poesía carlos bousuño

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LA POESIA DE CARLOS BOUSONO by Maria Giovanna Tomsich B.A., The University of British Columbia, 1961 A THESIS SUBMITTED IN PARTIAL FULFILMENT OF THE REQUIREMENTS FOR THE DEGREE OF MASTER OF ARTS in the Department of ROMANCE STUDIES We accept this thesis as conforming to the re- quired standard THE UNIVERSITY OF BRITISH COLUMBIA April, 1964

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  • LA POESIA DE CARLOS BOUSONO

    by Maria Giovanna Tomsich

    B.A., The University of Br i t i s h Columbia, 1961

    A THESIS SUBMITTED IN PARTIAL FULFILMENT OF THE REQUIREMENTS FOR THE DEGREE OF MASTER OF ARTS

    in the Department of

    ROMANCE STUDIES

    We accept this thesis as conforming to the re-quired standard

    THE UNIVERSITY OF BRITISH COLUMBIA Ap r i l , 1964

  • In presenting this thesis in partial fulfilment of

    the requirements for an advanced degree at the University of

    British Columbia, I agree that the Library shall make it freely

    available for reference and study. I further agree that per-

    mission for extensive copying of this thesis for scholarly

    purposes may be granted by the Head of my Department or by

    his representatives,. It is understood that copying or publi-

    cation of this thesis for financial gain shall not be allowed

    without my written permission.

    Department of

    The University of British Columbia, Vancouver 8 , Canada.

    Date

  • i i Resumen

    E s t e t r a b a j o se a b r e c o n un b r e v e c a p i t u l o en que p e r f i -

    lamos l a s c a r a c t e r i s t i c a s de l a g e n e r a c i o n a que p e r t e n e c e

    Bousorio. P a r a e s t e encuadre g e n e r a c i o n a l p a r t i m o s de l a t e o -

    r i a de O r t e g a y G a s s e t j nos apoyamos en l a s a f i r m a c i o n e s he-

    chas p o r V. A l e i x a n d r e , T o r r e n t e B a l l e s t e r j Bousorio.

    Empezamos e l a n a l i s i s de s u p o e s i a c o n e l e s t u d i o tema-

    t i c o . E l tenia f u n d a m e n t a l es un c o m p l e j o de elemento de l u z

    con v a l o r s i m b 6 l i c o , c u y a t r a y e c t o r i a v a de l a s i m b o l i z a c i o n

    de l a d i v i n i d a d a l a de e s t a d o s a n i m i c o s . L a c a p t a c i o n de

    l a f u g a c i d a d de l a e x i s t e n c i a , es d e c i r , l a m e l a n c o l i a , l a

    t r i s t e z a , l a m e d i t a c i o n s o b r e l a r e a l i d a d v i e n e n v i s t a s como

    l u z en d i s t i n t o s momentos de s u l a b o r p o e t i c a . P a r a l e l a m e n -

    t e a e s t e c o m p l e j o , p e r o c o n menos f r e c u e n c i a , se d e s a r r o l l a

    e l c o m p l e j o t i e r r a , r a i z y a V b o l . E l tema de D i o s es t r a t a -

    do c o n un d o b l e enfoque: b i b l i c o d e l V i e j o Testamento j neo

    t e s t a m e n t a r i o .

    E l tema de l a f u g a c i d a d de l a e x i s t e n c i a es t r a t a d o c o n

    mas i n t e n s i d a d en P r i m a v e r a de l a muerte; de l a c o n t e m p l a -

    c i o n de l a n a t u r a l e z a y p a r t i c u l a r m e n t e de l a c a p t a c i 6 n de

    l o s s o n i d o s b r o t a una s e r i e de c o m p o s i c i o n e s que s u b r a y a n e l

    s i g n i f i c a d o d e l t i t u l o ; l a he r m o s u r a , l o p r i m a v e r a l en l o

    p e r e c e d e r o .

    I n v a s i o n de l a r e a l i d a d que e s t r i b a en l a meditaci6n s o -

    b r e e l l e n t o t r a n s c u r r i r d e l tiempo de l a s c o s a s , en su l e n -

    t a t r a n s f o r m a c i 6 n , d e s a r r o l l a e l tema de l a p e r m a n e n c i a d e l

    mundo t a n g i b l e .

    Desde e l punto de v i s t a e s t i l i s t i c o s u p o e s i a se c a r a c -

    t e r i z a p o r e l empleo y e l a b o r a c i 6 n de c i e r t a s m e t a f o r a s

  • i i i

    como l a de Las C o p l a s de J . M a n r i q u e , p o r e l empleo de l a "ima-

    gen v i s i o n a r i a " , l a " v i s i o n " y l a " s u p e r p o s i c i o n t e m p o r a l " .

    F u e r a d e l Smbito de l a imagen,uno de l o s p r o c e d i m i e n t o s mas empleados p o r e l es l a r e i t e r a c i o n y l a s e r i e de v e r b o s a s c e n

    d e n t e - i n t e n s i v o s .

    L a f u e n t e l i t e r a r i a de s u p r i m e r l i b r o S u b i d a a l amor,es

    l a B i b l i a , s i n embargo,en e s t a o b r a j u v e n i l , s e e n t r e m e z c l a n

    l o s i n f l u j o s de S.Juan de l a C r u z y de V . A l e i x a n d r e ; e l i n -

    f l u j o de e s t e queda c l a r o en l a s imagenes de tono p a n t e i s t a .

    E l i n f l u j o de "La v i d a es sueno" se v i s l u m b r a en l a atm6sfe-r a de i n c e r t i d u m b r e y duda de Noche d e l s e n t i d o . Hay r e m i n i s -

    c e n c i a s de B e c q u e r ^ e e / f c S i D a r i o y D.Alonso en unos c u a n t o s poe

    mas,pero e l i n f l u j o mas p e n e t r a n e es e l de A.Machado y V . A l e i

    x a n d r e .

    Bousoiio es t a n b i e n c o n o c i d o p o r su l a b o r c r i t i c a como p o r

    s u p p e s x a . E s t e t r a b a j o se c o n c l u y e c o n un b o s q u e j o d e l c o n t e

    n i d o y a p o r t a c i o n e s mas i m p o r t a n t e s en L a p o e s i a de V i c e n t e

    A l e i x a n d r e ^ / S e i s c a l a s en l a expresi6n l i t e r a r i a e s p a n o l a y T e o r i a de l a expresi6n p o e t i c a . En e l e s t u d i o e s t i l l s t i c o de s u p o e s i a empleamos donde nos es p o s i b l e l a t e r m i n o l o g i a y

    l o s r e c u r s o s p o e t i c o s p o r 1 d e s c r i t o s en e s t o s l i b r o s .

  • V

    Q u i e r o m a n i f e s t a r mi a g r a d e c i m i e n t o a l

    p r o f e s o r , d o c t o r F r a n c i s c o Marquez V i -

    l l a n u e v a , p o r haberme a c o n s e j a d o , d i r i

    g i d o j p o r h a b e r r e v i s a d o e s t e t r a b a j o .

  • i v

    INDICE

    Introducci6n pag. 1 Capitulo I. Datos biograficos pag. 3 Capitulo II. Tematica pag. 11 Capitulo III. Caracteristicas del estilo de Bousono.pag. 40 Capitulo IV. Influjos j coincidencias literarios...pag. 61 Capitulo V. La labor c r i t i c a de C.Bousono pag. 84-Notas ....pag. 97 Bibliograf i a pag. 106

  • INTRODUCCION

    En n u e s t r o c a s o , t a l v e z c u a d r a r i a m ejor l l a m a r " j u s t i f i c a c i o n "

    a e s t a s l i n e a s ; j u s t i f i c a c i o n p o r o c u p a r n o s de un p o e t a aun en

    l a f l o r de su c r e a t i v i d a d p o e t i c a , s o b r e un nombre que d e c l a r a

    muy rotundamente "Siempre l i e p u e s t o mas i l u s i o n en l o s v e r s o s

    que me p r o p o n x a e s c r i b i r que en a q u e l l o s que h a b i a e s c r i t o y a . "

    ( I ) S i n embargo l o s l i b r o s que i n t e g r a n P o e s i a s c o m p l e t a s e I n -

    v a s i o n de l a r e a l i d a d , t r a z a n una t r a y e c t o r i a c l a r a m e n t e d e l i n e a -

    da y c a b a l , que merece s e r e s t u d i a d a aunque Bousono se h a l l e l e j o s

    de h a b e r dado c i m a a su l a b o r .

    Hay ademas un pequeho f a c t o r humano; c i e r t a s a t i s f a c c i o n en

    d e c i r a l g o que pueda s e r o b j e t a d o o a d m i t i d o p o r e l a u t o r mismo

    que e s t u d i a m o s . I n c l u s o un r i g u r o s o a n a l i s i s puede, p o r l a i n -

    t e r p r e t a c i o n s u b j e t i v a d e l que a n a l i z a , l l e v a r a c o n c l u s i o n e s

    e r r o n e a s , r e s p e c t o a l a s i n t e n c i o n e s a r t i s t i c a s d e l a u t o r .

    T r a s e l e s t u d i o de l a o b r a de C a r l o s Bousono, queremos poner

    de r e l i e v e e l d e c i d i d o r a s g o t r a d i c i o n a l en s u p o e s i a ; es d e c i r ,

    e l m i s t i c i s m o l i t e r a r i o , l a m e d i t a c i o n s o h r e l a f u g a c i d a d de l a

    e x i s t e n c i a y l a a n g u s t i a que l a i n c e r t i d u m b r e d e l s i n o d e l hombre a c a r r e a . Rasgo que a l mismo t i e m p o e n c a j a c a b a l m e n t e en l a s i n -

    q u i e t u d e s de hoy d i a . Lo que i n t e g r a e s t e m a t i z y como v i e n a a

    r e s p o n d e r desde e l punto de v i s t a t e m a t i c o y e s t i l i s t i c o , a l o s

    a f a n e s f i l o s o f i c o s de hogaho, l o veremos en e l d e s a r r o l l o de l o s

    t e m a s - s i m b o l o s en e l segundo c a p x t u l o ; en e l t e r c e r o , l o n o t a r e -

    mos en l a e l a b o r a c i o n de m e t a f o r a s y en e l empleo de moldes t r a -d i c i o n a l e s , p a r t i c u l a r m e n t e e l romance. E l uso de e s t a f o r m a , s i n

    embargo no d i s t i n g u e a n u e s t r o p o e t a . E l romance como medio de

    l a e x p r e s i o n l x r i c a e s t a muy v i v o en l a m e t r i c a contemporanea, ha

  • senalado Pedro Salinas en un estudio. Sus palabras finales de que e l empleo del romance confirma para e l , "esa curiosa actitud espanola de tradicionalismo, de c o n s e r v a c i 6 n del pasado, pero vivida de t a l modo que sirve con perfecta eficacia de expresi6n del presente." ( 2 ) ; pudiera muy bien aplicarse a Bousono. En e l cuarto capitulo, l a indole de los influjos tematicos e i n t u i -tivos que anotamos acentuaran l a misma afirmacion.

    Nuestro estudio abarcara sus Poesias completas e Invasi6n de l a realidad, mientras que los rasgos de su destacada labor c r i -t i c a seran objeto de un quinto capitulo. Hemos de tener en cuen-ta que no disponemos a pesar de tratarse de un autor contempora-neo.de un corpus exhaustive de su obra. En efecto en uno de los "Encuentros" de V.Aleixandre, que abre ademas, las Poesias com-pletas, nos enteramos de las etapas de su desarrollo poetico du-rante l a adolescencia. (3) Practicamente ignorante de ninguna experiencia poetica, descubre a los trece anos en l a pequeiia b i -blioteca de un t i o abuelo, a Campoamor y a Z o r r i l l a . Inspirado por Campoamor escribe como hubiera podido hacerlo un jovencito del 1870, Doloras, Leyendas y Humoradas. Un par de anos des-pues, a los quince tropieza con un libro de Dario, chispa que en-ciende otra serie de poesias, esta vez, de sabor modernista. S6lo dos anos despues, nos dice e l poeta de Sombra del paraiso, despierta Bousono a l a poesia de Machado, de Salinas, de G.Diego y de otros. De los numerosos poemas que integran esta produc-c i 6 n i n i c i a l , ninguna esta incluida en Poesias completas; pues Bousono no considera estos primeros ensayos poeticos dignos de integrarse con l a obra mas tardia.

