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    “Ter  sucesso éfalhar repeti damente, mas sem perder o entusiasmo.”  

    Winston Chur chill  

    Objetivo: Definir o conceito marketing, reconhecendo a influência das variáveis domercado na atividade comercial.

    Projeto de Empresa

    Ufcd: Marketing Comercial  –  Conceitos e fundamentos  –  0364

    Estremoz, Janeiro de 2016

    Formadora: Ana Baltazar

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    2 Índice

    1. 

    Introdução……………………………………………………………………………………………………3 

    2. 

    Conceito de Marketing……………………………………………………………………………….…3 

    3. 

    Evolução do Conceito……………………………………………………………………………………4 

    3.1. 

    Alargamento das funções………………………………………………………………………5 

    3.2. 

    O Marketing e os novos setores de atividade…………………………………………6 

    4. 

    Os objetivos………………………………………………………………………………………………….7 

    5. 

    Fases históricas do Marketing………………………………………………………………………9 

    6. 

    Mercados

    6.1. 

    Conceito………………………………………………………………………………………………14 

    6.2. 

    Evolução……………………………………………………………………………………………….15 

    6.2.1. 

    Fatores de evolução dos mercados…………………………………………..16 

    6.3. 

    Variáveis de mercado…………………………………………………………………………….17 

    7. 

    Estudos de Mercado…………………………………………………………………………………….18 

    7.1. 

    Segmentação………………………………………………………………………………………….20 

    7.1.1. 

    Critérios de segmentação…………………………………………………………..21 

    7.2. 

    Estudos de Mercado – Objetivos e Técnicas…………………………………………….22 

    7.2.1. 

    Tipos de Pesquisa………………………………………………………………………..25 

    7.2.2. 

    Etapas dos Estudos de Mercado…………………………………………………..25 

    7.3. 

    Dados e fontes de informação…………………………………………………………………..26 

    Síntese………………………………………………………………………………………………………………………….29 

    Bibliografia……………………………………………………………………………………………………………………30 

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    1. Introdução

    O Homem é criativo por natureza e ao longo da História tem manifestado a sua criatividade de

    formas muito variadas. Uma delas é a sua canalização para actividades destinadas à produção de

    algo que possa satisfazer necessidades de um grupo social, proporcionando contrapartidas de vária

    ordem (financeiras, de reconhecimento social ou de auto realização, por exemplo) ao

    empreendedor dessa actividade.

    Na História recente, a Revolução Industrial provocou uma mudança radical no mundo empresarial,

    levando à criação de grandes empresas industriais, com sofisticados métodos produtivos e de

    organização do trabalho. Deste modo, as empresas criadas pela Revolução industrial preocupavam-

    se em produzir rápida e eficientemente, dado que existiam mercados imensos para satisfazer e a

    diversidade de novos produtos que as tecnologias permitiam que se produzisse, como automóveis,

    electrodomésticos, mobiliário, roupa ou acessórios de moda, tinham clientes ávidos de os adquirir.

    Assistiu-se então a uma tremenda abertura de mercados, constituindo a industrialização uma

    premissa essencial de riqueza social e desenvolvimento económico.

    2. Conceito de Marketing

    Marketing é uma palavra proveniente da língua inglesa, apesar de estar intrínseca à culturamundial.

    Market + ing = MARKETING

    Em inglês, market significa mercado + ing que significa a ação.

    “AGIR NO MERCADO” 

    Marketing = Vendas

    Marketing = Publicidade

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    Então, afinal o que é MARKETING?

    “ Marketing é a ciência e a arte de explorar, criar e entregar valor para satisfazer as necessidades de

    um mercado-alvo com fins lucrativos. Marketing identifica necessidades e desejos não realizados.Ele define, mede e quantifica o tamanho do mercado identificado e o potencial de lucro. Ele aponta

    quais os segmentos que a empresa é capaz de servir melhor e que projeta e promove os produtos e

    ser viços adequados.” Philip Kotler  

    Definição atual:

    Segundo o American Marketing Association, a definição do termo é a seguinte: “O Marketing é uma

    atividade, conjunto de instituições e processos para criar, comunicar, entregar e trocar ofertas que

    tenham valor para os consumidores, clientes, parceiros e sociedade em geral.” 

    Ou seja, o Marketing é uma série de estratégias, técnicas e práticas que tem o principal objetivo de

    agregar valor às determinadas marcas, produtos, empresas, instituições, ações, serviços ou pessoasa fim de atribuir uma maior importância das mesmas para um determinado público-alvo (os

    consumidores).

    Este conceito, no fundo, aprofunda e agrupa, a produção, logística, comercialização e pós venda do

    produto/serviço.

    3.  Evolução do conceito

    O conceito de marketing tem evoluído ao longo do tempo. Inicialmente este era apenas vendas e

    publicidade, isto é, definia-se como sendo o conjunto dos meios de que dispõe uma empresa paravender os seus produtos aos seus clientes, com rendibilidade (rentabilidade financeira). Porém, este

    conceito é muito mais complexo e abrangente.

    Mas o que mudou desde a sua criação, no século XIX até aos dias de hoje?

    Até ao final do século XIX, a grande questão para as empresas era produzir, não vender. Porém a

    influência de diversos fatores económicos, tecnológicos e científicos modificaram a forma como as

    empresas praticam o Marketing.

