Pragas da cultura do Algodao

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSOFAMEV-FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA

VETERINÁRIACURSO DE AGRONOMIA

Manejo de Pragas da

Cultura do Algodoeiro

Engo Agro Marcos Ferreira da Costa

Como as pragas aparecem na lavoura?

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Manejo de Pragas

REFÚGIOS

Algodão

• Quanto uma praga pode comer?

•Spodoptera spp

•1 maçã/planta

•perda de 20 a 30 @/ha

•Inseticida: ± 320 dólares/ha

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Pragas iniciais

Lagarta rosca (Agrotis ipsilon)

• Asas anteriores: coloraçãoescura, cinza ou marrommosqueado;

• Asas post.: uniformementeclaras e semi-transparentes;

• Comprimento: ± 20 mm epode ultrapassar 30mm deenvergadura;

• São de hábito noturno;

• Oviposição: fendas no solo,mas geralmente nas folhasou no caule, separadamenteou em pequenos grupos;

• Uma fêmea coloca em média1000 ovos.

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Lagarta rosca (Agrotis ipsilon)

• As lagartas são verde-amarelo-claro;

• Quando totalmentedesenvolvidas, atingem até50 mm de comprimento;

• São moles, gordas eapresentam a caract. deenrolarem o corpo quandotocadas, por isso o nomecomum de lagarta rosca;

• Abrigam no solo durante odia e à noite saem p/ comer.

• Praga polífaga: alimentamde feijão, milho, arroz, trigo,melão, amendoim, algodão,etc.

Lagarta rosca - Controle

• Destruição de soqueiras;

• Períodos chuvosos: ocorre redução dapopulação da praga;

• Ataques fortes - Controle químico:– aplicando-se na base das plantas inseticidas em

pulverizações;

– Tratamento de sementes

• Não esquecer que as larvas têm bastanteinimigos naturais:

• Aves, besouros da família Carabidae, etc.

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Broca da raiz ( Eutinobothrus brasiliensis)

• Larvas são ápodas erobustas;

• Com 6-7 mm de comp.;

• Coloração creme comcabeça parda;

• Destrói a casca e abregaleria no caule e raízespara seu abrigo ealimentação, cortando acirculação da seiva;

• Prejudica plantas com até25 cm de altura;

• Entresafra: sobrevive emrestos da cultura emalváceas (guanxumas).

Broca da raiz - Adulto

• Besouro noturno, 5 mm de comp., cor pardo-escura até quase preta-fosca;

• Ciclo:• Adulto: 200 a 300 dias;

• Incubação: 6 a 15 dias;

• Larva: 30 a 90 dias;

• Pupa: 1 a 15 dias

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Plantas atacadas pela broca da raiz

• Plantas de até 25 cm dealtura, geralmente causa amorte (Figura).

• Controle:• Com defensivos é

preventivo;• TS: ± 60% de efic.

(Santos, 1991);• Rotação de culturas;• Destruição de soq.;• Eliminação de

plantas daninhashospedeiras;

• Plantas iscas.• Pulv. da bordadura.

Percevejos castanho das raízes ➊ Scaptocoris castanea

➋ Atarsocoris brachiariae

• Período crítico: 0 a 60 dias

• Amostragem: no solo, até 50 cm de profundidade

• Nível de controle: Presença

• Prejuízos: Redução do stand e queda de produção.

• Medidas de controle (preventivas):

– Gradagem antes do plantio

– Tratamento de sementes

– Granulados no sulco de semeadura

– Pulverização no sulco de semeadura

– Melhor efeito de controle:

• antecipar a adubação de cobertura de 10 a 12 dias.

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Adulto do percevejo castanho

CigarrinhasAgallia sp.

Agallia albidulaSonesimia grossaXenophloea viridis

• Adulto da cigarrinha verde.

• O adulto tem cor variada,depende da espécie (cinza,branco ou verde);

• Injetam uma saliva tóxica;

• Sugam a seiva das plantasprovocando deformaçõesde folha;

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Cigarrinhas

• Período crítico: 7 aos 40 dias;

• Infestação migratória: Pastagens, soja, milho e ervasdaninhas;

• Amostragem: Presença do inseto nas plantas;

• Medidas de controle:

• Tratamento de sementes;

• Granulados na semeadura;

• Pulverização;

• Usar produtos sistêmicos e de contato.

