Revista Mercofrio 43

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Fique por dentro de tudo relacionado a refrigeração industrial, corporativa e residencial.

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4 REVISTA MERCOFRIO - Nº 43 / 2009

REVISTA

A Revista MERCOFRIO é a publicação oficial daA Revista MERCOFRIO é a publicação oficial daA Revista MERCOFRIO é a publicação oficial daA Revista MERCOFRIO é a publicação oficial daA Revista MERCOFRIO é a publicação oficial daASBRAASBRAASBRAASBRAASBRAVVVVV, com periodicidade tr imestral., com periodicidade tr imestral., com periodicidade tr imestral., com periodicidade tr imestral., com periodicidade tr imestral.

Edição e comercialização:Edição e comercialização:Edição e comercialização:Edição e comercialização:Edição e comercialização: RNM EditoraRua Eça de Queiróz, 576, Petrópolis, Porto Alegre-RSCEP 90670-020 - Fone/Fax: (51) 3028-5614Diretor Geral:Diretor Geral:Diretor Geral:Diretor Geral:Diretor Geral: Eduardo Antônio MarquesDiretor Comercial: Diretor Comercial: Diretor Comercial: Diretor Comercial: Diretor Comercial: Tiago de Macedo Marques,[email protected] de Contas:Executivo de Contas:Executivo de Contas:Executivo de Contas:Executivo de Contas: Marcelo [email protected] Responsável:Jornalista Responsável:Jornalista Responsável:Jornalista Responsável:Jornalista Responsável: Ana Paula Baldoino - Reg. 6142 DRT/RS

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Editorial

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DIRETORIA EXECUTIVAPresidente: Sérgio Helfensteller1º Vice-presidente: Luiz Afonso Dias2º Vice-presidente: Mário Alexandre M. Ferreira3º Vice-Presidente: Luiz Carlos PetrySecretário: Luiz Barney Balduzzi PavanTesoureiro: Adão Webber LumertzDiretor Administrativo-Financeiro: Luiz Afonso DiasDiretor de Comunicação e Marketing: João Henrique Schmidt dos SantosDiretor de Desenvolvimento Associativo: Bolivar Peres FagundesDiretor de Ensino e Treinamento: Paulo Otto BeyerDiretor de Gestão Empresarial: Luiz Alberto HansenDiretor Grupo Setorial Ar Condicionado: Cesar Augusto Jardim De SantiDiretor Grupo Setorial Refrigeração: Vanderson Aloise ScheiblerDiretor de Integração Regional: Marcelo P. Bechstedt AccursoDiretor do Mercofrio: Mário Alexandre M. FerreiraDiretor da Qualidade: Marco Machado CesaDiretor de Relações Institucionais: Eduardo Hugo MüllerDiretora Social: Janaina dos Santos CostaDiretor Técnico: Luiz Carlos PetryDiretor Escritório Regional de Santa Catarina: James MattosDiretor Escritório Regional do Paraná: Mauro Callegari

CONSELHO DELIBERATIVOPresidente: Telmo Antonio de BritoTitulares:Bolivar Peres FagundesEduardo Castro de OliveiraGilmar Luiz Pacheco RothJoão Henrique Schmidt dos SantosMarcelo Costi PereiraRicardo Vaz de SouzaRobinson CarasaiRodolfo Rogerio TestoniSuplentes:Flávio Ribeiro TeixeiraOto RennerSidnei Andrade dos Santos

COMITÊ ASBRAV DO PGQPPresidente: Sérgio HelfenstellerCoordenador Geral: Marco CesaCoordenador de Capacitação: Marcelo Costi PereiraCoordenador de Avaliação: Ademir SilvaSecretária Executiva: Telma Rosa

CONSELHO EDITORIALCesar de Santi, James Mattos, João Henrique Schmidt dos Santos, LuizAlberto Hansen, Luiz Barney Pavan, Luiz Carlos Petry, Marcelo Accurso,Mário Alexandre Ferreira, Maurício Carvalho, Mauro Callegari, NathanMendes, Paulo Fernando, Presotto, Paulo Otto Beyer, Vanderson Scheibler.

Sérgio HelfenstellerPresidente da ASBRAV

ASBRAV comemora 14 anosEm maio a nossa

Asbrav completou 14 anos.Nós que fizemos parte

do ato de inauguração des-ta entidade lá no passado,não imaginávamos queela chegaria onde chegoujunto ao nosso mercado.

Hoje somos reconhe-cidos e respeitados dentrodo nosso segmento emtodo o Brasil.

Isto tudo é o resultado da seriedadeque é e sempre foram conduzidas, to-das as ações das diretorias que por aquipassaram.

Muitas vezes, sem qualquer recursofinanceiro tínhamos que usar toda a nos-sa criatividade para poder completardeterminado plano ou ação.

Nos dois anos de mandato destanova diretoria temos muitos outros pla-nos que, com certeza, elevarão aindamais a nossa imagem diante dos nossosassociados e aos que ainda farão partede nosso quadro.

Com a elaboração donosso planejamento estra-tégico, a criação de umnovo site, a contratação deuma assessoria de impren-sa e uma intensificação emcima de cursos voltados agestão empresarial, nostornaremos mais visíveis di-ante de todos os órgãos re-lacionados com nossas ati-

vidades.Com isto deveremos dar um grande

salto no números de associados nos trêsestados do sul do Brasil.

Em todas as oportunidades que te-nho sempre deixo a seguinte mensa-gem:

Esta entidade é nossa e tudo o que éfeito aqui é para fortalecer a nossa clas-se, por isto, precisamos ter todos parti-cipando, sugerindo e até criticando o queacham que deva ser mudado ou criado.

CAP

A: JO

ÃO M

ARTI

MBI

ANC

O

Índice

06 Mercado & Profissionais

08 Aconteceu

09 Feiras, Cursos e Eventos

10 Energia Solar

14 Gases Refrigerantes

16 Obra Destaque

19 Artigo Técnico

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Mercado & ProfissionaisGESTÃO

Madeleine ScheinMestre em Administração e Negócios pela PUCRS.

www.schein.srv.br.

GESTÃO DO RELACIONAMENTOCOM O CLIENTE (CRM)

As empresas buscam no mercado clientesfiéis e alta rentabilidade nos negócios. Contudo,esbarram com uma concorrência global agressi-va, clientes informados e exigentes, competiçãopor preços e para agravar a situação, com a crisemundial. O custo para conquistar novos clientestornou-se muito alto e a possibilidade de perdê-los é ainda maior.

Neste contexto, a retenção de clientes éuma exigência e um desafio para os gestores. Amaioria das empresas busca novos clientes,vende produtos e serviços, mas encontra difi-culdades em mantê-los por falta de umaestruturação adequada na área comercial, quepossibilite ações de marketing na pré-venda eno pós-venda.

Atualmente o mercado disponibiliza algunssoftwares que auxiliam a gestão do relaciona-mento com o cliente, denominados como siste-mas de CRM. Seu objetivo principal é auxiliaras organizações a conquistar e fidelizar clientesou potenciais clientes, procurando atingir a suasatisfação total, através do melhor entendimentode suas necessidades, desejos e expectativas eda formação de uma visão 360 graus dos ambi-entes de marketing.

Os processos e sistemas de gestão de rela-cionamento com o cliente permitem que setenha controle e conhecimento das informa-ções sobre os clientes de forma integrada, prin-cipalmente através do acompanhamento e re-gistro de todas as interações com o cliente, quepodem ser consultadas e comunicadas a diver-sas partes da empresa que necessitem destainformação.

Sendo assim, o CRM possibilita a automati-zação da gestão de marketing, da gestão co-mercial, dos canais e da força de vendas e agestão dos serviços ao cliente. Todas as infor-mações relevantes para a tomada de decisãopodem ser registradas, analisadas periodica-mente, de forma a produzir relatórios gerenciaisdos mais diversos interesses, apoiando princi-palmente as estratégias relacionadas a gestãodo relacionamento na pré-venda, venda e pós-venda.

O CRM possibilita criar canais de relaciona-mento com o cliente e obter uma visão consis-tente do mesmo, buscando usar o conhecimentodo relacionamento para gerar negócios e mantereste cliente satisfeito e fidelizado.

Busque a rentabilidade e crescimento dasua empresa através da fidelização de clientes,estruture sua área comercial, elabore estraté-gias de marketing e utilize a tecnologia da in-formação como ferramenta de apoio a Gestãodo Relacionamento com o Cliente. Vença a con-corrência através da diferenciação no relacio-namento com o cliente!