    A partir da I Guerra Mundial a empresa deixou de ser o centro do universo económico. Este lugar

    passou a ser ocupado pelos Consumidores e o Mercado em si. Desta forma o Marketing passou a

    condicionar a sobrevivência, prosperidade e crescimento das empresas.

    As empresas aperceberam-se que não bastava escoar uma mercadoria já vendida e a um preço fixo,

    era necessário saber, previamente, se havia mercado. Era preciso partir dessa análise das

    necessidades do mercado para decidir o que se ia produzir e a que preço. A conservação de clientes

    http://www.ama.org/http://www.ama.org/

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    fiéis era diretamente proporcional à satisfação plena dos compradores. Todavia, essa satisfação plena

    advém dum serviço de pós venda que não existia.

    3.1. Alargamento das funções de Marketing

    Com a evolução do conceito de marketing, a consequência é a extensão das funções dos profissionais

    de marketing. Este dividiu-se em três tipos: marketing de estudos, marketing estratégico e marketing

    operacional.

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    O marketing de estudos, como o próprio nome indica, estuda o mercado, os consumidores e as suas

    necessidades, a concorrência e quais as melhores formas de implementar um produto antes mesmo

    de este ser produzido e vendido.

    O marketing estratégico, analisa as informações que o marketing de estudos recolheu, para montar

    uma estratégia de venda, promoção e distribuição do produto e/ou serviços.

    O marketing operacional, coloca em prática as conclusões e decisões do marketing estratégico. É a

    fase final da colocação de um produto/serviço no mercado, ou seja, é a face mais visível de todo um

    longo processo criativo.

    3.2. O Marketing e os novos setores de atividade

    Inicialmente, o marketing parecia não se poder aplicar às organizações sem vocação comercial ou

    lucrativo, sendo por isso um exclusivo do mercado empresarial. Contudo, desde o final do século XX

    que isso se alterou.

    Os partidos políticos descobriram o marketing eleitoral, as organizações sociais, filantrópicas,

    religiosas e de caridade fazem apelo aos instrumentos do marketing para tentar modificar os hábitos

    do público – organizações contra o alcoolismo ou tabagismo-, para obter donativos – UNICEF, Cruz

    Vermelha, etc.- ou para atrair a atenção dos fiéis- Igrejas.

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    Os poderes públicos, as coletividades e os serviços públicos também recorrem ao marketing:

    campanhas governamentais para a economia de energia, para a segurança rodoviária, proteção do

    ambiente ou para o emprego dos jovens, ações empreendidas pelos municípios para atrair

    investidores, turistas ou residentes, etc.

    Encontramos hoje em dia, o Marketing pessoal, alimentar, social, religioso, económico, escolar, de

    saúde, etc… 

    Isto origina

    Uma definição mais abrangente

    de Marketing…

     

    Já não sendo uma exclusividade do mercado empresarial, em vez de empresas deveremos falar emorganizações. Em vez de clientes, publico. Substituir vender os produtos por promover

    comportamentos. Finalmente deixamos a rendibilidade para abraçarmos a realização de objetivos.

    Nesta perspetiva, amplificamos a definição e consequentemente o marketing diversifica-se e

    especializa-se.

    Assim:

    “O marketing é o conjunto dos métodos e dos meios de que uma organização dispõe para promover,

    nos públicos pelos quais se interessa, os comportamentos favoráveis à realização dos seus próprios

    objetivos.” 

    4.  Os objetivos

    Toda a empresa deve estabelecer objetivos quantificados e enquadrados no tempo.

    Não basta “querermos aumentar a quota de mercado”. Mas sim …” queremos aumentar 15% a nossa

    quota de mercado”.

    Agora basta dizer quando, e temos um OBJETIVO!

    REGRA SMART  – a regra dos objetivos

    Simples – Os objetivos deverão ser simples para uma maior penetração no mercado

    Mensurável – Eles devem poder ser quantificados, poder serem medidos

    Atingível  –  Adequar, quantitativamente, os objetivos de acordo com as variáveis envolventes do

    mercado

    Real – Adequar, qualitativamente, os objetivos de acordo com as variáveis envolventes do mercado

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    Tempo – Definir um espaço temporal para o atingimento dos objetivos propostos.

    Divisão dos objetivos

    OBJETIVOS FINANCEIROS:

    Volume de Vendas

    Quota de Mercado

    Valor da Empresa

    Crescimento em Vendas Resultados

    Rentabilidade

    Produtividade

    Liderança pelo preço 

    OBJETIVOS NÃO FINANCEIROS:

    Liderança pela

    Diferenciação

    Marca – notoriedade positiva, valores únicos

    Ambiente Laboral Ambiente e Sustentabilidade

    Inovação 

    Objetivos

    Financeiros Não financeiros

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    5.  Marcos históricos do Marketing

    As relações das empresas com os seus mercados têm vindo a evoluir ao longo do tempo e é possível

    sistematizá-la em 5 etapas distintas, que designamos por Ciclo do Marketing e que correspondem,sensivelmente, à evolução verificada ao longo do século XX.

    ESTÁGIO ARTESANAL – SÉC. XIX, INÍCIO SÉC. XX

    Marketing Individualizado e Relacional

    O marketing é interativo e one-to-one. Os empresários e artesãos aplicam o conceito de marketing

    sem o conhecer tal como ele existe hoje. Os produtos e preços são adequados a cada segmento e a

    comunicação é pessoal. Trata-se de um marketing sobretudo intuitivo, que só é possível em

    mercados de reduzida dimensão.

