Revista Integração Ed. 96

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REDE LA SALLE DE EDUCAÇÃO ANO XXXV - NOVEMBRO DE 2006 - Nº 96 www.lasalle.edu.br FAMÍLIA E ESCOLA UNIDAS PARA EDUCAR FAMÍLIA E ESCOLA UNIDAS PARA EDUCAR Rede La Salle na Feira do Livro Portal Rede La Salle A Entidade Familiar e a Escola www.revistaintegracao.com.br 2003-2004-2005 Matéria de capa: REDE LA SALLE DE EDUCAÇÃO ANO XXXV - NOVEMBRO DE 2006 - Nº 96 www.lasalle.edu.br Rede La Salle na Feira do Livro Portal Rede La Salle A Entidade Familiar e a Escola Entrevista com Cesar Santos Moreira, , e “Escola e Família: parcerias? E então...” Maristela Susin Mary Anabel De Duera Rodriguez Matéria de capa: Entrevista com Cesar Santos Moreira, , e “Escola e Família: parcerias? E então...” Maristela Susin Mary Anabel De Duera Rodriguez

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Revista Integração

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Page 1: Revista Integração Ed. 96

De 08 a 15 dejaneiro de 2007

A missãoda educaçãosuperiorlassalista

IALU

AIUL

International Association of Lasallian Universities

Asociación Internacional de Universidades Lasallistas

Association Internationale des Universitès Lasalliennes

VIII Encontro Internacionaldas Universidades Lassalistas

Canoas/RS - Brasil

REDE LA SALLE DE EDUCAÇÃO

ANO XXXV - NOVEMBRO DE 2006 - Nº 96

www.lasalle.edu.br

FAMÍLIA E ESCOLA

UNIDAS PARA EDUCAR

FAMÍLIA E ESCOLA

UNIDAS PARA EDUCAR

Rede La Salle na Feira do Livro

Portal Rede La Salle

A Entidade Familiar

e a Escola

www.revistaintegracao.com.br

2003-2004-2005

Matéria de capa:

REDE LA SALLE DE EDUCAÇÃO

ANO XXXV - NOVEMBRO DE 2006 - Nº 96

www.lasalle.edu.br

Rede La Salle na Feira do Livro

Portal Rede La Salle

A Entidade Familiar

e a Escola

Entrevista com

Cesar Santos Moreira,

,

e

“Escola e Família:

parcerias? E então...”

Maristela Susin

Mary Anabel De

Duera Rodriguez

Matéria de capa:

Entrevista com

Cesar Santos Moreira,

,

e

“Escola e Família:

parcerias? E então...”

Maristela Susin

Mary Anabel De

Duera Rodriguez

Page 2: Revista Integração Ed. 96

EXPEDIENTE

ANO XXXV – Nº 96

NOVEMBRO 2006

A é o órgão

oficial de comunicação das

Comunidades Educativas da Província

Lassalista de Porto Alegre

(Reg.Esp.Matr.N.º170), com tiragem de

15000 exemplares e circulação

quadrimestral.

Ir. Marcos Antonio Corbellini

Ir. Jardelino Menegat

Ir. Paulo Fossatti

Ir. Edgar Genuino Nicodem

Ir. João Angelo Lando

Setor de Comunicação e Marketing

da Província Lassalista de Porto Alegre

Rua Honório Silveira Dias, 636

Porto Alegre-RS - Brasil - 90550-150

Fone: +55 (51) 3358-3600

Fax: +55 (51) 3343-2322

[email protected]

Ana Paula Diniz

Algo Mais - Artes Gráficas

Os artigos são de responsabilidade dos

seus respectivos autores.

Revista Integração

Provincial

Diretor Administrativo

Diretor de Educação e Pastoral

Diretor de Formação

Secretário Provincial

Comissão Editorial

Redação e Expediente

Editoração

Produção Gráfica e Distribuição

Ir. Ivan José Migliorini

Ir. Olavo José Dalvit

Ir. João Angelo Lando

Ana Paula Diniz

Hugo Bruno Mombach

4065 DRT-RS

Raffaella Poglia Freitas Souza, aluna da

Educação Infantil do Colégio La Salle

Santo Antônio, fotografada por Elias

Eberhardt.

Jornalista Responsável

Capa

A Revista Integração, neste seu 3º número de 2006, tem seu foco na missão

educadora da família e da escola. Em suas páginas, artigos, experiências e

direcionamentos práticos com o objetivo de colaborar com a família e a escola

para que possam melhor realizar sua missão. O dever de transmitir a vida e educá-

la é tarefa própria dos pais. A família é a primeira escola de formação do caráter e

das virtudes sociais e morais. Aos pais cristãos também lhes cabe a educação da fé

de seus filhos. E, hoje, por causa das aceleradas mudanças pelas quais passa a

nossa sociedade, a família vê-se envolvida num contexto multifacetado, com

linguagens e propostas nem sempre éticas e congruentes à sadia orientação dos

pais. Contudo, tanto para a família quanto para a escola, o presente e o futuro são

desafios que exigem ações oportunas, comportamentos ressignificados e uma

melhor adequação aos novos tempos. E a Escola Lassalista pode dar a sua

contribuição, valendo-se de sua larga experiência na educação humana e cristã da

juventude. Desde as suas origens a Escola Lassalista desenvolve qualificada

parceria com a preocupação dos pais, colaborando com seu jeito pedagógico de

REFLEXÃO

Tenha fé e viva a Palavra de

Deus,

como a si mesmo.

confie em si mesmo,

em sua família e ajude a criar

um ambiente de amor e paz ao seu redor.

Reserve momentos para brincar e se

divertir com sua família, pois

e a diversão aproxima as pessoas.

Eduque seu filho

e tome cuidado:

quem bate para ensinar está ensinando a bater.

da vida da

comunidade, evitando as más companhias

e diversões que incentivam a violência.

Procure resolver os problemas com calma e

aprenda com as situações difíceis,

com sinceridade,

dizendo o que você pensa e ouvindo

o que os outros têm a dizer.

Respeite as pessoas que pensam diferente de

você, pois

para cada um e para o grupo.

pois a melhor palavra

é o nosso jeito de ser.

Peça desculpas quando ofender

alguém e perdoe de coração

quando se sentir ofendido, pois

que podemos demonstrar.

amando o próximo

Ame-se,

a criança aprende

brincando

através da conversa,

do carinho e do apoio

Participe com sua família

buscando em tudo o seu lado positivo.

Partilhe seus sentimentos

as diferenças são uma verdadeira

riqueza

Dê bons exemplos,

o perdão é o maior gesto de

amor

Tenha fé e viva a Palavra de

Deus,

como a si mesmo.

confie em si mesmo,

em sua família e ajude a criar

um ambiente de amor e paz ao seu redor.

Reserve momentos para brincar e se

divertir com sua família, pois

e a diversão aproxima as pessoas.

Eduque seu filho

e tome cuidado:

quem bate para ensinar está ensinando a bater.

da vida da

comunidade, evitando as más companhias

e diversões que incentivam a violência.

Procure resolver os problemas com calma e

aprenda com as situações difíceis,

com sinceridade,

dizendo o que você pensa e ouvindo

o que os outros têm a dizer.

Respeite as pessoas que pensam diferente de

você, pois

para cada um e para o grupo.

pois a melhor palavra

é o nosso jeito de ser.

Peça desculpas quando ofender

alguém e perdoe de coração

quando se sentir ofendido, pois

que podemos demonstrar.

amando o próximo

Ame-se,

a criança aprende

brincando

através da conversa,

do carinho e do apoio

Participe com sua família

buscando em tudo o seu lado positivo.

Partilhe seus sentimentos

as diferenças são uma verdadeira

riqueza

Dê bons exemplos,

o perdão é o maior gesto de

amor

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10 Mandamentos para a PAZ na Família10 Mandamentos para a PAZ na Família

bem educar. La Salle afirma em

suas Meditações: “Um dos

principais deveres dos pais e das

mães é educar cristãmente seus

filhos... Porém, a maior parte

deles andam ocupados com o

cuidado da família, com ganhar

o sustento necessário para si e

seus filhos, não podendo

aplicar-se a ensinar-lhes

devidamente... Sendo assim, a

Providência de Deus coloca em

lugar dos pais e das mães,

pessoas bastante instruídas e

zelosas que ensinam às crianças

o conhecimento de Deus e de

seus mistérios, com todo o

cuidado e aplicação possíveis

(Med. 193, 2). Diz mais:

“Passando o dia inteiro nessas escolas, os alunos aprendem a ler, a escrever e a

religião. Sempre assim ocupados, estarão em condições de serem empregados no

trabalho, quando seus pais a isso os quiserem aplicar” (Med. 194,1). Outrossim, o

Projeto Pedagógico Lassalista, nos seus conteúdos e processos que perpassam o

conhecimento, as relações mútuas e o comprometimento com o social, respalda a

família e a escola aos seus objetivos. Projeto que garante as dimensões do estudo,

do lazer, da espiritualidade e da formação ampla, dentre outros. Nosso jovem

estudante, atraído por vários modelos e utopias, precisa de um direcionamento

firme que lhe mostre o mapa de percurso de sua vida. E enquanto o aprendido lhe

dá vida, será sempre uma aprendiz de humanidade, para além da simples

exigência curricular. Melhor ainda quando pais e professores se unem para

potenciar a mútua colaboração. Uma boa leitura e, para logo mais, alvissareiros

dias de 2007, ano do Centenário da Presença Lassalista no Brasil.

Ir. Ivan José Migliorini

Famílias Lassalistas em atividades

no Colégio La Salle São João, de Porto Alegre-RS

e no Colégio La Salle, do Núcleo Bandeirante-DF.

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EDITORIAL

Page 3: Revista Integração Ed. 96

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26.

38.

ENTREVISTA

CULTURA

ARTIGOS

EVENTOS

RECORDANDO

REDE LA SALLE

TROCA DE EXPERIÊNCIAS

CAPA

DIÁRIO DE CLASSE

CANAL ABERTO

, eMaristela Susin Cesar Santos Moreira Mary

Anabel De Duera Rodriguez

Centro Educacional La Salle - Manaus-AM

Família e Escola

Juntas para Educar

“Escola e Família: Parcerias? E Então...”

32. Família e Escola Uma Aliança em Questão

33. A Entidade Familiar e a Escola

35. Quanto Vale Sua Experiência Profissional?

36. Espiritualidade e Cuidado na Educação

Livros e Sites

10. Assembléia da Missão Educativa Lassalista

10. Rede La Salle: 100 anos no Brasil

11. II Simpósio Internacional de Jovens

Lassalistas

12. Rede La Salle na Feira do Livro

12. La Salle Esteio Lança Ensino Médio

“Encarregados da Parte dos Pais”

15. Portal Rede La Salle

17. Mudanças: Famílias participam de

atividades pedagógicas

18. Grammy La Salle Canoas 2006

19. I Chá dos Avós

26. Colégios de Porto Alegre criam Cartão La

Salle de descontos

26. Moacyr Scliar visita o La Salle Niterói

26. Debate e eleições simuladas no Encontro

da Cidadania, realizado na Pastoral La

Salle Manaus

27. La Salle Dores participa da Feira de

Miniempresas

27. Feira de Integração Cultural do La Salle São

João exibe cultura inglesa e espanhola de

diferentes países

27. Mães do La Salle Canoas preparam

atividades para o Dia da Criança

28. La Salle Niterói promove Mostra de

Conhecimento

28. La Salle Santo Antônio é premiado em

Eventos Científicos

29. Alunos exibem curtas do projeto “Arte em

Cena”

29. La Salle Dores participou da Corrida Pela

Vida

30. Campeonato de leitura entre as quartas

séries no La Salle Manaus

30. La Salle São João realiza II Festival de

Folclore e Cultura Popular

30. Alunos do La Salle Canoas participam de

Intercâmbio Cultural

31. 23ª Edição da Feira do Livro La Salle Santo

Antônio envolve comunidade

31. Jornadas de Formação promovem valores

humanos e cristãos

A Importância da Gestão do Processo de

Comunicação

ÍNDICE

20

10

14

15

26

CONHEÇA A REVISTA INTEGRAÇÃO:

ENTREVISTA:

CULTURA:

TROCA DE EXPERIÊNCIAS:

REDE LA SALLE:

RECORDANDO:

CAPA:

ARTIGOS:

DIÁRIO DE CLASSE:

REFLEXÃO:

Pessoas envolvidas em

temas interessantes e importantes no

meio educacional.

Eventos significativos na

Rede La Salle.

Mensagens recebidas,

dicas e orientações sobre comunicação.

Livros, filmes, peças teatrais,

eventos, sites etc.

Relatos de ações

e estudos que sirvam como experiência

positiva.

A cada edição, uma

página de destaque para uma

de nossas instituições.

Imagens e textos de

assuntos que nos remetam ao passado

da história lassalista.

Temas educacionais atuais

amplamente abordados.

Temas educacionais e atuais

de livre escolha, escritos por quem

trabalha com educação na Rede La

Salle.

Breves comentários de

acontecimentos/experiências

interessantes vividos pelas instituições

lassalistas.

Uma frase, uma poesia,

um texto, uma fábula, uma imagem...

Para pensar e refletir.

EVENTOS:

CANAL ABERTO:

NOSSOS ÍCONES:Nome do fotógrafo responsável

pela imagem. Arquivo da PLPOA,

significa que a fotografia não

continha identificação, sendo

considerada do Arquivo da

Província Lassalista de Porto

Alegre.

Indica uma página na ou

um .

Referências bibliográficas ou

mesmo indicações de leituras

que digam respeito à matéria em

pauta.

internet

e-mail

13

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Page 4: Revista Integração Ed. 96

ESCOLA E FAMÍLIA: PARCERIAS? E ENTÃO...ESCOLA E FAMÍLIA: PARCERIAS? E ENTÃO...

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Maristela Susin,

Sr. Cesar Santos Moreira,

Colégio La Salle Carmo, de Caxias do Sul Mary Anabel De Duera

Rodriguez, Colégio La Salle, de Caxias do Sul

mãe da aluna Fulvia Dani, 6 anos, que freqüenta a 1ª série do

Ensino Fundamental; pai de Rafael Lobato Moreira, 16 anos, estudante

da 2ª série do Ensino Médio, ambos do e

Orientadora Educacional e Vice-diretora do

Professora de Educação Artística,

Cirurgião-dentista,

.

Por Cíntia Miguel Kaefer

Jornalista

Família e Escola. Escola e Família.

Parceiras ou parceiras. Esta é uma das

principais conclusões da entrevista da

última edição da Revista Integração -

2006. A conversa com a Srª Maristela

Susin, mãe da aluna Fulvia Dani, 6 anos,

que freqüenta a 1ª série do Ensino

Fundamental e com o Sr. Cesar Santos

Moreira, pai de Rafael Lobato Moreira,

16 anos, estudante da 2ª série do Ensino

Médio, ambos do Colégio La Salle

Carmo, de Caxias do Sul, apresenta

questões relevantes sobre a participação

das famílias no processo educativo

escolar. E, para ampliar a conversa com a

Professora de Educação Artística

Maristela e com o Cirurgião-dentista

Cesar, a entrevista contou também com a

participação de Mary Anabel De Duera

Rodriguez, Orientadora Educacional e

Vice-diretora do Colégio La Salle, de

Caxias do Sul, que trouxe reflexões

acerca das inovações pedagógicas que

norteiam o dia-a-dia dos educadores

lassalistas.

Maristela é mãe representante de turma e

Cesar é tesoureiro da Associação de Pais

e Mestres há aproximadamente cinco

anos e eles apresentam, na conversa, um

outro olhar sobre a escola de seus filhos,

um espaço, segundo eles, que deve

trabalhar mais a formação humana. A

entrevista ainda traz outros anseios dos

pais como a segurança pessoal dos filhos,

o desenvolvimento de valores éticos e a

postura pró-ativa frente às situações.

Aliado a isso, estão questões pertinentes

que a escola discute na atualidade, como

a interdisciplinaridade, a gestão

educacional, a formação e a valorização

dos educadores, entre outros aspectos.

A entrevista mostra uma certeza muito

grande: a escola entra na vida das

pessoas diretamente, sejam alunos, pais

ou educadores. E isso engloba uma série

de sentimentos, desejos e inquietações

oriundas de diferentes estruturas

familiares e de variados momentos

vivenciados pelas organizações de ensino.

Ufa! Como conciliar tudo isso? A solução é

fazer parcerias, entre escola e família, que

segundo Mary Anabel, são um dos poucos

espaços emocionais existentes na

atualidade.

A partir do momento em que você

tem os filhos, a partir daquele momento em

que você é pai ou mãe, a tua

responsabilidade fica proporcionalmente

extensa. A criança nasce, é aquela festa

toda, olha que bonitinho, parecido com o

pai, parecido com a mãe. Mas é um novo

ser, é uma outra vida, que basicamente vai

viver em um lar, e esse lar vai nortear os

princípios de uma sociedade conforme

aquele casa l es tá embut ido. A

responsabilidade é muito grande, porque a

família é a célula inicial de uma sociedade.

Nós colocamos sempre a culpa dos

problemas em cima desses órgãos, sendo

que o início fundamental é a família: pai e

mãe educando seus filhos. É uma

responsabilidade que nós temos sobre

aquela criança, sobre a educação e sobre

o retorno da sociedade, sobre o futuro do

ser humano em si.

A família vem mudando na sua

constituição, mostrando uma pluralidade

de estruturas na contemporaneidade.

Devido a esta pluralidade, os papéis de

autoridade se modificam, criando uma

diversidade de conseqüências na função

da família como organização social. Se

considerarmos que cabe a esta instituição

“a tarefa de estruturar o sujeito em sua

iden t i f i c a ção , i nd i v i dua l i smo e

autonomia...” (Isabel Parolin), afirmamos

que independente das diferentes formas de

constituição do grupo familiar, é necessário

que ocorra a vivência sócio-afetiva na sua

dinâmica diária. À família corresponde

mostrar o funcionamento da sociedade

ensinando a arte da convivência,

oferecendo cuidados e suporte material

para necessidades biológicas, culturais e

emocionais. Nesta organização, o ser

humano se constitui como sujeito, a partir

Revista Integração - Qual é a função da

família no processo educativo?

CESAR -

ANABEL -

da qualidade das relações que estabelece,

se prepara e humaniza para a convivência

social. Afeto e limites permitem adquirir um

código de valores e de conduta (segundo

Tânia Zagury) que vão ter continuidade em

outras organizações sociais, principalmente

na escola.

Eu acho que a escola é um

complemento da família. Nós temos que

procurar uma escola que seja mais ou

menos parecida com os valores que você

quer passar para seu filho. Tem muitos pais

que responsabilizam a escola, ou melhor,

delegam para a escola a base familiar da

criança. E eu não concordo com isso de

forma alguma. Faz dois anos que a minha

filha está no Carmo e ela não gosta de sair

de lá. Eu sempre saio do Colégio às 19

horas, às vezes eu chego a sair 20h ou

20h30min, porque ela fica lá. Ela ama

aquele Colégio. Ela é uma pessoa que

gosta de falar, ela conhece todo mundo.

Conversa com o diretor, conversa com o

porteiro, todo mundo a conhece, ela é bem

comunicativa. Eu gosto do Carmo, porque

eu chego lá e pergunto onde é que está a

minha filha e todo mundo sabe onde ela

está. Um dia eu cheguei no Carmo e o

RI - Qual é a missão educadora da

escola na formação das crianças e

jovens?

MARISTELA -

Maristela Susin

4

ENTREVISTA

Page 5: Revista Integração Ed. 96

porteiro estava ensinando a minha filha,

dizendo assim “não é assim que se faz

com os colegas, entende?” Ele estava

chamando a atenção da minha filha.

Provavelmente existam pais que achariam

ruim. Eu fui lá e disse “que bom!”. Dei os

parabéns a ele e disse “é assim que eu

gosto”. Se a minha filha faz alguma coisa

de errado, tem algum comportamento

que não é correto, eu gosto que a escola

continue o que eu estou ensinando em

casa, fortifique aquele lado. Não importa

quem seja. Se ela está fazendo algo

errado, ela tem que ser chamada à

atenção. Então, eu me sinto muito feliz

com a escola. Eu disse para o diretor um

dia: para mim, é a minha segunda casa.

A minha filha se sente super bem nessa

escola, e isso me traz uma segurança.

Sinto-me feliz porque ela conhece mais o

Colégio do que eu.

Em Caxias, o La Salle Carmo e

todas as entidades do La Salle são muito

bem respeitadas, com muitos exemplos

de pessoas que passaram por lá, e

também pelo fato de ser religioso. Ali nós

temos confiança, existe uma segurança

em você colocar teu filho lá, pois eles vão

CESAR -

sendo muito debatido por quem está

estudando Sociologia, Psicologia porque

uma parte acredita que de acordo como

seja essa constituição familiar, a criança

ou o jovem ficam mais ou menos felizes. E

isso reflete na sua aprendizagem. Com

isso se está chegando um pouco à

conclusão que cada um é feliz com a

família que tem, conforme as interações

que tenha com essa família, conforme a

vivência afetiva, sócio-afetiva. Então a

família não perdeu seu papel. A família

continua sendo a base da estrutura do

su je i to . Es t ru tu ra de que? De

personalidade, valores, de princípios, de

conduta, de comportamento, quer dizer, a

família é que vai estruturar como ele

pensa, como ele sente, como ele age nos

primeiros anos de vida, e vai deixá-lo

“pronto” (entre aspas, porque acho que

nunca se está pronto) para outras

organizações. A escola é a seguinte. Hoje

se entra muito cedo nas escolas e nas

organizações sociais de educação. É uma

geração diferente, com uma informação

extremamente intensa, o estímulo vem

desde cedo, com uma rotina ampliada. O

dia-a-dia desta criança está com uma

série de atividades que também

estimulam suas necessidades. Isso resulta

em um jovem e uma criança diferentes

para a escola educar. Isso hoje nos

preocupa e nós temos que refletir. Nós

não podemos só pensar que a escola vai

continuar a informar, mas já tem uma

função diferente, porque o aluno já vem

muito informado, vem muito social, muito

pronto em alguns comportamentos. Então

à escola vai caber aprofundar, construir

conhecimento e informações, vai ter que

se adequar a essa geração que vem e, a

partir do que vem culturalmente desta

geração, construir. Então é mais difícil o

papel da escola hoje. Hoje quem vem já

traz uma bagagem de casa, de valores e

de conhecimento. A escola tem 1500

famílias, 1500 educandos, 1500 formas

de cultura, de valor, de sentimentos, de

formação familiar. Aí você tem que

administrar esse volume respeitando a sua

forma de pensar educação.