K-Flex em duasgrandes obras dasaúde

A Polipex está fornecendo isola-mento térmico em borracha elasto-mérica K-Flex para a tubulação deágua gelada de dois grandes empre-endimentos ligados à área da saúde:a Fundação Oswaldo Cruz, no Riode Janeiro, e o novo hospital daUnimed, em Fortaleza.

Na obra carioca, cujo términoestá previsto para o próximo mês dejulho, as mantas K-Flex estão sendoutilizadas na central de água fria des-tinada a um laboratório para pesqui-sas científicas com animais. Já nohospital cearense o produto esco-lhido para auxiliar no isolamentotérmico da tubulação de água geladafoi o Elastômero de 32mm de es-pessura.

Há 18 anos no mercado, aPolipex produz isolantes térmicosem polietileno expandido de baixadensidade com a sua própria mar-ca, além de importar com exclusivi-dade para o Brasil, desde 2000, tu-bos e mantas em espuma de borra-cha elastomérica de sua parceira ita-liana L’Isolant K-Flex.

Comfort Lux, sistema deiluminação natural

Para as empresas que procuram sistemas eco-nômicos de energia, o Comfort Lux pode ser a solu-ção. O sistema Comfort Lux parte de uma novageração de soluções em iluminação natural quecapta a luz do dia e a distribui de maneira unifor-me e sem agregar calor ao ambiente.

A tecnologia Comfort Lux é composta por umexclusivo conjunto de lentes prismáticas que cap-tam a luz do dia, filtram os componentes nocivosdo sol e transmitem apenas a luz visível e saudávelaos ambientes nos quais são instalados.

Dentre as principais vantagens estão: excelentecusto-benefício, não poluente, não utiliza energia elé-trica, não agrega carga térmica, resistentes a tempe-raturas de até 77ºC, não fadiga materiais e por aívai, além de que com a utilização desta tecnologia ocliente economiza de 20% a 30% na conta de ilumi-nação, hoje este é um dos grandes problemas dasempresas o consumo de energia elétrica.

Ideal para o segmento industrial, varejo/super-mercados, shopping centers, quadras esportivas,centros de distribuição e até mesmo residências,ou seja, qualquer ambiente que necessite de ilumi-nação sem calor. Mais informações com aEccosystems Consultoria [email protected]

Joape aquece o mercadoA Joape pretende movimentar

o mercado com o novo sistema decalefação portátil. Elétrico e comum sistema de distribuição docalor,o Joape Hot garante um am-biente harmonioso, ou seja, a mes-ma temperatura em todos os espaços. Uti-lizando uma resistência completamenteblindada, o produto garante a maior per-formance e segurança, sendo altamente re-comendado para ambientes fechados, poisnão queima oxigênio. O Joape Hot está dis-ponível em três versões de potência:500w,800w e 1000w; e nas cores branco, preto ecinza.

Esta tecnologia única, garante climatizar

ambientes de até 120m² e pode de movi-mentar até 600m³ de ar por hora. O produtotambém pode ser utilizado para secagem deroupas, conforme testes do fabricante. Comotodos os produtos da empresa, o Joape Hotcontribui com a qualidade de vida e não agri-de a natureza. Além disso, todos os materiais(plásticos de engenharia, 100% virgem) uti-lizados no Joape Hot são 100% recicláveis enão poluidores.

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Mercado & Profissionais

Um novo conceito em ventilaçãoA empresa gaúcha GBF Equipamentos in-

dustriais está lançando no mercado um novosistema de ventilação, os ventiladores Elefant.

Desde que o ventilador elétrico foi inventa-do, no século XIX, pelo americano SchuylerSkaats Wheeler, as pessoas têm se beneficiadodesta tecnologia para conforto térmico no verão.A tecnologia é simples: pás em ângulo, girandorapidamente, produzindo uma corrente de ar dealta velocidade. Esta tecnologia inventada porWheeler é largamente utilizada até hoje, tanto paraconforto humano, como para deslocamento dear em diversas outras aplicações.

O principal diferencial da inovadora tecnolo-gia GVBV( Grande Vazão/Baixa Velocidade), apli-cada nos ventiladores Elefant, fabricados pela em-presa gaúcha GBF- Equipamentos Industriais, éo grande volume de ar obtido com baixa rotação,permitindo mover grande massa de ar, em velo-cidade muito lenta e consumo elétrico muitobaixo, não ultrapassando 1,5 kWh.

Em comparação, os ventiladores inventadospor Wheeler com potência similar geram, emmédia, apenas 7% da vazão de ar de um maiormodelo Elefant. Mesmo movendo uma grandequantidade de ar muito lentamente, os ventila-dores Elefant operam com ruído quase imper-ceptível. O suave fluxo de ar criado pela tecnolo-gia GVBV é ideal para melhorar a sensação térmi-ca de pessoas em fábricas, depósitos, etc., ondeos colaboradores responderão com maior satis-fação e produtividade, enquanto os custos comenergia são minimizados.

COMO FUNCIONA A TECNOLOGIA: FLUXO DEAR ISOTÉRMICO

Um fluxo de ar vertical e isotérmico tende aapresentar um ângulo de divergência entre 20o e24o ou uma abertura de 40oa 48o. Esse ângulo é

conseqüência daindução de ar secun-dário do ambienteque, pelo contato coma coluna de ar em mo-vimento, recebe ener-

gia cinética e passa a participar do fluxo, aumen-tando o diâmetro da coluna de ar.

A quantidade de movimento da mistura,após atrito entre as massas de ar estacionário e armovimentado pelo ventilador é igual à soma dasquantidades de movimento dessas massas:m1.v1 + m2.v2 = (m1+m2) . v3Para fluxo isotérmico podemos escrever:V1.v1 + V2.v2 = (V1+V2) . v3A massa de ar secundário pode ter umavelocidade de aproximação (v2) nula oumuito baixa. Assim, podemos considerar:V1.v1 = (V1+V2) . v3A indução é a relação entre o fluxo de ar total e ofluxo de ar primário que forneceu a energiacinética necessária:I = (V1+V2)/ V1 = v1/v3A área ocupada pelo fluxo primário, na sua ori-gem, S1 = V1/v1 é menor que a área ocupadapelo jato na mistura final: S3 = (V1+V2) / v3

Conclui-se que a indução será quanto maiorfor a velocidade inicial do jato (v1) e quanto mai-or a superfície terminal do jato (S3). Isso explicao ângulo de divergência do jato.

No caso do ventilador Elefant, a velocidadedo jato é muito baixa quando comparamos comos ventiladores convencionais, razão porque oatrito do jato de ar com o ar secundário (ar doambiente) é muito baixo e o ângulo de divergên-cia é muito pequeno, comprovando que aindução e a turbulência são muito pequenas.

Para um fluxo unidirecional (sem turbulên-cia), a velocidade do ar deve ser de 0,3 a 0,5 m/s.

Esse fluxo está longe de ser laminar, mas é avelocidade adotada para salas limpas de aplicaçãohospitalar ou industrial. O ventilador Elefant tra-balha com velocidade de 1,5 m/s, podendo redu-zir com o conversor de frequência. Com um gran-de fluxo em baixa perda de carga, o ventiladorElefant arremessa um grande volume de ar a dis-tâncias muito maiores, podendo atingir a distân-cia circular de até sete vezes o seu diâmetro.

Para manter o fluxo com baixa indução, oventilador Elefant apresenta uma construção ex-clusiva em ângulo descendente (Pat.Req.) queconcentra o fluxo primário de tal forma que difi-culta a indução de fluxo secundário. O resultadoé uma coluna de ar praticamente de diâmetroconstante apesar da indução.

Mais informações poderão ser obtidas no sitewww.elefant.com.br

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Aconteceu

A ASBRAV comemorou seu aniversáriode 14 anos em alto astral. A entidade reu-niu mais de 70 pessoas no Pub John Bulldo Shopping Total, em Porto Alegre, no diaquinze de maio. O evento, que teve direitoa um show do Acústico e Banda, contoucom a presença de associados, diretores,conselheiros, representantes de entidadese convidados.