    ESTÁGIO INDUSTRIAL

     ATÉ AOS ANOS 30

    O Marketing é orientado para o produto, resumindo-se à gestão das vendas e à promoção.

    O desenvolvimento dos meios de transporte modernos (caminho-de-ferro, barco, automóvel),

    transformou o espaço económico, permitindo o aparecimento de potenciais mercados de massa. A

    economia industrial era uma economia essencialmente vocacionada para criar mercados, os preços

    tinham de ser o mais baixos possível, não para lutar contar os concorrentes, mas para permitir a

    abertura dos mercados. O marketing limitava-se à distribuição física – logística- e à venda.

    ESTÁGIO DO CONSUMIDOR – ANOS 40 E 50

    Passagem de uma ótica de produção para uma ótica de mercado. Companhias orientadas para o

    consumidor.

    O estágio industrial levou a uma oferta abundante e a uma descida considerável dos preços, este fato

    em paralelo com o crescimento das economias familiares, leva a uma alteração nas empresas. A

    pouco e pouco, as empresas reconhecem que o mercado é o seu ativo mais precioso, até porque a

    concorrência foi evoluindo tornando as empresas cada vez mais dependentes das escolhas dos

    consumidores. O marketing não podia continuar a ser considerado como um conjunto de meios para

    escoar a produção ao melhor preço. Mas como uma forma de orientar, a partir do mercado, a política

    de produtos, os preços, a comunicação e a distribuição  – aparecimento do conceito Marketing Mix.

    No nosso país estas alterações deram-se um pouco mais tarde, por volta dos anos 60. Foramsobretudo mais visíveis com a entrada de multinacionais e das suas práticas de gestão

    ESTÁGIO DO VALOR – ANOS 70 E 80

    O marketing da diferenciação, pela segmentação, posicionamento e criação de valor.

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    O marketing assume uma importância crescente, não só na boa adaptação ao mercado, mas também

    ao nível da diferenciação das empresas. Estas últimas apostam na construção de marcas atraentes e

    em territórios diferentes dos da concorrência. A marca torna-se um capital que pode assumir um

    valor financeiro considerável. Para as desenvolver, as empresas apostam em posicionamentos bemdefinidos de acordo com a sua história, o seu território, os seus valores fundamentais e os objetivos

    pretendidos. O marketing que até à data era essencialmente transacional – cada compra é vista como

    uma transação isolada  –  evoluiu para um marketing relacional  –  interessa as necessidades e o

    consumo de cada cliente durante um período de tempo. Este tipo de marketing individualizado e

    personalizado (CRM  –  Customer Relationship Management) vem dar resposta à preocupação

    crescente das empresas em fidelizar cada vez melhor o cliente. A ideia de criação de valor com

    significado para o consumidor é, hoje, a base de todas as políticas de marketing com sucesso.

    ESTÁGIO RELACIONAL

     ANOS 90 -

     

    É a era do marketing relacional, das tecnologias da informação, do web marketing e do e-

    commerce.

    O desenvolvimento das novas tecnologias, em particular da web, permite antever uma evolução

    radical do marketing, voltando a conferir-lhe as virtudes da personalização, da interatividade e da

    relação como na época do marketing artesanal, mas abrindo-lhe novas perspetivas nomeadamente

    pela globalização. A internet está a provocar uma verdadeira revolução no marketing mas ainda é

    cedo para começar a tirar conclusões definitivas sobre o seu impacto na relação das organizações

    com os seus mercados. O que se pode com alguma segurança avançar é que no futuro a relação com

    os clientes será ainda mais próxima.

    5.1. UMA RETROSPETIVA DO SÉCULO XX

    Foi no século XX que o marketing assumiu o seu estatuto de cidadania enquanto filosofia e prática de

    gestão. Aqui fica uma síntese dos aspetos mais marcantes em cada década.

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    Ver:

    https://www.youtube.com/watch?v=5FcpzZVAyDs

    https://www.youtube.com/watch?v=4XTNHEC-8jQ

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    6.  Mercados

    Categorização, evolução e variáveis

    6.1. Conceito

    O conceito de Marketing assenta no pressuposto de que a actividade humana se desenvolve com

    base em processos de troca. A “arena” onde se desenrolam os processos de troca costuma ser

    designada por Mercado. Assim, podemos definir mercado como:

    O espaço geográfico e cultural onde se encontram os produtores e os seus públicos alvo, bem

    como outras entidades que directa ou indirectamente estão ligadas à actividade empresarial.

    Mercado real e Mercado potencial

    O mercado real é medido pelo volume de vendas efectivo de um produto ou conjunto de produtos

    num determinado período de referência.

    O mercado potencial é uma estimativa do volume máximo que as vendas de um produto ou conjunto

    de produtos poderiam atingir num determinado horizonte temporal e dentro de um conjunto

    específico de condições.

    Mercado aberto e Mercado fechado

    Em termos das posições concorrenciais, fala-se de mercados abertos ou fechados. Um mercadoaberto é aquele onde as posições dos concorrentes não estão consolidadas e o qual, como

    consequência, não está estruturado. Os mercados dos detergentes ou dos frigoríficos, por exemplo,

    são fortemente estruturados e por isso a entrada é difícil, devido à existência de várias barreiras à

    entrada no mercado, de ordem financeira, comercial ou tecnológica.

