Revista digital nerdofobia ed #12

nerdofobia a revista do nerd que so teme outro nerd Game of Thrones EntrevistaFobia: Heitor Regiani criador da página Minicars Brazil Pipocafobia: Capitão América 2 Soldado Invernal Melhor filme da Marvel SeasonFobia: True Detective e seus padrões absurdos 2014 - Ano II - Julho #12

description

Revista Nerd que trata de assuntos e informações sobre música, filmes, cultura, cinema, quadrinhos e diversidade em geral. This month with Podcast, star trek, rpg, Batman, Game of Thrones, noah, star wars, comics, xmen, Casagrande, China, Fotos, Battle Royale

Transcript of Revista digital nerdofobia ed #12

Page 1: Revista digital nerdofobia ed #12

nerdofobiaa revista do nerd que so teme outro nerd

Game of ThronesGame of Thrones

EntrevistaFobia: Heitor Regiani criador da página Minicars Brazil

Pipocafobia: Capitão América 2 Soldado Invernal Melhor filme da Marvel

SeasonFobia: True Detective e seus padrões absurdos

2014 - Ano II - Julho #12

Page 2: Revista digital nerdofobia ed #12

Um tweet na REDAÇÃO

Tininha Magalhães

Anderson Veiga

Cleriston CostaQuer ser um colaborador da Nerdofobia, mande seu texto pra gente: [email protected]

E não deixe de seguir o twitter da revista Nerdofobia @nerdofobia

Alan Rocha

Dizem que sou louca..Mas prefiro ser louca a não ter amado...Ser louca a não ter sonhado...No fim sou mais normal que vc... :/

Sou um cara simples dividido entre jornalismo e arquitetura. Antes de tudo gosto de escrever... Ah e sou Nerd!!

Paulistano radicado na Paraíba, nerd admirador de HQ's e de boa música.

"A.K.A. Bobby, raposeiro de coração, jornalista, publicitário wannabe e nerd de plantão."

@tininhaloira21

@andersonbobby

nerdofobia editoriaL

Jefferson Lobo

@alan_mancrazy

@cleristoncosta

Olha nóis ai na area de novo... Se derrubar é pênalti... E haja cora-ção Amigo!! Não. Não vamos to-

car no assunto copa, mas se o Brasil for Campeão vamos fazer um especial sobre bola. SQN!

A edição de julho, ou melhor do meio do ano visto que passamos por um longo hiato devido a problemas diver-sos, resolvemos falar do que achamos bacanas nesse ano até aqui e não nos rendermos a prazos. Pode estar datado, sim pode, mas também ta bacana então curte ai!

A seção FotoFobia como sempre com fotos supimpas, aposta em imagens que mudam a visão das pessoas do mundo e chegam até a emocionar.

Cinema por Cinema fomos pontuais e falamos dos três filmes que mais nos chamaram atenção esse ano. Sim tem Capitas na área, junto com o aracnídeo mais fodão de todos e mais azarado também. Nos passos de um papo estamos falando de uma das melhores biografias brasucas. Casagrande e Seus Demônios!

Ainda falamos de Battle Royale, True Detective (a melhor série que a HBO já fez), Popeye, sim curtimos po-peye também.

Esperamos que tenham uma exce-lente leitura e nos digam quais foram suas impressões sobre a revista. Não deixe de acompanhar o nosso podcast semanal (ou não) o Nerdofobiacast.

Ah e só para não esquecer, ado-ramos a quarta temporada de Game of Thrones, se você ainda não notou é a capa dessa edição.

Page 3: Revista digital nerdofobia ed #12

The MotherFuckers Say Hello! Dorgas!!

_ Drogados demais para responder qualquer coisa, passem mês que vem!

_ Comendo um quarteirão com queijo aki...!

[email protected]

ou dê um curtir na nossa fanpage do facebook: facebook/Nerdofobia

_ Não me amolem. Tenho alguns prêmios para receber antes de morrer e só falarei a partir de hoje o indispensável!

Page 4: Revista digital nerdofobia ed #12

Diretório

Nerdica

Quadrinhofobia Perfil

SeasonFobiaNos passos de um Papo

Entrevistafobia

PipocaFobiaCinema Pontual!

Carros em miniatura!!

TrueDetective e sua filosofia aderente!

Popeye: O marinheiro e seu espinafre salvador!

Casagrande e seus Daemons!

Pronto para assassinar seus colegas de classe?

Page 5: Revista digital nerdofobia ed #12

Em Agosto

Page 6: Revista digital nerdofobia ed #12

caNERD!

Em 1997, o jornalista e escritor japonês Koushun Takami escreveu uma das mais assustadoras histórias, o jogo macabro entre adolescentes de uma mesma turma escolar que, confinados numa ilha, têm de matar uns aos outros até que reste apenas um sobrevivente. Detalhe: o organizador da sangrenta disputa é o próprio Estado japonês, imaginado pelo autor como uma totalitária República Ditatorial Repressora da Grande Ásia Oriental.Quer mais motivos que esses pra ler veja a matéria que fizemos mais a frente!

Onde achar: http://globolivros.globo.com/livros/battle-royale

Batlle Royale - O Livro

Page 7: Revista digital nerdofobia ed #12

World War Z - O Livro

Uma epidemia de zumbis, desde a identificação do primeiro paciente até as consequências da disseminação da “doença” e o esforço mundial de guerra necessário para conter os infectados – este é o mote de Guerra mundial Z, segundo livro do escritor, roteirista e ator bissexto Max Brooks. O narrador é um integrante da comissão da ONU encarregada de elaborar relatório sobre o conflito, após sua conclusão. A história conta como as sociedades desmoronaram e foram forçadas a se reorganizar após o colapso da infraestrutura e das instituições que as mantinham, levando as pessoas a atos extremos de heroísmo e altruísmo, bem como de egoísmo e mesquinhez.

Procure aqui: Moonshadows

Page 8: Revista digital nerdofobia ed #12

A entrevista desse mês é com um cara que leva a sério carros, mas não na concepção original de tamanho e propor-ção, sim estamos falando do hobbye de colecionar carros em miniaturas e Heitor Regianni é fera no que diz respeiito a isso.

Confira a entrevista que ele nos concedeu e veja se você está apto a se tornar um colecionador.

Acho que não teria como começar sem perguntar como surgiu a sua paixão por carros em miniatura?

Heitor: Esta paixão pode se dizer que

Como nosso titio assassino de personagens bacanas. George R.R. Martin

surgiu desde que nasci, pois já comecei a ganhar alguns carrinhos, inclusive o primeiro tenho até hoje, e carros em ge-ral são uma paixão minha, posso dizer que tenho gasolina aditivada no lugar de sangue. (risos)

Como se chama esse hobbye?