Com o novo diretor do La

Salle Carmo, Ir. Álvaro Luiz Wermann,

podemos ver que ele está dando uma

abertura muito grande para os pais se

expressarem e conversarem. Ele deixa a

porta aberta para os pais. Só que na APM,

nas reuniões que têm, são poucos pais

que participam, que vão, que discutem.

Eu tento conversar com alguns pais, dizer

olha, se você não está gostando de

alguma coisa, se você acha que tem que

melhorar de uma certa forma a escola,

MARISTELA -

participa. O diretor está ali presente, ele

está ali para te escutar, para ouvir novas

propostas, novas idéias. A família tem que

participar também da escola. Se a escola

tem que mudar certas coisas para adequar

a esse novo formato, ela precisa da ajuda.

Justamente é isso que euANABEL -

Cesar Santos Moreira

Mary Anabel De Duera Rodriguez

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ENTREVISTA

ter os princípios religiosos. Os princípios

religiosos, seja qual for a religião,

ensinam o respeito mútuo, ensinam uma

determinada moral. Nós, como seres

humanos, precisamos de alguma coisa

no que acreditar e isso tudo faz com que

tenhamos orientações. No caso, até

onde vão os valores da ética e da moral?

É a religião que nos passa essa

segurança e nos dá segurança até para ir

para frente.

Uma das situações que

estamos vivendo hoje é que o grupo

familiar tem muitos formatos, muitas

modalidades de constituição. Isto vem

ANABEL -

acredito. Tânia Zagury trabalha muito

com orientação, mais de pais do que de

educadores, e justamente ela fala em

parceria sem conflito, ou seja, você vai na

escola, contribui, questiona (contribuir

também é questionar, para ter qualidade),

e está próximo, está junto.

Complementando o que a

Anabel estava falando, sob o ponto de

vista da escola, a sociedade hoje premia,

ou muitas vezes os pais premiam, os filhos

com presentes, com adornos, com enfeites.

Hoje, nós vivemos em um mundo

capitalista, onde o lucro está embutido em

todos nós. O salário não é lucro. O salário

que nós recebemos é justo, retribuição

pelo trabalho. Mas a sociedade visa ao

l u c r o . C a x i a s é u m a c i d a d e

essencialmente industrial, uma cidade que

foi forjada por imigrantes italianos que

vieram de uma outra região para construir

a vida ali. Nós estávamos conversando na

viagem que a população italiana gosta de

comer bem e gosta de ganhar dinheiro.

Dizendo assim, o que se quer? Se quer o

lucro. Esse lucro pode apresentar uma

satisfação pessoal de se adquirir um

automóvel melhor, uma casa na praia, um

apartamento melhor, onde você vai

distribuir aquele lucro junto com sua

família. Hoje eu acredito que cada vez

mais a parte financeira está interessando

mais a todas as pessoas diretamente ou

indiretamente. Ou seja, se eu tenho meu

filho, eu vou colocar meu filho em uma

CESAR -

Page 6: Revista Integração Ed. 96

6

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escola particular, que seja religiosa,

porque a escola particular nos dá uma

segurança melhor e, religiosa, melhor

ainda. Mas só que ela custa caro, ela

custa mais caro. Então o que acontece:

nós como pais temos que estar

trabalhando cada vez mais para

podermos satisfazer nossos “brinquedos”,

que é ter o carro novo e a casa nova, e

essas coisas todas. Então o que acontece:

(o ideal seria que todos os filhos fossem

planejados), aquela criança já nasce

sobre o estereótipo “x”. A maior parte dos

filhos vem ao mundo depois do carnaval,

depois do natal, depois de uma festa. No

mundo de hoje, pela busca incessante do

consumo, onde está embutida a nós a

televisão, o rádio, a internet, as crianças

absorvem isso, e então nós temos que

estar dedicando mais horas do nosso

tempo para o trabalho, para nós termos

situação financeira para podermos

sustentar nossos filhos. Então aí é que

vem o que a Maristela estava dizendo,

que, muitas vezes, nós fazemos reuniões

dos pais, em uma escola que tem 1000

alunos, e sobra espaço em uma mesa.

Esses dias eu vi uma reportagem

na Zero Hora que falava do amor, que

nós temos que pregar o amor. O amor é

uma coisa que Cristo deixou quando

morreu por nós e, de vez em quando, o

pessoal não entende mesmo o que é

amor. Amor não é só marido e mulher,

homem e mulher, mas o amor é ter o

respeito, é contribuir voluntariamente.

É se importar com os outros.

É se importar com os outros, é se

importar com a escola, é se importar com

teu filho e com a escola que está lá com

teu filho. Ela vai ficar com a criança

durante parte do tempo, daquele tempo

que tu não pode, que tu está trabalhando.

É a escola que vai estar lá, educando e

cuidando. Então, quando a escola

chama para uma reunião, primeira coisa:

os pais tinham que estar lá correndo. De

noite ou a qualquer hora. O consumismo

está tão grande que os pais não tem nem

tempo para os filhos, nem tempo para

ajudar e colaborar com a escola nesses

grandes desafios. Mas também, acredito

que o ser humano é muito complexo.

Você casa um certo tempo, se separa,

não deu certo. Então o filho fica. Daqui a

pouco a mãe casa com outro e o pai

casou com outra, e têm outros filhos.

Hoje existe muito esse perfil, mas eu acho

que nunca tem que deixar de existir a

RI - A que se deve esta ausência dos

pais?

CESAR -

ANABEL -

CESAR -

família. A família é representada pela mãe

ou pelo pai, porque você se separa, mas

continuam sendo pai e mãe. Você não

muda, isso nunca vai mudar. Então essa

responsabilidade, esse amor aos filhos,

esse amor à escola, esse amor aos

professores, esse amor à sociedade, não

podem deixar de existir. O que é a

violência? É o reflexo de famílias, ou

melhor, de filhos que não tiveram famílias.

Não adianta a gente aumentar

presídios e etc. Eu sempre falo que nós

temos que pagar muito bem os

professores. Porque é ali que o teu filho

vai ter o complemento do teu

ensinamento em casa. Esse tipo de

profissional tinha que ser o mais

valorizado. Imagina um juiz ganhando de

R$ 20.000 a R$ 30.000 e um professor

ganha R$ 500,00. Então, ele tem que dar

aula no La Salle e em mais duas escolas, e

no final de semana fazer mais um

plantãozinho para conseguir um salário

razoável. O professor tinha que estar com

a cabeça boa para poder receber os

alunos todo dia com felicidade, com

alegria. Não é uma análise só financeira,

mas nós precisamos também sobreviver.

O professor precisa sobreviver, ele

precisa se instruir. As escolas têm que

investir nos professores, têm que investir

na formação dos professores. Aí é que

vamos ter segurança também com nossos

filhos. Uma escola moderna não é aquela

que está cheia de computadores, mas é

aquela que está investindo na formação

dos professores, porque são eles os

agentes formadores.

Nós estamos trazendo professores

formadores, psicólogos e trabalhando em

cima disso: como educar os filhos na

visão tanto dos professores como dos pais.

Na minha opinião, se eu fosse sintetizar

tudo, eu acho que a escola teria que ser o

local onde a criança e o adolescente

conseguem se sentir seguros no mundo,

onde todos os ensinamentos passados na

e s c o l a c o m p l e m e n t a s s e m o s

ensinamentos da família. Ele sairia dali

u m a p e s s o a s e g u r a , f o r m a d a

psicologicamente, humanamente,

socialmente. Essa seria a função

primordial da escola. Mas isso só vamos

conseguir se estivermos valorizando o

professor.

O professor que está

diretamente envolvido é um agente

formador por excelência. É ele quem vai

ver o detalhe, a questão, o gesto; vai

interpretar, vai observar e vai agir

RI - Como resolver esta situação?

CESAR -

ANABEL -

tecnicamente a partir dele. Vai se

aproximar, vai procurar o subsídio, vai ver

o porquê do interesse ou não, e vai ver o

porquê da tristeza ou não de quem está à

sua frente. A escola tem que investir no

professor porque ele é o principal agente

em contato direto com os alunos, mas tem

que ter uma infra-estrutura, com

especialistas na própria equipe. E que

trabalhem juntos: o especialista, o

professor, os pais e o jovem.

A escola tem que falar a fórmula

x, y e z. Por exemplo, quando um aluno

não estava se comportando na sala de

aula até anos atrás, era usado a

palmatória. Hoje o jovem já não gosta de

estudar, já não tem concentração e é

difícil ficar sentado para o quadro negro,

falando na fórmula tal. Então a escola tem

que se modernizar, tem que estar atenta

ao que o adolescente e a criança vivem.

Eu até cheguei a dizer para um professor

de Física, no início desse ano: na tua

matéria, você se importa em dar só 25%

do que você pretende dar o ano todo, mas

25% bem dado e que eles captem, e em

cima disso você ensina também princípios,

limites, educação. É isso que nós

queremos. É isso que eu quero para meu

filho. Ele poderá sair de lá sem saber

muito bem fórmulas de matemática e

biologia. A escola, para mim, seria aquela

que passa valores. Outeiral falou em uma

entrevista, “é mais importante que o

professor escute o aluno do que ele passe

de ano. Se ele não aprendeu nesse ano,

aprenda no ano que vem. Mas para

depressão, para as drogas pode não

haver uma segunda chance. Se ele não for

escutado hoje, pode não haver

recuperação”. É isso que eu quero, é isso

que é a escola moderna.

A pessoa que só reproduz não

tem lugar hoje no mercado. Não tem

iniciativa, não tem capacidade de

aprender sempre, não tem capacidade de

conviver e ter valores, de forma ética com

postura e cidadania. Hoje se precisa

conjugar o conhecimento com a ética do

comportamento, com a postura de

cidadão de intervir na sociedade, de

participar, de agir, porque hoje ninguém

que é passivo consegue se sair bem. Só

temos que iniciar bem isso na estrutura

escolar. Temos que achar um meio para

conseguir ter tempo para ambas as coisas.

Eu acho que realmente seria

muito bom é a escola integral, com

inúmeras atividades que deveriam ter no

RI - Como a escola acompanha as

etapas de evolução da criança e do

adolescente?

CESAR -

ANABEL -

CESAR -

ENTREVISTA

Page 7: Revista Integração Ed. 96

turno posterior ou no turno contrário de

aula. Nós temos 1001 exemplos de

escolas inglesas, americanas, que tem

tempo integral. Mas por quê? Por que eles

estão dando mais matemática que as

outras? Não. Estão formando, estão

dando esporte, estão cuidando do corpo.

Toda a sociedade asiática, incluindo a

Tailândia, a China, o Japão e as Coréias,

todos esses povos calcaram seu

crescimento em cima da educação. É a

fórmula mais antiga que existe e eu não

entendo como o pessoal não valoriza isso

aqui. A escola tem que estar vivendo o

presente da idade do aluno. Ele tem 8

anos, teria que ter uma equipe formada

nos conteúdos para essa faixa etária.

Ouvi dizer que a escola

privada também está chegando a isso, ao

perfil do professor conforme a faixa etária.

A exigência acadêmica continua, mas a

contratação é dentro de um perfil para

qual trabalha. Um professor do Ensino

Médio tem um perfil muito diferente do

professor de Educação Infantil ou Séries

Iniciais. Realmente há uma preocupação

quanto à administração da escola. O

sistema educativo tem dificuldades

porque as escolas não mudam todas ao

mesmo tempo. A rede privada tem um

perfil, a rede pública tem outro perfil.

Alguns professores possuem uma postura

mais dinâmica do que outros, uns

caminham muito bem dentro de sua

profissão, outros em ritmo mais lento,

porque a formação básica dos

professores ainda é anterior. Esse ano

instauramos o sistema de sondagem com

as turmas. Por um período a gente sonda

o aspecto afetivo, emocional e

psicomotor do aluno. A partir daí se

consegue ver o heterogêneo daquela

ANABEL -

turma, se há pessoas muito maduras

emocionalmente, algumas pessoas muito

intelectualizadas, muito estimuladas,

muito formadas, mas que socialmente

não conseguem interagir. Como eu faço a

mediação, como orientador? Como eu

trago para mim aquele que não está

socializado, mas que é muito competente

intelectualmente? E o que está no seu

oposto, que é muito social, muito

interativo, que tem uma liderança

evidente, é seguro de si mesmo, auto-

estima boa, mas foi pouco preparado em

termos de estimulação? E eu tenho que

tentar aliar estas formas diferentes, que

formam um grupo. Porque é daí que a

escola vem, você tem um grupo, tem que

se trabalhar o coletivo. Isso na verdade é

exigido do profissional que está na sala de

aula: saber lidar com eles, com todos.

Agora na prática, claro, que o professor

vai ter uma facilidade particular de lidar

com uma característica ou com outra.

Quando eu estava grávida,

eu dizia “qualquer coisa para meu filho está

bom”. Mas quando eu vi minha filha, eu

digo “eu quero do bom e do melhor para

ela”. Então a gente vai atrás, a gente

procura. O que eu posso oferecer a mais

para meu filho? O que ele pode ter mais no

currículo, na vida, de aprendizado, o que

ele pode aprender mais? Porque eu sei que

tudo que minha filha aprender agora nessa

fase, ela vai captar, ela vai aprender, porque

quando a gente chega na fase adulta,

adolescência, vai para a universidade, o

tempo começa a ser mais limitado, você

não tem mais tempo para tantas coisas.

Agora sim é época de aprender...

No Colégio La Salle, em

MARISTELA -

RI - Quais os paradigmas que

precisam ser recuperados pela escola?

ANABEL -

Caxias, a Multifeira deixou de ser uma

apresentação de trabalhos passiva e está

sendo montado, com os alunos, material

interativo, onde ele aplica conhecimentos

de física, de química, ecologia, usa de

materiais alternativos. Isso vem vindo há

uns 6 ou 7 anos em um processo de

modificação interna. Cada escola tem um

caminho, tem uma forma e tem um tempo.

Conforme a faixa etária você tem que

aplicar o conhecimento no dia a dia. A

aplicação do conhecimento é material

integrado, de pesquisa e de prova. Hoje

estamos organizando um material da 1ª

série do Ensino Fundamental integrando

as disciplinas. Quando você consegue

relacionar o número, com a dissertação, a

narrativa, a história, a linguagem e

consegue também expressar isso pelo

corpo, você está desenvolvendo

harmonicamente. É complicado chegar

sempre a isso, mas você pode fazer um

instrumento trimestral sim, que é o que nós

estamos tentando. Primeiramente temos

que contratar um perfil de professor,

preparar a formação continuada,

e s t a b e l e c e r u m a m e t o d o l o g i a

pedagógica consistente e aí começar a

trabalhar. É uma caminhada.

Eu acho que a escola

precisa colocar mais na prática suas idéias

e não ficar tanto na teoria, para a criança

ter gosto, prazer em estudar, em aprender,

de ir para a escola não porque é uma

obrigação, mas porque realmente ela

goste de estar lá, de discutir com o

professor, de ascender.

Esse gostar se define como uma

abertura. É a chave. É a chave para você

aprender. Nós queremos é que nosso filho

se sinta bem, no mais amplo que isso

possa ser. O bem-estar físico, psíquico e

mental, isso é o que nós devemos primar

para nossa criança, nosso adolescente. Eu

acho que paradigma da educação é

reforçar a visão dessa educação integrada,

seja do conhecimento propriamente dito,

do conhecimento do corpo. Vamos dar

uma força para os professores de

Educação Física, para essas crianças

serem saudáveis. Temos que estimular o

corpo, a alma e todas as manifestações do

ser humano, seja com o teatro, a música, a

dança. Eu acho que os paradigmas são

esses, não existe muita novidade. Acho

que o mundo está com novidade e a

escola não pode perder. Acho que

basicamente é não esquecer que o mundo

está andando, não parou.

MARISTELA -

CESAR -

RI - Que espaços hoje existem lá no

Carmo que ajudam na reflexão do

processo educativo?

Ana

Paula

Diniz

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ENTREVISTA

Page 8: Revista Integração Ed. 96

ENTREVISTA

MARISTELA -

CESAR -

RI - Por que vocês consideram

importante ter um filho em uma

escola lassalista?

MARISTELA -

CESAR -

RI - Que recado vocês deixam para

os pais da Rede La Salle de Educação?

A APM se modificou, com

o apoio do novo diretor, está

começando a se mostrar mais,

começando a falar, está mostrando o

que muitos pais não sabiam.

Estes sistemas de palestras é

uma preocupação do Colégio junto

com a APM. Eu acho que as várias festas

que se fazem, comemoração da festa

junina, homenagens aos pais, são

eventos que possibilitam esta reflexão.

Mas eu acredito que tem que ampliar,

estamos no caminho. A Direção e os

p a i s a t r a v é s d a s e n t i d a d e s

representativas é quem são os agentes

de mudança. Falta ainda muito mais

coisa pela frente. Nós gostaríamos de

ter mais cursos para os pais, que os

filhos se relacionassem com outras

escolas, com intercâmbios. Esse

movimento enriquece.

Minha filha é específica,

ela é muito comunicativa e se

ambientou super bem com todos. Ela

teve uma boa acolhida no Colégio. Não

existe distância com o Diretor, com a

Professora da minha filha, com qualquer

professor que está lá. Eu brinco com as

professoras da 2ª e da 3ª séries, para

saber com quem minha filha vai estudar.

É uma coisa assim muita gostosa, eu

consigo ter este relacionamento com

todos na escola, é uma abertura, é uma

amizade, eu estou entregando a minha

filha lá e ela está sendo muito bem

recebida. Todos os outros professores de

outras faixas cumprimentam a minha

filha, é um ambiente muito familiar.

Eu diria que a experiência que

eu tive como adolescente foi em escolas

religiosas. A religião é algo que norteia,

o homem precisa do alimento da alma.

As esco las re l ig iosas seguem

d e t e r m i n a d o s o b j e t i v o s o u

determinadas orientações pedagógicas

dentro da moral, dentro da ética, com

uma maior disciplina e uma maior

responsabilidade com os nossos filhos

do que uma escola particular sem

vínculo nenhum com ambiente religioso.

Os pais se sentem mais seguros em

colocar os filhos em uma escola com

esse perfil do que colocar os filhos em

uma escola particular propriamente dita.

ADOLESCENTES:

QUEM AMA

EDUCA!

Içami Tiba

304 páginas

Editora: Integrare

Não está nada fácil

p a r a o s p a i s e

educadore s l i da rem com os

adolescentes de hoje, muito mais

informatizados, globalizados e

independentes que os do passado,

Adolescentes precoces e tardios são

produtos dessa galopante evolução

tecnológica e social. Neste livro, o

reconhecido mestre em educação

apresenta toda a sua experiência

clínica, de maneira organizada, clara e

objetiva, para ajudar todos aqueles

que convivem e/ou lidam com

adolescentes.

AMOR,

FELICIDADE & CIA.

Içami Tiba

144 páginas

Editora: Gente

A proposta deste livro

é oferecer ao leitor

uma compilação dos

principais temas que têm povoado o

dia-a-dia de milhões de famílias ao

longo de três décadas. É uma reunião

de diversos textos, abordando temas

como: ética, aprendizado, afetividade,

conflitos familiares, amor, felicidade,

liberdade, prazer, drogas, autoridade,

limites e é claro, o relacionamento pais

e filhos.

ESCOLA SEM

CONFLITO:

A PARCERIA COM

OS PAIS

Tania Zagury

260 páginas

Editora: Record

E m q u e e s c o l a

matricular seus filhos? Como se

relacionar com coordenadores,

diretores e professores? Como tornar o

seu filho um bom estudante? Estas e

muitas outras dúvidas são esclarecidas

neste novo e fundamental livro para

pais e educadores. Neste novo

trabalho, Tania fundamenta e orienta

pedagogicamente os pais tanto em

relação à escolha da escola, quanto

em relação à avaliação segura e

permanente da instituição escolhida.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASMARISTELA

ANABEL

CESAR

MARISTELA

- Olha, aquele recadinho

assim: não basta ser pai, tem que

participar! Não pode simplesmente

largar o filho na escola e pronto, ela que

resolva todos os problemas. Tem que

participar da escola e tem que gostar da

escola em que está seu filho.Trocar de

escola, será que é esta a solução? Por

que não tentar melhorar? Tem uma

colega minha que diz assim: não adianta

você decidir que vai morar em Porto

Alegre, pois seus problemas vão para

Porto Alegre junto, vão na mala. O pai

tem que ser presente na vida do filho.

Todo dia eu pergunto para a minha filha:

e aí como foi a escola? Foi bom? O que

aconteceu? Conta um pouco para mim,

está com problema nisso, está com

problema naquilo?. Outeiral diz que

você tem que dar 5 ou 10 minutos de

atenção para seu filho por dia, quer dizer,

você parar para o seu filho e olhar no

olho.

