando mudamos com uma fa-mília nossa e não apenas sozinha, e ao choque de culturas, ou seja, ao facto de pensarmos que a Europa é muito seme-lhante e descobrirmos que o tempo, a comida e as atitudes nos afectam tanto no dia-a-dia se não tivermos os supor-tes sociais adequados.

Magazine: Podes estabelecer uma comparação entre a Radiologia em Inglaterra e Portugal?

V.C.: Em termos de emprego, a progres-são e a importância que é dada a uma carreira e a progressão contínua neste pais não tem comparação com o nos-so, principalmente nos últimos anos em que tudo o que vejo em Portugal é apontarem o dedo aos TDT bem como as outras carreiras de saúde para relem-brar que fazemos (mais uns que outros) parte da função pública e como tal te-mos que ser penalizados pelos benefí-cios que já não são vistos provavelmen-te desde a geração anterior à minha. O trabalho por cá é recompensado e até quem pouca ou nenhuma vontade

de trabalhar tem continua a progredir na sua carreira. Não tenho experiência com os hospitais públicos neste país mas dizem-me que são ainda melhor que os privados e, até agora, têm sido agradecimentos, reconhecimentos, prémios, bónus e promoções na minha razoavelmente curta carreira por este país. Todos os cursos são totalmente fi-nanciados, incluindo estadias de hotel, horas de curso e gasolina para chegar ao local de treino. No meu grupo de hos-pitais existe um plano de carreira anual bom, como a médio prazo, ou seja, onde podemos requerer o tipo de formação que pretendemos, completar esse ano e, caso seja do interesse da instituição, começar a frequentá-la.

Em termos de profissionais vejo uma grande diferença de atitude dos ingle-ses perante muitos dos estrangeiros com quem trabalho, enquanto quem vem de fora vem geralmente com uma atitude de “querer fazer” e estar sem-pre disponível, a grande maioria dos “locais” tem sempre como prioridade a sua vida pessoal e familiar, depois a sua vontade, e só por último o traba-lho. Vejo muito pouca flexibilidade dos Técnicos de Radiologia ingleses e, talvez seja uma coisa local, muito pouca von-tade de trabalhar, quer seja horas extra (que são pagas e bem) ou até de traba-lhar mais que 2 ou 3 dias por semana (daí a mentalidade do part-time / bank radiographer).

Magazine: Tens alguma situação insólita ou engraçada que te tenha acontecido nesta “aventura”?

V.C.: Uma situação insólita que me ocor-reu no meu primeiro ano de trabalho por cá, quando me inscrevi para o curso de pós-graduação em Mamografia qua-se tive a candidatura recusada, quando

questionei os motivos, foi-me explicado que o curso era apenas para Técnicos de Radiologia (Radiographers) ao que eu respondi ser o meu título. Vim então a saber que andava a pôr em todas as candidaturas e CVs que tinha o curso de Radiology (tradução directa de Curso de Radiologia, nome dado em Portugal), que cá é considerado ser o curso de Ra-diologista (logo, os médicos) e que, por-tanto, o meu curso cá é de Radiography (curso de Radiografias). É por estas e por outras que, por muito bem que fale-mos Inglês, acabamos muitas vezes por estar Lost in Translation.

Magazine: Para terminar, quais os teus planos futuros? Pretendes con-tinuar em Inglaterra ou a ideia é re-gressar a Portugal?

V.C.: Embora ainda esteja a tempo de reverter a minha estadia, de momento estou feliz por cá e pretendo continuar a progredir por cá e a ter uma qualidade de vida que não seria possível em Portu-gal. Gosto muito do meu país mas, a não ser que surgisse uma oportunidade que igualasse o que tenho no momento, não pretendo voltar para estar a lutar por um trabalho, por uma carreira, por uma qualidade de vida minimamente decen-te, por uma economia instável, como, infelizmente, vejo muita gente fazer por Portugal.

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artigo dE rEviSão

Síndrome do Canal Cárpico

João Leote

Licenciado em Neurofisiologia

Clínica Médico-Cirúrgica Dr. Juvenal Sobral

2011

Acorda durante a noite com dor e formigueiros na/s mão/s? Parecem cortiça e que estão inchadas? E só após algum tempo a tentar movê-las é que melhora?

No trabalho, durante determinados movimentos aconte-ce-lhe o mesmo? Desta vez parecem choques ou queima-duras nos primeiros três dedos?

Se sim, e já realizou exames de imagem aos punhos e/ou à coluna que não apresentaram qualquer alteração, e, por fim, o médico recomendou-lhe a realização de um electromiograma. Então antes de se informar através dos amigos ou da internet, leia este artigo e conheça como se diagnostica a síndrome do canal cárpico que afecta 72 pessoas em cada 100.000 habitantes por ano [1], mais commumente entre os 40 e 60 anos de vida [2].

O QUE É A SÍNDROME DO CANAL CÁRPICO?A síndrome do canal cárpico (SCC) é uma mononeuropatia das fibras do nervo me-diano ao nível do canal cárpico localizado no punho [2]. A severidade desta síndrome pode ser classificada de acordo com os sin-tomas e com os resultados do electromio-grama, sendo principalmente categorizada como ligeira, moderada ou grave [3].

INTRODUÇÃOO nervo mediano, assim denominado pelo seu percurso na porção anterior e medial do membro superior desde a coluna vertebral aos dedos da mão, faz parte do siste-ma nervoso periférico e à semelhança dos outros nervos, possui duas funções, a motora e a sensitiva [4;5].

