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Outlook 2020
Outlook 2020 | BiG
Sumário 2
Visão Negativa Visão Positiva
EUA Alemanha
Itália
França
Reino Unido Espanha
Portugal
Acções por sectores e geografias Saúde Europa
Imobiliário
Dívida Corporativa Rating baixo (HY) EUA
Rating elevado (IG) EUA
Rating baixo (HY) Europa
Rating elevado (IG) Europa
Euro Dólar
Libra
Matérias Primas
Ouro Petróleo Metais Agricultura
Dívida Soberana
Itália
EUA França
Alemanha Reino Unido
Portugal
Espanha
FTSE Small Caps
Asia Pacific EUA
Europa Tecnologia
Automóvel
Petróleo EUA
Media Europa
Crescimento Económico
Moedas
2.
EUA 1.1 Crescimento sustentado pelo consumo 1.2 Eleições 2020 1.3 Guerra comercial 1.4 FED - Manutenção de taxas de juro
EUROPA 2.1 BCE – Incerteza no novo programa de recompra 2.2 Alemanha - Desaceleração industrial 2.3 França – Resiliência e reforma fiscal 2.4 Itália – Recessão e falta de estímulos 2.5 Espanha – Sector construção em risco 2.6 Portugal – Dependência do turismo
REINO UNIDO
3.1 Recuperação de Confiança? 3.2 Eleições
1.
3.
MERCADO DE DÍVIDA MERCADO ACCIONISTA MATÉRIAS PRIMAS 6.1 Petróleo – Esperada uma queda em 2020
6.
4.
5.
4
Crescimento económico nos EUA será suportado pelo consumo interno
Analisando o crescimento da economia americana, os serviços
representam grande parte do crescimento do PIB, no entanto o
setor relativo à produção demonstra também um peso
significativo.
Até ao momento, mesmo com a desaceleração da produção
industrial, não são observáveis ameaças ao crescimento da
economia, o crescimento tanto dos serviços como da produção
ronda a média dos últimos anos.
A economia americana está bastante dependente da vertente
doméstica, com o consumo interno a representar cerca de 70%
de toda a economia.
Como tal, enquanto a vertente doméstica se mantiver resiliente,
será improvável uma contração significativa da economia. A
confiança do consumidor continua extremamente positiva, devido
a aumentos nos rendimentos das famílias.
Fonte: Bureau of Economic Analysis Fonte: Bureau of Economic Analysis
CRESCIMENTO ECONÓMICO SUSTENTADO PELOS SERVIÇOS: CRESCIMENTO DE SALÁRIOS E CONFIANÇA A NÍVEIS ELEVADOS:
-2,00%
-1,00%
0,00%
1,00%
2,00%
3,00%
4,00%
5,00%
6,00%
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Governo
Serviços
Construção
Produção
Agricultura
PIB
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2,5%
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3,5%
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Co
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Co
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or
Cre
scim
ento
sal
ário
s
Crescimento anual salários por hora
Confiança do Consumidor
Outlook 2020 | BiG
1.1 EUA- Crescimento sustentado por consumo
5
O gráfico abaixo mostra a contribuição em pontos percentuais do
setor petrolífero para o crescimento do PIB. Esta contribuição é
significativa, no segundo trimestre, cerca de 15% do crescimento
total da economia veio deste setor.
No entanto, a indústria petrolífera é extremamente volátil, uma
vez que está bastante dependente, não só do preço, mas
também da procura internacional e nacional. Um intensificação
do protecionismo a nível mundial poderá ameaçar a resiliência
deste setor.
Outlook 2020 | BiG
1.1 EUA- Crescimento sustentado por consumo
Fonte: Bureau of Economic Analysis Fonte: Bureau of Economic Analysis
O setor da produção continua a apresentar uma contribuição positiva para o PIB
O setor da produção tem vindo a desacelerar com o aumento
das tensões comerciais e das políticas protecionistas do atual
Presidente Norte Americano.
A manufactura registou uma contribuição negativa para o PIB no
primeiro trimestre de 2019, e no segundo a contribuição da
mesma foi praticamente nula.
EXPLORAÇÃO MINEIRA TEM SUSTENTADO CRESCIMENTO DA
PRODUÇÃO NOS ÚLTIMOS TRIMESTRES:
CONTRIBUIÇÃO PARA O CRESCIMENTO DO SECTOR PETROLÍFERO
ASSUME UMA IMPORTÂNCIA RELAVANTE MAS VOLÁTIL:
-1,50%
-1,00%
-0,50%
0,00%
0,50%
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Exploração Mineira Manufactura
Bens de Utilidade Pública Produção
-1,50%
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Actividades de suporte Extração de Petróleo e Gás
Produtos de Petróleo e Gás Indústria de Petróleo e Gás
6
O mercado de trabalho nos EUA é o mais robusto das últimas
duas décadas, com taxas de desemprego a níveis historicamente
baixos.
A queda consecutiva do desemprego, é fundamentada pelo
crescimento sólido do número de vagas de emprego desde a
crise de 2008.
Este indicador é de extrema importância para analisar ameaças
à procura doméstica do país que como já vimos é um pilar da
economia Norte Americana.
O crescimento do emprego na indústria manufatureira está a
estagnar, como resultado das tensões comerciais, e em risco de
apresentar uma queda até ao final do ano. Já é possível
observar uma desaceleração do crescimento das vagas de
emprego, sensivelmente, desde o início do ano. Os principais
sectores responsáveis por este abrandamento são os de
transportes, metais e máquinas.
Se a tendência de diminuição de novos postos de trabalho
continuar, pode originar um aumento do desemprego e
consequentemente afectar o consumo interno.
