Principais helmintos de eq deos · Pequenos Estrongilos Grandes Estrongilos Ascarídeos...

82
PARASITOLOGIA ANIMAL PARASITOLOGIA ANIMAL Profa Profa. Silvia Ahid ( . Silvia Ahid (2009) 2009) HELMINTOS DE EQUINOS

Transcript of Principais helmintos de eq deos · Pequenos Estrongilos Grandes Estrongilos Ascarídeos...

PARASITOLOGIA ANIMALPARASITOLOGIA ANIMALProfaProfa. Silvia Ahid (. Silvia Ahid (2009)2009)

HELMINTOS DE EQUINOS

PARASITAS INTERNOS MAIS COMUNS DE EQUINOS

� Pequenos Estrongilos

� Grandes Estrongilos� Grandes Estrongilos

� Ascarídeos

� Strongyloides sp.

� Oxiurideos

� Vermes Pulmonares

� Habronema sp

PATOGENICIDADE DOS PARASITAS DE EQUINOS

� NÚMERO DE PARASITAS

� IDADE DO CAVALO INFECTADO

� POTENCIAL PATOGENICO DA ESPÉCIE INFECTANTE

� IMUNIDADE

� GRAU NUTRICIONAL

Vermes do sistema digestivo

Parascaris equorum(Ascaridoidea)

LOCALIZAÇÃO� INTESTINO DELGADO

IMPORTÂNCIAIMPORTÂNCIA� Nos POTROS PODEM ESTAR DEBILITADOS E TER O

CRESCIMENT RETARDADO

DANOS AO HOSPEDEIRO (GRANDES INFESTAÇÕES)� OBSTRUÇÃO DOS DUCTOS BILIARES E INTESTINO� PERFURAÇÕES INTESTINAIS� ENTERITE� DIARRÉIA FÉTIDA� DANOS NOS PULMÕES CAUSAM TOSSE, FEBRE E ANOREXIA

Parascaris equorum

Parascaris equorum

• Ovo de tamanho médio: 100 micras de

comprimento por 90 micras de largura.

• Quase esférico

• Marrom, amarelado.

• Casca espessa, coberta com pontos finos

• Contém uma ou duas células

ESTÁGIOS ÓRGÃOS SÍNDROME

LARVA MIGRANTE FÍGADO SEM SINAIS CLÍNICOS“MANCHA BRANCA”

Parascaris equorumEM POTROS

“MANCHA BRANCA”

LARVA MIGRANTE PULMÕES / BRÔNQUIOS PNEUMONIADESCARGA NASAL

TOSSE

ADULTOS INTESTINO DELGADO OBSTRUÇAORUPTURA

PERITONITEMORTE

Strongyloides spLOCALIZAÇÃOINTESTINO DELGADO

IMPORTANCIAINFESTAÇOES GRANDES EM POTROSANIMAIS ADULTOS SEM MANIFESTAÇÃO CLÍNICA

DANOS AO HOSPEDEIRO (POTROS INFESTAÇÃO GRANDE)

OXYURIDAE: STRONGYLOIDIDAE

DANOS AO HOSPEDEIRO (POTROS INFESTAÇÃO GRANDE)DISPENÉIA, TOSSEHEMORRAGIAS PULMONARESEROSÃO DA MUCOSA INTESTINALBAIXA ABSORÇÃO DE NUTRIENTESDIARRÉIA AGUDA, FRAQUEZA, EMACIAÇÃOIRRITAÇÃO E DERMATITE (PENETRAÇÃO CUTÂNEA)

Strongyloides

• A fase parasitária é composta inteiramente de vermes fêmeas no intestino delgado que produzem ovos larvados por partenogênese, isto é, larvados por partenogênese, isto é, desenvolvimento a partir de um ovo não fertilizado.

TRANSMISSÃO MAMÁRIA

(LARVAS NO LEITE)

INGESTÃO ORAL

O Strongyloides é único entre os nematóides de importância veterinária capaz de ambos os ciclos reprodutivos, p arasitário e de vida livre.

