Manutenc3a7c3a3o de Mc3a1quinas e Equipamentos

download Manutenc3a7c3a3o de Mc3a1quinas e Equipamentos

of 269

Transcript of Manutenc3a7c3a3o de Mc3a1quinas e Equipamentos

  • CURSO TCNICO MECNICO

    Manuteno Industrial

    SENAI CFP ALVIMAR CARNEIRO DE REZENDE

    SENAI-CFP Alvimar Carneiro de Rezende Via Scrates Marianni Bittencourt, 711 CINCO

    CONTAGEM MG Cep. 32010-010 Tel. 31-3352-2384 E-mail: [email protected]

  • Manuteno Industrial

    TCNICO MECNICO

    Presidente da FIEMG Robson Braga de Andrade Gestor do SENAI Petrnio Machado Zica Diretor Regional do SENAI e Superintendente de Conhecimento e Tecnologia Alexandre Magno Leo dos Santos Gerente de Educao e Tecnologia Edmar Fernando de Alcntara Autores Abilio Jos Weber Dario do Amaral Filho Joo Pedro Alexandria Jr. Jos Antnio Peixoto Cunha Pedro Araujo Texto Dario do Amaral Filho Colaboradores Augusto Lima de Albuquerque Neto Clio Renato Bueno Ruiz Jos Luiz Gonalves Jos Saturnino Peopke Unidade Operacional Centro de Formao Profissional Alvimar Carneiro de Rezende

    1 EDIO/2008

  • 1A U L AA U L A

    Com a globalizao da economia, a busca daqualidade total em servios, produtos e gerenciamento ambiental passou a sera meta de todas as empresas.

    O que a manuteno tem a ver com a qualidade total?Disponibilidade de mquina, aumento da competitividade, aumento da

    lucratividade, satisfao dos clientes, produtos com defeito zero... No entendi!Vamos comparar. Imagine que eu seja um fabricante de rolamentos e que

    tenha concorrentes no mercado. Pois bem, para que eu venha a manter meusclientes e conquistar outros, precisarei tirar o mximo rendimento de minhasmquinas para oferecer rolamentos com defeito zero e preo competitivo.

    Deverei, tambm, estabelecer um rigoroso cronograma de fabricaoe de entrega de meus rolamentos. Imagine voc que eu no faa manutenomanutenomanutenomanutenomanutenode minhas mquinas...

    Estou comeando a compreender.

    Se eu no tiver um bom programa de manuteno, os prejuzos seroinevitveis, pois mquinas com defeitos ou quebradas causaro:

    diminuio ou interrupo da produo; atrasos nas entregas; perdas financeiras; aumento dos custos; rolamentos com possibilidades de apresentar defeitos de fabricao; insatisfao dos clientes; perda de mercado.

    Para evitar o colapso de minha empresa devo, obrigatoriamente, definir umprograma de manuteno com mtodos preventivos a fim de obter rolamentosnas quantidadesquantidadesquantidadesquantidadesquantidades previamente estabelecidas e com qualidadequalidadequalidadequalidadequalidade. Tambm devoincluir, no programa, as ferramentasferramentasferramentasferramentasferramentas a serem utilizadas e a previso da vida tilde cada elementocada elementocada elementocada elementocada elemento das mquinas.

    Todos esses aspectos mostram a importncia que se deve dar manuteno.

    Introduo manuteno

  • 1A U L AUm breve histrico

    A manuteno, embora despercebida, sempre existiu, mesmo nas pocasmais remotas. Comeou a ser conhecida com o nome de manuteno por voltado sculo XVI na Europa central, juntamente com o surgimento do relgiomecnico, quando surgiram os primeiros tcnicos em montagem e assistncia.

    Tomou corpo ao longo da Revoluo Industrial e firmou-se, como necessi-dade absoluta, na Segunda Guerra Mundial. No princpio da reconstruo ps-guerra, Inglaterra, Alemanha, Itlia e principalmente o Japo aliceraram seudesempenho industrial nas bases da engenharia e manuteno.

    Nos ltimos anos, com a intensa concorrncia, os prazos de entrega dosprodutos passaram a ser relevantes para todas as empresas. Com isso, surgiu amotivao para se prevenir contra as falhas de mquinas e equipamentos.Essa motivao deu origem manuteno preventiva.

    Em suma, nos ltimos vinte anos que tem havido preocupao de tcnicose empresrios para o desenvolvimento de tcnicas especficas para melhorar ocomplexo sistema Homem/Mquina/ServioHomem/Mquina/ServioHomem/Mquina/ServioHomem/Mquina/ServioHomem/Mquina/Servio.

    Conceito e objetivos

    Podemos entender manuteno como o conjunto de cuidados tcnicosindispensveis ao funcionamento regular e permanente de mquinas, equipa-mentos, ferramentas e instalaes. Esses cuidados envolvem a conservaoconservaoconservaoconservaoconservao, aadequaoadequaoadequaoadequaoadequao, a restauraorestauraorestauraorestauraorestaurao, a substituio substituio substituio substituio substituio e a preveno preveno preveno preveno preveno. Por exemplo, quandomantemos as engrenagens lubrificadas, estamos conservando-as. Se estivermosretificando uma mesa de desempeno, estaremos restaurando-a Se estivermostrocando o plugue de um cabo eltrico, estaremos substituindo-o.

    De modo geral, a manuteno em uma empresa tem como objetivos: manter equipamentos e mquinas em condies de pleno funcionamento

    para garantir a produo normal e a qualidade dos produtos; prevenir provveis falhas ou quebras dos elementos das mquinas.

    Alcanar esses objetivos requer manuteno diria em servios de rotina ede reparos peridicos programados.

    A manuteno ideal de uma mquina a que permite alta disponibilidadepara a produo durante todo o tempo em que ela estiver em servio e a um custoadequado.

    Servios de rotina e servios peridicos

    Os servios de rotina constam de inspeo e verificao das condiestcnicas das unidades das mquinas. A deteco e a identificao de pequenosdefeitos dos elementos das mquinas, a verificao dos sistemas de lubrificaoe a constatao de falhas de ajustes so exemplos dos servios da manuteno derotina.

    NorimarPlaced Image

  • 1A U L A A responsabilidade pelos servios de rotina no

    somente do pessoal da manuteno, mas tambm detodos os operadores de mquinas. Salientemos queh, tambm, manuteno de emergncia ou corretivaque ser estudada logo adiante.

    Os servios peridicos de manuteno consis-tem de vrios procedimentos que visam manter amquina e equipamentos em perfeito estado de fun-cionamento. Esses procedimentos envolvem vriasoperaes:

    monitorar as partes da mquina sujeitas a maiores desgastes; ajustar ou trocar componentes em perodos predeterminados; exame dos componentes antes do trmino de suas garantias; replanejar, se necessrio, o programa de preveno; testar os componentes eltricos etc.

    Os servios peridicos de manuteno podem ser feitos durante paradaslongas das mquinas por motivos de quebra de peas (o que deve ser evitado) ououtras falhas, ou durante o planejamento de novo servio ou, ainda, no horriode mudana de turnos.

    As paradas programadas visam desmontagem completa da mquina paraexame de suas partes e conjuntos. As partes danificadas, aps exame, sorecondicionadas ou substitudas. A seguir, a mquina novamente montada etestada para assegurar a qualidade exigida em seu desempenho.

    Reparos no programados tambm ocorrem e esto inseridos na categoriaconhecida pelo nome de manuteno corretivamanuteno corretivamanuteno corretivamanuteno corretivamanuteno corretiva. Por exemplo, se uma furadeirade bancada estiver em funcionamento e a correia partir, ela dever ser substitu-da de imediato para que a mquina no fique parada .

    O acompanhamento e o registroo registroo registroo registroo registro do estado da mquina, bem como dosreparos feitos, so fatores importantes em qualquer programa de manuteno.

    Tipos de manuteno

    H dois tipos de manuteno: aaaaa planejada planejada planejada planejada planejada e a no planejadano planejadano planejadano planejadano planejada.

    A manuteno planejada classifica-se em quatro categorias: preventivapreventivapreventivapreventivapreventiva,preditivapreditivapreditivapreditivapreditiva, TPMTPMTPMTPMTPM e Terotecnologia Terotecnologia Terotecnologia Terotecnologia Terotecnologia.

    A manuteno preventiva manuteno preventiva manuteno preventiva manuteno preventiva manuteno preventiva consiste no conjunto de procedimentos e aesantecipadas que visam manter a mquina em funcionamento.

    A manuteno preditiva manuteno preditiva manuteno preditiva manuteno preditiva manuteno preditiva um tipo de ao preventiva baseada no conheci-mento das condies de cada um dos componentes das mquinas e equipamen-tos. Esses dados so obtidos por meio de um acompanhamento do desgaste depeas vitais de conjuntos de mquinas e de equipamentos. Testes peridicos soefetuados para determinar a poca adequada para substituies ou reparos depeas. Exemplos: anlise de vibraes, monitoramento de mancais .

    A TPMTPMTPMTPMTPM (manuteno produtiva total) foi desenvolvida no Japo. ummodelo calcado no conceito de minha mquina, cuido eu. Estudaremos TPMna Aula 2.

    verificao de folga

    NorimarPlaced Image

  • 1A U L AA TerotecnologiaTerotecnologiaTerotecnologiaTerotecnologiaTerotecnologia uma tcnica inglesa que determina a participao de um

    especialista em manuteno desde a concepo do equipamento at sua instala-o e primeiras horas de produo. Com a terotecnologia, obtm-se equipamen-tos que facilitam a interveno dos mantenedores.

    Modernamente h empresas que aplicam o chamado retrofitting, que soreformas de equipamentos com atualizao tecnolgica. Por exemplo, refor-mar um torno mecnico convencional transformando-o em torno CNC umcaso de retrofitting.

    A manuteno no planejada classifica-se em duas categorias: a corretivaa corretivaa corretivaa corretivaa corretiva ea de ocasiode ocasiode ocasiode ocasiode ocasio.

    A manuteno corretivamanuteno corretivamanuteno corretivamanuteno corretivamanuteno corretiva tem o objetivo de localizar e reparar defeitos emequipamentos que operam em regime de trabalho contnuo.

    A manuteno de ocasiomanuteno de ocasiomanuteno de ocasiomanuteno de ocasiomanuteno de ocasio consiste em fazer consertos quando a mquina seencontra parada.

    Planejamento, programao e controle

    Nas instalaes industriais, as paradas para manuteno constituem umapreocupao constante para a programao da produo. Se as paradas noforem previstas, ocorrem vrios problemas, tais como: atrasos no cronograma defabricao, indisponibilidade da mquina, elevao dos custos etc.

    Para evitar esses problemas, as empresas introduziram, em termos adminis-trativos, o planejamento e a programao da manuteno. No Brasil, o planeja-mento e a programao da manuteno foram introduzidos durante os anos 60.

    A funo planejar planejar planejar planejar planejar significa conhecer os trabalhos, os recursos para execut-los e tomar decises.

    A funo programarprogramarprogramarprogramarprogramar significa determinar pessoal, dia e hora para execuodos trabalhos.

    Um plano de manuteno deve responder s seguintes perguntas:

    Como? O qu? Em quanto tempo? Quem? Quando? Quanto?

    As trs primeiras perguntas so essenciais para o planejamento e as trsltimas, imprescindveis para a programao.

    O plano de execuo deve ser controlado para se obter informaes queorientem a tomada de decises quanto a equipamentos e equipes de manuteno.

    O controle feito por meio de coleta e tabulao de dados, seguidosde interpretao. desta forma que so estabelecidos os padres ou normasde trabalho.

    NorimarPlaced Image

  • 1A U L A Organizao e administrao

    Por organizao do servio de manuteno podemos entender a maneiracomo se compem, se ordenam e se estruturam os servios para o alcance dosobjetivos visados.