Deste modo, a função motora permite a utilização dos músculos dependentes do nervo, como é demonstrado na figura 1, e a função sensitiva possibilita a capacidade de sentir (tacto), permitindo diferenciar, por exemplo, um objecto quente de um frio no território a sombreado na figura já referida.

SINTOMASNa SCC estas funções são comprometidas e principalmen-te, os sintomas iniciais são provocados pela lesão da com-ponente sensitiva do nervo.

Assim, os principais sintomas são:

• formigueiro, adormecimento e dor (tipo queimadura ou choque) nos dedos durante a noite, ao acordar de manhã, ou durante determinadas posturas da mão ou tarefas (por ex. segurar o telefone, conduzir) [7];

• dor no punho ou na mão que irradia, por vezes, para o cotovelo [7];

Fig.1 - Território motor (imagem à esquerda) e sensitivo (imagem à direita) do nervo me-diano na mão. Adaptado de Netter, Craig & Perkins (2002) [6]

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Síndrome Do Canal Cárpico

Síndrome do Canal Cárpico• melhoria do formigueiro e da dor

com o movimento de sacudir a mão sintomática [8];

• Dificuldade em realizar alguns mo-vimentos precisos como segurar ou agarrar pequenos objectos [9];

• Atrofia dos músculos da eminência tenar (figura 2) [9];

• Numa fase avançada da doença, po-de-se deixar de sentir dor, e apenas permanece a atrofia muscular dos músculos já referidos [9].

PATIOFISIOLOGIA E ETIOLOGIAO soalho do canal cárpico é composto pelos ossos do carpo, enquanto o tecto é constituído pelo ligamento transverso [2] (ou retináculo flexor) como demons-trado na figura 3. Neste canal, na pre-sença de uma anatomia normal, passam 9 tendões flexores dos dedos e o nervo mediano, sendo que este último, está localizado mais superficialmente [2]. Por esta razão e pelo facto de ter uma função sensitiva, esta é a primeira es-trutura a provocar sintomas quando o espaço no canal diminui (estenose) ou a pressão intra-canal está aumentada, levando a compressão do nervo [2;8;9].

A causa mais comum desta sindrome é idiopática [9], ou seja, é desconhecida e não está associada a nenhuma doença. Neste caso particular, a lesão do nervo costuma estar relacionada com os mo-vimentos repetitivos de flexão e exten-são do punho realizados numa práctica ocupacional do doente (ex. ocupação profissional) [8].

Fig.2 - Movimentos enfraquecidos devido à atrofia dos músculos da eminência tenar. Retirado de Dishman & Shooker (2002) [8].

Fig.3 - Canal cárpico e as respectivas estruturas que atravessam o canal. Adaptado de Netter, Craig & Perkins (2002) [6] e Dishman & Shooker (2002) [8]

ACTIVIDADES E MOVIMENTOS ASSOCIADOS AO SCC

Fig.4 - Demonstração das actividades e movimentos que quando repetitivos ao longo do tempo podem provocar uma compressão do nervo mediano no canal cárpico. Adaptado de Patry, Ros-signol, Costa & Baillargeon (1998) [9]

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PREVALÊNCIAA SCC é mais frequente no sexo femi-nino, afectando cerca de três mulheres por cada homem [2;10], e ocorre com maior severidade na mão dominante [2], sendo que, em cerca de 50% dos casos estão lesionados ambos os nervos medianos [10].

Durante a gravidez, entre 31 a 62% dos casos ocorre um aumento da incidência da SCC [2; 11], devido ao aumento da pressão dentro do canal cárpico, porém após a gravidez esta sindrome reverte espontaneamente [2] em cerca 45% dos casos ao fim de um ano [11].

FACTORES DE RISCOExistem diversos factores de risco as-sociados a esta síndrome quando a sua causa é idiopática, tais como [10]:

• pertencer ao sexo feminino;

• a idade (relação propocional);

• a mão de tamanho mais pe-queno;

• a obesidade;

• o indíce de massa corporal;

• um punho de forma quadrada;

• e o tipo de ocupação.

DIAGNÓSTICOO diagnóstico é realizado através da clínica do doente e do electro-miograma que é o exame comple-mentar de diagnóstico mais sensí-vel e fiável a alterações funcionais do nervo mediano no canal cárpico [7;8;12].

O electromiograma é composto pelas velocidades de condução, técnicas bastante diversificadas e

quase exclusivamente não invasivas, e pela electromiografia de agulha [2]. Nesta síndrome, maioritariamente, são apenas utilizadas as velocidades de con-dução para o seu diagnóstico [2;11;12] (figura 5 e 6), mas pode ser usada a electromiografia de agulha para o escla-recimento das funções comprometidas do nervo e para exclusão de outras do-enças [12;13].

O objectivo deste exame complementar de diagnóstico é [13]:

• confirmar o diagnóstico da SCC, quando existe supeita clínica, mas não é irrefutável;

• localização da lesão no canal cárpi-co;

• estabelecer o comprometimento do nervo e a severidade da lesão;

• exclusão de outras doenças;

• determinação do prognóstico;

• e o acompanhamento pós-cirúrgico

TRATAMENTOO tipo de tratamento depende da causa e da severidade da SCC [2]. Desta for-ma, na presença de uma SCC idiopática e classificada como ligeira a moderada é possivel optar pelo tratamento conser-vador [13], que incluí:

• paragem ou modificação da activi-dade repetitiva que pode estar na causa da síndrome;

• uso de uma ortótese de imobiliza-ção do punho (pode reduzir até cer-ca de 80% dos sintomas) [13];

Síndrome Do Canal Cárpico

Fig.5 - Exemplo de velocidades de condução da componente motora do nervo mediano. Denotar a latência distal aumentada de 10,25 ms (normal 4.4 ms).