  • 3

    Capitulo I Datos biograficos.

    Nace Carlos Bousono en Boal, Asturias, e l 9 de mayo de 1923 Despues de estudiar e l Bachillerato y los cursos comunes de F i l o s o f i a y Letras en l a Universidad de Oviedo se traslada a Madrid, donde consigue l a licenciatura en 194-5* Pasa- un par de anos en Norte America. En 1946 da una serie de conferencias en Mejico; e l ano siguiente se traslada a l a costa oriental del continente, en Massachusetts, a Wellesley College donde desempe-na una catedra ese ano. A l regresar a Espana continua l a carre-ra academica j consigue e l doctorado en l a Universidad de Madrid, en 194-9* Desde 1950 enseha e s t i l i s t i c a en l a universidad matri-tense y durante algunos veranos en Middlebury College en Vermont. La ensefianza es para Bousono como para otros poetas profesores de su generaci6n (Valverde, J3e^Nora, V.Gaos) un medio de compar-t i r l a vida entre e l pais nativo y el extranjero.

    Muy joven todavxa publica su primer l i b r o , Subida al amor (194-5) que incluye, con pocas excepciones, poemas de terna r e l i -gioso, como lo acusan los t i t u l o s de los varios grupos: "Salmos sombrios", I, II, "Cantico nuevo" y "Salmos puros". A este libro sigue Primavera de l a muerte(l946), constituido por "Elegiasdes-esperanzadas", "Odas celestes" y "Odas elegiacas"; en e l primer grupo, tras las palabras del poeta a un ser sobrenatural y tras l a respuesta de este, se traza el destino apesadumbrado del hom-bre en l a t i e r r a , a que se contrapone l a vision empirea cantada por el ser angelical; e l canto de un mundo luminoso se acentua en e l segundo grupo de poemas, mientras que e l tercero canta l a muerte captada en l a naturaleza.

  • En 1950 pone en prensa su tesis doctoral sobre Aleixandre, l i -bro que suscitara, como veremos, varios ensayos c r i t i c o s ; en 1951 publica en colaboraci6n con Damaso Alonso, Seis calas en l a expresi6n espanola. Una tercera obra de carS.cter especulativo apa rece en 1952, Teoria de l a expresi6n poetica que le vale a su au-tor e l premio Fastenrath. E l ano siguiente bajo e l t i t u l o de Hacia otra luz aparecen reeditados Subida a l amor y Frimavera de l a muerte. Noche del sentido. un tercer libro de poesias ve l a luz en _957 Responde este libro a l a intuicion de un mundo en que todo aparece difuminado j dudoso a traves de l a fugacidad de l a existencia humana. Reune en 1961 en un volumen de Poesias comple-tas, con e l subtitulo de Primaver-a de l a muerte, e l libro del mis mo t i t u l o y los otros dos ya mencionados, adem&s de Varios poemas escritos a partir de 1948. En 1962 se imprime Invasion de l a realidad cuyo principio ya integra e l quinto apartado de Poesias completas. Esta es l a obra que presenta un cambio de perspectiva en l a intuici6n del mundo, perspectiva que acusa un esfuerzo de salvaci6n. (4) La vida del kombre no parece tan fugaz y perecede ra s i viene contemplada desde l a permanencia del mundo de las co-sas. Sirvannos estos someros esbozos de sus libros cuya proble-matica sera discutida en los capltulos que siguen. Varios de los poemas que constituyen e l apartado quinto de este libro ha-bian aparecido ya en revistas l i t e r a r i a s y poeticas. En revis-tas publica tambien varios articulos cuyos t i t u l o s y fecnas i n -cluiremos en l a bibliografia para evitar transformar estos datos biograficos en una l i s t a de fechas.

    Mencionaremos los articulos y recensiones sobre l a obra de Bousono en debido tiempo pero debemos esclarecer desde este momen

  • 5 to una cuestion de t i t u l o s . En un libro de J, L . Cano, De Macha-do a Bousono a l comentar sobre l a poesia de nuestro poeta, Cano menciona Meditaci6n de un dia; (5) era este un t i t u l o provisional del libro Noche del sentido, mientras que En vcz de suerio, era un adelanto del mismo.

    5 Muchos artlculos, ensayos j libros sobre literatura con-temporanea espanola adscriben determinados autores a una u otra generaci6n caracterizada, a veces, por una fecha, otras por los terminos de "Mas joven" o "vieja" o "antecedente" segun los ca-ses. Este intento de encasillar a varios autores en periodos definidosi presupone e l concept de "generaci6n l i t e r a r i a " , pero iexiste t a l cosa? Antes de todo vemos l a necesidad de precisar lo que este concepto s i g n i f i c a para nosotros; aim despues de una somera lectura de E l metodo hist6rico de las generaciones, de J. Marias, resulta obvio que no hay un unico concepto de generaciSn que justifique e l uso de esta palabra sin antes d e f i -n i r l a cuidadosamente. Partiremos del concepto te6rico de genera-ci6n de Ortega y Gasset por dos razones. Nos parece l a mas I6gi-ca porque, como dice el autor citado, brota: "de una teoria general de l a realidad hist6rica y soc i a l . . . , y esta teoria ra-dica en una concepci6n sistematica de l a realidad,... en una metafisica." (6) En segundo lugar, algunas observaciones de Bousono sobre l a poesia contemporanea estriban o por lo menos coinciden hasta cierto punto con las que vamos a exponer breve-mente ahora.

    6Que es lo que constituye una generaci6n segun Ortega j Gasset? "...Las variaciones de l a sensibilidad v i t a l que son decisivas en

  • 6 histor i a , se presentan bajo l a forma de generaci6n. Una genera-cion no es un punado de hombres agregios, n i simplemente una ma-sa, es como un nuevo cuerpo social integro, con su minoria se-lecta j su muchedumbre, que ha sido lanzado sobre e l ambito de l a existencia con una trayectoria v i t a l determinada. (7) Como vemos en esta definici6n no encaja un concepto de "generaci6n l i -t e r a r i a " . Vamonos a otro punto de l a teoria que nos parece esen-e i a l ; "lo decisivo en l a idea de las generaciones no es que se suceden sino que se solapan o empalman." En cuanto a l a duraci6n, una generacion domina quince anos aproximadamente. (8) Para s i -tuar l a obra de Bousono en e l mundo l i t e r a r i o espanol de hoy dia partiremos de unas consideraciones generales hechas por V. Aleixandre y otros sobre l a l i r i c a de los coetaneos de nuestro poeta hasta llegar a unos juicios suyos, que como veremos, nos llevaran a apreciar s i existe o no una generacion l i t e r a r i a a que e l pertenece.

    ". . E l tema esencial de l a poesia de nuestros dias con proyec-cion mucho mas directa que en epocas anteriores, es e l cantico inmediato de l a vida humana en su dimensi6n hist6rica." E l hombre se ha dado cabal cuenta de lo temporal, de lo localizado que esta en un espacio y sociedad dejrerminados; de los problemas que lo acosan. A saber, e l tomar plena conciencia de lo temporal provo-ca l a angustia, suscita e l dilema del sino del hombre en l a t i e -rra, de l a muerte, de un poder sobrenatural. Algunos resuelven esta congoja con l a fe en Dios; otros, en una solidaridad frater-nal s i bien angustiada. La religiosidad l i t e r a r i a , sigue dicien-do e l maestro, es especialmente explicable "...en un pais como Espana cuya h i s t o r i a j cuyo espxritu no pueden entenderse del to-do sin tener en cuenta e l ultraterreno motor que tantas veces ha

  • girado en su seno." En efecto nunca desde e l siglo XVII florecio l a l i r i c a r e ligiosa con tanto vigor e intensidad: Resales, Car-men Conde, Vivanco y otros de l a promocion anterior; y de l a u l -tima, Gaos, Bousono, Valverde, Hidalgo,Otero, Morales y Maruri. (9)

    A estas citas y resumen de los comentarios de Aleixandre so-bre algunas caracteristicas de l a poesia moderna, agregamos otros de Torrente Ballester. Dandonos una vision de conjunto desde 1939 hastael '60, menciona un cambio de o r i e n t a c i 6 n en 194-5 fren-te e l formalismo neoclasicista simbolizado por l a revista "Garcila-

  • 8 de su poesia una meditaci6n de l a vida como puro transcurso..." y un poco mas adelante:" viene a coincidir, sin saberlo n i pre-tenderlo, con otros poetas que a su lado escriben hoy en Espana... Hoy, epoca que llamariamos de'integracion en los otros' e l canto se torna solidario, y l a individuacion l a da e l modo de ser vivido un problema comun...". (11) Nos parece obvio, dado e l contenido y las inquietudes que caracterizan su poesia, que e l se incluye tam-bien entre esos otros poetas que cantan y viven en solidaridad "un problema comun", en efecto, e l problema del v i v i r mismo.

    En un escrito mas temprano Bousono hace un comentario sobre un rasgo de l a poesia contemporanea, (el realism), que ademas aporta una observacion interesante sobre un concepto de generaci6n. Para empezar, dice que e l realismo caracteriza l a l i r i c a posterior a l a guerra c i v i l ; que este rasgo con intensidad y matiz distinto, se-gun e l temperamento individual se aprecia tanto en los maestros como en los mas jovenes. Por ser nueva esta posici6n estetica, no quiere decir-que brote de l a generacion mas joven ("o del cheque entre l a joven y l a vieja, como ppina Pidal") y anade: " . . . d i r i a -mos que se llega a e l l a simultaneamente y con semejante intensidad, ...en algunos casos, desde las distintas generaciones que en t a l fecha se dan, ...cada una de ellas descubre en principio por su cuenta l a nueva sensibilidad,...". Aduce como posible explicacion de esta simultanea aportacion por distintas generaciones coetaneas, el hecho de que atraviesan e l mismo momento hist6rico, y s i esta hipotesis de l a aportacion simultanea no anda desviada, "habria que plantear l a historia de l a literatura no totalmente a base de las generaciones... habria que fundarse... en los periodos breves (diez, quince, veinte anos) en que un cierto ideal estetico es sustentado." (12)

  • E l hech de agregar a las observaiones de arriba, unas de Bousono, para corroborar l a idea de un fondo comun no solo a to-dos los coetaneos de nuestro poeta sino tambien a los contempora-neos en general, nos resulta valiosa, particularmente l a ultima porque nos eslabona con el terna de "generaci6n". Bousono habla de "sensibilidad", de generaciones distintas que actuan en acor-de, por estar sujetas a l mismo moment historic, com vemos son las ideas base de l a generacion historica orteguiana, excepto esa "simultanea a p o r t a c i 6 n " que es una observacion de nuestro autor; pero aun l a observaci6n de lo inadecuado del concepto de "genera-cion l i t e r a r i a " j aun l a sugerencia de periodos breves como base, responden a l a teoria de Ortega j Gasset. Lo que nos extrana es mas bien que no lo cite en este context; aunque, por otra parte l a teoria de este eminente espanol es tan bien conocida y asimi-lada por los hombres de letras que ya no requiere l a menci6n de su fuente.

    Concretando este complejo de citas y parafrasis podemos a f i r -mar que Bousono pertenece a una generacion en que los poetas com-parten earacteristicas esenciales, como lo hemes notad en las varias citas . Podemos tambien afirmar que con distintas grada-ciones algunos de esos rasgos vienen compartidos con las otras generaciones coetaneas. En terminos orteguianos diriamos que l a generacion a que pertenece nuestro poeta tiene caracter de "epo-ca cumulativa" porque se siente de acuerdo con las anteriores. ( 1 3 )

    Ahora bien, afirmamos que hay una generacion a que pertenece Bousono y que tiene caracter cumulativo, pero icual es? Se mencio-na frecuentemente una generacion de la post-guerra, es decir una generacion que entraba en el campo v i t a l despues del conflicto c i v i l , adolescentes de unos trece, o catorce afios que segun l a

  • 10

    teoria del f i l 6 s o f o madrileno llegarian en su periodo formativo o de "gestaci6n" generacional hacia 1950. En efecto esta fecha corresponde a l a dada por Torrente Ballester (vease pag.yO* Si se ha llegado a esta denominaci6n de "generacion de l a post-guerra" o del '50 (cuando esos jovenes tenian unos treinta ahos) segun e l metodo de Ortega y Gasset, no parece claro, pero es l a denominacion aceptada. Una vez mis nos apoyamos en las palabras de Bousono para corroborar nuestra afirmacion. Todavia comentando sobre el rasgo r e a l i s t a de l a poesia contemporanea (vease pag. 8 ) dice: "...en esa actitud conciden las dos generaciones..." l a del v e i n t i -cinco y l a que se dibuja con grueso trazo desde los comienzos de l a post-guerra espanola." (15)

  • 11 Capitulo II Tematica.