Mercado de trabalho resiliente mas existem ameaças de fraqueza no setor da manufactura
Fonte: OECD; Bureau of Economic Analysis Fonte: Bureau of Economic Analysis
NÚMERO DE VAGAS DE EMPREGO TEM DIMINUIDO: NÚMERO DE NOVOS POSTOS DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DE
TRANSPORTES E DE MÁQUINAS DIMINUI:
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
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0,0%
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Vag
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Taxa
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Taxa de desemprego Vagas de Emprego
-0,5%
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0,5%
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2,5%
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Químicos
Alimentos
Produtos Elétricos
Transporte
EquipamentosEletrónicosMáquinas
Metais Fabricados
Metais Primários
Manufatura Total
Outlook 2020 | BiG
1.1 EUA- Crescimento sustentado por consumo
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• Abolição das propinas em Universidades Públicas
• Cancelamento da dívida de estudantes
• Serviço nacional de saúde para toda a população
• Salário mínimo de USD 15 por hora
Outlook 2020 | BiG
1.2 EUA- Eleições 2020
Bernie Sanders 78 anos, Brooklin
Socialista Democrata
Câmara dos Representantes(1990)
Senador (2006)
• Impostos de 2% sobre património acima de USD 50 milhões
• Cancelamento de grande parte da dívida de estudantes
• Desmembramento de grandes bancos, entre a divisão
comercial e de investimento
• Maiores requesitos para acordos comerciais internacionais
• Proibição de exploração de petróleo através de “fracking”
• Reconstruir a classe média (Aumento do salário mínimo para
USD15/hora, por exemplo)
• Recuperar a posição de liderança em contexto internacional
• Promover uma democracia inclusiva através, por exemplo de
políticas que limitem a influência de poderes estrangeiros em
eleições.
• Promover a regulação de armas
• Sistema Nacional de Saúde acessível para toda as famílias
• Promover a sustentabilidade ambiental
• Aumento de impostos sobre os mais ricos (no entanto é contra
o imposto sobre o património proposto por Warren)
• Remoção de Donald Trump do poder é o motivo central da sua
candidatura.
Michael Bloomberg Democrata 77 anos, Boston Prefeito de Nova Iorque (2002-2013) Empresário, Bilionário
Elizabeth Warren 70 anos, cidade de Oklahoma Professora de direito em Harvard Especialista em direito de falência
Joe Biden 77 anos, Scranton
Senador durante 6 anos por Delaware (1972)
Vice-Presidente dos EUA (2008)
Candidatos Democratas dividem-se entre o populismo e o capitalismo
8
O mapa em baixo do lado esquerdo, mostra os estados Norte
Americanos que deram a vitória ao partido Republicano em 2016,
sendo que os a vermelho escuro são tradicionalmente Democratas
mas votaram a favor de Trump.
A ameaça para o partido Republicano é de que a maior parte
destes estados originalmente Democratas são aqueles previstos de
entrar em recessão (a vermelho no gráfico em baixo) nos próximos
6 meses, o que se traduz numa maior probabilidade de estes
regressarem ao seu voto tradicional.
Outlook 2020 | BiG
1.2 EUA- Eleições 2020
As eleições irão marcar o ano nos EUA. No entanto ainda é
muito incerto quem irá concorrer contra o Trump, ou se o Trump
será o candidato Republicano.
No entanto é notório que tanto os democratas como os
republicanos, defendem políticas de expansão fiscal que irão
sustentar a economia americana.
Devido a políticas mais radicais como o imposto sobre
patrimónios avultados e maior regulação nos mercados de
capitais, a candidatura de Elizabeth Warren ou de Bernie
Sanders representam a maior ameaça para o sentimento do
mercado.
Fonte: Reserva Federal; Bloomberg
ÚLTIMA ELEIÇÃO FICOU MARCADA PELA TRANSIÇÃO DE VOTOS DE
ALGUNS ESTADOS DEMOCRATAS PARA O PARTIDO REPUBLICANO:
NO ENTANTO A PREVISÃO DE CRESCIMENTO ECONÓMICO PARA
ALGUNS DESTES ESTADOS NÃO É ANIMADORA:
Fonte: BiG Research
Estados que deram a vitória a Trump em 2016 podem em 2020 reverter o voto
9
Fase 1 do acordo comercial está próxima, mas não se antevê um acordo duradouro
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1.3 EUA – Guerra Comercial
Fonte: BiG Research
Lista 1 (Junho 2018) Lista 2 (Agosto 2018) Lista 3 (Setembro2018) Lista 4 (Setembro 2019)
USD 34 mil mi USD 16 mil mi USD 200 mil mi A: USD 112 mil mi
Até 30 de Setembro 25% 25% 25% 15%
A partir de 15 de Outubro 30% 30% 30%
(adiadas) Lista 4 (Dezembro 2019)
A partir de 15 de Dezembro B: USD 188 mil mi
15%
Junho 2018 - Setembro 2019 Dezembro 2019
USD 185 mil mi USD 75 mil mi
5 a 25% (tarifa média de 21%) 5% a 10%
Do lado da China, é extremamente difícil implementar regulações
que garantam, pelas suas empresas, o respeito de direitos de
propriedade intelectual americana no curto prazo.
Assim, vemos estas tensões comerciais e a volatilidade
associada às mesmas como uma constante que se manterá no
mercado nos próximos trimestre e talvez anos.
A fase 1 do acordo deverá ser atingida até 15 de Dezembro
levando ao adiamento das tarifas previstas para USD 188 mil mi
de bens.
No entanto, um acordo robusto que reverta tarifas já impostas
prevê-se difícil de atingir. Para os EUA as tarifas comerciais são
necessárias para a reposição do equilíbrio comercial com a
China pelo que uma reversão completa das tarifas não é
prevista.
Outlook 2020 | BiG
1.4 Fed – Manutenção de taxas de juro
10
Depois de 3 cortes consecutivos, esperamos uma pausa prolongada
O mercado está a atribuir 56,5% de probabilidade do Fed
cortar uma vez a taxa de juro até Junho de 2020, sendo que,
a probabilidade de haver um segundo corte até ao final do
ano é de 36,4%.