    Mercados pouco estruturados, são normalmente caracterizados pela existência de concorrentes que

    se comportam de forma semelhante. Em Portugal, antes do aparecimento da FNAC, o mercado das

    livrarias estava nestas condições. Nestes mercados existem muito mais oportunidades de entrada,

    permitindo por exemplo uma especialização dos concorrentes em áreas específicas ou o surgimento

    de soluções integradas como é o caso da FNAC.

    Mercado fragmentado e Mercado concentrado

    Também se costuma perspectivar os mercados classificando-os em fragmentado ou concentrado.

    Um mercado é concentrado quando está largamente dominado por um número reduzido de

    empresas ou marcas, podendo ser no limite apenas uma, como é o caso dos monopólios. Um

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    mercado é fragmentado quando é partilhado por diversas empresas ou marcas, tendo cada uma

    delas uma parcela diminuta; se existirem líderes, terão uma quota absoluta bastante reduzida. Estão

    nesta situação os mercados dos automóveis ou dos produtos farmacêuticos em geral.

    6.2. Evolução dos mercados

    Ciclo de vida

    Os mercados não são estáticos, como tudo na vida; eles evoluem ao longo do tempo e por isso se

    fala do conceito de ciclo de vida do mercado.

    É muito importante conhecer a fase do ciclo de vida em se encontra o mercado onde actuamos, pois

    as estratégias e políticas são diferentes em cada fase do ciclo de vida.

    O ciclo de vida de um mercado representa a sua evolução ao longo de um período de tempo ecompreende 4 fases: emergência, crescimento, maturidade e declínio.

    A fase de emergência caracteriza-se pelo aparecimento de novas competências ou oportunidades

    que permitem o surgimento de empresas ou a entrada em novos negócios de empresas já existentes.

    Aquelas que mais rapidamente conseguirem dominar essas competências e aproveitarem as

    oportunidades, adquirirão vantagens competitivas sobre os seus concorrentes. Surgem assim novos

    produtos e novas respostas a necessidades.

    Nesta fase torna-se necessário realizar investimentos e por isso a rendibilidade não costuma ser

    muito elevada, começando a aumentar na fase de crescimento, a qual é caracterizada por uma taxa

    de expansão mais elevada, fazendo aumentar a atractividade do negócio, chamando assim mais

    concorrentes. O factor chave de sucesso nesta fase é dotar-se de meios que permitam que a empresa

    cresça mais rapidamente do que os seus concorrentes.

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    A fase de maturidade é caracterizada por uma estabilização dos factores de evolução do jogo

    concorrencial. A fidelização dos clientes, a estabilidade das tecnologias e a fraca atractividade para

    novos concorrentes, concorrem para fixar as posições no mercado e estruturá-lo. Nesta fase é normal

    o desaparecimento de empresas, bem como fusões e aquisições entre os concorrentes, o que évisível na indústria farmacêutica, nas tecnologias de informação ou nos fabricantes de automóveis.

    O factor chave de sucesso nesta fase reside na adopção de uma estrutura que permita o

    melhoramento da produtividade e a redução de custos, pois as margens têm tendência a diminuir.

    A fase de declínio é acompanhada por uma modificação progressiva da estrutura da concorrência, na

    linha de evolução anunciada na fase de maturidade. Os principais concorrentes que se mantêm

    repartem entre si o mercado, cujo volume vai decrescendo a um ritmo mais ou menos acelerado. É

    normal darem-se reestruturações nas empresas e, se as barreiras à saída não são muito elevadas, os

    concorrentes poderão ir desaparecendo. O factor chave de sucesso nesta fase é a redução de custos.

    O Mercado do tabaco é normalmente apresentado como estando em declínio.

    6.2.1.Fatores de evolução dos mercados

    Todos os mercados evoluem no tempo, sob o efeito de factores variados. São eles:

    Factores de evolução a curto/médio prazos

    Conjuntura económica, política e social

    As variações conjunturais reflectem-se nas decisões de consumo, quer por parte das pessoas

    individualmente, quer por parte das empresas.

    Variações sazonais

    O consumo de muitos produtos varia ao longo do ano  – a venda de chocolates aumenta no Inverno

    e o consumo de gelados sofre significativo acréscimo no Verão. Existe assim uma certa fragilidade

    destes mercados, pois um Verão chuvoso e pouco quente pode provocar uma quebra nas vendas de

    gelados, apenas recuperável num próximo Verão quente.

    Factores de evolução a longo prazo

    O tempo

    Muitos mercados evoluem naturalmente ao longo do tempo, à medida que o consumo desses

    produtos se vai expandindo e entrando nos hábitos das pessoas, como por exemplo o dos

    microondas.

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    Efeito de substituição de produtos

    A substituição de muitos produtos por novos – com desaparecimento ou não dos antigos – provoca

    alterações qualitativas e quantitativas nos mercados. Por exemplo, o desaparecimento doscandeeiros de petróleo deu lugar à criação de um espantoso mercado da iluminação eléctrica e o

    surgimento das máquinas de barbear eléctricas permitiu, não só a criação desse mesmo mercado,

    mas também a expansão do próprio mercado concorrente – o das lâminas de barbear.

    A inovação tecnológica como geradora de novos mercados

    As Empresas procuram actualmente na tecnologia grandes fontes de inspiração para novos produtos

    e também para a criação de vantagens competitivas. Muitos mercados novos têm sido gerados por

    esta via, como o dos DVD.