Fig.6 - Exemplo de velocidades de condução da componente sensitiva do nervo mediano (acima) em com-paração com a componente sensitiva do nervo cubital (abaixo). Denotar na baixa velocidade de condução do nervo mediano e a diferença da latência ao pico superior a 0,5ms, assim como, a diferença de amplitude em relação ao nervo cubital.

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Síndrome Do Canal Cárpico

• fisioterapia;

• medicação oral (estudos indicam que produz uma redução mínima dos sintomas) [13];

• injecções de corticoesteroídes (re-corrência dos sintomas entre 8 a 100% dos casos) [13].

Na presença de uma SCC idiopática e grave, o tratamento recomendável é o procedimento cirúrgico [13]. Deste modo, o procedimento cirúrgico baseia-se na descompressão do nervo mediano através do corte do completo do tecto (ligamento transverso) do canal cárpico (figura 8).

O sucesso deste tipo de tratamento tam-bém depende da causa e da severidade da síndrome, para além da possível exis-tência de complicações pós-cirúrgicas (ex. infecção, formação de cicatriz) [13]. Todavia, também depende do período de recuperação pós-cirúrgico em que o doente deve manter o punho imobiliza-do, pois estudos mostram que uma imo-bilização de cerca de 18 dias, permite uma recuperação dos movimentos do punho 30% superior à dos doentes que não mantêm o punho imobilizado [13].

R E F E R Ê N C I A S BIBLIOGRÁFICAS1. Jenkins, P., Watts, A., Duckworth, A., & McEachan, J. (2011). Socioeconomic depriva-tion and the epidemiology of carpal tunnel syn-drome. The journal of Hand Surgery, European volume.

2. Kimura, J. (2002). Mononeurophaties and Entrapment Syndromes. In: J. Kimura, Elec-trodiagnosis in diseases of nerve and muscle: Principles and Practice (pp. 720-724). New York: Oxford University Press.

3. Giannini, F., Cioni, R., Mondelli, M., Padua, R., Gregori, B., D'Amico, P., et al. (Janu-ary 2002). A new clinical scale of carpal tunnel syndrome: validation of the measurement and clinical neurophysiological assessment. Clinical Neurophysiology.

4. Smith, B. E. (2006). Anatomy and his-tology of peripheral nerve. In: J. Kimura, Han-dbook of Clinical Neurophysiology: Peripheral

Nerve Diseases (p. Chapter 1). Elsevier.

5. Krarup, C. (2006). Physiology and function. In: J. Kimura, Handbook of Clinical Neurophysiology: Peripheral Nerve Diseases (p. Chapter 2). Elsevier.

6. Netter, F., Craig, J. A., & Perkins, J. (2002). Median Nerve. In: F. Netter, J. A. Craig, & J. Perkins, Atlas of Neuroanatomy and Neuro-physiology. New Jersey: Icon custom communi-cations.

7. Riggins, S., & England, J. (2006). Dise-ases of nerves in the shoulder girdle an upper limb. In: J. Kimura, Handbool of Clinical Neu-rophysiology: Peripherical Nerve Diseases (p. Chapter 40). New York: Elvesier.

8. Dishman, J. D., & Shooker, C. M. (2002). Characteristic Signs and Symptoms of Entrapment. In: D. H. Durrant, & J. M. True, Mye-lopathy, Radiculopathy and Peripherical Entra-pment syndromes (p. Chapter 10). New York: CRC Press.

9. Patry, L., Rossignol, M., Costa, M., & Baillargeon, M. (1998). Etiology. In: L. Patry, M. Rossignol, M. Costa, & M. Baillargeon, Carpal

Tunnel Syndrome. Québec: Multimondes.

10. Herskovitz, S., Scelsa, S., & Schaum-burg, H. (2010). Focal Neuropathies: Nerve Injuries, Entrapments, and other Mononeu-ropathies. In: S. Herskovitz, S. Scelsa, & H. Schaumburg, Peripheral Neuropathies in Clini-cal Practice (p. Chapter 18). New York: Oxford University Press.

11. Padua, L., Pasquale, A. D., Pazzaglia, C., Liotta, G., Librante, A., & Mondelli, M. (No-vember de 2010). Systematic review of preg-nancy-related carpal tunnel syndrome. Muscle & Nerve, pp. 697-702.

12. Rempel, D., Evanoff, B., Amadio, P.,Krom, M. d., Franklin, G., Franzblau, A., et al. (October de 1998). Consensus criteria for the classificationofCarpalTunnelSyndromeinEpi-demiologic Studies. American Journal of Public Health, pp. 1444-1451.

13. Schoenhuber, R., Capone, L., Gentile, R., & Pentore, R. (2002). Neurophysiological Assessment of Carpal Tunnel Syndrome. In: R. Luchetti, & P. Amadio, Carpal Tunnel Syndrome (p. Chapter 9). Berlin: Springer-Verlag.