- A missão formativa é de

ambas as organizações. Tem que parar

para pensar no que é específico da

família, o que é específico da escola,

como nós conversamos, e como se

complementam. Por isso, a parceria. A

escola e a família são hoje um dos poucos

espaços emocionais, onde a vivência

sócio-afetiva acontece, numa faixa etária

fundamental. Então se não se

complementam tanto em ser este espaço

de diálogo e de orientação educativa,

realmente haverá um vazio na formação

adulta depois. Para mim isto é

fundamental, um espaço emocional na

ação educa t i va de ambas as

organizações.

- Os pais devem valorizar cada

vez mais o tempo em que o filho está na

escola. Os pais têm que valorizar e

incentivar os professores e a direção da

escola para um ensino cada vez mais

humano. Os pais não podem só querer

comprar o uniforme novo, mas tem que

ver quem está dentro do uniforme, que

são os seus filhos. A família tem que estar

junto com os seus filhos, cada vez mais,

porque a sociedade futura é resultado da

família e da escola, dos pais e da escola

de hoje. Nós temos que trabalhar juntos,

temos que ter atividades e contribuir

para que todo mundo cresça: pais, filhos

e escola.

- Os pais precisam deixar

cair a ficha. Nossos filhos passam

metade do dia em uma escola. Temos

que pensar nisso...

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Page 9: Revista Integração Ed. 96

CULTURA

LIVROSLIVROS

SITESSITES

FILHOS

BRILHANTES,

ALUNOS

FASCINANTES

Augusto Cury

143 páginas

Editora: Academia

de Inteligência

No livro Pais brilhantes, professores

fascinantes, o autor falou com os pais,

professores, psicólogos, pedagogos,

médicos, sobre o mundo dos jovens.

Agora, através do livro Filho brilhantes,

alunos fascinantes, chegou a vez de

falar com os próprios jovens sobre a

mente deles, seus conflitos e desafios.

Em cada capítulo há histórias de jovens

e adultos que foram feridos pela vida,

rejeitados socialmente, desacreditados,

por tadores de conf l i tos , mas

conseguiram encontrar força na

fragilidade e dignidade na dor.

A ARTE DE BRINCAR

Adriana Friedmann

212 páginas

Editora: Vozes

Uma coletânea que reúne mais de 200

brincadeiras tradicionais, daquelas que

brincavam os pais e avós na rua, na praça

e sem muitos brinquedos. Atualmente,

quando a televisão e o computador, os

videogames e o consumo estão tão

presentes na vida das crianças, este livro

torna-se uma contribuição para uma

infância mais saudável e criativa.

CAMINHOS

PEDAGÓGICOS

DA EDUCAÇÃO

ESPECIAL

Roberta Gaio e Rosa

G. Krob

232 páginas

Editora: Vozes

A obra traz uma reflexão sobre as

possibilidades do ser humano, para além

das possíveis deficiências que seu corpo

possa abrigar, e no diálogo com as

diferenças contidas nas várias áreas de

conhecimento. O livro mostra o sentido

da diferença e o modo de lidar com ela

em sala de aula, a partir da ampliação do

conceito de igualdade.

BRINQUEDO -

LINGUAGEM E

ALFABETIZAÇÃO

Nilze Helena Silva

Cunha

128 páginas

Editora: Vozes

O livro traz os instrumentos mais

eficazes para a estimulação do

desenvolvimento infantil: os brinquedos.

Sendo a forma mais natural de

expressão das crianças, o brinquedo

desafia, motiva a aprendizagem porque

propicia ludicidade e o lúdico

pressupõe liberdade para agir e para

experimentar, sem medo de errar.

PULSO FORTE

E CORAÇÃO

QUE AMA

Prof. Hamilton

Werneck

120 páginas

Editora:

DP&A editora

O livro trata dos entraves que

permanecem nas comunidades

educativas impedindo o crescimento

pessoal e o estabelecimento de valores

para o indivíduo. O autor apresenta

soluções para práticas que precisam ser

superadas, algumas abolidas e outras

transformadas.

LUCAS (Coleção Fala Menino!)

Luís Augusto Gouveia

29 páginas

Editora: MEC

Como qualquer cr iança, Lucas

desenvolveu um modo bem próprio de se

expressar. Só que, muitas pessoas, não

conseguem entender direito, e chegam a

pensar que ele é mudo...

Talvez porque ainda não se sensibilizaram

o bastante para um tipo de linguagem

mais eficiente e universal: a do coração!

Vamos experimentar?

Além de clássicos, oferece parte do acervo de Obras Raras da Instituição, como a

, de Pero

de Magalhães Gandavo, de 1576, e a , com os

mandamentos da santa madre igreja, de João de Barros, em edição de 1539.

Vasto acervo, de Allan Kardec a José Saramago, incluindo livros de sociologia e

filosofia, de autores com Marx e Kant.

Clássicos da literatura brasileira, de Machado de Assis a Corpo Santo.

Livros de domínio público, incluindo autores portugueses, como Florbela Espanca.

É possível consultar trabalhos acadêmicos da UFGRS. Oferece também links para

bibliotecas virtuais de outras universidades.

História da Província Santa Cruz a que vulgarmente chamamos Brasil...

Gramática de Língua Portuguesa

- FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL -

- DOMÍNIO PÚBLICO -

- BIBLIOTECA VIRTUAL DO ESTUDANTE DE LÍNGUA PORTUGUESA -

- BIBLIOTECA VIRTUAL DE LITERATURA -

- BIBLIOTECA DIGITAL DE TESES E DISSERTAÇÕES DA UFGRS -

www.bn.br

www.dominiopublico.gov.br/

www.bibvirt.futuro.usp.br

www.biblio.com.br

www.biblioteca.ufrgs.br/bibliotecadigital/

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Page 10: Revista Integração Ed. 96

A AMEL –

ocorreu no período de 16 a 18 de outubro, no Recanto

Medianeira, em Veranópolis. Reuniu 68 educadores, dentre

eles, representantes das Comunidades Educativas e da Sede

da Província Lassalista de Porto Alegre.

O Presidente da AMEL-2006, Irmão Provincial Marcos Antonio

Corbellini, em seu pronunciamento de abertura, saudou os

presentes, reforçando a importância da Assembléia, no

sentido de concretizar a determinação da Proposição 24 do XI

Capítulo Provincial: “Promover, anualmente, a Assembléia da

Missão Educativa Lassalista (AMEL), constituída de Irmãos e de

Colaboradores Lassalistas, com o objetivo de avaliar e

planejar a missão educativa lassalista”.

O Tema Central da AMEL 2006 foi: Comunidade e Missão,

conforme a Proposição 22 do XI Capítulo Provincial: “Tomar a

comunidade e a missão, assim como outras questões

selecionadas por este Capítulo, como temas para os retiros,

encontros, fóruns e assembléias dos próximos quatro anos”.

Nessa perspectiva, os participantes trabalharam com

empenho e envolvimento nas seguintes tarefas:

· Avaliação e implementação das proposições do XI Capítulo

Provincial e das metas do Plano de Governo 2006, referentes a

Missão Educativa Lassalista.

Assembléia da Missão Educativa Lassalista –

Adriana Beatriz Gandin

Assessora da Direção de Educação e Pastoral

Sede Provincial, Porto Alegre-RS.

· Análise da programação do Centenário da Presença

Lassalista no Brasil, que será comemorado no ano de 2007.

· Eleição de dois representantes dos Colaboradores lassalistas

para o Conselho Administrativo da Sociedade Porvir Científico,

“ad experimentum” até a próxima AMEL.

Ao final da Assembléia, o Presidente da AMEL-2006

agradeceu a participação e o envolvimento de todos, pediu

comprometimento nas decisões tomadas e afirmou a

importância dos participantes serem portadores e

multiplicadores, em suas Comunidades Educativas, das

proposições definidas.

Miriam Oliveira

ASSEMBLÉIA DA MISSÃO

EDUCATIVA LASSALISTA

ASSEMBLÉIA DA MISSÃO

EDUCATIVA LASSALISTA

O ano de 2007 entrará para a história lassalista. Serão 100 anos da presença no Brasil.

Em comemoração, serão realizadas várias atividades integrando as Províncias Lassalistas

de Porto Alegre e de São Paulo.

Diversos materiais terão como tema o Centenário, como por exemplo: Agendas e

Calendários, Revista Integração, Revista Comunicação (destinada aos Irmãos Lassalistas),

brindes, 8º Encontro das Universidades Lassalistas, Encontro Interprovincial de Jovens e IV

REDE LA SALLE:

100 ANOS NO BRASIL

REDE LA SALLE:

100 ANOS NO BRASIL

Congresso Internacional Lassalista de Educação.

Uma logomarca foi criada para identificar todas as atividades da Rede La Salle no ano 2007, símbolo que reúne elementos como

o escudo lassalista, o lettering La Salle e o mapa nacional, com objetivo de tornar marcante a passagem dessa data histórica.

Ana Paula Diniz

Setor de Comunicação e Marketing

Sede Provincial, Porto Alegre-RS.

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EVENTOS

Page 11: Revista Integração Ed. 96

Irmão Maurício Perondi

Equipe de Pastoral, Sede Provincial, Porto Alegre-RS.

II SIMPÓSIO INTERNACIONAL

DE JOVENS LASSALISTAS

II SIMPÓSIO INTERNACIONAL

DE JOVENS LASSALISTAS

No período de 25 a 31 de julho aconteceu o II Simpósio

Internacional de Jovens Lassalistas, em Roma, na Itália. O

evento acontece de quatro em quatro anos e, nesta edição,

contou com a participação de aproximadamente 150 jovens e

assessores, de 35 países. O tema debatido foi “Missão

Possível: um sonho partilhado”. Esse Simpósio tinha como

objetivo partilhar o compromisso dos jovens na Missão

Educativa Lassalista, a partir das seguintes perspectivas:

-Nossa identidade lassalista;

-Nosso compromisso com os mais necessitados;

-Nossa vinculação com o Instituto desde o ponto de vista da

associação;

-Nossa resposta aos desafios educativos;

-A contribuição dos Jovens Lassalistas na Assembléia

Internacional sobre Missão e Associação.

A Província Lassalista de Porto Alegre teve a representação de

seis participantes: Laís dos Santos Boneli (estudante do C.E.B.

La Salle Niterói), Mariane Jaeschke (estudante do Colégio La

Salle Medianeira), Juliana Jaeschke (ex-aluna do Colégio La

Salle Medianeira), Luciane dos Santos Boneli (mãe da jovem

Laís), Ir. Maurício Perondi (Coordenador do Setor de Pastoral

da Província) e Ir. Moacir Paulo Orth (atualmente estudante da

temática Pastoral Juvenil, em Roma).

Abaixo seguem alguns depoimentos das participantes do

simpósio:

“Esta grande e bela oportunidade de participar do Simpósio,

me deu uma visão muito mais ampla da grande rede à qual

pertencemos. É muito interessante perceber os ideais

lassalistas presentes em diferentes culturas. É maravilhoso

saber que a identidade lassalista, que se faz na fé, na

fraternidade e no serviço, se mantém sempre viva no coração

dos jovens lassalistas, apesar das fronteiras, da política e da

guerra em diversas partes do mundo”. (Laís dos Santos Boneli)

“O Simpósio deixou para mim um grande aprendizado, uma

bela experiência de vida e muita história para contar. Os

jovens que lá estiveram presentes, com certeza foram muito

bem escolhidos por suas Províncias; receptivos, carinhosos,

educados e alguns engraçados, fiquei triste quando terminou,

porque à medida que o tempo passava aumentava o clima de

amizade entre o grupo. Parabenizo os Irmãos Lassalistas por

esta iniciativa em formarem grupos de jovens em suas escolas,

pois estes jovens são pequenas luzes que brilham,

contribuindo para iluminar a escuridão em que muitos se

encontram”. (Luciane dos Santos Boneli mãe da Laís)

“O objetivo do Simpósio foi refletir sobre a nossa identidade

lasssalista, compartilhar experiências sobre como os jovens

vivem a missão lassalista no mundo e obter uma resposta

baseada nos valores que herdamos de São João Batista de La

Salle para os novos métodos educativos que o mundo nos

chama a enfrentar... Também tivemos a oportunidade de ir até

a cidade de Assis, onde nasceu São Francisco de Assis.

Ouvimos sua história e fizemos reflexões. Visitamos também

sua Basílica e a Capela onde está sua tumba. Lá fizemos uma

celebração, que foi um momento marcante e inesquecível... .

Foi maravilhoso poder compartilhar a nossa realidade e

conhecer outras, sentir que todos lutamos por um mundo

melhor. Afinal, sonho que se sonha juntos não é apenas um

sonho, é a realidade que acontece”. (Mariane e Juliana

Jaeschke)

Estes breves relatos dos participantes nos apontam para a

riqueza que foi esta experiência. As decorrências do Simpósio

já estão sendo trabalhadas em nossa Província. Algumas

destas foram abordadas no 17º Encontro de Jovens

Lassalistas, ocorrido no dia 16 de setembro, no Colégio La

Salle Medianeira, de Cerro Largo-RS.

Outro passo importante será o aprofundamento destas

temáticas no Encontro Interprovincial de Jovens, que

acontecerá em setembro de 2007, em Toledo-PR. Este

encontro reunirá jovens e assessores das escolas lassalistas de

todo o Brasil, também como parte da programação do

Centenário Lassalista.

A partir de trabalhos como estes, afirmamos que o

crescimento e o amadurecimento da juventude é uma das

grandes preocupações da Rede La Salle, pois acreditamos

que a nossa missão é bem preparar os jovens a fim de que

sejam protagonistas de suas vidas.

Arquivo

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EVENTOS

Page 12: Revista Integração Ed. 96

EVENTOS

Adriana Braga de Matos Babot

Diretora da Escola de Ensino Fundamental

Tricentenário La Salle, de Esteio-RS.

LA SALLE DE ESTEIO LANÇA

ENSINO MÉDIO

LA SALLE DE ESTEIO LANÇA

ENSINO MÉDIO

No dia 31 de agosto, a Escola Fundamental Tricentenário La

Salle, que a partir do próximo ano passará a se chamar:

Colégio La Salle Esteio, fez o lançamento oficial do Ensino

Médio para a Comunidade local.

O evento, reuniu aproximadamente 500 pessoas entre pais,

alunos e demais convidados, e aconteceu no ginásio da escola,

que estava lindamente decorado e ficou com um toque ainda

mais acolhedor graças à presença significativa dos alunos de

oitava série do Ensino Fundamental que, com muita alegria e

cordialidade, receberam os convidados.

Foi uma cerimônia conduzida pelo Ir. Roberto Ademir Konzen

que, logo após o Hino Nacional, convidou três pessoas para

fazerem seus discursos, nessa ordem: Professora Adriana Braga

de Matos Babot, Diretora da Escola; Ir. Paulo Fossatti, Diretor de

Educação e Pastoral da Província Lassalista de Porto Alegre; e a

Senhora Magela Lindner Formiga, Secretária de Educação e

Esporte do Município de Esteio.

Ficou muito claro no discurso dessas pessoas a satisfação em

anunciar que a partir do próximo ano a Escola passará a oferecer

um Ensino Médio de qualidade, e que já conta com o apoio do

Centro Universitário La Salle - UNILASALLE, de Canoas-RS,

manifestado pelos professores e pelo Reitor, Ir. Ivan José Migliorini.

Arquivo

LSESTEIO

Em seguida, para comemorar esse momento histórico,

assistimos a uma bela apresentação do MUSICAL UNILASALLE,

abrilhantando ainda mais essa noite tão especial.

Todas as pessoas que assistiram à apresentação levaram

alimentos não perecíveis, doados para a Paróquia Sagrado

Coração de Maria, de Esteio-RS.

O evento também contou com presenças muito importantes

como: alguns ex-diretores da Escola, Irmãos de outras

Comunidades Educativas e Religiosas, representantes da

Prefeitura Municipal, Imprensa, Igreja, bem como

representantes de escolas municipais, estaduais e particulares

de Esteio e Sapucaia do Sul.

Ana Paula Diniz

Setor de Comunicação e Marketing, Sede Provincial, Porto Alegre-RS.

A 52 Feira do Livro de Porto Alegre iniciou as atividades no dia

27 de outubro; já no primeiro fim de semana registrou um

grande fluxo de visitação.

A Rede La Salle está representada na Feira pelos Colégios La

Salle Dores, Santo Antônio e São João, com

exposição de livros, e pelo UNILASALLE, de Canoas-RS.

Os momentos de integração têm sido o destaque do estande da

Rede, onde crianças de diferentes faixas etárias e níveis sociais

brincam e desenham orientadas pelos representantes das

Comunidades Educativas. Um ambiente agradável foi criado

para propiciar esses momentos em que familiares das crianças

a

La Salle La Salle

REDE LA SALLE NA

FEIRA DO LIVRO

REDE LA SALLE NA

FEIRA DO LIVRO

descansam, conhecendo as edições da Revista Integração e os

livros escritos por alunos e professores das escolas.

Desde já, a Rede La Salle agradece a presença das famílias e

convida as que ainda não visitaram a participar. O estande

está próximo aos veículos de comunicação na área central da

Feira.

Sidisley

Rafaelde

Souza

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Page 13: Revista Integração Ed. 96

ENCARREGADOS DA PARTE DOS PAISENCARREGADOS DA PARTE DOS PAIS

RECORDANDO

Irmão Edgard Hengemüle

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Os autores da História da Educação que falam de La Salle e da sua escola pouco se referem à relação desta com a família da

qual vêm seus alunos. E, contudo, há textos lassalianos que são até surpreendentemente ilustrativos com relação a este tema.

Neles, o Fundador das Escolas Cristãs maneja temas como: o compromisso dos pais de educarem seus filhos e os empecilhos

existentes para isso; a escola enquanto instituição que exerce papel suplente com relação à família; o que a escola lassaliana

pede dos pais, e o esforço que ela realiza para ajudá-los a serem fiéis à sua própria vocação educativa.

O primeiro que La Salle destaca é que a educação é dever fundamental dos pais com relação a seus filhos. Interessante observar

que, ao estudar esta questão em seus catecismos, o Padroeiro dos Educadores, seguindo um modo de ver de sua época, liga a

educação que os pais devem dar aos filhos à obrigação que eles têm de garantir a estes o alimento. Em outros termos, de acordo

com tal doutrina, o compromisso dos pais de alimentar seus filhos incluía “educá-los segundo sua condição”. Mas o nosso

educador e pedagogo de Reims observa que muitos pais da classe popular do século XVII não cumprem esse dever. Não instruem

os filhos na religião e nos rudimentos do saber profano, ou por não estarem preparados para fazê-lo pessoalmente, ou por não

disporem de tempo para se dedicarem a essa tarefa. Outros tampouco os matriculam na escola popular, e isso ou porque não

têm consciência da importância desta, ou por julgarem que não vale a pena enviá-los a ela, uma vez que não ensina aos filhos

dos artesão e pobres o que estes realmente necessitam, ou, ainda, pela necessidade premente em que se encontram de fazer

com que seus pequenos os ajudem no trabalho.

Em cima dessas afirmações e observações, e a partir de sua visão de fé, La Salle não acha, em primeiro lugar, que sejam os pais

que colaboram com a escola, mas que é a escola que colabora com eles. Para ele, o professor não é só a pessoa “instruída e

zelosa” que a Providência de Deus destinou a preencher o vazio deixado por pais despreparados ou sem tempo para educarem

seus filhos. O mestre é uma pessoa à qual os próprios pais confiam os filhos para que os supra naquilo que não podem fazer.

Exerce uma tarefa “de que está encarregado da parte dos pais e das mães” de seus discípulos.

No relativo ao contato com os pais, La Salle insiste em que estes sejam convencidos das vantagens de manterem seus filhos na

escola. Na matrícula, quer que sejam eles preferentemente os que apresentam o candidato; que informem detalhadamente

sobre a realidade do filho, para que a escola possa dar-lhe uma atenção adaptada; convida-os a municiarem o aluno de todos

os materiais necessários para a sua vida escolar; e acena para momentos oportunos de diálogo com o mestre de seu filho. Em

outros momentos, lembra-lhes que a função de suplência da escola é realmente de suplência, não de substituição, e ajuda-os a

se educarem como pais, recusando-se, por exemplo, a fazer, com relação a seus filhos, aquilo que a eles cabe fazer.

Um acréscimo: nesta relação família-escola, é significativo o fato de La Salle apresentar os bons pais como inspiração para os

mestres lassalianos, ao dizer a estes que, em sua relação com os alunos, devem aliar “a firmeza de pai” à “ternura de mãe”.

“Deveres do cristão”, volume 1, p. 124.

“Meditação” 193 “para o Tempo do Retiro”, segundo ponto.

“Meditação” 199 “para o Tempo do Retiro”, primeiro ponto.

“Meditação” 101 “sobre as principais festas do ano”, primeiro ponto.

Page 14: Revista Integração Ed. 96

REDE LA SALLE

MANAUS

Luciana Severo

No próximo número: La Salle Núcleo Bandeirante, Distrito Federal - DF.

Por trás dessa diversidade de oportunidades educativas, estão alguns elementos que

convém explicitar:

- Dos quase 2.500 alunos, 1751 participam das escolinhas de esportes e cultura,

dando a nítida sensação de que, na tarde/noite há uma outra escola em

funcionamento nas oito quadras esportivas, sete salas especializadas e duas

piscinas;

- Em termos de resultados, pelo quarto ano consecutivo o La Salle é campeão geral

dos Jogos Escolares do Amazonas. Com isso, a Rede La Salle garantiu visibilidade

nos JEB's de Brasília, em outubro, nas modalidades de basquete, vôlei, xadrez,

natação e judô;

- Os eventos culturais e esportivos listados acima alcançam um bom grau de

qualidade e quantidade graças à existência e ao bom trabalho desenvolvido pelas

escolinhas;

- A participação e o comprometimento dos pais nessa pluralidade de atividades é

também um elemento a destacar.

