Spinning Around. Da da Da da Da da da da da da Da da Da da Da da da da da da (REPEAT)
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA … · 2019-03-24 · Campus Belém. Para...
Transcript of MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA … · 2019-03-24 · Campus Belém. Para...
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA
CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL
RAFAEL RIBEIRO COSTA
THAIS SANTOS AMORIM
INTERFÊRENCIA DE DIFERENTES AGROECOSSISTEMAS NA TAXA DE
INFILTRAÇÃO BÁSICA E NO TEOR DE MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO
CAPITÃO POÇO
2019
RAFAEL RIBEIRO COSTA
THAIS SANTOS AMORIM
INTERFÊRENCIA DE DIFERENTES AGROECOSSISTEMAS NA TAXA DE
INFILTRAÇÃO BÁSICA E NO TEOR DE MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO
CAPITÃO POÇO
2019
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
ao curso de Engenharia Florestal da
Universidade Federal Rural da Amazônia
como requisito para obtenção do grau de
Bacharel em Engenharia Florestal.
Orientador: Dr. Raimundo Thiago Lima da
Silva.
Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)
Ficha Catalográfica
Biblioteca Maria Auxiliadora Feio Gomes / UFRA - Capitão Poço
C 837 Costa, Rafael Ribeiro
Interferência de diferentes agroecossistemas na taxa de infiltração básica e no
teor de matéria orgânica do solo./ Rafael Ribeiro Costa, Thais Santos Amorim. -
Capitão Poço, 2019.
43 f.
Orientador Dr. Raimundo Thiago Lima da Silva
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação – Engenharia Florestal) –
Universidade Federal Rural da Amazônia, Capitão Poço, 2019.
1. Solo – infiltração básica – redução da taxa. 2. Agroecossistemas – matéria
orgânica – interferência. 3. Vegetação secundária. I. Amorim, Thais Santos. II.
Silva, Raimundo Thiago Lima da, orient. III. Título
CDD: 23 ed. 634.956
Bibliotecária-Documentalista: Sheyla Gabriela Alves Ribeiro CRB-2/1372
À minha mãe, Antonia Francisca da silva santos
Ao meu pai, Francisco da silva Amorim
À minha irmã, Thaynara Cristina dos Santos
À memória dos meus avós, Conceição Raquel e Tertulino Lima,
que muito me ensinaram em vida
A toda a minha família e amigos
Dedico
Thais Santos Amorim
A Deus!
A Vida!
As oportunidades.
A Família!
Aos meus pais Alexandre Ferreira de Moura Costa e Antônia
Holete Rodrigues Ribeiro pela dedicação, sempre levando meu
estudo como prioridade.
A minha irmã Roberta Ribeiro Costa
A minha segunda família Aurilene e Ricardo Mendes
Aos Amigos! Pois cuidam, apoiam, acolhem, orientam, aconselham e
participam
Dedico
Rafael Ribeiro Costa
AGRADECIMENTOS
Agradeço em primeiro lugar a Deus, por ter me abençoado durante essa fase da minha vida
e por sempre me dar saúde e forças para superar todas as dificuldades.
Aos meus Pais Francisco da Silva Amorim e Antonia Francisca da Silva Santos, e a minha
irmã Thaynara Cristina dos Santos, por todo apoio, e por sempre estarem comigo na
corrida pelo meu sonho.
À minha amada família e amigos, pois sem o apoio de todos eles não teria chegado aonde
cheguei.
Ao meu orientador Dr. Raimundo Thiago Lima da Silva, aquele que acreditou em nosso
potencial e orientou com grande dedicação, suporte e conselhos.
Aos professores da Universidade Federal Rural da Amazônia que compartilharam seus
conhecimentos e são responsáveis pela minha formação.
As novas amizades que fiz e fortaleci durante a graduação: Gianca Darla, Amanda Costa,
Eucir Bezerra, Nivea Mafra, Alessandra Pessoa, Denyse Maria, Ana Laura Luz, Maikol
Soares e Sergio Chaves, agradeço por todos os momentos compartilhados, todos os
estresses, estudos em grupo, e por fazerem parte desses cinco anos muito divertidos e de
muito aprendizado.
Aos colegas que contribuíram de diversas formas para a realização deste trabalho: Maikol
Soares, Vicente Gil, Thaiana Assis, Jonathan Damasceno. Em especial a Ana Laura Luz
pelo grande apoio e suporte na elaboração do trabalho.
As minhas amigas: Bruna Lira, Thaiana Assis e Gabriela Assunção pela amizade e pelo
companheirismo.
Ao meu amigo e parceiro de TCC Rafael Costa por todo apoio.
Thais Santos Amorim
AGRADECIMENTOS
A Deus, meu senhor, guia e protetor. OBRIGADO.
A nossa senhora de Nazaré que me abençoou nessa jornada, não ocorrendo nada de grave
nesses cinco anos de estrada;
Aos meus pais Alexandre Ferreira de Moura Costa e Antônia Holete Rodrigues Ribeiro
pela dedicação, sempre levando meu estudo como prioridade. A minha rainha que desde
que me deu à luz sempre fez de tudo para realização dos meus sonhos como se fosse seus,
te amo;
Aos meus familiares;
Em memória de meu avô Aurélio costa que sempre sonhou em está presente nesse
momento;
Aos meus avós maternos Júlia e Juarez rodrigues que fundamental apoio para minha
formação ética, ensinando todos os filhos e netos nunca se ceder as dificuldades da vida;
A minha segunda família Ricardo, Aurilene, Pedro e João mendes que sempre me
apoiaram na realização dos meus sonhos;
Ao meu orientador Raimundo Thiago pelo suporte no trabalho de conclusão de curso;
Aos amigos que nos ajudaram em diversas formas na realização desse trabalho: Gabriela
Cristina, Ana Laura Luz, Maikol Soares, Vicente Gil, Thaiana Assis, Jonathan Damasceno;
As amizades que levarei da faculdade para vida em especial a Ana Laura luz que desde o
início do curso nunca se negou a me ajudar na vida acadêmica.
Rafael Ribeiro Costa
RESUMO
A agricultura quando praticada de maneira insustentável pode comprometer as funções do
solo, diminuindo sua capacidade de armazenamento de água e quantidade de matéria
orgânica, considerada como o principal agente de estabilização dos agregados do solo.
Assim, objetivou-se avaliar a interferência de diferentes agroecossistemas (pomar de
laranja, plantação de eucalipto, vegetação secundária e pastagem) nos teores de matéria
orgânica e na taxa de infiltração. Foram coletadas 10 amostras de solo em cada
agroecossistema, sendo 05 amostras por profundidade (15 a 20 subamostras) deformadas
de solos, de forma aleatória nas camadas de 0-10 e 10-20 cm com auxílio do trado
holandês sendo identificadas e armazenadas em sacos plásticos e encaminhadas ao
laboratório de química e fertilidade do solo na Universidade Federal Rural da Amazônia-
Campus Belém. Para determinar a taxa de infiltração do solo foi utilizado o infiltrômetro
de anéis com diâmetros de 25 e 50 cm e altura de 25 cm, instalados concentricamente na
vertical deixando penetrar 15 cm no solo, a leitura foi realizada com auxilio de uma régua
graduada posicionada no cilindro interno. Os valores de taxa de infiltração básica, teor de
matéria orgânica foram submetidos à análise de variância e depois aos testes de Tukey e
Dunnett a 5% de probabilidade de erro, sendo necessário testar as pressuposições de
normalidade e homocedasticidade para submeter os dados a anova, através do teste de
Komogorov Smirnorv e Bartlet, respectivamente. A pastagem foi o agroecossistema que
apresentou o maior teor de matéria orgânica na camada de 0-10 cm e na camada de 10-20
cm não houve diferença estatística entre os tratamentos. A Taxa de Infiltração Básica de
água no soloda vegetação secundária foi superior aos demais agroecossistemas, isso foi
atribuído a alta quantidade de raízes primárias que ajudam na boa aeração do solo,
ajudando na penetração da água com maior velocidade. A introdução de culturas agrícolas
e florestais reduz a taxa de infiltração básica do solo e as características das culturas
agrícolas e florestais, solo e clima aceleram a decomposição da matéria orgânica na região
de estudo.
Palavras-chave: Vegetação secundária; Armazenamento de água; Agregados do solo.
ABSTRACT
Agriculture when practice in an unsustainable way can damage soil‟s functions, reducing
the water storage capacity and the amount of organic matter, considered as the principal
stabilization factor of the soil aggregate. Thus, the purpose of this work was evaluate the
interference of the different agroecosystems (orange‟s orchard, eucalyptus plantation,
secondary vegetation and pasture) in contents organic matter and soil infiltration. Was
collected 10 soil‟s samples in each agroecosystems, being 05 samples per profundity (15 to
20 subsamples) soil malformed, aleatory in the layer from 0 – 10 and 10 – 20cm with assist
of a Dutch auger, being identified and stocked in the plastic bag and sent for chemistry and
soil fertility laboratory in the Universidade Federal Rural da Amazonia – Campus Belém.