    Primavera de l a muerte, t i t u l o de un libro de poesias aparecido en 194-6 se extiende a Poesias completas (1961) por responder todas, segun e l autor, en varios grados y matices a esa intuicion que cap-ta el mundo tangible y l a estancia del hombre en el mundo como me-ro transcurso. Por e l constante f l u i r de algunos elementos funda-mentales, en casi todos los poemas de Bousono, encontraremos que e l concepto clave es "primavera". La muerte, sus atributos llegan a ser temas fundamentales pocas veces; se transparentan, eso s i , tras lo perecedero y lo fugaz de l a existencia. Son estos los ele-mentos que permean de tri s t e z a toda su poesia, pero esta tr i s t e z a no es agobiadora, es luminosa; "Muerte o nada seria e l mundo, pero en tanto que es... Es un calido manantial, una fragancia irrenun-ciable, una suprema fuente de posibilidad, una luz, una "primave-ra". (1)

    Antes de i n i c i a r e l estudio de los temas de Bousono cabe i n d i -car e l sistema que vamos a emplear. Los estudiaremos en orden de frecuencia y no de intensidad; por ejemplo, Lios constituye el te-ma basico de muchos mas poemas que ningun otro elemento tematico y sin embargo no permanece a traves de toda su labor poetipa, mien-tras que e l tema de l a luz, aunque secundario^asoma a traves de casi todos sus poemas.

    Elementos de luz, sol y fuego constituyen e l tema fundamental o secundario de l a mitad de las composiciones que integran Poesias completas e Invasion de l a realidad ( 2 ) . Y no estaria de mas ana-dir que casi todas llevan una metafora o simil que alude a l a luz. Esta no es tema basico en mas que unos quince poemas aunque haya bastantes mas casos en que l a luminosidad o l a incandescencia del fuego casi llegan a alcanzar predominio.

  • iComo se desarrolla este tenia j que significado tiene en l a bra de nuestro autor? E l primer l i b r o , Subida a l amor (194-5) es en su totalidad un himno a Dios y e l anhelo por llegar hasta E l . La divinidad es a veces l a luz misma, e l fuego que encien-de las almas, l a naturaleza y e l universe todo. En e l poema de t i t u l o homonimo que abre este l i b r o , e l ansia del alma esta representada dinamicamente, con un movimiento ascensional. E l poeta exhorta e l alma a subir, a acercarse a l "rostro de Dios"; e l alma se dora a l elevarse, llega a ser luz e l l a misma por ha-berse fundido con Dios. E l ascenso y l a union del alma con e l Ser supremo, expresados en terminos de resplandor se repite a traves del libro en tonos distintos. Si e l tono de l a composi-ci6n considerada es exhortatorio, e l de "Elegia de l a luz del alma" es de anhelo: "He de sacar mi alma lentamente del fond oscuro donde yace... a que se alumbre e l sol vibrante." (pag. 4-7) (3) Enl"El Dios nocturne" es paz y quietud porque Dios ya esta en e l alma: "Este fulgor del alma...que me eleva en ascen-sion de pajaro que lleva fuego en sus alas...(pag.89) siguen mementos de desaliento cuando e l alma lejos de Dios ve l a luz de l a tarde sin lograr ver a Dios: "Triste es l a luz que de t i solo lleva una apariencia iluminada. (pag.92)

    A veces e l poeta no acude a l alma como medio de expresi6n del anhelo. La materia y el espiritu amalgamados claman: "ser un instante luz, sol un instante: Sopla y enciendeme, Sehor...(pg.88). E l simbolismo de estas citas es transparen-te y no necesita comentario, pero en otros se hace mas comple-te. E l t i t u l o del poema, "El muerto" no r e f l e j a un terna funda-mental; que es otra vez l a luz:" ...extendido en tu cuerpo... como en tumba de luz mi cuerpo largo yace." (pag.4-5) La "tumba

  • 13

    de luz" es e l simbolo que encubre e l concepto de los que mueren en l a fe de Dios, seguros de ser acogidos en su misericordia. En otro li b r o que consideraremos adelante, e l tema de l a luz, entremezclado con e l del muerto, sigue en "Epitafio" con un cambio de perspectiva; no es l a t i e r r a "tumba de luz" sino que el muerto es "un t a l l o de sol claro" que no se apag6 con l a muerte y que continua bajo t i e r r a como "un rayo de sol t i b i o y dorado." (pag.124)

    Hasta ahora hemos considerado l a luminosidad como tema prin-c i p a l pese a su significado simbolico. Se recordara que a l principio mencionamos unos cuantos poemas en que e l tema b&sico queda sumergido. E l Dioshombre contemplado en su v i v i r c o t i -diano, e l viento, Espana son temas predominantes en varios poe-mas, como veremos, pero veamos los ahora inundados por elementos de luz. En "Cristo adolescente" Jesus no crece, se dora bajo e l sol de Palestina y e l mismo da claridad a l a manana; (4) En otro poema vemos a l Senor en l a tarde de su a s c e n s i 6 n : "Era l a luz sobre l a tarde... Era l a luz t r i s t e y serena... Subias dul-ce y amoroso... y a l a luz serenabas..."(pag.77) La dualidad luz-Dios permanece esparcido entre otros desarrollos de este tema. "Cristo en l a tarde" se oye l a voz del Senor: "Yo soy l a luz". "Miraba hacia l a tarde" Sigamos con otros temas ca-racterizado por l a luminosidad; l a Espana de "La Espana sose-gada", es algo fantasmagorico: "...un poco de t i e r r a luminosa, un poco de sol claro... gota pura de luz..." de que sus hijos se nutren y creeen, en cuyas venas corre e l sol; cuyo sino es l a inmortalidad porque son "alma s 6 l o , luz de alma y suefio". (5) E l mistieismo que caracteriza todo Subida a l amor, matiza e l te-ma de l a patria tambien; en efecto esta igualada a l a luz, espi-

  • ritualizada, es un instrumento mas de l a "claridad divina". (6) Espafia como imagen luminosa reaparece en Varies Poemas, pero sin e l significado religioso y contemplative que tiene en esta composici6n: "Espafia en luz" es un poemita lleno de exaltaci6n donde los recuerdos de l a nifiez se trenzan a exclamaciones ex-ult antes : " Y siempre Espafia, donde yo ligero c o r r i de nino... Candida luz, y mas dentro e l tiempo en luces J' (pag.79)

    De nuevo en e l ambito de plena divinidad e l viento en l a cemposici6n "El viento" esta. empapado de luz: "Gimiente y dul-ce, e l viento... viene de Dios y puro en Dios termina... de luz cargado... Luz tremula le llena." (pag.53)

    Antes de estudiar e l desarrollo de este terna en Primavera.. debemos dedicar unos renglones a l a estructura del l i b r o , l a cual exclarecera a su vez e l analisis tematico. Unos veinte de los cuarenta poemas que integran este libro estriban en un di&logo entre l a voz del poeta (en tres composiciones) y l a de un ser sobrenatural, que por su abstracta presencia entre los hombres nos haee pensar en l a personificacion poetica del afan del nom-bre por un desarrollo inalcanzable, en e l espiritu primaveral, en un deseo de eternidad. (7)

    Pues bien, con esa presencia arcana, que recuerda l a de los seres sobrenaturales de Sombra del Paraiso, de Vicente Aleixan-dre, los elements de luz todavia permanecen como simbolos en l a mayoria de los poemas ya no de Dios o de l a fe sino de una personificacion de las aspiraciones mas altas del nombre. E l ser angelical declara su origen luminoso: "en regiones de luz mi forma crece". (p|g.H2) En otra composici6n convida a los seres humanos a seguirle, a alcanzar los cielos: "Venid, venid..

  • 15

    entre l a luz nos eonfundamos." (pS.g.135) Los hombres ansian, est|in casi a punto de realizar los suenos, es lo que nos parece leer en las met&foras candentes de este ser angelical: "Algo quedo encendido en vuestras almas... os contemple en clarores inundados..." (pag.140). Nos f a l t a , finalmente referirnos a l enlace de l a idea de luminosidad con su poesia de caracter amoroso. Los ojos t r i s t e s de l a amada se comparan a l a luz de l a manana y como l a luz, su tris t e z a no le contagia, sino que le aviva e l amor alumbrandolo. E l poema todo se desarrolla tren-zando lo psicologico con imagenes de luz y fuego. Con cualidad luminosa canta l a dulzura de l a amada en "Palabras en l a noche": "A t i , que fuiste siempre l a luz para mi vida... La luz suave y callada, l a luz dulce, esparcida." (pag.201)

    De l a misma forma que l a tris t e z a es intulda brillando, l a fugacidad de l a existencia es vista como un instante de luz en uno de los ultimos poemas de Primavera de l a muerte: "De que vale l a luz un momento?" (pag.146) E l concepto se extiende a otro donde vemos a un adolescente "iluminandose solo con l a luz de las remotas edades." Si l a tristeza alumbraba a l perso-naje del poema amoroso, l a fugacidad percibida como luz ilumina a l adolescente que comunica su conocimiento, es decir e l res-plandor, a lo que lo rodea. Lo pasado y lo presente, luces im-provisas tan solo se confunden en e l que los intuye. "Siente que su alma propaga a l espacio presente su milenario ambiente encendi-do." (pag.159)

    La luz igualada a otros conceptos es una constante en Varios Poemas, como lo es en los libros ya considerados; persisten las composiciones en que l a estancia de Dios en t i e r r a se engarza en

  • 16 temas de luz; persiste l a dualidad luz-estado animico, pero con nuevo enfoque. Hay un verdadero rayo de esperanza y amor a l a vida sin u l t e r i o r meditacion de lo perecedero: "Fulge l a vida, y arde/mi corazon que hacia l a luz se quema." (pag.167) No es este e l tono que matiza un gran numero de composiciones; l a luminosidad enlazada a un tono de frenesi no aparece con frecuen-cia; sin embargo, e l caso citado no es e l unico. En "Medita-cion Primaveral", nos encontramos ya en t i e r r a , en medio de l a naturaleza renaciente." ...Fulge l a primavera en medio/del v i v i r estallante." (pag.24-5) Pero en e l mismo poema hay una nota de soledad,de existencia sin fe en lo divino; una Luz que el poeta acechado por l a duda es incapaz de captar claramente. "Y de pronto, a lo lejos,/se dibuja, se borra/la luz que no ve-remos."