Heitor: O Hobbye pode ser classificado de diferentes formas, mas as basicas são Colecionismo de Miniaturas (gene-ralizando), Coleção Die-cast (para quem tem miniaturas tradicionais em metal), Plastimodelismo (para quem compra kits de carrinho em plastico para montar), entre outros nomes.

Gostariamos de saber como foi que você embarcou nesse mundo da

entrevistafobia

“ Carros em geral são uma paixão minha,

posso dizer que tenho gasolina aditivada no

lugar de sangue.”

blogosfera? Como surgiu a ideia de criar o site dedicado ao hobbye?

Heitor: O blog surgiu da vontade de mostrar esse hobbie e minha coleção, além da possibilidade de divulgar nos-sos eventos do gênero e miniaturas para trocas e venda.

Como você avalia o hobbye no Bra-sil?

Heitor: Este é um hobbie que a cada ano cresce mais no país, cada vez mais surgem novos modelos muito interes-santes e marcas de altíssima qualidade de detalhamento, marcas ja muito co-nhecidas como a Hot Wheels por exem-plo investe inclusive em lançar minia-turas conhecidas de brasileiros como Brasilia, Maverick ou Dodge Charger. E a editora Altaya lançou uma coleção ex-clusiva nas bancas a algum tempo.

Quanto custaria em média ter uma coleção simples?

Martin: Custo é algo dificil de dizer pois vai de gosto, quem gostaria de ter tradicionais hot wheels a partir de R$ 7.00 consegue ir achando boas miniatu-ras em lojas, quem gosta de carrinhos mais detalhados ou de maior escala (ta-manho) dae já começa a ter de investir mais, uma miniatura de uns 15 cm, que seria escala 1/39 sai ao minimo uns 15

Page 9: Revista digital nerdofobia ed #12

Este é um hobbie que a cada ano cresce mais no país, cada vez mais sur-gem novos modelos mui-to interessantes e marcas de altíssima qualidade de

detalhamento...

"

"

Page 10: Revista digital nerdofobia ed #12

reais cada.

Pra quem quer começar a colecionar qual a sua sugestão?

Heiitor: Essa questão retorna ao pa-drão custo e também ao padrão gos-to, começar com Hot Wheels ou Maisto Fresh Metal (concorrente da hot wheels com miniaturas mais baratas e simples) é fácil pois são miniaturas encontradas em diversas lojas, papelarias e até su-permercados. Quem desejar miniaturas de escalas maiores ou marcas mais pre-mium necessitam ir atrás em lojas mais especificas, sejam lojas de brinquedo, magazines ou até exclusivamente de coleção.

Enfim agradecemos e deixamos o espaço para você dar um recado para os colecionadores que estão nos lendo.

Heiitor: Gostaria de agradecer quem coleciona, pois nesse ramo fazemos ex-celentes amizades, conhecendo pesso-as que gostam de seguir nessa filosofia e de alguma forma mostrar a este pais que a paixão por carros deve ser preser-vada e incentivada.

Curtiu a Entrevista..Saiba mais sobre esse hobbye fascinante acessando a pa-gina da loja do Heitor no facebook:

http://www.facebook.com/lojami-nicarsbrazil

Page 11: Revista digital nerdofobia ed #12

Quadrinhofobia

Perfil

O Marinheiro mas boa praça o não de todo o mundo pop e suas peripécias para sempre dar um jeito de salvar sua amada Olívia...Mais um perfil em parceria com o InterruptorNerd.

Page 12: Revista digital nerdofobia ed #12

“Macacos me mordam, a Olívia está em perigo! Tenho que pegar meu espinafre...” se você não é dessa

nova geração que solta pipa, joga bola e come merda por um cantor de funk, provavelmente já ouviu uma frase mais ou menos desse jeito dita por certo marinheiro de antebraços despropor-cionais e rosto deformado metido em algum problema para salvar a donzela esquelética e voz chata em perigo. Sim senhoras e senhores, dessa vez, o per-fil é em homenagem ao primeiro super ser dos quadrinhos, o pioneiro na super força, estou falando do baixinho grande marinheiro Popeye.

Surgido da mente criativa(e dizem as más linguás, drogada) de E. C. Se-gar, em 1929 como coadjuvante da tiri-nha Thimble Theater, ajudando castor, o irmão de sua futura namorada(e pira-

Espinafre!!!Texto: joão Gabriel

nha de marca maior), Olivia Palito. Nes-sa primeira aparição, ele e os membros da família Palito vão atrás da galinha magica Whiffle, que daria super força e invulnerabilidade a quem tocasse 3 de suas penas(primeiro elas ficavam na cabeça, mas já falaram uma vez que as penas ficavam na cauda), e advinha quem consegue? O mais novo membro da tripulação que se tornou o primeiro super ser dos quadrinhos(#ChupaSu-perman) e, de quebra, abocanhou(Uiii) a tirinha pra si, mudando o nome para Thimble Theater: Starring Popeye The Sailor.

Claro que não demorou muito para o marinheiro virar serie de cinema(lem-brem-se crianças, não existia TV, os episódios dos desenhos passavam na tela grande) graças aos estudos Fleis-cher, lembrando que a boneca Betty Boop fez uma participação, adaptando o personagem como ele era na época, ou seja, brigão, bêbado e politicamente in-correto, o que é uma coisa muito foda, tanto que, quando apareceu nos livros Memórias de Emilia do Monteiro “Racis-

Sempre salvando a linda Olivia Palito dos Perigos!

Page 13: Revista digital nerdofobia ed #12

ta” Lobato, era essa a caracterização. Nessa época, nos desenhos, Popeye era realmente caolho, depois concertaram isso, pra ser o que ele é, um cara feio que ta sempre com a cara torta.

A partir das animações da década de 40, o uniforme do Popeye mudou de cor, deixando o estilo vermelho e pre-to(graças a esse uniforme, o marinheiro virou mascote do Flamengo por muito tempo), nessa época várias mudanças foram feitas nas roupas dos persona-gens e tivemos um episódio em que Po-peye veio para o Brasil, tendo tentado sambar e o caramba. Mas só conseguiu com a ajuda do espinafre.

E falando em espinafre, mais uma vez, as mas linguás falam que, a ideia do espinafre era uma analogia para a maconha, mas isso é, na minha opinião de merda(e geralmente) correta, uma imbecilidade criada por maconheiros em suas viagens. Oficialmente, temos duas explicações: A primeira, o autor sempre ouvia a dica de um marinheiro bêbado e cheio de historinhas(que foi a inspiração para o Popeye), que comer espinafre o deixaria forte o suficiente pra derrubar um elefante. A Segunda é que, o au-tor tinha um contrato com uma fabrica de espinafres enlatados, ai vocês tirem suas conclusões. O fato é que, o consu-mo de espinafre aumentaram em 30%, tanto que ganhou uma estátua no Texas de 1,80 m.