Tripes (Frankliniella shulzei e Caliothrips brasiliensis)

• Adultos têm de 1 a 3 mm de comp.,cerca de 2 mm de envergadura;

• A fêmea pode colocar de 20 a 100 ovos (isoladamente nas folhas);

• Ciclo:• Período adulto: 20 dias• Período de incubação: 4 dias• Período ninfal: 5 a 10 dias.• Danos: Manchas prateadas no limbo, necrose ao lon go das

nervuras e dobramento das bordas voltadas para cima .• Controle: Tratamento de sementes ou em incorporação no

solo, é feito juntamente com o controle da broca-da -raiz.• Aplicar produtos sistêmico quando a infestação atin gir níveis

de controle.

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Tripes• Período crítico: 7 aos 25 dias;

• Amostragem: Plantas jovens e flores;

• Nível de controle: 5 tripes/planta; 20% de pontos e 2-3 tripes/folha.

• Prejuízos: desenvolvimento retardado e virose (mosaico tardio).

• Controle:• Tratamento de sementes;

• Granulados na semeadura;

• Pulverização;

• Usar inseticidas sistêmicos.

Tripes (Frankliniella shulzei e Caliothrips brasiliensis)

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Pulgão (Aphis gossypii )

• PRAGA• Período crítico: 20 aos 60 dias• Nível de controle: > 30% de plantas com pulgões ou > 20

pulgões/folha• Amostragem: folha do ponteiro• Variedades: resistentes e tolerantes a viroses• Inseticidas: seletivos• Vistorias: período crítico• Medidas de controle:• ☛☛☛☛ Destruição de soqueiras• ☛☛☛☛ Manejo de ervas daninhas• ☛☛☛☛ Tratamento de sementes ou granulados no sulco de se meadura• ☛☛☛☛ Alternância de inseticidas• ☛☛☛☛ Época de semeadura

Pulgão (Aphis gossypii )• VETOR

• Período crítico: 05 aos 120 dias• Nível de controle: 5 a 10% de plantas com pulgões o u 1

pulgão/planta• Amostragem: Toda a planta• Variedades: Susceptíveis a viroses ( M. das nervur as e vermelhão )• Inseticidas: sistêmicos + contato• Vistorias: Freqüentes• Observar se é colônia ( ≥≥≥≥ 3 pulgões), presença ou pulgão alado• Medidas de controle:• ☛☛☛☛ Destruição de soqueiras• ☛☛☛☛ Manejo de ervas daninhas• ☛☛☛☛ Tratamento de sementes ou granulados no sulco de se meadura• ☛☛☛☛ Alternância de inseticidas• ☛☛☛☛ Época de semeadura

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Ninfas, adultos alados e ápteros de pulgão;População de pulgões face inferior da folha.

Pragas Intermediárias

Desfolhadoras

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Curuquerê (Alabama argillacea)

• Adulto: mariposa marrom-avermelhada• Mede cerca de 38mm de envergadura e 15 de comp.• Ciclo: adulto: 12 a 30 dias; Incubação: 2 a 8 dias;• Larval: 14 a 21 dias e Pupal: 7 a 21 dias.• Pode ter de 3 a 7 gerações/ano.• Período crítico: 10 a 120 dias;• Amostragem: Lagartas ou desfolhamento.• Nível de controle: 1 a 2 lag. peq./planta 10% de desfolha;• Esporadicamente pode atacar brotos, gemas ou maçãs.• Prejuízos: redução da produção.

• Controle:– Inimigos naturais (predador Joaninha)– Inseticidas reguladores de crescimento– Carbamatos e fosforados

Curuquerê (Adulto e Lagarta)

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Curuquerê (Pupa e Danos das lagartas)

Lagarta do Cartucho do Milho (Spodoptera frugiperda)

•Período crítico: 60 aos 110 dias

•Nível de controle: • 5 lagartas médias/100 flores

• 10 % de plantas com lagartas

• Presença de massa de ovos

•Amostragem: 5ª folha da haste principal e flores

•Postura: Massa de ovos (folhas e brácteas)

•Infestação: Folhas, caules, brácteas, flores, botões e maçãs

•Hospedeiro: Capim pé de galinha

•Controle: Inset. reg. de crescimento, carbamatos, fosforados e piretróides

•Observação: Plantas hospedeiras adjacentes, migração e níveis elevados de N

•Feromônio sexual: Detecção de entrada de mariposas.