(LARVAS NO LEITE)

A B

A B

CC

STRONGYLOIDEA

subfamiliastrongylinae

subfamiliacyathostominae

familia Strongylidae

Strongylus vulgaris

Strongylus equinus

Strongylus edentatus

Triodontophorus

Cyathostomum

Cylicostephanus

Cylicocylus

Cylicodontophorus

Strongylus (Parasitos do intestino grosso)

Strongylus equinus Strongylus edentatusStrongylus vulgaris

GRANDES ESTRÔNGILOS

S. vulgaris / S. equinus / S.edentatum

Strongylus vulgaris

Strongylus vulgaris

CICLO DE VIDA

S. vulgaris

L3 penetra na mucosa do intestino →→→→ L4 na submucosa →→→→ vasossanguíneos→artéria mesentérica cranial e seus ramos principais (4 meses) →→→→ vasossanguíneos →→→→ parede intestinal grosso (nódulos) →→→→rompimento do nódulo→→→→ entrada para a luz do colon →→→→ postura de ovos 6 a 8 meses apósinfestação inicial

Strongylus edentatus

Cápsula bucal ampla com coraoa radiata;

Extremidade anterior truncada;

Macho com bolsa copuladora desenvolvida e 2 espículos iguais;

Fêmea termina afiladamente

CICLO DE VIDA

S.edentatum

L3 penetra na mucosa do intestino →→→→ L4 - vasos sanguíneos →→→→ Veia porta →→→→fígado (9 semanas) →→→→ Deixa o fígado pelo ligamento hepático →→→→ L4 nostecidos do peritônio (formação de nódulos) →→→→ migração sob operitônio para a parede do intestino grosso (nódulos) →→→→ Rompimento doperitônio para a parede do intestino grosso (nódulos) →→→→ Rompimento do

nódulo →→→→ entrada para a luz do intestino

CICLO DE VIDA

S. equinus

L3 penetra na mucosa do intestino (nódulos na subserosa) →→→→ Muda para L4

nos nódulos e migram através da cavidade peritoneal →→→→ fígado (6 a 7

semanas) →→→→ pâncreas ou cavidade abdominal →→→→ luz do intestinosemanas) →→→→ pâncreas ou cavidade abdominal →→→→ luz do intestino

Aneurisma mesenterico

Lesões esbranquiçadas no fígado provocadas pela migrações da larvas de S. edentatus e S. equinus

Lesões no pâncreas provocadas pelas larvas de S. equinus

Grandes estrongilídeos: StrongylinaeStrongylus vulgaris Strongylus dentatus

Artrite e trombose na artéria mesentérica

Mucosa do intestino grosso

Triodontophorus tenuicollis, nutrindo-se na periferia de úlcera do cólon

GRANDES ESTRÔNGILOS

LESÕES INTESTINAIS

COLITE VERMINÓTICA

Infarto Intestinal (Ceco) Strongylus vulgaris

Strongylus spp. • Ovos de tamanho médio:• Strongylus vulgaris: 83-93 micras de diâmetro por 48 -52 micras de largura.• Strongylus equinus: 75-92 micras de diâmetro por 41 -54 micras de largura.• Strongylus edentatus: 78-88 micras de diâmetro por 48 - 52 micras de largura.- 52 micras de largura.• Ovóide• Pólos similares ou quase similares• Lados das paredes em forma de barril • Eixo menor é maior que a metade do eixo maior.• Casca fina, com superfície lisa.• Contém uma mórula com um pequeno número de grandes blastômeros• Deve ser distinguido de Cyathostoma e Triodontophorus (eixo menor é mais curto que metade do eixo maior).

Strongylus vulgaris Strongylus edentatus Strongylus equinus

Larva L3

• Tamanho: 800 – 1000 micras de diâmetro por 40 micras de largura.• Proporção entre corpo e cauda é de 2,5/1• Tem 28 a 32 células intestinais retangulares

• Tamanho: 800 micras de diâmetro por 40 micras de largura.• Proporção entre corpo e cauda é de 2/1• Tem 20 células intestinais

• Tamanho: 1000 micras de diâmetro por 40 micras de largura.• Proporção entre corpo e cauda é de 2,8/1• Tem 16 células intestinais retangulares

� SÚBITO INÍCIO DE DIARRÉIA

� OCORRÊNCIA SAZONAL

CIATOSTOMOSE LARVAL

“pequenos estrôngilos”

� IRRESPONSIVO PARA ALGUNS ANTI-HELMÍNTICOS

� RÁPIDA PERDA DE PESO

� CÓLICAS RECORRENTES MODERADAS

� L4 NAS FEZES

� EDEMA PERIFÉRICO

Intestino grosso com nodulos e ciatostomineos

Cyathostoma - L3 Larva

• Tamanho grande: 850 micras• A larva tem uma envoltura• Sua cauda é longa e termina em forma de chicote (proporção entre corpo e cauda é de 1,5/1)• 8 células intestinais triangulares • Deve ser distinguida de larvas de • Deve ser distinguida de larvas de Strongylus ( 16 a 32 células intestinais)