To determine soil infiltration rate was used the rings infiltrometer with 25 and 50 cm
diameters and 25 cm height, concentrically installed in vertical with 15 cm infiltrate on the
soil, the read was realized with the assist of a graduate ruler positioned in the inside
cylinder. The values of basic infiltration, contents of organic matter were subordinate to
Analysis of Variance, Tukey and Dunnet‟s test with 5% error probability, was necessary to
test the presupposition of a normality test and homoscedasticity for submit the data from
ANOVA, by Komogorov Smirnorv e Bartlet‟s test, respectively. The pasture was the
agroecosystem that presented the highest organic matter content in the 0-10 cm layer and
in the 10-20 cm layer there was no statistical difference between the treatments. The Basic
Infiltration Rate of water in the soil of the secondary vegetation was superior to the other
agroecosystems, this was attributed to the high amount of primary roots that help in the
good aeration of the soil, helping in the water penetration with greater speed. The
introduction of agricultural and forestry crops reduces the rate of basic soil infiltration and
the characteristics of agricultural and forestry crops, soil and climate accelerate the
decomposition of organic matter in the study region.
Keywords: Secondary vegetation; Water storage; Soil aggregates.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1- Mapa representativo da localização do município de Capitão Poço- PA e dos
agroecossistemas. ................................................................................................................ 20
Figura 2- Coleta de solos na área de Pomar de Laranja (A) Monocultivo de Eucalipto (B)
Vegetação secundária (C) e Pastagem (D). ......................................................................... 22
Figura 3-Amostra de solo em peneira de 2,0 mm. ............................................................. 23
Figura 4- Pesagem das amostras de solos (A) e oxidação com ácido sulfúrico e dicromato
(B). ....................................................................................................................................... 24
Figura 5- Método de anéis concêntricos na área de Pomar de laranja (A) eucalipto (B)
vegetação nativa (C) e pastagem (D). .................................................................................. 25
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Valores médios obtidos da taxa de infiltração básica (TIB) no solo nos
diferentes agroecossistemas. ................................................................................................ 28
Tabela 2: Classificação do solo segundo a taxa de infiltração básica. ............................... 29
Tabela 3: Matéria orgânica do solo (g kg-1) em agroecossistemas em camadas de solo de
0-10 e 10-20 (cm). ............................................................................................................... 30
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 10
2. REVISÃO DE LITERATURA .................................................................................... 12
2.1. Vegetação Secundária................................................................................................... 12
2.2 Eucalipto ................................................................................................................... 12
2.3. Pomar de Laranja (Citrus sinensis (L.) Osbeck) .......................................................... 14
2.4. Pastagem ...................................................................................................................... 15
2.5. Matéria orgânica ........................................................................................................... 17
2.6. Infiltração de água no solo ........................................................................................... 17
3. MATERIAL E MÉTODOS ......................................................................................... 20
3.1. Localização e caracterização da área de estudo ........................................................... 20
3.2. Histórico dos agroecossistemas ................................................................................ 21
3.3. Amostragem de solo ................................................................................................. 22
3.4. Determinação de matéria orgânica do solo............................................................... 23
3.5. Determinação da Taxa de infiltração básica do solo (TIB) ...................................... 25
3.6. Análise estatística ..................................................................................................... 27
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................. 28
5. CONCLUSÕES ............................................................................................................ 32
6. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ......................................................................... 33
APÊNDICE A - TAXA DE INFILTRAÇÃO BÁSICA EM POMAR DE LARANJA. ..... 33
APÊNDICE B - TAXA DE INFILTRAÇÃO BÁSICA EM MONOCULTIVO DE
EUCALIPTO. ...................................................................................................................... 39
APÊNDICE C - TAXA DE INFILTRAÇÃO BÁSICA EM FLORESTA SECUNDÁRIA.
............................................................................................................................................. 41
APÊNDICE D - TAXA DE INFILTRAÇÃO BÁSICA EM PASTAGEM. ....................... 43
10
1. INTRODUÇÃO
O solo é uma coleção de corpos naturais, constituídos por partes sólidas, líquidas e
gasosas, tridimensionais, dinâmicos, formados por materiais minerais e orgânicos que
ocupam a maior parte do manto superficial das extensões continentais do nosso planeta,
contém matéria viva e pode ser vegetado e, eventualmente, são modificados por
interferências antrópicas, que podem maximizar suas propriedades físicas e químicas em
consonância com certos tipos de cultura nele presente (SILVA et al., 2006).
O limite superior do solo é a atmosfera, as laterais são os contatos com corpos d‟
água superficiais, rochas, gelo, áreas com coberturas de materiais de tríticos incosolidados,
terrenos sob espelhos d‟água permanentes, enquanto que os limites inferiores são difíceis
de serem definidos (EMBRAPA, 2013). O solo é um recurso essencial à vida dos seres
vivos, para o crescimento das plantas e regulação do fluxo de água (BARROS, 2013).
Os atributos físicos, químicos, biológicos e mineralógicos do solo podem ser
afetados pelo clima e sistema de manejo, por alterarem direta ou indiretamente o solo e o
crescimento dos vegetais, principalmente no que diz respeito ao teor de matéria orgânica
(NOVAIS et al., 2007).
No Brasil a condição climática favorece a atividade biológica devido aos materiais
orgânicos oriundos de resíduos vegetais em deterioração que estão presentes
principalmente no horizonte A (SANTOS 2013). Solos orgânicos, segundo Santos (2013)
são aqueles que apresentam teor de carbono igual ou maior que 80g kg-¹.
A análise de solos é o único método que permite, antes do plantio, conhecer a
capacidade de um determinado solo suprir nutrientes para as plantas, sendo a forma mais
simples, econômica e eficiente de diagnose da fertilidade das terras e constitui base
imprescindível para a recomendação de quantidades adequadas de corretivos e fertilizantes
para aumentar a produtividade das culturas (CARDOSO; FERNANDES; FERNANDES,
2009).
Os atributos do solo como a umidade, influenciam diretamente no volume de água
que o mesmo será capaz de armazenar, bem como a sua resistência e a compactação, sendo
assim, de grande importância o conhecimento da umidade do solo para estudos do
movimento, disponibilidade de água, época e quantidade adequada para irrigação
(BERNARDO; SOARES; ANTOVANI,2006).
Na mesorregião nordeste paraense, mas especificamente no município de Capitão
Poço, a citricultura e a agropecuária são as principais atividades agrícolas, que contribuem
11
para o desenvolvimento regional. No entanto, essas atividades promovem alterações
significativas nos solos, e, por conseguinte na sustentabilidade econômica, trazendo
prejuízos financeiros aos produtores.
A agricultura quando praticada de maneira insustentável pode comprometer as
funções do solo, diminuindo sua capacidade de armazenamento e infiltração da água, visto
que a quantidade de matéria orgânica no solo possui relação direta com o estoque de água,
pois a umidade, assim como, a temperatura são os dois principais fatores climáticos que
influenciam na taxa de decomposição (COSTA; SILVA; RIBEIRO, 2013). A matéria
orgânica é considerada como o principal agente de estabilização dos agregados do solo.
As práticas agrícolas e florestais como, por exemplo, o tráfego de máquinas
(tratores, colheitadeiras, caminhões) e o pisoteio de aninais bovinos, ocasionam a baixa
infiltração da água no solo, aumentando assim os riscos de erosão, salinização,
desertificação, apresentando também máxima resistência à penetração das raízes no solo,
resultando em má formação das plantas.
Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi de avaliar a interferência de
diferentes agroecossistemas (pomar de laranja, monocultivo de eucalipto, vegetação
secundária e pastagem) nos parâmetros da matéria orgânica e taxa de infiltração básica do
solo em Capitão Poço, Pará.
12
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Vegetação Secundária
A retirada das florestas naturais gerou uma grande extensão de florestas
secundárias, ocasionadas, geralmente pela agricultura de “corte e queima”, consequente
perda dos atributos físicos, químicos e biológicos do solo e abandono das áreas, dando
início do processo de regeneração natural (sucessão ecológica).
Na Amazônia, as florestas secundárias, definidas como áreas de crescimento
espontâneo de transformação de ecossistemas florestais naturais por agroecossistemas, em
que, as pastagens, cultivos agrícolas semi-perenes (pimenta-do-reino e cana-de-açúcar) e
perenes (cacau e café) abandonados são uns dos principais exemplos desse tipo de
vegetação na região amazônica (PEREIRA; GUIMARÃES, 2001).