Segundo o novo presidente SérgioHelfensteller, que participa da entidade des-de sua fundação, não se poderia imaginarque a ASBRAV chegaria a ter a força que temhoje. E não deve parar por aí. O objetivo danova gestão é elevar ainda mais a imagemda entidade junto aos associados e aos queainda farão parte de nosso quadro. “Te-mos como principal objetivo a elaboraçãodo nosso planejamento estratégico, cria-

ASBRAV se filia à ASHRAERecentemente a ASBRAV foi confir-

mada como integrante da Aliança de As-sociações ligadas a ASHRAE (AmericanSociety of Heating, Refrigerating and AirConditioning Engineers).

Este reconhecimento, como associa-ção afiliada a ASHRAE, é muito importan-te por se tratar de entidade de renomeinternacional e que é a referência técnicade nosso setor.

Segundo Mário Alexandre MollerFerreira, vice-presidente da ASBRAV, avinculação com a ASHRAE nos ajuda a re-ceber mais documentações técnicasatualizadas e de excelente padrão. NossoCongresso Mercofrio tem recebido supor-te da ASHRAE com conferencias técnicasde alto nível, ministradas por engenhei-ros especializados, sendo que, na últimaedição do Mercofrio, contamos, inclusive,com a presença de seu presidente Mr.William Harrison, destaca Mário Alexan-dre. “Também queremos agradecer a co-laboração do Chapter Brazil e da ABRAVA,que foram fundamentais para obtermosesta filiação”.

A ASBRAV estará promovendo, opor-tunamente, em conjunto com o ChapterBrazil, reuniões e ações para o desenvol-vimento do setor na região sul.

ASBRAV comemora aniversário

Foi realizado no dia 23 de abril, na sede da ASBRAV a palestra”Eficiência Energéticaem Sistemas de Climatização”, realizada pela Munters. O evento, que reuniumais de 70 pessoas, teve como palestrantes os engenheiros Fábio Inocêncio eJurandir Januário, gerentes da divisão de desumidificação da empresa.

As empresas Parker e Refrigeração Capital realizaram, na ASBRAV, no dia 27 deabril o “Seminário Técnico de Controles para Refrigeração Comercial e Industri-al”. O evento, que reuniu mais de 45 pessoas, funcionou como treinamentotécnico de controles para refrigeração comercial e industrial.

Eventos de abril na ASBRAV

ção de um novo site, criação de uma asses-soria de imprensa e uma intensificação emcima de cursos voltados a gestão empresa-rial, nos tornaremos mais visíveis diantede todos os órgãos relacionados com nos-sas atividades”, completa Helfensteller.“Com isto deveremos dar um grande saltonos números de associados nos três esta-dos do sul do Brasil”.

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Feiras

Cursos & Eventos

CURSO MECÂNICO DE REFRIGERAÇÃO E ARCONDICIONADO2ª Turma - Início 10/08 Término 11/11Carga Horária: 120 horas

CURSO INSTALAÇÃO DE SPLIT1ª Turma - Início 01/07 Término 31/072ª Turma - Início 16/11 Término 16/12Carga Horária: 60 horas

Cursos ASBRAV 2009

JUNHO/2009Eletrolarshow - Eletrônicoe Eletrodoméstico VarejoPeríodo: 16 a 19 de junhoLocal: Transamérica Expo CenterCidade: São Paulo - SPFone: (11) 3034-4100Site: www.eletrolarshow.com.br

AGOSTO/2009Tecno Carne 2009 - BrasilPeríodo: 25 a 27 de agostoLocal: Centro de Exposições ImigrantesCidade: São Paulo/SPFone: (11) 3234-7725Site: www.tecnocarne.com.br

CURSOS DE ATUALIZAÇÃOPROFISSIONAL E GESTÃOConsulte abertura de turmas por adesão

Informações ASBRAV:(51) 3342-2964 / 3342-9467/9151-4103e-mail: [email protected]: www.asbrav.org.br

EXPOAGAS 2009Período: 25 a 27 de agostoLocal: FiergsCidade: Porto Alegre - RSFone: (51) 3326-5200Site: www.agas.com.br

SETEMBRO/2009FEBRAVA16ª Feira Internacional de Refrigeração, Ar Condicio-nado, Ventilação, Aquecimento e Tratamento do ArPeríodo: 22 a 25 de setembroLocal: Centro de Exposições ImigrantesCidade:São Paulo - SPSite: www.febrava.com.br

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Energia Solar

Em tempos de consciência ecológica econstruções sustentáveis, as opções de ener-gias renováveis ficam mais valorizadas nomercado, como é caso da energia solar. Se-gundo dados do Dasol- Departamento Na-cional de Aquecimento Solar da Abrava, em2008 o Brasil tinha uma capacidade so-lar térmica em operação de 3.100 MWth,o equivalente a uma área coletora de 4,4milhões m2 de coletores solares. No mes-mo ano, uma nova capacidade instalada de469,5 MWth correspondendo a uma áreacoletora de 670.597 m2 foi incorporada noparque solar térmico do Brasil, totalizandoum crescimento registrado de 17% emcomparação com o ano de 2007.

Um aumento significativo, mas aquémdos 30% da média de crescimento mundi-al. Segundo relatório publicado em 2008pela IEA (International Energy Agency) em2006, a capacidade solar térmica em ope-ração no mundo era de 127.800 MWthequivalente a uma área coletora de 182,5milhões m2. Analisando esses dados e oscomparando com a capacidade geradorade energia em um país com altos índicesde radiação solar como o Brasil, vemos queo caminho ainda é longo, mas promissor.

Em 2009 esses números devem sersuperados. Com a sociedade brasileira acada dia mais consciente do reflexo dasquestões ambientais na sua qualidade devida, o governo tem considerado o meioambiente como uma das variáveis paradefinição de suas políticas e planejamentode seus investimentos. Nesse sentido, a novae moderna política habitacional do Gover-no Federal, entre outras iniciativas, abre apossibilidade de implantação de equipa-mentos de aquecimento solar de água nashabitações do Programa “Minha Casa Mi-nha Vida” proporcionando economia deenergia elétrica e a melhoria da qualidade

Energia solar, umaalternativa que vale a penaProgramas do governo, consciência ecológica mais desenvolvida enovos lançamentos fazem o mercado da energia solar crescer maisa cada ano

de vida aos futuros moradores. Cresce o nú-mero de cidades brasileiras que aderem a pro-jetos de lei que obrigam a utilização do aqueci-mento solar de água em novas construções eem edifícios com grande consumo de águaaquecida, tais como edifícios residenciais, ho-téis, hospitais, academias de ginástica, quar-téis e indústrias. A maior cidade do país, SãoPaulo, é exemplo dessa tendência e, desde2007, aprovou uma lei municipal que obriga autilização de energia solar em construções demoradias com mais de três banheiros.

Com incentivos, o Governo estimula e di-minui o principal problema desse tipo de siste-ma: o custo do sistema e a demora do retornodo investimento. Atualmente, com o preço daenergia mais alto e produtos novos surgindo nomercado, o custo-benefício do produto estámenor. “Se comparado com chuveiro elétrico,o tempo de retorno do investimento no siste-ma solar é entre dois e três anos, se compara-do com gás, em cerca de 12 a 18 meses e secomparado com central elétrica em menos deum ano”, diz Paulo Sérgio Ferrari Mazzon, di-retor comercial da Soletrol. “Em casos de edifí-cios em construção o tempo pode ser zero, poisa estruturação para sistemas diferentes do so-lar pode chegar a custar o mesmo ou até maisque o solar, por conta de centrais e redes dedistribuição, cabines de força, etc”.

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Energia Solar

No seu movimento de translaçãoao redor do Sol, a Terra recebe 1367W/m² de energia, medição feita numasuperfície normal (em ângulo reto)com o Sol. Disso, aproximadamente19% é absorvido pela atmosfera e35% é refletido pelas nuvens. Ao pas-sar pela atmosfera terrestre, a maiorparte da energia solar está na formade luz visível e luz ultravioleta.

A utilização de energia solar signi-fica qualquer tipo de captação de ener-gia luminosa proveniente do Sol, e queposteriormente poderá ser transfor-mada em energia captada e utilizadapelo homem, quer seja como energiatérmica ou elétrica.

Além de ser gratuita, a energia so-lar é uma fonte energética limpa quecontribui para a redução das emis-sões de Gases do Efeito Estufa – GEE,

O que é e como se utiliza a energia solaralinhando-se ao Plano Nacional sobreMudança do Clima e atendimento dasmetas de eficiência energética do Pla-no Nacional de Energia – PNE 2030,além de postergar a construção denovos empreendimentos de geraçãoe distribuição de energia elétrica.