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Postura da Spodoptera

• Uma fêmea chega a pôr 1000 ovos

• Os ovos são em grupos separados

• Os ovos são cobertos por pêlos destacados do abdome da fêmea

• Na eclosão as lagartas têm 1 - 1,5 mm de comprimento

• Coloração: variável, do verde claro ao castanho escuro

• Apresenta 3 finas linhas long. branco-amareladas no dorso

• No 5º instar aparece uma mancha em forma de Y invertido na parte frontal da cabeça

• Lagartas penetram no solo onde se transformam em crisálidas.

Último estágio larval de (Spodoptera frugiperda) eÚltimo estágio larval de (Spodopetra latifascia)

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Lagarta falsa Medideira

• Adulto: mariposa com 35 mm de envergadura e 25 mm de comprimento;

• Asas anteriores: coloração cinza-parda-escura, pequeno desenho prateado no centro como uma letra U;

• Danos: larvas desfolham as plantas (folhas mais velhas);

• Controle:• O controle químico se faz

no mesmo nível de danoda Lagarta Curuquerê,principalmente compiretróides:

Lagarta Falsa Medideira e Danos

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Vaquinha (Costalimaita ferruginea vulgata; Typophorus nigritus e Diabrotica speciosa)

• Ataca em qualquer fase, porém esporadica/e(considerada praga secundária);

• A larva vive no solo;

• Polífago: alimenta de algodão, eucalipto,goiabeira, cajueiro, etc.

• Danos: Destruição das folhas novas;

• Controle:• Inseto muito sensível à maioria dos inseticidas;

• Controle não deve ser preventivo;

• Tanto os de contato como os de ingestão têm boaação sobre esta praga.

Vaquinha (Costalimaita ferruginea vulgata e Typophorus nigritus)

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Mosca Branca (Bemisia tabaci)• > Ataque: altas temperaturas e pouca precipitação;• Praga polífaga: soja, feijão, tomate, guanxumas e

cucurbitáceas servem de hospedeiros;• Período crítico: até 100 dias;• Danos diretos: Sucção da seiva; Ação toxicogênica e

Fotossíntese ( Fumagina);• Danos indiretos: Gemnivirus e Mosaico Comum;• Nível de controle: 10 insetos na 3ª folha a partir do ápice;• Químico: Fosforados, Carbamatos, Neonicotinóides e

Piretróides;• Aplicação no final da tarde; Intercalar óleo: 0,5 a 0,8%.

• Cultural:• Destruição de soqueiras; Preparo antecipado; Época de

plantio definida; Rotação de culturas; Variedades de ciclocurto; Eliminação de ervas; Variedades resistentes;Aumentar densidade de plantio; Quebra ventos e Plantio naPalha.

Mosca Branca (Bemisia tabaci) eCapulho com substância pegajosa e fumagina

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Percevejo Lygus ( Lygus lineolaris)

• Adulto é marrom, preto eamarelo;

• Danos: sugam as gemas,maçãs, talos e folhas jovens;

• Botões florais podem serpicados e logo caem;

• Gemas e maçãs não crescemnormalmente;

• Maçãs produzidas: peq.manchas pardo-avermelh. epeq. maçãs amarelas ecaem;

• Controle químico: Pode serefetuado com produtosSistêmicos.

Percevejo Rajado ( Horciasoides nobilelus )• Período crítico: 40 a120 dias;

• Amostragem: botõesflorais e redeentomológica;

• Nível de controle: 10insetos/ 100 redadasou 20% de botões compercevejos;

• Controle: Piretróides(CE) e Fosforados;

• Prejuízos: Bico dePapagaio.

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Ácaro Branco e Rajado (Polyphagotarsonemus latus e Tetranychus urticae)

• Ocorrências: Reboleira e temperatura elevada;• Umidade Alta: Ácaro branco e Baixa: Ácaro rajado;• Hospedeiros: Mamona, Feijão, Soja, Mamoeiro, etc.;• Prejuízos: na produção;

• Medidas de controle:

• Destruição de plantas hospedeiras;• Controle de reboleira;• Pulverização adequada;• Uso de acaricidas específicos.