Nós acreditamos haver uma grande probabilidade do Fed
manter a taxa de juro efectiva no mesmo intervalo a que se
encontra atualmente durante o ano de 2020.
O que suporta esta crença, é o facto da economia americana
continuar a mostrar resiliência, muito por parte do sector dos
serviços, com uma taxa de desemprego a níveis de pleno
emprego e com tendência para continuar a diminuir, o que
poderá criar inflação. Muitos dos candidatos às eleições de
2020 têm anunciado medidas de estímulo fiscal que visam
aumentar o rendimento das famílias.
RESULTADO DAS 3 ÚLTIMAS REUNIÕES DO FED NO OBJETIVO PARA A
TAXA DE JURO:
Fonte: Federal Reserve Fonte: Federal Reserve
EVOLUÇÃO DA TAXA DE JURO INTERBANCÁRIA DOS EUA:
Nas três ultimas reuniões do Federal Open Market Committee
(entidade do Fed responsável pela política monetária), ficou decidida
uma redução do alvo do Federal Funds Rate (taxa de juro
interbancária dos EUA).
Esta decisão vai de encontro à necessidade de contrabalançar os
efeitos de uma redução da procura agregada a nível global,
incerteza nos acordos comerciais e o facto da taxa de inflação
continuar abaixo dos 2% (valor de referência para o Fed). O Fed
garantiu que só haverá mais cortes, caso a situação económica
futura assim o dite (taxa de desemprego e inflação).
Data, 2019 Aumento Redução nível (%)
out-31 0 0,25% 1,5 - 1,75
set-19 0 0,25% 1,75 - 2,00
ago-01 0 0,25% 2,00 - 2,25
Objetivo do FOMC para a taxa de Juro
Outlook 2020 | BiG
2.1 BCE – Incerteza no novo programa de recompra
11
Sem alteração aos rácios, o BCE só consegue comprar dívida Alemã durante cerca de um ano
Se o BCE mantiver a mesma percentagem de compra de dívida no novo programa APP (EUR 20 mil mi por mês) para cada país da Zona
Euro, só conseguirá comprar dívida alemã durante 14 meses (EUR 10 mil mi por mês num limite de EUR 137,6 mil mi), tendo de optar por
outros países ou alterar o limite nos rácios.
Não incluindo as Supernational Bonds, que representam 10% do total do PSPP Fonte: ECB, Bloomberg
LIMITE MÁXIMO DE DÍVIDA QUE O BCE PODE COMPRAR DE CADA PAÍS DA UNIÃO
MONETÁRIA, COM O NOVO PROGRAMA DE RECOMPRA DE DÍVIDA:
O valor de dívida de cada país que o BCE
detêm (PSPP) não pode superar 33% do
valor do capital key (representa a
participação de cada país no capital total do
BCE, o capital key de cada país é
determinado pelo tamanho da economia e da
sua população no total da UE) do país em
questão.
O BCE também não pode deter mais de 33%
do total de dívida dos países da União
Monetária.
Com estas duas restrições, está em causa a
quantidade de dívida que o BCE ainda pode
comprar de cada país no seu novo programa
de recompra de dívida. É assim evidente que
o BCE tem pouco espaço para através de
estímulos monetários, impulsionar o
crescimento económico na Europa.
Mil Mi Euros Capital Key Dívida Total PSPP
Rácio Capital
Key (Limite
33%)
Rácio para
dívida
(Limite 33%)
Montante
limite para
novo PSPP
Média da
percentagem
relativa de
compra no
PSPP anterior
Alemanha 1,988 2,069 519 26% 25% 138 50.0%
Áustria 220 285 58 26% 20% 14 1.7%
Bélgica 274 460 73 27% 16% 17 2.6%
Chipre 16 21 1 4% 3% 5 -
Eslováquia 87 44 12 13% 26% 3 0.7%
Eslovénia 36 32 8 22% 25% 3 0.2%
Espanha 903 1,173 261 29% 22% 37 5.2%
Estónia 21 2 0 33% 3% 1 -
Finlândia 138 138 33 24% 24% 12 0.9%
França 1,538 2,315 420 27% 18% 87 12.0%
Grécia 187 335 0 0% 0% 62 0.0%
Irlanda 127 206 30 24% 15% 12 0.8%
Itália 1,278 2,380 365 29% 15% 56 9.6%
Letónia 30 11 2 7% 20% 1 0.1%
Lituânia 44 15 3 7% 21% 2 0.1%
Luxemburgo 25 13 3 11% 21% 2 0.2%
Malta 8 6 1 15% 20% 1 0.1%
Países Baixos 440 406 115 26% 28% 19 6.1%
Portugal 177 249 37 21% 15% 22 1.3%
Outlook 2020 | BiG
2.2 Alemanha – Desaceleração Industrial 12
Incerteza económica global e desaceleração do sector automóvel pressionam indústria Alemã
Decompondo o sector industrial, é evidente que o sector
automóvel tem representado grande parte do crescimento de
períodos anteriores.
Com a desaceleração do mercado automóvel, antecipa-se uma
continuação desta tendência negativa que provavelmente
empurrará a Alemanha para uma recessão em 2020.
PIB ALEMÃO DESACELERA DEVIDO À CONTRIBUIÇÃO NEGATIVA DA
PRODUÇÃO INDUSTRIAL:
RECEITAS DO SECTOR AUTOMÓVEL TÊM GARNDE INFLUÊNCIA NO
CRESCIMENTO DA INDÚSTRIA ALEMÃ:
O crescimento do PIB alemão depende bastante do desempenho
do sector industrial.
Assim, apesar do bom desempenho dos serviços, (sustentado
pelo consumo), a fraqueza no sector industrial tem influenciado
negativamente o crescimento do país sendo o maior contributo
para a ameaça de recessão.