    A administrao do servio de manuteno tem o objetivo de normatizaras atividades, ordenar os fatores de produo, contribuir para a produoe a produtividade com eficincia, sem desperdcios e retrabalho.

    O maior risco que a manuteno pode sofrer, especialmente nas grandesempresas, o da perda do seu principal objetivo, por causa, principalmente, dafalta de organizao e de uma administrao excessivamente burocratizada.

    Exerccio 1Exerccio 1Exerccio 1Exerccio 1Exerccio 1Assinale VVVVV para as afirmaes verdadeiras e FFFFF para as falsas.a)a)a)a)a) ( ) Conservao, restaurao e substituio de elementos de mquinas

    so operaes desnecessrias nos programas de manuteno dasempresas.

    b)b)b)b)b) ( ) Garantir a produo normal e a qualidade dos produtos fabricados um dos objetivos da manuteno efetuada pelas empresas.

    c)c)c)c)c) ( ) A troca de leo um servio de rotina na manuteno de mquinas.d)d)d)d)d) ( ) A responsabilidade pelos servios de rotina, na manuteno de

    mquinas, exclusividade dos operadores.e)e)e)e)e) ( ) O desmonte completo de uma mquina s ocorre em situaes de

    emergncia.f)f)f)f)f) ( ) A checagem de ajustes um servio de rotina na manuteno de

    mquinas.g)g)g)g)g) ( ) O registro do estado de uma mquina e dos reparos nela efetuados

    faz parte dos programas de manuteno das empresas.

    Exerccio 2Exerccio 2Exerccio 2Exerccio 2Exerccio 2Responda.a)a)a)a)a) No que consiste a manuteno preventiva?b)b)b)b)b) Qual o objetivo da manuteno corretiva?c)c)c)c)c) No que consiste a manuteno de ocasio?d)d)d)d)d) Em manuteno, o que significa planejar?e)e)e)e)e) Quando se pensa em manuteno, quais so as perguntas bsicas que

    devem ser feitas na fase do planejamento? E na fase da programao?

    Exerccio 3Exerccio 3Exerccio 3Exerccio 3Exerccio 3Complete as frases.a)a)a)a)a) Um bom programa de manuteno deve ter por base a organizao e a

    .............................................................................................................................b)b)b)b)b) A coleta e a tabulao de dados, seguidas de interpretao, fazem partedo .............................................................................................................................

    Exerccios

    NorimarPlaced Image

  • ____________________________________________________________

    ____________________________________________________________

    MMaannuutteennoo ccoorrrreettiivvaa

    Consideremos, uma linha de produo de uma fbrica de calados e que a mquina que faz as costuras no solado pare de funcionar por um motivo qualquer.

    Se providncias no forem tomadas imediatamente, toda a produo de calados com costura no solado ficar comprometida.

    Diante de situaes como esta, a manuteno corretiva dever entrar em ao, e nesta aula veremos como so elaborados os documentos que compem a manuteno corretiva.

    Manuteno corretiva

    Manuteno corretiva aquela de atendimento imediato produo. Esse tipo de manuteno baseia-se na seguinte filosofia: equipamento parou, manuteno conserta imediatamente.

    No existe filosofia, teoria ou frmula para dimensionar uma equipe de manuteno corretiva, pois nunca se sabe quando algum vai ser solicitado para atender aos eventos que requerem a presena dos mantenedores. Por esse motivo, as empresas que no tm uma manuteno programada e bem administrada convivem com o caos, pois nunca haver pessoal de manuteno suficiente para atender s solicitaes. Mesmo que venham a contar com pessoal de manuteno em quantidade suficiente, no sabero o que fazer com os mantenedores em pocas em que tudo caminha tranqilamente.

    por esse motivo que, normalmente, a manuteno aceita servios de montagem para executar e nunca cumpre os prazos estabelecidos, pois h ocasies em que ter de decidir se atende s emergncias ou continua montando o que estava programado.

    Como as ocorrncias de emergncia so inevitveis, sempre haver necessidade de uma equipe para esses atendimentos, mesmo porque, no se deve ter 100% de manuteno preventiva. Dependendo do equipamento, s vezes mais conveniente, por motivos econmicos, deix-lo parar e resolver o problema por atendimento de emergncia.

    Mesmo em empresas que no podem ter emergncias, s vezes elas ocorrem com resultados geralmente catastrficos. Exemplo: empresas areas.

    Nas empresas que convivem com emergncias podem redundar em desastres, deve haver uma equipe muito especial de manuteno, cuja funo eliminar ou minimizar essas emergncias.

    A filosofia que deve ser adotada : emergncias no ocorrem, so causadas. Elimine a causa e voc no ter novamente a mesma emergncia.

  • ____________________________________________________________

    ____________________________________________________________

    Atendimento

    A equipe de manuteno corretiva deve estar sempre em um local especfico para ser encontrada facilmente e atender produo de imediato.

    Como a equipe no sabe o local onde vai atuar, o usurio com problemas dever solicitar o atendimento por telefone, porm, para efeitos de registro e estatstica, ele dever emitir um documento com as seguintes informaes:

    Equipamento ........................... da seo ................................ parou s ................ horas do dia ..............................

    Uma analista da equipe de manuteno corretiva atende ao chamado, verifica o que deve ser feito e emite uma ficha de execuo para sanar o problema.

    Um modelo de ficha de execuo dado a seguir.

  • ____________________________________________________________

    ____________________________________________________________

    O preenchimento da frente da ficha de execuo deve seguir os passos:

    Preencher o campo unidade ou rea onde o equipamento est localizado; Preencher o campo data; Preencher o campo equipamento citando o nome do equipamento; preencher os campos conjunto e subconjunto; Preencher o campo trabalho a realizar especificando exatamente o que

    fazer e onde fazer;

    Preencher o campo trabalho realizado; Preencher o campo parada da produo colocando cdigo 00 quando for

    emergncia (servio no programado) e cdigo 11 quando for preventiva (servios programados);

    Preencher os campos natureza de avaria e causas de avaria citados nos anexos 1 e 2:

  • ____________________________________________________________

    ____________________________________________________________

    As relaes de natureza e causa dos anexos 1 e 2 no so definitivas. Elas podem e devem ser ampliadas.

    Salientemos que, para se colocar o cdigo de natureza e causa de avaria necessrio analisar profundamente o problema, pois existe sempre uma causa fundamental. s vezes uma natureza de avaria pode vir a ser causa para outro tipo de natureza de avaria. Exemplo: desgaste de um eixo.

  • ____________________________________________________________

    ____________________________________________________________

    Nesse exemplo, temos como natureza o desgaste do eixo e como causa do desgaste a falta de lubrificao, porm, o que causou a falta de lubrificao?

    O preenchimento do verso da ficha de execuo deve seguir os passos:

    preencher o campo chapa com a identificao do funcionrio; preencher o campo data; preencher os campos incio, trmino e durao do trabalho.

    Os campos data, incio, trmino e durao do trabalho na primeira linha do verso apresentaro apenas eventos previstos. Somente a partir da segunda linha que apresentaro eventos realizados, de acordo com o desenvolvimento do trabalho.

    Quando o trabalho tiver sido executado, fecha-se a coluna durao e transfere-se o resultado obtido (horas, dias) para o campo realizada, existente na frente da ficha. Aps isso, pede-se para a chefia colocar o visto no respectivo campo para a liberao do equipamento.

    A equipe de manuteno, evidentemente, dever eliminar as emergncias; porm, sempre se preocupando em deixar o equipamento trabalhando dentro de suas caractersticas originais, de acordo com seu projeto de fabricao.

    Aps o conserto e a liberao do equipamento para a produo, o analista da manuteno corretiva obrigado a enviar para o setor de Engenharia da Manuteno um relatrio de avaria. Nesse relatrio o analista pode e deve sugerir alguma providncia ou modificao no projeto da mquina para que o tipo de avaria ocorrida e solucionada no venha a se repetir.

    Modelo de relatrio de avaria

    Abaixo apresentamos um modelo de relatrio de avaria e mostramos como preench-lo.

  • ____________________________________________________________

    ___________________________________________________________

    O preenchimento do relatrio de avaria deve seguir os passos:

    preencher o campo unidade com nome e cdigo; preencher o campo equipamento com nome e cdigo; preencher o campo conjunto com cdigo; preencher o campo subconjunto com cdigo; preencher o campo data com a data de ocorrncia; preencher o campo natureza da avaria com cdigo (anexo 1) e relatar a

    ocorrncia;

    preencher o campo causa da avaria com cdigo (anexo 2) e relatar a causa fundamental;

    preencher o campo sugesto indicando alguma providncia ou modificao no projeto.

    Observao: conveniente ressaltar que os modelos de ficha de execuo e os modelos de relatrio de avaria mudam de empresa para empresa, bem como os cdigos de natureza da avaria e suas causas. No h, infelizmente, uma norma a respeito do assunto.

    Numa unidade de pintura, o equipamento de exausto, pertencente ao subconjunto n 83 do conjunto n 235 responsvel pela retirada do excesso de concentrao de solventes, parou inesperadamente por motivo de desregulagem da correia. Esta desregulagem foi causada pelo mau ajuste na montagem do aparelho.

    Prevendo que para consertar a desregulagem sero gastas duas horas de trabalho, marque com um X a alternativa correta dos exerccios.

  • 5A U L A

    Consideremos o motor de um automvel.De tempos em tempos o usurio dever trocar o leo do crter. No realizandoessa operao peridica, estaria correndo o risco de danificar os elementosque constituem o motor.

    Como o usurio faria para poder controlar essa troca peridica do leodo motor?

    Para realizar esse controle, o usurio dever acompanhar a quilometragemdo carro e, baseado nela, fazer a previso da troca do leo.

    Essa previso nada mais do que uma simples manuteno preventiva,que o assunto desta aula.

    Conceitos

    A manuteno preventiva obedece a um padro previamente esquematizado,que estabelece paradas peridicas com a finalidade de permitir a troca de peasgastas por novas, assegurando assim o funcionamento perfeito da mquina porum perodo predeterminado.

    O mtodo preventivo proporciona um determinado ritmo de trabalho,assegurando o equilbrio necessrio ao bom andamento das atividades.

    O controle das peas de reposio um problema que atinge todos os tiposde indstria. Uma das metas a que se prope o rgo de manuteno preventiva a diminuio sensvel dos estoques. Isso se consegue com a organizao dosprazos para reposio de peas. Assim, ajustam-se os investimentos para o setor.

    Se uma pea de um conjunto que constitui um mecanismo estiver execu-tando seu trabalho de forma irregular, ela estabelecer, fatalmente, umasobrecarga nas demais peas que esto interagindo com ela. Como conseqn-cia, a sobrecarga provocar a diminuio da vida til das demais peas doconjunto. O problema s pode ser resolvido com a troca da pea problemtica,com antecedncia, antecedncia, antecedncia, antecedncia, antecedncia, para preservar as demais peas.

    Manuteno preventiva

    5A U L A

    NorimarPlaced Image

  • 5A U L A Em qualquer sistema industrial, a improvisao um dos focos de pre-

    juzo. verdade que quando se improvisa pode-se evitar a paralisao daproduo, mas perde-se em eficincia. A improvisao pode e deve ser evitadapor meio de mtodos preventivos estabelecidos pelos tcnicos de manutenopreventiva. A aplicao de mtodos preventivos assegura um trabalho unifor-me e seguro.

    O planejamento e a organizao, fornecidos pelo mtodo preventivo, souma garantia aos homens da produo que podem controlar, dentro de umafaixa de erro mnimo, a entrada de novas encomendas.