- Há uma vigilância para que o currículo garanta um equilíbrio entre as várias

dimensões de desenvolvimento de nossas crianças e jovens: acadêmica, cultural,

social, artística, esportiva, religiosa;

- Apesar de oferecermos um currículo diversificado e rico, ainda permanece o

desafio de conseguirmos um bom grau de motivação e interesse pelo estudo por

parte de um significativo número de alunos.

Para finalizar: com a abertura da Unilasalle, criamos ainda melhores condições

para que a marca La Salle possa ser mais uma parceira efetiva na construção de

um modelo de desenvolvimento regional compatível com a preservação da floresta

amazônica, a maior biodiversidade do planeta.

Ir. Antônio Cantelli

Diretor do Centro Educacional La Salle Manaus

O LA SALLE MANAUS, desde fevereiro de 1982, vem sendo, no rigor da palavra,

uma estrela lassalista nessa imensidão do Amazonas. Às vésperas dos seus 25 anos,

já antecipamos nosso reconhecimento a dois fundadores: Ir. Alberto Knob, o

pesquisador do terreno, e o então Ir. Roque Rigoni, o construtor e primeiro Diretor.

No interior desse terreno de quase quatro hectares, com 12.961m² de área

construída, vem se consolidando, desde sua fundação, uma proposta educativa que

se aproxima de uma escola ideal, pelo grau de coerência das práticas pedagógicas

com o Projeto Educativo da Rede La Salle.

O tripé clássico do saber CIÊNCIAS, LETRAS E ARTES constitui a espinha dorsal do

nosso currículo escolar. E a filosofia lassalista expressa esses mesmos conceitos

compreendendo o ser humano como uma unidade constituída de três dimensões: a

fisica, a psíquica e a espiritual, dotado de potencialidades que comandam seu agir,

a inteligência, o afeto e a vontade.

O LA SALLE MANAUS traduz essa compreensão de educação e de ser humano

através de uma complexa trama de estruturas, ações, rotinas e eventos, tais como:

nove escolinhas de formação esportiva: futsal, futebol, basquete, vôlei, natação,

xadrez, ginástica olímpica, judô e musculação; seis escolinhas de formação

artístico-cultural: coral, banda, teatro, dança, teclado e violão; lassalíada; gincana

cultural; simulados; mostras didáticas semestrais de teatro, dança e música; taças

La Salle de vôlei e basquete; semana da cultura; feira do conhecimento; coroação

de Nossa Senhora; Via Sacra na escola; torneios internos de natação e judô; projeto

Natal da Vida; festa junina do La Salle e do Lassalinho; manhãs esportivas

bimestrais; aulas de reforço; celebrações eucarísticas por turma; missa semanal da

Comunidade Educativa com comemoração dos aniversariantes; campanhas de

solidariedade; projeto de responsabilidade social; catequese de Primeira Eucaristia

e Crisma; retiros do educador lassalista, e muitos outros.

Arquivo LSManaus

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Page 15: Revista Integração Ed. 96

Ana Paula Diniz

Setor de Comunicação e Marketing, Sede Provincial, Porto Alegre-RS.

PORTAL

REDE LA SALLE

PORTAL

REDE LA SALLE

O uso da internet tem sido cada vez mais intenso. Algumas

pesquisas recentes têm demonstrado, de maneira

concreta, o crescente uso desta ferramenta na sociedade:

- Em média, 11,4 milhões de pessoas acessaram a web de

casa, e o tempo de navegação ficou em 15 horas e 14

minutos, o que colocou o Brasil na liderança do ranking

mundial (Ibope/ /Netratings, Abr/2005);

- O número de pessoas físicas que acessam os bancos

pela Web saltou de 10,6 milhões, em 2003, para 16,2

milhões, em 2004, um crescimento de 53%. O volume de

transações bancárias pela internet passou de 700 milhões,

em 2000, para 3,9 bilhões em 2004 (Febraban/FGV,

jun/2005);

- O percentual das transações realizadas pela internet no

total dos negócios dos bancos passou de 3,7% para 13%

(Febraban/FGV, jun/2005);

- 47,1% dos jovens declararam que o tempo que passam

assistindo televisão diminuiu desde que começaram a

utilizar a web. Para os jornais, o número foi de 41% e para

as revistas, 30,5%. Os dados são consistentes com

pesquisas similares realizadas nos Estados Unidos,

Inglaterra e Espanha. Cerca de 48% "sempre" utilizam a

web para buscar notícias em geral e 30% "sempre" utilizam

a rede para buscar informações culturais, mesmo

percentual verificado para busca de informações sobre

emprego e mercado de trabalho. Público da pesquisa: 420

jovens brasileiros entre 16 e 24 anos. (ESPM/Dotz,

Mai/2005).

Para uma rede de ensino, o posicionamento na internet

representa um importante canal de comunicação com

alunos, responsáveis, professores e comunidade. Mas,

mais importante que a ferramenta é o conteúdo que deve

ser verificado, atualizado e disponibilizado.

Com base nestas informações, a Direção da Província

Lassalista de Porto Alegre viabilizou o desenvolvimento de

um portal com informações de todos os estabelecimentos

lassalistas, disponibilizando os recursos de informática

necessários para isto.

As instituições da Província Lassalista de Porto Alegre, até

então, estavam posicionadas na internet de diferentes

maneiras. Algumas com sites automatizados, outras com

sites estáticos, além das que ainda não haviam investido

em um.

Na gestão provincial de 2006 a 2009, uma das

motivações é a necessidade de uma maior integração das

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TROCA DE EXPERIÊNCIAS

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unidades lassalistas, visando fortalecimento da rede de

escolas e a racionalização de seus processos e recursos.

Com a integração dos sites das escolas em um único portal,

temos em linhas gerais, a padronização visual e estruturação

de navegação dos sites, uma vez que todas as instituições são

acessadas pelo mesmo endereço e terão funcionalidade

similar.

O Portal compartilha a visão proposta no XI Capítulo

Provincial de uma rede de instituições que pertencem a uma

mesma filosofia, e não um conjunto disperso de escolas, com

o desenvolvimento de um portal automatizado que permita

reunir as principais informações da Rede La Salle e de suas

unidades.

A estrutura do Portal tem uma página inicial para acesso às

escolas e instituições de ensino superior. A partir deste acesso,

cada instituição tem seu ambiente próprio, com informações,

imagens e características da estrutura local da escola ou

faculdade.

Além do acesso principal para as instituições lassalistas, o

portal terá a função de ser um repositório eletrônico sobre

educação lassalista, contendo material que pode ser

referenciado sempre que necessário em outros documentos,

como informações institucionais e textos sobre o fundador.

A parte mais importante, representando o verdadeiro motivo

de visitação ao Portal, é o conteúdo estático e o dinâmico. A

estrutura base do Portal está fundamentada em parte

institucional da e ambiente das escolas.

A implantação envolveu a definição de conteúdos e

distribuição padronizada dos mesmos, porém respeitando

particularidades. Características institucionais da Rede, como

informações sobre a marca, ganharam um caráter

Rede La Salle

centralizado para os públicos poderem perceber igualmente

a grandeza lassalista, uma rede de educação presente em

mais de 80 países e em todas as regiões do Brasil.

Implantar o Portal foi uma tarefa trabalhosa que contou com

a união de todas as Comunidades Educativas Lassalistas,

tarefa que partiu de um apoio, da identificação de

necessidades e do envolvimento concreto da Direção

Provincial.

No dia 15 de outubro de 2006, o Portal da Rede La Salle foi

lançado para o mercado em comemoração ao Dia do

Professor. Concretizou-se, então, o ideal de criação de um

canal de integração. Agora, alunos, responsáveis,

professores e direções possuem uma ferramenta de consulta

que possibilita participar da realidade, não apenas da escola,

como de outras unidades distribuídas nacional e

internacionalmente.

A Rede La Salle abre as portas para vocês no endereço

www.lasalle.edu.br.

“Eu gosto de usar a internet pra complementar os

conteúdos passados pelos professores na sala de aula

ou pra trabalhos. Acho que o novo portal do La Salle

ficou mais organizado, principalmente em relação às

informações de eventos que aconteceram e irão

acontecer. Elas estão melhor dispostas do que no site

antigo.” -

“Gostei muito do portal porque ajuda a conhecermos o

trabalho das outras escolas da Rede. A barra de links

padrão facilita a navegação já que conseguimos chegar

rapidamente aos conteúdos de qualquer uma das

escolas. O lay-out, além de muito bonito, valoriza

bastante as notícias e as fotos.” -

Romeu Guimarães Carneiro, 8ª série, 15 anos,

aluno do Centro Educacional La Salle, de Manaus-AM.

Alex Isotton dos Santos -

Professor do Colégio La Salle Niterói, Canoas-RS.

www.lasalle.edu.br

.edu Termo utilizado mundialmente para instituições de

ensino. Apenas as instituições que possuem ensino superior no Brasil

podem utilizar este subendereço. Os demais podem ser utilizados

por diversas organizações, associações e empresas comerciais.

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TROCA DE EXPERIÊNCIAS

Page 17: Revista Integração Ed. 96

Cíntia Miguel Kaefer

Assessora de Comunicação, Colégio La Salle Santo Antônio, Porto Alegre-RS.

MUDANÇA: FAMÍLIAS

PARTICIPAM DE ATIVIDADES

PRÓPRIAS NO COLÉGIO

MUDANÇA: FAMÍLIAS

PARTICIPAM DE ATIVIDADES

PRÓPRIAS NO COLÉGIO

No Colégio La Salle Santo Antônio, em Porto Alegre,

algumas atitudes estão mudando: os alunos estão,

muitas vezes, esperando seus pais para ir embora da

escola para casa. Esta alteração na lógica escolar se

deve ao fato da instituição ter se tornado, ao longo dos

últimos anos, um importante espaço de construção de

relacionamentos e de opções para uma permanência

maior na Comunidade Educativa, tanto para os alunos,

como para os pais. O projeto de inserção das famílias

em diferentes atividades começou intensamente em

2004 e se estende até os dias atuais.

Nas terças e quintas-feiras, das 20h às 21h30min, o

Ginásio de Esportes tem suas quadras lotadas com a

participação de pais e mães em equipes de vôlei misto

e futsal masculino. Nestes mesmos dias, das

18h30min às 19h30min, mães e professoras se

encontram para realizar aulas de ginástica localizada e

jump, fruto de uma parceria do Colégio com a

academia conveniada Rota do Corpo. A Sala de

Ginástica conta com estrutura própria com espelhos e

outros equipamentos que possibilitam a prática de

exercícios. Desde 2005, o Colégio também conta com

aulas de Dança de Salão. Atualmente, um grupo de 60

pais e mães participa diretamente destas atividades.

Além disso, o Colégio disponibiliza diariamente, das

17h30min às 20h, a pista atlética para caminhadas e

outros exercícios físicos. Desta forma, a área de

20.000m do La Salle Santo Antônio contribui

significativamente para a saúde física e mental das

pessoas envolvidas diretamente no processo educativo

escolar. Segundo o Coordenador do Núcleo de

Esportes, Prof. Alberto Molnar, as atividades

proporcionam a integração dos pais com a

Comunidade Educativa. “Além disso, os momentos de

lazer oportunizam qualidade de vida e o cuidado com a

saúde”, salienta.

O La Salle Santo Antônio ainda conta, pelo terceiro

ano consecutivo, com Oficinas de Educação Física

para pessoas da terceira idade. A ação é fruto da

parceria do Colégio com a Pastoral da Saúde da

2

Paróquia Santo Antônio. Os encontros ocorrem semanalmente,

nas terças e quintas-feiras. Palestras e aulas práticas com

relaxamento, alongamento e caminhadas orientadas na pista

atlética da Instituição fazem parte da programação. Algumas

Senhoras que participam do Grupo são avós de estudantes

antonianos.

Esta participação das famílias nas atividades esportivas está

intrinsicamente ligada a outros investimentos que o Colégio

vem realizando. Um ponto favorável é o estacionamento

interno, que traz segurança e conforto aos pais que podem

deixar seu carro no espaço do La Salle Santo Antônio.

Agregado a isso está o aumento das atividades

extracurriculares para as crianças e adolescentes,

principalmente no final da tarde. Assim, os estudantes

participam de coral, danças, capoeira, judô, futsal, vôlei,

basquete ou colocam a conversa em dia com os colegas

enquanto esperam seus pais sairem das aulas.

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TROCA DE EXPERIÊNCIAS

Page 18: Revista Integração Ed. 96

TROCA DE EXPERIÊNCIAS

GRAMMY LA SALLE

CANOAS 2006

GRAMMY LA SALLE

CANOAS 2006

Faltavam poucos minutos para as 20 horas quando as

professoras de Língua Estrangeira Moderna do Colégio La

Salle entraram no palco para dar início ao Grammy La Salle

2006. Cantando a música Pretty Woman, elas contagiaram

os presentes e abriram caminho para as 29 apresentações

musicais que seguiriam na noite da sexta-feira, dia 20 de

outubro.

O primeiro show ficou por conta de Larissa Trevisol e Cassio

Menezes, da 2ª série do Ensino Médio, que dançaram ao som

de Do you only wanna dance?. Mas o público foi ao delírio

com a apresentação dos estudantes da 5ª série do Ensino

Fundamental, que cantaram a música Welcome to My Life, da

banda Simple Plan. Com o Salão de Atos lotado, a aluna

Vanessa Ertel emocionou ao interpretar a música Because of

You, da cantora norte-americana Kelly Clarkson.

Já as turmas da 3ª série do Ensino Médio prepararam

apresentações divertidas e repletas de coreografias. A turma

23C dançou ao som do mix de músicas em espanhol e inglês

Everybody/Carnavalera. La Bomba foi a canção da 23B e

Macho Man/It´s raining Man o som da turma 23A. O

Grammy La Salle 2006 também teve Rebelde, Shakira, Maná

e Madonna nas suas apresentações musicais e culturais.

O evento contou com mais de 200 estudantes em palco

cantando e dublando canções em inglês e espanhol.

Apresentações dos professores também aconteceram na noite.

Alunos e professores do Colégio se organizaram desde maio

para a realização do evento. Para o momento, eles

produziram o material de decoração que retratou o Oscar. A

arte dos convites foi desenhada pela aluna Camila De Boni,

da 3ª série do Ensino Médio. O Grammy La Salle é tradicional

na instituição e acontecia anualmente até 2001. Foi

resgatado em 2005 e é coordenado pelas professoras de

Língua Estrangeira Moderna Carla Lampert e Mara Bandeira.

Além das apresentações artísticas, bandas de alunos do

Colégio participam do evento. Nesta edição, cada estudante

recebeu ingressos para amigos e familiares. Para entrar no

Grammy, os convidados trouxeram um quilo de alimento não-

perecível e o material arrecadado será doado para uma

instituição de caridade.

Tiago Schmitz

Assessor de Comunicação e Marketing,

Colégio La Salle, de Canoas-RS

Tiago

Schm

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Page 19: Revista Integração Ed. 96

Professoras Andresa, Cristiane,

Ellen, Izôlda, Jaqueline e Vanessa

La Salle, do Núcleo Bandeirante-DF.Educação Infantil, Colégio

I CHÁ DOS AVÓSI CHÁ DOS AVÓS

A escola também é um lugar para ensinar e

aprender cidadania. Pensando nisso,

professoras de Educação Infantil e

Alfabetização do Colégio La Salle, do Núcleo

Bandeirante-DF, realizaram o I Chá dos Avós.

O projeto foi realizado considerando a atual

estrutura familiar que leva os pais a trabalhar

fora durante o dia, tornando os avós a melhor

opção na hora de escolher com quem deixar

os filhos, pois possuem a confiança de seus

pais.

Os avós exercem um papel muito importante

dentro da família e correspondem às

expectativas quanto à educação dos filhos de

seus filhos, agindo com afetividade e domínio

dos desafios do mundo contemporâneo e

fazendo uso de recursos modernos como a

informática para auxiliar seus netos.

Com a abordagem do tema “idosos” em sala

de aula, foram ouvidos relatos das crianças

sobre seus avós evidenciando que a imagem

que a sociedade passa às crianças é que os

avós são “velhos”. O Colégio começou,

então, a refletir sobre a palavra “velho”, e a

entender seu significado, assim como o

significado da palavra idoso.

Pesquisas sobre as músicas, as histórias, as

comidas e as brincadeiras de quando os avós

eram crianças. Todas essas atividades

promoveram maior interação da criança com

seus avós. Foram ressaltados aspectos

relevantes que contribuem para o bem-estar

do idoso, conscientizando as crianças da

importância do respeito para com ele.

O I Chá dos Avós teve início com a mensagem

“A arte de ser avó”, de Raquel de Queiroz,

acompanhada de uma homenagem das

crianças a seus avós. Durante todo o Chá foi

demonstrado o quanto os avós são pessoas

admiráveis e importantes na vida das pessoas.

Um momento foi reservado para falar sobre o

Estatuto do Idoso, salientando a importância

do seu conhecimento e distribuindo alguns

exemplares para fins de estudo e orientação.

As turmas demonstraram muito entusiasmo pelas atividades propostas,

contribuindo para o sucesso do projeto com dedicação e participação.

Foi possível perceber que o aprendizado não ficou somente na teoria,

mas que todos levaram consigo uma bonita lição para a vida,

respeitando e admirando os idosos.

Essa experiência inovadora possibilitou construir e reconstruir conceitos

que enriqueceram a ação educativa. Diante disso, não serão medidos

esforços para que a participação dos avós em aulas e outros eventos da

escola aconteçam ao longo do ano, tais como Dia das Crianças e

Cantata de Natal, dando continuidade ao trabalho realizado.

Arthur

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TROCA DE EXPERIÊNCIAS

Page 20: Revista Integração Ed. 96

Educar é muito mais do que ensinar a ler e a contar; educar

envolve a formação de um caráter, de uma personalidade e

este papel não é apenas da Escola. Família e Escola unidas

como educadores, se complementam nesta dura tarefa de

ensinar a bem-viver e a formar cidadãos que integram uma

sociedade em mudança contínua.

“Espaço e tempo de fé, de conhecimento e de

alegria”, segundo o Ir. Marcos Antonio Corbellini, Provincial

da Província Lassalista de Porto Alegre. É neste ambiente que

os educadores se integram, onde os ideais da educação

acontecem.

ESCOLA:

Ana Paula Diniz

Setor de Comunicação e Marketing,

Sede Provincial, Porto Alegre-RS. FAMÍLIA: “Grupo de pessoas ligadas entre si por relações

pessoais e patrimoniais resultantes do casamento, da união

estável e do parentesco. São relações pessoais decorrentes do

afeto, carinho, amparo, da convivência entre familiares, da

vida matrimonial etc. (Art. Campanha da Fraternidade).

“O conceito de família mudou e, com isso, muda o espírito do

relacionamento entre adultos e jovens. A administração do

poder já não pode mais existir, tem que haver a administração

da autoridade. A diferença fundamental é que hoje não se

pode mais pensar que quem é mais forte é quem educa, mas

sim o mais desenvolvido, porque esse que é mais forte pode

ficar mais fraco amanhã e esse que nada sabe hoje, amanhã

poderá saber mais”, Içami Tiba, médico psiquiatra autor de

livros para as famílias.

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CAPA

Page 21: Revista Integração Ed. 96

FAMÍLIA E ESCOLA

UNIDAS PARA

EDUCAR

FAMÍLIA E ESCOLA

UNIDAS PARA

EDUCAREDUCADOR: “O Educador Lassalista é um mediador, responsável pelo crescimento

integral dos educandos e pela sua formação na arte do bem-viver. Caracteriza-se por ser

um profissional competente, ético, pesquisador, zeloso e comprometido com a produção

de conhecimento”, de acordo com a Direção de Educação e Pastoral da Província

Lassalista de Porto Alegre. Educador, é todo aquele indivíduo envolvido no processo de

educação, responsável pela construção do conhecimento e da personalidade.

O objetivo geral da educação lassalista é alcançar a educação plena, onde os alunos

passam por uma formação que visualiza o ser humano de maneira integral, buscando

atingir o desenvolvimento físico, psicossocial e espiritual.

A educação começa ao nascer, sendo a família a parte fundamental. Mesmo em

mudança, as famílias não perderam sua relevância neste processo tão complexo de

educar e é preciso garantir espaço de participação nas escolas para que as instituições

família e escola se complementem concretamente.

A presença dos responsáveis em reuniões, nas horas de confraternização no pátio, nas

festividades e apresentações, são formas práticas e simples de participação no processo

de educar. Utilizar os canais de comunicação existentes entre família e escola para

garantir o registro de opiniões.

Expressões-chave para bem-educar:

- Respeito mútuo: estimular a percepção dos pontos positivos na relação escola-família.

-Participação: divulgar as opiniões e críticas que possam auxiliar na melhoria do

processo educativo como um todo.

- Acolhimento: as escolas devem proporcionar momentos de trocas e confraternizações,

enquanto que as famílias devem aproveitar os espaços oferecidos para participar.

- Consideração pelo próximo: a inclusão social deve ser meta de

todos os envolvidos na educação para que haja entrosamento

natural entre todas as crianças que convivem no ambiente escolar.