Fonte: Destatis Fonte: Destatis
-2,00%
-1,00%
0,00%
1,00%
2,00%
3,00%
4,00%
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Construção Serviços Produção Agricultura PIB
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-2,0%
0,0%
2,0%
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2Q
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Veículos
Máquinas eequipamento
Equipamentoeléctrico
Computadores eoutros
Produtos de Metal
Metais Básicos
Químicos
Total Crescimentode Receitas
Outlook 2020 | BiG
2.2 Alemanha – Desaceleração Industrial 13
Desaceleração industrial com consequências para o nível de emprego e consumo
Olhando para 2020 o cenário tende a agravar-se especialmente
depois dos cortes de postos de trabalho anunciados por parte de
grandes empresas industriais na Alemanha.
Este impacto no mercado laboral terá consequentemente
impacto no consumo interno Alemão.
JÁ NÃO ESTÃO A SER CRIADOS NOVOS POSTOS DE TRABALHO
NO SEGMENTO INDUSTRIAL ALEMÃO:
PARA 2020 ANTECIPAM-SE MAIS CORTES DE POSTOS DE
TRABALHO:
A desaceleração da indústria Alemã já tem repercussões no
mercado de trabalho.
A média de criação de postos de trabalho situou-se perto dos 3%
em 2018 face a 2017, no entanto esse crescimento desvaneceu
e já assistimos a um decréscimo de empregos no sector
automóvel e de equipamento eléctrico.
Fonte: Destatis Fonte: Bloomberg; BiG Research
Empresa Total Empresa Total
Airbus 1.100 Michelin 858
BASF 3.000 Miele 890
Bilfinger 200 Philip Morris 950
Bosch 2.840 Sanofi 200
Brose 2.000 Schaeffler 2.000
Continental 7.000 Schuler 500
Daimler 500 Siemens 4.000
Enercon 3.000 Stabilo-Schwan 200
Diehl Aviation 240 Stahl Holding Saar 1.500
Duerr 350 Thyssenkrupp 4.000
Ford 5.000 Vestas 500
Goodyear 1.050 Vossloh 200
Krones 300 Volkswagen 4.000
Kuka 350 WMF 400
47.128Total
Cortes de postos de trabalho na Alemanha anunciados em 2019
-1,0%
-0,5%
0,0%
0,5%
1,0%
1,5%
2,0%
2,5%
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Veículos
Máquinas eequipamento
Equipamentoeléctrico
Computadores eoutros
Produtos de Metal
Metais Básicos
Químicos
Total Novos Postosde Trabalho
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2.2 Alemanha – Desaceleração Industrial 14
No entanto o governo Alemão não está disposto a abdicar do excedente orçamental
O Orçamento apresentado à Comissão Europeia para 2020
prevê um aumento modesto de gastos.
O pacote de medidas deverá ser implementado provavelmente
no final de 2020 quando for notável a desaceleração do país.
Este deverá contar com medidas semelhantes ao pacote de
emergência de 2009 tais como:
Benefícios fiscais às empresas;
Diminuição das contribuições sociais de empresas e
empregados.
OS ÍNDICES PMI DA ALEMANHA EVIDENCIAM UMA CONTRAÇÃO DA
MANUFACTURA. OS SERVIÇOS ESTÃO PRÓXIMOS DA LINHA DE ÁGUA:
A ALEMANHA DEVERÁ ATINGIR UM EXCEDENTE ORÇAMENTAL
NOVAMENTE EM 2020:
O ministro das finanças Alemão afirmou que necessita de ver
uma recessão a materializar-se antes de actuar. Acreditamos
que isso irá acontecer em 2020.
A Alemanha prevê para 2020 um crescimento de 1%, o que na
nossa óptica é demasiado optimista.
Fonte: Markit Fonte: Destatis
40
45
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60
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9PMI Serviços PMI Manufactura
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Saldo Receitas do Governo Gastos do Governo
Outlook 2020 | BiG
2.3 França- Resiliência e Reforma Fiscal
15
A economia Francesa está a demonstrar resiliência
Para cumprir o objetivo de redução do défice, Macron propôs
controlar as despesas públicas através de uma reforma no
sistema pensionista, cortes na função pública (através da
modernização da mesma), que irá gradualmente reduzir o rácio
da despesa publica para 53,4% do PIB no fim de 2020.
Ao mesmo tempo, pretende cumprir as promessas aos milhares
de franceses de reduzir impostos, nomeadamente sobre o
rendimento e residência.
Se analisarmos o crescimento da economia ao longo dos
últimos 4 anos, apontamos uma elevada dependência (quase
total) do setor dos serviços. Os serviços não são tão afetados
pelas tensões comerciais tal como a Alemanha ou a China.
É de esperar então que a economia se mantenha resiliente,
desde que a queda da manufactura não contagie a procura
interna e externa pelos serviços no país.
Fonte: INSEE Fonte: Draft Orçamento de 2020 enviado à CE
O CRESCIMENTO DO PIB FRANCÊS É SUPORTADO PELOS
SERVIÇOS:
O GOVERNO ANTECIPA UM AUMENTO DO DÉFICE ESTE ANO
MAS UMA CORRECÇÃO PARA 2020:
-1,00%
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Exploração Mineira Produção Agricultura
Construção Serviços PIBValores em % do PIB 2018 2019 2020
Défice Orçamental -2,5% -3,1% -2,2%
Impostos e Contribuições para a Segurança Social 45,0% 43,8% 44,0%
Despesa Pública 54,4% 53,8% 53,4%
Dívida Governamental 98,4% 98,8% 98,7%
Crescimento Esperado do PIB - 1,4% 1,3%
Impacto sobre famílias e empresas (EUR mil mi) 2018 2019 2020
Famílias -1,1 -10,3 -9,3
Abatimento do imposto de Residência para 80% das famílias -2,9 -3,6 -3,7
Isenção do imposto sobre horas extra - -3 -0,8
Redução da taxa sobre o rendimento - - -5
Empresas -8,6 0,1 -1
Corte no imposto sobre os lucros para 25% -1,2 -0,8 -2,5
Aumento do CICE para 7% -3,3 -0,4 0
Criação de um crédito para o imposto sobre os salários. -0,6 0 0,6
Outlook 2020 | BiG
2.4 Itália – Recessão e falta de estímulos 16
Itália aproxima-se da recessão sem grande flexibilidade para implementar estímulos fiscais
Ao contrário da Alemanha, Itália tem um saldo orçamental
deficitário, o que limita o espaço para estímulos fiscais
significativos. O Governo Italiano enviou uma proposta de
orçamento que contemplava um aumento de 1,9% nos gastos. A
CE pediu esclarecimentos a este aumento, já que se antecipava
uma diminuição de pelo menos 0,1%.