    En e l ultimo l i b r o , Invasi6n de la realidad, los elementos de luz y fuego y sol no se emplean ya en l a s i m b o l i z a c i 6 n de con-ceptos divinos y estados p s i c o l 6 g i c o s , por lo menos no tan direc-tamente como lo notamos hasta ahora. Este terna en todos sus gra-des de fulgor se emplea para intensificar e l significado de realidad; desde luego justo por esa intensidad linda otra vez en 1 s i m b 6 l i c o . E l paisaje en l a tarde esta visto como una llamarada casi: "...Y todo arde/en e l espacio abierto/sin f i n . La piedra arde.../...Nacen ardiendo delicadas/las nubes. Arden casi las aguas de los r i o s . . . " (Inv.pa.g.14) En l a composici6n sexta los tonos encendidos de l a puesta del sol colorean l a f i -gura de una mujer: "Miras...Tomas/la luz en tu ropaje, vaporo-sa. Te crece/la realidad.Y ardes." (Inv.pag.16) (8) Subraya-mos e l f i n a l y e l principio respectivamente, de estos dos versos

  • 17 para destacar lo dicho arriba. La sensacion de penetrar l a r e a l i dad e s t i intuida por nuestro poeta como l a transformaci6n del que percibe en e l elemento u objeto percibido; de ahl que vea-mos esta vaporosa figura de mujer, ardiendo. E l poema "La labor del poeta" es una bella v e r s i 6 n del mito de Prometeo; en l a no-che de l a humanidad, en l a existencia del hombre sin fe en Dios, del hombre que en balde busca consuelo, l a labor del poeta es arrancar una pequena luz, l a realidad de las cosas:

    "Has elevado con dolor tus pufios/entre l a noche /pudis-te abrir a l f i n sangriento e l puno/y exhalar para todos los hu-manos / l a luz que tu miraste,...." (Inv.pag.2l)

    La "verdisima luz" de bosques y senderos soleados es e l sim-bolo indirecto de lo noble en e l hombre comparado a un remo de madera podrida y cubierta de cieno, "pero t a l vez con recuerdos de bosques..,." (pag.42) La esencia de l a realidad de las co-sas intuida como luz, reverbera a traves de este l i b r o : "He aqui l a luz. Hela ya descompuesta/en cosas...." (pag.127) La composicion "La labor del poeta" nos ha senalado l a trayecto-r i a que este tema traza. Cuando e l poeta, en l a composici6n, "Como el crustaceo", exhorta a l hombre a mirar "cada real par-cela", a mirar l a luz que le "contempla tan cara a cara", sa-bemos que esa luz es l a realidad ;#.de la misma manera, notamos l a angustia de una realidad, de una existencia sin fe, en e l verso: "Horrible es e l espacio de luces superpuestas". (Inv. pag.151) En poemas de tono mas optimista ya notamos e l descom-ponerse de l a luz o l a realidad en objetos tangibles; aqui estos objetos, estas cosas son sencillamente, luces. Unos ver-sos del penultimo poema de Invasi6n... "Mirando este jarro", compendia en terminos luminosos e l afan de captar l a esencia de

    las cosas y e l temor a l vacio e s p i r i t u a l . E l poeta se dirige a l

  • 18

    a l jarro:" ...llevaras ...mi despertar hacia l a luz y mi ano-checer temeroso." (Inv.pag.182) Este "despertar hacia l a luz" nos recuerda e l entusiasmo expresado cairdentemente,en los poe mas i n i c i a l e s del l i b r o .

    Cerrando este apartado sobre las menciones de luz en l a o-bra de Bousono tenemos que admitir que son muy pocas las poe-sias que cantan l a luz,sol,fuego y toda clase de resplandores y claridades como elementos f i s i c o s ; se apreciara. que l a ma-yoria de las veces,estan a l mando de conceptos animicos. En nuestra op in i6n las palabras de Bousofio que citamos a l comien zo de este capitulo se realizan poeticamente en e l alumbrar aun estados animicos depresivos,como l a t r i s t e z a , e l sentimien to de l a fugacidad,la soledad; un permanecer en esta posicion incluso cuando e l esfuerzo de agarrarse a l a realidad,tan l i e

    no de entusiasmo,en los poemas i n i c i a l e s de Invasion...,no produzca verdadero consuelo.

    % Paralelos a l a luminosidad hay una serie de temas que tienen l a misma trayectoria de simbolizacion. E l pr6ximo en orden de frecuencia es e l complejo de temas: tierra,arbol y raiz que se encuentran en casi medio centenar de composicio-nes,bien como terna basico o secundario. Un rasgo constante de Subida... y mas concretamente en "Salmos sombrios",es el integrarse de Dios y hombre en l a naturaleza. E l hombre de-sea ser t i e r r a y r a i z : "Te amo Senor,con mis raices secas/... Devora mi amargura y t i e r r a amarga." (P.C.pag.4-6) En "Arran-came l a luz" e l Seiior es intuido como un inmenso mar de t i e -rra; tanto e l intenso deseo de alcanzar a Dios como l a insu-perable d i f i c u l t a d en e l conseguirlo,estan expresados en es-

  • 19 t o s v e r s o s : "A c o n t r a r r i o n a v e g a r t u s mares/de t i e r r a y de

    r a i c e s y de f u e g o . . . / S e n o r , t e nado t u s t i e r r a s de o l e a r f r e -

    n e t i c o . " (P.O.pag.40) V e n c i d o , e l pe r s o n a g e p o r t a n v i o l e n t o

    e s f u e r z o p i d e a D i o s que l e d e j e s i n l u z , es d e c i r , s i n deseo

    de e s p i r i t u a l i d a d , de h a c e r l o c r e c e r como a r b o l " p a r a m o r i r

    c i e g o " .

    " E l t o n o t u m u l t u o s o de l o s salmos c i t a d o s a r r i b a no c a r a c t e -

    r i z a t o d o s l o s "Salmos s o m b r i o s " ; h ay a l g u n o s de tono apagad

    como " D i o s y l a t i e r r a " que se d e s a r r o l l a en una explicaci6n d e l s i m b o l i s m o empleado. L a t i e r r a , manifestaci6n de D i o s es p u r a en t o d o s sus e l e m e n t o s , pero e l hombre no l o e s ; de a q u i

    e l a n h e l o de c o n f u n d i r s e c o n l a n a t u r a l e z a : " S e r l l a n u r a . . .

    s i e r r a / . . . p a r a b r i l l a r c o n D i o s en u n i c a l u z p u r a . " (P.O.pag.

    58) E l deseo de amor d i v i n o v i e n e r e p r e s e n t a d o como un a r b o l

    de v e r d e s y e s t i r a d a s ramas "de q u e j i d o s " ; l a a n g u s t i a p o r l a

    l e j a n l a de D i o s i r r u m p e en q u e j i d o s , en g r i t o s que se e l e v a n

    como ramas; como f r o n d a s que a n s l a n e l a l i e n t o d i v i n o : "Ba-

    j a , S e n o r , y s o p l a e n t r e mis f r o n d a s , " . (P.O.pag.88) L a visi6n que e l p o e t a t i e n e de l a p r e s e n c i a de D i o s en un bosque, a p a r e c e

    en v a r i o s poemas; l a p r e s e n c i a d i v i n a es s i e m p r e i n t e n s i f i c a d o r a :

    "Cuando Tu pas a s t o d o e l bo s q u e / p a r e c e que se a l z a y que se e s -

    p e s e / , " porque e l Senor mismo es "como una c r e p i t a n t e y p u r a s e l -

    v a " . (P.C.pag.84)

    En " C r i s t o en e l h u e r t o de l o s o l i v o s " , e l Senor v i e n e compa-

    ra d o a un o l i v o c u yas r a i c e s se hunden en l a t i e r r a y cuyas ramas

    t o r c i d a s se e l e v a n h a c i a e l P a d r e ; t r i s t e y amargado, e l D i o s

    hombre "gime y c r u j e . . . como un o l i v o a z o t a d o p o r e l v i e n t o . "

    E e a p a r e c e e l o l i v o , como mens a j e r o de l a v o z de l o s d e s a p a r e c i d o s ,

    c u y a amargura a s c i e n d e p o r e l t r o n c o "con un m u r m u l l o " . (3)

  • 20 La encina em "Melodia sin esperanza" es otro mensajero dendrogra-fico de lo transitorio de l a vida. E l lugubre son!do le penetra a l joven hasta e l coraz6n. En l a segunda composici6n (10), a l sonido de los arboles sobre l a t i e r r a se une l a melodia de "bosques desaparecidos, "bosques de huesos:" ...Los huesos de los muertos/de oscura musica se cargan,..." (P.C.pag.154-)

    En e l soneto "Fuerza primaveral", e l bosque y un roble que en e l crece llevan de una manera directa y r e a l i s t a l a idea de l a muerte que se acerca: "...espera./Que en algun bosque crece ya tu caja/dentro de un roble,.." (Inv.pag.71)

    Recordemos que e l slmbolo raiz estaba siempre relacionado con una sed mistica, pero en poema "Introduccion a l a noche," e l poeta hablandose a s i mismo se compara a una raiz, ya no se-dienta de luz divina sino de vida: "Y sin embargo eres...Y aqui estas/dudoso.../Te aferras a l a vida/...cual l a raiz de un hondo vegetal insaciable." (P.O.pag.196) La raiz como sencillo ejemplo de una realidad tangible, como ejemplo del continue rena-cer de l a naturaleza viene expresada por las sensaciones que crea e l amanecer en e l hombre: "...empieza a creer en l a piedra... a ver e l grueso tentaculo de l a raiz c6mo avanza en silencio." (Inv.,p&g.23) E l olivo en su realidad de especie botanica, se asoma por ultima vez en "A un olivo milenario"; este en su per-manencia secular es e l bianco de ansiosas preguntas por parte del poeta que trata de penetrar e l significado de l a realidad. Dice: "...anhelantes palpamos tu corteza/material..." (Inv., pag.107); a l a permanencia del arbol se contrapone lo fugitiv de l a existencia del hombre y sus actividades "en e l ciclon os-curo de las horas."

  • 21

    * Se habra. a p r e c i a d o l a i n t e n s i d a d d e l tema de D i o s que

    como hemos i n d i c a d o a l p r i n c i p i o , es f u n d a m e n t a l en m u l t i t u d

    de c o m p o s i c i o n e s ; se h a b r a a p r e c i a d o que l o s c o m p l e j o s de t e -

    mas: l u z , f u e g o , s o l a r i d a d y a r b o l , r a i z t i e r r a , e n c a j a n espe

    c i a l m e n t e en S u b i d a a l amor, c o n l a s i m b o l i z a c i o n de D i o s .

    P a r a i n i c i a r e l e s t u d i o de e s t e tema concretemos l o que y a

    hemos acumulado s o b r e e l ; hay un d o b l e enfoque en l a i n t u i -

    c i o n de D i o s ; uno de p r o c e d e n c i a d e l V i e j o Testamento, que a-p a r e n t a un t o n o p a n t e i s t a y o t r o n e o - t e s t a m e n t a r i o .

    D i s c u t a m o s unos e j e m p l o s d e l p r i m e r enfoque. En una noche

    de t o r m e n t a e s p i r i t u a l , D i o s v i e n e i n t u i d o como una n a t u r a l e -

    z a en t e m p e s t a d . "Mordere t i e r r a , . . . d e s g a r r a r e mi c a r n e c o n

    f i e r e z a , ...pero a l e j a t u h a z , ...que temo/en e s t a noche de r u -

    g i d o y s e l v a . " (P.G.pag.39) En "Salmo d e s e s p e r a d o " , l o s s i m i -

    l e s l l e v a n s i g n i f i c a d o de una l u c h a de amor. "Como e l l e o n 11a

    ma a su hembra ...yo t e l l a m o . " (P.C.pag.42) E l s i g n i f i c a d o de e s t e m a t i z p a n t e i s t a y a ce en e l i n t e n t o d e l p o e t a de comuni-

    c a r l a i n t e n s i d a d d e l a n h e l o h a c i a D i o s ; resume e l g r i t o d e l

    hombre o b s e s i o n a d o p o r l a i n m e n s i d a d d e l m i s t e r i o . No podemos

    e s c a p a r a una i m p r e s i o n de p a n t e i s m o porque e l p o e t a , p a r a s i m

    b o l i z a r l a o m n i p r e s e n c i a de D i o s , emplea l a n a t u r a l e z a t o d a .

    O t r o s c r i t i c o s han mencionado y a e s t e r a s g o p a n t e i s t a . (11)

    S i n embargo des c o r r e c t o h a b l a r de e s t e "ismo"? Lo que e s t a s

    c o m p o s i c i o n e s r e v e l a n no es l a e x p r e s i o n de una d i v i n i d a d m ul-

    t i f o r m e que se asoma d i s t i n t a en c a d a fenomeno f i s i c o ; es e l

    mismo D i o s o m n i p r e s e n t e , v i s i b l e en todo l o c r e a d o y a l mismo

    tiempo i n v i s i b l e t r a s e s t e . Podriamos emplear como Damaso A-

    l o n s o e l t e r m i n o , " m i s t i c i s m o p a n t e i s t a " que e l a u t o r a t r i b u y e

    a l a i n t u i c i o n de L a d e s t r u c c i o n o e l amor de V i c e n t e

  • 22 Aleixandre, (12) pero veremos que aunque l a temprana poesia de Bousono tenga ascendencia aleixandrina, diverge en este punto v i t a l de su intuicion. (13) Ademas cabe acordarnos en este punto de lo que Americo Castro dice de l a estructura v i t a l del cristiano espafiol; de su tendencia a confundirse, a sumergir-se en las cosas que lo rodean, con su circunstancia. (14-) Por l a misma manera de sentir, e l mistico espafiol o e l poeta que expresa profundos sentimientos religiosos, vera facilmente a Dios como inseparable de su creacion.