Trata-se de um ecossistema dinâmico e complexo de crescimento de espécies que
na maioria das vezes, seus propágulos resistiram à degradação. São áreas que possuem
importância ambiental pela recuperação do solo e biodiversidade, principalmente por
tratar-se de locais abandonados, sem inferência antrópica, que possibilita o estoque de
biomassa no solo e formação de matéria orgânica, auxiliando no retorno das propriedades
químicas do solo perdidas pela perturbação.
O ecossistema da floresta secundária, segundo Pereira e Guimarães (2001),
funciona como uma alternativa eficiente de recuperação da biota (espécies vegetais e
animais) e do solo após a atividade antrópica.
A vegetação secundária possui grande importância na regulação o fluxo de água no
solo (KLEMICK, 2011), principalmente pela ausência de ações antrópicas nestas áreas, em
que, os resíduos vegetais que amortecem o impacto da chuva e mantém o solo protegido
(CAMPINAS et al., 2013), facilitando o armazenamento e uso eficiente de água pelas
plantas.
2.2 Eucalipto
O gênero Eucalyptus possui cerca de 730 espécies, das quais apenas 20 se
descartam para alvos comercias (ABDO et al., 2008), sendo uma alternativa para uso em
reflorestamento, que pode diminuir a pressão das florestas naturais e promover a
sustentabilidade ambiental.
13
O tripé da sustentabilidade, segundo Abdo et al., (2008) aplica-se na produção de
eucalipto no Brasil, pois, além de ser economicamente viável e socialmente importante,
promovem a conservação do solo, volume e qualidade de água, manutenção da
biodiversidade, entre outros. A produção do mesmo contribui no controle de fatores
climáticos e ambientais como o controle a erosão e qualidade do solo, conservação da
biodiversidade, suprimento de oxigênio para o planeta e regulação dos ciclos ecológicos
(FEFFER et al., 2017).
Atualmente os empreendimentos Brasileiros na área de atuação em plantas, são
considerados referência mundial por apresentar competitividade, sustentabilidade e
inovação, produzindo diversas fontes de aplicação ao produto como celulose, papel, carvão
vegetal, painéis de madeira, pisos laminados e biomassa, além de apresentar diversos
benefícios de produtos e subprodutos presente em nossas residências (FEFFER et al.,
2017).
A produção da espécie teve uma elevação de 20 m³/ha.ano na década de 60 para 40
a 50 m³/ha.ano no tempo atual (FOELKEL, 2005). O setor florestal brasileiro se destacou
no ranking global de produtividade no ano de 2016, totalidade de 7,84 milhões de hectares
e a média de rendimento do eucalipto foi de 35,7 m³/ha ao ano (FEFFER et al., 2017).
O beneficiamento do eucalipto tem sido exacerbado devido ao rápido crescimento e
adaptação a diversas regiões biogeográficas. Tendo em vista que a produção média
nacional corresponde a 41 m³ ha-1, apresenta clico de corte curto em torno de 7 anos,
baixos custos, rápidas taxas de retorno e sua madeira aplica-se a finalidade diversificada
(ABDO et al., 2008).
As plantações florestais contribuem para a redução do escoamento da água e
consequentemente, da erosão hídrica, proporcionando benefícios sobre diversas
propriedades do solo, e quando manejada de forma adequada apresenta perdas de solo
abaixo da tolerância admissível por erosão hídrica estabelecida, em algumas situações,
ficam relativamente próximas daquelas da mata nativa, indicando que esses plantios
oferecem eficiente cobertura ao solo (OLIVEIRA et al., 2016).
As florestas plantadas, segundo Feffer et al., (2017) serão imprescindíveis para
atender a demanda mundial, que, os autores estimam que até 2050, a população mundial
atingirá 9,1 bilhões de pessoas, com uma demanda de floresta de cerca de 250 milhões de
hectares.
14
Os sistemas de colheita florestal segundo Oliveira et al., (2016) retira apenas as
madeiras, deixando no local os resíduos florestais como os galhos, folhas e casca, ao longo
dos ciclos de colheita de plantações florestais comerciais vêm proporcionar benefícios
ambientais como: proteção do solo, redução dos extremos térmicos, redução de perdas de
água por evaporação e pelo escoamento superficial, aumento da biomassa microbiana do
solo e a mineralização de nutrientes, além da ciclagem de nutrientes, onde através da
serapilheira, estabelece-se o processo de decomposição, liberação e absorção de nutrientes,
num completo ciclo biológico.
As perdas de solo e água por erosão hídrica dependem da interação do clima, solo,
topografia, cobertura vegetal e do sistema de manejo do solo adotado, sendo considerado
um dos principais fatores de degradação do solo e perda da produtividade das culturas,
além de assorear e comprometer a qualidade de água dos mananciais (MARTINS, 2005).
As plantações de eucalipto apresentam perdas de solo e água em maiores
quantidades nos primeiros anos de sua implantação, decrescendo durante os anos,
considerando, os períodos iniciais após o plantio os mais críticos, devendo-se ter maiores
cuidados no manejo do solo nesse período (SILVA et al., 2011).
2.3. Pomar de Laranja (Citrus sinensis (L.) Osbeck)
Citrus sinensis (L.) Osbecké uma planta cítrica de múltiplas funcionalidades, em
que, seus frutos possuem um alto valor nutricional (vitamina C), suas folhas podem ser
extraídas óleos essenciais com finalidade de produtos cosméticos e perfumes, a madeira é
dura e tem um grande valor especifico na queima, o bagaço da laranja pode ser utilizado o
processamento de óleos essenciais usado como iscas de formigas e ração bovina
(KOLLER, 2006).
A citricultura de acordo com Sobrinho et al., (2005) é um dos principais
agronegócios internacionais, sendo o Brasil líder em produção de frutas cítricas e na
exportação de suco concentrado congelado de laranja. Nos últimos vinte anos esta cultura
experimentou notável desenvolvimento graças à adoção de melhor tecnologia na condução
dos pomares, ao maior potencial genético representado pelos clones nucleares e ao
programa de plantas matrizes selecionadas (CRUZ, 2003).
Em plantações de citros, o clima (temperatura, radiação solar, umidade relativa,
ventos) influência de forma decisiva todas as etapas da cultura, como a adaptação das
15
variedades, o comportamento fenológico, a curva de maturação, a taxa de crescimento, as
características físicas e químicas do fruto e o potencial de produção (SOBRINHO et al.,
2005). Conforme Koller (2006) possuem resistência a diversos fatores climáticos como
temperatura, luminosidade e radiação solar, regime pluviométrico, umidade relativa do ar,
sendo que, possui melhor adequação em climas subtropicais, sobrevivendo até em clima
temperado com altas mudanças de temperatura variando de 20°C a 40°C.
O consumo de água dos citros no inverno é de aproximadamente, 1,5 mm.dia-1
e, no
de verão, de 3,2 a 4,7 mm.dia-1
, e o consumo médio de plantas adultas e sadias no inverno
varia de 55 a 110 l/planta/dia, e na estação seca da primavera e durante os meses quentes e
secos do verão são de 110 a 150 l/planta/dia (SOBRINHO et al., 2005). O volume de água
necessário para obtenção de bons índices de produtividade deve ser de 1.200 mm, isto é,
12.000 m3 de água por hectare (RIBEIRO, 2001).
Para Cruz (2003) a eficiência do uso da água nos citros é bastante baixa quando
comparadas a outras plantas C3, seu fruto por possuir casca coriácea, com baixa densidade
estomática e altos níveis de cera, contribuem também para a conservação total de água da
arvore, seu fruto serve como deposito de água para as folhas durante os períodos secos, por
este motivo, plantas com frutos resistem mais a períodos secos.
Os solos mais indicados para plantação de citros segundo Ribeiro (2001) são os
areno-argilosos, com pH em torno de 6,5, profundos, permeáveis para melhor
desenvolvimento do sistema radicular da planta que pode alcançar 08 a 10 metros de
extensão e de 05 a 06 metros de profundidade (RIBEIRO, 2001).
2.4. Pastagem
O solo fornece à pastagem o suporte e os nutrientes necessários ao seu
desenvolvimento e atendimento do seu objetivo produtivo, e a pastagem vem proporcionar
ao solo a cobertura que o protege da erosão pela água da chuva e o vento e do excesso de
insolação, além do aporte de nutrientes e matéria orgânica (MELADO, 2016).
No Brasil, a deterioração do solo ocorre em todas as regiões devido ao mal-uso das
pastagens, isso ocorre por tradição cultural do desmazelo com manejo da pastagem
resultando na danificação ano a ano a quantidade bovina por área diminui não explorando
o real potencial do mesmo (FILHO, 2017).
16
O solo fornece ao gado, por meio das forrageiras, os nutrientes necessários ao seu
desenvolvimento e atendimento do objetivo produtivo, e o gado vem fertiliza o solo
diretamente através dos seus dejetos, que também tem o efeito de um “fermento” com o
poder de acelerar o desenvolvimento da vida do solo, favorecendo a disponibilização de
nutrientes antes indisponíveis (MELADO, 2016).