Fig.7 - Ortótese de imobilização do punho com palma, imobilizando os mo-vimentos de extensão, flexão do punho, para além dos movimentos dos músculos lumbricais. Retirado de Schoenhuber, Capone, Gentile & Pentore (2002) [13].

Fig.8- Exemplo de incisura realizada no procedimento cirúrgico de forma a seccionar por completo o ligamento transverso. Adaptado de Schoenhuber, Capone, Gentile & Pentore (2002)13.

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Foto Vencedora

Título da FotoCódigo de Barras

Área TDTAnálises Clínicas e de Saúde Pública

Descrição da FotoNa prática laboratorial podemos comparar o código de barras de um produto biológico de um paciente a uma espécie de “código genético”. Esta comparação surge do facto de através de um código de barras termos acesso informático a todas as informações do doente, desde alguns dados pessoais, análises rea-lizadas e resultados obtidos.

Na fase pré-analítica, depois de registados informaticamente todos os pedidos analíticos do paciente e após colheita dos produtos biológicos, estes são identificados com uma etiqueta onde o doente passa a ser representado por número ao qual está associado um código de barras. Na fase analítica e dado o avan-ço da tecnologia laboratorial o produto biológico (no caso da figura exposta, o sangue colhido em tubo com anticoagulante para realização de hemograma) dá

entrada nos equipamentos que numa primeira fase identificam esses códigos de barras, reconhecendo os pedidos analíticos previamente registados, executando de forma automática essas análises.

O código de barras é um instrumento valioso em toda a rotina laboratorial, diminuindo alguns erros, e per-mitindo o interface entre diferentes programas informáticos de modo a transmitir todas as informações necessárias até à emissão do resultado final.

O domínio informático sobre o laboratório de análises clínicas é sem duvida uma realidade que promove a qualidade dos serviços prestados, numa área científica da saúde onde a tecnologia e informática se fundem e caminham em uníssono para um mesmo objectivo – a qualidade na prestações de serviços ao paciente.

Autor

Bruno Costa

O TDTOnline agradece a todos os participantes que contribuiram com os seus trabalhos fotográficos para este concurso.

Contamos convosco numa próxima iniciativa!

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Foto Vencedora

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artigo dE rEviSão

Desenvolvimento motor da criança

O nascimento da uma criança é sempre um acontecimen-to mágico, envolvente e emocionante, sobretudo claro para os pais dessa criança. Estes, de forma invariável e contra os sábios conselhos dos mais experientes, vivem todo o período da gravidez formando as mais diversas expectativas para a criança que aí vem. No entanto, uma surge constantemente, e muito justamente, em primeiro lugar: “desde que seja saudável ficamos felizes!”.

Nesta temática, e porque muitos pais se questionam e apoquentam sem razão, ou então podem deixar passar despercebidos alguns sinais de alerta, reunimos nes-te artigo as capacidades motoras características des-de o recém-nascido ao bebé com 12 meses de idade. As tarefas motoras descritas abaixo estão por ordem de aquisição/conquista por parte do bebé, no entanto, esta ordem representa apenas uma linha de orientação para os profissionais na área e não deve ser encarada de forma inflexível. No caso de dúvida o melhor será seguir as orientações/conselhos do pediatra responsável pelo acompanhamento da criança.

Recém-nascidoPostura global em flexão (nos bebés de termo). O bebé sente-se mais estável numa posição mais “enrolada” so-bre si mesmo, com os membros bem junto ao tronco.

Quando está deitado de barriga para baixo o centro de gravidade está mais próximo da cabeça, e os membros in-

feriores estão geralmente dobrados, com as coxas junto à barriga.

Apresenta o reflexo de preensão palmar (que se mantém até aos 3-4 meses) e plantar (que se mantém até ao 9º mês). Este reflexo é forte, mas a posição do punho e de-dos é influenciada pela posição da mão.

Reacção primária de apoio (presente até ao 2º mês), em que o bebé se tenta empurar para cima. Pode ser desen-cadeada com os joelhos, ancas e coluna.

Reacção de marcha automática (presente até ao 2º mês). A criança, quando colocada em pé, ligeiramente inclinada para a frente, dobra e estica as pernas de forma alternada.

Reacção de moro (presente até ao 4º mês). Observa-se geralmente quando o bebé roda a cabeça repentinamen-te ou quando ouve um barulho que o assusta. Os braços elevam-se e afastam-se do tronco, com as palmas das mãos viradas para a frente, para logo de seguida regres-sarem abaixo.

A criança não vê com muita nitidez, não dá atenção às mãos e os movimentos oculares são desorganizados. Sor-riso endógeno.

1º e 2º mêsQuando de barriga para baixo já tenta levantar o queixo. Quando segurado ao colo já consegue levantar a cabeça do ombro do adulto.

Movimentos amplos e com sequências variáveis dos membros.

A expressão progride para um sorriso por volta das 5-6 semanas

Quando deitado de barriga para cima a postura é mais es-tendida e assimétrica.

Quando deitado de barriga para baixo trabalha também na assimetria, não conseguindo levantar a cabeça na linha média.

João Maia

Licenciado em Fisioterapia pela Escola Superior de Saúde do Vale do Sousa

Clínica de Fisioterapia e Recuperação da Maia

Prelector/formador na área de exercício para a saúde

Administrador do site: www.fisioinforma.com

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Desenvolvimento motor da criança

Reflexo tónico cervical assi-métrico. Quando o bebé roda a cabeça para um lado o braço desse lado estende-se e o do lado contrário dobra-se.