Nos anos 60, produziram a série

Page 14: Revista digital nerdofobia ed #12

O espinafre que nunca deixa o marinheiro Popeye na mão

pra TV, e que, de importante mesmo é são só os novos vilões para as histórias, e mostra que a Olivia é a biscate laza-renta que citei mais cedo. Mas na déca-da seguinte, a partir de 1978, tivemos várias séries do marinheiro produzido pela Hanna Barbera, a melhor é O Novo Show do Popeye(All New Popeye Show), que a maioria viu várias vezes, com epi-sódios misturados com as outras tem-poradas dessa época. Em 2004, tivemos o filme em 3D especial de natal aonde Popeye procura pelo pai e combate a bruxa do mal, que é bem divertido e vale a pena dar uma conferida.

Em 1980, tivemos o filme do Po-peye estrelado por Robin Williams, ba-seado nas primeiras HQ’s do persona-gem, o que rendeu, algumas criticas ruins, mas não atrapalhou o filme, que faturou o dobro do que custou e teve um clima bem musical e fiel ao conceito original, se tiver a oportunidade de as-sistir, veja que é legal, mas não espere ver o Popeye do desenho “clássico” por que não vai rolar.

Bem galera, eu espero que tenham curtido o perfil, se ficou faltando alguma coisa, comentem ai e ajudem a melho-rar o post.

Para mais perfis:http://interruptornerd.blogspot.com.br/2014/03/perfil-popeye.html

Page 15: Revista digital nerdofobia ed #12

Antes, baixar e instalar programas era coisa de nerds. Gente que sabia onde encontrar, como instalar e para que serviam cada um dos softwares. Desde 2008, as coisas funcionam de um jeito bem diferente. A maioria das pessoas se sente confortável em instalar um bo-tãozinho novo no seu smartphone, que executa alguma da tarefa ou ajuda a conectar com os amigos.

Essa revolução causada pelos aplicati-vos é o tema principal do documentário “App: The Human Story”, que se esme-ra em detalhar o impacto da chegada da App Store, e posteriormente, de ou-tras lojas de aplicativos, que alteraram o jeito que as pessoas percebem os programas que instalam em seus dispo-sitivos.

O trailer foca bastante no ambiente do iOS, sistema operacional da Apple, pois os criadores do projeto são desenvol-vedores de aplicativos para aparelhos da marca, e tem mais contatos nesse

ramo, mas eles esperam conseguir, com a divulgação do financiamento coletivo no Kickstarter, acesso a profissionais como Sundar Pichai e Matias Duarte, que fazem parte da equipe do Android, no Google.

O projeto já alcançou cerca de 40% do valor necessário para ser produzido, e se chegar a completar a verba requeri-da no site, deve estrear em dezembro de 2015. O bacana é que os apoiadores que investirem mais de 300 dólares po-derão ter acesso à todas as entrevistas feitas para o documentário, na íntegra, apenas com uma leve edição para tirar as hesitações dos entrevistados. Uma boa oportunidade pra quem quiser ouvir o que grandes especialistas da área têm a dizer.

Para o vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=GBRqrNAuFCQ

Filme “App” documenta a mudança gerada por

apps no nosso cotidiano

TecnoFobia

Page 16: Revista digital nerdofobia ed #12

Quadrinhofobia

Battle RoyalleBattle RoyalleOu Aquele livro das crianças se matando

por: Anderson Veiga

Ou Aquele Livro das Crianças se Matando

Page 17: Revista digital nerdofobia ed #12

Mais ou menos três meses atrás eu recebi aqui em casa um kit mais do que bacana da Globo Livros para o lança-mento de Battle Royale, uma das mais importantes obras da literatura japone-sa.

Aí nesse momento você deve estar se perguntando: “Mas o que diabos é Battle Royale?” e eu te trago a sinopse do livro:

“Em um país totalitário, o gover-no cria um programa anual em que uma turma do ensino fundamental é escolhida para participar de um

jogo.Os estudantes são levados para uma área isolada, onde recebem um kit de sobrevivência com uma arma para se proteger e matar os concor-rentes. Uma coleira rastreadora é presa no pescoço de cada um deles. O jogo só termina quando apenas um estudante restar vivo.Ao final do Programa, o vencedor é anunciado nos telejornais para todo o país.As regras do jogo foram criadas de maneira que não haja uma forma de escapar. E a justificativa da matança é mostrar para a população como o

Crianças!

ser humano pode ser cruel e como não podermos confiar em ninguém – nem mesmo no nosso melhor amigo de escola”.

Se você é uma pessoa normal com certeza deve ter se interessado de cara só pelo que acabou de ler. Aliás, não necessariamente uma pessoa normal, já que se a gente pensar bem se interessar por uma obra onde crianças são presas em uma área remota por um governo totalitário para matar uns aos outros não é lá um atestado de sanidade.

E de certa forma esse “atestado de

Page 18: Revista digital nerdofobia ed #12

anormalidade” com relação à trama foi vista já na sua gênese, quando o seu autor Koushun Takami chegou ao final do Japan Grand Prix Horror Novel em 1997, mas teve o seu manuscrito pre-terido porque o júri não achou a ideia lá muito normal.

Depois disso, o livro só veio a ser publicado em 1999 vendendo mais de um milhão de cópias só no Japão e cau-sando um verdadeiro rebuliço de po-lêmica e buzz na mídia, o que acabou levando a obra a ser adaptada para mangás, que saiu aqui no Brasil pela Conrad em quinze volumes entre no-vembro de 2006 e novembro de 2011, e para os cinemas com direção do re-nomado Takeshi Kitano, que saiu aqui no Brasil em DVD pela Visual Filmes em 2007 com o título de Batalha Real e foi elogiado por ninguém menos que Quen-tin Tarantino como o melhor filme que ele havia assistido desde o início de sua carreira.

Como se isso não fosse suficiente, ainda existe a polêmica que envolve a acusação que Jogos Vorazes seria um plágio de Battle Royale, algo que Suzan-ne Collins ser impossível já que não co-nhecia a obra japonesa antes de escre-ver seu livro e que Koushun Takami já afirmou que não tinha intenção de abrir processo de forma alguma por acredi-tar que cada obra tem algo diferente a acrescentar sobre o tema.

Mas vamos falar do livro em si?