É fundamental não perdermos e, mais que isso, cultivarmos a idéia

de que o respeito é a base dos relacionamentos, levando em

consideração que toda e qualquer sociedade é um conjunto de

diferenças necessárias. A união das instituições, família e escola,

serve para garantir uma educação que leva a conscientização de

que cada pessoa é responsável por cumprir seu papel no

desenvolvimento de uma sociedade cada vez melhor. Não basta

criticar é preciso participar e fazer sua parte. Unidos pela formação

de cidadão, de crianças e adolescentes respeitosos, participativos,

acolhedores e com responsabilidades na sociedade.

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CAPA

Page 22: Revista Integração Ed. 96

Denis Gerson Simões

Auxiliar de Administração Escolar, Colégio La Salle São

João, de Porto Alegre-RS

Uma realidade que o Brasil não teve, pelo menos nos últimos

dez mil anos, foi a de um inverno com grandes camadas de

neve, que impossibilitasse as pessoas de saírem de suas

casas. Todavia em muitos outros países essa precipitação é

constante em períodos gélidos, obrigando muitas vezes que

as famílias fiquem em suas residências por longos períodos,

em ofícios domésticos e exercitando uma forçosa

introspecção, como a formiga naquela fábula com a cigarra.

Mas o que isso tem a ver com a escola?

O exemplo da família condicionada em um pequeno espaço

devido à ação do clima nos mostra, entre outras coisas, as

relações pessoais em um microcosmo. Com a reclusão

duradoura há a necessidade dos pais promoverem um

ensino direto aos filhos, como que se constituísse uma

pequena sala de aula dentro dos lares. Com uma prévia

orientação dos mestres aos pais, essa clausura acaba

propiciando uma grande simbiose entre a instituição

educadora e os diversos núcleos familiares: a escola passa a

se multiplicar ao invés de fechar as portas quando as

condições são desfavoráveis.

Deixando os exemplos distantes de lado e observando a

escola normal brasileira, é possível perceber os muros

psicológicos que se instituíram entre os educadores e os

familiares, fruto de um processo de divisão de funções muito

claro da sociedade contemporânea. Mas as crianças não

são produtos de uma esteira de montagem, onde em cada

ponto alguém acrescenta uma peça, se ausenta e deixa o

sistema seguir até que o produto esteja pronto. Diferente dos

modelos industriais, a formação cultural e a identidade social

do jovem provêm da múltipla interação dos participantes

desta trajetória, onde a instituição de ensino é um grande

centro de cultura, com suas portas abertas para congregar a

família, sendo um espaço de discussão para permitir não só

o crescimento erudito científico como também crítico e

popular.

O pensamento de uma escola múltipla, como visto na Rede

La Salle, que é alheio e distante dos objetivos da indústria da

educação (que regimenta métodos praticamente

para produzir alunos) e tem na família uma célula propulsora

do crescimento cultural do jovem, constrói um diferencial

que não se percebe nos resultados imediatistas, mas nas

relações de vida. Pode-se, assim, apontar que entre tantas

contribuições das instituições de educação confessionais à

sociedade, possivelmente a valoração da ligação familiar

com o processo educativo seja uma das mais significativas,

por ser ponto alto na formação humanística da comunidade.

A preservação de ideais voltados ao crescimento da pessoa

humana, nos seus múltiplos sentidos, é uma bandeira

claramente empunhada pelos lassalistas, que tem como fruto

a constituição de centros de ensino que não só atuam como

formador do pensamento científico, mas também preparam

o homem para o convívio em comunidade. Junto aos jovens,

o trabalho da escola vive tanto em sala de aula como dentro

do lar, resultado claro da preocupação com os valores

fordistas

coletivos. As doze qualidades do educador segundo ,

um de toda a Rede, são adjetivos não só pertinentes aos

profissionais da educação, mas a todos os que educam, que

ensinam e objetivam novos horizontes, mesmo que na espera

de que o .

La Salle

norte

inverno acabe

Professoras Elizandra Fiorin Soares e Cleusa

Lazarotto

Colégio La Salle Peperi, de São Miguel do Oeste-SC

A escola, assim como a família, caracteriza-se por ser formada

por pessoa, para as pessoas e para o mundo. Cada um

comporta em si suas necessidades materiais, espirituais e

sociais. A pessoa é um ser em formação, na função a que se

coloca, seja na condição de mãe, de pai, de filho, seja na

condição de educador ou de aprendiz, de dirigente ou de gestor.

Cada um está construindo sua identidade, buscando formar

elos favoráveis à convivência e a própria constituição do Ser.

Nessa inter-relação, tanto a família quanto a escola, carregam

seus desejos e seus projetos que, necessariamente, precisam

caminhar conjuntamente para construir projetos comuns que

venham ajudar os educandos a serem protagonistas na escola

e na sociedade.

Entre a família e a escola, a parceria é imprescindível. Ambas

constituem espaços formativos de construção de valores e da

educação e formação da personalidade. Por isso é importante

que ela aconteça de forma sincronizada e cooperada. É preciso

reafirmar a função social da família como dimensão

constitutiva do Ser e do caráter distintivo que penetra e plasma

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CAPA

Page 23: Revista Integração Ed. 96

cada momento da ação educativa da criança e do jovem,

tornando-se parte fundante da sua própria identidade. A

promoção de tal dimensão é o objetivo de toda a ação da

comunidade educativa.

Há desafios e ações outrora corriqueiras, que hoje estão

sendo difíceis de realizar, mas precisam ser resgatadas. Um

desses desafios é a reestruturação da relação de diálogo

entre escola e família. Por um período de tempo, as

comunicações entre os espaços de formação educacional

estiveram abaladas, o que podemos chamar de “carência de

entendimentos”. De um lado a escola e suas concepções de

formação integral do aluno, ancorada na vivência social. A

formação do saber pela busca, pela descoberta, pela

formação de hábitos e atitudes. De outro lado a família, para

subsistir no mercado de trabalho, reduziu seu tempo de

presença na vida escolar do aluno, delegando para a escola

a formação de hábitos, de atitudes, de conhecimentos, de

limites e, sobretudo, futura colocação no mercado de

trabalho.

Atualmente, a necessidade do diálogo se tornou desafiadora

e a participação dos pais na vida escolar dos filhos retoma

um velho questionamento: “Qual o papel da escola e qual o

papel (missão) dos pais na educação dos filhos e

educandos?” Para a comunidade escolar Lassalista, o papel

da escola é definido pelo atendimento à realidade atual de

educação, tendo consciência, como educadores, que o

processo educativo deve ser permeado pela educação para

a vida, partindo do conhecimento da condição humana e

das possibilidades da ação do homem no mundo.

Comparti lhamos uma educação humanizadora,

comprometida com o saber científico que transforme seu

meio social e cultural agindo de forma ética e responsável.

A principal ferramenta entre as duas instituições que

promovem o desenvolvimento integral do aluno é o diálogo.

Há um envolto de saberes e formações que precisam ser

levantadas, discutidas e sistematizadas. A família é o

primeiro espaço de convivência do ser humano. É nesse

espaço de convivência que se configuram, se aprendem e

incorporam valores éticos. É onde são vivenciadas

experiências afetivas, representações, juízos e expectativas. A

escola é um segundo espaço, o de aprendizagem, de

sistematização de hábitos e atitudes, de consolidação dos

valores recebidos do contexto familiar. É necessário haver a

sincronia de ações entre escola e família para que façamos

uma educação capaz de nutrir os alunos de saberes e de

ações que sejam capazes de criar e recriar, de formar e

transformar o mundo em que vivem com honestidade e

sabedoria.

Irmão Olir Facchinello

Diretor do Centro Educacional La Salle,

de Sobradinho-DF

“A família permanece uma instituição social que não se

pode nem deve deixar subsistir: é o Santuário da vida”.

(João Paulo II).

Santuário quer dizer “lugar sagrado”. É ali que a vida

humana surge. É missão da família, guardar, revelar e

comunicar ao mundo o amor e a vida.

“A salvação da pessoa e da sociedade humana estão

intimamente ligadas à condição feliz da comunidade

conjugal e familiar” (Gs,47).

“A família é a célula originária da vida social”. (Catecismo

C). “É a sociedade natural na qual o homem e a mulher são

chamados ao dom de si no amor e no dom da vida”

(CIC,2207).

Desde que existe a humanidade existe a família, e ninguém

jamais a pôde ou poderá destruir, pelo fato de que ela é

divina: foi instituída por Deus.

A família é o eixo da humanidade, é sua pedra angular. O

futuro da sociedade passa inexoravelmente pela família. É

ali que os filhos e os pais devem viver felizes. Quem não

vivenciou o amor no seio do lar, terá dificuldade para

conhecê-lo fora dele. A família é a comunidade na qual,

desde a infância, se podem assimilar os valores morais, em

que se pode começar uma educação para viver melhor em

sociedade.

“O ato de educar é o prolongamento do ato de gerar”

(João Paulo II). Educar os filhos é a grande missão que

Deus confiou aos pais. Portanto os pais são os primeiros

educadores dos filhos. Michel Quoist dizia “que não é para

si que os homens educam os seus filhos, mas para os outros

e para Deus.”

“Educar é colaborar com Deus, e que é na educação dos

filhos que se revelam as virtudes dos pais” (Coelho Neto).

É preciso preparar os filhos para que entendam que a

própria pessoa é a principal responsável por sua educação.

Quem cultiva as suas qualidades sente a própria dignidade

e valor da vida. De fato, educar é promover o crescimento e

o amadurecimento da pessoa humana em todas as suas

dimensões: psíquica, material, intelectual, moral e

religiosa. Por isso educação não se aprende só na escola,

mas principalmente em casa.

“Os pais são os primeiros e principais educadores dos filhos e

têm também, neste campo, uma competência fundamental:

são educadores porque são pais” (João Paulo II).

Por que o mundo de hoje se apresenta diante dos nossos

olhos tão macabro? Por que tantos crimes? Por que tanta

violência? Por que tanto estupro? Por que tanta droga? Por

que tanto alcoolismo? Por que tanto assalto, homicídio,

seqüestro, corrupção, fraudes, suicídios?...

Uma das respostas pode ser esta: Porque as educações

modernas, atéias, materialistas, consumistas, hedonistas,

tiraram Deus do coração das crianças, dos jovens e

principalmente dos adultos. Só se educa se tocarmos os

corações das crianças. Por isso a família é o Santuário da

Vida.

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PARCERIA FAMÍLIA E ESCOLA Grupo de Pais

Colégio La Salle Dores, de Porto Alegre-RS

Através deste texto, a necessidade e a importância da família no

contexto de ensino-aprendizagem, destacando as relações

existentes entre os valores sociais e culturais que a família tem

dado como modelo aos aprendentes e como eles interferem no

processo de aprendizagem. Pensando-se em um trabalho

sistêmico, não é permitido que recaia só sobre a escola a tarefa

da aprendizagem.

A família deve também exercer o papel de mediador,

possibilitando e auxiliando neste processo. Cabe a ela, que

detém o poder da socialização, transmitir aos filhos sentimentos

e valores em relação à escola e à aprendizagem, assim como é

pertinente à escola (adulto educador) agregar a isto o

conhecimento, também incrementando estes valores.

A escola é um todo em si, a família é um todo em si e o aluno é

um todo em si. Mas estes três formam parte de um todo maior,

que é o processo educacional, a educação em si. Este processo,

que é uma tríade entre escola, aluno e família, normalmente

sofre influência externa. É difícil que a tríade se estabeleça de

maneira isolada. Televisão, sociedade, política e violência são

interferências externas. Mas é esta tríade que gera o processo

educacional.

O processo é equilibrado e funciona quando há harmonia

entre estes três elementos. Quando um destes elementos está

ausente da articulação, ou não está tão presente quanto os

demais, ocorre um desequilíbrio e tende a haver algum

problema no processo.

Quem dá legitimidade para a escola conseguir passar aos

alunos suas regras de convivência e de respeitabilidade é a

família.

Um segundo elemento importante é que a escola tem que ser o

ponto de convergência de todas as famílias. Este é o grande

desafio da escola hoje em dia.

Numa tentativa de mesclar tradição e modernidade, o La Salle

Dores abriu espaço para um grupo de pais e educadores. São

encontros para debater, questionar e “estudar” uma nova

formatação no conceito de limites.

-Grupo GIRASSÓIS DA SOLIDARIEDADE - uma maneira

tradicional de praticar solidariedade. Alunos, professores e

Comunidade Educativa se articulam mensalmente e montam

cestas básicas para doação.

-Grupo de PAIS REPRESENTANTES - um elo de ligação mais

estreito entre família e escola. A escola tem chamado pais para

refletir e auxiliá-la na busca da qualificação do ensino dorense.

Este tipo de encontro é fundamental para discutirmos o que

queremos da escola e como esta deveria funcionar do ponto de

vista da família. É uma troca efetiva de conhecimentos e idéias.

É um momento em que marcamos presença na escola, em que

nos tornamos mais íntimos do ambiente escolar.

Ir.O

lavo

José

Dalvit

Sonia Maria da Silva Fraga

Vice-diretora e Supervisora Educativa, Escola

Fundamental La Salle Esmeralda, Porto Alegre-RS

Vários educadores brasileiros afirmam que onde há uma

parceria com os pais, equipe diretiva e os professores, há uma

aprendizagem mais efetiva por parte dos estudantes.

Concordamos com esta afirmativa, porém há uma

conscientização bem clara dos docentes lassalistas do La Salle

Esmeralda de que é necessário refletir, discutir e ter um olhar

diferenciado para o aluno que, além do aspecto financeiro

seja desassistido culturalmente, ou provenha de família que

não reconhece o verdadeiro significado da educação.

A nossa caminhada tem sido difícil, exigente e perseverante. A

união, a coerência, o querer e o acreditar do grupo docente,

ao longo dos 25 anos da presença lassalista na Vila Esmeralda,

é que elevou a consciência familiar da comunidade de que a

educação é inerente a toda a pessoa. Por isso, a necessidade

de ser bem administrada e a conseqüente exigência de maior

qualificação do ensino. Cresce ano a ano a procura de vagas

na Escola.

Nossas famílias são notadamente cooperativas e atenciosas

às solicitações da Escola, seja nas atividades para as quais são

convidadas ou quando lhes é solicitado comparecimento

para terem informações do desempenho do estudante. Esse

chamamento não é só para falar de problemas, mas também

para elogiar ou para juntos, escola e família, encontrarem

formas de ajudar o educando em suas dificuldades.

Sabemos que grande parte dos pedagogos e pesquisadores

da educação atribuem à família a origem dos problemas

disciplinares. Apontam o novo modelo familiar, no qual a mãe

trabalha fora do lar, substituindo o pai no sustento da casa e

ainda é encarregada da educação infantil, como causas

prováveis do fracasso escolar ou pelo desajuste social do

estudante. Neste sentido, nossa Escola fica atenta à realidade

local, buscando estabelecer metas e projetos que venham

amenizar ou resolver, dentro de sua área de atuação os vários

problemas com os quais depara. A visita da Orientadora

Educacional às famílias para conhecer e compreender a

história de vida de cada um dos estudantes, é uma estratégia

que vem dando excelentes resultados. Os pais a acolhem com

cordialidade e muitos problemas são resolvidos após a troca

de informações. Demonstram grande respeito pela Escola e

por todos os seus componentes.

Há uma boa relação de amizade entre os professores e os

estudantes. A produção do saber é fortalecida por este vínculo

afetivo.

A educação é um processo longo e inacabado e há muito o

que fazer e conseguir. É preciso que o sujeito tenha o desejo de

construir uma aprendizagem que lhe possibilite compreender

melhor o mundo e o entorno que o cerca. Como Escola de

Serviço Educativo a Pobres temos a convicção da iluminação

de La Salle nos momentos de angústia, de alegria e de

compensações, pois o nosso trabalho é resposta concreta à

missão confiada por nosso Fundador.

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Page 25: Revista Integração Ed. 96

Assessor de Comunicação do Colégio La Salle, de Canoas-RS,

Tiago Schmtiz, descreveu o projeto da Hora do Conto que integra

famílias da Educação Infantil através da presença das mães na

elaboração de histórias e da participação nas aulas.

Desde o início do ano letivo de 2006, as crianças do Nível III da

Educação Infantil do Colégio La Salle participam de horas do conto

especiais com as famílias. Na atividade, que acontece uma vez por

semana, mães trazem contos infantis com assuntos variados e

apresentam para os pequenos em sala de aula. Temas como amizade,

diferenças, inclusão, respeito, partilha, entre outros são trabalhados nas

histórias. “O trabalho é muito rico e a mãe que vem é sempre surpresa”,

conta a professora Vera Lúcia Pereira da Rosa, que idealizou a atividade.

Segundo ela, o conteúdo das aulas na semana é baseado na história

contada. Além da participação da família na escola, os alunos ainda

levam temas de casa para serem feitos com os pais. “As famílias ficam

mais amigas da escola e sabem o que estamos trabalhando em aula”,

ressalta. Na Semana de Projetos foi a vez dos alunos apresentarem a hora

do conto aos pais. No final do ano, a turma entregará um livro para as

famílias sobre todas as histórias contadas. “O objetivo do trabalho é ter a

presença dos pais em aula”, conclui Vera.

Segundo a Coordenadora Pedagógica Lisete de Almeida Portela, a

família e a escola são parceiros fundamentais no desenvolvimento de

ações que favoreçam o sucesso escolar e social das crianças e

adolescentes. O Projeto da Hora do Conto com as famílias, bem como os

demais projetos realizados no La Salle Canoas e que demandam a

participação efetiva da família, buscam promover uma interação

convergente, complementar e sinérgica com pais, alunos e professores

da instituição. São ações concretas como depoimentos, palestras,

oficinas, pesquisas e demais momentos de integração. Essas iniciativas

são estratégias de aproximação, de envolvimento e de coesão da família

com o contexto escolar. Elas oportunizam vivências que possibilitam

“Como mãe de alunos, tenho acompanhado o Colégio La Salle desde o ano de 1994. Nesse período, tenho percebido

uma crescente preocupação da Escola em integrar às famílias no processo educacional. O Colégio identificou que no

processo de formação de seus alunos, há uma necessidade de atuação conjunta entre família e escola. Para que isto

aconteça, vejo que alguns procedimentos foram adotados, visando estreitar esses laços. Atividades são desenvolvidas

para que os próprios pais venham até as salas de aula, transmitirem aos alunos suas experiências profissionais. Na

Educação Infantil ocorrem teatros e brincadeiras realizados pelas famílias, e os “pequenos” têm exigido ainda mais a

nossa presença. Tarefas de casa são elaboradas de forma que sejam executadas conjuntamente entre pais e filhos.

Espaços, tais como a Feira da Família são viabilizados buscando aumentar esta relação escola-família. É emocionante

e um privilégio, ver que nossos filhos apreciam e valorizam nossa participação junto ao La Salle. Cabe a nós como

pais, estarmos sensíveis a este convite que nos é efetuado, para que esta integração torne-se uma realidade. Sinto-me

feliz em poder participar deste processo e espero que todos possam aproveitá-lo. Tiremos o máximo proveito da

oportunidade que nos é dada, de sermos co-autores nas decisões administrativas e pedagógicas do Colégio La Salle,

o que facilita e favorece a formação de nossos filhos.” - Ângela Kazumi – mãe de quatro alunos.

Tiago

Schm

itz

MÃE DO LA SALLE CANOAS

MÃES DO LA SALLE DORES “Quando tu escolhes a escola para teu filho, o compromisso

é muito grande. Onde esta escola é parecida com tua casa?

A gente busca um diferencial. O grupo de pais

representantes já deu certo. Sou facilitadora da turma de

meu filho, as pessoas me ligam, colocam situações em que

não estão confortáveis. Somos bem recebidos e nos

antecipamos aos problemas. As questões são resolvidas e

nos sentimos satisfeitos. Estar feliz na escola é muito

importante.” - Tatiana de Mattos Moreira

“Os alunos formandos, que estão em contagem

regressiva para o encerramento do ano, nos dão uma

mostra do amor que eles têm pela escola. Na escola a

gente é alguém, não somos um número.” - Anamaria

Teixeira da Rosa

“Queremos que nossos filhos, além de terem um ensino

de qualidade, também tenham uma boa formação

espiritual. Que os valores sejam trabalhados. Que se

tornem cidadãos honestos, solidários e que se

preocupem com o todo. E, nesta aproximação com a

escola, sentimos que o que desejamos aos nossos filhos

também é preocupação da direção e professores do

Colégio La Salle Dores.” - Neide Spinato

“Como os filhos não nascem com manual de instrução, e

não existe curso de aptidão para ser mãe/pai, a escola serve

de alicerce, sustenta o que ensinamos e ainda acrescenta.

Só tem liberdade quem tem educação e conhecimento.

Quem quer ter liberdade tem que ter conhecimento.”

Carmem Jecy Machado Barros Xavier

refletir a infância, provocando impactos positivos na

vida dos educandos que vêem seus pais como

protagonistas de um momento tão especial dentro da

escola. O reforço emocional que emana dessa visão

traz para a criança a perspectiva de parceria e unidade

dentro de um mesmo propósito, que é educar. Os

alunos sentem-se, com certeza, muito orgulhosos de

seus pais. A participação deles está relacionada a

maior consciência e engajamento das famílias no

universo da aprendizagem, com enfoque social no

desenvolvimento de atitudes favoráveis ao sucesso

escolar dos filhos, e exige única e tão somente boa

vontade para engajar-se e disponibilidade de

comprometer um pouquinho do seu tempo em alguns

momentos durante o ano.