Não há dissociação dos olhos em relação à cabeça, mas já

tem mais atenção, em especial a objec-tos em movimento.

Ao final do 2º mês caminha para uma vi-são mais central, pois já consegue con-trolar melhor a cabeça na linha média.

O bebé executa frequentemente movi-mentos circulares de pequena amplitu-de e velocidade moderada, conhecidos como fidgety movements.

3º mêsPor norma o bebé irá preferir ficar dei-tado de barriga para cima, pois permite maior liberdade de movimentos.

Começa a aproximar as mãos da linha média.

De barriga para baixo apoia os antebra-ços e faz extensão da cabeça e tronco superior. Aumento significativo do con-trolo da cabeça.

Sentado com apoio mantém por alguns instantes a cabeça rectificada. Quando balançado já consegue compensar a al-teração do centro de gravidade através da alteração da posição da cabeça.

Agarra objectos e consegue traze-los à linha média, mas ainda não lhes dá atenção visual.

Fixa o olhar na mãe durante a alimen-tação. Segue o movimento dos adultos.

Sorriso social espontâneo. Primeiras ex-plorações de objectos pela boca.

4º mêsSegura os objectos com ambas as mãos, conseguindo abrir e fechar a mão, mas ainda não liberta os objectos voluntaria-mente.

Segue bem com o olhar os objectos que se movimentam lentamente.

Reacção de extensão protectiva, quan-do sente que vai cair estende os braços à frente do tronco.

Quando deitado irá começar a “ponta-pear” o ar, o que funciona como uma preparação para a marcha.

Inicio do reflexo de Landau. Quando co-locado suspenso na horizontal, com a barriga para baixo, irá fazer extensão da cabeça e tronco. Este reflexo vai-se tor-nando mais marcado até aos 6 meses.

Inicio da dissociação dos olhos relati-vamente aos movimentos da cabeça, acompanhando o maior controlo da ca-beça e da cervical.

5º mêsMaturação do reflexo de Landau.

Descobre os pés e começa a brincar com eles quando deitado de barriga para cima.

Empurram-se com os pés contra as su-perfícies, arqueando o tronco e a cabe-ça para trás.

Consegue levantar a cabeça quando deitado de barriga para cima.

Começa a assumir a posição de sentado por curtos períodos.

Consegue levar os objectos à boca com facilidade. Começa a transferir os objec-tos de uma mão para a outra, mas len-tamente.

Deitado de barriga para baixo consegue facilmente levantar a cabeça e o peito. Pode até conseguir apoiar-se apenas num braço para alcançar um objecto com o outro.

O aumento dos campos visuais desperta maior curiosidade e exploração por par-te do bebé.

6º mêsQuando suspenso no espaço as reac-ções de rectificação da cabeça e tronco já são eficazes, com resposta activa dos membros superiores e inferiores, ou seja, já tem reacções de equilíbrio au-tomáticas.

Aumento da força e controlo postural. Quando deitado de barriga para cima agarra e brinca com os pés.

Consegue brincar deitado de lado por longos períodos de tempo sem cair para a frente ou para trás.

Quando deitado de barriga para baixo, alonga um lado à medida que encurta o outro. Inicia-se o dissociar de uma per-na da outra, preparando para o rastejar.

À medida que ganha mais controlo mo-tor, faz esforços repetidos para trazer a bacia para trás, para tentar ficar de ga-tas.

Rola sozinho, quando deitado.

Senta-se por períodos mais longos e brinca nesta posição, por alguns mo-mentos sem apoio.

Explora e tenta agarrar os brinquedos fora do alcance, daí que ainda caia bas-tantes vezes da posição de sentado.

Quando de pé balança-se activamente de baixo para cima.

Dirige as duas mãos aos objectos para de seguida os levar à boca.

Desenvolvimento Motor da Criança

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Preensão de objectos pequenos.

Dá gargalhadas.

7º ao 9º mêsPredomínio da posição de sentado. Ten-tam puxar-se para a posição de pé.

Reacções de equilíbrio desenvolvidas e eficazes quando sentado e deitado. Ini-cio das reacções de equilíbrio de gatas.

Aguentam-se sentados sem apoio das mãos, ficando livres para brincar.

Interage cada vez mais com o meio en-volvente.

Inicia a transição de sentado para dei-tado de barriga para baixo. Coloca as mãos para a frente, mas não suporta o peso e cai para a frente.

Dá início ao rastejar.

Ao 8º mês a pega evolui de palmar (glo-bal) para digital (pinça com dois ou três dedos).

Aos 9 meses senta-se sozinho por 10-15 minutos, e consegue sentar-se de lado.

Move-se na posição de gatas, consegue alterar a posição das pernas, alongar-se para alcançar algum objecto ou para transferir os braços para um apoio mais elevado.

Depois de estar de gatas estende os jo-elhos e apoia-se apenas nos pés, apesar de não se manter nesta posição.

Desloca-se rolando ou rastejando, po-dem gatinhar, mas alguns só o fazem a partir dos 10/11 meses.

Alcança brinquedos de encaixe, mas ainda não consegue voltar a coloca-los no sitio.

Usa os braços para trepar e se colocar de pé, e aí fica com apoio.