    Consideremos ahora e l enfoque que nemos llamado neo-testamen-tario cuya importancia en l a obra de Bousono fue ya senalada por L. Cano. (15) "Cantieo Nuevo" es un grupo de l i r i c a r e ligiosa integrado por algunos acontecimientos de l a vida de Cristo en l a t i e r r a ; e l simbolo que actua como mero atador de estos cinco poemas es l a cruz: "Pasabas... por los bosques oscuros donde tu Cruz crecia", (P.C.pag.71) composici6n esta donde contempla-mos a Jesus adolescente. En e l yuxtaponerse de l a imagenes de "Cristo en los campos" (P.C.pig.73) atisbamos l a dulzura de Su mirada lejana y t r i s t e que se para largamente en "horizonte y llanura" y "campos de trigo". Ya mencionamos a Cristo " e l mas viejo olivo" en e l antiguo olivar. (vease pag.19) Venimos ahora a l a composici6n mis lograda, en nuestra o p i n i 6 n , centra-da en e l terna de Jesus; nos referimos a "Hacia e l Calvario". A traves de una expresi6n escueta y llena de patetismo nos re-cuerda "El pianto della Vergine" de Jacopone de Todi. (16) Esta poesia de Bousono como muchas de las suyas se desarrolla en un lenguaje directo; e l personaje o e l poeta se imagina pre-senciar l a Pasion: "Senor, a mi lado pasas/y yo largo te contem-

  • 23

    plo/...Hijo de l a luz Tu fuiste,/Hijo del polvo te nan hecho." (P.O.pag.75)

    Estos, como vemos se refieren a determinados episodios de Su vida, pero hay poemas que comunican fragmentos de Su vida en t i e r r a confundidos con sensaciones de Su presencia espiritual; en otras palabras nuestro poeta peculiarmente ata e l pasado y su intuici6n actual de l a divinidad: "Ya su figura por los olivares se iba desvaneciendo.../"Yo soy l a luz". Silencio. "Soy.../cayo l a noche..." (P.O.pag.233) "Cristo en l a noche" es otro ejemplo de lo dicho. Yemos a l Senor desvanecerse en l a noche murmurando: "Es e l amor"...Flotaba./Buscaba...Era un ensueno entre l a noche honda,..." (P.C.pag.234) Estas dos composiciones de tono difu-minado y misterioso pertenecen a Noche del sentido penetrado por l a duda; son las unicas que ofrecen ese tono contemplative y dulce, de "Cantico nuevo", por ejemplo. En las otras seis oimos l a plegaria del hombre desanimado y dudoso, del hombre que se encuentra en un ambiente de limites borrosos, de entresueno y realidad. Consecuentemente Dios en este libro parece lejano e indiferente a l a humanidad, pero todavia v i s i b l e . E l ser huma-no interroga, trata de comprobar l a realidad de su e x i s t i r , sin embargo intuye otra realidad: " . . . l a presentimos/...y nos permite, ya que no mirarte/adivinarte sumo,..." (P.O.pag.189) Las preguntas a Dios se atropellan en "Duda"; en e l presente dudoso, e l poeta recuerda l a ninez; puede que no hubiese v i v i -do n i en aquel entonces: "Tu. lo sabr&s..." pero l a alegria que lo animaba "no era incierta n i fugaz...". (P.O.pag.204) La duda se extiende a l a existencia de Dios; en e l vacilar de l a fe, l a divinidad llega a ser un simb6lico juego de luz y sombra. Esto se

  • 24-n o t a en e l s o n e t o " S e f i o r " donde e l p o e t a e x p r e s a e l c o n f l i c t o en-

    t r e l a duda y e l s e n t i m i e n t o de c u l p a que e s t a l e s u s c i t a : " P e r -

    don s i dudo. P e r d o n s i c r e o , D i o s de sombra y duda...Sefior de

    sombra, l u z d e s v a n e c i d a , / b i a n c o f a n t a s m a , semejante mio." (P.O.

    pag.235)

    Noche d e l s e n t i d o . a p e s a r d e l t i t u l o de m a t i z m i s t i c o , a pe-

    s a r de l o s muchos poemas a n g u s t i a d o s e i n m e r s o s en una a t m o s f e r a

    de e n t r e s u e f i o , es t a m b i e n un d e s p e r t a r de l o s s e n t i d o s a l a r e a l i

    dad d e l mundo t a n g i b l e , en que e l p o e t a e s p e r a e n c o n t r a r a D i o s .

    Como nemos v i s t o l a duda t i n e aun l a f e . "Dame e l amanecer.../Da-

    me l a piedra.../Dame l o s c i e l o s . . . / D a m e l a Tu...Que pueda yo t o c a r

    t e . . . " (P.C. pag. 255)

    I n v a s i o n de l a r e a l i d a d , como l o i n d i c a e l mismo t i t u l o , es

    un i n t e n t o de c o n c e n t r a r s e en e l mundo t a n g i b l e . Eso l o veremos

    a l e s t u d i a r e l terna de l a " c o m p r o b a c i o n de l a r e a l i d a d , " hay un

    c o n t i n u o e s f u e r z o p o r b u s c a r l a a l e g r i a y e n c o n t r a r a l g o de admi-

    r a b l e en l a v i d a . Pero e l e q u i l i b r i o s o s t e n i d o a l o l a r g o de l a

    o b r a se q u i e b r a en " E l j a r r o " : " V o s o t r a s , mis pequenas f r a t e r n a s

    c o s a s t r i s t e s . / V o s o t r a s , / t a n d e s o l a d a s t r a s l a a u s e n c i a g r a n d e . . .

    ( I n v . pag.177) E s t a " g r a n a u s e n c i a " que t a m b i e n da e l t i t u l o de

    l o s a p a r t a d o s V y V I de I n v a s i o n . . . iQue es? L a a u s e n c i a de D i o s

    como terna, en e s t e u l t i m o l i b r o r e s u l t a s o r p r e n d e n t e . Hay s o l o

    u n poema, "La p i e d a d de D i o s " , en que se oye un eco de l a d i v i n i -

    dad. E l D i o s que se r e v e l a b a en t o d a l a n a t u r a l e z a , e s t a c o m p l e t

    mente e s c o n d i d o a l o s o j o s humanos. "Tras de l a l u z d e l d i a s e r e

    no,/en l a t e n a z i n m e n s i d a d me escondo a t u s o j o s . . . " De o t r a p a r

    t e en e l a f a n de a g a r r a r s e a l a s c o s a s , que c a r a c t e r i z a a l hombre

    e l p o e t a c r e e a t i s b a r una e x h o r t a c i o n d i v i n a . " l i r a e l mundo en

    s e g u i d a , c o b r a / c o n c i e n c i a de l a r e a l i d a d . . . " (Inv.pag.101) E s t a

  • 25

    excepcion, es decir este poema en que oimos l a voz divina, sub-raya su ausencia; es l a "gran ausencia" en e l mundo de las "pe-quenas y duras cosas".

    Antes de cerrar e l terna de Dios, cabe considerar dos subte-mas: sombra y alma. Este es e l terna fundamental de varias poe-sias, pero dado que en l a mayoria de ellas esta relacionado con el terna mistico lo consideramos como subtema. Ya se habri nota-do su frecuencia en e l analisis del terna "luz".

    E l subtema "sombra" es casi tan repetido como el del alma; en su desarrollo es comparable a l terna "luz", porque partiendo de una simbolizacion mistica llega a simbolizar el sino misterioso de la existencia humana. Dada la intuicion mistica de Subida al amor, estos dos subtemas se entretejen muchas veces.

    Empecemos con e l del alma; ya oimos a l personaje de l a compo-sicion "Subida a l amor", exhortar a l alma hacia Dios y otra vez, l a intencion de ensalzarla hacia l a luz en "Elegia de l a luz del alma". E l anhelo de l a humanidad por un Ser sobrenatural viene expresado visualmente en "Noche de Dios"; en efecto l a vision de las almas que se elevan "fundidas en terrible/amor.../Desde el fondo del mundo/ascienden hacia Dios," (P.O.pag.48) nos re-cuerda algunas ingenuas pinturas de l a Edad Media. Otro poemita de l a misma -plasticidad, pero mis sereno de tono es "Las almas", vistas suspendidas en e l firmamento. "...No hay estrellas, Luz solo de almas tremula baja." (P.O.pig.54)

    E l anhelo del alma por Dios se desarrolla en l a descripcion de una simbolica tempestad donde e l amor divino embiste y zaran-dea a l alma: "alma en espumas vivas/...Alma que bate/en l a roca i n f i n i t a / . . . " (P.O.pig.81) Se describe a l alma momentineamente sorda y ciega a l amor divino: "Alma dormida a l i i en e l fondo./Al-

  • 26

    ma que duerme y que no sabe." (P.O.pag.83) Y de nuevo deseosa e intensa en "Eternidad". (P.O.pag.90) Bastennos estas citas para il u s t r a r l a frecuencia de este subtema en e l primer libro de Bou-sono .

    El ser sobrenatural de Primavera... ofrece su alma a l a humani-dad, y en otra composicion, inspirando a las almas de los seres humanos: "Almas ponia del color/suave.../pero los cuerpos no su-pieron." (P.O.pag.126) Hay momentos en que el hombre inspirado, intenta un vuelo espiri t u a l . "Algo quedo encendido en vuestras almas...Intentasteis el vuelo presuroso." (P.O.pag.140)

    Pasemos ahora a l complejo de subtemas: sombra, noche, t i n i e -blas, nieblas. Hasta ahora no hemos considerado e l sentimiento de miedo que e l hombre puede experimentar pensando en e l miste-rio que es Dios. En e l poema "Miedo de Dios" se entrelazan e l pavor del hombre y l a misericordia divina. "Pero tend l a sombra que pudiera/acumular tu fondo de misterio,/...con cuanto amor me viste ciego/por temer sombra donde se desploma/la luz de todo e l universo". (P.O.pag.41)

    La noche toda, simboliza a Dios en "El Dios nocturno"; esta composicion no expresa e l misterio divino, mas bien responde a l a intuicion que tento comentamos; e l atisbar a Dios en toda l a naturaleza y en todas sus manifestaciones."...oh Dios nocturno/ que vas pasando por e l alma lento/para despues amanecer con c l a -ra/luz... (P.O.pag.86) En "El amante" se imaginan las palabras de Jesus amargado por l a indiferencia de l a humanidad: "No amais, No padeceis. No sois delirio/...Tortura, amor. Mi nombre t a l ha sido./...Vedme en el aire, en sombra, entre l a niebla." (P.O. pag.177) donde sombra y niebla indican el alejarse de Dios.

    En e l vacilar de l a fe y l a incertidum.bre que ya comentamos

  • 27 a proposito de Noche d e l sentido, l o s seres humanos son sombras, quizas n i eso: "Cuando decimos, Dios, que somos sombra/apenas s i acertamos." (P.C.pag.189) Esta idea se r e i t e r a en "Oracion desde aqui; "Tal vez sea mi carne y l a de otros.../menos que sombra, acaso solo eso." (P.C.pa.g.191)

    En l a eomposicion II de "Invasion de l a r e a l i d a d " , todo e l com-plejo de dudas e incertidumbres viene representado como n i e b l a : "Dejadme. Yo no quiero/las nieblas pertinaces./... A l i a t r a s l a c o r t i n a / i n c i e r t a , hay verdes sauces..." (Inv.pag.12) En "La l a -bor del poeta"

  • 28 g a d a e x t i e n d e / u n a l i v i o a t u c o r a z o n / . . . " ( I n v . p a g .101) E n b a l d e e l h o m b r e p r e g u n t a ; e l m i s t e r i o , e s d e c i r , l a s t i n i e b l a s

    s i g u e n e n c u b r i e n d o l o ; p e r o l a n o c h e e n e s t e v e r s o , n o e s l a s i m -

    b o l i c a , e s l a a u t e n t i c a n o c h e q u e d e s c a n s a l a m e n t e y e l e u e r p o .