    Com o tempo, os industriais foram se conscientizando de que a mquinaque funcionava ininterruptamente at quebrar acarretava vrios problemasque poderiam ser evitados com simples paradas preventivas para lubrificao,troca de peas gastas e ajustes.

    Com o auxlio dos relatrios escritos sobre os trabalhos realizados, sosuprimidas as inconvenincias das quebras inesperadas. Isso evita a difcil tarefade trocas rpidas de mquinas e improvisaes que causam o desespero dopessoal da manuteno corretiva.

    A manuteno preventiva um mtodo aprovado e adotado atualmente emtodos os setores industriais, pois abrange desde uma simples reviso comparadas que no obedecem a uma rotina at a utilizao de sistemas de altondice tcnico.

    A manuteno preventiva abrange cronogramas nos quais so traadosplanos e revises peridicas completas para todos os tipos de materiais utiliza-dos nas oficinas. Ela inclui, tambm, levantamentos que visam facilitar suaprpria introduo em futuras ampliaes do corpo da fbrica.

    A aplicao do sistema de manuteno preventiva no deve se restringira setores, mquinas ou equipamentos. O sistema deve abranger todos ossetores da indstria para garantir um perfeito entrosamento entre eles, demodo tal que, ao se constatar uma anomalia, as providncias independam dequalquer outra regra que porventura venha a existir em uma oficina. Essaliberdade, dentro da indstria, fundamental para o bom funcionamento dosistema preventivo.

    O aparecimento de focos que ocasionam descontinuidade no programa deveser encarado de maneira sria, organizando-se estudos que tomem por base osrelatrios preenchidos por tcnicos da manuteno. Estes devero relatar, emlinguagem simples e clara, todos os detalhes do problema em questo.

    A manuteno preventiva nunca dever ser confundida com o rgode comando, apesar dela ditar algumas regras de conduta a serem seguidaspelo pessoal da fbrica. manuteno preventiva cabe apenas o lugar de apoioao sistema fabril.

    O segredo para o sucesso da manuteno preventiva est na perfeita com-preenso de seus conceitos por parte de todo o pessoal da fbrica, desde osoperrios presidncia.

    NorimarPlaced Image

  • 5A U L AA manuteno preventiva, por ter um alcance extenso e profundo, deve ser

    organizada. Se a organizao da manuteno preventiva carecer da devidasolidez, ela provocar desordens e confuses. Por outro lado, a capacidade e oesprito de cooperao dos tcnicos so fatores importantes para a manutenopreventiva.

    A manuteno preventiva deve, tambm, ser sistematizada para que o fluxodos trabalhos se processe de modo correto e rpido. Sob esse aspecto, necess-rio estabelecer qual dever ser o sistema de informaes empregado e osprocedimentos adotados.

    O desenvolvimento de um sistema de informaes deve apresentar defini-es claras e objetivas e conter a delegao das responsabilidades de todos oselementos participantes. O fluxo das informaes dever fluir rapidamenteentre todos os envolvidos na manuteno preventiva.

    A manuteno preventiva exige, tambm, um plano para sua prpriamelhoria. Isto conseguido por meio do planejamento, execuo e verificaodos trabalhos que so indicadores para se buscar a melhoria dos mtodos demanuteno, das tcnicas de manuteno e da elevao dos nveis de controle .Esta a dinmica de uma instalao industrial.

    Finalmente, para se efetivar a manuteno preventiva e alcanar os objetivospretendidos com sua adoo, necessrio dispor de um perodo de temporelativamente longo para contar com o concurso dos tcnicos e dos dirigentes dealto gabarito. Isso vale a pena, pois a instalao do mtodo de manutenopreventiva, pela maioria das grandes empresas industriais, a prova concreta dapouca eficincia do mtodo de manuteno corretiva.

    ObjetivosObjetivosObjetivosObjetivosObjetivosOs principais objetivos das empresas so, normalmente, reduo de custos,

    qualidade do produto, aumento de produo, preservao do meio ambiente,aumento da vida til dos equipamentos e reduo de acidentes do trabalho.

    a)a)a)a)a) Reduo de custosReduo de custosReduo de custosReduo de custosReduo de custos - Em sua grande maioria, as empresas buscam reduziros custos incidentes nos produtos que fabricam. A manuteno preventivapode colaborar atuando nas peas sobressalentes, nas paradas de emer-gncia etc., aplicando o mnimo necessrio, ou seja, sobressalente X X X X X com-pra direta; horas ociosas X X X X X horas planejadas; material novo X X X X X materialrecuperado.

    b)b)b)b)b) Qualidade do produtoQualidade do produtoQualidade do produtoQualidade do produtoQualidade do produto - A concorrncia no mercado nem sempre ganhacom o menor custo. Muitas vezes ela ganha com um produto de melhorqualidade. Para atingir a meta qualidade do produto, a manuteno preven-tiva dever ser aplicada com maior rigor, ou seja: mquinas deficientes XXXXXmquinas eficientes; abastecimento deficiente X X X X X abastecimento otimizado.

    c)c)c)c)c) Aumento de produoAumento de produoAumento de produoAumento de produoAumento de produo - O aumento de produo de uma empresa seresume em atender demanda crescente do mercado. preciso manter afidelidade dos clientes j cadastrados e conquistar outros, mantendo osprazos de entrega dos produtos em dia. A manuteno preventiva colabo-ra para o alcance dessa meta atuando no binmio produo atrasada XXXXXproduo em dia.

    NorimarPlaced Image

  • 5A U L A d)d)d)d)d) Efeitos no meio ambiente Efeitos no meio ambiente Efeitos no meio ambiente Efeitos no meio ambiente Efeitos no meio ambiente - Em determinadas empresas, o ponto mais

    crtico a poluio causada pelo processo industrial. Se a meta da empresafor a diminuio ou eliminao da poluio, a manuteno preventiva, comoprimeiro passo, dever estar voltada para os equipamentos antipoluio,ou seja, equipamentos sem acompanhamento XXXXX equipamentos revisados;poluio X X X X X ambiente normal.

    e)e)e)e)e) Aumento da vida til dos equipamentosAumento da vida til dos equipamentosAumento da vida til dos equipamentosAumento da vida til dos equipamentosAumento da vida til dos equipamentos - O aumento da vida til dosequipamentos um fator que, na maioria das vezes, no pode ser conside-rado de forma isolada. Esse fator, geralmente, conseqncia de:

    reduo de custos; qualidade do produto; aumento de produo; efeitos do meio ambiente.

    A manuteno preventiva, atuando nesses itens, contribui para o aumentoda vida til dos equipamentos.

    f)f)f)f)f) Reduo de acidentes do trabalhoReduo de acidentes do trabalhoReduo de acidentes do trabalhoReduo de acidentes do trabalhoReduo de acidentes do trabalho - No so raros os casos de empresascujo maior problema a grande quantidade de acidentes. Os acidentesno trabalho causam: aumento de custos; diminuio do fator qualidade; efeitos prejudiciais ao meio ambiente; diminuio de produo; diminuio da vida til dos equipamentos.

    A manuteno preventiva pode colaborar para a melhoria dos programasde segurana e preveno de acidentes.

    DesenvolvimentoDesenvolvimentoDesenvolvimentoDesenvolvimentoDesenvolvimentoConsideremos uma indstria ainda sem nenhuma manuteno preventiva,

    onde no haja controle de custos e nem registros ou dados histricos dosequipamentos. Se essa indstria desejar adotar a manuteno preventiva, deve-r percorrer as seguintes fases iniciais de desenvolvimento:

    a)a)a)a)a) Decidir qual o tipo de equipamento que dever marcar a instalao damanuteno preventiva com base no feeling da superviso de manuteoe de operao.

    b)b)b)b)b) Efetuar o levantamento e posterior cadastramento de todos os equipamen-tos que sero escolhidos para iniciar a instalao da manuteno preventiva(plano piloto).

    c)c)c)c)c) Redigir o histrico dos equipamentos, relacionando os custos de manuten-o (mo-de-obra, materiais e, se possvel, lucro cessante nas emergncias),tempo de parada para os diversos tipos de manuteno, tempo de disponi-bilidade dos equipamentos para produzirem, causas das falhas etc.

    d)d)d)d)d) Elaborar os manuais de procedimentos para manuteno preventiva, indi-cando as freqncias de inspeo com mquinas operando, com mquinasparadas e as intervenes.

    NorimarPlaced Image

  • 5A U L Ae)e)e)e)e) Enumerar os recursos humanos e materiais que sero necessrios instala-

    o da manuteno preventiva.

    f)f)f)f)f) Apresentar o plano para aprovao da gerncia e da diretoria.g)g)g)g)g) Treinar e preparar a equipe de manuteno.

    Execuo da manuteno preventivaExecuo da manuteno preventivaExecuo da manuteno preventivaExecuo da manuteno preventivaExecuo da manuteno preventivaa)a)a)a)a) Ferramental e pessoal Ferramental e pessoal Ferramental e pessoal Ferramental e pessoal Ferramental e pessoal - Se uma empresa contar com um modelo

    organizacional timo, com material sobressalente adequado e racionaliza-do, com bons recursos humanos, com bom ferramental e instrumental e notiver quem saiba manuse-los, essa empresa estar perdendo tempo nomercado. A escolha do ferramental e instrumental importante, porm,mais importante o treinamento da equipe que ir utiliz-los.

    b)b)b)b)b) Controle da manuteno Controle da manuteno Controle da manuteno Controle da manuteno Controle da manuteno - Em manuteno preventiva preciso manter ocontrole de todas as mquinas com o auxlio de fichas individuais. por meiodas fichas individuais que se faz o registro da inspeo mecnica da mquinae, com base nessas informaes, a programao de sua manuteno.

    Quanto forma de operao do controle, h quatro sistemas: manual, semi-automatizado, automatizado e por microcomputador.

    Controle manual Controle manual Controle manual Controle manual Controle manual - o sistema no qual a manuteno preventiva e corretivaso controladas e analisadas por meio de formulrios e mapas, preenchidosmanualmente e guardados em pastas de arquivo. Esquematicamente:

    NorimarPlaced Image

  • 5A U L A Controle semi-automatizado Controle semi-automatizado Controle semi-automatizado Controle semi-automatizado Controle semi-automatizado - o sistema no qual a interveno preventiva

    controlada com o auxlio do computador, e a interveno corretiva obedece aocontrole manual. Esquematicamente:

    A fonte de dados desse sistema deve fornecer todas as informaes necess-rias para serem feitas as requisies de servio, incluindo as rotinas de inspeoe execuo. O principal relatrio emitido pelo computador deve conter,no mnimo: o tempo previsto e gasto; os servios realizados; os servios reprogramados (adiados); os servios cancelados.

    Esses dados so fundamentais para a tomada de providncias por parte dasuperviso.

    Controle automatizado Controle automatizado Controle automatizado Controle automatizado Controle automatizado - o sistema em que todas as intervenes damanuteno tm seus dados armazenados pelo computador, para que se tenhalistagens, grficos e tabelas para anlise e tomada de decises, conforme anecessidade e convenincia dos vrios setores da manuteno. Esquematicamente:

    NorimarPlaced Image

  • 5A U L AControle por microcomputador Controle por microcomputador Controle por microcomputador Controle por microcomputador Controle por microcomputador - o sistema no qual todos os dados sobre

    as intervenes da manuteno ficam armazenados no microcomputador. Essesdados so de rpido acesso atravs de monitor de vdeo ou impressora.Esquematicamente:

    Assinale com X a alternativa.