A utilização de aquecimento solarde água, gera menor impacto ambi-ental, e obviamente, menor degrada-ção dos recursos naturais. Estes sãoaspectos essenciais para melhor qua-lidade de vida e o desenvolvimentosustentável das cidades. Sendo assim,as principais vantagens e justificati-vas para adoção da tecnologia solarpara o aquecimento de água são: acen-tuada economia de energia elétrica;longa vida útil dos sistemas termoso-lares e baixo custo de manutenção eoperação dos sistemas.

VANTAGENS

· A energia solar não polui durante seu uso. Apoluição decorrente da fabricação dos equi-pamentos necessários para a construção dospainéis solares é totalmente controlável utili-zando as tecnologias existentes atualmente.

· As centrais necessitam de manutenção míni-ma.

· Os painéis solares são a cada dia mais poten-tes ao mesmo tempo que seu custo vem bai-xando. Isso torna cada vez mais a energia so-lar uma solução economicamente viável.

· A energia solar é excelente em lugares remo-tos ou de difícil acesso, pois sua instalação empequena escala não obriga a enormes investi-mentos em linhas de transmissão.

· Em países tropicais, como o Brasil, a utiliza-ção da energia solar é viável em praticamen-te todo o território, e, em locais distantes doscentros de produção energética, sua utiliza-ção ajuda a diminuir a demanda energética econsequentemente a perda de energia queocorreria na transmissão.

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Energia Solar

O sistema é muito simples, apenas trêspartes principais: o painel solar (captação daradiação solar), o depósito de água (armazena-mento de água) e o sistema de apoio (sistemaque permite complementar a energia solar cap-tada). A energia que chega pelo painel, em suagrande parte, é transmitida para o seu interior,diretamente para a placa metálica com um re-vestimento negro que converte os raios solaresem calor. Logo após, o calor é conduzido (pelopróprio material da placa) até aos tubos ondecircula a água, que, depois, é levado ao depósitopara ser armazenada até ser utilizada.

Os coletores solares são instalados notelhado, aquecem a temperatura da água dechuveiros, sendo uma boa alternativa paraeconomizar energia, já que o usuário chegaa reduzir a conta em 30% e 40%;

Alguns pontos são necessários para quese possa instalar esse tipo de sistema: a casadeve contar com instalações hidráulicas apro-priadas (tubos de PVC para água fria e decobre ou PVC para a quente);

DESVANTAGENS

· Os preços dos componentes sãomais elevados do que em outrosmeios de energia.

· Existe variação nas quantidades pro-duzidas de acordo com a situaçãoatmosférica (sol, nuvens, chuvas,neve). Durante a noite não existeprodução alguma, o que obriga a uti-lização de sistemas paralelos deenergia.

· Locais com frequente cobertura denuvens (Curitiba, Londres), tendema ter variações diárias de produçãode acordo com o grau de nebulosi-dade.As formas de armazenamento daenergia solar são pouco eficientesquando comparadas com as utiliza-das pela energia elétrica a abiomassa.

Como funcionam os sistemas de aquecimento solarO boiler que é abastecido pela caixa de água

deve ser mantido sempre cheio para o sistemafuncionar bem. O ideal é instalar o sistema du-rante a construção, uma vez que se pode conci-liar as especificações técnicas com a estética, pre-vendo um espaço adequado para a colocação dasplacas e do boiler. A implantação correta do coletorsolar requer o telhado voltado para o norte e in-clinado, isso com certeza dará mais eficiência aosistema.

Mesmo com todas as especificações, é ne-cessário um sistema de energia auxiliar que rea-lizará o aquecimento adicional da água quando osistema de energia solar não alcançar a tempera-tura pretendida. Por exemplo, nos dias de inver-no, é natural que a energia solar não seja sufici-ente para aquecer a água - vai apenas realizar umpré-aquecimento, sendo necessária a utilizaçãode um sistema de apoio, como por exemplo: umacaldeira a gás ou a biomassa, um esquentador,etc. Mas é precisamente este pré-aquecimentoque nos vai fazer poupar o consumo de com-bustíveis fósseis.

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Energia Solar

Devido ao crescimento de mer-cado, empresas estão lançando pro-dutos mais acessíveis e compactos.Como é o exemplo do Chuveiro SolarTopsol e Chuveiro Solar Topsol Max,da Soletrol. A primeira versão é aque-cedor solar compacto, com capacida-de para 110 litros; de preço bastanteacessível; e de fácil instalação, pois jávem pronto para ser instalado na redehidráulica pré-existente, sem reque-rer mão-de-obra especializada. Indi-cados para residências de até 120 m2,cada sistema atende a um único pontode água quente. O grande diferencialda linha Topsol é que o aquecedorsolar é de fácil instalação. Basta conectar o siste-ma – coletor solar e reservatório térmico – naentrada de água fria da rede de abastecimento e asaída de água quente na rede de consumo apro-priada. Em dias chuvosos, o sistema ainda per-mite o funcionamento conjunto com o chuveiro

Novos produtos estão surgindo no mercado

elétrico, para complementar a temperatura daágua.

Os reservatórios da linha são feitos emtermoplástico e atendem aos diversos tipos deágua. Os coletores da versão Topsol são feitos empolipropileno aditivado com protetor anti-UV e

são indicados para regiões mais quen-tes. Na versão Topsol Max, os coleto-res são feitos de cobre e alumínio epodem ser utilizados em todas as par-tes do país. Ambos os modelos pos-suem coletores de 1,0 m2 e permi-tem a instalação de coletor adicional,para aumentar ainda mais a tempera-tura de água aquecida pelo sistema econsequentemente sua autonomia.O chuveiro solar Topmax vem de fá-brica com capacidade para atender oshábitos médios de banho de até 3

pessoas.Apresentados em uma combinação de co-

res preta e alumínio, podem ser instalados emuma residência quantos sistemas Topsol dese-jar, desde que cada um atenda a apenas umponto de consumo de água quente.

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Gases Refrigerantes

Alerta sobre os gases refrigerantesProblemas comprodutos falsificadosaparecem em qualquersegmento, e agora estáse tornando umproblema do setorHVAC-R a pirataria dosfluidos refrigerantes.Para alertar aos nossosleitores, a revistaMercofrio reproduz aseguir uma parte damatéria publicada noinformativo da Dupont,que mostra depoimentode empresas do setorsobre o assunto.

CUIDADO COM OS FLUIDOS REFRIGERANTES DE MÁ QUALIDADE

É de olho no preço que os instaladores e mecânicos acabam adquirindo “gatos”. Se enganados ouconscientes do que fazem, não importa. A verdade é que não caberia apenas uma reportagem, por faltade espaço, a quantidade de transtornos que a pirataria de fluidos refrigerantes tem causado.

Quando os instaladores completam a carga com fluidos refrigerantes sem procedência;Quando equipamentos vão para a manutenção e prestadores de serviços carregam ossistemas com fluidos refrigerantes sem marca;Quando os equipamentos produzidos por fabricantes menores já saem da linha deprodução com fluidos refrigerantes de má qualidade.

Empresas como Hitachi, Trane e York estudam medidas para evitar que suas marcas sejamprejudicadas pelo uso de gases fora das especificações; suspensão da garantia de fábrica já é realidadena Hitachi.

A pirataria não dá mesmo trégua no Brasil. Para quem acredita que o comércio ilegal de produtosvisa somente CDs e DVDs, cigarros, informática e bebidas, uma péssima notícia: os contrabandistasagora dão as caras no setor de refrigeração e condicionamento de ar. Fabricantes ouvidos nos últimosdias relataram transtornos provocados pelo emprego de fluidos refrigerantes impróprios.

Esses problemas podem ocorrer nas seguintes situações:

Fonte: Publicação Dupont

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Gases Refrigerantes

A Danfoss do Brasil, por exemplo, informa que o baixo rendimento de equipa-mentos é um dos principais “sintomas” do uso de fluidos refrigerantes sem qualidadee procedência. Joel de Carvalho dos Santos, supervisor técnico da empresa, tambémalerta para o aumento do consumo de energia e danos ao compressor devido a varia-ções bruscas de pressão e temperatura. Problemas comuns se o fluido refrigerante nãoapresentar especificações técnicas exigidas pelos equipamentos. “ As quebras decompressores são inevitáveis nesses casos, já que são submetidas a temperaturas epressão excessivas, acima do limite de aplicação”, completa Santos.