O personagem principal do livro é Shuya Nanahara, um garoto que perdeu os pais em um acidente de carro aos cinco anos e acabou crescendo na Casa de Caridade, um orfanato católico, e que juntamente com sua turma do colégio é obrigado pelo governo a participar do Programa que, segundo a Enciclopédia Compacta compilada pelo governo, tem a seguinte definição:

“Programa subst.m. 4. Simula-ção de batalha instituída por razões de segurança e conduzida pelas For-ças Especiais de Defesa da nossa nação. Oficialmente conhecido como Experimento Militar do Programa Nº 68. O primeiro Programa foi realiza-do em 1947. Anualmente, cinquenta alunos são selecionados aleatoria-mente (antes de 1949, quarenta e sete alunos eram escolhidos) para a execução do Programa e coleta de dados estatísticos. O experimento em si é simples. Os colegas de tur-ma são forçados a lutar entre si até que resta apenas um sobrevivente, e os dados – inclusive o tempo des-pendido – são analisados. Ao sobre-vivente final de cada classe (o ven-cedor) é assegurada uma pensão vitalícia e um cartão autografado pelo Supremo Líder”.

Como eu falei no Nerdofobiacast #011, o estilo de escrita de Koushun Takami me agrada muito, tanto pelo fato

Page 19: Revista digital nerdofobia ed #12

A Globo Livros mandando bem no mercardo editorial Nerd!

dele utilizar capítulos curtos que acabam dando um ritmo bem legal para a trama, quanto pela forma que ele desenvolve cada um dos (vários) personagens pre-sentes na obra, utilizando flashbacks e trabalhando bem o lado psíquico de cada um deles com relação aos outros e a situação que eles próprios se encon-tram, o que para mim é o maior trunfo do livro.

Ah, eu particularmente não tive dificuldade até pelo costume em con-sumir obras orientais, mas a priori al-gumas pessoas podem ter dificuldades com relação aos nomes, já que todos são japoneses, mas é algo que rapidinho qualquer leitor consegue se acostumar.

Resumindo, Battle Royale é um da-queles livros extremamente sensacio-nais e que vale MUITO a pena qualquer um ir atrás para adquirir, pois o tempo investido vai valer cada centavo pela obra.

Page 21: Revista digital nerdofobia ed #12

fotoFobia

Olha eu na area de novo. Entre hiatos e contratempos mais uma compilação de fo-tos que eu apanhei pela net. Nela algumas fotos marcantes de fatos que transformaram o nosso mundo.

Essas belíssimas imagens mostram como a história pode trazer lembranças do quanto somos pequenos perante nós mesmos!

Para a lista completa veja: http://www.interessantenota10.com/2014/01/as-30-fotos-mais-marcantes-da-historia.html

Como o muda o mundo

Mundo Tininha Magalhães

por

Page 22: Revista digital nerdofobia ed #12

Essa foto, tirada por Richard Drew, mostra exatamente o que foi o desespero de 11 de Setembro. Nela é possível ver um homem que saltou dos prédios devido ao fogo

Essa imagem mostra um soldado russo, que lutou na Segunda Guerra Mundial, e seu reencontro com o tanque no qual passou todos aqueles terríveis anos de sua vida.

Page 23: Revista digital nerdofobia ed #12

Mulher chora no meio da cidade destruída após terremoto e tsunami que devastou a cidade de Natori, em março de 2011 no Japão

Essa foto, feita em julho de 1943, mostra os soldados russos, momentos antes da batalha de Krusk

Page 24: Revista digital nerdofobia ed #12

Estudante enfrenta tanques de guerra em frente à praça da Paz Celestial, em 4 de junho de 1989; essa imagem entrou para a história da luta pela democracia e a liberdade na China

Em Bangladesh, uma fábrica colapsou enterrando vivos todos que lá trabalhavam. Mas o que chamou a atenção no mundo não foi apenas o acidente em si, mas a imagem que revelou um casal em seu derradeiro momento

Page 25: Revista digital nerdofobia ed #12

Acompanhe em Facebook/Nerdofobia

Page 26: Revista digital nerdofobia ed #12

E aí alguuém na vibe dos blo-ckbusters que estavam prometidos para 2014? Não é de hoje que alguns blo-ckbusters são vendidos pelos trai-lers... Alguns são gratas surpresas como Capitão América 2: O Solda-do Invernal, que arrebentou no ci-nemas de todo mundo mostrando um herói vivo e cheio de nuances. Outros parecem ter a alcunha de filmes movidos pelo seu peso. O novo espetacular homem-aranha 2: A Ameaça de Electro parece carre-gar o público pela força do perso-nagem que como adaptação passa longe do brilho dos quadrinhos. Enfim, cinema é o que nos une, celebremos ele.

PIPOCAFOBIA

Porque Somos NerdsPor Alan Rocha

Page 27: Revista digital nerdofobia ed #12

Noé Proibido na Malásia, Emirados Árabes Unidos, Qatar, Bahrein, Kuait e Indonésia, Noé já começou a ser diivulgado a partir da polêmica. Lógico que o catolicismo não iria ficar de fora disso, críticos do Vaticano chega-ram a dizer que é um filme “sem Deus”. Isso poderia ser correto se Noé não realizasse tudo ao que se propõe. Podemos dizer que o filme é um exemplo de fé. Mas saber que Darren, nascido judeu e hoje ateu, também “cutuca” alguns posicionamentos, deixa o filme ainda mais interessante. Nesse sentido, o crítico, o diretor embutiu o longa de tamanha ironia, a ser vista em situações como a de Matusalém, o personagem de Anthony Hopkins, que sur-ge como uma espécie de Enigma. Um homem misterioso, que oferece um auxílio muito dis-creto a Noé, seu neto; numa sequência anto-lógica, embutida de ironia e sagacidade, Noé o procura para relatar o sonho e pedir uma orientação, e o velho oferece a Noé um chá que pelo qual ele perde a consciência e tem uma alucinação, que lhe lembra seu pesadelo. Essa cena dá um ar de que o aclamado diretor Aronofsky chuta um pouco o balde de mostrar que Noé, está em todo o momento buscando a Deus mesmo em momentos fora da consciên-cia, ou melhor deixa a pergunta se o Deus que ele busca é o que todos nós acreditamos.

Podemos pensar também que “NOÉ” tem ainda um objetivo maior. De acordo com o diretor, numa de suas entrevistas para pro-mover ao filme, ele e seu roteirista habitual Ari Handel, compuseram todo um filme em torno da tal dura decisão de Deus em destruir a criação e como ela pesou no coração de Noé.