Assim sendo, vemos com grande probabilidade, uma recessão
prolongada em Itália. No entanto, tendo em conta as fracas
perspectivas para a Alemanha, deverá aumentar a abertura da
CE para maiores défices de modo a estimular o crescimento.
DECLÍNIO NOS SERVIÇOS E PRODUÇÃO ARRASTAM PIB DE ITÁLIA: O ESPAÇO PARA MEDIDAS FISCAIS QUE ESTIMULEM A ECONOMIA É
REDUZIDO:
A Itália tal como a Alemanha, tem uma parte significativa do
crescimento ligada ao sector industrial. É consequentemente
afectada pela recente desaceleração da produção industrial na
Europa.
O segmento de serviços tem vindo também a desacelerar mais
precipitadamente do que outros países europeus, devido a uma
queda acentuada da confiança dos consumidores.
Fonte: Istat Statistics Fonte: Istat Statistics
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Serviços Construção Produção
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Saldo Receitas do Governo Gastos do Governo
Outlook 2020 | BiG
2.5 Espanha – Sector construção em risco 17
Construção em Espanha a degradar-se a um ritmo bastante rápido
Pedro Sanchez (PSOE) pretende criar uma coligação com Pablo
Iglesias (Podemos). Ainda assim, precisará do apoio de um dos
outros partidos para aprovar o governo no parlamento.
Esta incerteza acaba por danificar a confiança do consumidor e
das empresas. Um sinal visível é a queda acentuada de
empréstimos para habitação.
CONSTRUÇÃO TEM CONTRIBUIDO POSITIVAMENTE PARA
CRESCIMENTO ECONÓMICO:
NÚMERO DE EMPRÉSTIMOS EM DECLÍNIO DEVIDO A INCERTEZAS
POLÍTICAS:
Espanha tem crescido em grande parte devido aos serviços. A
construção e a produção têm também contribuido positivamente.
O cenário político acarreta riscos para este crescimento depois
das últimas eleições não terem produzido uma maioria por parte
de nenhum partido.
Fonte: INE Estadísticas Fonte: INE Estadísticas
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Impostos menos subsídios ServiçosConstrução ProduçãoAgricultura PIB
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Mudança anual do número deempréstimos concedidos para habitação
Outlook 2020 | BiG
2.6 Portugal – Dependência do turismo 18
Maior incerteza recai sobre o caminho da dívida
Enquanto que as despesas do Estado pouco se alteram, as
receitas são mais cíclicas. Um abrandamento global resultaria
numa redução das receitas e por sua vez um aumento do défice,
pondo em causa a cooperação com o pacto de estabilidade e
crescimento económico (défice máximo de 3%).
DÍVIDA PÚBLICA EM RELAÇÃO AO PIB TEM SIDO REDUZIDA, NO
ENTANTO TEM ESTADO A AUMENTAR EM TERMOS ABSOLUTOS:
DÉFICE TEM MELHORADO DESDE 2012:
A dívida em percentagem do PIB tem vindo a reduzir-se nos
últimos anos, encontrando-se em 121% do PIB a Junho 2019.
No entanto, a dívida em termos absolutos tem vindo a aumentar.
No caso de um abrandamento do crescimento do PIB, Portugal
poderá recuar aos máximos de 2014 (135% do PIB).
Fonte: BPstat Fonte: Eurostat, BPstat
Outlook 2020 | BiG
2.6 Portugal – Dependência do turismo 19
Aos níveis actuais de taxa de juro haverá poupanças significativas no refinanciamento da dívida
Nos últimos anos a média anual de refinanciamento de dívida a médio longo prazo, ronda os EUR 15 mil mi e
o juro médio anual foi 3,1% em 2018. Assumindo a mesma tendência para os próximos dois anos, devido à
redução acentuada da Yield em 2019 o juro pago nos próximos refinanciamentos irá reduzir o juro médio anual.
ESTIMATIVA DA POUPANÇA NO REFINANCIAMENTO DA DÍVIDA PARA OS PRÓXIMOS DOIS ANOS:
Fonte: ICGP, BPstat
• Cenário Base: uma Yield média anual a 1% nos próximos refinanciamentos leva a uma poupança fiscal
de EUR 310 mi em 2020 e de EUR 620 mi em 2021, o que representa 17% do défice de 2018.
• Cenário Optimista: uma Yield média anual a 0,5% nos próximos refinanciamentos leva a uma poupança
fiscal de EUR 390 mi em 2020 e de EUR 780 mi em 2021, o que representa 22% do défice de 2018.
• Cenário Pessimista: uma Yield média anual a 3% nos próximos refinanciamentos leva a uma poupança
fiscal de EUR 15 mi em 2020 e de EUR 30 mi em 2021, o que representa cerca de 0,8 % do défice.