    Exerccio 1Exerccio 1Exerccio 1Exerccio 1Exerccio 1A respeito de manuteno preventiva, pode-se afirmar que:a)a)a)a)a) ( ) aquela feita por ocasio; obedece a um padro previamente

    esquematizado, assegurando o defeito da mquina por um longoperodo.

    b)b)b)b)b) ( ) Ela obedece a um padro previamente esquematizado; estabeleceparadas peridicas para troca de peas gastas, assegurando o funci-onamento perfeito da mquina por um perodo predeterminado.

    c)c)c)c)c) ( ) Ela proporciona um leve ritmo de trabalho; desequilbrio do bomandamento desse ritmo, com controle das peas de reposio eorganizao dos prazos para reposio dessas peas.

    d)d)d)d)d) ( ) Ela permite a mudana da pea com antecedncia, evitando sobre-carga e permitindo paralisao de um trabalho, mesmo custa deuma menor eficincia.

    e)e)e)e)e) ( ) aquela baseada em informaes precisas de instrumentos espec-ficos, os quais indicam, por meio de parmetros, as ocasies dasparadas para substituio de peas.

    Exerccio 2Exerccio 2Exerccio 2Exerccio 2Exerccio 2A aplicao da manuteno preventiva apresenta as seguintes vantagens:a)a)a)a)a) ( ) Substituio de peas novas; menor nmero de funcionrios envol-

    vidos; nmero maior de mquinas funcionando.b)b)b)b)b) ( ) Substituio de peas novas; maior nmero de funcionrios envolvi-

    dos; menor nmero de mquinas funcionando.c)c)c)c)c) ( ) Equilbrio no ritmo de trabalho; controle das peas de reposio;

    eliminao ou diminuio de improvisaes e reduo de acidentesdo trabalho.

    d)d)d)d)d) ( ) No evita a sobrecarga de determinadas peas; mudana de todas aspeas que formam o conjunto e equilbrio no ritmo de trabalho.

    e)e)e)e)e) ( ) Elimina totalmente a necessidade de manuteno corretiva.

    Exerccios

    NorimarPlaced Image

  • 5A U L A Exerccio 3Exerccio 3Exerccio 3Exerccio 3Exerccio 3

    So objetivos a serem alcanados pela instalao da manuteno preventiva:a)a)a)a)a) ( ) Reduo de custos; qualidade do produto; efeitos no meio ambiente

    e maior vida til dos equipamentos.b)b)b)b)b) ( ) Diminuio de pessoal; diminuio de produo; maior vida til dos

    equipamentos; efeitos no meio ambiente e maior durabilidade dosinsumos.

    c)c)c)c)c) ( ) Reduo de custos; qualidade do produto; diminuio de produoe menor vida til dos equipamentos.

    d)d)d)d)d) ( ) Conscientizao da gerncia em manuteno corretiva; eliminaode improvisaes e efeitos no meio ambiente.

    e)e)e)e)e) ( ) Diminuio de mquinas paradas em manuteno; aumento depessoal especializado e eliminao de peas sobressalentes.

    Exerccio 4Exerccio 4Exerccio 4Exerccio 4Exerccio 4A manuteno preventiva dever ser registrada e controlada. Com basenessa afirmao, indique qual documento dever ser usado para fins deregistro.a)a)a)a)a) ( ) Planilha de controle.b)b)b)b)b) ( ) Inventrio individual.c)c)c)c)c) ( ) Catlogo individual.d)d)d)d)d) ( ) Carto de registro.e)e)e)e)e) ( ) Ficha individual de registro.

    NorimarPlaced Image

  • 6A U L A

    Uma empresa vinha desenvolvendo de modosatisfatrio um programa de manuteno, porm, o relatrio final de produoindicava a possibilidade de aperfeioamentos no processo. Estudos posterioresrevelaram que, para aperfeioar o processo com ganhos de produo,era preciso, entre outros procedimentos, incluir a manuteno preditiva manuteno preditiva manuteno preditiva manuteno preditiva manuteno preditiva noprograma de manuteno.

    Aps muitas reunies entre dirigentes, gerentes, encarregados, supervisorese operrios, chegou-se ao consenso de que a empresa, para instalar um programade manuteno preditiva, precisaria, antes de qualquer coisa, capacitar umaequipe em manuteno preditiva e orientar todo o pessoal por meio de treina-mentos especficos.

    O tema desta aula a manuteno preditiva e a importncia de sua aplicao.

    Conceito de manuteno preditiva

    Manuteno preditiva aquela que indica as condies reais de funciona-mento das mquinas com base em dados que informam o seu desgaste ouprocesso de degradao. Trata-se da manuteno que prediz o tempo de vida tildos componentes das mquinas e equipamentos e as condies para que essetempo de vida seja bem aproveitado.

    Na Europa, a manuteno preditiva conhecida pelo nome de manutenocondicional e nos Estados Unidos recebe o nome de preditiva ou previsional.

    Objetivos da manuteno preditiva

    Os objetivos da manuteno preditiva so: determinar, antecipadamente, a necessidade de servios de manuteno

    numa pea especfica de um equipamento; eliminar desmontagens desnecessrias para inspeo; aumentar o tempo de disponibilidade dos equipamentos; reduzir o trabalho de emergncia no planejado; impedir o aumento dos danos; aproveitar a vida til total dos componentes e de um equipamento;

    Manuteno preditiva6

    A U L A

    NorimarPlaced Image

  • 6A U L A aumentar o grau de confiana no desempenho de um equipamento ou linha

    de produo; determinar previamente as interrupes de fabricao para cuidar dos

    equipamentos que precisam de manuteno.Por meio desses objetivos, pode-se deduzir que eles esto direcionados a

    uma finalidade maior e importante: reduo de custos de manuteno e aumentoda produtividade.

    Execuo da manuteno preditiva

    Para ser executada, a manuteno preditiva exige a utilizao de aparelhosadequados, capazes de registrar vrios fenmenos, tais como: vibraes das mquinas; presso; temperatura; desempenho; acelerao.

    Com base no conhecimento e anlise dos fenmenos, torna-se possvelindicar, com antecedncia, eventuais defeitos ou falhas nas mquinas e equipa-mentos.

    A manuteno preditiva, aps a anlise do fenmenos, adota dois procedi-mentos para atacar os problemas detectados: estabelece um diagnstico e efetuauma anlise de tendncias.

    Diagnstico

    Detectada a irregularidade, o responsvel ter o encargo de estabelecer, namedida do possvel, um diagnstico referente origem e gravidade do defeitoconstatado . Este diagnstico deve ser feito antes de se programar o reparo.

    Anlise da tendncia da falha

    A anlise consiste em prever com antecedncia a avaria ou a quebra, pormeio de aparelhos que exercem vigilncia constante predizendo a necessidadedo reparo.

    NorimarPlaced Image

  • 6A U L AGraficamente temos:

    O esquema a seguir resume o que foi discutido at o momento.

    A manuteno preditiva, geralmente, adota vrios mtodos de investigaopara poder intervir nas mquinas e equipamentos. Entre os vrios mtodosdestacam-se os seguintes: estudo das vibraes; anlise dos leos; anlisedo estado das superfcies e anlises estruturais de peas.

    Estudo das vibraes

    Todas as mquinas em funcionamento produzem vibraes que, aos pou-cos, levam-nas a um processo de deteriorizao. Essa deteriorizao caracteri-zada por uma modificao da distribuio de energia vibratria pelo conjuntodos elementos que constituem a mquina. Observando a evoluo do nvel devibraes, possvel obter informaes sobre o estado da mquina.

    O princpio de anlise das vibraes baseia-se na idia de que as estruturasdas mquinas excitadas pelos esforos dinmicos (ao de foras) do sinaisvibratrios, cuja freqncia igual freqncia dos agentes excitadores.

    Se captadores de vibraes forem colocados em pontos definidos da mqui-na, eles captaro as vibraes recebidas por toda a estrutura. O registrodas vibraes e sua anlise permitem identificar a origem dos esforos presentesem uma mquina operando.

    NorimarPlaced Image

  • 6A U L A Por meio da medio e anlise das vibraes de uma mquina em servio

    normal de produo detecta-se, com antecipao, a presena de falhas quedevem ser corrigidas: rolamentos deteriorados; engrenagens defeituosas; acomplamentos desalinhados; rotores desbalanceados; vnculos desajustados; eixos deformados; lubrificao deficiente; folga excessiva em buchas; falta de rigidez; problemas aerodinmicos; problemas hidrulicos; cavitao.

    O aparelho empregado para a anlise de vibraes conhecido comoanalisador de vibraes.analisador de vibraes.analisador de vibraes.analisador de vibraes.analisador de vibraes. No mercado h vrios modelos de analisadores devibraes, dos mais simples aos mais complexos; dos portteis que podem sertransportados manualmente de um lado para outro at aqueles que soinstalados definitivamente nas mquinas com a misso de executar monitoraoconstante.

    Abaixo, um operador usando um analisador de vibraes porttil e, emdestaque, o aparelho.

    Anlise dos leos

    Os objetivos da anlise dos leos so dois: economizar lubrificantes e sanaros defeitos.

    Os modernos equipamentos permitem anlises exatas e rpidas dos leosutilizados em mquinas. por meio das anlises que o servio de manutenopode determinar o momento adequado para sua troca ou renovao, tanto emcomponentes mecnicos quanto hidrulicos.

    A economia obtida regulando-se o grau de degradao ou de contaminaodos leos. Essa regulagem permite a otimizao dos intervalos das trocas.

    NorimarPlaced Image

  • 6A U L AA anlise dos leos permite, tambm, identificar os primeiros sintomas de

    desgaste de um componente. A identificao feita a partir do estudo daspartculas slidas que ficam misturadas com os leos. Tais partculas slidas sogeradas pelo atrito dinmico entre peas em contato.

    A anlise dos leos feita por meio de tcnicas laboratoriais que envolvemvidrarias, reagentes, instrumentos e equipamentos. Entre os instrumentos eequipamentos utilizados temos viscosmetros, centrfugas, fotmetros de cha-ma, peagmetros, espectrmetros, microscpios etc. O laboratorista, usandotcnicas adequadas, determina as propriedades dos leos e o grau decontaminantes neles presentes.

    As principais propriedades dos leos que interessam em uma anlise so: ndice de viscosidade; ndice de acidez; ndice de alcalinidade; ponto de fulgor; ponto de congelamento.

    Em termos de contaminao dos leos, interessa saber quanto existe de: resduos de carbono; partculas metlicas; gua.

    Assim como no estudo das vibraes, a anlise dos leos muito importantena manuteno preditiva. a anlise que vai dizer se o leo de uma mquina ouequipamento precisa ou no ser substitudo e quando isso dever ser feito.

    Anlise do estado das superfcies

    A anlise das superfcies das peas, sujeitas aos desgastes provocados peloatrito, tambm importante para se controlar o grau de deteriorizao dasmquinas e equipamentos.

    A anlise superficial abrange, alm do simples exame visual com ou semlupa vrias tcnicas analticas, tais como: endoscopia; holografia; estroboscopia; molde e impresso.

    Anlise estrutural

    A anlise estrutural de peas que compem as mquinas e equipamentostambm importante para a manuteno preditiva. por meio da anliseestrutural que se detecta, por exemplo, a existncia de fissuras, trincas e bolhasnas peas das mquinas e equipamentos. Em unies soldadas, a anlise estrutu-ral de extrema importncia.

    As tcnicas utilizadas na anlise estrutural so: interferometria hologrfica; ultra-sonografia; radiografia (raios X); gamagrafia (raios gama); ecografia;

    NorimarPlaced Image

  • 6A U L A magnetoscopia;

    correntes de Foucault; infiltrao com lquidos penetrantes.

    Periocidade dos controles

    A coleta de dados efetuada periodicamente por um tcnico que utilizasistemas portteis de monitoramento. As informaes recolhidas so registradasnuma ficha, possibilitando ao responsvel pela manuteno preditiva t-las emmos para as providncias cabveis.