Noé

Page 28: Revista digital nerdofobia ed #12

Mas aí também o diretor foi além, se reparar-mos bem, veremos que o personagem Noé, na verdade reflete ao próprio Deus; suas angús-tias, suas dúvidas, suas incertezas a respeito do que está prestes a acontecer (construir uma arca para que consigam salvar a criação e sua família, enquanto a humanidade lá fora é ex-terminada) são também faces da decisão de Deus. E esse esclarecimento aparece muito nas contradições que aparecem dentro da arca nas sequências pós dilúvio. Pois se Deus quis ex-terminar a humanidade, como Noé permitirá a gravidez de sua filha adotiva dentro da arca? Ele deve ser justo ou misericordioso? E essas decisões podem gerar a falta de uma conclusão

na própria sequência. Na sua obsessiva angús-tia, que lhe consome a cada dia, decide que se a criança for homem viverá, mas se for mulher morrerá. O desfecho da situação é impressio-nante, sem outras palavras mais, para conse-guir calar a boca dos mais valentões.

A direção de Aronofsky ganha um tom crônico, existe o tempo todo, uma verdadeira luta para que se chegue há um equilíbrio entre a dramaticidade e a própria aventura. Vendo assim uma tragédia, bem no estilo grego, alias, não é nada a toa que um dos tais guardiões de Deus, um amargurado gigante de pedra, tenha o rosto entristecido como a da famosa máscara

da tragédia grega. A história de Noé inclusive aponta para o que a tradição religiosa sempre chamou de “prefiguração”, todo o sacrífico de Noé é visto como o sacrífico de Cristo em ter lavado a humanidade em seu sangue com a morte de Cruz. Também a figura de Maria, a mãe de Jesus, é chamada de “a arca da nova aliança”, que carregou Jesus em seu ventre. A citação diz respeito de outra arca, a que guardou as tábuas da lei, mas também a arca de Noé. O filme então se fecha como um ciclo completo de reflexão dentro da própria genese da bíblia. Seria mesmo impossível não esperar menos de um diretor, dos mais instigantes, surgido nos últimos anos nos EUA.

Page 29: Revista digital nerdofobia ed #12

Quem é o Espetacular Homem-Aranha?

Interessante poderia ser a palavra pra descrever a nova franquia do homem aranha. Ao mesmo tempo que a Sony

reinventa o herói baseado no universo ultimate dos quadrinhos da marvel, ten-ta inventar um mundo cinematográfico para o aracnideo. E é ai que reside o perigo e as maiores falhas do longa. O Homem-Aranha da nova geração está em um labirinto, onde acerta nos prin-cipais aspectos que seu antecessor fra-cassa. O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro consegue de-senvolver o personagem muito bem, ao mesmo tempo que segue a linha marvel, mesmo sendo um filme da sony, e tendo um roteiro raso, com vilões poucos mar-cantes.

A narrativa acontece logo após os eventos de O Espetacular Homem-Ara-nha. O personagem está estabelecida como um herói já tarimbado, experiente

e adorado pela maioria dos nova-iorqui-nos. Sua contra-parte Peter Parker já está ganhando uns trocados vendendo fotos para o Clarim Diário (que aparece só através de men-ções, assim como J. Jonah Jameson) e segue namo-rando Gwen, mesmo com as visões e pertubações pelas últimas palavras do capitão Stacy. Outra herança do primeiro capítulo é o misterioso passado dos pais expli-cado de maneira rápida no começo do longa. Dão as caras Norman e Harry Osborn, com uma dinâmica bem di-ferente da esperada — e muito interessante. Além disso, O

Page 30: Revista digital nerdofobia ed #12

filme consegue combinar várias linhas narrativas e amarrá-las de forma razoa-velmente satisfatória. O ritmo é acelera-do e aliado as cores gritantes do filme, dão o tom dessa nova franquia, voltada diretamente para o público teen. Tecni-camente a obra é muito bem trabalhada é acima da média, não só os efeitos vi-suais como também os sonoros chamam a atenção positivamente. As cenas de ação são bem empolgantes, ainda que seja incômodo o exagero em enfatiza-rem o espetáculo e a louvação ao herói. Se você reparar em várias aparições do aranha existem grades isolando o públi-co, como se o aranha fosse um astro.

Andrew Garfield é um bom Homem-Aranha e um passável Peter Parker. O herói está mais espirituoso e brincalhão, o verdadeiro Amigão da Vizinhança dos quadrinhos, lembrando bem que a pe-gada na qual o personagem é baseado é bem mais leve e teen, e o herói mes-mo sem a máscara não é um nerd cdf sofredor de buliyng. Garfield parece ser indeciso entre ser o jovem descolado do primeiro filme e o Peter um tanto atra-palhado, que os outros não levam mui-to a sério. Isso é importante, pois faz parte da identidade secreta. Sorte dele que em vários momentos a ótima Emma Stone está em cena para salvá-lo. Há um carisma monstruoso entre os dois, e o romance vai-e-volta é bastante con-vincente, típico de jovens/pós-adoles-centes, como são os personagens. Nota alta para a escalação da Emma, além de ser a queridinha da américa ultimamen-te, ela acaba pontuando de maneira bem plausivel a Gwen dos quadrinhos.

O Aranha eO Parker

Page 31: Revista digital nerdofobia ed #12

Quanto aos vilões, a apreensão maior era, sem dúvida, referente à pre-sença de três vilões na mesma história, fato logo derrubado quando notamos que dos vilões só compoem elenco fa-zendo praticamente pontas no filme. O antagonismo maior fica realmente por conta de Electro e seu sofrimento em não ter amigos. Diga-se que a atuação de Jammie Foxx está ótima e apesar de seu Max Dillon ser motivado por inveja, birra e desejo de ser notado não atrapa-lha a trama, mas também não soma. a não ser nos momentos de ação e show visual. Enfim, temos um bom filme que constroi um camnho no cinema para o heroi mais adorado dos quadrinhos.

Page 32: Revista digital nerdofobia ed #12
Page 33: Revista digital nerdofobia ed #12

Porque o Capitão

É O CapitãoPor Anderson Veiga

Page 34: Revista digital nerdofobia ed #12

Sim, eu já começo o texto desse jeito. Simples assim.

Isso porque Capitão América 2 – O Soldado Invernal tem tudo que um filme de super-herói precisa ter: ação, comé-dia, drama e explosões tudo na medida certa. Mas a segunda aventura solo do Bandeiroso nos cinemas vai muito além disso.

O roteiro com um toque de espio-nagem no melhor estilo dos já consagra-dos na franquia Bourne e termina com uma mudança completa do status quo

do universo cinematográfico da Marvel.