L3 de ciatostoma 8 cel intestinais

Pequenos estrongilídeos: CyathostominaeLarvas na mucosa do ceco. Nódulos intestinais

PARASITAS ESTOMACAIS DE EQUINOS

� Trichostrongylus axei

� Habronema muscae

Trichostrongylus axeiEPIDEMIOLOGIA

� L3 E OVOS EMBRIONADOS

Alta capacidade de sobrevivência em condições adversas

� HÁ EVIDÊNCIA DE HIPOBIOSE

� CICLO EVOLUTIVO DIRETO

� PATOGENIAMUCOSA GÁSTRICA ESPESSADA E HIPERPLÁSICAIRRITAÇÃO NAS VILOSIDADES INTESTINAISDANOS AOS CAPILARES NO LUMEM INTESTINAL

Trichostrongylus axei

DANOS AOS CAPILARES NO LUMEM INTESTINAL

� SINTOMAS

DIARRÉIA ESCURA DE ODOR DESAGRADÁVELPERDA DE PESO

� INFECÇÕES LEVES

INAPETÊNCIA / QUEDA NO CRESCIMENTO / FEZES AMOLECIDAS

Algumas caracteristicas de Trichostrongylus

Sulco excretor na região esofagiana

Ponta de arpãp.

Cauda da fêmea

Espículos desiguais no T. axei

gubernáculo

Spiruridae: Habronematidae

Habronema muscaeDrachia megastoma

Habronema muscae

LOCALIZAÇÃOESTOMAGO

IMPORTANCIAAS LARVAS DE LOCALIZAÇAO CULTÂNEA E OCULAR (DEPOSITADAS EMFERIDAS) CAUSAM INCOMODO E DESCONFIGURAÇÃO MIGRANDO, SEALIMENTANDO E IMPEDINDO A CURA DO FERIMENTO

DANOS AO HOSPEDEIROIRRITAÇÃO GÁSTRICA“FERIDAS DE VERÃO”LESÕES DA CONJUNTIVA / LACRIMEJAMENTO / AS VEZES FOTOFOBIA

Habronemose

• A Habronema -na mucosa gástrica:–nas glândulas gástricas;–determinar uma gastrite catarral, com –determinar uma gastrite catarral, com

produção de muco espesso e aderente;

–Cargas intensas podem levar a ulceração.

Habronema musca : ciclo de vida

Musca - Stomoxys -Haematobia

Habronema sp

• Hospedeiros- Equinos• Tamanho pequeno: 40 - 55 micras comprimento

X 8 - 16 micras de largura

• Cilíndrico ou baciliforme, fortemente • Cilíndrico ou baciliforme, fortemente

comprimido.

• Paredes laterais em forma de barril

• Casca espessa

• Contém uma larva

• Nas fezes, ambos estágios de ovos ou larvas

podem ser detectados

Habronemose

Granuloma ulcerado

Habronemose cutânea Infecção por Draschia megastoma

Nódulo em estômago eqüino

LESÕES PROVOCADAS PELAS LARVASEM FERIDAS NA PELE

Habronema muscae

TRATAMENTO

HABRONEMOSE GÁSTRICA*USAR NaOH A 2% PARA DISSOLVER O “PLUG” MUCOSOLEVAMISOLE-PIPERAZINALEVAMISOLE-PIPERAZINAIVERMECTINA (0.2 mg/Kg DOSE ÚNICA)

HABRONEMOSE CUTÂNEATRATAMENTO CIRURGICO - EM FERIDAS QUE NÃO CICATRIZAMSISTEMICO - (TRICLORFON / DIETI CARBAMAZINE / IVERMECTINA)TÓPICO – LIMPEZA DA LESÃO / APLICAÇÃO DE PASTA CONTENDO

ORGANOFOSFORADO/ ANTI-INFLAMATÓRIO

HABRONEMOSE CONJUNTIVALLIMPEZA COM SOLUÇÃO SALINA ESTÉRILPOMADA OFTÁLMICA (ANTIBIÓTICO ANTI-INFLAMATORIO)POMADAS COM ORGANOFOSORADO