2020 2021 2020 2021 2020 2021
Yield 10y PT 1% 1% 0,5% 0,5% 3,0% 3,0%
Poupança refinanciamento 2,1% 2,1% 2,6% 2,6% 0,1% 0,1%
Poupança anual em EUR mi 310 620 390 780 15 30
Cenários de poupança no
refinanciamento da dívida
Base Optimista Pessimista
Outlook 2020 | BiG
2.6 Portugal – Dependência do turismo 20
O turismo tem sido o principal motor da economia Portuguesa
Com o boom turístico, verificamos um aumento substancial das
receitas com o turismo, que já representam cerca de 9% do PIB
nacional.
O crescimento de importação de turismo, também indica que,
mais famílias portuguesas estão numa situação financeira mais
estável.
Dado o seu peso significante no PIB, o turismo tem vindo a
conduzir o crescimento do PIB nos últimos anos. Em 2017, o PIB
cresceu EUR 3,78 mil mi dos quais EUR 2,7 mil mi foram devido ao
crescimento nas receitas do turismo.
O turismo tem sido muito positivo para o crescimento económico,
no entanto, mostra o quão dependente do mesmo a economia se
encontra. Caso haja algum choque exógeno que reduza o número
de turistas, a economia irá desacelerar.
CRESCIMENTO DO PIB IMPULSIONADO PELO CRESCIMENTO NA
BALANÇA DO TURISMO:
Fonte: INE, BPstat Fonte: INE, BPstat
EVOLUÇÃO DAS RECEITAS E DESPESAS COM O TURISMO E O
RESPETIVO PESO DAS EXPORTAÇÕES DE TURISMO EM TERMOS DO
PIB:
Outlook 2020 | BiG
2.6 Portugal – Dependência do turismo 21
Construção voltou a ganhar ritmo nos últimos anos, mas corre o risco de sobreaquecimento
Construção tem vindo a ter uma trajectória de
crescimento desde a crise.
No entanto, só a partir de Janeiro 2017 é que a
construção voltou a crescer face ao período
homólogo, mostrando tendências de estar a
estabilizar nos 3%.
EVOLUÇÃO DA CONSTRUÇÃO TOTAL EM PORTUGAL(%):
No final de 2014 começou a verificar-se um aumento significativo de
empréstimos concedidos para habitação, este aumento da procura tem vindo a
colocar uma pressão inflacionária no preço das casas.
A juntar a isso, foram concedidos 7498 Vistos Gold para investimento em
imobiliário desde a sua implementação em 2012, o que levou a um total
investido de EUR 4,18 mil mi.
Esta procura externa também contribuiu em grande parte para o aumento do
preço da habitação. Caso seja abolida esta lei, prevemos um decréscimo nos
preços das casas, visto que, o número de empréstimos concedidos já está a
arrefecer.
RELAÇÃO ENTRE AUMENTO DO PREÇO MÉDIO DAS CASAS E CONCESSÃO DE
CRÉDITO À HABITAÇÃO E DE VISTOS GOLD:
Fonte: INE Fonte: INE, Bpstat, SEF
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Outlook 2020 | BiG
3.1 Reino Unido – Recuperação da confiança? 22
O crescimento do PIB do Reino Unido tem sido limitado pela quebra de confiança do consumidor
e de empresas devido ao impasse do Brexit
Na nossa óptica, esta queda na produção e menor crescimento
na construção, devem-se a uma queda de confiança das
empresas e consumidores (expressa no gráfico em baixo),
devido às incertezas em relação ao Brexit e agora também em
relação às eleições de 12 de Dezembro.
Uma reversão deste sentimento poderá criar uma surpresa
positiva no crescimento da economia do Reino Unido.
CRESCIMENTO DO PIB ABRANDA DEVIDO À QUEDA NA PRODUÇÃO E
CONSTRUÇÃO:
CONFIANÇA DAS EMPRESAS E CONSUMIDORES EM MÍNIMOS:
O crescimento da economia do Reino Unido assenta
maioritariamente em serviços, que têm demonstrado resiliência.
A construção já representou uma importante fonte de
crescimento do PIB no entanto ultimamente não tem contribuido
de forma significativa.
A Produção por sua vez já contribui negativamente.
Fonte: UK Office for National Statistics Fonte: GfK; Markit
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Agricultura Construção Produção Serviços PIB
23
Construção e produção industrial estão a desacelerar
No sector da construção observou-se um arrefecimento a partir
de 2014, que se pronunciou em 2018.
O preço das casas tem estabilizado e por isso não antevemos
para esta componente uma recuperação no médio prazo.
SECTOR AUTOMÓVEL PRESSIONA PRODUÇÃO INDUSTRIAL: CONSTRUÇÃO DEIXOU DE CONTRIBUIR SIGNIFICATIVAMENTE PARA O
CRESCIMENTO DO PIB:
A queda da produção industrial no Reino Unido deve-se em
grande parte ao arrefecimento do sector automóvel e do sector
metalúrgico.
Tendo em conta a prevista desaceleração do sector automóvel
na Europa não antevemos uma recuperação do crescimento na
produção industrial.
Fonte: UK Office for National Statistics Fonte: UK Office for National Statistics
Outlook 2020 | BiG
3.1 Reino Unido – Recuperação da confiança?
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Outros
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Plásticos, cimento,vidro
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Trabalho especializado Engenharia Civil
Construção edifícios Construção
24
Consumo no entanto continua sustentado pelo aumento de salários e baixo desemprego
Este facto é explicado pelo baixo desemprego e alto aumento de
salários (ambos perto de 4%).
Antecipamos que com o fim da incerteza Brexit e eleições
poderemos assistir a uma forte recuperação da confiança do
consumidor que impulsionará as vendas a retalho.
Consequentemente o crescimento dos serviços irá aumentar,
influenciando positivamente o PIB do país.
CRESCIMENTO DE VENDAS A RETALHO RESILIENTE: CONSUMO IMPULSIONADO PELO CRESCIMENTO DE SALÁRIOS:
As vendas a retalho continuam a ser as principais
impulsionadoras do crescimento do PIB, tendo crescido em
Setembro 3,1% face ao período homólogo.