O manejo correto das pastagens, de acordo com Andrade (2008) é de fundamental
importância para qualquer sistema de criação de bovinos, em áreas bem manejadas, as
forrageiras normalmente apresentam crescimento mais vigoroso, protegem melhor o solo e
conseguem competir de forma mais vantajosa com as plantas invasoras, resultando em
menor gasto com limpeza e manutenção das pastagens, além de contribuir para melhor
nutrição do rebanho e, consequentemente, aumentar seus índices produtivos, reprodutivos
e sanitários.
O processo de modificação da vegetação nativa, para as pastagens, segundo Braz
(2004), se iniciou pela exploração madeireira devido ao alto valor comercial,
proporcionando a corporação de espécies gramíneas forrageiras no ambiente. O solo
composto por pastagens, segundo o autor, tem baixa fertilidade natural, mas a princípio
inicial é classificado alto por ter disponibilidade de nutrientes provinda de queima da
vegetação nativa e matéria orgânica acumulada.
A sucessão dessa exploração da vegetação nativa teve continuidade pela razão do
empobrecimento do solo já explorado, aumentando ou migrando para outras áreas não
ocupadas elevando o nível de desmatamento e os fatores limitantes (compactação do solo,
acidez, níveis de alumínio e deficiência de fosforo) prejudicam a recuperação natural do
mesmo (BRAZ, 2004).
A degradação da pastagem faz com que ocorra a queda acentuada e continua da
produtividade com transcorrer do tempo, em que, um dos métodos a considerar a
capacidade de suporte do pasto é o nível de produção leiteiro ou perca de peso e a
degradação das pastagens pode ser classificada em níveis e tende a elevar o processo de
degradação se não for aplicado medidas de controle (FILHO, 2017).
O processo de degradação para Filho (2017) ocorre de forma biologia e agrícola, na
qual a biologia ocorre à deterioração do solo causando a baixa produtividade e expondo o
solo proporcionando a erosão, lixiviação dos nutrientes e a perda de matéria orgânica. Na
forma agrícola ocorrer um aumento excessivo de plantas daninhas diminuindo a
17
capacidade produtiva ocorrendo a competição de plantas daninhas e leguminosas
forrageiras (FILHO, 2017).
2.5. Matéria orgânica
A matéria orgânica pode ser definida como um conjunto de resíduos vegetais em
diferentes estágios de decomposição natural presente nos solos e conforme a avaliação do
teor de carbono orgânico, quando o mesmo apresentar fração maior ou igual a 80 g kg -1,
, o
solo pode ser classificado como orgânico (EMBRAPA, 2013).
A sustentabilidade dos sistemas agrícolas está diretamente relacionada à quantidade
de matéria orgânica presente no solo, pois, influencia diretamente nos atributos físicos,
químicos e na produtividade dos agroecossistemas e, os estoques de matéria orgânica do
solo podem variar de acordo com os sistemas de manejo adotados nos cultivos agrícolas
(COSTA; SILVA; RIBEIRO, 2013).
No solo, como sugerido por Roscoe et al. (2006), a matéria orgânica é responsável
pela ciclagem e retenção de nutrientes, agregação do solo, dinâmica da água e fonte básica
de energia para a atividade biológica, ou seja, sua ausência pode causar desequilíbrios no
sistema, acelerando o processo de degradação.
Na superfície do solo, devido à decomposição vegetal, é o local onde se concentra a
maior quantidade de matéria orgânica, sendo essencial que se conheça e estude técnicas de
manejo sustentável para manutenção da qualidade do solo em regiões tropicais e
subtropicais (BARROS, 2013; BRAIDA, 2011), principalmente tratando-se da região
Amazônica que é caracterizada por solos de baixa fertilidade (disponibilidade de
nutrientes) (JÚNIOR, 2007).
A matéria orgânica também influência na formação e a estabilização dos agregados,
de modo que, pode atuar na porosidade, a infiltração, retenção de água e resistência do solo
à compactação (BRAIDA, 2011), além de, controlar a erosão e conservar a função de
estoque de nutrientes do solo para as plantas (BARROS, 2013).
2.6. Infiltração de água no solo
De acordo com Brandão et al., (2009) define-se infiltração como o processo pelo
qual a água atravessa a superfície do solo e que reabastece os aquíferos subterrâneos que
dependem as vazões dos cursos d‟água nos períodos de estiagem, o que tornam a melhoria
18
das condições de infiltração da água essencial para o aumento da disponibilidade hídrica
nestes períodos.
A infiltração da água no solo é o movimento descendente que a água
desenvolve no solo deslocando-se da superfície para seu interior afetando diretamente o
escoamento superficial que é o principal responsável pelos processos de inundação e
erosão (GASPERINI, 2013).
De acordo com Moreira (2017) o processo de infiltração é influenciado por diversos
fatores, como o tipo de solo, a água já existente no solo, matéria orgânica e a variabilidade
espacial do terreno, topografia, cobertura vegetal, sistema radicular, atividade biológica,
agregação do solo e porosidade. Sendo que, a velocidade de infiltração depende
diretamente da textura e da estrutura dos solos, podendo variar com a percentagem de
umidade do solo, na época de irrigação; a temperatura do solo; a porosidade do solo; a
existência de camada menos permeável ao longo do perfil; e cobertura vegetal (NUNES,
2012).
Por isso o conhecimento da taxa de infiltração da água no solo é de fundamental
importância para definir técnicas de conservação do solo, planejar e delinear sistemas de
irrigação e drenagem, bem como auxiliar na composição de uma imagem mais real da
retenção da água e aeração no solo (FAGUNDES et al., 2012).
A compreensão e a avaliação da capacidade de armazenamento de água no solo,
bem como os fluxos que ocorrem tanto na superfície (infiltração e evaporação) quanto na
profundidade do solo (drenagem interna), são importantes quando se trata da irrigação,
drenagem, erosão, biologia da flora e da fauna desse solo, além da redistribuição e
conservação da água no solo (PINHEIRO; TEIXEIRA; KAUFMANN, 2009).
A água necessária é a quantidade de água requerida pela cultura, em determinado
período de tempo, de modo a não limitar seu crescimento e sua produção, nas condições
climáticas locais, ou seja, é a quantidade de água necessária para atender a
evapotranspiração e a lixiviação dos sais do solo, e pela própria definição de água
necessária a cultura, a evapotranspiração constitui a maior e mais importante parte
(BERNARDO; SOARES; ANTOVANI,2006).
A infiltração, segundo Sobrinho (2003) quando penetra no perfil do solo seu valor é
elevado e passa a diminuir com o tempo, até se tornar constante (solo saturado), com um
valor mínimo e constante, conhecido por taxa de infiltração básica (TIB). Dados de TIB
são imprescindíveis nos modelos utilizados para a descrição da infiltração de água no solo
19
e dependem do selamento superficial provocado pelo impacto das gotas de chuva na
superfície do solo (SOBRINHO, 2003).
20
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. Localização e caracterização da área de estudo
O presente trabalho foi realizado em quatro áreas (pomar de laranja, mocultivo de
eucalipto, vegetação secundária e pastagem) localizadas no município de Capitão Poço-PA
(01°45‟S e 47°01‟W), pertencente à mesorregião nordeste Paraense na microrregião do
Guamá, com uma área de 2.714,85 km² (Figura 1).
Figura 1: Mapa representativo da localização do município de Capitão Poço- PA e dos
agroecossistemas.
Fonte: Autores (2019).
O clima da região segundo a classificação de Köppen, é do tipo Am com
precipitação anual em torno de 2.500 mm, com uma curta estação seca entre setembro e
novembro, apresentando temperatura média de 26° C e umidade relativa do ar entre 75% e
89% nos meses com menor e maior precipitação, respectivamente (SCHWART, 2007).
21
3.2. Histórico dos agroecossistemas
A pastagem antes ocupada por vegetação nativa teve sua exploração no início de
1998, com a implantação de gramínea Quicuio (Brachiaria humidicola (Rendle) Schweick)
para criação de animais bovinos no sistema pecuário extensivo. Possui área de 298
hectares, e a limpeza é realizada por meio de roçagem e queima, tendo a sua última
limpeza sido executada há seis anos.
O pomar de laranja da cultivar Pera Rio (Citrus sinensis (L.) Osbeck) foi
implantado no ano de 2011, em uma área que anteriormente era considerada área de
pastagem, com dimensão de 25 hectares e espaçamento de 7,0 m x 5,0 m, totalizando
7.142,00 indivíduos da espécie. Os tratos culturais são aplicados de três em três meses ou
de acordo com o tamanho das plantas espontâneas, por meio da aplicação de controle
químico (herbicida) e mecânico (roçagem).