“Os fluidos refrigerantes sem procedência provocam “quebra brutal” na eficiênciados equipamentos, pela ação dos agentes contaminantes. Fica difícil até mesmoidentificar a causa de problemas técnicos em equipamentos que contêm esses pro-dutos. Os técnicos procuram problemas nas partes mecânicas e elétricas das máqui-nas, quando na verdade, é o fluido refrigerante o causador do defeito”, diz ArnaldoParra, gerente de partes e peças da Trane.

“ A Hitachi enviou comunicado a toda a sua rede de instaladores no Brasil, no qualsolicitou atenção especial dos profissionais quanto ao emprego de fluidos refrigeran-tes, sob o risco da empresa suspender a garantia de equipamentos de sua marca aoencontrar regularidades”, diz José Milton Vieira Bello Jr, gerente regional da Hitachi.

“Tivemos um caso ilustrativo no Rio de Janeiro, num navio. A máquina não davarendimento por causa de desequilíbrios de pressão e temperatura provocados porum fluido refrigerante de má qualidade”, diz Marcos Dolis, supervisor da York

VEJA A OPINIÃO DOS ESPECIALISTAS NO ASSUNTO

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Obra Destaque

A construção de uma sede especial para aMútua-RS – Caixa de Assistência dos Profissionaisdo CREA-RS era um sonho antigo da entidade, eque se tornou realidade em abril de 2009. O pré-dio, localizado na av. D. Pedro II, abriga a Mútua etambém abrigará a Inspetoria do CREA Porto Ale-gre, garantindo fácil acesso e conforto para seusassociados. São quatro andares, sendo 170 m²cada. Como não poderia deixar de ser para umaentidade da área tecnológica, a construção seguepadrões modernos e econômicos. E especifica-mente no projeto de climatização utiliza equipa-mentos mais atuais para conforto térmico e eco-nomia, e totaliza 42,82 TR e 2500 m³/h de renova-ção de ar.

Num primeiro momento o projeto de ar con-dicionado contemplou os dois últimos pavimen-tos.

Cada pavimento foi divido em quatro zonasdistintas de climatização, observando-se a orienta-ção solar do prédio, que tem as fachadas totalmen-te envidraçadas. “Devido a forte incidência de in-solação e o número elevado de pessoas, principal-mente em salas de reuniões e nos plenários dascâmaras de engenharia e arquitetura, utilizou-seum sistema que explora a diversificação de cargas,isto é as unidades internas tem uma capacidadetotal na ordem de 30% superior a da unidade ex-terna, representando uma economia de potênciaelétrica total instalada, proporcionando uma redu-ção no consumo de energia”, diz Ricardo Albert,da Albert Engenharia de Instalações, empresa res-ponsável pelo projeto do sistema de ar condicio-nado.

Mútua-RS ganha sede própria

Sendo assim, optou-se por um sistema VRFde expansão direta, com condensação a ar, capazde se adaptar às variações térmicas do ambienteconforme estas vão ocorrendo. O sistema VRF temcomo conceito básico o fluxo variável do refrige-rante e baseia-se exatamente na modulação de car-ga de refrigerante para atender a demanda real doambiente. Desta forma gera-se uma economia deenergia em torno de 30% e índices de eficiênciaenergética (EER) acima de quatro.

O sistema opera com compressores do tipo“inverter”, são estes os reais responsáveis por todoo funcionamento inteligente do sistema. A partirdo reconhecimento da necessidade momentâneado ambiente o compressor opera em uma faixa decarga que varia de 12 a 100% de sua capacidade,diferentemente dos tipos “fixo” que operam a 100%ou não operam.

O sistema ainda utiliza o eficiente gás refrige-rante R-410a. Este fluído, além de ser ecologica-mente correto por não danificar a camada de ozô-nio, não ser tóxico e nem inflamável, ainda au-menta a eficiência energética do sistema e reduz aperda de pressão, melhorando o desempenho glo-bal do sistema.

O grande diferencial nesse sistema VRF é sim-plesmente uma combinação de tecnologia eletrô-

nica com sistemas de controle microprocessados,aliado à combinação de múltiplas unidades inter-nas em um só ciclo de refrigeração. “Sua instala-ção é muito simples, resultando em uma econo-mia de tempo e mão-de-obra, além de manter aarquitetura sem alterar as características do em-preendimento, produzindo um baixo nível de ru-ído e baixo consumo elétrico”, diz Albert. “Além deser versátil e flexível, possui expansão modular egrande facilidade de adaptação em estruturas jáexistentes”.

“Um dos fatores decisivos para a utilização dosistema foi a capacidade de fornecimento de ener-gia elétrica limitada. Por exemplo, se utilizássemosum sistema convencional de equipamentos dotipo splits, teriam que ser substituídos todos osalimentadores que atendem o terceiro e quartoandares”. Com uma unidade externa para seis in-ternas, e com a utilização de variadores defrequência nos compressores, o projeto garanteque o consumo de energia seja sempre proporci-onal à carga solicitada, isto é, se houver apenasuma unidade interna em operação o consumo deenergia será de apenas uma unidade.

O sistema está composto por unidades exter-nas, instaladas em base específica construída emuma casa de máquinas, conectadas, através de tu-O painel de controle de todo o sistema de ar

condicionado

Nova sede da Caixa de Assistência dos Profissionais do CREA-RS utilizou sistema de ar condicionado VRF

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Obra Destaque

bulações frigorígenas isoladas termicamente e ca-bos de comando/controle; em unidadesevaporadoras internas, do tipo Cassette de 1, 2 e 4vias instaladas em diversos ambientes, salas indi-viduais de trabalho, salas de reuniões, recepções,salas de conferências, etc., com suas diferentescapacidades térmicas. “A tubulação frigorígena emcobre rígido é composta por juntas de derivação dotipo Y a fim de distribuir o refrigerante adequada-mente para todas as unidades internas e aindaisoladas termicamente com isolante de espessura19mm, além disso, foram utilizadas válvulas debloqueio na entrada e saída de cada unidadeevaporadora, para facilitar futuras manutenções eretirada dos equipamentos”, diz Luis Masiero, con-sultor técnico da AJL Climatização Ltda, empresainstaladora do sistema.

“Outra característica interessante é a utiliza-ção de unidades recuperadoras de energia, quedevido ao elevado número de pessoas é necessáriauma alta quantidade de ar externo para manter aqualidade interna do ar; aumentando considera-velmente a carga térmica”, completa Albert. Utiliza-ram-se como forma de recuperação de energia eredução da carga térmica, os chamados intercam-biadores de calor, onde a ventilação necessária doambiente troca energia com o ar de exaustão, ten-do uma recuperação de 65% da capacidade derefrigeraçã/aquecimento.

Além disso, o sistema de renovação é com-posto por unidades ventiladoras com recuperaçãode calor interligado ao sistema de ar condicionadoVRF através de tubulações de PVC e descarregadasdiretamente nas unidades internas. “Cabe ressal-tar que o sistema de renovação de ar está inteira-mente interligado ao sistema de climatização sen-do acionado via controle central (CompliantManager) onde se pode controlar todo o sistemade climatização do prédio”, diz Masiero.

Todo o sistema é controlado por um sistemaintegrado de controle que já disponibiliza interfacecom automação própria e Lon Works entre outros.“Devido a sua grande flexibilidade, o sistema VRF éhoje o sistema de climatização que mais cresce emaplicação no mercado brasileiro”, diz Masiero. Poisalém de ser mais eficiente energeticamente, ele aten-de aos padrões de sustentabilidade. E pode substi-tuir, com vantagens, os sistemas de água gelada(CWS) para conforto, sejam em edificações de pe-

Cassetes de quatro vias foram utilizados na recepção da entidade

Os equipamentos da Toshiba foram instalados nos doisandares climatizados

FICHA TÉCNICACliente: Mútua - Caixa de Assistência dosProfissionais dos CREA-RSProjeto de Ar Condicionado: AlbertEngenharia de Instalações Ltda.Instalação: AJL Climatização LtdaEquipamentos de Ar condicionado:Toshiba / CarrierIntercambiadores de Calor: ToshibaIsolamento Térmico: ArmacellR410A: OxiproductsVentiladores: BerlinerLuft

queno ou de grande porte”. Para completar o nívelsonoro atende a norma ARI-Standart 550/590-98as seguintes características sonoras: nível sonoro aplena carga (máximo) 65 dB (A). Essa instalaçãocom alto grau de eficiência energética pode chegarem cargas parciais a 0,60kW/TR em testes certifica-dos pela Toshiba.