Por sinal, ponto mais que positivo para o Marvel Studios por ter tido co-ragem de realizar uma mudança desse naipe em um filme solo de personagem e não ter esperado pra que isso acon-teça somente no filme d’Os Vingado-res, decisão essa que acaba valorizando ainda mais os filmes solos, mostrando que cada filme traz consequências reais na continuidade e não só na “cereja do bolo”.

Mas vamos falar do filme em si? Vamos.

É sensacional ver como agora a Marvel simplesmente não precisa mais fazer a explicação for dummies dos seus personagens e do mundo em que eles estão inseridos. As coisas simplesmente acontecem e o público já aceita por es-tar inserido na ideia. Quem dera um dia ver isso com os filmes da DC…

E isso ajuda muito na fluidez da película. Além do fato dos eventos acon-tecerem e o filme seguir sem precisar ficar parando para explicar coisas des-necessárias, colabora para a introdução dos novos personagens como o Falcão (que ficou simplesmente SENSACIONAL,

Page 35: Revista digital nerdofobia ed #12

tanto na personalidade do persona-gem, como no traje totalmente fluido), a Agente 13 (que coisa linda ver Sharon Carter no universo cinematográfico), Brock Rumlow (e a gênese do Ossos Cruzados nesse universo), Batroc (Geor-ges St-Pierre em um cacete sensacional contra o Capitão) e Alexander Pierce (Robert Redford dispensa comentários).

Por sinal, foi muito bom ver como os personagens que já conhecíamos, como Nick Fury (Samuel L. Jackson dispensa comentários), a Viúva Negra (a relação dela com o Capitão é sensa-cional e ainda tivemos várias nuances do que ela era antes de entrar para a S.H.I.E.L.D.) e Maria Hill (com uma Co-bie Smulders que eu não consigo não ver como Robin Scherbatsky) tiveram suas personalidades trabalhadas.

Hora de falar então dos dois prin-cipais personagens. Primeiramente é preciso ressaltar como Chris Evans está bem mais a vontade no papel d’O Sen-tinela da Liberdade e como finalmente resolveram aproveitar e dar uso para o escudo do Capitão América.

Segundamente, o Soldado Invernal. Gente, O SOLDADO INVERNAL! Que per-sonagem incrível e que adaptação mara-vilhosamente bem feita.

A forma como introduziram o per-sonagem nesse universo corrobora per-feitamente com o fato da Marvel não

precisar mais explicar as coisas tratando o público como idiota e foi tão bem fei-to que na sessão que eu assisti teve até uma cidadã que soltou uma exclamação de surpresa quando a identidade do per-sonagem foi revelada.

Isso unido ao fato dele sempre rou-bar a cena quando aparece, fez com que o personagem fosse imediatamente ca-tapultado ao mesmo nível do Loki no que diz respeito à empatia com o público.

Mas obviamente nem tudo é perfeito no filme e tem dois pontos que pra mim ficaram um pouco estranhos. O primeiro deles é a ausência do Gavião Arqueiro. Considerando que ele é um agente da S.H.I.E.L.D. e a relação com a Viúva Ne-

Page 36: Revista digital nerdofobia ed #12

gra mostrada anteriormente em Os Vin-gadores, é um tanto quando bizarro ele não dar o ar da graça com todo o rebu-liço e nem mesmo que Natasha tenho sequer mandado uma mensagenzinha no WhatsApp perguntando do gajo.

O outro ponto foi o caderninho de Steve Rogers. É certo que a Marvel não teve lá muita culpa já que as opções localizadas foram indicadas pelo público a partir de uma enquete no UOL e que isso foi feito exclusivamente para ser um momento comédia já frequente nos filmes da Casa das Ideias, mas é muito bizarro um soldado americano passar décadas congelado e quando acordar ir atrás de saber mais sobre Xuxa, Chaves ou Mamonas Assassinas. O que serve de consolo é que em outros países a lista tem itens tão bizarros quanto os vistos na brasileira.

No final das contas e resumindo as coisas, vale MUITO a pena assistir Ca-pitão América 2 – O Soldado Invernal. Ainda não bate o primeiro Superman de Richard Donner e a trilogia do Batman de Christopher Nolan, mas com certeza figura por ali entre os melhores. E tam-bém, pudera, um filme que termina sob aplausos do publico (sim, na minha ses-são também teve isso), não podia estar num lugar diferente.

Page 37: Revista digital nerdofobia ed #12

Seasonfobia

Texto: Jefferson Lobo

True Detective

Page 38: Revista digital nerdofobia ed #12

Logo no início do primeiro episódio de “True Detective” dois policiais , interpretado por Matthew McConau-

ghey e Woody Harrelson, chegam na cena de um crime e confrontam uma visão perturbadora.

Lá, sob uma árvore, uma mulher morta nua de joelhos , chifres empolei-rados em sua cabeça como em uma co-roa, amarrada para parecer que ela está

orando. Esse é o tom qe vai permear toda a temporada. Mistério, investigação e filosofia.

As indicações podem ser único, mas as armadilhas e humor de “True Detec-tive “, série da HBO , parece familiar. Os incompatíveis - e danificados - parcei-ros. O assassino , talvez um assassino em série , à solta . A atmosfera. Para Nic Pizzolatto , o criador de

“True Detective “, “ não é mais compli-cado do que isso : que você vai usar a investigação de um crime como o tipo de queijo derretido em que você mitiga uma investigação do caráter humano “ .

A escuridão nesses shows não pode ser literal, o brilho da Louisiana de “True Detective” transmite uma sensa-ção de lugarzinho do final do mundo. O desenrolar gráfico da série não parece

Page 39: Revista digital nerdofobia ed #12

atrair tanto o público de blockbusters, mas devido a força das interpretações de Woody Harrelson e principalmente a de Mathew McCounaghey (que está um monstro atuando) garantiram não so-mente uma audiência espetacular como também notas altissimas do público e da critica especializada.

Digo e repito que esta série é “fora de série”. Sem comparação a qualquer

série de investigação. O Enredo é ex-tremamente bem elaborado, dedicado a cada ator, os quais interpretam sem pudor e dor. As passagens em que Rust Cohle (Mcconaughey) e Martin Hart (Harrelson) estão conversando no carro e debatendo existencialismo, filosofia e a própria razão de tudo que estão fazen-do, é de estourar a cabeça de qualquer um. Os diretores simplesmente fazem com que os personagens falem olhando

para a camera, ou seja, falando direta-mente com o espectador em alguns mo-mentos.

A narrativa que te prende a cada instante juntamente com cada perso-nagem. Seus estilos de vida diferentes, comparando a moral da existência jun-tamente com a da sociedade é de man-ter qualquer um afixionado pela série, afixionado mesmo.