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Page 26: Revista Integração Ed. 96

Envie seu “Diário de Classe” para [email protected]

DEBATE E ELEIÇÕES SIMULADAS NO ENCONTRO DA

CIDADANIA, REALIZADO NA PASTORAL LA SALLE DE

MANAUS

Caroline Thomé,

Assessoria de Comunicação, Centro Educacional La Salle, Manaus-AM.

O setor de Pastoral do La Salle Manaus realizou o Encontro da

Cidadania, no dia 21 de setembro. Tendo o objetivo de colocar os

alunos em contato com os candidatos a governo do estado, estiveram

presentes ao debate de idéias os senhores Paulo de Carli (PDT) e Arthur

Virgílio Neto (PSDB).

Os alunos fizeram questionamentos sobre educação, saúde, Zona Franca de

Manaus e o impasse da TV Digital.

Na semana seguinte ao debate, os alunos participaram de uma Eleição

Simulada, com o apoio do TRE, que instalou uma urna eletrônica no hall da

escola. Os alunos que não puderam ter acesso à urna votaram em sala de

aula, com o método antigo das cédulas de papel.

Émerson Vasconcelos

MOACYR SCLIAR VISITA O LA SALLE NITERÓI

No mês de setembro o La Salle Niterói recebeu o imortal,

da Academia Brasileira de Letras, Moacyr Scliar. O

escritor palestrou e respondeu perguntas aos alunos de

5ª série do Ensino Fundamental ao segundo ano do Ensino

Médio.

Scliar, logo no início de sua fala, se disse honrado por estar mais

uma vez em uma unidade da Rede La Salle que, segundo ele,

sempre o recebeu muito bem. O imortal não se ateve a falar sobre os

livros que os alunos leram. Seu discurso teve mais a ver com a

importância da leitura e a forma como ele acredita que as pessoas

devem valorizar os livros.

Em certo momento o escritor usou como exemplo uma fala de sua

mãe, que dizia que “em sua casa poderia até faltar comida, mas

jamais poderiam faltar livros”, para explicar aos alunos onde teve

origem sua paixão pela literatura. Como conselho ao aluno

Cristiano Glustack, que pediu a Scliar dicas de bons livros que pudessem enriquecer a formação dos estudantes além das

necessidades para o vestibular, o escritor disse que o ideal é que as pessoas leiam muito, e leiam de tudo, para poder encontrar

aquele livro ou aquele autor com quem melhor se identificam.

No final do encontro Moacyr Scliar, sempre sorridente, concedeu uma entrevista ao Tá Ligado, informativo do La Salle Niterói, e

autografou os livros de todos os alunos que os tinham em mãos. , Assessoria de Comunicação, Colégio

La Salle Niterói, Canoas-RS.

Émerson Vasconcelos

Arquivo LSManaus

COLÉGIOS DE PORTO ALEGRE CRIAM CARTÃO

LA SALLE DE DESCONTOS

Os Colégios La Salle Dores, La Salle Santo

Antônio e La Salle São João firmaram parceria

para a criação do Cartão La Salle de Descontos. O

projeto surgiu a partir da experiência já obtida pelo La

Salle Santo Antônio com o cartão de descontos Antônio's

Card, desde o ano de 2004. Assim, todos os conveniados

já existentes neste primeiro projeto passam a integrar a lista

de conveniados do novo cartão.

O projeto tem como objetivo firmar convênios com

empresas de diferentes segmentos para proporcionar aos

integrantes das Comunidades Educativas, sejam estudantes,

pais ou colaboradores, descontos na aquisição de produtos

e utilização de serviços.

O cartão irá somar forças na criação de uma marca mais forte em Porto Alegre, além de possibilitar melhores e maiores parcerias no

oferecimento de descontos à Comunidade Lassalista. O Cartão La Salle de Descontos começará a funcionar no início do ano letivo

de 2007, disponibilizando aos beneficiados um guia de convênios com as primeiras instituições parceiras.

, Assessoria de Comunicação, Colégio La Salle Santo Antônio, Porto Alegre-RS.

Cíntia Miguel

Kaefer

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DIÁRIO DE CLASSE

Page 27: Revista Integração Ed. 96

LA SALLE DORES PARTICIPA DA FEIRA DE

MINIEMPRESAS

O C participou, na manhã do

dia 07 de outubro, da Feira de Miniempresas no Shopping

Iguatemi. Ao todo foram expostos 28 trabalhos de 24 escolas.

A miniempresa Orievahc, dos alunos dorenses, expôs chaveiros que

concorreram com produtos como velas de gel, almofadas, cestas,

bijouterias e luminárias.

O projeto da miniempresa oportuniza que os alunos tenham contato

com todos os processos de uma empresa, desde a pesquisa até a

produção e venda dos produtos. A estrutura organizacional das mini-

empresas é como a de uma empresa real, elas têm direção de

marketing, finanças, recursos humanos, produção, acionistas e

presidente.

OLÉGIO LA SALLE DORES

Juliane Penteado, Assessoria de Comunicação,

Colégio La Salle Dores, Porto Alegre-RS.Juliane Penteado

MÃES DO LA SALLE CANOAS PREPARARAM

ATIVIDADES PARA O DIA DA CRIANÇA

Na sexta-feira, dia 06/10, as atividades da Semana da

Criança La Salle se iniciaram com homenagem das

famílias para os aluninhos da Educação Infantil. Mães

vestidas de criança, outras com fantasias de palhaço,

prepararam pequenas peças teatrais que foram apresentadas no

Salão de Atos. As crianças do Nível I, II e III estavam sorridentes ao

ver suas mães no palco. A primeira apresentação foi das famílias do

Nível I e II que associaram as letras do alfabeto aos nomes dos filhos.

“Nossa intenção foi de passar a idéia de que aprender é divertido e

alegre”, ressalta Edilene Bisinella, mãe da aluna Cecília, do Nível II.

Depois, foi a vez da apresentação das famílias do Nível IIIB. Vestidas

de criança e fantasiadas, as mães dançaram no palco ao som de

músicas infantis. A última apresentação, das famílias do Nível IIIA,

trouxe a alegria dos palhaços ao palco. A história era sobre o

Palhaço Mentiroca e passava uma mensagem educativa sobre os

cuidados no trânsito. Ainda no Salão de Atos, foram distribuídas

guloseimas para os alunos.

Segundo Edilene, este tipo de atividade com as famílias faz muita

diferença. “Quanto mais a família participar da vida do filho na

escola, mais ele vai aprender e ter prazer em estar em aula”. A

Semana da Criança ainda tem brincadeiras, baile à fantasia,

cachorro-quente, sorvete, algodão doce, e até sessões de cinema.

, Assessoria de Comunicação, Colégio La Salle,

Canoas-RS.

Tiago Schmitz

FEIRA DE INTEGRAÇÃO CULTURAL DO LA SALLE

SÃO JOÃO EXIBE CULTURA INGLESA E

ESPANHOLA DE DIFERENTES PAÍSES

Na sexta-feira (1º de setembro), o La Salle São João

realizou sua III Feira Anglo-Hispânica e II Mostra Cultural,

durante todo o dia, no Salão Nobre do Colégio.

A Feira de Integração Cultural, que acontece de dois em dois anos,

na Escola, nesta terceira edição, exibiu a cultura de 14 países de

língua inglesa e espanhola, sob a organização dos alunos da 1ª e 2ª

séries do Ensino Médio, com a coordenação das professoras de

Inglês e de Espanhol, Ivanise Martins e Adriana Ritter. Diversos

estandes, ocupados pelos alunos, fornecerem aos visitantes muita

cultura e informação.

A Mostra Cultural, que aconteceu, a partir das 20h, teve recorde de

público e exibiu apresentações artísticas de diversos grupos de

danças. , Assessoria de Comunicação, Colégio La

Salle São João, Porto Alegre-RS.

Nadia LealRoguer Giordano

Tiago

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27Envie seu “Diário de Classe” para [email protected]

DIÁRIO DE CLASSE

Page 28: Revista Integração Ed. 96

Émerson Vasconcelos

Cíntia Miguel Kaefer

LA SALLE NITERÓI PROMOVE MOSTRA DE

CONHECIMENTO

A II Mostra de Conhecimento do La Salle Niterói,

aconteceu no mês de outubro de 2006. O Evento foi

aberto ao público externo e contou com a presença de

mais de 700 alunos de escolas do bairro Niterói, em Canoas-

RS. Ao todo foram mais de 70 trabalhos em exposição, além de 5

palestras educativas e diversas apresentações culturais

organizadas pelos alunos.

Os alunos da Educação Infantil e das séries inicias do Ensino

Fundamental produziram trabalhos baseados na cultura de

diversos países, sendo que cada turma ficou responsável por

pesquisar sobre uma nação. Já as séries finais do Ensino

Fundamental e o Ensino Médio apresentaram trabalhos com

temas variados, escolhidos pelos próprios alunos.

As palestras, todas com cunho educativo, também foram totalmente formuladas pelos estudantes e ministradas por eles. “Com as

palestras o nosso objetivo é incentivar a pesquisa. Todos os palestrantes foram estimulados pelos professores a buscarem maiores

informações sobre seus temas, inclusive com saídas de campo”, conta Niúra. Segundo a coordenadora do Projeto, professora Niúra

Ramires Faria, o objetivo da mostra é fazer com que o aluno desenvolva o hábito de organização, observação, planejamento,

criatividade, métodos e habilidades de pesquisa. “Este é o nosso principal propósito, além de valorizar o conhecimento produzido

em nossa Comunidade Educativa”, esclarece a coordenadora. , Assessoria de Comunicação, Colégio

La Salle Niterói, Canoas-RS.

Émerson Vasconcelos

LA SALLE SANTO ANTÔNIO É PREMIADO EM

EVENTOS CIENTÍFICOS

O Colégio La Salle Santo Antônio conquistou premiações

em dois eventos da área de Ciências e Tecnologia, no mês

de outubro. Na sexta-feira, 20 de outubro, o projeto Laguinho

recebeu Menção Honrosa no 1º Salão UFRGS Jovem, em

cerimônia realizada no Salão de Atos da Universidade. Ao todo,

129 trabalhos foram apresentados por Instituições de Educação

Básica, e somente 14 foram premiados. Os Professores Fernando

Medeiros e Suzana Zanotto, coordenadores do Projeto,

participaram da premiação, juntamente com estudantes da 5ª e 8ª

séries.

O trabalho foi apresentado na UFRGS pelos alunos Bruno Gomes,

Daniela Ruzzarin, Daniela Wecki e Vicente Ribeiro, da turma 151;

Akira Kimura Gaudioso e Renata Delucis Hilal Necchi da turma

181; Augusto Lumertz Reck, Felipe Korndorfer dos Reis, Guilherme

Dutra de Oliveira, Rafael Pompeu

de Oliveira, Ricardo Perazzoni

Jaeger e Vitor Hugo Constantino

Scharndorf, da turma 182. O

Projeto busca a recuperação das

condições ambientais do Laguinho

localizado na área do Colégio.

Durante o mês, o Colégio foi

comunicado sobre a classificação

do estudante Vitor Dal Bó Abella,

Turma 212, para a V Olimpíada de

Química do Sul - 2006. A cerimônia

ocorre no dia 16 de novembro, na

Fundação Liberato, em Novo

Hamburgo.

, A s s e s s o r i a d e

Comunicação, Colégio La Salle

Santo Antônio, Porto Alegre-RS.

Cíntia Miguel

K a e f e r

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DIÁRIO DE CLASSE

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Silvia

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ALUNOS EXIBEM CURTAS DO PROJETO

“ARTE EM CENA”

Os alunos do 2º ano do Ensino Médio tiveram

uma noite de estrelas de cinema na segunda-feira.

Diante de uma platéia formada por pais, professores,

órgãos de comunicação e convidados, eles exibiram

curta-metragens produzidos dentro do Projeto Arte em

Cena, desenvolvido pela professora Carla Machado.

Ao todo, foram seis filmes de 10 a 25 minutos de

duração que abordaram temas diversos, desde

adaptações de obras literárias, como Romeu e Julieta,

de William Shakespeare, e O Seminarista, de Bernardo

Guimarães. Dois roteiros fizeram uma paródia do filme

Pânico 2 e de um dos episódios de A Grande Família.

Problemas de Família e Um Criminoso em Nossa Casa

trataram de questões atuais, como a violência e a

desestruturação familiar. “Diante de problemas, o

importante é não desistir, sempre deve haver esperança”,

disse Elisa Valigura, atriz de Problemas de Família. No

final das apresentações, foi servido um coquetel aos

presentes. Como estrelas de cinema, os alunos também

deram entrevistas e distribuíram autógrafos. ,

Assessoria de Comunicação, Colégio La Salle

Medianeira, Cerro Largo-RS.

Marlete

Juliane Penteado

LA SALLE DORES PARTICIPOU DA CORRIDA PELA VIDA

Juliane

Penteado

Uma manhã de domingo ensolarada, muita animação e energia. Esse foi o clima da 13ª Corrida pela Vida promovida pelo Instituto

do Câncer Infantil.

Junto a outras escolas, academias e participantes de todas as idades, o Colégio La Salle Dores marcou presença nesse evento que

reuniu milhares de pessoas em torno de um nobre objetivo: destinar a verba arrecadada pela venda de camisetas ao tratamento de

crianças com câncer.

A Corrida pela Vida, que capta recursos para a causa do câncer infantil, mobilizou a Comunidade Educativa do La Salle Dores. Desde

agosto, o colégio se preparou para participar desse evento que é uma exemplar iniciativa do Instituto do Câncer Infantil do Rio Grande

do Sul.

Durante os meses que antecederam a Corrida, as turmas da escola foram convidadas a substituir o uniforme pela camiseta do Evento.

A ação é uma das formas que a instituição encontra de ser solidária com causas sociais e de incentivar que os educandos sejam

cidadãos pró-ativos e conscientes.

O La Salle Dores agradece a presença dos participantes e antecipa que no ano que vem tem mais.

, Assessoria de Comunicação, Colégio La Salle Dores, Porto Alegre-RS.

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DIÁRIO DE CLASSE

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DIÁRIO DE CLASSE

CAMPEONATO DE LEITURA ENTRE AS QUARTAS SÉRIES

NO LA SALLE MANAUS

Caroline Thomé,

Assessoria de Comunicação, Centro Educacional La Salle, Manaus-AM.

As 4ª séries do La Salle Manaus estão envolvidas em um

campeonato de leitura, que se estenderá até o final do ano letivo. A

abertura da atividade contou com a palavra de apoio do Ir. Antônio

Cantelli, e a explicação de como funcionar a competição: os alunos que

mais emprestarem livros na biblioteca e mais confeccionarem fichas de

leitura (indicações e propagandas de um livro que leram, que serão

afixados em um mural) serão premiados.

Caroline Thomé

Arquivo LSSJ

LA SALLE SÃO JOÃO REALIZA II FESTIVAL DE

FOLCLORE E CULTURA POPULAR

Uma verdadeira miscigenação de culturas, que teve origem

na Mostra Cultural Gaúcha, tradicional na instituição, o II

Festival LA SALLE SÃO JOÃO de Folclore e Cultura Popular, que

aconteceu do dia 22 de setembro, das 17h às 21h30min, no

pátio do Colégio, apresentou trabalhos de diferentes faixas

etárias e diversas atrações ligadas aos povos formadores do Rio

Grande do Sul.

Um evento que procura promover a integração, não só de etnias,

mas da comunidade em geral, neste ano também ofereceu aos

presentes uma mostra gastronômica - com destaque às

culinárias espanhola (preparo da PAELLA, ao vivo) e alemã - e ao

tradicional churrasquinho, reportando às tradições gaúchas.

Participações especiais de diferentes grupos folclóricos e

apresentações dos alunos da Educação Infantil às Séries Iniciais

abrilhantaram a Festa, depois da abertura oficial feita pela

Banda Marcial São João. , Assessoria de

Comunicação, Colégio La Salle São João, Porto Alegre-RS.

Nadia Leal

ALUNOS DO LA SALLE CANOAS PARTICIPAM DE

INTERCÂMBIO CULTURAL

Tiago Schmitz

No dia 23/10, os alunos da 8ª série do Ensino Fundamental

do Colégio La Salle Canoas iniciaram um Intercâmbio Cultural

para Argentina. A viagem internacional de estudos aconteceu

pelo terceiro ano consecutivo e, durante cinco dias, cerca de

cinqüenta estudantes viveram uma experiência diferente saindo da

sala de aula para aprender sobre a cultura latina. Os jovens

percorreram mais de 2500 quilômetros nesta viagem de estudos pela

América Latina. Enriquecimento cultural, aperfeiçoamento da língua

estrangeira e muito conhecimento são os principais objetivos do

intercâmbio que saiu de Canoas em direção a Buenos Aires, capital

da Argentina. O roteiro incluiu visitas à Casa Rosada, ao tradicional

bairro da Recoleta, Obelisco, Teatro Colon, entre outros pontos

históricos de Buenos Aires. Depois, os estudantes seguiram para a

cidade uruguaia de Rivera. Um dos pontos mais importantes da

viagem foi a integração entre os alunos do La Salle Canoas e do La

Salle Buenos Aires, realizado no dia 25.

O projeto é voltada aos estudantes de 8ª série, pois os conteúdos das

disciplinas abordam assuntos referentes à América Latina e ao

Mercosul, envolvendo desde Matemática até Educação Física.

Acompanharam os alunos quatro professores e dois guias

contratados. , Assessoria de Comunicação,

Colégio La Salle, Canoas-RS.

Arquivo

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Page 31: Revista Integração Ed. 96

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23ª EDIÇÃO DA FEIRA DO LIVRO LA SALLE SANTO ANTÔNIO ENVOLVE COMUNIDADE

Cíntia Miguel

Kaefer

Entre os dias 18 e 20 de outubro ocorreu a 23ª edição da Feira do Livro do Colégio La Salle Santo Antônio. O evento teve como

patronesse a escritora Jane Tutikian, além de contar com a presença de outros escritores gaúchos. Encontros, palestras, visitações,

horas do conto, saraus literários rechearam a programação do evento em diferentes ambientes da Comunidade Educativa. As

crianças da 2ª série do Ensino Fundamental aproveitaram o evento cultural e autografaram CDs com trabalho desenvolvido no

Núcleo de Informática Educacional sobre a releitura da poesia Mapa do escritor Mario Quintana.

Já os estudantes da 1ª série do Ensino Médio apresentaram a Mostra de Literatura de Cordel traços, textos e xilogravuras. Os

trabalhos trazem textos inspirados em acontecimentos políticos e econômicos do Brasil, através de contato e análise de periódicos,

como o jornal Zero Hora e a Revista Veja. Os versos de cordel têm relação direta com a literatura medieval,

foco de estudo da série, orientado pelas Professoras Neidi Oliveira e Miriam Viana

, Assessoria de Comunicação, Colégio La Salle Santo Antônio, Porto Alegre-RS.

.

Cíntia

MiguelKaefer

JORNADAS DE FORMAÇÃO PROMOVEM VALORES

HUMANOS E CRISTÃOS

Marlete

Estudantes do La Salle Medianeira estão tendo a oportunidade

de repensar os valores humanos nas Jornadas de Formação

promovidas pela escola. As jornadas são encontros nos quais

são abordadas temas importantes para o crescimento pessoal,

como a amizade, o respeito e a convivência. Os encontros

acontecem durante um dia inteiro no Balneário Cristal,

localizado no interior de Cerro Largo. Além de reflexões, os

alunos são estimulados a realizar atividades em grupo em um

espaço privilegiado junto à natureza.

A Jornada é planejada pela Supervisão Pastoral e pelo Serviço de

Orientação Educacional a partir de sugestões de cada turma e

do professor regente, que indicam os conteúdos a serem

desenvolvidos. Durante o dia, as reflexões são intercaladas com

atividades que exigem a cooperação e o espírito de equipe.

Todas as turmas do Ensino Médio e quatro do Ensino

Fundamental já participaram da experiência ,

Assessoria de Comunicação, Colégio La

Salle Medianeira, Cerro Largo-RS.

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FAMÍLIA E ESCOLA

UMA ALIANÇA EM QUESTÃO

FAMÍLIA E ESCOLA

UMA ALIANÇA EM QUESTÃOEloísa de Ávila

Diretora do Colégio La Salle, Carazinho-RS.

Um cuidado importante é que a Escola

precisa verificar as reais necessidades das

famílias, antes de planejar palestras ou

outros momentos de formação, a fim de

corresponder às reais necessidades dos

alunos e suas famílias.

Compreendemos que a escola deve ter

muitos canais de comunicação entre os

pais e professores, seja através do diálogo

ou de comunicação escrita, pode oferecer

caixas de sugestões, emails para contato,

ou os meios que viabilizem a comunicação

rápida e eficiente.

Ressalta-se a necessidade dos professores e

funcionários da escola estarem bem

orientados para estabelecerem bons

vínculos de comunicação e receberem bem

as famílias na escola, mostrando o

funcionamento da mesma para que os pais

estejam cientes da proposta educativa.

Os professores devem valorizar a

participação da família nas tarefas de casa,

mas precisam evitar a sobrecarga de

atividades, tendo consciência dessa

participação como momentos de incentivo.

Para as famílias, também podemos

destacar algumas formas de estabelecer

bons laços com a escola:

A família precisa estar de acordo com a

proposta Educativa, ser consciente dos

princípios da escola e aprovar a forma

desta instituição, caso contrário, não

apostará no sucesso e estará prejudicando

os vínculos do aluno com a Escola, pois é

Vale destacar, o quanto a escola

precisa ressaltar aspectos

positivos, sobre as conquistas

dos alunos, procurando

superar o velho hábito de

chamar a família na escola

só para reclamar do aluno, mas

poder valorizar o crescimento,

a fim de aprimorar a

auto-estima de todos.