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Artigo Técnico

IntroduçãoO gás natural (GN) é um combustível fóssil

constituído principalmente de metano (entre 85%e 99% por fração molar, dependendo do sítio ondeé extraído) com menores quantidades percentuaisde etano, propano e hidrocarbonetos pesados. Com-parado aos outros combustíveis fósseis, o GN tem amenor relação entre emissão de gases de efeitoestufa por energia gerada, o que justifica o grandecrescimento de sua demanda nas últimas déca-das.

De acordo com a Associação Brasileira dasEmpresas Distribuidoras de Gás Canalizado -ABEGÁS (http://www.abegas.org.br), apesar da quedado consumo de GN nos primeiros meses de 2009,seu uso tem aumentado continuamente desde1998, tornando este combustível uma importantefonte de energia no mercado brasileiro.

A expansão do consumo de GN sofre restrições emfunção da situação política na vizinha Bolívia, principalfornecedora para o mercado brasileiro, gerando incer-teza por parte dos consumidores e investidores. Istotem aberto uma oportunidade para a importação de GNna forma líquida, chamado de Gás Natural Liquefeitoou GNL, de outros países mais distantes. Segundo infor-mações do Centro de Tecnologia do Gás (http://www.ctgas.com.br/) a Petrobrás prevê grandes investi-mentos objetivando trazer GNL para o Brasil, o quepode ser comprovado através da recente inauguraçãodos terminais de recebimento de GNL em Pecém (CE) eBaía da Guanabara (RJ). Além disso, a empresa prevêum investimento de R$ 2 bilhões em uma nova unida-de e sinaliza com um quarto terminal. A Petrobrásestima chegar a 2013 com uma oferta de 32 milhões demetros cúbicos por dia de GNL no mercado brasileiro.

Uma vez na fase líquida, o GNL é transportado emnavios chamados de metaneiros, especialmente equi-pados para o transporte criogênico, onde a temperatu-ra se aproxima de -160°C para pressões manométricasna volta de 1atm (Foss, 2008). Os avanços tecnológicosrelacionados com este tipo de transporte e com oprocesso de liquefação do GNL têm reduzido drastica-mente seu custo final e, conseqüentemente, aumen-tado sua comercialização (Acunha Júnior et. al, 2008)

A próxima figura apresenta diversas etapas quefazem parte da cadeia do GNL, desde a sua extraçãoaté o seu consumo pelo usuário final.

Figura 2 – Esquema de produção e distribuição doGNL.

Aproveitamento da energia de regaseificação do gásnatural liquefeito (GNL): vantagens e tendências

Após o transporte em fase líquida, a distribuiçãoe consumo do GN obrigam a sua regaseificação, pro-cesso que envolve, uma vez mais, grandes quantida-des de energia térmica. É uma prática freqüente uti-lizar-se a água do mar ou o ar atmosférico comofontes de calor para a evaporação do combustível, oque resulta em um desperdício do imenso potencialenergético do GNL.

O desafio que se estabelece é o de identificarprocedimentos racionais que permitam a regaseifica-ção simultaneamente ao ganho energético que umafonte criogênica pode proporcionar em sistemas derefrigeração e até mesmo de potência.

Para se ter uma idéia dos gastos envolvidos com onão aproveitamento desta energia, estudos realizadosna Coréia afirmam que a perda de energia criogênicanaquele país atinge aproximadamente 0.21% de todaenergia consumida.(Lu e Wang, 2008).

Utilização do GNLA utilização mais imediata para a energia térmi-

ca (frio) envolvida na regaseificação é aquela em câ-maras frias, de estocagem de alimentos por exemplo,onde há a substituição do sistema completo de refri-geração. Mas essa energia também pode ser emprega-da como fonte fria para ciclos termodinâmicosacoplados, tais como usinas termoelétricas a vapor(ciclo de Rankine), termoelétricas com turbinas a gás(ciclo Brayton) ou até mesmo expansão direta emturbinas de contrapressão.

O ponto de acoplamento entre esses ciclostermodinâmicos e o sistema de regaseificação é feitopor meio de um conjunto de trocadores de calor (Fi-

gura 3). Caso o acoplamento seja realizado comum ciclo de refrigeração, o processo deregaseificação atua como agente de condensaçãodesse ciclo.

O GNL deixa o reservatório em condiçõescriogênicas (ponto 1) e tem sua pressão rebaixadana válvula de expansão, sendo então conduzidopara o evaporador (ponto 2). O GNL já vaporizado(ponto 3) é aquecido até em trocadores de calorpara até um estado mais próximo das condiçõesde transporte e uso. O meio externo participa comofonte quente para o processo, mas na figura nãohá representação de nenhuma alternativa de usodessa energia.

Alguns ciclos e processos térmicos clássicosforam estudados com o intuito de demonstrar oganho energético possível de se obter utilizando o

potencial disponível no GNL. Entre os ciclos cogitados,destacam-se ciclos de refrigeração por compressão,ciclos de potência Brayton e de Rankine.

Ciclos de refrigeração por compressãoA Figura 4 apresenta esquematicamente um ciclo

de refrigeração industrial com amônia como fluido detrabalho. Nele, a amônia é admitida como vapor abaixa pressão (ponto 4) no compressor, que descarre-ga (ponto 5) vapor superaquecido no condensador.Após rejeitar calor para o meio externo ao circuito, aamônia líquida (ponto 6) é levada até o evaporadorpara ganhar calor do meio que está refrigerando, pas-sando antes por uma redução de pressão (ponto 7). Aoportunidade que a regaseificação de GNL pode ofere-cer é de tornar-se um meio para rejeição de calor comtemperatura mais baixa que o usual. Esse acoplamentoé facilmente justificável quando um sistema de refri-geração já existente pode incrementar a sua eficiên-cia energética.

Figura 4 - Ciclo de refrigeração acoplado com oprocesso de regaseificação do GNL

A operação e o desempenho do ciclo de refrigera-ção foi comparado para as situações com e sem arecuperação da energia do GNL. Adotou-se a conside-ração de que o GNL seja constituído apenas por metano,

Figura 3 - Desenho esquemático do acoplamento entreo sistema de regaseificação do GNL e um ciclotermodinâmico acoplado

Tabela 1 - Localização e Capacidade de Liquefação de Gás (2006)(www.energytribune.com)

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Artigo Técnico

o que corresponde à reali-dade. A operação do ciclo emregime permanente, des-prezaram-se as perdas decarga em tubulações e aces-sórios, considerou-se que acompressão isoentrópica daamônia e sua expansãoisoentálpica, e finalmenteque esses processos ocorramadiabaticamente em relação ao ambiente.

O ciclo usual de refrigeração, com a amônia con-densando contra as condições de um ambiente padrão(ar a 1 atm e 25ºC) foi simulado para condições deadmissão e descarga do fluido de trabalho em um regi-me de operação de -40°C/35°C, correspondendo aospontos 4 e 5 da figura anterior. Quando o condensadorfoi acoplado ao regaseificador de GNL, a temperatura decondensação da amônia baixou para aproximadamente-10°C, conforme pode ser visto na Figura 5.

Os gráficos da figura anterior são limitados porduas situações extremas: à esquerda, a temperaturade condensação de -10ºC fixada para o acoplamentocom o sistema de regaseificação de GNL, e à direita, atemperatura de +35ºC para a condensação da amô-nia contra um ambiente externo padrão. Os resulta-dos entre esses limites mostram o comportamento dosistema acoplado operando em condições intermediá-rias. No gráfico da esquerda percebe-se que há umganho energético linear, traduzido na forma de po-tência evitada para o sistema realizar a sua tarefa.Pelo gráfico da direita, é possível afirmar que o apro-veitamento da energia de regaseificação do GNL gerouum aumento importante do coeficiente de perfor-mance – COP, calculado em aproximadamente 3 ve-zes maior quando a energia de regaseificação do GNLfoi utilizada.

Ciclos de potênciaTurbina a gás

A turbina a gás da Figura 6 opera segundo umciclo Brayton e pode ter sua eficiência de conversão depotência aumentada se o ar admitido no compressordo ciclo for resfriado. O acoplamento com o sistemade regaseificação de GNL é colocado entre os pontos 6e 7 da corrente de ar, e no caso foi mantida a vazãovolumétrica constante.