Em pé, para aumentar a estabilidade, para além de alinhar as pernas com a bacia, encosta o tronco contra a super-fície de apoio.

Desenvolve o equilíbrio em pé, volta a cabeça e o tronco para visualizar e ex-plorar o ambiente.

Aponta com o indicador.

Procura e baixa-se para apanhar objec-tos.

Ao final dos 9 meses leva bolachas à boca, mastigando.

Coloca as mãos à volta do biberão ou copo.

Tem noção do objecto permanente, começando a criar ligações emocionais com pessoas e objectos.

10º ao 12º mêsExtensão da coluna lombar, sentado, de joelhos ou em pé.

Em sentado move bastante os braços, que também são usados como ponto distal para o equilíbrio.

Aumenta a rotação interna das ancas, permitindo sentar-se em W, uma posi-ção de transição depois de gatinhar.

Gatinha e contorna obstáculos, maior facilidade e eficiência no sentar e de ga-tas.

Senta-se a partir de deitado de lado.

Ao trazer-se para de pé utiliza mais as pernas, empurrando-se.

Equilibra-se em pé por uns instantes.

Enquanto uns bebés iniciam cedo a es-tarem de pé sozinhos e a darem o seu primeiro passo, outros iniciam os pas-sos antes de conseguirem manter-se sozinhos em pé. O primeiro passo pode ser um desafio e exigir toda a concen-tração por parte da criança, pelo que a motivação dos pais quando a criança começa a fazer as primeiras tentativas e muito importante.

Agarra pequenos objectos com um pin-çar preciso.

Bebe por um copo com pequena ajuda. Segura na colher, mas não a usa.

Aponta para os objectos que pretende. Ajuda a vestir-se, dando a mão ou o pé. Diz adeus e bate palmas.

Começa a “dar”, faz jogos de imitação e obedece a ordens simples.

Marcha normal com ligeiro apoio.

Fontewww.fisioinforma.com

Desenvolvimento Motor da Criança

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[email protected]*Nota: Todos os artigos publicados são certificados como tal.

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04 FevereiroDia Mundial da Luta contra o Cancro

Em todo Mundo, mais de 12 milhões de pessoas são d i a g n o st i ca d a s com cancro e 7,6 milhões morrem da doença. No entanto, 40% dos casos são potencialmente evitáveis. No encerramento da Cimeira Mundial Contra o Cancro, realizada em Paris, foi elaborado e assinado, a 4 de Fevereiro de 2000, um documento conhecido por Carta de Paris, com o objectivo de mobilizar esforços e investimentos internacionais no combate a esta doença, tendo essa data sido escolhida pela UICC – União Internacional Contra o Cancro para Dia Mundial da Luta Contra o Cancro.

Fonte: www.leme.pt

11 FevereiroDia Mundial do Doente

A 11 de Fevereiro, comemora-se o Dia Mundial do Doente. Instituído pelo Papa João Paulo II, surgiu «ante a necessidade de assegurar a melhor assistência possível aos doentes»..

Fonte: www.leme.pt

14 FevereiroDia Nacional do Doente Coronário

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em Portugal. O desenvolvimento das ciências da saúde veio provar que a morte ocorrida em idades precoces, no mundo ocidental, não se deve a uma fatalidade do destino, mas antes a doenças causadas ou agravadas pela ignorância das causas reais que a elas conduzem. Podemos incluir neste quadro as doenças cardiovasculares. Os hábitos de vida adoptados por grande parte da população, como o sedentarismo, a falta de actividade física diária, uma alimentação desequilibrada ou o tabagismo, constituem hoje factores de risco a evitar.

Fonte: www.portaldasaude.pt

08 MarçoDia Internacional da Mulher

Desde 1975, em sinal de apreço pela luta então encetada, as Nações Unidas decidiram consagrar o 8 de Março como Dia Internacional da Mulher. Durante séculos, o papel da mulher incidiu sobretudo na sua função de mãe, esposa e dona de casa. Ao homem estava destinado um trabalho remunerado no exterior do núcleo familiar. Com o incremento da Revolução Industrial, na segunda metade do século XIX, muitas mulheres passaram a exercer uma actividade laboral, embora auferindo uma remuneração inferior à do homem. Lutando contra essa discriminação, as mulheres encetaram diversas formas de luta na Europa e nos EUA.

Fonte: www.leme.pt

21 MarçoDia Mundial da Árvore

A comemoração oficial do Dia da Árvore teve lugar pela primeira vez no estado norte-americano do Nebraska, em 1872. Nos EUA, é comemorado no dia 23 de Setembro, junto do aniversário de Julius Sterling Morton, morador da Nebrasca, que incentivou a plantação de árvores naquele estado. O Dia Mundial da Árvore foi instituído essencialmente com o objectivo de sensibilizar a população em geral para a importância e o valor que este recurso natural tem para o Homem, quer em termos ambientais como da própria qualidade de vida dos cidadãos.