Oxyuris equi

Oxyuris equi

LOCALIZAÇÃOINTESTINO GROSSO

FRICÇÕES E ARRANHÕES DA REGIÃO PERIANAL CAUSAM IRRI TAÇÃO, PELAGEM OPACA E PERDA DE PELO

“CAUDA DE RATO “

ASPECTO ESTÉTICO - MÁ APARÊNCIA

DANOS AO HOSPEDEIRO (CASOS SEVEROS)INTENSO PRURIDO ANAL Devido ao fluido pegajoso com o qual os ovos estão aderidos a pele

Ovos do Oxyuris equi

• Tamanho médio: 80-95 micras comprimento X 40–45 mi cras de largura

• Ovóide, levemente assimétrico.

• Lados das paredes não são similares, um é mais ap lainado.

• Plugue polar transparente em um pólo

• Parede espessa com superfície lisa

• Sempre contém um estágio tardio de mórula ou uma larva – L1

VERMES PULMONARESDictyocaulus arnfieldi

VERMES PULMONARESDictyocaulus arnfieldi

ASSININOS EQUINOSASSININOS EQUINOS

HOSPEDEIRO NATURAL BAIXA PREVALÊNCIA

ASSINTOMÁTICO TOSSE CRÔNICA

EPIDEMIOLOGIA EPIDEMIOLOGIA

L1 É DIAGNÓSTICO L1 É DIAGNÓSTICO

Dictyocaulus arnfield

• Hospedeiros: Equinos

• Tamanho 290 - 480 micras• Espessura: 14 – 18 micras• Larva bem desenvolvida, esôfago • Larva bem desenvolvida, esôfago claramente visível.• Cauda termina puntiforme (forma de ponto) com projeção transparente

CHAVE DE IDENTIFICAÇÃO DE OVOS ENCONTRADOS EM FEZES DE EQUINOS

1 -Com larva

1.1- Com um plugue polar, assimétrico Oxyuris

1.2- Sem plugue polar

1.2.1 -Uma única casca-Cilíndrica -------------------------------Elipsóide, < 50 micras-----------------

HabronemaStrongyloides

1.2.2. Dupla casca do ovo, elipsóide > 80 micras Dictyocaulus , larva

1.2.3. Tripla casca do ovo, quase esférica •Embrião hexacanto = 16 micras--------•Embrião hexacanto = 8 micras---------•Aparato piriforme bem desenvolvido ---

Anoplocephala perfoliata

Anoploc. magnaParanoplocephala

2.Sem larva2.Sem larva2.1. Com opérculo

a) Pequeno, escuro e assimétrico.-------b) Grande, marrom amarelado à marrom escuro.

DicrocoeliumFasciola

2.2.Sem opérculoa) Esféricos > 90 micras, amarelo ouro, casca espessa

Parascaris

b) Não esféricos, ovóides ou elipsóidesb.1) Pólos não similares-----------------

Trichostrongylus

b.2) Pólos similares Eixo menor, < ½ do eixo maior> 130 micras, lados das paredes parecem barris -------< 110 micras, lados das paredes paralelos Eixo menor > ½ do eixo maior---------

TriodontophorusTrichonemaStrongylus

IMPORTANCIA DO ENVIO DE AMOSTRAS

CONTROLE DE PARASITAS EM EQUINOS

� INCLUIR TODOS OS CAVALOS

� QUARENTENA DE NOVOS ANIMAIS NA PROPRIEDADE

� PRINCÍPIOS EPIDEMIOLÓGICOS DE CONTROLE

� LENTA ROTAÇÃO DE CLASSE DAS DROGAS

� SEGUIR A DOSE RECOMENDADA (EVITAR SUB - DOSAGEM)

� EXAMES COPROPARASITOLÓGICOS = O . P . G

• TRICLORFON

• DICLORVOS

ANTI-PARASITÁRIOS USADOS EM EQUINOS

• IVERMECTINA

• MOXIDECTIN

• BENZIMIDAZOIS

• PRAZIQUANTEL

• PAMOATO DE PIRANTEL

Ovo do tipo Strongylideo de Equinos. Acima uma particula que não deve ser confundida com

ovos parasitas. Aumento de 20x.

Ovos do tipo Strongylideo de Equinos. Dois tamanhos de ovos são percebidos, podendo se tratar de 2 espécies diferentes de Strongylideos que parasitam os equinos. Aumento de 20x.