    E s e n e f e c t o , u n a d e l a s r a r a s v e c e s e n q u e e n c o n t r a m o s " n o c h e "

    e n s u s e n t i d o c o r r i e n t e .

    : : : * H a y m a s d e u n a t r e i n t e n a d e c o m p o s i c i o n e s q u e , e n f o r m a

    d e r e z o s , e x h o r t a c i o n e s o m e d i t a c i o n e s , t i e n e n c o m o t e m a c a p i t a l

    l a c o m p r o b a c i o n d e l a r e a l i d a d . Y a e n N o c h e d e l s e n t i d o n o t a m o s

    u n d e s p e r t a r d e l o s s e n t i d o s a l mundo t a n g i b l e ; v i s t o e n p e r s p e c -

    t i v a e s t e l i b r o e s l a e t a p a i n i c i a l d e l d e s c e n a o h a c i a l a r e a l i -

    d a d q u e s e d e s a r r o l l a c a b a l m e n t e e n I n v a s i o n . . . Y a n o s d e t u v i -

    m o s e n " I n t r o d u c c i o n a l a n o c h e " d o n d e v i m o s a l h o m b r e c o m p r o b a r

    " q u e e x i s t e n m a t o r r a l e s " , " a p r e s a r p i e d r a s " , " s a l t a r r i o s " , e n

    f i n , a g a r r a r s e a l a s c o s a s p a r a s e n t i r s e e x i s t i e n d o , p a r a e s c a -

    p a r d e e s e n e b u l o s o s e n t i m i e n t o d e d u d a e i n c e r t i d u m b r e . A d e m a s

    d e e s t e h a y e n N o c h e . . . , c a s i u n a d o c e n a d e p o e m a s q u e t i e n e n

    t e m a t i c a s i m i l a r , p e r o s i e m p r e c o n u n t o n o a n g u s t i a d o ; e s t e t o n o

    r e s p o n d e c a b a l m e n t e a l a i n t u i c i o n q u e v i e n e e x p r e s a d a e n e s t e

    l i b r o . L a v i d a e s u n r a p i d o d e s l i z a r h a c i a l a n a d a ; l o s e s t i m u -

    l o s r e c o g i d o s p o r l o s s e n t i d o s , p u e d e q u e e x i s t a n , p u e d e q u e s e

    s u e h e n , p e r o h a y q u e a p e g a r s e a a l g o . Dado q u e e s t e t e m a e s t a e n

    c a s i t o d a s l a s o n c e p o e s i a s e n t r e l a z a d o a l t e m a a m o r o s o , l a s c o n -

    s i d e r a r e m o s m a s a d e l a n t e c o n r e f e r e n d a a e s e t e m a .

    I n v a s i o n . . . r e s p o n d e a u n c a m b i o d e p e r s p e c t i v a ; l a v i d a n o

    p a r e c e t a n b r e v e p o r q u e e l p o e t a l a c o n t e m p l a d e s d e l a p e r m a n e n c i a

    d e l mundo i n a n i m a d o . (17) Y a " L a p u e r t a . ( P l a z a M a y o r d e M a d r i d " ) ,

  • 29 ultima composicion de Noche. vislumbra este nuevo matiz en l a intuicion del mundo sensible. "Y tocamos/tocamos con ansiedad, con disimulada agonia,/esta gruesa puerta de madera pesada/que dura..." (P.O.pag.256)

    Podriamos decir con reservas, que l a duda de Noche..., esta superada. Hay que esclarecer: rebasada esta l a fase angustiosa para e l poeta, pero no l a intuicion del dilema intrinseco de l a realidad; es decir ique es l a realidad? "iQue es l a vida? Una il u s i o n , . . . " Puede no serlo mas l a duda queda lanzada como lo notamos en el soneto ini c i a l " . . . m i r a / l a realidad inmensa, porque ahi yace/tu verdad toda y toda tu mentira." (Inv.pag.10)

    Delineada esta premisa podemos observar el tema "comprobacion de l a realidad" en algunas composiciones de Invasion... Los hepta-silabos de las ocho composiciones, que integran el pequeho conjun-to que tiene e l t i t u l o homonimo del l i b r o , se desenlazan con v i -gor y entusiasmo: "Eegalate, Contempla/la piedra, e l cielo, e l aire./Eespira entre las luces./Desciende hasta los cauces." (Inv. pag.13) En algunos poemas el tema se desarrolla en un discurso directo: "Ven a mi, realidad minuscula,/ven a mi,pequena paloma" (Inv.pag.123) donde e l poeta se dirige a pequenos seres y obje-tos inanimados. Dada l a intuicion general de este l i b r o , en l a mayoria de las composiciones, este tema que llamamos " l a compro-bacion de l a realidad", se desarrolla en una contemplacion de l a permanencia de las cosas. E l soneto "Cosas", resume esta idea: "Vosotras, cosas, duras y reales,/escandalo en l a luz y permanen-ci a . " (Inv.pag.29) Con pocas excepciones, cualquier poema po-dria ilustrarnos este punto. Lo que s i varia es e l tono que re-vela los estados animicos del que contempla e l mundo de las cosas.

  • 30 Serenidad y sosiego llenan a l hombre que mira y escucha los

    sonidos de l a naturaleza en una manana soleada. "He aqui l a tena-cidad de l a roca,.../...y l a rosa/a su lado, temblorosa, delica-disima". (Inv.pag.24) Se repite este tono calmoso en "Fuente real", "...tranquila fuente en su manar segura/...colina inmovil, piedra que perdura." (Inv.pag.85) A veces e l tono se hace re-signado a l darse cuenta de l a pequenez e inutilidad del hombre; este doma a l a naturaleza, l a doblega a sus necesidades, pero e l mundo no necesita a l hombre. "He aqui que nosotros nos pregunta-mos s i acaso/somos verdaderamente necesarios/en un mundo t a l vez no del todo nacido de l a necesidad y del orden." (Inv.pag.41) En "Poder oculto" se reitera esta idea con un matiz algo d i s t i n -to; no solo e l hombre es innecesario, sino que quiebra con sus tormentos y afanes, l a harmonia de l a naturaleza:" iQue hace aqui junto a l agua fresca/este rostro que mira e l agua,/esta mancha de miedo, en medio de aquella atmosfera sin mancha?" (Inv.pag.46)

    E l t i t u l o "Poder oculto" de los ocho poemas que lo componen subraya e l significado de Invasion...; s i , l a realidad constitu-ye un apego para los sentidos, muchas veces amparo y goce, pero es a l mismo tiempo, e l objeto de una contemplacion mas transcen-dent e como lo notamos en "Plegaria a Dios por l a realidad". (Vease pag.24 )

    En "Oracion ante e l jarro", este llega a ser simbolo de l a perdurabilidad y f r a g i l testigo del pasar de muchas generaciones; frente a l a brevedad del e x i s t i r humano, el jarro se agiganta. E l hombre se siente humilde y reza:"...me persuado de mi pequenez

    y recorro/ con pie cansado e l hondo bramido ligero de tu perdura-

  • 31 cion..." (Inv.pag.185)

    * Los dos temas que nos incumbe estudiar ahora son: l a fuga-cidad y l a muerte. (18) Empecemos con el mas concreto, l a muer-te, cuya meditacion engendra en los seres humanos l a sensacion de fugacidad de que trataremos despues. Entre los dos, constituyen el terna predominante de mas de media centena de composiciones. Los analizamos separadamente porque tienen un desarrollo distinto.

    Ya comentamos sobre l a intuicion mistica del muerto en e l p r i -mer libro de nuestro poeta. (Vease pag.12) Pasemos ahora a los "Tres poemas sobre l a muerte" que i n i c i a n Primavera...; son casi una expresion sinestetica de l a muerte. Como s i los sentidos se galvanizasen para despertar un sexto sentido situado en e l esque-leto de un ser de facultad perceptiva sobrehumana oimos: "Alia en e l esqueleto esta escondida,...Pero los hombres nunca saben./ mas e l hueso...espera t i e r r a y muerte sin descanso". (Inv.pag. 105) Y en e l segundo se insiste en l a misma idea: "mas hundido en el cuerpo nos habita/lo que seremos bajo e l campo." En e l ter-cero e l "memento, homo, quia pulvis es et i n pulverem reverteris ..."viene intuido como un deseo de l a materia viviente de volver a integrarse en l a naturaleza. "Quizas los huesos fueron roca,/ montana, rio.../Por eso el hueso es e l deseo/de otra vez ser pura extension sin nadie," (P.C.pag.107) Los hombres, aun viviendo, estan muertos, no solo por ser intrinseco a l a materia de que estan hechos, un deseo de muerte, sino porque son incapaces de sublimidad. Esta idea viene desarrollada en los poemas en que oimos a l ser arcano, que ya mencionamos varias veces. "La t i e r r a tiene muertos, hombres crudos/que pasan, van.../Inutil esperar,

  • 32 angel sin dicha./Tu luz es demasiado ardiente." (P.C.pag.108)

    En "Odas elegiacas", ultimo apartado de Primavera..., notamos una modificacion de este tema. La intuicion de que los seres humanos sean muertos vivientes persiste, pero expresada con toque mas ligero. E l sensitivo personaje de estas elegias es un adoles-cente; 11 y l a muerte en el muchacho es tenue como l a espuma." (P.O. pag.148) En e l misterio que es l a vida: "no podemos comprender... que e l adolescente sea tambien muerte/vestida de luminoso encendi-miento." (P.O.pag.151) La idea principal a que se somete cada composicion de "Odas elegiacas" es l a inefable aunque efimera belleza de l a vida equiparada a una primavera. La creacion se llena de l a voz de los desaparecidos cuya voz e l adolescente capta en los sonidos del viento y de las aguas. "Tal vez van en e l vien-to los muertos invisibles...centelleantes." (P.O.pag.143) En "Sinfonia de l a muerte" toda l a naturaleza y el hombre con e l l a es intuida como un florecer primaveral que acaba en e l madurar otonal de l a muerte. "Nos despojamos de flores; los aromas ya pasaron..." (P.O.pag.148)

    En l a composicion segunda de "Meditacion desde l a noche", e l deseo de reintegrarse a l a t i e r r a viene recogido y expresado con un tono de duda: "No se. No se. No sabria decir cual l a verdad sea./Si esta sed.../de vivir.../o esta otra sed oscura/de descan-so bajo t i e r r a . " (P.O.pag.207)

    "La v i s i t a a l cementerio" no trae este tema a un nivel c o t i -diano como lo hace suponer e l t i t u l o . Se imagina l a v i s i t a de un padre y una nina descrita por un enterrado, con un deliberado tono sensato y calmoso. Lo que quiere decir e l autor con esta composicion lo podemos atisbar en las palabras del muerto: "Ya

  • 3 3 estamos todos en yacija oscura,/pero nada sabemos, como entonces." (P.O.pag.210) A excepcion de una escueta composicion donde se bos-que ja un cementerio de pueblo, l a muerte como terna primordial des-aparece en Invasion de l a realidad.

    Refiriendonos a las palabras de Bousono (Vease nota I!S3, cap.II) tenemos que admitir que no nos parece que el tiempo aun "embozado" se encuentre en su primer li b r o , Subida a l amor. Aun cuando se hace referenda a lo perecedero de l a existencia como en "El muerto", por ejemplo, l a fugacidad no tiene importancia porque el muerto, respondiendo a l a intuicion mistica de este l i b r o , no lo esta. "Se que algunos afirman que soy un duro muerto.../Que vengan y se em-briaguen de l a luz que ahora libo./...veran quien es e l muerto." (P.O.pag.4-5) Los otros tres libros, sobra decirlo, ilustran ca-balmente l a afirmacion citada. E l libro de significativo t i t u l o , Primavera... responde directamente a esta intuicion; l a obra es-trib a en l a dualidad del sentir en todo lo que nos rodea, lo pere-cedero y lo hermoso. Pero consideremos mas detenidamente este te-rna en distintas composiciones.