    Grau de concorrência

    O aparecimento de novos concorrentes no mercado leva à dinâmica de desenvolvimento dessesmercados, como tem sido o da grande distribuição em Portugal (hipermercados, cash & carrie´s,

    grandes grossistas).

    Envolventes política, económica, cultural, demográfica, tecnológica e social

    De uma forma geral, os mercados são influenciados pelas condições gerais envolventes, o que, aliás

    é de fácil constatação quando apreciamos as cotações nas Bolsas de Valores, altamente sensíveis a

    acontecimentos externos da mais variada ordem. Estes factores de evolução podem ser objecto de

    algum controlo e influência por parte dos agentes económicos, pois as empresas são forças activas e

    actuantes nos seus mercados.

    6.3. Variáveis de mercado

    Nos processos de troca que ocorrem nos mercados existem vários intervenientes, os quais

    constituem o “mercado do negócio”. 

    Assim, para cada actividade, as principais forças em jogo são :

    • os clientes, sejam individuais ou empresariais; 

    • os intermediários, que constituem os distribuidores que possibilitam a chegada dos produtos ao

    cliente final;• os fornecedores de matérias-primas, equipamentos, etc.;

    • os produtores concorrentes directos ou semi directos, ou seja, todas as empresas que produzem o

    mesmo tipo de produto e satisfazem por isso as mesmas necessidades.

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    Para se compreender uma actividade é necessário identificar as forças em jogo e entender as suas

    formas de relacionamento.

    Outras forças têm influência no mercado, enquadrando o “mercado do negócio”, tais como: 

    • os concorrentes indirectos, ou seja, todos os concorrentes que fornecem soluções alternativas,

    embora estas sejam de carácter diferente. Por exemplo, um fabricante de automóveis, tendo como

    concorrentes directos os outros fabricantes de automóveis defronta-se com uma concorrênciaindirecta constituída por todas as outras formas de transporte;

    • os Governos, sejam os governos do próprio país, quer outras entidades supranacionais como por

    exemplo a Comunidade Europeia e a sua legislação;

    • os media, os quais constituem actualmente um poderosíssimo meio de comunicação, influenciando

    decisivamente as decisões de compra;

    • grupos de pressão, como por exemplo sindicatos ou associações sectoriais, grupos ecologistas e

    outros.

    Alargando ainda mais o conceito de mercado, poderemos ainda falar de forças políticas, sociais,demográficas e culturais, as quais enquadram os negócios delineando as grandes tendências

    mundiais.

    7.  Estudos de Mercado

    Os estudos de mercado destinam-se a recolher informações pertinentes e relevantes para a tomada

    de decisões de marketing.

    De uma forma geral, as empresas vão recolhendo informação do exterior através da sua atuação no

    negócio por meio de variadas fontes de informação.Existem fontes abertas, acessíveis a todos, e fontes fechadas (situação designada por “Marketing

    Intelligence” e praticada por grandes grupos a nível mundial). 

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    Podemos também falar de fontes internas e fontes externas.

    Fontes Internas:

    • Força de vendas 

    • Pessoal ingressando nos quadros e vindo de outras empresas

    • Dados internos sobre o negócio 

    Fontes externas:

    • Meios de comunicação em geral 

    •Congressos, Exposições, Feiras, Conferências e Seminários 

    • Organizações profissionais ou sectoriais 

    • Bases de dados e redes de comunicação (Internet e redes especiais)

    • Publicações especializadas (de organismos públicos, associações profissionais, etc.) 

    • Sondagens de mercado 

    É fundamental que as atividades sejam geridas com base em informação fiável e organizada; manter-

    -se informado do que se passa dentro da empresa e à sua volta não é apenas uma necessidade das

    grandes empresas. O Marketing é a antítese da gestão virada para o seu próprio “umbigo”,

    pressupondo a existência de uma grande abertura para o exterior.

    Deste modo, à medida que a sua actividade vai decorrendo, as empresas deverão sistematizar e

    organizer a informação que vai sendo recolhida do exterior e a que resulta do seu próprio negócio.

    Existem empresas especializadas em recolha de informação ao mercado, que a disponibilizam já

    organizada e sistematizada.

    Em situações específicas, existem também empresas especializadas em sondagens ao mercado,

    através de inquéritos conduzidos pelo correio, por telefone, por Internet, em contacto pessoal ou

    ainda por observação.

    Existe actualmente uma capacidade computacional que permite fácil e rapidamente um tratamento

    dos dados recolhidos em inquéritos efectuados.

    A esmagadora maioria destes estudos e sondagens é feita com base na técnica de amostragem, ou

    seja, apenas uma parte do mercado é estudada, não a sua totalidade, sendo os resultados

    posteriormente extrapolados para o universo em estudo, O segredo da real eficácia deste método

    reside na correcta identificação do perfil dos inquiridos e na formulação das questões a colocar-lhes,

    para que o estudo forneça resultados não enviezados, ou seja, fiáveis.

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    7.1. Segmentação

    Qualquer empresa que decida actuar num mercado tem muito claramente a percepção que precisadefinir qual o perfil tipo de cliente que pretende servir, para que possa identificar as suas

    necessidades e o modo de as satisfazer.

    Muitas empresas orientaram a sua filosofia de negócio para uma gestão baseada no princípio de que

    seria mais rentável produzir grandes quantidades de um produto e vendê-lo a um número muito

    alargado de pessoas – foi o caso de Henry Ford com o seu Ford T ou da Coca-Cola.