    A periocidade dos controles determinada de acordo com os seguintesfatores: nmero de mquinas a serem controladas; nmero de pontos de medio estabelecidos; durao da utilizao da instalao; carter estratgico das mquinas instaladas; meios materiais colocados disposio para a execuo dos servios.

    A tabela a seguir mostra um exemplo de um programa bsico de vigilnciade acordo com a experincia e histrico de uma determinada mquina.

    PROGRAMA B`SICO DE VIGILNCIA

    Todas as mquinasgiratrias de potnciamdia ou mxima e/ou equipamentoscrticos: motores; redutores; compressores; bombas; ventiladores.

    Medidor de vibrao

    Analisador

    Sistema de vigilnciapermanente

    3.000 a 1.500 horasMedio devibrao

    Medio dasfalhas derolamentos

    Todos os rolamentos Medidor especial ouanalisador

    500 horas

    Anliseestroboscpica

    Todos os lugares ondese quiser estudar ummovimento, controlara velocidade ou mediros planos

    Estroboscpio doanalisador de vibraes

    Segundo a necessidade

    MTODOS UTILIZADOS EQUIPAMENTOS VIGIADOS EQUIPAMENTOS NECESS`RIOS PERIODICIDADE DA VERIFICAO

    Anlise dos leos Redutores e circuitoshidrulicos

    Motores

    Feita pelo fabricante 6 meses

    Termografia Equipamentos dealta-tenso

    Distribuio debaixa-tenso

    Componenteseletrnicos

    Equipamentos comcomponentes refratrios

    Subcontratao(terceirizao)

    12 meses

    Exameendoscpico

    Cilindros decompressores

    Aletas Engrenagens

    danificadas

    Endoscopia + fotos Todos os meses

    NorimarPlaced Image

  • 6A U L AAs vantagens da manuteno preditiva so:

    aumento da vida til do equipamento; controle dos materiais (peas, componentes, partes etc.) e melhor

    gerenciamento; diminuio dos custos nos reparos; melhoria da produtividade da empresa; diminuio dos estoques de produo; limitao da quantidade de peas de reposio; melhoria da segurana; credibilidade do servio oferecido; motivao do pessoal de manuteno; boa imagem do servio aps a venda, assegurando o renome do fornecedor.

    Limites tcnicos da manuteno preditiva

    A eficcia da manuteno preditiva est subordinada eficcia e confiabilidade dos parmetros de medida que a caracterizam.

    Marque com X a alternativa correta.

    Exerccio 1Exerccio 1Exerccio 1Exerccio 1Exerccio 1O tipo de manuteno que avalia a tendncia evolutiva de um defeito denominado manuteno:a)a)a)a)a) ( ) corretiva;b)b)b)b)b) ( ) condicional;c)c)c)c)c) ( ) preditiva;d)d)d)d)d) ( ) preventiva;e)e)e)e)e) ( ) ocasional.

    Exerccio 2Exerccio 2Exerccio 2Exerccio 2Exerccio 2Entre as ferramentas utilizadas na manuteno preditiva, as mais comunsso:a)a)a)a)a) ( ) o estudo das vibraes e anlise dos leos;b)b)b)b)b) ( ) exame visual e ultra-som;c)c)c)c)c) ( ) ecografia e estroboscopia;d)d)d)d)d) ( ) anlise dos leos e raio X;e)e)e)e)e) ( ) ecografia e estudo das vibraes.

    Exerccio 3Exerccio 3Exerccio 3Exerccio 3Exerccio 3A anlise das vibraes se baseia no seguinte aspecto:a)a)a)a)a) ( ) rudo que a mquina apresenta;b)b)b)b)b) ( ) sinais vibratrios das mquinas em servio;c)c)c)c)c) ( ) rotao do eixo-rvore da mquina;d)d)d)d)d) ( ) leo muito viscoso;e)e)e)e)e) ( ) rotao muito alta.

    Exerccios

    NorimarPlaced Image

  • 6A U L A Exerccio 4Exerccio 4Exerccio 4Exerccio 4Exerccio 4

    A anlise dos leos tem o objetivo de:a)a)a)a)a) ( ) descobrir a causa do defeito;b)b)b)b)b) ( ) eliminar o defeito das mquinas;c)c)c)c)c) ( ) economizar o lubrificante e sanar o defeito;d)d)d)d)d) ( ) descobrir a viscosidade do lubrificante;e)e)e)e)e) ( ) diminuir as partculas metlicas no leo.

    NorimarPlaced Image

  • 2A U L A

    Durante muito tempo as indstrias funcio-naram com o sistema de manuteno corretiva. Com isso, ocorriam desperd-cios, retrabalhos, perda de tempo e de esforos humanos, alm de prejuzosfinanceiros.

    A partir de uma anlise desse problema, passou-se a dar nfase na manuten-o preventiva. Com enfoque nesse tipo de manuteno, foi desenvolvido oconceito de manuteno produtiva total manuteno produtiva total manuteno produtiva total manuteno produtiva total manuteno produtiva total, conhecido pela sigla TPMTPMTPMTPMTPM (totalproductive maintenance), que inclui programas de manuteno preventiva epreditiva.

    Nesta aula , vamos estudar a manuteno produtiva total ou, simplesmente,TPM.

    A origem da TPM

    A manuteno preventiva teve sua origem nos Estados Unidos e foiintroduzida no Japo em 1950.

    At ento, a indstria japonesa trabalhava apenas com o conceito de manu-teno corretiva, aps a falha da mquina ou equipamento. Isso representava umcusto e um obstculo para a melhoria da qualidade.

    A primeira indstria japonesa a aplicar e obter os efeitos do conceito demanuteno preventiva, tambm chamada de PMPMPMPMPM (preventive maintenance) foia Toa Nenryo Kogyo, em 1951. So dessa poca as primeiras discusses a respeitoda importncia da manutenibilidade e suas conseqncias para o trabalho demanuteno.

    Em 1960, ocorre o reconhecimento da importncia da manutenibilidade e daconfiabilidade como sendo pontos-chave para a melhoria da eficinciadas empresas. Surgiu, assim, a manuteno preventiva, ou seja, o enfoqueda manuteno passou a ser o de confiana no setor produtivo quanto qualidade do servio de manuteno realizado.

    TPM Planejamento,organizao,

    administrao

    2A U L A

    NorimarPlaced Image

  • 2A U L A Na busca de maior eficincia da manuteno produtiva, por meio de um

    sistema compreensivo, baseado no respeito individual e na total participaodos empregados, surgiu a TPMTPMTPMTPMTPM, em 1970, no Japo.

    Nessa poca era comum: avano na automao industrial; busca em termos da melhoria da qualidade; aumento da concorrncia empresarial; emprego do sistema just-in-time; maior conscincia de preservao ambiental e conservao de energia; dificuldades de recrutamento de mo-de-obra para trabalhos considerados

    sujos, pesados ou perigosos; aumento da gesto participativa e surgimento do operrio polivalente.

    Todas essas ocorrncias contriburam para o aparecimento da TPMTPMTPMTPMTPM.A empresa usuria da mquina se preocupava em valorizar e mantero seu patrimnio, pensando em termos de custo do ciclo de vida da mquinaou equipamento. No mesmo perodo, surgiram outras teorias com os mesmosobjetivos.

    Evoluo do conceito de manuteno

    O quadro a seguir mostra a evoluo do conceito de manuteno ao longodo tempo.

    PERODOSPERODOSPERODOSPERODOSPERODOS ATATATATAT DCADADCADADCADADCADADCADA DEDEDEDEDE 19501950195019501950 DCADADCADADCADADCADADCADA DEDEDEDEDE 19501950195019501950 DCADADCADADCADADCADADCADA DEDEDEDEDE 19601960196019601960 DCADADCADADCADADCADADCADA DEDEDEDEDE 19801980198019801980

    Estgio Manuteno Manuteno Manuteno ManutenoConceitos corretiva preventiva do sistema produtiva total

    de produo (TPM)

    Reparo corretivo x x x xGesto mecnicada manuteno x x xManutenespreventivas x x x

    Viso sistemtica x xManuteno

    corretiva comincorporaode melhorias x x

    Prevenode manuteno x x

    Manutenopreditiva x

    Abordagemparticipativa xManuteno

    autnoma x

    NorimarPlaced Image

  • 2A U L AOs cinco pilares da TPM so as bases sobre as quais construmos um

    programa de TPM, envolvendo toda a empresa e habilitando-a para encontrarmetas, tais como defeito zero, falhas zero, aumento da disponibilidade deequipamento e lucratividade.

    Os cinco pilares so representados por: eficincia; auto-reparo; planejamento; treinamento; ciclo de vida.

    Esquematicamente:

    Os cinco pilares so baseados nos seguintes princpios: Atividades que aumentam a eficincia do equipamento. Estabelecimento de um sistema de manuteno autnomo pelos operadores. Estabelecimento de um sistema planejado de manuteno. Estabelecimento de um sistema de treinamento objetivando aumentar as

    habilidades tcnicas do pessoal. Estabelecimento de um sistema de gerenciamento do equipamento.

    Objetivos da TPM

    O objetivo global da TPM a melhoria da estrutura da empresa em termostermostermostermostermosmateriais materiais materiais materiais materiais (mquinas, equipamentos, ferramentas, matria-prima, produtos etc.)e em termos humanos termos humanos termos humanos termos humanos termos humanos (aprimoramento das capacitaes pessoais envolvendoconhecimentos, habilidades e atitudes). A meta a ser alcanada o rendimentooperacional global.

    As melhorias devem ser conseguidas por meio dos seguintes passos:

    Capacitar os operadores para conduzir a manuteno de forma voluntria. Capacitar os mantenedores a serem polivalentes, isto , atuarem em equipa-

    mentos mecatrnicos. Capacitar os engenheiros a projetarem equipamentos que dispensem manu-

    teno, isto , o ideal da mquina descartvel. Incentivar estudos e sugestes para modificao dos equipamentos existen-

    tes a fim de melhorar seu rendimento.

    NorimarPlaced Image

  • 2A U L A Aplicar o programa dos oito S:

    1.1.1.1.1. SeiriSeiriSeiriSeiriSeiri = organizao; implica eliminar o suprfluo.2.2.2.2.2. SeitonSeitonSeitonSeitonSeiton = arrumao; implica identificar e colocar tudo em ordem .3.3.3.3.3. SeisoSeisoSeisoSeisoSeiso = limpeza; implica limpar sempre e no sujar.4.4.4.4.4. Seiketsu Seiketsu Seiketsu Seiketsu Seiketsu = padronizao; implica manter a arrumao, limpeza e ordem

    em tudo.5.5.5.5.5. ShitsukeShitsukeShitsukeShitsukeShitsuke = disciplina; implica a autodisciplina para fazer tudo esponta-

    neamente.6.6.6.6.6. ShidoShidoShidoShidoShido = treinar; implica a busca constante de capacitao pessoal.7.7.7.7.7. Seison Seison Seison Seison Seison = eliminar as perdas.8.8.8.8.8. Shikari yaroShikari yaroShikari yaroShikari yaroShikari yaro = realizar com determinao e unio.

    Eliminar as seis grandes perdas:1.1.1.1.1. Perdas por quebra.2.2.2.2.2. Perdas por demora na troca de ferramentas e regulagem.3.3.3.3.3. Perdas por operao em vazio (espera).4.4.4.4.4. Perdas por reduo da velocidade em relao ao padro normal.5.5.5.5.5. Perdas por defeitos de produo.6.6.6.6.6. Perdas por queda de rendimento.

    Aplicar as cinco medidas para obteno da quebra zero:1.1.1.1.1. Estruturao das condies bsicas.2.2.2.2.2. Obedincia s condies de uso.3.3.3.3.3. Regenerao do envelhecimento.4.4.4.4.4. Sanar as falhas do projeto (terotecnologia).5.5.5.5.5. Incrementar a capacitao tcnica.