Fonte: www.abcdoambiente.com

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Despacho n.º 14074/2011. D.R. n.º 200, Série II de 2011-10-18Universidade de Lisboa – ReitoriaPublicação dos ramos de Conhecimento do Programa Doutoral do Centro Académico de Medicinade Lisboa, em Medicina, Ciências Biomédicas e Ciências e Tecnologias da Saúde e das suasespecialidades

Despacho n.º 14411/2011. D.R. n.º 204, Série II de 2011-10-24Universidade de AveiroAlteração ao plano de estudos do curso de licenciatura (1.º ciclo) em Fisioterapia

Despacho n.º 14412/2011. D.R. n.º 204, Série II de 2011-10-24Universidade de AveiroAlteração ao plano de estudos do curso de licenciatura (1.º ciclo) em Radiologia e criação deduas unidades curriculares de opção, Tópicos de Radiologia e Projecto

Despacho n.º 14414/2011. D.R. n.º 204, Série II de 2011-10-24Universidade de AveiroAlteração ao plano de estudos do curso de licenciatura (1.º ciclo) em Terapia da Fala e criaçãoda unidade curricular de opção «Projecto»

Fonte: Newsletter DIGESTO

Despacho n.º 13377/2011. D.R. n.º 192, Série II de 2011-10-06Ministério da Saúde - Gabinete do Secretário de Estado Adjunto do Ministro da SaúdeCria a Comissão para a Reavaliação da Rede Nacional de Emergência e Urgência e estabelece arespectiva composição

Despacho n.º 13378/2011. D.R. n.º 192, Série II de 2011-10-06Ministério da Saúde - Gabinete do Secretário de Estado da SaúdeCria a comissão do programa do medicamento hospitalar e estabelece a respectiva composição

Lei n.º 53/2011. D.R. n.º 198, Série I de 2011-10-14Assembleia da RepúblicaProcede à segunda alteração ao Código do Trabalho, aprovado em anexo à Lei n.º 7/2009, de 12de Fevereiro, estabelecendo um novo sistema de compensação em diversas modalidades decessação do contrato de trabalho, aplicável apenas aos novos contratos de trabalho

Legislação outubro 2011

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Sabia Que...

A Loja do Cidadão constitui uma oferta de serviços de interesse público em condições de qualidade, comodidade e conforto, baseada na parceria e coo-peração entre instituições.

As Lojas do Cidadão são directamente geridas por uma Unidade de Gestão sob a dependência directa da Agência para a Modernização Administrativa.

Cada loja dispõe de vários postos de atendimento que constituem extensões ou delegações das várias entidades da Administração Pública.

O atendimento ao público é feito dentro do seguinte horário:• Dias úteis - Das 8h30 às 19h30; • Sábados - Das 9h30 às 15h00.

O Ministério da Saúde está presente nas Lojas do Cidadão nas cidades de:• Aveiro;• Braga; • Lisboa (Laranjeiras e Restauradores); • Odivelas • Porto; • Setúbal; • Viseu.

Aqui, o cidadão poderá tratar, num único espaço, questões da área da autoridade de saúde, dos hospitais e dos centros de Saúde.

Actualmente, o utente do SNS pode dirigir-se às Lojas do Cida-dão para:

• Actualizar os dados pessoais e os do agregado familiar; • Pedir a transferência do processo clínico; • Solicitar, presencialmente, a marcação/alteração de consultas

para o seu médico de família (excepto Viseu); • Pedir, telefonicamente, a marcação/alteração de consultas para o seu médico de família (excepto Braga e Setúbal); • Solicitar, presencialmente, a marcação/alteração de consultas para a Autoridade de Saúde (excepto Laranjeiras, Restauradores, Odivelas, Setúbal, Viseu); • Solicitar, por telefone, a marcação/alteração de consultas para a Autoridade de Saúde (disponível no Porto e em Viseu); • Efectuar o pedido de reembolsos (excepto Odivelas e Setúbal); • Fazer pedidos de isenções; • Solicitar declaração de permanência num serviço de saúde (hospital ou centro de saúde); • Pedir o impresso de Registo Nacional de Não Dadores (RENNDA); • Pedir o impresso de Declaração de Oposição; • Solicitar informação sobre linhas telefónicas de emergência/urgência; • Pedir informações referentes ao Plano Nacional de Vacinação.

FONTE: Portal da Saúde

Lojas do Cidadão Serviços prestados pelo Ministério da Saúde nas Lojas do Cidadão.

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22 MarçoDia Mundial da Água

Ao longo da História, o abastecimento de água às p o p u l a ç õ e s nem sempre foi um processo pacífico. O t r a n s p o r t e da água dos sítios onde era abundante para os locais mais povoados, onde tantas vezes escasseava, exigiu a construção de aquedutos, canalizações, chafarizes e fontes. As crescentes necessidades de água, a limitação dos recursos hídricos, os conflitos entre alguns usos e os prejuízos causados pelo excesso de água exigem um planejamento bem elaborado pelos órgãos governamentais, estaduais e municipais, visando técnicas de melhor aproveitamento dos recursos hídricos. Além das responsabilidades públicas, cada cidadão tem o direito de usufruir da água mas o dever de preservá-la, utilizando-a de maneira consciente, sem desperdícios, assim dando o valor devido à água.

Use a água racionalmente, a fonte não pode secar!

Fonte: www.abcdoambiente.com

24 MarçoDia Mundial da Tuberculose

Com a celebração do Dia Mundial da Tuberculose (TB) pretende-se sensibilizar a população, a nível mundial, para uma doença que continua hoje a causar a morte de vários milhões de pessoas cada ano, principalmente do terceiro mundo. Vários países e organizações comemoram este dia, organizando eventos com a finalidade de realçar o âmbito da doença e a necessidade de a prevenir e curar. A 24 de Março recorda-se o dia do ano de 1882 em que Robert Koch anunciou à comunidade científica da altura que havia descoberto a causa da tuberculose, o bacilo TB.