De notar um aumento significativo nas vendas online, que
aumentaram perto de 10% em Setembro.
Fonte: UK Office for National Statistics Fonte: UK Office for National Statistics
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Taxa de desemprego %
Crescimento anual médio de salários %
Outlook 2020 | BiG
3.1 Reino Unido – Recuperação da confiança?
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Combustível Retalho Internet e outros
Outros Bens consumo
Vestuário Lojas não especializadas
Alimentação Crescimento Vendas Retalho
25
Sondagens apontam para vitória dos Conservadores e consequentemente uma aprovação do
plano Brexit de Boris Johnson
As promessas do Partido Conservador para estas eleições
incluem uma aumento ao número de polícias e enfermeiros,
aumento de subsídios e um congelamento ao aumento de
impostos para os consumidores.
O partido Trabalhista defende um aumento de impostos para os
5% mais ricos e uma reversão do último corte de impostos às
empresas. Este aumento de receitas servirá para financiar um
aumento de gastos públicos.
SONDAGENS APONTAM PARA VITÓRIA DOS CONSERVADORES: SALDO ORÇAMENTAL SEM MUITO ESPAÇO PARA AUMENTO DE
GASTOS:
Boris Johnson não conseguiu aprovar o seu plano para um Brexit
no parlamento despoletando assim novas eleições. Johnson
garante que com maioria, levará o seu plano Brexit avante e
segundo as últimas sondagens, esse é o cenário mais provável.
O partido Trabalhista (Labour) por sua vez, promete um novo
referendo.
Ainda que Boris atinja a maioria e aprove um acordo no
parlamento, terá ainda de criar um acordo de comércio que
poderá estender o prazo do Brexit até final de 2020.
Fonte: YouGov Fonte: UK Office for National Statistics
Outlook 2020 | BiG
3.2 Reino Unido – Eleições
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Conservadores
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LiberalDemocrata
Partido Brexit
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Gas
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Saldo Orçamental Gastos Receitas
26
Mercado de dívida com cada vez menos oportunidades
Nos EUA, o ambiente macroeconómico é bem mais favorável
não existindo para já intenção por parte do FED para a subida de
taxas de juro pelo que se torna interessante a dívida soberana a
curto prazo (T-bills). O USD no entanto poderá desvalorizar, o
que tornará menos atractiva esta opção para um investidor
europeu.
Na dívida corporate americana evitaríamos o segmento HY
devido à exposição ao sector petrolífero mas vemos valor no
segmento Investment Grade.
EXISTE ESPAÇO PARA UMA COMPRESSÃO DE YIELDS EM ITÁLIA: NOS EUA IDENTIFICAMOS VALOR NAS T-BILLS:
Na Europa, antevendo uma continuação da política monetária
expansionista do Banco Central Europeu, vemos valor na dívida
soberana Italiana a 10 anos apesar do difícil enquadramento
económico. Vemos os riscos já presentes na yield actual e por
isso existe espaço para uma contracção da mesma devido à falta
de alternativas de investimento e à procura elevada por yields.
Na dívida corporate europeia existe espaço para uma
compressão de spreads mas com cautela no segmento HY que
pode assistir a falências selectivas de algumas empresas com
bastante alavancagem.
Fonte: Bloomberg Fonte: Bloomberg
Outlook 2020 | BiG
4. Mercado de dívida
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Itália Yield 10 anos Espanha Yield 10 anos
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EUA Yield a 10 anos EUA Yield a 2 anos
27
Outlook 2020 | BiG
5. Visão para ações europeias
Fonte: Bloomberg; BiG Research
Sector VisãoCrescimento
receita último ano P/EDividend
Yield
(CFO-Capex) /
EV
Net Debt /
EBITDA Comentário
Bens domésticos 3.0% 17.9 3.3% 4.1% 1.9Res i l iente a recessões (bom hedge para portfól io). Dividendos atraentes e
factor qual idade.
Tecnológicas 7.0% 24.0 1.3% 2.9% 0.8Excelentes economias de esca la e potencia l crescimento atractivo para uma
carteira . Cuidado com semicondutores em fim de ciclo.
Saúde 9.1% 18.3 2.7% 4.0% 2.1Bom crescimento e não está caro dada a sua res i l iência e potencia l de
longo-prazo. Risco de contágio eleições EUA (40% das vendas nos EUA).
Imobiliário 2.2% 19.1 3.9% -0.3% 6.1Bom sector com os atuais níveis ba ixos de taxas de juro. Risco regulatório
(l igado a rendas) em a lguns países .
Telecomunicações 2.0% 15.9 5.0% 4.4% 3.1Baixo nível de crescimento e elevados custos operacionais e necess idades
de gastos com 5G mas com dividend yield atractivo.
Seguros 33.2% 11.5 5.0% n.d. n.d."Castigado" como a banca, mas tem menor expos ição às ba ixas taxas de juro
e aos requis i tos de capita l . Mais di fíci l de dis romper por via de fintechs .
Petróleo e gás -1.1% 13.0 5.4% 6.2% 1.4Bom dividendo. Não tem riscos regulatórios dos seus pares nos EUA nem os
mesmos níveis de dívida. Press ionado pelo baixo preço do gás natura l .
Comida e bebida 3.6% 21.6 2.4% 3.3% 2.9Decréscimos orgânicos de vendas , mas as margens de lucro continuam
fortes . Marcas de a l ta qual idade. Bebidas especia lmente bom.
Aviação/viagens 9.9% 15.1 2.8% 2.4% 1.9 Consumo a níveis elevados mas cicl icidade é um risco.
Minérios/Metais 11.2% 11.6 5.6% 6.8% 1.1Barato e com bons dividendos . Procura por metais aumenta com
eletri ficação. Risco de perdas caso recessão / guerra comercia l .