Ácaro Branco (rasgaduras das folhas antes da dessecação) e Ácaro rajado (coloração vermelha

característica)

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Pragas da Fase Reprodutiva

Lagarta das maçãs (Heliothis virescens e H. zea )

• CICLO• Período adulto: 15 a 20 dias• Período de incubação: 3 a 5 dias• Período larval: 2 a 3 semanas• Período pupal: 1 a 2 semanas• Período crítico: 40 aos 130 dias• Nível de controle: 1 a 2 lagartas peq./ planta ou 10% de

desfolha no ponteiro• Amostragem: Ponteiro, botões florais e maçãs com

presença de ovos• Prejuízo: redução da produção

• Controle:– Tem que ser feito no 1º ínstar, no 2º ínstar só com mistura de

produtos para controlar.– Lagartas pequenas (até 1 cm)– Inseticidas Carbamatos, fosforados e piretróides (após os 70

dias)

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Lagarta das Maçãs (Adulto)

• Adultos:– Mariposas de aproximad. 20mm

de comp. e 35 mm de envergadura;

– Cor: esverdeada pálida;

– As asas anteriores têm bordas com faixas escuras e claras onduladas;

– Possui três listras nas asas;

– Ficam escondidos nas folhas, saem de noite para alimentar-se e fazer a oviposição.

– Obs.: H. zea- precisa 25% a mais do i.a do produto para ser controlada do que a H. virescens

Lagarta das maçãs e Danos nas maçãs

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Bicudo (Anthonomus grandis)

• Chegou no Brasil em 1983;

• Período crít.: 35 a 100 dias

• Adulto: Inseto com cercade 7 mm de comprimento;

• Coloração: cinza ou cast.;

• Possui dois espinhos nofêmur do 1º par de pernas;

• Move-se ativamente nassuperfícies vegetais e sealimenta dos botõesflorais, flores e maçãsnovas;

• Final da cultura: abrigos(capim, mata) abaixo dacobertura vegetal entraem diapausa.

Bicudo ( A. Grandis)

• Ovos do bicudo num botãofloral;

• Oviposição nos botões oumaçãs;

• Ovos: postos isoladamenteatravés de um orifício feitopela fêmea;

• Em seguida: é fechado poruma secreção cerosa;

• O ovo é liso, branco, comaproximadamente 0,8 mmde comprimento.

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Bicudo ( A. grandis )

• Larva: é branca, ápoda emforma de C, mede em tornode 5 mm de comprimento.

• Alimenta-se dentro dopróprio botão ou maçasjovens (exceto o adulto);

• Pupa muito parecida com alarva;

• Ciclo: Adulto: 20 a 40 dias

• Incubação: 2 a 4 dias

• Larva: 4 a 12 dias

• Pupa: 2 a 6 dias

• 5 a 6 gerações/safra.

• 1 Fêmea = 100 a 150 ovos.

• Danos: ataque inicia-se pela bordadura;

• Causados pelo adulto e larva;

• Ausência de estruturas reprodutivas: pode alimentar-sede folhas jovens, pecíolo e parte terminal do caule;

• Geralmente perfura os botões florais, para alimentar-se oucolocar seus ovos;

• Brácteas tornam-se amarelas, bem abertas e caem apóssete dias;

• Flores: aspecto de “balão”, por causa da não aberturanormal das pétalas;

• Larvas: alimentam dentro das gemas florais ou maçãs,ocasionando mais queda de gemas ou dano na fibra.

Danos

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• Nível de controle: 10 a 15% de botões atacados;

• Plantio isca: plantar 5 linhas de algodão na bordadura pelo menos 10 dias antes da semeadura;

• Destruição dos restos culturais (soqueiras);

• Catação de estruturas reprodutivas até 70 DAE;

• Semeadura uniforme;

• Tubo mata bicudo (TMB) - 10% morre no tubo e 90% fora;

• Pulverização na bordadura;

• Instalação de Biobicudo para detectar a entrada da praga;

• Uso de inseticidas: Sistêmico e Contato;

• No meio do talhão: se encontrar um bicudo, fazer aplicação no talhão inteiro.

Controle

Pragas finais

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Lagarta rosada ( Pectinophora gossypiella )

• Descrição e biologia• Adulto é mariposa pequena (±

15 mm de envergadura e 9 mm de comp.);

• A fêmea tem hábito noturno;

• Macho é <, asas anteriores pardo-escuras, com manchas transversais mais escuras e bem marcadas (fig.);

• Asas posteriores, mais estreitas, acinzentadas, com reflexos de pérola, com orla de pêlos bronzeados.

