Manual CBC módulo 3
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7/31/2019 Manual CBC mdulo 3
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MANUALCuidados Bsicos comCrianas
FORMADOR
ngela Poas
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NDICE
1. INTRODUO ............................................................................................................................... 3
2. OBJECTIVOS ................................................................................................................................ 4
4. CONCLUSO .............................................................................................................................. 41
5. ANEXOS ....................................................................................................................................... 43
6. GLOSSRIO ................................................................................................................................ 44
7. EXERCCIOS ............................................................................................................................... 45
8. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ......................................................................................... 46
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1. INTRODUO
A Pedagogia a cincia da educao das crianas e arte e a tcnica de ensinar.
As actividades pedaggicas so as actividades (as aces) utilizadas para ensinar
algo s crianas.
Este mdulo tem ento por objectivo, que os formandos sejam capazes de
conceber actividades para as crianas, sejam capazes de colocar em prtica
essas actividades e sejam capazes de acompanhar essas actividades, fazendouma avaliao do que foi realizado.
A planificao dessas actividades dever estar sempre relacionada com o
quotidiano das crianas.
Vamo-nos centrar nos seguintes aspectos:
Como observar as crianas para as conhecer;
Como nos devemos relacionar e comunicar com as crianas;
Como nos devemos relacionar e comunicar com adultos;
Como trabalhar em equipa;
Que atitudes e comportamentos devemos ter ao fazer esse trabalho:
Responsabilidade, Iniciativas pessoais, Capacidade de autocrtica,
Capacidade de reformular as suas aces
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2. OBJECTIVOS
No final do mdulo, o formando dever ser capaz de planificar,
desenvolver e acompanhar actividades pedaggicas relacionando-as com
o quotidiano das crianas.
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3. CONTEDOS/TEMATICAS
1. Observao e conhecimento individualizado das crianas: tcnicas eprocedimento
Objectivos Especficos:
No final do mdulo, o formando dever ser capaz de reconhecer correctamente
uma ficha de observao e uma tabela de comportamentos, estando peranteexemplos fornecidos.
No final do mdulo, o formando dever ser capaz de construir um instrumento deobservao, que deve conter pelo menos 3 dos seguintes campos: nome dacriana, idade, data, descrio da actividade, situao observada.
Contedos:
Para planificar uma actividade com crianas, interessa antes de tudo, observar ascrianas, ter conhecimento do seu desenvolvimento, das suas caractersticas, demodo a que as actividades sejam adequadas sua faixa etria e ao seudesenvolvimento.
importante observar para conhecer as crianas, as suas capacidades,interesses e dificuldades. S assim possvel passar para a planificao dasactividades, estimulando o desenvolvimento e promovendo aprendizagenssignificativas.
A observao da criana pode ser efectuada de duas formas:
Observao naturalista, onde o educador observa a criana sem que estase aperceba;
Observao sistemtica, que uma observao detalhada e com recursoa instrumentos de registo.
Exemplos de instrumentos de observao:
UNIDADEESTUDO (U.E)
ACTIVIDADES PEDAGGICAS NO QUOTIDIANO DACRIANA
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1. Grelha de Observao
Este tipo de registo deve ser utilizado quando no queremos analisar nada em
particular e s pretendemos ter uma ideia geral do comportamento da criana.Anota-se tudo o que se pensa que importante.
Ficha de observao
Nome: ________________ Idade: _____
Actividade1:__________________________________________________
____________________________________________________________ Actividade 2:________________________________________________________
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2. Tabela de comportamentos
Este tipo de registo deve ser utilizado quando sabemos exactamente o quequeremos observar. Ajuda-nos a ter uma ideia do comportamento e evoluo decada uma das crianas.
Tabela de comportamentos 1
Fazactividades
Arrumabrinquedos
amigo
Obedece educadora
Hlder
Carolina
Paulo
Ldia
Atravs desta tabela de comportamentos conseguimos ver, por exemplo, que oHelder arruma brinquedos, amigo e obedece educadora. A Ldia fazactividades e amiga. Relativamente ao item arruma brinquedos conseguimosver que o Helder e o Paulo arrumam brinquedos, mas a Carolina e a Ldia no o
fazem.
Partindo desta observao de comportamentos, poder ser importante planificardeterminadas actividades inseridas nas rotinas dirias, que promovam a noo deque necessrio arrumar os brinquedos aps a sua utilizao.
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Tabela de comportamentos 2
Conhece asletras
Conhece osnmeros
Desenha bemcasas
Desenhabempessoas
Joo
Liliana
Maria
Exerccios:
Exerccio fichas de observao e tabelas de comportamento (identificao)
Exerccio: visualizao de um vdeo (observao de crianas); registo daobservao; registo da observao em grelhas de observao e tabelas decomportamento. (vdeo crianas brincando observao)
Exerccio elaborar um instrumento de observao (vdeo child observation)
Referncias Bibliogrficas:
Estrela, Albano (1994). Teoria e prtica de observao de classes umaestratgia de formao de professores. 4 edio. Porto Editora
2. Relao e comunicao com as crianas
Objectivos Especficos:No final do mdulo, o formando dever ser capaz de identificar correctamente oselementos do processo de comunicao.