Construção 3.2% 16.9 2.8% 3.5% 2.7Sector cícl ico, pode ter espaço para va lorizações , mas acarreta riscos no
médio prazo.
Utilities -4.2% 15.6 4.8% -0.3% 3.8Melhor que pares nos EUA, mas com excesso de dívida e mau crescimento
de receita (apesar de ter crescido os lucros).
Químicos 4.2% 21.7 2.6% 2.3% 1.8Sector caro com a sua forte cicl icidade e a perda de lucros durante o ano de
2019. Não desvalorizou tanto como outros sectores industria is .
Industriais 3.5% 18.9 2.5% 3.2% 1.9Fase compl icada do ciclo económico, prevê-se desaceleração da produção
industria l .
Retalho 2.4% 19.5 3.0% 3.7% 2.7Muito "atacado" por ecommerce e com performance de lucros negativa. Não
barato face à dívida e à poss ibi l idade de fa lências penal izadoras .
Bancos -0.2% 9.2 5.9% n.d. n.d.Pressão nos rácios de capita l com nova regulação (bas i leia IV). Competição
de fintechs . Ba ixas taxas de juro. Fraco crescimento.
Autos 3.3% 8.6 3.7% 0.3% 0.4China legis lação emissão CO2 em 2020. Fluxos de ca ixa baixos vs .
necess idade investimento. Dependência de leas ings .
Media -2.7% 16.1 3.3% 4.6% 2.6Na média do mercado, mas sem crescimento, com dívida e com dividendo
mediano. Competição de novos produtores de conteúdo dos EUA.
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Estados Unidos India China Europa Total
28
A procura terá fraco crescimento e a oferta manter-se-á excessiva por mais um ano (sem
compromissos entre OPEP e Rússia)
Será, portanto, difícil os preços aumentarem sem decréscimos
ao nível da oferta. Para já, neste último trimestre, o ataque à
Arábia Saudita acabou por ajudar a diminuir a oferta, mas isto é
insignificante no longo-prazo, pois este país já recuperou a
produção, e a questão voltou a ser, essencialmente, política.
Mesmo que na reunião da OPEP sejam acordados mais cortes o
que tem acontecido, historicamente, é que estes não são
cumpridos e que a Arábia Saudita, sozinha, não tem capacidade
para equilibrar o excesso de produção dos EUA, principalmente
quando tem claras necessidades de capital.
PROCURA POR CRUDE (VS. O PERÍODO HOMÓLOGO) TEVE UMA
LIGEIRA RECUPERAÇÃO:
CRESCIMENTO DA OFERTA DE PETRÓLEO (VS. O PERÍODO
HOMÓLOGO) DOS PRINCIPAIS GRUPOS ECONÓMICOS. AS PERDAS
DA OPEP+ SÃO MOMENTÂNEAS:
Apesar da procura por crude ter aumentado no terceiro trimestre do
ano (principalmente graças ao continuado crescimento da China, a
uma ligeira recuperação por parte da Índia e à possível suavização
das guerras comerciais), continuam a existir sinais de
desaceleração, nomeadamente notável na procura por
petroquímicos e diesel (ligados às perdas na manufatura). Nos EUA
a procura por diesel desceu 3% e na Alemanha 2,3%.
Contudo, os últimos dados da IEA apontam para uma ligeira
recuperação, em Setembro, com a procura da OCDE a subir 0,5
milhões barris por dia. De qualquer forma, não é esperado um
significante crescimento de procura (como ocorreu em 2017).
Fonte: IEA; BiG Research Fonte: EIA – International Energy Statistics; BiG Research
Outlook 2020 | BiG
6.1 Petróleo – Esperada uma queda em 2020
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Plataformas em operação e poços nas regiões de petróleo "shale" dos EUA
Número de plataformas Poços por acabar Produtividade por plataforma
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Produção de petróleo e condensados Crescimento na produção
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Apesar da OPEP estar a contar com um decréscimo de produção nos EUA e um défice de oferta
mundial isto, muito provavelmente, não irá acontecer já que a desaceleração nos EUA será lenta
PROJEÇÕES DA EIA PARA 2020 JÁ APONTAM PARA UMA
CONTINUAÇÃO DOS NÍVEIS ATUAIS. CONTRARIAMENTE ÀS
EXPECTATIVAS DA OPEP QUE ESPERAM DECLÍNIOS:
Fonte: EIA; BiG Research Fonte: Baker Hughes; EIA; BiG Research
O DECLÍNIO NO NÚMERO DE PLATAFORMAS EM OPERAÇÃO NO
“SHALE” NÃO SIGNIFICA, PARA JÁ, PERDAS RÁPIDAS:
O aumento de produtividade por plataforma ajuda a equilibrar as perdas no número de plataformas.
No mês de Setembro, os EUA produziram tanto petróleo que se
tornaram, pela primeira vez em 70 anos, num exportador líquido de
petróleo.
A sua produção manter-se-á estável em 2020, apesar da indústria
de “shale” estar em claras dificuldade, pois a queda de plataformas
exploratórias será lenta (enquanto o preço do petróleo se mantiver
acima de USD 50 por barril). Para além disso, a queda, por si só, é
enganadora, pois a produtividade destas plataformas aumenta à
medida que o seu número diminui.
O “shale” está cada vez mais a ser consolidado por grandes
empresas como a Exxon que têm estruturas de custos muito mais
eficientes e resistentes. A proliferação de gás natural e
condensados também ajuda, pois estes podem ser misturados nas
refinarias como substitutos do crude. Para além disso, o início de
atividade de novos oleodutos na bacia de “Permian” irá ajudar a
este crescimento.
Outros países, como a Noruega e o Brasil também têm aumentado
significativamente a sua produção e isto irá exacerbar o problema
de excesso de oferta.
Outlook 2020 | BiG
6.1 Petróleo – Esperada uma queda em 2020
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BiG. O Banco que entende os seus valores.