    Porém, à medida que a concorrência se foi intensificando, os preços foram-se nivelando e as margens

    baixando. Os empresários mais argutos decidiram então procurar uma diferenciação dos seus

    produtos, ou seja, introduzir diversidade e assim permitindo flexibilizar a política de preços; assiste-

    se então a uma explosão na criação de marcas e versões de produtos dirigindo-se a diferentes tiposde clientes.

    Surgem deste modo um enorme número de critérios que se combinam entre si, proporcionando

    perspectivas diferentes do mercado dos clientes potenciais.

    A este trabalho chama se Segmentação de mercado.

    Segmentar um Mercado, consiste em dividi-lo em distintos subconjuntos de clientes, podendo

    cada um desses subconjuntos, homogéneo no seu interior, ser escolhido como um alvo de mercado

    específico.

    Trata-se de um conceito muito poderoso, pois a visão segmentada do mercado abre oportunidades

    de negócio, visto que permite a identificação de conjuntos de clientes com necessidades específicas

    às quais as empresas poderão dar resposta.

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    7.1.1.  Critérios de segmentação

    Os critérios de segmentação representam as formas de olhar para os clientes e depende dasensibilidade e perspicácia do gestor de marketing conseguir identificar os critérios mais adequados

    para o seu negócio.

    Alguns critérios de segmentação estão já bastante trabalhados, embora novos critérios possam surgir

    à medida que os olhares atentos dos gestores de marketing perscrutam os mercados.

    Existem três grandes critérios, usados separadamente ou em conjunto, e que se baseiam nas

    características gerais dos Consumidores:

    •Geográficos 

    O mercado é dividido em unidades territoriais, tais como países, regiões, cidades, bairros, etc.. Estaé uma forma muito comum nas grandes empresas que possuem forças de vendas, pois normalmente

    distribuem regiões específicas a cada um dos vendedores, independentemente de combinarem este

    critério com outros.

    Ainda em termos geográficos, é possível fazer segmentação por zonas climáticas, proximidade ou

    afastamento do mar, tipo de relevo, zonas urbanas ou rurais, etc..

    • Sócio-Demográficos

    Este tipo de segmentação consiste em decompor o mercado com base em critérios como: idade,

    género, dimensão da família, tipo de casa, rendimento, nível de estudos, profissão, nacionalidade,

    religião, etc… 

    • Psicográficos 

    Este critério tem a ver com a classe social, o estilo de vida e a personalidade. A classe social exerce

    uma profunda influência nas decisões de consumo relativamente a locais de frequência, escolha de

    automóveis, vestuário, móveis, lazer e práticas culturais.

    O estilo de vida tem a ver com o modo distintivo e característico de fazer as suas escolhas. Os

    fabricantes de automóveis preocupam-se já com este tipo de segmentação e procuram ter na sua

    carteira de produtos, quer modelos que privilegiam a segurança e o conforto, quer modelos para

    quem gosta da vida desportiva e de ar livre, nos quais o conforto e a segurança são vistos de forma

    completamente diferente, quer ainda os modelos que permitem elevadas performances para osamantes das velocidades.

    Quanto à personalidade, existem diferenças substanciais entre os consumidores, sendo uns mais

    conservadores e outros mais inovadores, uns mais tímidos e outros mais aventureiros, etc..

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    Existem ainda outros critérios de segmentação que se baseiam no comportamento do consumidor

    perante o produto.

    Encontramos assim 4 critérios principais:

    • Ocasião de Compra 

    É muito comum estabelecer-se uma distinção entre as chamadas viagens de trabalho e viagens de

    lazer, pois o comportamento é obviamente diferente; quando se viaja em trabalho privilegia-se nas

    escolhas de hotel a proximidade do local de trabalho e em muitos casos a imagem que a estadia em

    determinado hotel proporciona, mas ao viajar em lazer o preço irá certamente ditar a escolha.

    • Benefícios procurados 

    Para um mesmo produto as motivações de compra dos consumidores poderão apresentar muitas

    diferenças; por exemplo na compra de um dentífrico, os benefícios procurados poderão ser o

    tratamento das gengivas, a brancura dos dentes, o sabor, um preço baixo, etc.. Estas diferentesmotivações poderão dar lugar à criação de produtos especificamente destinados ao grupo que

    apresenta cada uma destas preocupações e eventualmente até a combinação de algumas delas.

    • Utilização 

    O volume ou taxa de utilização pode ser um critério que dê origem à identificação de grupos de

    clientes específicos; é muito normal , sobretudo nos negócios entre empresas, que os clientes com

    maior volume de compra beneficiem de condições especiais. Igualmente se tornou muito comum o

    “prémio de  fidelidade” para consumidores individuais, incluindo até a emissão de “cartões de

    fidelidade”, alguns deles personalizados.

    • titudes

     

    Relativamente a um produto existem sempre atitudes diferentes por parte dos potenciais

    consumidores; assim, existem aqueles que desconhecem o produto, aqueles que apenas conhecem

    a sua existência, outros que já estão bem informados mas a quem o produto não interessa e os que

    estão bem informados e a quem o produto interessa, e ainda aqueles que estão desejosos de o

    adquirir e finalmente, aqueles que têm intenção de o adquirir num futuro próximo.

    Cada uma destas atitudes poderá dar origem a programas de marketing específicos.

    A escolha de segmentos alvo:

    Sempre que segmentam o mercado, as empresas são confrontadas com a necessidade de avaliar os

    diferentes segmentos identificados.