O monocultivo de eucalipto foi anteriormente à plantação, pastagem e há cerca de
sete anos, foi realizado o plantio com espaçamento 2,8 m x 2,8 m metros em uma área de 1
hectare, totalizando 1.275,00 indivíduos da espécie. Foram realizadas apenas duas
limpezas na área, a última sendo em outubro de 2018 de forma mecanizada (trator com
roçadeira).
Cerca de dois anos atrás ocorreu à exploração da área de vegetação secundária com
extensão de 10 hectares, retirando as espécies que estavam prestes a tombar, com ajuda de
tratores para o arraste das toras, utilizando as toras para a produção de carvão vegetal e
peças de madeira para construção de móveis. As espécies retiradas foram: Louro Vermelho
(Nectandra rubra), Tapiriri (Tapirira guianensis) e Ingá (Inga Alba).
22
3.3.Amostragem de solo
Foram coletadas dez amostras (15 a 20 subamostras) deformadas de solos em cada
área, de forma aleatória, sendo cinco amostras nas camadas de 0-10 cm e cinco na camada
de 10-20 cm com auxílio de trado holandês, totalizando quarenta amostras. As mesmas
foram identificadas e armazenadas em sacos plásticos e encaminhadas ao laboratório de
química e fertilidade do solo na Universidade Federal Rural da Amazônia.
As amostras foram retiradas de quatro agroecossistemas, que constituíram em
quatro tratamentos e cinco repetições, sendo: Pomar de laranja, Monocultivo de eucalipto,
Vegetação secundária e Pastagem (Figura 2).
Figura 2: Coleta de solos na área de Pomar de laranja (A) Monocultivo de eucalipto (B)
Vegetação secundária (C) e pastagem (D).
Fonte: Autores (2018).
A B
C D
23
As amostras foram secas ao ar e posteriormente passadas em peneira de 2,0 mm
para realização da análise de determinação da matéria orgânica, conforme a figura 3 e
segundo as recomendações da Embrapa (1998).
Figura 3: Amostra de solo em peneira de 2,0 mm.
Fonte: Autores (2018)
3.4.Determinação de matéria orgânica do solo
A determinação de matéria orgânica do solo foi realizada no laboratório de química
e fertilidade do solo na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) no campus de
Belém-PA. As análises foram realizadas de acordo com o estabelecido pela Embrapa
(1998) e Silva (2018) pelo método de Walkley e Black, apresentados a seguir:
Na primeira etapa do processo da determinação, foram pesados e utilizados 0,5g de
amostra de solo passados em peneira de 2,0 mm e colocados em erlenmeyer de 250 ml,
adicionando 10 ml de solução de dicromato de potássio (K2Cr2O7) 0,167 M e rapidamente
foi adicionado 10 ml de ácido sulfúrico (H2SO4) concentrado, agitando-se o erlenmeyer
para melhor mistura do solo com os reagentes (Figura 4).
24
Figura 4: Pesagem das amostras de solos (A) e oxidação com ácido sulfúrico e dicromato
(B).
Fonte: Autores (2018)
Deixou-se deixar esfriar por cerca de 30 minutos e foi adicionado 50 ml de água
destilada e 03 ml de ácido fosfórico P.A (H3PO4), e seguida foi adicionado 03 gotas do
indicador difenilamina 1% e agitar cautelosamente. Titular lentamente com solução de
sulfato ferroso 0,5 M até obter a coloração verde e anotar o volume gasto na titulação (La).
Na segunda etapa, foi realizada uma prova em branco com os mesmos
procedimentos descritos acima, no entanto sem utilizar 0,5g de solo. Sendo corrigida a
concentração da solução de sulfato ferroso amoniacal 0,5M, pipetando 10 ml da solução de
dicromato de potássio 0,167M para erlenmeyer de 250 ml e adicionado 03 gotas de
difenilamina titular com a solução de sulfato ferroso amoniacal.
O fator será dado pela seguinte expressão:
( )
O teor do carbono orgânico será dado pela seguinte expressão:
( )
( )
A B
(01)
(02)
(03)
25
3.5. Determinação da Taxa de infiltração básica do solo (TIB)
A Taxa de infiltração básica (TIB) foi determinada seguindo metodologia de
Bernardo; Soares e Antovani (2006), nos meses de novembro e dezembro, utilizando-se o
método do infiltrômetro de anel, que consiste em dois anéis, colocados concentricamente,
sendo o menor com diâmetro de 25 cm e o maior com 50 cm, e altura de 30 cm.
Figura 5: Método de anéis concêntricos na área de Pomar de laranja (A) eucalipto (B)
vegetação nativa (C) e pastagem (D).
Fonte: Autores (2018).
O anel externo tem como finalidade reduzir o efeito da dispersão lateral da água
infiltrada do anel interno. Assim, a água do anel interno infiltra no perfil do solo em
direção predominante vertical, o que evita a superestimativa da taxa de infiltração. Após a
instalação dos anéis, enterrando-os no solo até aproximadamente metade de sua altura,
acompanhou-se a infiltração vertical no anel interno, em intervalos de tempo iniciados a
A
C D
B
26
um minuto. Observando-se em um cronômetro simultaneamente, esse tempo foi
aumentando, sendo variável com o tempo de infiltração do volume de água. Nos dois
cilindros, manteve-se a altura da lâmina de água máxima de aproximadamente 5 cm. O
tempo em minutos realizado de cada leitura foi: 01, 01, 01, 01, 01, 05, 05, 05, 10, 15, 15,
30, 30, 30, 30, 30 minutos a contar do instante zero e, com repetições até o tempo total de
duração do teste de 210 minutos. O critério adotado neste trabalho para condição de taxa
de infiltração constante foi quando o valor de leitura da carga de água no cilindro interno
passou a ser constante.
A partir dos dados obtidos em campo foi possível determinar a equação da
infiltração e de capacidade de infiltração (CI). As equações que descrevem a infiltração
são:
Em que:
I = Infiltração acumulada (mm); C = constante que evidencia lâmina infiltrada no
primeiro minuto, em cm; T = tempo transcorrido para infiltrar a lâmina de água, em min; n
= declividade da reta, determinada no local para cada tipo de solo.
A Taxa de infiltração básica foi obtida pela equação:
Fazendo: n x C = K tem-se a equação
Onde: TIB = velocidade de infiltração instantânea, em mm.h-1; K = capacidade de
infiltração no primeiro minuto, em mm.h-1; T = tempo transcorrido para atingir a
velocidade de infiltração instantânea, em min; n = declividade da reta, determinada no
local para cada tipo de solo.
(04)
(05)
(06)
27
3.6. Análise estatística
Para a determinação da TIB, o experimento foi montado em delineamento
inteiramente casualizado (DIC), com quatro tratamentos (Pomar de laranja, monocultivo de
Eucalipto, Vegetação secundária e Pastagem), distribuídos em dez repetições. E para a
determinação da matéria orgânica foram distribuídos os mesmos quatro tratamentos,
distribuídos em cinco repetições em duas profundidades (0-10 e 10-20 cm).
Os valores de taxa de infiltração básica, teor de matéria orgânica foram submetidos
à análise de variância e depois ao teste de Tukey e Dunnett, respectivamente, a 5% de
probabilidade de erro. Para submeter os dados a anova, foi necessário testar as
pressuposições de normalidade e homocedasticidade, através do teste de Komogorov
Smirnorv e Bartlet, respectivamente. Para as variáveis que não atenderam as
pressuposições acima, foi necessário a transformação de dados a partir do dispositivo Box-
Cox. Todas as análises estatísticas foram realizadas através do software Action Stat 3.5.3.
28
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. Taxa de infiltração básica
Os valores médios de Taxa de infiltração Básica (TIB) do solo nos diferentes
agroecossistemas encontram-se na tabela 1. Foi encontrado diferença significativa entre os
tratamentos (p>0,5).
Tabela 1: Valores médios obtidos da taxa de infiltração básica (TIB) no solo nos
diferentes agroecossistemas.
Agroecossistemas TIB (mm/h)
Vegetação Secundária 195,93 a
Monocultivo de Eucalipto 50,90 b
Pomar de Laranja 37,93 b
Pastagem 8,27 c
CV% 22,41
Médias seguidas da mesma letra, na coluna, não diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.
Nos apêndices A, B, C, e D são apresentados os valores individuais das taxas de
infiltração básica dos seus respectivos agroecossistemas.
O solo com vegetação secundária apresentou a maior TIB, com média de 195,93
mm/h., isso pode ser explicado pelo equilíbrio ambiental que a vegetação secundária
exerce, no abastecimento do lençol freático e consequentemente na manutenção do nível
de água no solo. O nível de infiltração varia de acordo com a qualidade do solo e suas
propriedades físicas, químicas e mineralógicas (BRANDÃO et al., 2009).
A vegetação secundária possui uma ampla interação com a água, no qual a mesma
exerce o papel de purificação natural da água e liberação gradativa, mantendo o nível de
armazenamento do lençol freático instável, além de responsável por ações químicas,
físicas, biológicas do solo e reserva hidro florestal.