    E l poeta, aun adolescente, escucha los sonidos de l a naturale-za y oye en ellos l a huella del tiempo y lo precario de l a vida. En el "Soplo de otono" el viento es el mensajero de l a fugacidad: "Adolescente aun, oigo su musica oscura..." (P.O.pag. 14-3) En "El adolescente" se reitera l a idea de que l a naturaleza lleva y revela en su actualidad lo que ya fue. "Ved e l viento delgado que pasa entre las hojas/de remotos arboles que fueron puros/y un hacha luego destruyo." (P.O. pag.144-) Aun en estos pocos ejemplos se habra notado el empleo del viento y sonidos como medios de ex-presion de l a temporalidad. Este medio encuentra su mas bello y

  • 34-cabal desarrollo en "Melodia sin esperanza" integrado por cua-tro composiciones. Las imagenes musicales se yuxtaponen sumer-giendo casi e l tono de tristeza y dandonos tan solo una sensa-cion de musicalidad. Podriamos decir que paralelo a l tema de l a fugacidad, pero subterraneo, corre e l tema melodia. La idea central de estas: cuatro composiciones es que e l adolescente, con su fina sensibilidad, s"flauta quimerica", puede captar l a fugacidad de l a existencia en terminos mel6dicos: "melodia del arbol", " l a musica alegre de las aguasclaras", "resonancias fu-nebres", "queja nostalgica", "alegre trino", mencionamos estos pocos de los muchos ejemplos que podriamos aducir para i l u s t r a r l a afirmaci6n hecha arriba. Con pocas excepciones Primavera... expresa una contemplacion estetica de l a fugacidad; l a idea misma de lo fugaz es materia de belleza; esto quedara mejor aclarado en nuestro estudio e s t i l i s t i c o .

    E l poeta de Primavera... todavia a l margen de l a adolescen-c i a podia solo imaginar e l concepto de l a fugacidad; contem-plarlo como algo alejado de s i mismo. Pero en Noche del senti-do los poemas que tienen este tema se matizan de tonos mas dolo-ridos. En e l soneto "A mi mismo" entre otras composiciones, en-contramos l a expresi6n directa de lo dicho: 11Y tu envejeces presurosamente"Miras l a luz..." (P.C.pag223) Y en "Meditacion des-de l a noche" l a atmosfera de ensuefio creada por l a fugacidad: "Cuando mires y contemples,/con angustia, fechas, cuerpos/ que se derrumban, caines abeles.../sabe que no. Desconfia/de tu sueno." (P.C.pag.209)

    La fugacidad, como los otros temas ya considerados y los que todavia tenemos que estudiar, se desarrolla segun l a idea cen-t r a l de cada l i b r o . IGomo viene tratada l a fugacidad en e l u l -

  • 35

    timo libro de Bousofio? ILa existencia humana transcurre mas lenta, cuando e l hombre medita sobre "el tiempo mucho mis lento de las cosas"? (Vease nota 1 7 ) E l analisis de l a primera pre-gunta nos llevara a una contestacion afirmativa de l a segunda. Lo transitorio de l a vida de cada individuo es una sensaci6n de l a que los seres humanos no podemos escapar. Este hecho viene aceptado a veces con tri s t e z a , a veces con serenidad e incluso con entusiasmo, como lo notamos en "Danza de l a vida": "Entra de lleno en l a total pujanza La danza o vida es breve o lumino-sa./Entra en l a rosa..." (Inv.pag.53) ka vida en su brevedad es percibida como una rosa que pronto se marchita, pero no por eso menos hermosa. La euforia en e l tratamiento de este terna acaba aqui. E l cansancio del v i v i r sin esperanzas se hace o i r en otro soneto, "Abre tus puertas". "Abre sin fe,.../A l a pe-numbra y a l a grave pena,/y a l a tristeza de no ser manana..." (Inv.pag.131) "Curso humano" integrado por cuatro composiciones desarrolla este terna en una serie de imagenes de corte tradicio-nal que estudiaremos masadelante. E l tono en que se desenlazan indica una serena a c e p t a c i 6 n de los altibajos de l a vida. "Vi-t a l e l cauce estricto es e l que impone/felicidad, amor/... Las risas van con su carruaje entero y liquido a l mar./... To-da l a noche queda iluminada./Momento. Ayer. Jamas." (Inv. pag. 157) E l cambio de perspectiva en referenda a este terna re-sulta mas claro en "Mirando este jarro". "...donde mis dedos que lo aprietan tan leves,/...como los tuyos criatura que has de amar y que un dia,...miraras con mi tristeza...este jarro tan bello?" (Inv.pag.181) Recordamos que en Frimavera... oiamos e l viento mensajero de los fallecidos que le murmuraba a l

  • joven sobre lo perecedero de l a vida; era como un volver atras en e l pasado; pero en l a que acabamos de c i t a r , e l personage se proyecta en e l futuro. E l estado anxmico, l a melancolxa del que contempla e l jarro viene proyectado hacia otro ser todavia en el porvenir. Estamos llegando a l a c o n t e s t a c i 6 n afirmativa mencionada arriba. La existencia humana parece mas lenta en l a m e d i t a c i 6 n sobre l a permanencia de l a cosas, a pesar de l a brevedad de l a vida de cada hombre, porque cada ser relega un recuerdo de su existencia a l mundo tangible. No hay ser huma-no que manejando o contemplando cualquier objeto o paisaje no haya echado una mirada atras en e l pasado y adelante en e l fu-turo, pensando en las que mirarian o se encontrarian en l a mis-ma circunstancia. Los objetos y los s i t i o s , e l mundo inanimado, sirven de nexo entre generacion y generacion, dandole a l que medita sobre ellos, una sensacion de continuidad. Esta senci-11a y habitual actitud humana, Bousono l a recoge y l a transfor-ma en un instrumento de salvacion y a l i v i o . (19) "Somos los herederos de una memoria sin f i n / . Se nos ha entregado un l e -gado un legado de sueno/que nos llega a las manos desde otras manos y otras/que se sucedieron con prisa..." (Inv.pag.189) Es significativo que el ultimo poema de donde sacamos esta c i -ta es titulado, "Salvacion de l a vida".

    t Sometido a modificaciones intuicionales como los otros temas ya estudiados, e l tema del amor humano se desarrolla en una veintena de poemas. Las cinco elegias (VII-XI) a l a amada en Primavera... llevan l a misma melancolia por l a fugacidad de l a vida, que notamos en otros temas; un ofrecimiento de amor, un llamar sin esperanza, una atmosfera de ensueho donde vive e l

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    recuerdo, e l deseo de lo inalcanzable: "Muchacha dulce: aqui en mis o j o s / b r i l l a un otofio que rezuma/oro de amor...Soy como tu. Soy como tu...Me oyes?...Oh,no me escuchasi (P.O.pag.114)

    La duda apesadumbrada y e l ansia de aferrar e l sentido de l a realidad que impregnaba todas las composiciones de Noche... penetran tambien e l sentimiento amoroso e incluso oimos un g r i -to de socorro. En el soneto "Amada sostenme tu,..." oimos l a intensidad de l a angustia y de l a incertidumbre: "Sostenme tu... Sostenme en esta espuma,/...en tan extraho v i v i r ; en este sue-no, en este engano..." (Inv.pig.193) En e l "Cicl6n" perseguido por e l terror de l a fugacidad, busca a l i v i o en l a compania de l a amada. "Tu que miras, mirame hasta e l fondo,/Tu que me sabes, saberne,/Porque f a l t a muy poco, porque e l tiempo/arrecia vendaval es/..." (Inv.pag.198)

    Ligado a l terna amoroso, l a duda persiste en I n v a s i 6 n . . . aun-que no venga expresada con e l tono angustioso de antes." Dime que era verdad aquel sendero/...aquel otero puro que he mirado..." (Inv.pag.57) Y en e l soneto "Vale l a pena" observamos e l tono voluntarioso de encontrar lo bueno en l a vida a pesar de todo; aun a l margen de l a vida. En e l soneto "El v i v i r de l a amada", l a joven muribunda es todavia e l amparo. "Dame tu fe, tu c l a -ridad, mi estrella,/dime que existe lo que yo sabia..." (Inv. pag.56). Si e l tono desesperanzado continua, esta siempre mi-tigado por toques de esperanza, como lo notamos en e l terceto de "Abre tu sueno": "...Quiero creer que no tendras poniente,/ luz de reposo, gota de armonia..." (Inv.pag.70)

    % E l terna de Espaha aparece en todos los libros de Bousono;

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    se trata de uno de los temas que caracterizan a su generaci6n, pero no diriamos que abunda demasiado en e l . A traves de toda l a obra se encuentra solo unas diez veces. Sin embargo, este tema esta tratado con dinamismo, en el sentido de que se desa-r r o l l a cambiando tono y matices segun l a i n t u i c i 6 n que preva-lece en cada l i b r o . La Espana de Subida a l amor, "cruje" y gime bajo un Dios que l a oprime con su cuerpo de brasa; una tragica v i s i 6 n de l a patria en que oxmos e l grave cantar de los salmos sombrios; este tono se apaga en "Espaha sosegada" ganando un matiz de esperanza. "Deja, Espana que en t i Dios repose. Su mano/que los hombres desprecian mxrala en t i serena." (P.C. pag.62) Recordaremos e l vislumbre de optimismo en Varios poe-mas y e l tono casi delirante de"Espana en luz" (Vease p&g.I4). Los tres sonetos sobre Espana, en Noche del sentido estan su-mergidos'tambien en e l sueno, en l a pesadilla de l a duda y de l a incertidumbre. "Mas te amo, patria, vapor, fantasma, sueno." (P.0.pag.215) La v i s i 6 n se hace mas concreta en "Entrad": "He aqui los campos de l a patria hermosa/de l a mirada, vida que se apresa/en piedra, en monte, en val l e . . . " (Inv.,pag.37) La ultima c i t a como se imaginara pertenece a un soneto de In-v a s i 6 n ... Aqui los temas; estamos ahora en posicion de con-siderar en perspectiva los libros resenados. Sus temas todos, responden a un movimiento intuitivo que los arrastra desde un mundo mistico a la realidad del mundo fxsico. Las modificacio-nes tematicas responden a l paulatino desarrollo de una i n t u i -c i 6 n que va desde l a concepci6n de un mundo penetrado por l a divinidad hasta un mundo que impresiona por su ausencia. Des-arrollo este que incluso i l u s t r a un gradual cambio de senti-

    mientos; de un sentir mistico-existencial a un existencialismo

  • 39

    agnostico. Estructuralmente l a tematica de Bousofio presenta un desarro-

    l l o rectillneo y claro que se puede seguir a traves de todos los libros. En un principio usa elementos de luminosidad co-mo simbolos de l a divinidad. Hasta aqui encaja en una tr a d i -cion milenaria, universal, pero luego

  • 40 Capltulo III Caracteristicas del estilo de Bousono.

    Iniciamos e l analisis e s t i l i s t i c o de su obra con el estudio de l a imagen. Quisieramos advertir que en e l estudio de sus imagenes emplearemos, hasta donde nos sea posible, e l metodo y l a terminologia que e l mismo introduce y desarrolla en su Teoria de l a expresi6n poetica.

    Hemos observado e l valor e s t i l i s t i c o del simbolo en e l estudio tematico; muy poco podemos anadir a esas observaciones, excepto recalcar e l rasgo que mas lo caracteriza, es decir, e l desarrollo a que viene sometido para conformarlo a l cambio i n t u i t i v e To-dos los temas-simboios considerados son del tipo monosemico, es decir, de los que llevan s6lo un significado a l a vez. La luz y los otros elementos considerados encubren conceptos distintos a traves de l a obra, pero nunca dejan lugar a l a duda en su signi-f i c a c i 6 n en cada poema. Cuando, despues del gran esfuerzo enca-recido en l a "Labor del poeta", por arrancar l a luz (yease pag. 20), ni por un instante pensamos que se esta describiendo una ver-dadera luz. Del contexto entendemos que esa luz simboliza l a realidad. Todos los simbolos aducidos en e l capitulo precedente llevan una significacion unica.