    Os principais factores de avaliação são quatro:

    • Mensurabilidade do segmento

     

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    Um segmento de mercado cuja dimensão seja impossível ou difícil de avaliar não é muito

    aconselhável como escolha para segmento alvo, pois as previsões de venda que se possam fazer são

    pouco fiáveis.

    • Substancialidade do segmento

     

    Esta característica diz respeito ao poder de compra que o segmento alvo potencialmente terá; apenas

    valerá a pena considerar um segmento de mercado como alvo de um programa de marketing se ele

    possuir conteúdo em termos de resposta económica.

    • tingibilidade do segmento

     

    Esta condição significa que apenas interessará trabalhar um segmento se for possível chegar até ele,

    quer em termos de comunicação, quer de venda.

    Acionabilidade do segmento

    Finalmente, como condição final, interessa perceber se o segmento poderá estar interessado na

    oferta ou se estará desatento ou desinteressado; nessa situação, será necessário avaliar se o

    investimento a fazer para o accionar terá ou não retorno em termos de resultados financeiros.

    A partir da análise destes aspectos, a empresa tomará a decisão sobre os segmentos de

    mercado onde a sua acção irá recair. Definirá assim aquilo a que chamamos os mercados alvo.

    Mercado alvo  é qualquer segmento de mercado identificado como objectivo específico de um

    programa de marketing.

    A partir da identificação dos segmentos que irão ser considerados como alvo, será construída a Oferta

    da Empresa (Marketing Mix – Produto, Preço, Publicidade, Distribuição, Pesquisa e Público-alvo)

    7.2. Estudo de Mercado - Objetivos e técnicas

    Os Estudos de mercado têm por base fundamentar a tomada de decisões em Marketing. A

    quantidade e a natureza das informações a recolher dependerão do tipo de problema a resolver.

    Uma das tarefas essenciais é identificar quais as informações necessárias para preparar as decisões.

    Porque deve uma Empresa recorrer a Estudos de Mercado?

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    Sempre que tiver de tomar decisões de marketing importantes, tais como:

    - Expandir a área geográfica de atuação

    - Entrar em novos segmentos de mercado

    - Entrar em novos canais de distribuição

    - Lançar ou aperfeiçoar produtos/serviços

    - Reestruturar equipa de vendas

    - Escolher um novo ponto comercial

    - Definir os produtos e serviços a serem comercializados seja em variedade, qualidade, características

    etc.

    - Definir os meios de divulgação mais adequados

    - Reestruturar preços

    - Posicionar produtos e marcas

    - Iniciar um novo negócio

    Para que servem os Estudos de Mercado?

    Para conhecer e “manipular” o mercado consumidor e concorrente

    Dimensionar a procura- 

    Verificar a presença do público-alvo (clientes atuais e potenciais)

    Avaliar os resultados das Ações de Marketing

    Identificar e dimensionar os problemas e as necessidades

    Observar tendências

    Avaliar a satisfação dos consumidores

    Testar produtos e decisões estratégicas antes do lançamento/ implementação

    Analisar a concorrência (quantidade e agressividade)

    “Manipular” o comportamento dos diferentes segmentos.

    7.2.1.  Tipos de Pesquisa

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      Quantitativa: Preocupa-se com a mensuração do mercado (dados quantitativos)

    Tamanho do mercado

    Concorrência

    Frequência de compras

    Dimensão do segmento

    Realizada através de questionários a serem preenchidos por pessoas que pelo perfil se integram no

    Mercado-alvo.

      Qualitativa: Preocupa-se mais do que “medir”, conhecer e entender o mercado

    Avalia perceções do consumidor

    Avalia atitudes, preferências, etc.

    Reúne-se um grupo de pessoas com perfil do mercado-alvo para emitirem opinião sobre vários

    aspetos do produto/serviço, concorrência etc.

    7.2.2.  Etapas do Estudo de Mercado

    Qualquer Estudo de Mercado deverá compreender cinco etapas:

    Etapa 1 - Definição e formulação do problema (objetivos que se pretendem atingir)

    Etapa 2 - Planeamento do estudo (fontes, morosidade, orçamentação)

    Etapa 3 - Recolha da informação

    Etapa 4 - Análise da informação (tratamento de dados)

    Etapa 5 - Apresentação e análise de resultados

    7.3. Dados e Fontes de Informação

    Dependendo do estudo a desenvolver e dos objetivos a atingir será necessário saber como e ondeobter informação.

    O desenvolvimento de um estudo de mercado poderá exigir a obtenção de dados secundários,

    primários ou ambos.

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    Os dados secundários poderão ser obtidos através de fontes internas da empresa ou através de fontes

    externas à empresa.

    A primeira grande Fonte de informação dos dados secundários são as fontes internas da empresa.

    Fontes internas de informação:

    -  Estatísticas de Venda (por produto/ cliente/região)

    -  Relatório de Força de Vendas (volume, evolução, perceção etc.)

    Dados contabilísticos e financeiros

    Fontes Externas de Informação:

    Órgãos Estatais (ex. INE)

    Associações (ex. Associação comercial de Leiria)

    Sindicatos- 

    Empresas privadas de estudos de mercado

    Publicações

    As Fontes de dados secundários, são uma forma de obter dados sem ter de se conceber um estudo

    de mercado de raíz. Têm a vantagem de ser menos dispendiosas e mais céleres.