    A idia da quebra zero baseia-se no conceito de que a quebra a falhavisvel. A falha visvel causada por uma coleo de falhas invisveis como umiceberg.

    Logo, se os operadores e mantenedores estiverem conscientes de que devemevitar as falhas invisveis, a quebra deixar de ocorrer.

    As falhas invisveis normalmente deixam de ser detectadas por motivosfsicos e psicolgicos.

    Motivos fsicosMotivos fsicosMotivos fsicosMotivos fsicosMotivos fsicosAs falhas no so visveis por estarem em local de difcil acesso ou encobertas

    por detritos e sujeiras.

    Motivos psicolgicosMotivos psicolgicosMotivos psicolgicosMotivos psicolgicosMotivos psicolgicosAs falhas deixam de ser detectadas devido falta de interesse ou de

    capacitao dos operadores ou mantenedores.

    NorimarPlaced Image

  • 2A U L AManuteno autnoma

    Na TPM os operadores so treinados para supervisionarem e atuaremcomo mantenedores em primeiro nvel. Os mantenedores especficos sochamados quando os operadores de primeiro nvel no conseguem solucionaro problema. Assim, cada operador assume suas atribuies de modo que tantoa manuteno preventiva como a de rotina estejam constantemente em ao.Segue uma relao de suas principais atividades: Operao correta de mquinas e equipamentos. Aplicao dos oito S. Registro dirio das ocorrncias e aes. Inspeo autnoma. Monitorao com base nos seguintes sentidos humanos: viso, audio,

    olfato e tato. Lubrificao. Elaborao de padres (procedimentos). Execuo de regulagens simples. Execuo de reparos simples. Execuo de testes simples. Aplicao de manuteno preventiva simples. Preparao simples (set-up). Participao em treinamentos e em grupos de trabalho.

    Efeitos da TPM na melhoria dos recursos humanosNa forma como proposta, a TPM oferece plenas condies para o

    desenvolvimento das pessoas que atuam em empresas preocupadas commanuteno. A participao de todos os envolvidos com manuteno resultanos seguintes benefcios: Realizao (autoconfiana). Aumento da ateno no trabalho. Aumento da satisfao pelo trabalho em si (enriquecimento de cargo). Melhoria do esprito de equipe. Melhoria nas habilidades de comunicao entre as pessoas. Aquisio de novas habilidades. Crescimento atravs da participao. Maior senso de posse das mquinas. Diminuio da rotatividade de pessoal. Satisfao pelo reconhecimento.

    Para finalizar a manuteno no deve ser apenas aquela que conserta, mas,sim, aquela que elimina a necessidade de consertar (Annimo).

    Marque com X a alternativa correta.

    Exerccio 1Exerccio 1Exerccio 1Exerccio 1Exerccio 1A sigla TPM significa:a)a)a)a)a) ( ) Total manuteno preventiva;b)b)b)b)b) ( ) Manuteno preditiva total;c)c)c)c)c) ( ) Manuteno produtiva total;d)d)d)d)d) ( ) Mquina produtiva total;e)e)e)e)e) ( ) Manuteno perfeita e total.

    Exerccios

    NorimarPlaced Image

  • 2A U L A Exerccio 2Exerccio 2Exerccio 2Exerccio 2Exerccio 2

    Quais as ocorrncias que contriburam para o aparecimento da TPM ?a)a)a)a)a) ( ) Recesso industrial; buscas em termos da melhoria da qualidade e

    aumento da concorrncia empresarial.b)b)b)b)b) ( ) Avanos na automao industrial; emprego do sistema just-in-

    time; facilidade de recrutamento de mo-de-obra para trabalhossujos, pesados ou perigosos.

    c)c)c)c)c) ( ) Dificuldade em conservao de energia; emprego do sistemajust-in-time.

    d)d)d)d)d) ( ) Dificuldade de recrutamento de mo-de-obra e avano na automaoindustrial.

    e)e)e)e)e) ( ) Avanos na automao industrial; emprego do sistema just-in-time; maior conscincia de preservao ambiental e conservao deenergia.

    Exerccio 3Exerccio 3Exerccio 3Exerccio 3Exerccio 3Os cinco pilares da TPM so:a)a)a)a)a) ( ) Eficincia, planejamento, autotreinamento, auto-reparo e ciclo de vida.b)b)b)b)b) ( ) Eficincia, planejamento, auto-reparo , treinamento e ciclo de vida.c)c)c)c)c) ( ) Eficincia, planejamento, reparo, treinamento e ciclo de reparo.d)d)d)d)d) ( ) Eficincia, planejamento, auto-reparo, organizao e administrao.e)e)e)e)e) ( ) Eficincia, planejamento, ciclo da energia, treinamento e oito S.

    Exerccio 4Exerccio 4Exerccio 4Exerccio 4Exerccio 4Os efeitos da TPM na melhoria dos recursos humanos so:a)a)a)a)a) ( ) Aumento da ateno no trabalho; melhoria do esprito de equipe;

    satisfao pelo reconhecimento e melhoria nas habilidades de comu-nicao entre as pessoas.

    b)b)b)b)b) ( ) Melhoria do esprito de equipe; autodisciplina para fazer tudoespontaneamente; incrementar a capacitao tcnica; participaoem grupos de trabalho e em treinamentos.

    c)c)c)c)c) ( ) Aumento da ateno no trabalho; melhoria na capacidade de traba-lhar sozinho; satisfao salarial e aumento da liderana autocrtica.

    d)d)d)d)d) ( ) Incrementar a capacitao tcnica; aquisio de tcnicas degerenciamento; melhoria nas habilidades de comunicao entreas pessoas e melhoria do esprito de equipe.

    e)e)e)e)e) ( ) Autodisciplina para fazer tudo espontaneamente; participao emtreinamentos e em grupos de trabalho; melhoria do esprito indivi-dual e aumento da gesto participativa.

    Exerccio 5Exerccio 5Exerccio 5Exerccio 5Exerccio 5Complete a frase.Normalmente as falhas invisveis deixam de ser detectadas por motivos.................................. e .............................. .

  • 2A U L AExerccio 6Exerccio 6Exerccio 6Exerccio 6Exerccio 6

    Relacione a coluna 1 de acordo com a 2:Coluna 1Coluna 1Coluna 1Coluna 1Coluna 1 Coluna 2Coluna 2Coluna 2Coluna 2Coluna 2a)a)a)a)a) Seiri 1.1.1.1.1. ( ) Eliminar perdas.b)b)b)b)b) Seiton 2.2.2.2.2. ( ) Limpeza, limpar sempre e no sujar.c)c)c)c)c) Seiso 3.3.3.3.3. ( ) Arrumao.d)d)d)d)d) Seiketsu 4.4.4.4.4. ( ) Disciplina.e)e)e)e)e) Shitsuke 5.5.5.5.5. ( ) Treinar.f)f)f)f)f) Shido 6.6.6.6.6. ( ) Realizar com determinao.g) g) g) g) g) Seison 7.7.7.7.7. ( ) Eliminar o suprfluo.h)h)h)h)h) Shikari yaro 8.8.8.8.8. ( ) Padronizao.

    9.9.9.9.9. ( ) Conserto.

  • 3A U L A

    3A U L A

    O servio de manuteno de mquinas indispensvel e deve ser constante. Por outro lado, necessrio mantera produo, conforme o cronograma estabelecido.

    Esses dois aspectos levantam a questo de como conciliar o tempo com aparadas das mquinas para manuteno sem comprometer a produo.

    Nesta aula veremos como as empresas conciliam o tempo com a paradasdas mquinas, considerando a produo.

    Rotina de planejamento

    O setor de planejamento recebe as requisies de servio, analisa o que ecomo deve ser feito, quais as especialidades e grupos envolvidos, e os materiaise ferramentas a serem utilizados. Isso resulta no plano de operaes, na lista demateriais para empenho ou compra de estoque e outros documentos comple-mentares como relao de servios por grupo, ordens de servio etc.

    Quando h necessidade de estudos especiais, execuo de projetos e dese-nhos ou quando o oramento de um trabalho excede determinado valor, o setorde planejamento requisita os servios da Engenharia de Manuteno. Ela provi-dencia os estudos necessrios e verifica a viabilidade econmica.

    Se o estudo ou projeto for vivel, todas as informaes coletadas peloplanejamento so enviadas ao setor de programao, que prepara ocronograma e os programas dirios de trabalho coordenando a movimenta-o de materiais.

    Seqncia para planejamento

    o rol de atividades para o planejador atingir o plano de operao e emitiros documentos necessrios.

    CPM (Critical PathMethod) Mtododo caminho crtico

    NorimarPlaced Image

  • 3A U L AEsse rol de atividades consiste em:

    Listar os servios a serem executados; Determinar o tempo, especialidades e nmero de profissionais; Determinar a seqncia lgica das operaes de trabalho por meio do

    diagrama espinha de peixediagrama espinha de peixediagrama espinha de peixediagrama espinha de peixediagrama espinha de peixe; Construir PERT-CPM; Construir diagrama de barras (Gantt)diagrama de barras (Gantt)diagrama de barras (Gantt)diagrama de barras (Gantt)diagrama de barras (Gantt), indicando as equipes de trabalho; Emitir as ordens de servio, a lista de materiais, a relao de servios por

    grupo e outros documentos que variam conforme a empresa.

    Diagrama espinha de peixeDiagrama espinha de peixeDiagrama espinha de peixeDiagrama espinha de peixeDiagrama espinha de peixe uma construo grfica simples que permite construir e visualizar rapida-

    mente a seqncia lgica das operaes.

    Exemplo:

    Em planejamentos simples e para um nico grupo de trabalho, pode-sepassar da espinha de peixe ao diagrama de barras diagrama de barras diagrama de barras diagrama de barras diagrama de barras ou o diagrama de Gantt. diagrama de Gantt. diagrama de Gantt. diagrama de Gantt. diagrama de Gantt.

    Diagrama de GanttDiagrama de GanttDiagrama de GanttDiagrama de GanttDiagrama de Gantt um cronograma que permite fazer a programao das tarefas mostrando

    a dependncia entre elas. Usado desde o incio do sculo, consiste em umdiagrama onde cada barra tem um comprimento diretamente proporcional aotempo de execuo real da tarefa. O comeo grfico de cada tarefa ocorre somenteaps o trmino das atividades das quais depende.

    As atividades para elaborao do diagrama so a determinao das tarefas,das dependncias, dos tempos e a construo grfica.

    Vamos exemplificar considerando a fabricao de uma polia e um eixo. Aprimeira providncia listar as tarefas, dependncias e tempo envolvidos.

    TAREFASTAREFASTAREFASTAREFASTAREFAS DESCRIODESCRIODESCRIODESCRIODESCRIO DEPENDEDEPENDEDEPENDEDEPENDEDEPENDE DEDEDEDEDE TEMPOTEMPOTEMPOTEMPOTEMPO/////DIASDIASDIASDIASDIASA preparar desenhos 1

    e lista de materiaisB obter materiais A 2

    para o eixoC tornear o eixo B 2D fresar o eixo C 2E obter materiais A 3

    para a poliaF tornear a polia E 4G montar o conjunto D e F 1H balancear o conjunto G 0,5

    NorimarPlaced Image

  • 3A U L A De posse da lista, constri-se o diagrama de Gantt.

    O diagrama de Gantt um auxiliar importante do planejador e do programa-dor, pois apresenta facilidade em controlar o tempo e em reprogram-lo. Apesardesta facilidade, o diagrama de Gantt no resolve todas as questes, tais como:

    Quais tarefas atrasaram se a terceira tarefa (C) se atrasar um dia? Como colocar de forma clara os custos no diagrama? Quais tarefas so crticas para a realizao de todo o trabalho?