Esta opção considera o ar entrando no sistema(ponto 6) a uma vazão de 50 m³/s a temperatura de25ºC, correspondendo a vazão mássica de 56.7kg/s. Apassagem da mesma corrente de ar com vazãovolumétrica fixa de 50m³/s pelo sistema de regaseifi-cação de GNL permite reduzir a sua temperatura para11,8ºC, correspondendo a uma nova vazão mássica de

59,3kg/s, ou seja, 4,6% maior que a anterior. Os cál-culos realizados aqui mostraram um aumento dapotência convertida de 27 MW para 28,7 MW, o quesignifica um aumento de cerca de 6% da potência dosistema

Turbina de expansãoA conversão de potência em turbina por expansão

direta do GNL também oferece uma vantagem signifi-cativa visto que possibilita o aproveitamento tanto emforma de energia térmica objetivando a transferênciade calor quanto a conversão de potência em turbinapara obtenção de eletricidade, conforme mostrado naFigura 7. O GNL sofre um processo de regaseificaçãoabsorvendo energia térmica a pressão constante, sen-do, logo após, expandido na turbina até a pressão de 1bar (com temperatura igual a -87°C) para depois pas-sar em um segundo trocador de calor para nova absor-ção de energia térmica. O ganho energético desta pro-posta foi de 1,27MW.

Figura 7 – Turbina de expansão após regaseificação doGNL para conversão de potência.

Ciclo de RankineCiclo de Rankine pode também ser incluído como

uma opção bastante promissora para a recuperaçãoda energia envolvida na regaseificação do GNL. Nocaso, o acoplamento se dá na condensação do fluidode trabalho do ciclo, normalmente água, que poderáoperar a níveis de temperatura abaixo do ambiente. AFigura 8 apresenta o ciclo de Rankine exposto de for-ma simplificada e o sistema de regaseificação acopladoao condensador do ciclo.

O ciclo de potência poderá operar rejeitando calor

Figura 5 - a) ganho energético em função da temperatura de condensação dociclo de refrigeração e b) COP em função da temperatura de condensação dociclo de refrigeração

Figura 6 – Turbina a gás em operação aberta (ciclo Brayton) utilizando a energia do GNL para resfriar o ar deadmissão do compressor

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Artigo Técnico

para um meio a temperatura inferior ao do meio ambi-ente, mas há o limite de operação da água como fluidode trabalho. Essa restrição pode ser contornada empre-gando-se uma mistura de água com amônia, e assimchega-se a níveis de temperatura inferiores ao ponto decongelamento. Também o sistema de regaseificação podecombinar o uso de turbinas de expansão operando comoválvulas de rebaixamento de pressão e com isso ganharuma parcela adicional de potência.

Essas alterações foram simuladas e são apresen-tadas na Figura 9, onde a eficiência térmica do ciclode Rankine acoplado a um sistema de regaseificaçãode GNL é apresentada em função da concentração dofluido de trabalho, uma mistura água-amônia, paradiferentes valores de temperatura de condensação.

O comportamento de um ciclo de Rankine conven-cional aparece no eixo vertical como um ponto único,sendo levemente inferior a 0,2 (20%) para o circuitosimples que foi proposto. Nesse ponto a concentraçãode amônia nula, já que o fluido de trabalho é águapura. Quando a regaseificação é acoplada ao ciclo, sem-pre haverá um acréscimo de eficiência em função dacontabilização da potência recuperada na turbina deexpansão do GNL (Figura 8), independentemente dadiminuição da temperatura de condensação do fluidode trabalho. Voltando para o gráfico da Figura 9, perce-be-se que o maior aumento para a temperatura decondensação de 40ºC se dá quando o fluido de trabalho

é água pura, e vai decrescendo com o crescente deamônia misturada. Esse comportamento muda quan-do se opera a temperaturas de condensação cada vezmais baixas, até se chegar no limite estudado nessetrabalho (-40ºC), para o qual a eficiência térmica atin-giu aproximadamente 32%, um ganho superior à 50%em relação a eficiência do ciclo sem regaseificação. Nocaso estudado, a recuperação do trabalho de expansãodo GNL representou a maior parte do acréscimo deeficiência do ciclo, ficando a redução da temperatura deoperação com uma parcela menor. Mesmo assim, sali-enta-se que, em se tratando de eficiência térmica, pou-cos pontos percentuais podem parecer pouco expressi-vos na análise de desempenho do ciclo, mas eles garan-tem um incremento importante em produção de ele-tricidade e podem garantir a viabilidade econômica deseu empreendimento.

ConclusãoO trabalho apresentado busca ser um estudo

especulativo e está baseado na técnica de prova deconceito. Por isso, as aplicações escolhidas foram pro-positalmente simplificadas, montadas com base noscomponentes essenciais dos ciclos e sistemas. O obje-tivo maior é o de quantificar os ganhos provenientesdo acoplamento do sistema de regaseificação de GNL,para depois encaminhar estudos técnicos mais deta-lhados e avaliações de retorno de investimento. Tam-

Figura 9 - Eficiência térmica de um ciclo de Rankineacoplado a um sistema de regaseificação de GNL emfunção da concentração de amônia e da temperaturade saída do condensador (TC)

Figura 8 - Ciclo de Rankineacoplado a um sistema deregaseificação de GNL

bém foram priorizadas as alternativas onde a eficiên-cia dos sistemas foi incrementada, significando gan-hos de potência disponibilizada em ciclos de geraçãoou de redução de potência em ciclos de refrigeração.Sob esta ótica, conclui-se que o aproveitamento daenergia disponível no processo de regaseificação doGNL é energeticamente interessante e, do ponto devista técnico, merece um estudo mais detalhado depossibilidades e viabilidade econômica.

BibliografiaAcunha Júnior, I.C., Carotenuto, A., Perin, A.L., Fontana, D.H.G.,Klein, L.F., Gonçalves, G.R., Smith Schneider, P., 2008. “Energyrecovery from liquefied natural gas vaporization: the role ofcoupled thermal systems”,12th Brazilian Congress of ThermalEngineering and Sciences.Foss, M.M., 2007. “Introdution to LNG – An overwiew ofliquified Natural gas (LNG), its properties, organization of LNGindustry and safety considerations”, Austin, USA, 40p. -www.beg.utexas.edu / energyecon / lng /documents/CEE_INTRODUCTION_TO_LNG_FINAL.pdfLu, T., Wang, K.S., 2008. “Analysis and optimization of a cascadingpower cycle with liquefied natural gas (LNG) cold energyrecovery”, Applied Thermal Engineering, doi: 10.1016/j.applthermaleng.2008.06.028

AutoresDiego Rubén Schmeda López

Elizaldo Domingues dos SantosIvoni Carlos Acunha Junior

Pedro Vasata SgarbiPaulo Smith Schneider

([email protected])Engenharia Mecânica

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

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CLIMATECH AR CONDICIONADO (RS)