    Existem várias empresas e organizações com abundância de informação já recolhida e publicada e

    que a comercializam a um valor muito menor do que aquele que teríamos de dispor caso quiséssemos

    recolhê-la nós próprios.

    Organizações que prestam informação:

    INE (para dados económicos, setoriais, demográficos e industriais)

    Dun & Bradstreet (para dados sectoriais e empresariais)

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    Martes (para dados de marketing, sociológicos e económicos)

    Nielsen (para dados sobre produtos de grande consumo)

    Departamentos Governamentais (entre outros, a Direção geral do comércio e da concorrência, Bancode Portugal, ICEP, *IFADAP, etc.)

    Os dados primários  são aqueles que se reúnem especificamente para o objetivo do estudo

    pretendido.

    Aquando o recurso de ambos os dados (primários e secundários), a busca dos dados primários só é

    executado após a obtenção dos dados secundários existentes.

    Estudos Qualitativos

    Muitas empresas dão mais importância aos estudos quantitativos por serem mensuráveis.

    No entanto, os estudos qualitativos poderão ser diversos e de muita qualidade desde que seja feito

    o recurso a profissionais adequados, entre outras a área de psicologia, com o objetivo de mediante

    conversas, analisar um tema que seja difícil de analisar de outra forma.

    Poderão ser entrevistas de profundidade a vários indivíduos em isolado ou entrevistas de grupo  –

    Focus Group, a vários indivíduos em simultâneo.

    Estas entrevistas poderão avaliar os benefícios que as pessoas depreendem dos produtos e os termos

    que utilizam para os qualificar, com o intuito de direcionar a estratégia de marketing em direção a

    esses atributos e termos.

    Estudos Quantitativos

    Entrevistas

    Inquéritos postais

    Inquéritos por telefone

    Inquéritos via correio electrónico ou internet

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    Inquéritos face-a-face

    Inquéritos por observação

    Tipos de Perguntas:

    Abertas

    Na sua opinião, quais são as principais qualidades de um automóvel?

    Fechadas

    Qual é a cor do seu automóvel?

    Formatadas

    Qual das seguintes razões o levou a escolher o Supermercado XPTO para as suas compras?

    Baixo preço/ proximidade de casa/ variedade de produtos/ ambiente agradável / outro (qual)

    Escala de atitudes

    Discordo totalmente/ Discordo/ sem opinião/ Concordo/ Concordo plenamente

    Fatores importantes a ter em conta na elaboração de um questionário:

    1- 

    Fazer um pré-teste de questionário

    2- 

    A redação deverá ser simples e objetiva

    3- 

    Linguagem a utilizar de acordo com o público-alvo

    4- 

    Não deverá ser demasiado longo

    5- 

    Dar incentivos ao inquirido

    6- 

    Possibilidade de anonimato

    7- 

    Deverá conter uma mensagem de motivação e de agradecimento

    (Consultar manual Questionário)

    Depois de realizados todos os questionários, os dados deverão ser devidamente tratados com o

    objetivo de:

      Fazer análises e tirar conclusões

      Efetuar o relatório do estudo

    O Relatório do Estudo vai permitir tomar decisões

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    Síntese

    -  A Revolução Industrial criou as grandes empresas industriais e iniciou a época da Produção

    em massa.

    -  O Marketing surgiu devido à saturação dos mercados e à constatação de que todo o processo

    produtivo deve ter origem na identificação das necessidades dos clientes potenciais.

    O Mercado é a arena onde se desenrolam os processos de troca.

    -  O Mercado é constituído pelo ambiente de negócio (produtores concorrentes, seus

    fornecedores, intermediários e públicos alvo) e pelo ambiente macro (meios de

    comunicação, grupos de pressão, envolventes tecnológica, política, sócio demográfica,

    institucional e cultural.

    Os Mercados têm um ciclo de vida constituído por 4 fases: emergência, crescimento,

    maturidade e declínio.

    O estudo do mercado é fundamental para a gestão dos negócios.

    A segmentação do mercado é um instrumento que se baseia na divisão dos clientes em sub

    conjuntos homogéneos através da aplicação de critérios variados.

    Os segmentos de mercado têm de ser mensuráveis, substanciais, atingíveis e accionáveis

    para que possam ser rentavelmente considerados como segmentos alvo.

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    Bibliografia:

    • Celeste, Pedro (2005), Estratégias de Marketing – colectânea de casos portugueses, Escolar

    Editora

    • Kotler, Philip, Keller, Kevin Lane (2006), Marketing Management 12e, Editora Prentice Hall 

    • Kotler, Philip (2003), Marketing de A a Z, Editora Campus 

    • Kotler, Philip (2005), Marketing Essencial, Editora Prentice Hall 

    • Lindon, Denis, Lendrevie, Jacques, Lévy, Julien, Dionísio, Pedro, Rodrigues, Joaquim Vicente 

    (2004), Mercator XXI, Editora Dom Quixote

    • Pina e Cunha, Miguel, Duarte, Margarida, O´Shaughnessy, Nicholas, Mercelino, Ana Regina 

    (2004), Marketing – Conceitos e casos portugueses, Escolar Editora

    • Pires, Aníbal (2002), Marketing – Conceitos, técnicas e Problemas de gestão, Editora Verbo

    • Souza, Francisco Alberto Madia de (2005), Os 50 Mandamentos do Marketing, Editora MBooks 

    • Zikmund, William G.(2006), Princípios de pesquisa de Marketing, Editora Thomson 

    www.forma-te.com/mediateca