    En su poesia se nota ademas una clase de simbolo que e l deno-mina "bisemico". Con este termino designa "un s6lo significante que conlleva simultaneamente, dos significaciones." (1) Desde luego, en esta clase de simbolo captamos el sentido logico inme-diatamente, pero e l sentido escondido, l a segunda s i g n i f i c a c i 6 n se trasparenta solo tras un analisis; sin embargo, "nuestra sen-si b i l i d a d recibe e l piano real encubierto, pero nuestra i n t e l i -

  • 41 gencia, no lo reconoce como t a l , porque se detiene en e l sentido logico que e l simbolo posee." Bousono explica que una de las dos cargas de significacion llega a ser simbolica por e l recur-so de l a reiteracion, pero reiteracion disfrazada, es decir, pro-ducida por medio del empleo de una variedad de palabras y adje-tivos que conllevan e l mismo sentimiento. Como en l a an&fora corriente, a saber, l a mera reiteracion de l a misma palabra, es-ta reiteracion disfrazada, int e n s i f i c a y hace aflorar l a s i g n i f i -caci6n simbolica. (2)

    E l analisis del simbolo bisemico en l a poesia de Bousono, nos presenta l a caracteristica de que muchos de los ejemplos de sim-bolo bisemico estriban en una metafora que desde hace cinco s i -glos, es legado del sentimiento espahol de l a vida. Nos estamos refiriendo a l pasaje de las coplas de J. Manrique, que reza: "Nuestras vidas son los rios/que van a dar en e l mar/que es e l morir/..." Pero se nos objetara iPor que se deberia leer en cada "rio " , "ola", "espuma", de los versos de Bousono, l a signi-ficaci6n simbolica de "muerte", "vida"? Afirmamos esto porque tras el estudio de su obra poetica hemos encontrado frecuentes alusiones poeticas a l a metafora de Manrique, en forma de sim-bolo monosemico, es decir, en versos que claramente se refieren a l a muerte. En los ejemplos de simbolo bisemico donde l a re-ferenda no es directa, e l contexto, por e l fen6meno de ese especial tipo de anafora que llamamos disfrazada (Vease arriba y Nota2)), nos revela l a significacion escondida.

    Antes de proseguir aduciremos cuatro ejemplos donde l a base de l a metafora tradicional es obvia; (3) "Oh, no podemos com-prender que dentro del rio sereno este/el mar ocultamente./...

  • 42 y que e l adolescente sea tambien muerte..." (P.C.p&g.151) iPuede haber alguna duda que ese "rio sereno" simbolice l a v i -da del joven? 0 que el mar en e l rio signifique l a muerte que lo aguarda? Aunque hubiese duda, e l otro verso l a disiparia, "Dime que es cierto mi v i v i r . Decidme,/ayudadme a pasar por este rio,"/...En esta niebla/helada, hundido, te pregunto/a T i , Senor..." (P.O.pag.241) Ni aqui tampoco es preciso sondear pro-fundamente para leer e l significado de "este r i o " .

    "Y e l alma se recoge/y escucha que a l i a adentro/de s i , pasa despacio/un rio de silencio." (P.O.pag.245) Este recogimiento del alma no es sino l a meditacion sobre la muerte, simbolizada por e l acto del escuchar un r i o , l a vida, que se pasa.

    "Ven como e l cierzo, como l a desdicha,/como l a luz o e l mar,/ ahogame en l a muerte,..." (Inv.pag.142) Esta ilustracion de origen tan obvio como e l de las otras, nos servira para captar alusiones mas sutiles, cuya significacion simbolica permanece escondida; significacion que, por lo tanto, puede ser entendi-da solo estribandonos en l a imagen tradicional y en el tono an-gustiado de l a composicion entera.

    Con l a ayuda de estos ejemplos que indican claramente su pro-cedencia de l a metafora de J. Manrique, analizaremos algunos simbolos bisemicos, simbolos con doble significacion.

    "Hoy contemplas acaso/...el sollozo inoxble/de un arroyo ale-jandose/en l a sombra;..." (P.C.pag.194) Este arroyo, como vemos tiene una significacion logica porque encaja en e l paisaje d e l i -neado; el sentimiento de tri s t e z a que captamos en esa breve c i t a parece plausible; el ruido de un riachuelo en uno que se sienta ensimismado suena como un sollozo; podemos participar en esta

  • 43 sensacion, interrumpirla aqui sin que pierda nada de su valor estetico y psicologico; pero queramos o no, l a sensacion se ahon-da, e l tono de tri s t e z a resulta acentuado porque nos damos cuenta de que ese "arroyo alejandose" simboliza l a vida tambien.

    En otra composicion, "...En e l espejo/viste tu faz que se iba haciendo vieja.../lejos se oia lento e l rumor manso/de un agua que pasaba..." (P.C.pag.224) Aqui tambien e l rumor del agua i n -tegra un detalle del paisaje y l a lentidud de su f l u i r acompana el sentimiento apesadumbrado del que se contempla en el espejo, pero l a pesadumbre es acentuada por e l valor simbolico escondido, que captamos en ese f l u i r , l a vida que pasa.

    Hay algunos ejemplos particularmente interesantes por su carac-ter de sinecdoque; sucede esto como resultado de sintetizar aun mas l a imperecedera metafora:

    Amarga vida, Amarga luna extrema./...Quise coger l a luna con l a mano/, e l cielo con mi amor./...Yo quise ser l a fuerza que impusiera/ l a vida mas c e n t r a l / , . Y o quise ser la fuerza. Amargo sino./...He aqui l a fuerza a quien vencio una espuma. (Inv.pag.150) Esta "espuma" que derriba y vence todas las inspiraciones hu-

    manas, es l a muerte, desde luego. Muerte=mar; espuma, sinecdoque de "mar" o sea espuma=muerte. Considerando e l valor bisemico, "espuma" se sostiene en otro significado mas obvio que e l de muerte, eh ;efecto puede juzgarse como una metafora que acentua l a f a l t a de fuerza.

    Las modalidades no terminan con los ejemplos dados. Existen desarrollos ulteriores de l a imagen de "Las Coplas"; e l amor, como todo sentimiento, muere con e l hombre que lo experimenta; s i e l hombre es visto metaforicamente como un r i o , su sentimiento amo-roso es visto "como instantaneo pez": "Risas y algun amor, como

  • 44 instantaneo pez, otorga a l rio/un dulce resplandor./" (Inv. pag. 158)

    No todos los simbolos bisemicos, se basan en l a imagen man-riqueha: "Dejadme. Yo no quiero/las nieblas pertinaces. Tras el humo dibuja/su vago ser un v a l l e . " (Inv.pag.12) Estos ver-sos tienen e l cabal valor de lo que describen en palabras tan simples y apropiadas; un paisaje en tonos difuminados por l a niebla que desdibuja sus contornos. Dado e l empleo previo de l a niebla como simbolo de duda en incertidumbre en Noche del sentido, estamos en disposicion de leer en estos versos otro significado menos aparente. Por l a misma razon, "...Cantan e l portento:/. Vivimos en l a luz: roja, amaranta!" (Inv.pag.87) por e l estudio que del simbolo "luz" hemos hecho en el capitulo precedente, sabemos que simboliza l a realidad, pero aun sin este valor escondido, e l verso vibra con e l significado de luz f i s i c a .

    * Dejando e l simbolo atras, sigamos estudiando otras c l a -ses de recursos imaginativos. Consideremos lo que el poeta de-nomina imagen "visionaria". La definicion de esta resultara mas clara s i l a comparamos a l a imagen tradicional. Al contrario de e l l a , donde e l piano imaginado tenia una semejanza objetiva ( f i s i -ca, moral o axiologica) con e l piano real, l a imagen visionaria no tiene un obvio parecido con dicho piano. Lo parecido llega a ser claro solo "tras el esfuerzo de un s u t i l a nalisis". La emo-cion que en e l lector causa l a imagen visionaria, antecede a l a comprension, mientras que en l a imagen tradicional, l a semejanza objetiva es observada antes y precede l a emocion. (4)

    Despues de esta pausa explicativa podemos afirmar que l a base

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    sobre l a que se desarrollan casi todos los poemas de Subida a l amor, sin mencionar los varios casos identificables fuera de este l i b r o , es l a "imagen visionaria", Aduzcamos como ejemplo, "Salmo desespe-rado".

    Como el leon llama a su hembra, y calido/al aire da su ar-diente dentellada,/yo te llamo, Senor.../Voy oliendo las piedras y las hierbas,.../Dime l a cueva donde te alojaste. (P. C. pag. 4-2)

    Hay que admitir que l a primera reaccion a un poema de t a l he-chura es una fuerte impresion. Examinandolo por partes nos damos cuenta de que l a expresion del profundo anhelo mistico puede re-cur r i r a una imagen exagerada; pero, aunque lo fuera, no nos pa-rece incomprensible que l a sed mistica del amor divino se compare a l a fu r i a amorosa de una f i e r a y constituya l a base de toda una composicion.

    Otro recurso imaginative que encontramos en l a obra de Bousono y que el mismo analiza en su labor c r i t i c a es l a "Vision"; c i t e -mos su escueta definicion; vision es l a "atribucion de cualidades o de funciones irreales a un objeto". (5) Por medio de l a vision Bousono expone algunos de los temas fundamentales de su obra, encauzando esta imagen en versiculos o en silvas. Estudiemos para empezar, "La labor del poeta". A pesar de haberla citado varias veces tenemos que hacerlo una vez mas porque l a considera-mos como una de las mas importantes. La labor del poeta no es l a de captar lo inefable; hombre y no vate, su mision es l a de captar el significado de l a permanencia del mundo sensible, ofrecer e l esfuerzo de sus trabajos a "los humanos fraternos". La expresion del esuferzo estriba en una vision donde se le atribuyen a l poeta cualidades sobrehumanas. Con sus poderosas manos "como de piedra o de metal muy duro" rompe l a noche de l a duda e incertidumbre;

  • 46 e l simbolo "noche" emite una metafora " t i e r r a " para acentuar e l lento y dolorido movimiento de las manos que se abren "Como de-bajo de l a tierra...entre l a densidad de l a materia/sombria,/... "Sabemos que e l esfuerzo simbolico, que nos recuerda el mito de Prometeo, resulta en e l asir de l a luz, o sea l a realidad.

    Tomemos otro ejemplo de Primavera...; a l joven del "Adolescen-te en el olivar" se le atribuye l a facultad magica de o i r , transmi-tidos por e l tronco y ramas de los olivos, las voces de los sepul-tados; desde luego a los cadaveres tambien les viene otorgada una facultad que l a materia descomponiendose no puede tener; esta v i -sion que parece mas bien una macabra pesadilla en nuestra esquema-tizacion, se desarrolla armoniosamente, dando a l lector una sensa-cion de equilibrio y belleza. E l empleo de este procedimiento tiene su j u s t i f i c a c i o n poetica en e l afan del poeta en subrayar el sentimiento de l a muerte en el individuo que medita sobre e l l a . Hay que notar que esta clase de vision se apoya frecuentemente en otro recurso, como en efecto ocurre en el poema citado. Este re-curso es el que nuestro poeta denomina "superposicion temporal". (6) E l pasado y el futuro se yuxtaponen al presente en l a mente del joven que capta l a voz de los sepultados; por medio del olivo, le revelan lo que puede esperar de l a existencia. Desde luego l a superposicion temporal en este caso aparece esfumada, dada l a na-turaleza de l a vision. Ilustraciones mas claras podriamos encon-trarlas en varias poesias de Invasion... "La calma", ya citada en e l estudio tematico merece ser citada una vez mas, por l a admira-ble construccion imaginativa que l a caracteriza.

    ...hechos mitad de fango y mitad de madera pobrisima, casi putrefacta, pero t a l vez con recuerdos de bosque, de verdi-sima luz, de senderos con luz conducida,/de flores fragantes, abiertas en mitad de l a suave/pradera. (Inv.pag.41)

  • 47

    La construccion en este particular trozo empieza con una meta-fora: los seres humanos en nuestra debilidad somos comparados a remos de