PAPEL DA FAMÍLIA

Buscando analisar as relações entre a

família e a escola, podemos destacar que

em tempos e espaços histórico-sociais

diferentes, é possível verificar mudanças

sociais e culturais, porém na Modernidade,

percebe-se que as famílias sofrem

mudanças notáveis, apresentam novas

c o n f i g u r a ç õ e s n a s o c i e d a d e

contemporânea e constituem-se de

diferentes maneiras.

Surgem outros tipos, diferentes dos

modelos tradicionais da família nuclear de

pai, mãe e filhos; enfim, podemos destacar

mudanças de configurações familiares a

partir de influências sociais, culturais e

econômicas. Para analisar as relações da

família com a escola, faz-se necessário

identificarmos os dispositivos de aliança

apontados pela Pedagogia Lassalista, por

Narodowski ( 2001):

Com essa referência destacamos que a

presença do dispositivo de aliança família-

escola é apontado por São João Batista de

La Salle e até os nossos dias, discutimos a

necessidade da família aliar-se à escola e

especialmente buscamos alternativas de

envolver os pais na vida estudantil de seus

filhos.

Podemos pensar nessa trajetória, valendo-

Em termos gerais, La Salle

contribui para perpetuar a

tradição que imagina o

professor como substituto dos pais.

O dispositivo de aliança

escola-família deve instalar-se,

à luz da pedagogia lassalista,

em um contrato entre mestres

e pais, contrato praticamente

explícito.

A tal ponto que a conduite estabelece um

ritual perfeitamente limitado onde se

define a aliança:

“O Irmão Diretor não receberá nenhum

aluno que não seja apresentado pelo pai

ou a mãe com a qual reside, ou parente de

idade razoável tendo certeza de que vem

por parte dos pais.”

(Conduite: p.241 in Narodowski)

nos de observações que fazemos,

buscando perceber como elas são

comprometidas nesse processo educativo.

O funcionamento adequado da

instituição escolar se estabelece a partir

de um mecanismo de aliança entre o

professor e os pais dos alunos.

Com essa crença, nossa sociedade,

discursa sobre a necessidade de aliar as

forças da família e da escola, porém há a

possibilidade de pensarmos que pouco

ou quase nada se efetiva em termos de

aliança, pois por um lado a Escola

desenvolve seu trabalho e por outro a

família segue sua forma de vida,

“distante” da vida regrada da escola.

Nessa constituição dos professores como

substitutos dos pais, nos deparamos com

discursos que fazem prevalecer sobre o

papel dos professores como educadores,

ampliando significativamente seu papel

n a r e s p o n s a b i l i d a d e s o b r e a

intelectualidade para muito além, aos

aspectos afetivo-sociais, o que os torna,

cada vez mais comprometidos com a

formação das crianças, jovens e

adolescentes. Essa tradição vem

fortalecendo o discurso do professor

como aquele que tem o compromisso de

acompanhar todo o desenvolvimento do

seu aluno.

A partir de análises pessoais e dicas da

revista Nova Escola de junho/julho -

2006, podemos pensar e sugerir algumas

alternativas para aliar a família e a escola

em prol da educação:

Para a escola podemos destacar a

importância de conhecer a família dos

alunos, a sua realidade, buscando

integrá-los. A escola procura conhecer e

saber aceitar as diferentes configurações

familiares, sabendo que a escolha de

valores são da família, desde que esses

n ã o a p r e s e n t e m d a n o s a o

desenvolvimento da criança. Caso

contrário, a escola pode ser a promotora

de qualidade de vida e educação.

PAPEL DA ESCOLA

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ARTIGOS

Page 33: Revista Integração Ed. 96

preciso transmitir segurança às crianças,

quanto ao ambiente de estudo.

A auto-estima e a auto-confiança da

criança na escola estão intimamente

l igadas ao comprometimento e

conhecimento que a família tem em

relação à sua Escola.

Nesse sentido, é necessário ter abertura

de diálogo com a Escola, deixando

sempre os professores cientes das reais

situações de seus filhos; no caso de

algum problema, devem comunicar a

escola, para que a mesma possa agir

adequadamente e assim corresponder às

expectativas. Os familiares devem

observar as necessidades dos estudantes

antes de sair de casa.

A família tem um papel muito importante,

por isso ao sair de casa é muito bom que

deseje ao filho(a) que tenha um bom dia

ou uma boa tarde de estudos. Quando

este desejo é afetivo, aproxima as

pessoas, transmitindo segurança, o que é

imprescindível para o crescimento e

desenvolvimento de todos.

A família precisa estabelecer boa

comun i cação , conhecendo o s

professores de seus filhos, não precisa

esperar ser chamada à escola para tomar

conhecimento sobre o desempenho

estudantil, mas pode buscar saber sobre

o aproveitamento escolar.

Quando a família percebe problemas

escolares, deve procurar resolver

diretamente com o professor e seu filho,

somente em último caso deverá recorrer

a outros, pois com o diálogo é possível

sanar grande parte das dificuldades,

esc la recendo fa tos e dúv idas ,

reestruturando as possibilidades de

crescimento e desenvolvimento.

A família precisa acreditar e expressar sua

credibilidade na Proposta Educativa da

Escola, para que sua percepção expresse

afetividade e desperte expectativas bem

positivas em relação aos estudos. Assim

deseja-se que a família e a escola,

possam estabelecer uma aliança para

unificar ações em prol da educação.

BIBLIOGRAFIA

NARODOWSKY, Mariano.

. São

Paulo: Editora da Universidade São Francisco,

2001.

. Junho/Julho 2006.

Infância e Poder:

conformação da Pedagogia Moderna

REVISTA NOVA ESCOLA ,

A ENTIDADE FAMILIAR

E A ESCOLA

A ENTIDADE FAMILIAR

E A ESCOLAGeraldo Recktenvald

Professor do Curso de Direito e Coordenação do Núcleo de Prática Jurídica

do Centro Universitário La Salle - UNILASALLE, Canoas-RS.

“A família, base da sociedade, tem

especial proteção do Estado” (Art. 226,

caput, da Constituição Federal). A par de

qualquer outra qualificação ética, moral

ou religiosa, o Estado leigo destaca a

entidade familiar com certa prioridade

para o Casamento, reconhecendo de

pleno direito a União Estável, bem como

os grupos familiares constituídos por um

dos pais e os filhos. Esta é a norma

jurídica leiga, desprovida de qualquer

princípio, pois estabelece o mínimo ético,

tratando a todos de forma igual,

independentemente de religião, moral

ou trato social. Não somos obrigados a

nos conduzirmos nos limites mínimos

legais, mas podemos agir muito acima

da fria letra da lei, é o que nos diferencia

das pessoas sem qualquer motivação

religiosa ou ética, nos dando uma

condição sublime de liberdade.

A família dentro da sociedade,

encontra-se em constante evolução,

acompanhando a ciência e os costumes,

c r i a d o s a p a r t i r d o s n o v o s

conhecimentos, afastando-nos cada

vez mais do grupo familiar quase

intocável do século XX, constituído

sempre pelo casamento formal e

religioso, até o advento da Lei N°

6.515/77. Mesmo com forte oposição

da Igreja Católica, o Estado Brasileiro

admitiu o divórcio dando oportunidade

aos novos entes familiares, mais

expostos e em conseqüência mais

liberais. A exagerada oposição da

Igreja aos novos mandamentos da Lei

secular, nos dá a impressão de certa

incapacidade ou até fragilidade em

relação aos exemplos que deveríamos

dar ao mundo. O divórcio na lei estatal

não obriga os cristãos casados a se

divorc iarem, nem uma futura

descriminalização do aborto, a

praticarmos o abominável ato. A Igreja

precisa urgentemente acreditar com

mais veemência em seus ensinamentos

e na capacidade dos seus fiéis, com

bons exemplos e credibilidade,

influenciar os descrentes.

1. Uma família em transformação

2. Escola Cristã: parceira e ombro

amigo

3. A dura realidade

As novas janelas que se abrem para a

família, exigem mais atenção dos pais, que

cada vez mais procuram parcerias para a

condução dos filhos, achando nas escolas

cristãs um confiável apoio, cobrando

muitas vezes destas o que eles deveriam

ter-lhes passado pelo exemplo e amor

familiar. Parceiro é ombro amigo e não

substituição da responsabilidade familiar,

é complementação da educação e não um

mundo totalmente estranho ao vivido no

lar. Os princípios básicos são da

responsabilidade da “célula mater” e não

dos grupos sociais maiores.

Na escola, os professores, em sua grande

maioria esmeradamente preparados, não

substituem os pais, especialmente quando

as famílias se desunem pelas separações,

cada vez mais freqüentes, sem levar em

conta a sorte dos filhos, causando-lhes

traumas de difíceis superação, em especial,

quando a imaturidade paterna e materna

fazem deles instrumentos de vingança

mútua, abomináve l prá t ica nas

separações litigiosas.

Numa avaliação preliminar realizada pelo

Núcleo de Prática Jurídica do Curso de

Direito, do UNILASALLE, em Canoas, de

um universo de 1.200 (mil e duzentos)

casos pesquisados e atendidos na área do

direito de família, (separações, divórcios,

ações de alimentos, reconhecimentos de

paternidade e guarda de menores)

constatou-se que em 23% dos casos

atendidos, os pais eram casados

formalmente; 57% mantinham união

estável,(não impedidos de se casarem); os

demais eram frutos de relação eventuais

ou de concubinato, (impedidos de se

casarem formalmente). Os filhos, oriundos

destas relações, em todos os casos,

aparecem em terceiro plano nas

prioridades. Primeiro, era tratada a

liberação dos pais apartando-se; depois

discutia-se a divisão dos bens e por último

se lembravam dos filhos, quem ficava com

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eles e quanto o outro alcançaria a título de

alimentos. Como é moda, defendido

inclusive por algumas sociólogos e

educadores, geralmente os pais se

decidem pela guarda compartilhada

quando os filhos ficam um tempo com a

mãe e outro período com o pai, sem um

identidade, divididos entre pai e mãe. Esta

forma pode servir para maiores de 14

anos, mas é desaconselhada e

extremamente prejudicial, especialmente

para a vida escolar, para crianças entre 3

e 12 anos. Nesta idade, a criança deve

morar com a mãe ou com o pai e visitar ou

ser visitada pelo outro. Cabe, também, ter

identidade, rotina e disciplina, caso

contrário terá essas mesmas atitudes de

falta de comando e responsabilidade na

Escola, sendo por nós educadores

considerado “aluno problema”, enviado

para o SOE e para a Psicóloga da

insti tuição, que geralmente não

conhecem a criança fora do ambiente da

Esco la , f a l t ando - l he s p rec io sa

argumentação para uma ajuda integral,

que possa auxiliar na restauração do

desenvolvimento equilibrado e produtivo,

tanto em relação às tarefas e o

aprendizado, como no crescimento ético

moral, com princípios sólidos para a vida.

O objetivo da pesquisa que se desenvolve

no UNILASALLE, anteriormente citada, é

comparar os efeitos das dissoluções

familiares quanto aos filhos, “quais

mariscos entre o mar e o rochedo”, não

estando nunca preparados para verem

seus pais separados. Como as

separações são uma realidade, até

preocupante, pais, escolas, igrejas e

todos os grupos sociais organizados

devem interagir para minimizar os

danosos efeitos causados às crianças, nos

conturbados processos de desagregação

familiar.

A Constituição Brasileira, um tanto

permissiva e leiga, não se preocupou com

os efeitos da possibilidade de facilmente

resolver os problemas dos conviventes,

separando-os, relegando os demais

membros da família, para planos e

soluções posteriores, quando sequer

estavam preparados para a separação.

A família, independentemente de sua

composição, junto com a Escola,

oferecem experiências de vida para as

crianças em progressiva evolução para

uma estrutura adulta e para o profissional.

Sem bons exemplos, princípios sérios, não

4. Pais e Educadores, eternos

modelos

se forma uma pessoa equilibrada e segura.

É na convivência observativa que os

pequenos elegem seus modelos a serem

seguidos. Se vivem em ambientes de

desconfiança, medo, agressões verbais e

físicas, tornam-se revoltados e agressivos,

sem confiança e sem limites. Não se

educa ninguém com ofer ta de

recompensas, tais como presentes, ou

mesmo dinheiro. O que realmente auxilia

na formação integral e integrada das

crianças é o exemplo de amor, fidelidade

e confiança fundados na credibilidade e

na fé, onde família e Escola interagem,

não se opondo, mas confirmando uma,

os princípios legados por outra. Dentro

deste harmonioso entendimento, as

demais experiências na vida da criança,

do jovem e do adulto, dentro da

sociedade e da profissão, facilitam o bom

exemplo e uma evolução de respeito,

honestidade e solidariedade, que tornará

o mundo mais humano e responsável,

diferente da nossa realidade atual em que

a competição, muitas vezes inescrupulosa,

nos leva à prática de ações opostas ao

que se espera de um verdadeiro cristão.

A e d u c a ç ã o d o s f i l h o s é d e

responsabilidade dos Pais, da Escola, do

Estado e Sociedade em geral, cada qual

com sua intensidade, sendo o amor

paterno insubstituível e fundamental,

ligado pela genética, enquanto as demais

entidades, auxiliares na plena formação

dos pr inc íp ios or ien tadores da

personalidade, que se molda na

convivência fami l iar. Uma vida

equilibrada na família, facilita a

assimilação do processo ensino-

aprendizagem, como uma decorrência

natural, já um desequilíbrio emocional na

relação familiar, desestabiliza o próximo

passo que é a Escola, levando os

envolvidos: criança, pais, professores e

demais membros da comunidade

5. Responsabilidade ampla

educativa, com maior ou menor

intensidade, a não cumprirem seu mister

integralmente, ou mesmo a fracassarem

de forma contundente.

Quanto mais os pais assumirem os seus

filhos, exigindo-lhes limites e obediência,

com formação sólida, fundada em bons

exemplos, em princípios éticos e morais

convincentes, mais sã será a sociedade. E

quanto mais desestruturada estiver a

família, mais problemas na escola, tanto

na pública quanto na particular. Os

reflexos da desestabilidade e violência

cada vez mais presentes em nossas

escolas, repercutem na sociedade, que

com a fraca atuação do Estado, dando-

nos um grande sensação de impunidade,

põe em risco o futuro próximo. Só com

forte retomada dos princípios e valores

éticos, morais e cristãos, se reverterá

gradativamente o estado atual. O futuro

ainda está em nossas mãos, uma

retomada da credibilidade da família,

através de uniões sérias e duradouras,

dando confiança e força aos seus

membros, em especial aos filhos.

Desejamos que a credibilidade dos

ensinamentos da família tenham

continuidade na Escola, principalmente

na Escola Cristã, que ainda é vista como

modelar. Assim, a sociedade civil,

receberá cidadãos livres e de pensamento

positivo, que influenciarão a todos que

com eles conviverem. Onde o mal será

vencido pelo bem e não pela força do

aumento de penas aos infratores, mas

pela sua recondução ao pacífico convívio

social.

Como professor, pai, cristão e advogado,

creio nas instituições sérias e nos

profissionais que nelas atuam, como

único caminho que nos levará a resgatar a

credibilidade no ser humano.

6. À guisa de conclusão

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ARTIGOS

Page 35: Revista Integração Ed. 96

Hoje, mais do que em outras épocas, há

necessidade de atualização contínua dos

conhecimentos e das práticas como

forma de acompanhamento da evolução

dos tempos e da garantia do bom

desempenho profissional. Até quando

seremos capazes de nos manter

atualizados, e, profissionalmente, em

condições de atender às exigências da

sociedade de hoje?

Com o movimento de mudanças, o

desafio da concorrência, além de outros

que a sociedade nos impõe, traz a

permanência e a rotatividade dos

profissionais para uma análise mais

aprofundada. Em geral, observa-se em

empresas com alto grau de satisfação em

seus funcionários, baixa rotatividade.

Em um passado não muito distante,

porém, um profissional não pensava em

deixar a empresa em que ingressava,

chegando à aposentadoria após ter

passado por apenas uma ou, no máximo,

duas instituições. Essa realidade já um

pouco distante, ainda é regra no Japão,

onde há a vigência do emprego de longa

duração nas grandes empresas. Quanto

maior a empresa, maior a permanência

do funcionário nela.

A discussão sobre o tempo ideal de

permanência em uma empresa deve ser

tratada sob vários ângulos. Trabalhar

durante muitos anos em uma mesma

instituição pode ser uma experiência

enriquecedora, se soubermos aproveitar

as inúmeras situações e desafios

colocados como oportunidades de

crescimento e de amadurecimento

pessoal e profissional.

Possuir experiências diversificadas em

várias instituições pode agregar muito e

trazer contribuições importantes, desde

que haja verdadeiro comprometimento

com o foco institucional, e os profissionais

sejam capazes de analisar os processos

existentes nela. É comum encontrarmos

profissionais inteiramente comprometidos

com a instituição com apenas um ou dois

anos na instituição.

São profissionais que chegam com

extrema vontade de fazer a diferença.

Da mesma maneira, profissionais mais

antigos mostram comprometimento

diferenciado com as questões da

instituição, sendo capazes de atuar

dentro da missão, da visão e dos

princípios institucionais, ajudando,

assim, na construção da história

institucional.

Na verdade, é igualmente importante a

atitude das pessoas. Ela faz toda a

diferença. Não importa o tempo em que

as pessoas estejam ligadas à empresa. A

atitude constante de aprendizado, de

encarar as mudanças e de aquisição e

renovação de competências imprimem

um diferencial às pessoas. Cada um de

nós pode alcançar, com profissionalismo

e vontade, competências que, ainda,

não possui.

Até que ponto somos capazes de olhar

nossos êxitos e derrotas profissionais, de

forma abrangente, tirando lições - a

serem aprendidas e até ensinadas?

Há pessoas que ingressam em uma

empresa, e resistem ao aperfeiçoamento

profissional ao máximo, pois acham que

conseguem dar conta de tudo apenas

com o curso superior concluído, muitas

Sob o ponto de vista da

seleção de pessoas para uma

determinada função, há certo

consenso sobre a idéia de

que o profissional precisa

ter um currículo composto de

experiências diversificadas.

No entanto, a ética profissional

é tão importante quanto

outras características que nos

tornam pessoas, em

qualquer ambiente em que

estivermos, como o respeito,

a humildade, a honestidade,

e principalmente,

responsabilidade pelas ações

que desenvolvemos.

QUANTO VALE SUA EXPERIÊNCIA

PROFISSIONAL?

QUANTO VALE SUA EXPERIÊNCIA

PROFISSIONAL?

Irmão Jardelino Menegat

Diretor Administrativo da Província Lassalista de Porto Alegre

BIBLIOGRAFIA

DUTRA, Joel Souza. Gestão de Pessoas.

São Paulo, Atlas, 2002.

JÚLIO, Carlos Alberto (org.). Liderança e

Gestão de Pessoas: autores e conceitos

imprescindíveis. São Paulo: Publifolha,

2002.

LEITE, Luiz Augusto Mattana da Costa e

outros. Consultoria em Gestão de

Pessoas, Rio de Janeiro, FGV Editora,

2005.

Ana

Paula

Diniz

vezes, há vários anos. De que maneira

poderemos fazer melhor o que estamos

fazendo hoje? Estar em contínua

atualização profissional é condição para

construirmos nosso futuro em um mundo

em transformação. Somos diariamente

tentados a cair em “armadilhas”, na sua

maioria, impostas por nós mesmos: falta

de tempo, condições, recursos...

No entanto, encarar com seriedade a

formação continuada nos leva a ampliar

conhecimentos, a aperfeiçoar práticas e

a exercitar o desafio de estarmos abertos

ao novo. O profissional que quer ser bem

sucedido busca aprendizado constante,

especializações várias e, está sempre

pronto a encarar novos desafio,s e a

superá-los.

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ARTIGOS

Page 36: Revista Integração Ed. 96

ARTIGOS

ESPIRITUALIDADE E CUIDADO

NA EDUCAÇÃO

ESPIRITUALIDADE E CUIDADO

NA EDUCAÇÃO

Irmão Paulo Lari Dullius

Centro Universitário La Salle - UNILASALLE, Canoas-RS.

vida. Assim, efeitos e afetos modificam-se

em direção a um melhor ou pior acordo

com o sentido que se dá a um sofrimento,

a um evento, a um sonho ou a um texto

sagrado. Os acontecimentos são o que

são. Mas o que se faz deles depende do

sentido que se lhes dá. Os terapeutas são

os interpretadores da vida para lhes dar

saúde, e jogá-la para frente segundo o

Deus que está no profundo de cada

pessoa e é um referencial inspirador de

cuidado e de crescimento. Todo educador,

toda instituição educativa têm esta missão

de instaurar e manter o cuidado do

sentido de viver.

A espiritualidade é uma sistematização da

área e da dimensão espiritual, da

intencionalidade última e profunda, da

finalidade primeira da própria existência

do ser humano. Ela está na mais profunda

estrutura humana para se responsabilizar

pela unificação, pelo sentido amplo da

vida. Toda dispersão, toda ruptura, toda

separação deixa suas marcas negativas

no ser humano. Todo esforço de unidade

constitui-se na maior nostalgia do ser

humano; é uma nostalgia do divino. Esta

d i m e n s ã o t e m u m a f u n ç ã o

essencialmente educativa, pedagógica.

Consiste em cuidar da pessoa em todos

os sentidos. Por isso, o conteúdo e o

processo da espiritualidade denotam e

mostram o estágio e a profundidade do

sentido da vida. Uma espiritualidade

infantil, uma ideologia excludente podem

ser pseudo-cuidados porque mantêm as

pessoas e os grupos na dependência

infantil e não auxiliam no crescimento

integral.