“Somos coisas que operam sob a ilusão de ter um eu-próprio, essa acreção de experiência sensorial, e fomos progra-mados para pensar que somos alguém quando, na verdade, todos são ninguém. A coisa mais honrável para nossa espé-cie é negar nossa programação. Parar de se reproduzir. Caminhar, de mãos dadas, até a extinção, uma última meia-noi-te, irmãos e irmãs deixando tudo para trás.”

Page 40: Revista digital nerdofobia ed #12

A série tem grande direção de foto-grafia e filmagens inesquecíveis de algumas sequências. Há uma cena

memorável no quarto episódio, a qual foi feita sem cortes, em uma filmagem de seis minutos ininterruptos,é nessa vibe que você vai assistindo o episódio e vendo o desenrolar sem entender por-que está achando aquilo tão foda, só depois você.

O quinto episódio traz também uma sequência que se destaca, na qual, um evento passado é narrado como se ti-vesse acontecido de uma maneira, mas as cenas de flashback que se desenro-lam durante essas falas revelam que a realidade foi completamente diferente.

Além disso, toda a fotografia em imensos cenários abertos do interior de Louisiana merece destaque. Vale men-cionar também os efeitos especiais que dão vida às alucinações de um persona-gem como o Rust qe deixa qualquer um maluco.

Enfim se você não assistiu corra e passe mais ou menos oito horas da sua vida diante da tv tendo uma experiência sem igual. Cada nuance da série é de parar e refletir, os easter eggs e referên-cias dos roteiristas te deixam monstruo-samente ligados no mundinho.

Uma série sem precedentes, que venha a segunda temporada e que se mantenha tão boa quanto foi esta.

“É claro que sou perigoso. Eu sou policial. Posso fa-zer coisas terríveis com os outros sem ser punido.”

Page 41: Revista digital nerdofobia ed #12

“Acho que a cons-ciência humana foi um erro trágico na evo-lução. Nos tornamos muito autoconscientes. A natureza criou um aspecto seu separado de si. Não deveríamos existir pela lei natu-ral.”

Page 42: Revista digital nerdofobia ed #12

Toda Semana... voce pode

curtir nossas sandices In

Loco. o podcast mais fobico

da net em um batepapo

Descontraido com os

editores dessa revista

de merda...

acompanhe todas as edicoes em:

www.nerdofobia.com

nerdofobia CasT

Page 43: Revista digital nerdofobia ed #12

“os lannisTers não são os únicos que paGam suas divídas”

oberyn marTell principe de dorne

Page 44: Revista digital nerdofobia ed #12

Como descrever a quarta temporada da serie mais assistida de toda história da HBO? A resposta é simples: Fantástica! Game of Thrones é um sucesso não só de público mais de crítica sejam elas positivas ou negativas. E porque a série baseada na obra de George R. R. Martin é tão assistida e virou esse fenômeno mundial. Podiamos começar a falar que o grande responsável é o capricho com que o canal trata a série desde seus piloto até agora. Em cada temporada o

nível de cuidado com os detalhes sur-preende e traz fatores determinantes para que o espectador e o próprio pú-blico leitor das crônicas de gelo e fogo também se rendam a sua versão televi-siva. Nessa temporada tivemos esse ca-pricho elevado ao extremo com a adap-tação de trechos que para quem leu os livros eram extremamente aguardados, entre eles a aparição da víbora verme-lha de dorne, o príncipe Oberyn Martell

(habilmente interpretado pelo ator Pe-dro Pascal), o julgamento de Tyrion, a morte de Joffrey e toda a desolação da muralha com as aventuras e desventu-ras de Jon Snow na patrulha da noite. Essa quarta temporada em espe-cial teve muito burburinhos pois como um recurso de roteiro os desenvolve-dores de game of thrones resolveram dar uma acelerada na história mudando alguns arcos ou núcleos como os fãs gostam de chamar. Em especial vimos

Page 45: Revista digital nerdofobia ed #12

o enredo de Arya Stark e sua jornada com o cão de caça ter varias reviravol-tas e um desfecho bem diferente do que foi apresentado nos livros mas que no final agradou bastante. Outro ponto relevante de mudanças no roteiro para dar uma agilidade maior a série abran-geu a muralha e todo o núcleo que faz parte do conflito com os white walkers tendo inclusive gerado uma cena polê-mica onde o último filho de Craster foi levado pelas criaturas e transformado em um deles, algo que não foi mostra-do no livro mas ficou subentendido. Ainda nessa crescente que a sé-rie tomou sendo sempre trendtopics do twitter, o assunto mais comentado de fóruns e redes sociais, o que mar-cou muito essa quarta fase da atração televisiva foi o que ficou conhecido na net como “mimimi” de fãs. A cada epi-sódio tivemos mudanças como algumas citadas anteriormente nesse texto que acabaram por despertar a revolta nos fãs mais xiítas que fizeram burburinhos extremos em cima dos atos do seriado que os desagradaram. Essas amostragens de força da série seja pela interação dos fãs, da mídia especializada e dos próprios per-sonagens vem culminar com os núme-ros de Game of Thrones que bateu The Sopranos e veio marcar história.

Afinal de contas o que podemos esperar do seriado uma vez que depois de tanto sucesso, a tendência seria

uma queda normal na qualidade até mesmo pela saturação do elenco. Haja vista que tivemos um amadurecimen-to de alguns personagens e a perca de outros (leia-se morte), os produtores conseguiram manter a coesão de to-dos eles e o resultado final foi o melhor possível para essa temporada, mas cria-se uma expectativa ainda maior para o futuro da pelicula do canal.

Dentre essas e outras preocupa-ções os produtores ainda tem de man-ter o foco voltado para não distanciar a obra televisiva demais do eixo principal dos livros até porque o próprio George R. R. Martin está envolvido na produ-ção e escreve um ou dois episódios por temporada. Mas com a demora do au-tor em escrever os outros livros a série pode estar alcançando a sua fonte, o que preocupa os fãs. O ponto é que po-demos ter o fim da série antes do fim dos livros, podendo gerar dois finais diferentes para a mesma história.

“o que eu não da-ria para Ter vis-To o joffrey mor-

rer” arya sTark

Page 46: Revista digital nerdofobia ed #12

Deixando de lado as expectativas para o futuro devemos pontuar alguns mo-mentos fortes dessa quarta temporada. Entre elas temos sem dúvida a morte de Joffrey que foi a catarse para todos os que gostam dos Starks (Ned Fee-lings), sendo que a construção do epi-sódio em si ficou muito boa com toda a segunda parte do episódio desprendida para o desenrolar do casamento purpu-ra e a morte do rei mais odiado de toda Westeros.