    Para resolver as questes que o diagrama de Gantt no consegue solucionar,foram criados os mtodos PERT - CPM.

    Mtodos PERT CPM

    Os mtodos PERT PERT PERT PERT PERT (Program Evoluation and Review Technique Programa de Avaliao e Tcnica de Reviso) e CPMCPMCPMCPMCPM (Critical Parth Method Mtodo do Caminho Crtico) foram criados em 1958.

    O PERT foi desenvolvido pela NASA com o fim de controlar o tempo e aexecuo de tarefas realizadas pela primeira vez.

    O CPM foi criado na empresa norte-americana Dupont com o objetivo derealizar as paradas de manuteno no menor prazo possvel e com o nvelconstante de utilizao dos recursos.

    Os dois mtodos so quase idnticos; porm, as empresas, em termos demanuteno, adotam basicamente o CPM .

    Mtodo CPM

    O CPM se utiliza de construes grficas simples como flechas, crculosnumerados e linhas tracejadas, que constituem, respectivamente: o diagrama de flechas; a atividade fantasma; o n ou evento.

    NorimarPlaced Image

  • 3A U L ADiagrama de flechas Diagrama de flechas Diagrama de flechas Diagrama de flechas Diagrama de flechas um grfico das operaes, em que cada operao

    representada por uma flecha. Cada flecha tem uma ponta e uma cauda. A caudarepresenta o incio da operao e a ponta marca o seu final.

    As flechas so usadas para expressar as relaes entre as operaes e definiruma ou mais das seguintes situaes:

    a operao deve preceder algumas operaes; a operao deve suceder algumas operaes; a operao pode ocorrer simultaneamente a outras operaes.

    Exemplo:

    Atividade fantasmaAtividade fantasmaAtividade fantasmaAtividade fantasmaAtividade fantasma uma flecha tracejada usada como artifcio paraidentificar a dependncia entre operaes. tambm chamada de operaoimaginria e no requer tempo. Observe a figura:

    A figura exemplifica as seguintes condies: W deve preceder Y; K deve preceder Z; Y deve seguir-se a W e K.

    Assim, as atividades W, Y, K e Z so operaes fsicas como tornear, montar,testar etc. Cada uma dessas operaes requer um tempo de execuo, enquantoa atividade fantasma um ajuste do cronograma, isto , depende apenas daprogramao correta.

    NorimarPlaced Image

  • 3A U L A N ou evento N ou evento N ou evento N ou evento N ou evento So crculos desenhados no incio e no final de cada flecha.

    Tm o objetivo de facilitar a visualizao e os clculos de tempo. Devem sernumerados e sua numerao aleatria.

    Exemplo:

    O n no deve ser confundido com uma atividade que demande tempo. Ele um instante, isto , um limite entre o incio de uma atividade e o final de outra.

    Construo do diagrama CPM

    Para construir o diagrama preciso ter em mos a lista das atividades, ostempos e a seqncia lgica. Em seguida, vai-se posicionando as flechas e os nsobedecendo a seqncia lgica e as relaes de dependncia. Abaixo de cadaflecha, coloca-se o tempo da operao e acima, a identificao da operao.

    Exemplo:Um torno apresenta defeitos na rvore e na bomba de lubrificao e preciso

    corrigir tais defeitos.

    O que fazer ?Primeiramente, listam -se as tarefas, dependncias e tempos, numa seqn-

    cia lgica:

    A seguir, constri-se o diagrama:

    TAREFAS

    A

    B

    CDE

    F

    DESCRIO

    retirar placa,protees eesgotar leo

    retirar rvore etransport-la

    lavar cabeotetrocar rolamentos

    trocar reparoda bomba

    de lubrificaomontar, abastecer e

    testar o conjunto

    DEPENDE DE-

    A

    AB

    B e C

    D e E

    TEMPO

    1 h

    3 h

    2 h3 h2 h

    4 h

    NorimarPlaced Image

  • 3A U L AO caminho crtico

    um caminho percorrido atravs dos eventos (ns) cujo somatrio dostempos condiciona a durao do trabalho. Por meio do caminho crtico obtm-se a durao total do trabalho e a folga das tarefas que no controlam o trminodo trabalho.

    No diagrama anterior h trs caminhos de atividades levando o trabalhodo evento 0 (zero) ao evento 5: A B D F , com durao de 11 horas; A C E F , com durao de 9 horas; A B imaginria E F, com durao de 10 horas.

    H, pois, um caminho com durao superior aos demais, que condicionaa durao do projeto.

    este o caminho crtico. A importncia de se identificar o caminho crticofundamenta-se nos seguintes parmetros: permitir saber, de imediato, se ser possvel ou no cumprir o prazo

    anteriormente estabelecido para a concluso do plano; identificar as atividades crticas que no podem sofrer atrasos, permitindo

    um controle mais eficaz das tarefas prioritrias; permitir priorizar as atividades cuja reduo ter menor impacto na anteci-

    pao da data final de trmino dos trabalhos, no caso de ser necessria umareduo desta data final;

    permitir o estabelecimento da primeira data do trmino da atividade; permitir o estabelecimento da ltima data do trmino da atividade.

    Freqentemente, o caminho crtico to maior que os demais que bastaaceler-lo para acelerar todo o trabalho.

    Tendo em vista o conceito do caminho crtico, pode-se afirmar que as tarefasC e E do diagrama anterior podem atrasar at duas horas sem comprometera durao total.

    Resultado final da aplicao do CPM

    O mtodo do caminho crtico permite um balanceamento dos recursos,principalmente mo-de-obra. O departamento de manuteno possui um con-tingente fixo e no desejvel ter um perfil de utilizao desse contingente comcarncia em uns momentos e ociosidade em outros.

    Para evitar este problema, o planejador joga com o atraso das tarefas comfolga e o remanejamento do pessoal envolvido nas tarefas iniciais.

    Nas paradas para reformas parciais ou totais, aps o balanceamento dosrecursos fsicos e humanos com programao de trabalho em horrios noturnose em fins de semana, pode ocorrer ainda a carncia de mo-de-obra. Neste caso,a soluo a contratao de servios externos ou a ampliao do quadro depessoal. Essas decises s podem ser tomadas aps a anlise e comprovaoprtica das carncias.

    NorimarPlaced Image

  • 3A U L A Exerccio 1Exerccio 1Exerccio 1Exerccio 1Exerccio 1

    Na elaborao de um planejamento de manuteno existe uma seqnciaou um rol de atividades para o planejador atingir o plano de operao eemitir os documentos necessrios. Coloque a sequncia abaixo em ordem,numerando-a de 1 a 6:a)a)a)a)a) ( ) Construir PERT-CPMb)b)b)b)b) ( ) Determinar o tempoc)c)c)c)c) ( ) Construir o diagrama de barrasd)d)d)d)d) ( ) Listar os servios a serem executadose)e)e)e)e) ( ) Determinar a seqncia lgica das operaes atravs do diagrama

    espinha de peixef)f)f)f)f) ( ) Emitir as ordens de servio

    Assinale com X a alternativa correta.

    Exerccio 2Exerccio 2Exerccio 2Exerccio 2Exerccio 2O diagrama de construo grfica simples que permite visualizar rapida-mente a seqncia lgica de operaes o diagrama :a)a)a)a)a) ( ) de Ganttb)b)b)b)b) ( ) de barrasc)c)c)c)c) ( ) espinha de peixed)d)d)d)d) ( ) PERTe)e)e)e)e) ( ) CPM

    Exerccio 3Exerccio 3Exerccio 3Exerccio 3Exerccio 3Para resolver as questes que o diagrama de Gantt no consegue solucionar,foram criados os diagramas:a)a)a)a)a) ( ) espinhas de peixe;b)b)b)b)b) ( ) PERT-CPM;c)c)c)c)c) ( ) de barras;d)d)d)d)d) ( ) de flechas;e)e)e)e)e) ( ) de custos.

    Exerccio 4Exerccio 4Exerccio 4Exerccio 4Exerccio 4Complete as frases.a)a)a)a)a) O ................................ foi desenvolvido com a finalidade de controlar o

    tempo e a execuo de tarefas a serem realizadas pela primeira vez.b)b)b)b)b) O ........................................... foi criado com o objetivo de realizar as para-

    das de .......................................... no menor prazo possvel e com o nvelconstante de utilizao dos recursos.

    c)c)c)c)c) O CPM se utiliza de construes grficas simples como ...................................,..................................................... numerados e linhas.

    d)d)d)d)d) Atividade .................................... tambm chamada operao imaginriae no requer tempo.

    e)e)e)e)e) O objetivo de um n ou evento facilitar a ............................................... eos clculos de tempo.

    Exerccio 5Exerccio 5Exerccio 5Exerccio 5Exerccio 5Construa um diagrama CPM para uma fresadora que apresenta defeitos noacionamento da mesa. Utilize os dados da tabela para construir o diagrama.

    Exerccios

    NorimarPlaced Image

  • 3A U L ATAREFAS

    A

    B

    CD

    EFG

    DESCRIO

    desmontar o conjuntode acionamento

    da mesalavar o conjunto

    da mesarecuperar as guias

    troca de engrenagensdanificadas

    montar guiasmontar engrenagensteste dos conjuntos

    DEPENDE DE-

    A

    BB

    CD

    E e F

    TEMPO

    4 h

    1 h

    2 h1 h

    2 h2 h

    0,5 h

    NorimarPlaced Image

  • 7A U L A

    Suponhamos que o eixo excntrico de umaprensa se quebre. O que fazer para resolver o problema sem precisar produzir ouimportar outro, considerando que dias parados so contabilizados como prejuzo?

    Situaes como essa so comuns nas empresas e a melhor soluo asoldagem de manuteno.

    A soldagem de manuteno o tema desta e da prxima aula.

    Importncia

    A soldagem de manuteno um meio ainda muito utilizado para prolongara vida til das peas de mquinas e equipamentos. Ela promove economia paraas indstrias, pois reduz as paradas de mquinas e diminui a necessidade de semanter grandes estoques de reposio.

    No caso do Brasil, por ser um pas em desenvolvimento industrial, comuma presena de empresas que possuem em suas reas produtivas equipamen-tos e mquinas de diversas origens e fabricantes, com anos de fabricaodiferentes. A situao se agrava quando alguns equipamentos e mquinas soretirados de linha ou deixam de ser fabricados.

    Diante dessa realidade, praticamente impossvel manter em estoque peasde reposio para todos os equipamentos e mquinas. Alm disso, no caso degrandes componentes, as empresas normalmente no fazem estoques de sobres-salentes, e quando um grande componente se danifica, os problemas se agravam.Fabricar um grande componente ou import-lo demanda tempo, e equipamentoou mquina parada por um longo tempo significa prejuzo.

    Situaes problemticas como essas so resolvidas pela soldagem de manu-teno, que tem como objetivo principal agir com rapidez e eficincia para queequipamentos e mquinas danificadas voltem a funcionar para garantir aproduo.

    Soldagem demanuteno I

    7A U L A

    NorimarPlaced Image

  • 7A U L A Diferena entre soldagem de manuteno

    e soldagem de produo

    A soldagem de produo realizada dentro de condies favorveis, isto ,as especificaes so determinadas, os equipamentos apropriados encontram-sedisponveis, a composio qumica do metal de base conhecida, bem comoos parmetros em que se deve trabalhar.

    na soldagem de produo que so preparados corpos-de-prova solda-dos com parmetros adequados. A seguir esses corpos-de-prova so subme-tidos a testes destrutivos para confirmar as caractersticas mecnicas dasjuntas soldadas.