• O corpo vai até na metade da asa.

Lagarta rosada - oviposição

• Fêmea põe em média 250 a500 ovos;

• Colocados isoladamente ouem grupo de 5 a 100 nasfolhas, flores, gemas eprincipalmente na base dasmaçãs, onde ficamprotegidos pelas brácteas;

• Ovos: são ovaladosestriados de coloraçãobranco-esverdeada, comcerca de 0,5 mm decomprimento;

• Antes da eclosão ficamavermelhados.

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Lagarta rosada - Larva

• Ao eclodir, a lagarta é decoloração branco-palha-brilhante e a cabeça escura;

• Desenvolvendo-se, ficarosácea com duas faixastransversais bem marcadasem cada segmento (figura);

• Comp. máximo: ± 12 mm;

• Fase de pupa(8 mm decomp.): dentro da cápsula ouno solo;

• Ciclo: adulto 7 a 15 dias;

• incubação 3 a 12 dias;

• larva 6 a 30 dias;

• pupa 6 a 24 dias.

Danos da lagarta rosada

• Fase prejudicial à cultura: larval;

• Ataca botões florais, flores e maçãs;

• Ataque começa nos botões florais, impedindo a aberturados mesmos, ou seja, as pétalas ficam embricadas,tomando um aspecto de roseta (figura);

• Posteriormente, os botões florais murcham e caem;

• Fura a maçã para entrar, que logo cicatriza;

• Alimenta-se das sementes, destruindo-as quasetotalmente, deixando apenas o tegumento;

• Podem viver várias larvas no mesmo capulho;

• Ao transitar de uma semente para outra, ocorre adestruição, o murchamento e amarelecimento das fibras;

• Maçãs defeituosas não se abrem normalmente (carimã).

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Flores em “roseta”: danos provocado pela lagarta rosada

Controle

• Período crítico: 80 aos 120 dias;

• Nível de controle: 7% de maçãs atacadas;

• 15 a 20 mariposas/48 horas/armadilha;

• 10% de flores “rosetadas”;

• Amostragem: maçãs e feromônio sexual;

• Medidas de controle:• Destruição de soqueira;

• Semeadura na época correta;

• O controle químico é dificultado devido a vida endocárpica da lagarta;

• Inseticidas piretróides (melhores resultados).

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Percevejo manchador(Dysdercus peruvianus e D. ruficolis)

• Aparecem na última fase dacultura;

• Insetos de 10 a 20 mm decomp., laranja-avermelhadosa café-claros;

• Têm cabeças e apêndicesmarrom-escuros;

• Tórax com três listrasbrancas na base das pernas;

• As asas em repouso formamuma mancha em forma de “V”invertido;

• Alimentam-se picando asemente do algodão.

Ninfas do percevejo manchador

• As ninfas têm cinco estágios;

• No primeiro: são ápteras, corde rosa e não se alimentam;

• Segundo e terceiro:alimentam-se de sementestenras no solo;

• Nos outros: Sobem pela planta,aglomeram-se sobre as maçãs,capulhos e com o rostrosugam a seiva das sementes.

• Ciclo: Adulto: 25 a 80 dias

• Incubação: 10 dias

• Ninfa: 3 a 6 semanas

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Danos causados

• Os adultos e os últimos estágios ninfais ao picarem asmaçãs e sugarem as sementes, causam os seguintesdanos:

• Queda ou mau desenvolvimento das maçãs;

• Menos de 25 dias: calosidades no interior da lóculapicada ( Figura esquerda);

• Abertura defeituosa dos capulhos;

• Podridão das fibras, com penetração de bactérias efungos pelas perfurações;

• Manchas nas fibras de cor marrom-amarelada(dejeçõesou outros), Figura direita;

• Redução do poder germinativo das sementes;

• Danos são mais importantes quanto mais cedo ospercevejos atacarem.

Calosidade e lóculos de algodão em caroço danificados

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Controle do percevejo manchador

• Período crítico: 60 a 120 dias;• Amostragem: botões florais e rede

entomológica;• Nível de controle: 20% de botões com

percevejos;• Medidas de controle: inseticidas piretróides e

fosforados;• Em condições normais do aparecimento de

populações, não se justificam pulverizaçõesespecíficas para esta praga.