Falando em tempo, esse molde de dar um tempo ininterrupto a determi-nado segmento dentro do episódio foi seguido em vários episódios ao longo dessa temporada. No episódio nove tivemos toda o espaço dedicado a um único núcleo, os patrulheiros na mura-lha, em uma das melhores sequências até aqui de guerra da série ficando na minha humilde opinião empatado com a batalha de black water bay na segun-da temporada.

No quesito mortes tivemos a des-pedida de ygritte o que gerou muita tristeza visto que houve uma identifica-ção do público com a personagem pois seu enlace com o queridinho das me-ninas Jon Snow gerou fanzetes. Para melhorar no quesito mortes ainda tive-mos a morte de Lisa Arryn pelas mãos de Mindinho numa das melhores cenas dessa temporada, onde ela voa pelo portão da lua.

Em tempo podemos fechar com

Page 47: Revista digital nerdofobia ed #12

uma das cenas mais esperadas dessa temporada com a explosão literalmente da cabeça de Oberyn Martell pela Mon-tanha e a virada no status quo do per-sonagem cabeçudo mais amado de to-dos os sete reinos, sim tyrion como não poderia deixar de ser dar o ar de sua graça com uma das melhores interpre-tações de Peter Dinklage (forte concor-rente ao Emmy) e além de um discurso espetacular no seu julgamento ainda nos presenteou com uma fuga espeta-cular, com a ajuda de um redimido Jai-me, que não suporta ver o irmão sofrer, dica de passagem que a relação frater-nal entre os dois leões ficou muito bem construída em todas as temporadas cul-minando com essa mostra final de amor

entre irmãos. Como não poderia deixar de ser o anão lannister teve sua vingan-ça e matou a sua ex puta Shae e numa das cenas mais icônicas de toda as crô-nicas de gelo e fogo acaba por matar Tywin Lannister na privada.

A guerra dos tronos é pedida certa para quem pretende ter um bom en-tretenimento, com reviravoltas deveras e muita intriga. Para quem já é fâ da história de George R. R. Martin, mesmo com todas as adaptações, ainda assim pode se dizer que a série cumpre seu papel de fidelidade a obra dando novo aspecto a uma história que já é brilhan-te por si só.

Page 48: Revista digital nerdofobia ed #12

NosPassos de um Papo

Page 49: Revista digital nerdofobia ed #12

Ricamente ilustrado, com um cader-no recheado de fotos, a publicação tem prefácio de Marcelo Rubens

Paiva, amigo de sempre, que endossa a hipótese de que tantas coisas boas, e outras tantas ruins, que permearam a vida do ex-jogador dariam um bom ro-teiro para um livro. “Casão faz questão de contar o inferno que viveu quando era viciado em drogas e sua interna-ção, pois para ele é fundamental passar adiante a experiência, dividir as dores da dependência e alertar para os perigos de um vício frenético, sem preconceitos, desvios ou mentiras. A verdade ajuda a sanidade”

Com esse inicio o que me resta di-zer é: Sincero... Essa é a primeira pa-lavra que chega a minha mente quando penso no livro Casagrande e Seus De-mônios: sincero, comovente, inspirador, doloroso, eloquente e engraçado. Ler sobre um cara autêntico, interessante, roqueiro, corintiano, sofrido, não tem como não se identificar com a figura do Casão. E gostei, não senti nada masca-rado na leitura.

Escrito em terceira pessoa, com passa-gens de frases do próprio Casagrande e de outras pessoas, a leitura é rápida, ágil e fácil, muito gostosa, me senti pre-disposto a lê-lo por uma resenha na net e não me arrependi nem um segundo, me joguei no resto do livro até termi-ná-lo, no mesmo dia, em poucas horas. Interessante observar que um capítulo emenda no outro, o assunto de um en-

tra no início do outro capítulo, achei que isso deixa que a leitura flua de modo inteligente, nos chamando a atenção.

Nada é ocultado das páginas para os leitores; eu me emocionei com os relatos das drogas, com as homenagens que o Casa recebeu, com sua história nos gramados e com sua família, princi-palmente com seus filhos e os amigos, do futebol ou não. Mas sem sombra de dúvida a passagem que choca e traz luz a quão sóbrio é o craque é o capitulo que fala das drogas. Na luta contra o seu vício o embate ganha contornos de uma narrativa épica. No entanto, sem

qualquer egocentrismo e sem subesti-mar a sua capacidade de autodestrui-ção, Walter assume sua ponderabilida-de diante do vício, e afirma que não se lembra de como era antes de provar a droga. Ela não o apequena, ao contrá-rio, é homem o suficiente e tem tal co-ragem e ombridade para assumir que sempre perderá para o entorpecente. Sua luta diária é a de empatar com ele, não de ganhar. O ex-jogador não é um ex-adicto: viciado é a sua condição; a luta é para não lançar mão de seu vício. Ou seja é como comparar o seu vício com o alcoolismo, nunca se deve tomar a primeira dose e essa luta se torna um

Page 50: Revista digital nerdofobia ed #12

embate diário, um jogo sem apito final, onde Casagrande é mais zagueiro que atacante. Ribeiro usa um paralelo com Salomão, que teve um embate com 71 demônios e que destes o único que so-breviveu era exatamente o mais forte, o qual retornaria. Casagrande também estudaria o caso e veria materializado o diabo em seu apartamento. Trecho que choca pela riqueza de detalhes e o desa-brochar da reflexão que a droga estava tirando tudo dele.

Felizmente podemos ver um ho-mem que teve seus erros, suas frus-trações, suas alegrias e tristezas e sem dúvidas nenhumas exorciza seus demô-nios nesse desabafo corajoso e cheio de força de vontade.

Sem mais delongas, um livro since-ro, de coração e de alma.

Page 51: Revista digital nerdofobia ed #12

EDITORESJefferson LoboAnderson Veiga

COLABORADORESTininha MagalhãesJonathan GomesCleriston CostaCésar Lemos

DIAGRAMAÇÃOJefferson Lobo

Os textos utilizados na revista foram enviados por colaboradores. As imagens foram usadas apenas com fim de mera ilustração.

O conteúdo da revista é feito de nerd para nerd. Todo projeto gráfico e de diagramação saiu da mente confusa dos editores.

Toda e qualquer ofensa, insulto, ataque ou obstrução da ordem é de total (ir)responsabilidade da equipe Nerdofobia.

Todos Direitos Reservados

REVISÃOAlan Rocha

IMAGENSDC Comics / VertigoMick HolinworthOpen imagesGame open imagesWarner/ MgM / Universal Marvel

PARCERIASRock & AnimeDeposito do CalvinColetivo Cult

nerdofobia

expediente