A TIB encontrada na vegetação secundária é muito alta e textura típica de solo
arenoso, já os solos de monocultivo de eucalipto e pomar de laranja, apesar de terem TIB
muito alta, possui textura franco-arenosa, e a pastagem apresentou TIB média e textura
franco-argilosa (BERNADO; SOARES; ANTOVANI, 2006).
29
Tabela 2: Classificação do solo segundo a taxa de infiltração básica.
Solo de TIB muito alta > 30 mm/h
Solo de TIB alta 15 – 30 mm/h
Solo de TIB média 5 – 15 mm/h
Solo de TIB baixa < 5 mm/h
Fonte: Bernardo; Soares; Antovani (2006).
A taxa de infiltração de água da vegetação secundária foi superior aos outros
agroecossistemas, resultante da alta quantidade de raízes secundárias que auxiliam o fluxo
de água por esses acessos, além da boa aeração do solo com penetração da água em maior
velocidade. No estudo de Barbosa et al., (2018) foram analisadas três profundidades (0-10,
10-20 e 20-30 cm), mostrando que os valores da vegetação secundária, eucalipto e
pastagem foram diferente obtendo maiores valores de raízes primárias da vegetação
secundária.
A área de vegetação secundária, mesmo sob a ação antrópica, propicia uma maior
proteção do solo, por conseguinte amortece o impacto das gotas de chuva. Em função da
cobertura do solo conserva-se a capacidade de infiltração, impossibilitando a incidência de
erosão mesmo em áreas de declive, mantendo a vida biológica do solo ativa e o solo coeso.
Os menores valores de infiltração de água foram verificados no solo de pastagem
com 8,27mm/h (Tabela 1) devido aos níveis de compactação do solo, por uso de
maquinários agrícolas e o pisoteio de animais bovinos. O declínio na taxa de infiltração
realizado pela compactação do solo por uso da pecuária ocasiona o aumento da taxa de
erosão e dificulta o desenvolvimento radicular das plantas (MARCHÃO et al., 2009).
Os baixos níveis de infiltração na pastagem são resultantes a várias práticas não
conservacionistas de preparo e manejo do solo, consequentemente ocasionam problemas
ambientais irreversíveis, como o adensamento do solo, favorecendo possíveis erosões.
Uma boa alternativa, segundo Brandão et al, (2009) é a quebra da estrutura da camada
superficial do solo como uma tentativa de aumentar a infiltração na superfície e assim
aumentando sua permeabilidade.
O método primitivo de queimar a pastagem ocasiona à nudez do solo, tornando-se
vulnerável, propício a compactação e dificulta o fluxo vertical da água no solo,
impossibilitando o abastecimento do lençol freático, e como consequência o desequilíbrio
ecológico do local.
30
Verificou-se que as áreas com monocultivo de eucalipto e pomar de laranja, não
diferiram entre si, no entanto apresentaram uma TIB maior que a área de pastagem, como
essas áreas anteriormente eram pastos, pode-se inferir que esses agroecossistemas
melhoraram a infiltração de água no solo.
4.2. Teor de matéria orgânica no solo
O maior teor de matéria orgânica no solo (MO) foi na camada de 0-10 cm no
agroecossistema de pastagem (Tabela 2) não havendo diferença significativa entre os
demais. A matéria orgânica (MO) tem papel fundamental na TIB, pois os dados inferiores
a 2% tende a criação de uma fina camada havendo uma redução da absorção de água
(BRANDÃO et al., 2009).
Tabela 3: Matéria orgânica do solo (g kg-1) em agroecossistemas em camadas de solo de
0-10 e 10-20 (cm).
Matéria orgânica
Agroecossistemas 0-10 cm 10-20 cm
Vegetação Secundária 10,64 a 12,56 a
Monocultivo de Eucalipto 15,48 a 11,40 a
Pomar de Laranja 9,94 a 8,78 a
Pastagem 21,62 b 15,58 a
CV% 45,62 21,53
Médias seguidas da mesma letra, na coluna, não diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste de
Dunnett.
O nível de MO no solo da pastagem se diferenciou nas demais áreas, em relação ao
nível de massa seca representados nas gramíneas, gerando em torno de 70% do material da
área, obtendo aos maiores níveis no solo. O esterco bovino ajuda a compor a MO presente
no solo. As braquiárias se destacam na produção de massa seca, tendo potencial de
produzir 25 t/há/ano, essa característica ocasiona uma vida biológica ativa apresentando
altos teores de MO, absorção e reciclagem de nutrientes em camadas mais profundas,
disponibilizando cerca de 40 kg de nitrogênio por há/ano (OLIVEIRA et al., 2015).
A aplicação de esterco de animais bovinos de acordo com Buzinaro et al., (2009),
contribui para a qualidade dos alimentos, utilizando menos adubos químicos, fornecendo
MO e nutrientes necessário para o crescimento e desenvolvimento das culturas. Essa
prática é aplicada no pomar de laranja utilizando esterco de galinha, ajudando a manter o
31
equilíbrio e alimentando o solo, diminuindo assim a quantidade de adubos químicos e
melhorando a atividade biológica do solo, no entanto os teores de MO nesse
agroecossistema foram menores quando comparado com a pastagem.
Para um bom desenvolvimento e alta produtividade, as plantas cítricas necessitam
de boa aeração e espaço vazios para o desenvolvimento do sistema radicular
(CARVALHO et al., 2002).
A recomposição da condição de fertilizante natural se dá pelo repovoamento do
solo, pelos microorganismos responsáveis pela decomposição da matéria orgânica e pelo
suprimento dos elementos minerais necessários ao desenvolvimento da cultura pretendida.
O tempo necessário para que esse processo se complete depende das condições originais
do solo e do tipo de cultivo a ser realizado. No caso das culturas vegetais temporárias, o
prazo oscila entre um e dois anos, chegando há três anos para culturas perenes (ORMOND
et al., 2002).
Para a ação dos microrganismos, são necessários uma boa aeração, umidade e
equilíbrio com o meio ambiente (ORMOND et al., 2002). A cobertura do solo desempenha
a função de dar equilíbrio ecológico e biológico, além de aumentar a quantidade de
nutrientes e teor de MO no solo (PUGA et al., 2016).
Nas áreas amazônicas a agricultura, reduz a quantidade de nutrientes e MO na
camada superficial do solo, e assim diminui gradativamente a produtividade das culturas
(MOLINE; COUTINHO, 2015).
Os resultados de MO para monocultivo de eucalipto, pastagem e vegetação
secundária, no trabalho de Balin et al.,(2017) no estado do Paraná, foram diferentes quando
comparado ao trabalho aplicado no município de Capitão Poço, o nível de MO na área de
Eucalipto foi superior (na camada de 0 a 5 cm) a mata e pastagem, já na camada de 5 e 40
cm não houve diferença significativa entre as áreas. Os valores podem ser esclarecidos pela
diferença na estrutura do solo, pela maior presença do microorganismos, aliado às altas
temperaturas e umidades da região amazônica, que são favoráveis a decomposição da MO.
A quantidade de MO, no solo não está relacionada somente ao preparo do solo, mas
também pelo acréscimo de fertilizantes químicos que influenciam na decomposição das
mesmas, contribuindo no processo biológico (PINHEIRO et al., 2004)
32
5. CONCLUSÕES
A introdução de culturas agrícolas e florestais reduz a taxa de infiltração básica do
solo.
A temperatura e umidade aceleram a decomposição da matéria orgânica na região
de estudo.
A importância da cobertura florestal para manter proteção do solo e abastecimento
do lençol freático.
A implantação do sistema silvipastoris é uma alternativa para ocorrer à melhora na
taxa de infiltração básica de água no solo na área de pastagem intensiva
A introdução de gramíneas nas entre linhas de plantações auxiliam na proteção e
aeração do solo.
33
6. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ABDO, M. T. V. N.; VALERI, S. V.; MARTINS, A. L. M. Sistemas agroflorestais e
agricultura familiar: uma parceria interessante. Revista Tecnologia & Inovação
Agropecuária, v. 1, n. 2, dez. 2008. p. 50-59.
ANDRADE, C. M. S. Pastejo rotacionado: tecnologias para aumentar a produtividade de
leite e a longevidade das pastagens. Embrapa Acre-Folder/Folheto/Cartilha (Infoteca-
e), Acre, 2008. 2 p.
BALIN, N. M. et al. Frações da matéria orgânica, índice de manejo do carbono e atributos
físicos de um latossolo vermelho sob diferentes sistemas de uso. Scientia agraria, v. 18, n.
3, jul. 2017. p. 85-94.
BARBOSA, J. et al. Levantamento de biomassa de raízes finas e constituintes de matéria
orgânica em diferentes áreas no município de Paragominas-PA. Cadernos de
Agroecologia, Brasília-DF, v. 13, n. 1, jul. 2018.