Fonte: www.portaldasaude.pt

27 MarçoDia Nacional do dador de Sangue

Este dia prentende reconhecer a importância da c o n t r i b u i ç ã o desinteressada dos Dadores Benévolos de Sangue para o tratamento de doentes. A institucionalização do Dia Nacional do Dador de Sangue constitui, assim, a expressão oficial desse reconhecimento e serve para evidenciar, junto da população em geral, o valor social e humano da dádiva de sangue, estimulando a sua prática e tornando mais conhecida a sua imprescindibilidade.

Fonte: www.ipsangue.org

31 MarçoDia Nacional do Doente com AVC

Em Portugal o AVC tem uma dimensão alarmante: a sua taxa de mortalidade é de cerca de 200/100 000 habitantes (o que corresponde a morrerem em cada hora 2 portugueses), sendo das mais elevadas na EU, é responsável pelo internamento de mais de 25 000 doentes por ano e por elevado grau de incapacidade – 50% dos doentes que sobrevivem a um AVC ficam com limitações nas actividades da vida diária. Estes números ajudam a compreender a importância e o peso individual, familiar e social desta doença e reforçam a necessidade de implementar medidas para a combater. A prevenção é fundamental. O AVC deve ser considerado uma urgência: 112 – Via Verde para o AVC.

Fonte: www.spavc.org

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Fonte: http://professorrobsoncosta.blogspot.com

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• Debate e Opinião

• Ofertas de Emprego

• Eventos e Cursos em agenda

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Princípios Gerais1. A TDTOnline Magazine

aceita propostas de artigos no âmbito de cada publicação e da temática do website “Tecnologias da Saúde Online”.Serão aceites os seguintes tipos de artigo:• Artigos de Opinião• Artigos Científicos• Artigos Comunidade

(cuja temática possa interessar a comunidade em geral, não sendo de âmbito científico)

• Artigos de Revisão• Posteres Científicos

2. Os artigos ou posteres enviados devem ser originais.

3. O envio de um trabalho implica o compromisso por parte dos autores em como todas as declarações nele constantes são da sua exclusiva responsabilidade.

4. Compete aos autores a obtenção do copyright sobre todos os materiais que não lhes pertençam: ilustrações, quadros, fotografias, etc.

5. Todos os artigos/posteres deverão respeitar os princípios éticos aceites, nomeadamente no que diz respeito à confidencialidade.

6. Os artigos/posteres serão apreciados num primeiro momento pela equipa de edição da TDTOnline Magazine que aferirá da pertinência das propostas no âmbito editorial da revista. O artigo/poster será devolvido ao(s) autor(es), caso os pareceres sugiram mudanças e/ou correcções.

7. Os posteres podem ser

Proposta via e-mail enviada para [email protected], contendo:• No corpo do e-mail: Título do artigo/

poster, nome do(s) autor(es), instituição a que pertence(m), endereço(s) de e-mail, telefone(s), nº de cédula profissional (se aplicável) e morada completa para onde deverão ser enviados os certificados de colaboração com a TDTOnline Magazine.

• O trabalho em anexo.

O TDTOnline compromete-se a contactar por e-mail o autor:• acusando a recepção do artigo;• informando sobre a aceitação ou recusa

de publicação do mesmo.

Normas de apresentação dos artigos

1. Todos os artigos deverão incluir uma fo-lha de rosto autónoma de que constem os seguintes elementos: título do artigo, nome do autor, instituição a que per-tence, morada completa, endereço de e-mail, telefone(s) e nº de cédula profis-sional (se aplicável).

2. Os textos devem ser formatados a corpo 12, espaço 1,5. Não devem ser utiliza-dos estilos nem formatações automáti-cas tais como numeração (numbering) e bolas/asteriscos (bullets).

3. Os artigos não poderão exceder as 10 páginas (incluíndo figuras, tabelas e re-ferências).

4. Para além do texto, os autores devem enviar - em português ou inglês - um re-sumo do artigo (máximo 200 palavras) e até seis palavras-chave.

5. As palavras estrangeiras devem estar em itálico.

6. As referências bibliográficas devem ser feitas segundo a Norma Portuguesa (NP405) - ver informação adicional.

7. O artigo deve ser enviado em formato .doc ou docx (Microsoft Office Word TM).

Normas de apresentação de posteres:

1. Concepção:• tópico bem explícito no título• questão de investigação e principais

conclusões destacadas• organização hierárquica do texto

(tipo e tamanho de letra)• principal conteúdo são imagens

2. Cabeçalho contendo o título do trabalho, o(s) nome(s) do(s) autor(es), a instituição onde trabalham. Recomenda-se também que contenham, em letras menores, o endereço electrónico autor(es).

3. Breve resumo do trabalho.

4. Corpo principal do poster dividido con-forme o critério do autor (exemplo: In-trodução, Métodos, Resultados e Con-clusão).

5. Referências relevantes (Segundo a NP405).

6. 6. O Poster tem de ser apresentado no formato Horizontal, na proporção A3.

7. 7. Os formatos aceites são .ppt ou .pptx (Microsoft Office Power Point TM), .JPEG ou .PNG

normaS dE PubliCação

Os artigos publicados na TDTOnline Magazine ficam licenciados sob uma licensa Creative Commons 2.5 - Atribuição de Uso não Comercial.

Apresentação de Trabalhos