A Bíblia cristã nos afirma que o Espírito de

Deus pairava sobre as águas. Esta

imagem retrata bem o que se quer dizer

com o Espírito que cuida. Pairar significa

uma qualidade positiva de vigilância, de

cuidado, de intencionalidade positiva.

Esta intencionalidade tem um sujeito e um

objeto relacional: Deus e o ser humano.

Um ser humano frágil, aberto ao infinito e

à perfeição, mas ao mesmo tempo finito.

É o encontro desproporcional entre um

amor infinito e um amor finito.

A vigilância se dá de forma mais direta

sobre esta fragilidade, esta finitude vivida

como um conjunto da pessoa humana e

em cada momento de seu processo de

crescimento. Evidentemente, há

momentos na vida em que a pessoa está

mais exposta e frágil e precisa de um

cuidado dos que já possuem mais

sabedoria. Pede-se que educadores

possuam mais sabedoria e a queiram

passar com amor e alegria às novas

gerações. É este o papel do cuidado na

educação. Na fragilidade se concretiza a

possibilidade da desumanização, e que

pode, também, com o tempo,

comprometer a qualidade de sua

espiritualidade. Falta de cuidado, pouca

objetividade no desenvolvimento positivo

das características humanas compromete

a visão geral da vida e da humanidade.

Em vez de desenvolver uma pedagogia

do cuidado pode, ao contrário,

transformar-se em destruidor dos fracos e

desamparados.

A espiritualidade, assim, se converte de

vigilância em cuidado pelo ser em suas

diferentes formas e realidades. Este

cuidado que é inspi rado pela

espiritualidade, inicia com a própria

pessoa enquanto dialoga consigo, com

sua história, com o transcendente. Neste

diá logo, in tegra sua memória,

compreende-se a si mesma e à sua

finalidade de viver, e se reconcilia consigo,

celebra a sua vida e seu sentido e se

transforma numa memória feliz da

integração e do cuidado por si e pelos

demais.

Há momentos na condição

humana que necessitam mais

cuidados. A educação acontece

mais especificamente nestes

momentos, considerando

especialmente a idade

existencial dos passos de uma

heteronomia a uma autonomia

existencial.

A minha reflexão consistirá em definir os

termos básicos do título (

Cuidado na Educação, ) e fazer algumas

reflexões sobre o conjunto deste

conteúdo. Deter-me-ei mais na questão

da espiritualidade por considerar que

esta se constitui no tema central do texto.

Os seres vivos tendem a desenvolver o

cuidado consigo e com os outros. Isso se

pode ver melhor quando animais adultos

cuidam de seus filhotes em questão de

comida, higiene, segurança. Animais

desenvolvem rituais de cuidado,

especialmente quando estão com saúde.

Animais que não se cuidam ou não

cuidam de seus filhotes são animais

doentes. Hoje a falta de cuidado entre os

seres humanos, num sentido amplo,

indica alguma forma de doença

diretamente ligada às pessoas, ou na

dimensão de desatenção ao outro. Todos

somos testemunhas de alguma forma de

falta de cuidado. Na mesma proporção

em que falta o cuidado, sobretudo com

as crianças, os idosos e os pobres,

certamente se realiza alguma forma de

doença pessoal e social. Entre estas

estruturas de cuidado ou falta de cuidado

podemos citar as instituições educativas.

Filon de Alexandria define os terapeutas

como sendo os cuidadores da arte de

viver. Sua antropologia, a de Filon, inclui

a dimensão espiritual como o pleno

desenvolvimento da saúde do homem. A

própria leitura bíblica nele se converte na

arte de interpretá-las para ajudar aos

demais a encontrarem o sentido de sua

Espiritualidade e

O cuidado revela uma sadia

vigilância antropológica.

Vigilância sobre a vida,

vigilância sobre o amor. Cuidar

do ser, de cada uma de suas

características e promovê-las até

sua autonomia e maturidade;

dar condições de manter-se

assim adulto e realizado consigo,

com os outros e com Deus.

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Page 37: Revista Integração Ed. 96

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A história da humanidade é testemunho

do zelo pelo qual a espiritualidade

estruturada em princípios éticos, em

liturgias, em orações, em ritos, em visão

antropológica... deu e continua dando

e sendo um cuidado pela humanidade.

Mostra ainda que a espiritualidade

continua sendo uma das formas mais

honestas, sinceras e objetivas de

cuidado pelo ser humano. Todos nós

sabemos como certos rituais religiosos e

certas orações ajudam os demais.

Como, através de preces, podemos

expressar nos bons desejos sobre os que

precisam, como tudo isso mostra nossa

vontade de cuidado e de bem querer.

Nossa vigilância e cuidado na

educação é uma espécie de prece, de

oração em relação àqueles que

precisam crescer com proteção e

cuidado. Às vezes é preciso fazer a

pergunta: Como seria a humanidade

sem o cuidado outorgado pela

espiritualidade? Certamente seria bem

mais pobre e com muito mais falta de

sentido.

Em nossa visão antropológica assumida

em nosso Projeto Educativo, explicitada

pela visão cristã de pessoa e de

educação, a espiritualidade coordena e

sintetiza nossos objetivos e nossos

processos pedagógicos. Uma sadia

espiritualidade constitui-se num dos

principais cuidados educativos. Num

mundo mais pragmático e mais

individual is ta e imediat is ta, a

espiritualidade está chamada a vigiar

pela integralidade antropológica, pela

continuidade e identidade de todas as

pessoas, independente de sua cultura,

gênero e credo religioso.

A espiritualidade vigia e cuida pela

própria imagem de Deus; cuida para

que formas antropomórficas de Deus

não deturpem o verdadeiro cuidado

humano; cuida para que a imaturidade

humana não crie falsos deuses nem

permita que a magia religiosa afaste o

ser humano e os diversos grupos de um

cresc imento autênt ico para a

integração e harmonia interior. Deus é

sempre o Deus de amor que respeita a

liberdade e a responsabilidade

h u m a n a s n a c o n s t r u ç ã o d a

humanização.

A espiritualidade modelada no próprio

Jesus Cristo, em seu modo de ser, sua

forma de escutar o Pai e fazer sua

von tade , es ta esp i r i t ua l idade

integradora fez com que Jesus fosse o

grande vigilante, o grande “cuidador”,

o grande “pedadogo” do cuidado. As

afirmações que seguem, extraídas dos

Evangelhos, confirmam este cuidado:

“Não quero que nenhum naqueles que

me deste, Pai, se perca”. “Quando

estiver erguido na cruz atrairei todos a

mim”. “Ainda hoje estarás comigo no

paraíso”. “Eu orei por vocês para que

não caiais em tentação”. “Quando eu

tiver subido ao Pai, prepararei uma

morada para vocês”. “Eu sou o bom

pastor. Eu conheço minhas ovelhas. Eu

dou a minha vida por minhas ovelhas”

“Eu levo as ovelhas para boas

pastagens”... Assim, também, a

promessa e o envio do Espírito Santo é

entendido como cuidado e como ato de

amor: “O Espírito Santo vos ensinará

todas as coisas”. “Eu estarei convosco

até a consumação dos séculos”. “Eu vim

para que tenham vida, e a tenham em

abundância”.

Podemos aplicar o apelativo de

“cuidador” a São João Batista de La

Salle, sobretudo ao instituir mestres que

cuidem das crianças sem educação e

'abandonadas' a elas mesmas pelos

pais. Em seus princípios pedagógicos,

verificados em expressões tais como

“firmeza de pai e ternura de mãe”, “vós

sois os embaixadores de Deus junto a

vossos alunos”, “sois os anjos da

guarda de vossos alunos”, nestas e

outras formas pode-se ver o cuidado

pelos alunos, inspirado e alicerçado

numa espiritualidade sólida. O mesmo,

dentro de sua especificidade, se poderia

dizer de tantas outras pessoas e

educadores, sejam eles pais ou

profissionais do ensino e da educação.

O cuidado, o zelo revelam a ternura de

Deus para com cada ser humano e se

reveste desta saúde ampla e

integradora.

A espiritualidade coordena esta visão

do cuidado, mas se estende a cada uma

das dimensões e manifestações

humanas. A saúde da humanidade

passa pelo cuidado; este é exercido de

fo rma ma ra v i l ho sa po r uma

espi r i tual idade integradora. A

sabedoria de Deus que cuidou de seu

povo desde seu início até hoje, cuidou

também de toda a humanidade

enviando o seu Filho a este mundo, e

continua cuidando da humanidade por

sua presença onipresente. A nós cabe

viver com gratidão por este cuidado.

Dele emerge o compromisso de sermos

cuidadores dos fracos, dos indefesos,

de todos, enfim. Promovendo-os somos

os cuidadores e os educadores

daqueles que recorrem a nós,

construindo a civilização do cuidado,

da ternura e do amor.

Arquivo PLPOA

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ARTIGOS

Page 38: Revista Integração Ed. 96

CANAL ABERTO

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DO

PROCESSO DE COMUNICAÇÃO

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DO

PROCESSO DE COMUNICAÇÃO

Juliane Penteado, Assessora de Comunicação,

Colégio La Salle Dores, Porto Alegre-RS.

1.

2.

3.

4.

5.

6.

O material deve ser entregue até a data estipulada no rodapé da seção Canal Aberto.

Textos devem ter o seguinte formato:

a) Digitados no Word

b) No máximo 5.000 caracteres (exceto para a seção Diário de Classe, onde o máximo deve ser 1.500 caracteres). Para contar use

o Word: menu Arquivo, Propriedades, Estatísticas.

c) Imagens devem ser enviadas separadas do texto e identificadas com nome do fotógrafo.

d) No início: nome do(a) responsável, cargo, nome da Comunidade Educativa e e-mail para contato.

Os textos devem ser jornalísticos (não envie o projeto todo, com objetivos, justificativa, conclusões, etc.) Se necessário, para

aprofundamento, será solicitado.

Títulos, textos e legendas poderão ser alterados com a finalidade de ajustá-los à linguagem jornalistica.

Envie fotografias/imagens sobre o conteúdo do texto, não apenas da pessoa que escreveu. As imagens serão recebidas no e-mail

[email protected] e devem estar em formato JPG, alta resolução. Ou, ainda, podem ser enviadas as fotografias originais

ao Setor de Comunicação Marketing.

A Comissão Editorial reserva-se o direito de publicar, ou não, os textos encaminhados. O material que não for incluído por falta

de espaço será disponibilizado no da Província Lassalista de Porto Alegre - www.lasalle.edu.br

Site

E N V I O D E M AT E R I A L PA R A A R E V I S TA

A fidelização de alunos e famílias é, sem dúvida, uma

preocupação constante dos gestores da área de educação.

Assim, o gerenciamento do processo de comunicação e

marketing em instituições de ensino cada vez mais se

desponta como atividade estratégica.

Canais de comunicação como jornais, revistas, site e

murais são fundamentais para estabelecer um diálogo

com o público, mas é crucial que esse processo seja efetivo,

ou seja, que ultrapasse o seu objetivo primeiro, que é a

simples emissão de mensagens, e realmente seja capaz de

estabelecer uma comunicação eficaz entre a instituição e

os seus públicos, mobilizando-os. Surge aí a necessidade

de se fazer uma boa gestão do sistema de comunicação.

Ansiosos por resultados imediatos, muitos gestores

investem tempo, dinheiro e esforços em projetos que nem

sempre surtem o efeito esperado, quando que ações de

relacionamento são potencialmente capazes de construir

vínculos mais estáveis e duradouros. Para isso é preciso se

aproximar o máximo possível do público a quem se deseja

comunicar, conhecer suas preferências, opiniões e anseios.

À comunicação organizacional cabe a missão de agregar

valor aos serviços oferecidos pela organização e satisfazer

as necessidades do cliente. Contudo, as ações de

comunicação não devem ser encaradas meramente como

algo que auxilia na divulgação, mas sobretudo como

esforços que, a longo prazo, geram resultados e cooperam

O fechamento da próxima Revista Integração será no dia 02/01/2007

Envie sua colaboração para [email protected]

para a consolidação de uma imagem favorável da

instituição perante a opinião púbica.

Viabilizar que a comunicação com os públicos de interesse

seja eficaz, observando os feedbacks, e preparando-se

para atender às demandas e expectativas dos alunos e

famílias já deixou de ser desafio ou diferencial, é um

requisito para as instituições que desejem ser competitivas.

Hoje em dia é impossível dissociar competitividade de

gestão estratégica. Ainda assim, muitas empresas resistem

à implantação do modelo a por desconhecerem a

necessidade de adotar um padrão baseado

fundamentado numa visão sistêmica e fundamentado em

conhecimento e informação.

Muito se discute sobre gestão estratégica, quando fazer

gestão é um processo mais objetivo do que se imagina, o

qual só tende a otimizar o processo de trabalho.

Fazer gestão é pensar diferente; é observar as coisas que

deram e que não deram certo, identificando problemas e

dectando oportunidades de crescimento. Gestão do

processo de comunicação, por exemplo, significa

sistematizar ações continuamente. Um exemplo claro é o

das matrículas, pois elas não começam no final de cada

ano, ao contrário disso, devem começar no início do ano

através da fidelização de alunos e famílias e administração

do relacionamento com a comunidade.

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Page 39: Revista Integração Ed. 96

EXPEDIENTE

ANO XXXV – Nº 96

NOVEMBRO 2006

A é o órgão

oficial de comunicação das

Comunidades Educativas da Província

Lassalista de Porto Alegre

(Reg.Esp.Matr.N.º170), com tiragem de

15000 exemplares e circulação

quadrimestral.

Ir. Marcos Antonio Corbellini

Ir. Jardelino Menegat

Ir. Paulo Fossatti

Ir. Edgar Genuino Nicodem

Ir. João Angelo Lando

Setor de Comunicação e Marketing

da Província Lassalista de Porto Alegre

Rua Honório Silveira Dias, 636

Porto Alegre-RS - Brasil - 90550-150

Fone: +55 (51) 3358-3600

Fax: +55 (51) 3343-2322

[email protected]

Ana Paula Diniz

Algo Mais - Artes Gráficas

Os artigos são de responsabilidade dos

seus respectivos autores.

Revista Integração

Provincial

Diretor Administrativo

Diretor de Educação e Pastoral

Diretor de Formação

Secretário Provincial

Comissão Editorial

Redação e Expediente

Editoração

Produção Gráfica e Distribuição

Ir. Ivan José Migliorini

Ir. Olavo José Dalvit

Ir. João Angelo Lando

Ana Paula Diniz

Hugo Bruno Mombach

4065 DRT-RS

Raffaella Poglia Freitas Souza, aluna da

Educação Infantil do Colégio La Salle

Santo Antônio, fotografada por Elias

Eberhardt.

Jornalista Responsável

Capa

A Revista Integração, neste seu 3º número de 2006, tem seu foco na missão

educadora da família e da escola. Em suas páginas, artigos, experiências e

direcionamentos práticos com o objetivo de colaborar com a família e a escola

para que possam melhor realizar sua missão. O dever de transmitir a vida e educá-

la é tarefa própria dos pais. A família é a primeira escola de formação do caráter e

das virtudes sociais e morais. Aos pais cristãos também lhes cabe a educação da fé

de seus filhos. E, hoje, por causa das aceleradas mudanças pelas quais passa a

nossa sociedade, a família vê-se envolvida num contexto multifacetado, com

linguagens e propostas nem sempre éticas e congruentes à sadia orientação dos

pais. Contudo, tanto para a família quanto para a escola, o presente e o futuro são

desafios que exigem ações oportunas, comportamentos ressignificados e uma

melhor adequação aos novos tempos. E a Escola Lassalista pode dar a sua

contribuição, valendo-se de sua larga experiência na educação humana e cristã da

juventude. Desde as suas origens a Escola Lassalista desenvolve qualificada

parceria com a preocupação dos pais, colaborando com seu jeito pedagógico de

REFLEXÃO

Tenha fé e viva a Palavra de

Deus,

como a si mesmo.

confie em si mesmo,

em sua família e ajude a criar

um ambiente de amor e paz ao seu redor.

Reserve momentos para brincar e se

divertir com sua família, pois

e a diversão aproxima as pessoas.

Eduque seu filho

e tome cuidado:

quem bate para ensinar está ensinando a bater.

da vida da

comunidade, evitando as más companhias

e diversões que incentivam a violência.

Procure resolver os problemas com calma e

aprenda com as situações difíceis,

com sinceridade,

dizendo o que você pensa e ouvindo

o que os outros têm a dizer.

Respeite as pessoas que pensam diferente de

você, pois

para cada um e para o grupo.

pois a melhor palavra

é o nosso jeito de ser.

Peça desculpas quando ofender

alguém e perdoe de coração

quando se sentir ofendido, pois

que podemos demonstrar.

amando o próximo

Ame-se,

a criança aprende

brincando

através da conversa,

do carinho e do apoio

Participe com sua família

buscando em tudo o seu lado positivo.

Partilhe seus sentimentos

as diferenças são uma verdadeira

riqueza

Dê bons exemplos,

o perdão é o maior gesto de

amor

Tenha fé e viva a Palavra de

Deus,

como a si mesmo.

confie em si mesmo,

em sua família e ajude a criar

um ambiente de amor e paz ao seu redor.

Reserve momentos para brincar e se

divertir com sua família, pois

e a diversão aproxima as pessoas.

Eduque seu filho

e tome cuidado:

quem bate para ensinar está ensinando a bater.

da vida da

comunidade, evitando as más companhias

e diversões que incentivam a violência.

Procure resolver os problemas com calma e

aprenda com as situações difíceis,

com sinceridade,

dizendo o que você pensa e ouvindo

o que os outros têm a dizer.

Respeite as pessoas que pensam diferente de

você, pois

para cada um e para o grupo.

pois a melhor palavra

é o nosso jeito de ser.

Peça desculpas quando ofender

alguém e perdoe de coração

quando se sentir ofendido, pois

que podemos demonstrar.

amando o próximo

Ame-se,

a criança aprende

brincando

através da conversa,

do carinho e do apoio

Participe com sua família

buscando em tudo o seu lado positivo.

Partilhe seus sentimentos

as diferenças são uma verdadeira

riqueza

Dê bons exemplos,

o perdão é o maior gesto de

amor

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10 Mandamentos para a PAZ na Família10 Mandamentos para a PAZ na Família

bem educar. La Salle afirma em

suas Meditações: “Um dos

principais deveres dos pais e das

mães é educar cristãmente seus

filhos... Porém, a maior parte

deles andam ocupados com o

cuidado da família, com ganhar

o sustento necessário para si e

seus filhos, não podendo

aplicar-se a ensinar-lhes

devidamente... Sendo assim, a

Providência de Deus coloca em

lugar dos pais e das mães,

pessoas bastante instruídas e

zelosas que ensinam às crianças

o conhecimento de Deus e de

seus mistérios, com todo o

cuidado e aplicação possíveis

(Med. 193, 2). Diz mais:

“Passando o dia inteiro nessas escolas, os alunos aprendem a ler, a escrever e a

religião. Sempre assim ocupados, estarão em condições de serem empregados no

trabalho, quando seus pais a isso os quiserem aplicar” (Med. 194,1). Outrossim, o

Projeto Pedagógico Lassalista, nos seus conteúdos e processos que perpassam o

conhecimento, as relações mútuas e o comprometimento com o social, respalda a

família e a escola aos seus objetivos. Projeto que garante as dimensões do estudo,

do lazer, da espiritualidade e da formação ampla, dentre outros. Nosso jovem

estudante, atraído por vários modelos e utopias, precisa de um direcionamento

firme que lhe mostre o mapa de percurso de sua vida. E enquanto o aprendido lhe

dá vida, será sempre uma aprendiz de humanidade, para além da simples

exigência curricular. Melhor ainda quando pais e professores se unem para

potenciar a mútua colaboração. Uma boa leitura e, para logo mais, alvissareiros

dias de 2007, ano do Centenário da Presença Lassalista no Brasil.

Ir. Ivan José Migliorini

Famílias Lassalistas em atividades

no Colégio La Salle São João, de Porto Alegre-RS

e no Colégio La Salle, do Núcleo Bandeirante-DF.

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EDITORIAL

Page 40: Revista Integração Ed. 96

De 08 a 15 dejaneiro de 2007

A missãoda educaçãosuperiorlassalista

IALU

AIUL

International Association of Lasallian Universities

Asociación Internacional de Universidades Lasallistas

Association Internationale des Universitès Lasalliennes

VIII Encontro Internacionaldas Universidades Lassalistas

Canoas/RS - Brasil

REDE LA SALLE DE EDUCAÇÃO

ANO XXXV - NOVEMBRO DE 2006 - Nº 96

www.lasalle.edu.br

FAMÍLIA E ESCOLA

UNIDAS PARA EDUCAR

FAMÍLIA E ESCOLA

UNIDAS PARA EDUCAR

Rede La Salle na Feira do Livro

Portal Rede La Salle

A Entidade Familiar

e a Escola

www.revistaintegracao.com.br

2003-2004-2005

Matéria de capa:

REDE LA SALLE DE EDUCAÇÃO

ANO XXXV - NOVEMBRO DE 2006 - Nº 96

www.lasalle.edu.br

Rede La Salle na Feira do Livro

Portal Rede La Salle

A Entidade Familiar

e a Escola

Entrevista com

Cesar Santos Moreira,

,

e

“Escola e Família:

parcerias? E então...”

Maristela Susin

Mary Anabel De

Duera Rodriguez

Matéria de capa:

Entrevista com

Cesar Santos Moreira,

,

e

“Escola e Família:

parcerias? E então...”

Maristela Susin

Mary Anabel De

Duera Rodriguez