BARROS, J. D. de. S. Contribuições da matéria orgânica do solo para mitigar as emissões
agrícolas de gases de efeito estufa. Polêm! ca Revista Eletrônica, v. 12, n. 2, abril/jun.
2013.p. 341-351.
BERNARDO, S.; SOARES, A. A.; MANTOVANI, E. C. Manual de Irrigação. 8. Ed.
Viçosa: ED. UFV, 2006. 652p.
BRAIDA, J. A. et al. Matéria orgânica e seu efeito na física do solo. Tópicos em ciência
do solo, Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, v. 7, Viçosa-MG, 2011. p. 221-278.
BRANDÃO, V. dos. S. et al. Infiltração de água no solo. 3ª. Ed. Atual. E Ampl. Viçosa:
UFV, 2009. 120p.
BRASIL. Resolução CONAMA nº 28, de 7 de dezembro de 1994.
BRAZ, S. P. et al. Degradação de pastagens, matéria orgânica do solo e a recuperação
do potencial produtivo em sistemas de baixo input tecnológico na região dos cerrados. Seropédica: Embrapa Agrobiologia, 2004. 8p. (Embrapa Agrobiologia. Circular técnica,
9).
BUZINARO, T. N.; BARBOSA, J. C.; NAHAS, E. Atividade microbiana do solo em
pomar de laranja em resposta ao cultivo de adubos verdes. Revista Brasileira de
Fruticultura, São Paulo, v. 31, n.2, mar. 2009.
p. 408-415.
CARDOSO, E. L.; FERNANDES, A. H. B. M.; FERNANDES, F. A. Análise de solos:
finalidade e procedimentos de amostragem. Corumbá: Embrapa Pantanal, 2009. 5p.
(Embrapa Pantanal. Comunicado Técnico, 79).
CARVALHO, J. E. B. de. et al. Leguminosa no controle integrado de plantas daninhas
para aumentar a produtividade da Laranja-„Pêra‟. Revista Brasileira de Fruticultura, São
Paulo, v. 24, n. 1, p. 82-85. 2002.
34
CAMPINAS, D. do S. N.; SILVA, P. R. da.; LIMA, H. V. de. Atributos físicos e matéria
orgânica em sistemas de uso do solo. EDUC Amazônia, Belém, v. 10, n. 1, p. 109-125,
2013.
COSTA, E. M. da; SILVA, H. F; RIBEIRO, P. R. de. A. Matéria orgânica do solo e o seu
papel na manutenção e produtividade dos sistemas agrícolas. Enciclopédia biosfera,
Centro Científico Conhecer, Goiânia, v.9, n.17. 2013. p.1842.
CRUZ, A. C. R. Consumo de água por cultura de citros cultivada em Latossolo
vermelho amarelo. 2003. Tese (Doutorado em agronomia) – Escola superior de
agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003.
EMBRAPA. Embrapa Solos (Brasília, DF). Sistema Brasileiro de Classificação de Solos.
Brasília, Embrapa Solos, 2013. 3ª ed. 353 p.
FAGUNDES, E. A. A. et al. Determinação da infiltração e velocidade de infiltração de
água pelo método de infiltrômetro de anel em solo de cerrado no município de
Rondonópolis-MT. Enciclopédia biosfera, Centro Científico Conhecer, Goiana, v. 8, n.
14, jun. p. 369. 2012.
FILHO, D. M. B. Degradação de pastagens: o que é e como evitar. 1ª ed. Brasília, DF:
Embrapa, 2017. 24 p.
FOELKEL, C E. B. Eucalipto no Brasil, história de pioneirismo. Visão Agrícola, (4), p.
66-69, 2005.
FEFFER, D.; PIVA, H.L.; CARVALHAES, E. DE. Relatório 2017. Revista brasileira de
arvores, São Paulo, 2017.
GASPERINI, A. M. et al. Velocidade de infiltração de água no solo em diferentes
sistemas de uso e manejo(1). In: XXXV Congresso Brasileiro de Ciências do Solo,
1., 2015, Natal-RN.
JÚNIOR, C. G. P. Distribuição e caracterização química da fertilidade dos solos do
estado do Amazonas. 2007. 66 f. Dissertação (Mestrado em Agronomia Tropical) -
Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2007.
KLEMICK, H. Shifting cultivation, forest fallow, and externalities in ecosystem services:
evidence from the Eastern Amazon. Journal of Environmental Economics and
Management, n. 61, v. 1, p. 95-106, 2011.
KOLLER, Otto Carlos. Citricultura: Laranja: tecnologia de produção, pós-colheita,
industrialização e comercialização. Porto alegre: Cinco continentes, 2006, pag. 9 - 27.
MARCHÃO, R. L. et al. Impacto do pisoteio animal na compactação do solo sob
integração lavoura-pecuária no Oeste Baiano. Planaltina-DF: Embrapa cerrado, 2009.
6p. (Embrapa cerrados. Comunicado técnico 163).
35
MARTINS, Sérgio Gualberto. Erosão hídrica em povoamento de eucalipto sobre solos
coesos nos Tabuleiros Costeiros, ES. 2005. 177 f. Tese (Doutorado em agronomia).
Universidade Federal de Lavras, Lavras-Minas Gerais, 2005.
MELADO, J. Manejo Sustentável de Pastagens: Pastoreio Voisin – Manejo de
Pastagem Ecológica. Guarapari – ES, 2016.
MOLINE, E. F. V; COUTINHO, E. L. M. Atributos químicos de solos da Amazônia
Ocidental após sucessão da mata nativa em áreas de cultivo. Revista de Ciências
Agrárias/Amazonian Journal of Agricultural and Environmental Sciences, v. 58, n. 1,
p. 14-20, 2015.
MOREIRA, W. K. O. et al. Velocidade de infiltração básica da água no solo em diferentes
agroecossistemas amazônicos.Agrarian Academy, Centro Científico Conhecer - Goiânia,
v.4, n.7. p.11, 2017.
NOVAIS, Roberto Ferreira et al. Fertilidade do solo. 1ª ed. Viçosa: Minas Gerais, 2007.
1017 p.
NUNES, J. A. S. et al. Velocidade de infiltração pelo método do infiltrômetro de anéis
concêntricos em Latossolo Vermelho de Cerrado. Enciclopédia Biosfera, Centro
Científico Conhecer, Goiânia, v.8, n.15; p.1685. 2012.
OLIVEIRA, E, B. et al.Plantações florestais comerciais:Geração de benefícios com
baixo impacto ambiental. 1ª ed. Colombo, 2016. 115p.
OLIVEIRA, P. de et al. Atributos da braquiária como condicionador de solos sob
integração lavoura-pecuária e integração lavoura-pecuária-floresta. Embrapa Arroz e
Feijão-Col Criar Plantar ABC 500P/500R Saber (INFOTECA-E). 2015
ORMOND, J. G. P. et al. Agricultura orgânica: quando o passado é futuro. Rio de
Janeiro, 2002.
PACHECO, N. A.; BASTOS, T. X. Caracterização climática do município de Capitão
Poço-PA. Belém: Embrapa Amazônia Oriental, 2001. 20p. (Embrapa Amazônia Oriental.
Documento, 79).
PEREIRA, C. A.; GUIMARAES, I. C. V. A importância das florestas secundárias e os
impactos de sua substituição por plantios mecanizados de grãos na Amazônia.
Interciência. Caracas, v. 26, n. 8, p. 337-341, 2001.
PINHEIRO, A; TEIXEIRA, L. P; KAUFMANN, V. Capacidade de infiltração de água em
solos sob diferentes usos e práticas de manejo agrícola. Ambiente e Água- An
Interdisciplinary Journal of Applied Science, v. 4, n. 2, p. 12, 2009.
PINHEIRO, E. F. M. et al. Fracionamento densimétrico da matéria orgânica do solo sob
diferentes sistemas de manejo e cobertura vegetal em Paty do Alferes (RJ). Revista
Brasileira de Ciência do Solo, v. 28, n. 4, 2004.
36
PUGA, J.R.L. et al. Influência da utilização de uma cobertura orgânica no
restabelecimento a médio-longo prazo das comunidades de invertebrados do solo em áreas
ardidas de eucalipto. Revista Captar: Ciência e Ambiente para Todos, v. 7, n. 1, p. 26-
38, 2016.
RIBEIRO, S. I. Implantação e manutenção de um pomar de citros. Belém, PA:
Embrapa Amazônia Oriental, 2001. 4p. (Embrapa Amazônia Oriental. Recomendações
Técnicas).
ROSCOE, R; MERCANTE, F. M; SALTON, J. C. Dinâmica da matéria orgânica do
solo em sistemas conservacionistas: modelagem matemática e métodos auxiliares.
Dourados-MS, 2006.