    Ao contrrio da soldagem de produo, na soldagem de manuteno exis-tem restries e limitaes que so agravadas pela rapidez com que deve serefetuada a recuperao do componente.

    Etapas

    As etapas percorridas na soldagem de manuteno so:

    Anlise da falhaAnlise da falhaAnlise da falhaAnlise da falhaAnlise da falhaa)a)a)a)a) Analisar o local da falha.b)b)b)b)b) Determinar a causa da falha:

    fratura; desgaste; corroso.

    c)c)c)c)c) Determinao do funcionamento: solicitaes (rpm); meios envolvidos; temperatura de trabalho.

    d)d)d)d)d) Reconhecimento dos materiais envolvidos: anlise qumica; dureza.

    e)e)e)e)e) Determinao do estado do material: encruado; recozido; temperado e revenido; cementado.

    Planejamento da execuoPlanejamento da execuoPlanejamento da execuoPlanejamento da execuoPlanejamento da execuoAps a escolha do mtodo/processo de soldagem e do metal de adio,

    necessrio verificar se esto envolvidos na recuperao os seguintes fatores: pr-usinagem; deformao; seqncia de soldagem; pr e ps-aquecimento; tratamento trmico ps-soldagem; desempeno; ps-usinagem.

    NorimarPlaced Image

  • 7A U L ACom esses cuidados, o que se deseja eliminar as causas e no s os efeitos.

    ProcedimentosProcedimentosProcedimentosProcedimentosProcedimentosDe um modo geral os procedimentos para a execuo de uma soldagem de

    manuteno devem conter, no mnimo, os seguintes passos:

    a) Fratura/Trincaa) Fratura/Trincaa) Fratura/Trincaa) Fratura/Trincaa) Fratura/Trinca Localizar a fratura/trinca definindo seu incio e fim. Para isso deve-se

    utilizar o ensaio com lquido penetrante. Identificar o material preferencialmente por meio de uma anlise qumica e

    determinar sua dureza. Preparar adequadamente a regio a ser soldada de modo que se permita o

    acesso do eletrodo, tocha ou maarico, dependendo do processo de soldagemselecionado.

    Limpar a regio a ser soldada para retirar o leo, graxa ou impurezas quepossam prejudicar a soldagem da pea/componente a ser recuperado.

    Executar ensaio com lquido penetrante para assegurar que todaa fratura/trinca tenha sido eliminada.

    Especificar o processo de soldagem e o metal de adio, de modo que a pea/componente recuperado mantenha suas caractersticas mecnicas, para queseja capaz de suportar as mximas solicitaes durante o desempenhodo trabalho, considerando ainda os meios envolvidos e a temperaturade trabalho.

    Especificar os parmetros de soldagem, incluindo, quando necessrio, atemperatura de pr e ps-aquecimento e o tratamento trmico ps-soldagem.

    Especificar uma adequada seqncia de soldagem para se obter o mnimo detenses internas e deformaes da pea/componente que est sendo recu-perada.

    Especificar o tipo de ensaio a ser realizado para verificar a qualidade da soldarealizada.

    Prever, quando necessrio, um sobremetal durante a soldagem para que sejapossvel obter o acabamento final da pea/componente por meio deesmerilhamento ou usinagem, quando for o caso.

    b) Desgaste/Corrosob) Desgaste/Corrosob) Desgaste/Corrosob) Desgaste/Corrosob) Desgaste/Corroso Localizar a regio desgastada ou corroda, definindo os limites da regio a

    ser recuperada. Identificar adequadamente a superfcie a ser revestida atravs da superfcie

    desgastada ou corroda por meio de esmerilhamento ou usinagem. Limpar a regio a ser soldada para retirar o leo, graxa ou impurezas que

    possam, de algum modo, prejudicar a soldagem da pea/componente a serrecuperada.

    Executar ensaio com lquido penetrante para verificar se na regio desgastadano existem descontinuidades que possam comprometer a soldagem.

    Especificar o processo de soldagem e o metal de adio para que a pea/componente, aps recuperao, seja capaz de suportar as solicitaes mxi-mas exigidas durante o trabalho. No caso de corroso, o metal de adiodever ser adequado para resistir ao meio agressivo.

    Especificar os parmetros de soldagem, incluindo, quando necessrio, atemperatura de pr e ps-aquecimento e o tratamento de alvio de tensesps-soldagem.

    NorimarPlaced Image

  • 7A U L A Especificar uma adequada seqncia de soldagem de modo que haja um

    mnimo de tenses internas e deformaes da pea/componente que estsendo recuperada.

    Especificar o tipo de ensaio a ser realizado para verificar a qualidade da soldaaplicada.

    Prever, quando necessrio, um sobremetal durante a soldagem para que sejapossvel obter o acabamento final da pea/componente recuperada pormeio de esmerilhamento ou usinagem, quando for o caso.

    Tipos e causas provveis das falhasTipos e causas provveis das falhasTipos e causas provveis das falhasTipos e causas provveis das falhasTipos e causas provveis das falhasFalhas por fraturaFalhas por fraturaFalhas por fraturaFalhas por fraturaFalhas por fratura As falhas por fratura normalmente resultam de uma

    trinca que se propaga. A trinca surge por dois motivos: altas solicitaes e fadigado material.

    Quando a pea/componente sofre solicitaes acima das suportveis, atrinca aparece em determinadas regies. A fadiga aparece por causa das tensescclicas que terminam por exceder as toleradas pelo material que constitui apea/componente. Nesse caso, as trincas se iniciam mesmo com tenses abaixodas tenses limites e se propagam. Com a propagao da trinca, as seesrestantes e ainda resistentes rompem-se pelo simples fato das tenses existentesserem maiores que as suportadas pelo material.

    Falhas por desgasteFalhas por desgasteFalhas por desgasteFalhas por desgasteFalhas por desgaste H uma grande variedade de fatores que podemprovocar o desgaste de peas/componentes de uma mquina ou equipamento.Nesse caso, para recuperao adequada com a finalidade de assegurar eficinciae segurana, os metais de solda, a serem depositados, devem ser selecionadoscuidadosamente.

    Para melhor compreenso dos tipos de desgastes, podemos dividi-los emclasses distintas com caractersticas bem definidas. Vejamos:

    a) Desgastes mecnicosa) Desgastes mecnicosa) Desgastes mecnicosa) Desgastes mecnicosa) Desgastes mecnicos AbrasoAbrasoAbrasoAbrasoAbrasoA abraso um desgaste que ocorre entre superfcies que deslizam ou giram

    em contato entre si em movimento relativo. A abraso provoca o desprendimen-to de partculas das superfcies e elas adquirem irregularidades microscpicas,mesmo que aparentemente polidas. Por exemplo: sempre h abraso quando umeixo gira em contato com um mancal.

    As irregularidades microscpicas das superfcies comportam-se como picose vales que tendem a se encaixar. Quando as superfcies so solicitadas a entrarem movimento relativo entre si, a fora de atrito gera calor e este gera microfusesentre os picos que esto em contato. As reas microfundidas movimentam-se eas superfcies se desgastam.

    A recuperao de superfcies desgastadas por abraso feita depositando-se, por solda, um material mais duro e mais resistente ao desgaste. Aconselha-se no aplicar mais de duas ou trs camadas de solda, para evitar a fissurao edesagregao do prprio metal de solda que apresenta baixa ductilidade.

    Se a soldagem exigir camadas mais espessas, o revestimento dever ser feitocom um metal tenaz e pouco duro que se comportar como amortecedor.

    NorimarPlaced Image

  • 7A U L A ImpactoImpactoImpactoImpactoImpacto

    Materiais sujeitos a impacto sofrem deformaes localizadas e mesmofraturas. Por impacto e em condies de alta presso, partculas metlicas dosmateriais so arrancadas e, como conseqncia, o desgaste aparece.

    Se um dado componente ou pea - a ser recuperado por solda - trabalhasomente sob condies de impacto simples, o material a ser depositado deve sertenaz para poder absorver a deformao sem se romper.

    Normalmente, reas de peas ou componentes que recebem impactos tam-bm sofrem abrases. o que ocorre, por exemplo, em moinhos e britadores quenecessitam de superfcies duras e resistentes ao desgaste.

    b) Erosob) Erosob) Erosob) Erosob) Eroso a destruio de materiais por fatores mecnicos que podem atuar por meio

    de partculas slidas que acompanham o fluxo de gases, vapores ou lquidos, oupodem atuar por meio de partculas lquidas que acompanham o fluxo de gasesou de vapores.

    Geralmente, para suportar o desgaste por eroso, o material de solda deveter dureza, microestrutura e condies de superfcie adequadas.

    c) Cavitaoc) Cavitaoc) Cavitaoc) Cavitaoc) CavitaoO fenmeno da cavitao causado por fluidos acelerados que se movimen-

    tam em contato com superfcies sujeitas a rotaes, tais como hlices, rotores,turbinas etc.

    Os fluidos acelerados formam depresses que, ao se desfazerem, provocamgolpes, como se fossem aretes, nas superfcies das peas sujeitas ao movimentorotacional. Esses golpes produzem cavidades superficiais que vo desgastandoas peas.

    A correo de superfcies cavitadas feita por meio de revestimentos comligas contendo 13% de cromo (Cr).

    CorrosoCorrosoCorrosoCorrosoCorroso O desgaste de materiais metlicos tambm pode ser provocadopela corroso que favorecida por vrios fatores: umidade, acidez, alcalinidade,temperatura, afinidade qumica entre metais etc.

    Normalmente a maioria dos metais e ligas metlicas, em contato com ooxignio do ar, adquire uma camada protetora de xido que a protege. Se essacamada de xido perder a impermeabilidade, a oxidao prossegue caracteri-zando a corroso.

    A corroso sanada por meio de revestimentos com materiais de soldaadequados, de forma tal que venham a resisitir ao meio agressivo com os quaisestaro em contato.

    Influncia dos elementos de ligaInfluncia dos elementos de ligaInfluncia dos elementos de ligaInfluncia dos elementos de ligaInfluncia dos elementos de ligaOs eletrodos e varetas utilizados como material de adio nos processos de

    soldagem apresentam vrios elementos de liga que lhes conferem caractersticasparticulares.

    NorimarPlaced Image

  • 7A U L A Os principais elementos de liga, com suas principais propriedades, so:

    Exerccio 1Exerccio 1Exerccio 1Exerccio 1Exerccio 1Responda.a)a)a)a)a) Qual o objetivo da solda de manuteno?b)b)b)b)b) Em termos comparativos, qual a diferena entre solda de produo e

    solda de manuteno?c)c)c)c)c) O que deve ser verificado, ao analisar uma falha, em um elemento

    mecnico que ser recuperado por solda?d)d)d)d)d) Realizando a anlise, pode-se determinar trs tipos de causas de danos.

    Quais so?e)e)e)e)e) Quais as causas mecnicas que podem dar incio propagao de uma

    trinca?

    ELEMENTOSELEMENTOSELEMENTOSELEMENTOSELEMENTOS DEDEDEDEDE LIGALIGALIGALIGALIGA PROPRIEDADESPROPRIEDADESPROPRIEDADESPROPRIEDADESPROPRIEDADESCarbono (C) Aumenta a resistncia e o endurecimento;

    reduz o alongamento, a forjabilidade,a soldabilidade e a usinabilidade; formacarbonetos com cromo (Cr), molibdnio(Mo) e vandio (V).

    Cobalto (Co) Aumenta a resistncia trao; aumentaa dureza (tmpera total); resiste aorevenimento, ao calor e corroso.

    Cromo (Cr) Aumenta a resistncia trao, ao calor, escamao, oxidao e ao desgaste porabraso. um forte formador de carbonetos.

    Mangans (Mn) Aos austenticos contendo m