ACEL-AR CONDICIONADO ECOLÓGICOACTA COM MANUT AR CONDICIONADOACÚSTIKA SUL ENGENHARIAADEMIR SILVAAGRAZ REFRIGERAÇÃOAGROFIBRAS ARTEFATOS DE FIBERGLASSAGST CONTROLES E AUTOMAÇÃOAIR CLEANAIR CONSULT ASSES E INSTAL DE AR CONDICAIR COOL MANUTENÇÃO E INSTALAÇÕESAIRSTUDIO ENGENHARIAALBERT ENGENHARIA DE INSTALAÇÕESALBERTO PILLAALCIDES CAMINHA LEITEALEXANDRE TOCCHETTOALPINA EQUIPAMENTOS INDUSTRIAISALTAIR HARTWIGALTENERGIA IND COM REPRES E SERVIÇOSAMBIENTECH - SOLUÇÕES EM CLIMATIZAÇÃOAMILLPASSOS REFRIGERAÇÃO INDUSTRIALANDERSON RODRIGUESANNEMOS HIDRAÚLICAARB DO BRASIL AR CONDIC REFRIG E VENTARI ANTÔNIO VOGEL CONSERTOSARMACELL BRASILARMAX AR CONDICIONADO COM E SERVIÇOSARNOLDO CARLOS GONÇALVES BESKOWARSELF AR CONDICIONADOASSISTAR AR CONDICIONADOATLANTYS CLIMATIZAÇÃO E AUTOMAÇÃOBARNEY PAVANBERLINERLUFT DO BRASILBIOQUALITY CONSULTORIA E SERVIÇOSBLUMETAL DIST E SERVIÇOS TÉCNICOSCARLOS ALBERTO DOS SANTOS RODRIGUESCARLOS ERNESTO OSTERKAMPCEISUL EQUIPAMENTOS DE AR CONDICIONADOCELSO ANGELO SILVEIRA FALCETTACELSO DE CONTOCENTRAL DO FRIO REFRIGERAÇÃOCERT ENGENHARIA E TECNOLOGIACESAR AUGUSTO DAS NEVES SANTIAGOCLAITON LUIS DE LORETO LEALCLEMAR ENGENHARIACLEZAR AR CONDICIONADOCLIMA SHOP QUALIDADE DO AR INTERIORCLIMALAR AR CONDICIONADOCLIMASUL AR CONDICIONADO LTDACLIMATEC IND COM EQUIP P/CLIMATCLIMATECH AR CONDICIONADOCOLDAR ENGENHARIA E COMÉRCIOCOLDBRAS S/ACONDITIONER AIR SPRINGFIELD IND COM REFRIGCONTINENTAL AR CONDICIONADOCURTIS CONSULTORIADAMIANI SOLUÇÕES DE ENGENHARIADELTA FRIO INDÚSTRIA DE REFRIGERAÇÃODHS-COM E SERVIÇOS EM REFRIGERAÇÃODIAMONT EQUIPAMENTOS ESPECIAIS LTDADIGICLIMA INDÚSTRIA E COMÉRCIODIJAN QUÍMICA CONSULTORIA E ENGENHARIAECO AMBIENTEEJR ENGENHARIAELETRO AR SULENCLIMAR ENGENHARIA DE CLIMATIZAÇÃOENGE REPRESENTAÇÕES TÉCNICASENGEFLUXO VENTILAÇÃO INDUSTRIALENGEMAN HG SERV MANUT ELETROMECENGEMESTRA ENG MEC E SEG DO TRABALHOENGESAVE ENGENHARIA E CONSULTORIAENGETÉRMICA AR CONDICIONADOEPEX IND COM DE PLÁSTICOSESCOLA TÉCNICA PROFISSIONALESPAÇO CLIMAEUROCABLE BRASIL IMP & EXPEXPECTRON TECNOLOGIA INDUSTRIALFLÁVIO RIBEIRO TEIXEIRAFRIENGINEERING INTERNATIONALFRIGELAR COMÉRCIO E DISTRIBUIÇÃOFULL GAUGE ELETROCONTROLESGEOCLIMA AR CONDICIONADOGLOBUS SISTEMAS ELETRÔNICOS

GM AR CONDICIONADOGOLD COMÉRCIO E REPRESENTAÇÕESGOOD SERV DE CLIMATIZAÇÃOHEC ENGENHARIAHELIO DIMER FILHOHIDROSP SISTEMAS HIDRÁULICOSHITACHI AR CONDICIONADO DO BRASILHOMERO DE SOUZA MACIELIF SERVIÇOS E REPRESENTAÇÕESINDOOR SUL AMBIENTES CLIMATIZADOSINOVAR CONDICIONAMENTO AMBIENTESINSTATEC INDÚSTRIA METALÚRGICAISOAR SISTEMAS DE CLIMATIZAÇÃOJ A FRACASSO REPRESENTAÇÕESJ C MOREIRA & CIA LTDAJACQUELINE BIANCON COPETTIJOÃO CARLOS BIDEGAIN SCHMITTJOAPE INDÚSTRIA DE EQUIPAMENTOS AMBIENTAISJOSÉ HAROLDO CARVALHO SALENGUEJOSÉ LUIZ PACHECO FERREIRAKLEBER REPRESENTAÇÕESKLIFT SERVIÇOS DE CLIMATIZAÇÃOLAFRIZARTE SERVIÇOS DE REFRIGERAÇÃOLAMINAÇO COM EQUIP RODOV INDSLUIS CARLOS DE BITENCOURT COUTO FILHOLUIZ CARLOS PETRY SERVIÇOS ENGENHARIALUZITANA AR CONDICIONADO LTDAM CESA COMÉRCIO E SERVIÇOSM GOMES REPRESENTAÇÕES COMERCIAISMAGNUS RECUPERADORA DE COMPRESSORESMARCELO CESAR DE CAMARGO RATTMANNMARCELO FOSCHIERA CHRISTINIMARCHAND INDÚSTRIAS QUÍMICASMAURO ULLMANN CLIMATIZAÇÃO REFRIGERAÇÃOMEGASUL ENGENHARIAMIGRARE AR CONDICIONADO DO BRASILMIGUEL MARTINS GARICOCHEA GRIVAMMR INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MÁQUINASMONOFRIO-HBSR REFRIGER DE LÍQUIDOSMONTERMICA REFRIG E AR CONDICIONADOMP AUTOMAÇÃOMRI ENGENHARIA LTDAMULTI AQUECIMENTOMULTITEC REFRIGERAÇÃOMULTITÉCNICA ENGENHARIANOVOBRÁS COMERCIALNOVUS PRODUTOS ELETRÔNICOSOSMAR JOSÉ PEDROSO DOS SANTOSOTAM VENTILADORES INDUSTRIAISPAULO DE TARSO FONTOURA DA SILVAPAULO HENRIQUE STECKERPAULO HOMERO DA SILVEIRA MORPAULO OTTO BEYERPAULO RENATO PEREZ DOS SANTOSPAULO VELLINHO (SÓCIO HONORÁRIO)PEDRO DA COSTA CARVALHO FILHOPERTILE AR CONDICIONADOPLANIDUTO AR CONDICIONADO

PRODEPRED AUTOMAÇÃO LTDAPROJELMEC VENTILAÇÃO INDUSTRIALPROJEMAN-PROJETOS MANUT SIST CLIMATPROJETOS AVANÇADOS ENGENHARIAPROSYSTEM PROJETOS E SISTEMASPROTEMP SISTEMAS DE CLIMATIZAÇÃO LTDAPROTÉRMICA CLIMATIZAÇÃOQUAD CLIMAQUIMITEC QUÍMICA INDUSTRIALREARSUL AR CONDICIONADORECOM-RECUPERADORA COMPRESSORESREFRIGERAÇÃO CAPITALREFRIGERAÇÃO LEIVASREFRIGERAÇÃO MANCHESTERREFRIMAK PEÇAS E SERVIÇOSRENNER AR CONDICIONADORIMA ENGENHARIAROBENIR COSTA ENGENHARIAROGER SOUZA E SILVASÃO CARLOS AR CONDICIONADOSATOAR ASSESSORIA SERV ENGENHARIASCHEIN GESTÃO EMPRESARIALSERRAFF INDÚSTRIA DE EVAPORADORESSF ENGENHARIA E CONSULTORIASILVIO LUIZ CAMPOS FERNANDESSOCLAM AR CONDICIONADOSPLIT COMPANY DO BRASILSPLIT SHOP CONDICIONADORES DE ARSPM ENGENHARIASPRINAR CONDICIONADORES DE ARSPRINGER CARRIERSR AR CONDICIONADOSULCESAR REPRESENTAÇÕESSUN HEAT ELETROAQUECIMENTOSUPER ÚTIL ELETRODOMÉSTICOSSUPERMERCADOS GUANABARATEC AR COMÉCIO DE AR CONDICIONADOTECNOENGE AR CONDICIONADOTECNOLÓGICA CONFORTO AMBIENTALTELCO EQUIPAMENTOS REFRIGERAÇÃOTELEINFORMÁTICA SULTERMOPROL-TERMODINÂMICA SERVIÇOSTESTONI/GTA DO SULTIAGO GADONSKITIAGO JOSÉ BULLATIMÓTEO FERNANDES DE SOUZATOTALINE-PEÇAS EQUIP P/REFRIG E AR CONDTOUR & ANDERSSONTRANE DO BRASILURANUS AR CONDICIONADOVALAYR WOSIACK (SÓCIO HONORÁRIO)VENTILADORES ELEFANTVEREDA REPRESENTAÇÕES COMERCIAISVIDALAR COMÉRCIO E REPRESENTAÇÕESVITALI COMÉRCIO E SERVIÇOSWOLMAR AR CONDICIONADOYBEMAC REFRIGERAÇÃO E ASSIST TÉCNICAYORK INTERNATIONAL

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REVISTA MERCOFRIO - Nº 43 / 2009 23

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