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Manejo Integrado de Pragas(MIP)

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• MIP - um sistema de manejo de pragas que nocontexto do meio ambiente associado àdinâmica da população da espécie, utiliza todasas técnicas e métodos apropriados da maneiramais compatível possível e mantém aspopulações das pragas a um nível inferior aoque causaria danos econômicos (FAO, 1967).

• Preservação do meio ambiente:• Respeito ao equilíbrio do agrossistema da lavoura

de algodão;

• Utiliza a idéia chave de níveis de dano econômico.• Cresceu ultimamente principalmente devido aos

problemas de resistência de pragas e desequilíbrioecológico, provocados pelo uso contínuo e sem critériosdos defensivos agrícolas.

MIP• Métodos e técnicas que podem ser utilizados em conjunto:

• a) Controle cultural:– Variedades: aumentar a precocidade - controle do bicudo;

– Algodão transgênico: Bacillus thuringiensis.

– b) Práticas culturais:

• Rotação de cultura;

• Semeadura concentrada dentro de um período recomendado;

• Lavoura isca;

• Catação de botões florais atacados;

• Destruição e incorporação de soqueiras.

– C) Controle biológico:

• Inseticidas biológicos (B.t);

• Uso de iscas de feromônios.

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Conceitos básicos e práticos do MIP

• Nível de controle: É o nível de população da praga a partir daqual se estabelece o momento de tomada de decisão para ocontrole, a fim de evitar prejuízos.

• Amostragem: É um procedimento pelo qual se estima apopulação da praga na cultura através da observação direta dasplantas, procurando identificar e quantificar a presença daspragas, danos ou sintomas.

• Período crítico: São fases do desenvolvimento da planta em quedeterminadas pragas encontram os melhores momentos para ocrescimento populacional, ocasionando os maiores prejuízos.

• Praga-chave: Uma ou mais pragas consideradas maisimportantes para as diferentes fases de desenvolvimento dacultura. Determina os mecanismos e o momento de controle.

• Monitoramento: Determina o momento adequado das aplicaçõescomo também se constitui em um meio efetivo de avaliação deeficiência de controle.

Levantamento de Pragas

• Por que devemos fazer o levantamento daspragas?

• Como é feito o levantamento?

•Caminhamento em zigue-zague

•Caminhamento em “M”

•Caminhamento em “W”

• Quando deve ser feito?

• A partir de que nível de infestação devemoscontrolar?

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Caminhamento em zigue e zague

Caminhamento em M

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Caminhamento em W

Amostragem

• 1 monitor/500 ha;

• Até 40 DAE: 10 plantas/ponto;

• 40 a 80 DAE: 5 plantas/ponto;

• Após 80 DAE: 3 plantas/ponto;

• Talhão de 100 ha: 50 pontos de amostragem;

• Talhão de 150 ha: 70 pontos de amostragem.

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Predadores e Parasitóides

• O algodoeiro abriga tambémnumerosas espécies de insetosbenéficos, que desempenham umpapel importante no controle naturaldas populações de pragas.

• São divididos em dois grupos:predadores e Parasitóides.

Predadores - larvas e/ou adultos de algunscoleópteros, dípteros e neurópteros, se alimentamdos pulgões, moscas brancas, ácaros e ovos dediversos insetos.

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Eriopsis Connexa e Cycloneda Sanguinea -Predadores de pulgões

Polistes sp. e Podisus nigrispinus -Predadores de Curuquerê

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Parasitóides

• Insetos que podem atacar os diferentesestágios do hospedeiro: ovo, larva, ninfae adulto;

• Fase larval: desenvolve parcial ouintegralmente no hospedeiro, dentro ousobre o qual os ovos são depositados;

• Os tricogramas são pequenoshimenópteros ( 1 mm) que põem seusovos dentro de lepidópteros prejudiciais:

• Heliothis virescens• Alabama argillacea

Page 39: Pragas da cultura do Algodao

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Patógenos

• Doenças também interferem nocontrole nas populações de pragas:

• Doença branca (Nomuraea rileyi), infectandolagarta da Curuquerê);

• Poliedrose nuclear - doença preta; e

• Baculovírus: 2ª figura - lagarta de Spodopteralitoralis - última fase de desenvolvimento dadoença.