SANTOS, Célia Silva et al. Avaliação da infiltração de água no solo pelo método de
infiltrômetro de anel no agreste alagoano. Revista Verde de Agroecologia e
Desenvolvimento Sustentável, v. 8, n. 2, p. 161-165, 2013.
SCHWARTZ, G. Manejo sustentável de florestas secundárias: espécies potenciais no
nordeste do Pará, Brasil. Amazônia: Ci. & Desenv., Belém, v. 3, n. 5, jul./dez. 2007.
SILVA, F. C et al. Sistema brasileiro de classificação de solos. 2ª ed. – Rio de Janeiro:
2006. 286 p.
SILVA, F. C. et al. Manual de métodos de análises químicas para avaliação da
fertilidade do solo. Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 1998. 63 p. (Embrapa Solos.
Documentos, 3).
SILVA, M. A. et al. Sistemas de manejo em plantios florestais de eucalipto e perdas de
solo e água na região do Vale do Rio Doce, MG. Ciência Florestal, v. 21, n. 4, p. 765-776,
2011.
SILVA, S. B. Análise de Solos para Ciências Agrárias. 2ª ed. Belém, 2018. 174 p.
SOBRINHO, Teodorico Alves et al. Infiltração de água no solo em sistemas de plantio
direto e convencional. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v. 7, n.
2, p. 191-196, 2003.
SOBRINHO. A. P. da C. et al. Citros: o produtor pergunta, a Embrapa responde. . –
Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2005.
APÊNDICE A-TAXA DE INFILTRAÇÃO BÁSICA POMAR DE LARANJA.
37
TIB = 0,1878t-0,208
R² = 0,2703
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
0 50 100 150 200 250Ta
xa
de
infi
ltra
ção
bá
sica
Tempo (min)
TIB = 0,2191t-0,318
R² = 0,5349
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0 50 100 150 200 250Ta
xa
de
infi
ltra
ção
bá
sica
Tempo (min)
TIB = 0,1758t-0,378
R² = 0,3347
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
0 50 100 150 200 250
Ta
xa
de
infi
ltra
ção
bá
sica
Tempo (min)
TIB = 0,4926t-0,147
R² = 0,6053
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0,80
0 50 100 150 200 250
Ta
xa
de
infi
ltra
ção
bá
sica
Tempo (min)
TIB = 0,2474t-0,116
R² = 0,241
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0 50 100 150 200 250
Ta
xa
de
infi
ltra
ção
bá
sica
Tempo (min)
TIB = 0,3625t-0,47
R² = 0,7595
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0 50 100 150 200 250
Ta
xa
de
infi
ltra
ção
bá
sica
Tempo (min)
38
TIB= 0,4297t-0,671
R² = 0,7796
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
1,40
0 50 100 150 200 250
Ta
xa
de
infi
ltra
ção
bá
sica
Tempo (min)
TIB = 0,3191t-0,496
R² = 0,5119
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0 50 100 150 200 250
Ta
xa
de
infi
ltra
ção
bá
sica
Tempo (min)
TIB = 0,363t-0,383
R² = 0,6025
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0 50 100 150 200 250
Títu
lo d
o E
ixo
Tempo (min)
TIB= 0,3398t-0,405
R² = 0,7018
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0 50 100 150 200 250
Ta
xa
de
infi
ltra
ção
bá
sica
Tempo (min)
39
APÊNDICE B -TAXA DE INFILTRAÇÃO BÁSICA MONOCULTIVO DE
EUCALIPTO.
TIB = 0,2056t-0,386
R² = 0,5991
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
0,35
0 50 100 150 200 250
Ta
xa
de
infi
ltra
ção
bá
sica
Tempo (min)
TIB = 0,3027t-0,245
R² = 0,5099
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
0 50 100 150 200 250
Ta
xa
de
infi
ltra
ção
bá
sica
Tempo (min)
TIB= 2,0677t-0,296
R² = 0,3224
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
4,00
0 50 100 150 200 250
Ta
xa
de
infi
ltra
ção
bá
sica
Tempo (min)
TIB = 0,3604t-0,386
R² = 0,7243
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
0 50 100 150 200 250
Ta
xa
de
infi
ltra
ção
bá
sica
Tempo (min)
TIB = 0,2417t-0,423
R² = 0,5657
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
1,40
0 50 100 150 200 250
Ta
xa
de
infi
ltra
ção
bá
sica
Tempo
TIB = 0,2342t-0,32
R² = 0,7975
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
0,35
0 50 100 150 200 250
Ta
xa
de
infi
ltra
ção
bá
sica
Tempo (min)
40
TIB = 0,3375t-0,237
R² = 0,4834
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0 50 100 150 200 250
Ta
xa
de
infi
ltra
ção
bá
sica
Tempo (min)
TIB = 0,1906t-0,381
R² = 0,6073
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0 50 100 150 200 250
Ta
xa
de
infi
ltra
ção
bá
sica
Tempo (min)
TIB = 0,2948t-0,409
R² = 0,5843
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0 50 100 150 200 250Ta
xa
de
infi
ltra
ção
bá
sica
Tempo (min)
TIB = 0,3988t-0,39
R² = 0,6102
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
0 50 100 150 200 250Ta
xa
de
infi
ltra
ção
bá
sica
Tempo (min)
41
APÊNDICE C- TAXA DE INFILTRAÇÃO BÁSICA EM FLORESTA
SECUNDÁRIA.
TIB = 2,2784t-0,163
R² = 0,3785
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
0 50 100 150 200 250Ta
xa
de
infi
ltra
ção
bá
sica
Tempo (min)
TIB = 1,283t-0,256
R² = 0,1684
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
0 50 100 150 200 250Ta
xa
de
infi
ltra
ção
bá
sica
Tempo (min)
TIB= 0,9936t-0,133
R² = 0,1355
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
0 50 100 150 200 250Ta
xa
de
infi
ltra
ção
bá
sica
Tempo (min)
TIB = 1,4452t-0,315
R² = 0,5774
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
0 50 100 150 200 250
Taxa
de
infi
ltra
ção
bás
ica
Tempo
TIB = 2,1928t-0,41
R² = 0,6764
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
0 50 100 150 200 250
Ta
xa
de
infi
ltra
ção
bá
sica
Tempo (min)
TIB = 2,0711t-0,339
R² = 0,6581
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
0 50 100 150 200 250
Ta
xa
de
infi
ltra
ção
bá
sica
Tempo (min)
42
TIB = 1,2385t-0,21
R² = 0,319
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
0 50 100 150 200 250
Ta
xa
de
infi
ltra
ção
bá
sica
Tempo (min)
TIB = 3,0636t-0,404
R² = 0,4938
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
0 50 100 150 200 250
Ta
xa
de
infi
ltra
ção
bá
sica
Tempo (min)
TIB = 1,4963t-0,25
R² = 0,6657
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
0 50 100 150 200 250
Ta
xa
de
infi
ltra
ção
bá
sica
Tempo (min)
43
APÊNDICE D -TAXA DE INFILTRAÇÃO BÁSICA EM PASTAGEM.
TIB = 0,3915t-0,593
R² = 0,7966
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
0 50 100 150 200 250
Ta
xa
de
infi
ltra
ção
bá
sica
Tempo (min)
TIB = 0,208t-0,548
R² = 0,7709
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0 50 100 150 200 250
Ta
xa
de
infi
ltra
ção
bá
sica
Tempo (min)
TIB= 0,268t-0,761
R² = 0,8187
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
0 50 100 150 200 250Ta
xa
de
infi
ltra
ção
bá
sica
Tempo (min)
TIB= 0,5324t-0,807
R² = 0,901
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
0 50 100 150 200 250Ta
xa
de
infi
ltra
ção
bá
sica
Tempo (min)
TIB= 0,3311t-0,699
R² = 0,7673
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0,70
0 50 100 150 200 250
Ta
xa
de
infi
ltra
ção
bá
sica
Tempo (min)
TIB = 0,146t-0,377
R² = 0,5191
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0 50 100 150 200 250
Ta
xa
de
infi
ltra
ção
bá
sica
Tempo (min)
44
TIB = 0,2852t-0,489
R² = 0,6976
0,00
0,10
0,20
0,30
0,40
0,50
0,60
0 50 100 150 200 250
Ta
xa
de
infi
ltra
ção
bá
sica
Tempo (min)
TIB = 0,2837t-0,702
R² = 0,8335
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
0,35
0 50 100 150 200 250
Ta
xa
de
infi
ltra
ção
bá
sica
Tempo (min)
TIB = 0,1488t-0,335
R² = 0,622
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
0,35
0 50 100 150 200 250
Ta
xa
de
infi
ltra
ção
bá
sica
Tempo (min)
TIB = 0,2922t-0,511
R² = 0,5669
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
0 50 100 150 200 250
Ta
xa
de
infi
ltra
ção
bá
sica
Tempo (min)