No final do mdulo, o formando dever ser capaz de identificar vantagens daeducao das crianas para a assertividade.
No final do mdulo, o formando dever ser capaz de diferenciar correctamente os4 estilos educativos parentais, a partir dos exemplos fornecidos.
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Contedos:
O que comunicar?
Comunicar por em comum ideias, pensamentos e sentimentos.
Podemos comunicar atravs de:
- De signos verbais (linguagem)
- De gestos
- De expresses faciais
- De posturas corporais
- Do nosso vesturio
- De silncios
Elementos da comunicao:
Emissor
Receptor Canal Mensagem (cdigo) Canal
Emissor
O que emite ou transmite a mensagem; o ponto de partida de qualquermensagem.
O emissor deve ser capaz de perceber quando e como pode entrar emcomunicao com o outro; deve ser capaz de transmitir uma mensagem que inteligvel para o receptor.
Receptor
aquele a quem se dirige a mensagem. Deve estar sintonizado com o emissorpara entender a mensagem. Ele ser tanto mais receptivo quanto maior for a suaabertura ao outro. No s importante que ele compreenda a mensagem mas
tambm que a capte e aceite.
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Mensagem
o contedo da comunicao. o conjunto de sinais com significado. A selecoe o arranjo desses sinais segundo determinadas regras chama-se codificao.
O emissor codifica a mensagem e o receptor interpreta a mensagem, d-lhesignificado, descodificando-a.
Canal
todo o suporte que serve de veculo a uma mensagem. O canal mais vulgar oar. Existem outros canais, tais como: a carta, o livro, o telefone, a rdio, a TV, o e-mail.
Para que o emissor verifique se a sua mensagem foi correctamente recebidadever obter informao de retorno (feedback). Deste modo poder decidir se temque emitir novamente a mensagem ou se pode continuar a sua emisso.
A linguagem pode ser verbal e no verbal.
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A linguagem verbal a que utiliza signos: pode ser escrita ou falada.
A linguagem no verbal aquela que se processa atravs de gestos, posturas,
mmica, expresses faciais, tipo de objectos e vesturio que usamos, comovivemos o nosso tempo e ocupamos o nosso espao, os silncios, etc.
A linguagem no verbal importante para o processo de comunicao.
Atravs da linguagem no verbal transmitimos as nossas emoes e os nossossentimentos e confirmamos ou no as mensagens verbais. Muitas vezes, estacomunicao no intencional, mas nem por isso deixa de ser mais expressiva. Omodo como pronunciamos as frases to significativo, ou ainda mais, do que o
seu contedo verbalizado.
Aspectos fundamentais para uma boa comunicao oral, na relao face a face.
Falar de forma clara. No falar muito alto nem muito baixo. Tratar a pessoa pelo nome (se for conhecido). Acompanhar as palavras com gestos abertos. Olhar o interlocutor.
Apresentar um ar simptico e atencioso.
Barreiras comunicao
So tudo aquilo que impede ou distorce a comunicao, impedindo a recepo outransmisso correcta e fiel da mensagem.
Exemplos de barreiras comunicao:
Os rudos. Os valores e as crenas de cada indivduo. Os medos inerentes s pessoas e aos assuntos. A linguagem demasiado tcnica ou imperceptvel. Etc
As barreiras comunicao podem agrupar-se em dois grandes grupos:
Internas (inerentes ao sujeito). Externas (inerentes ao meio exterior).
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Comunicar com crianas
No caso da comunicao com crianas, o adulto emissor tem de ter em ateno a
idade da criana e o seu desenvolvimento cognitivo. O desenvolvimento
cognitivo vai acontecendo com o aumento da idade logo a comunicao vai sendo
cada vez mais eficaz.
Estas so as principais caractersticas da comunicao quando estamos perante
crianas.
No entanto, h ainda outros aspectos a considerar quando se trata da
comunicao e relao com crianas.
Os pais ou os educadores devem ter presente que dar feedback criana, tanto
crticas como elogios mais do que til, essencial. difcil para as crianas
ficarem motivadas, e impossvel para elas manterem-se motivadas, quando no
tm certeza se esto ou no no caminho certo. Sem dvida que transmitir
informao bem estruturada e frequente feedback uma das coisas mais
importantes na rdua tarefa educacional dos pais ou educadores.
Mas, como todos os pais sabem, s vezes o feedback que se d parece ser tudo
menos motivador e orientador. Mesmo com as melhores intenes, as palavras de
encorajamento ou desaprovao podem facilmente sair pela culatra ou parecem
cair em saco roto, e muitos de ns temos dificuldade em entender o porqu.Felizmente, estudos cientficos sobre motivao lanaram luz sobre a razo
porque alguns tipos de feedback funcionam e outros no.
Comunicar de forma assertiva com as crianas
Comunicar de forma assertiva saber exprimir pensamentos, sentimentos e
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convices; comunicar de forma directa no violando os direitos dos outros.
Regra 1
Quando as coisas no correm bem, devemos ser realistas. No fcil dizer
criana que ela errou (ou que agiu de forma inadequada), sabendo que pode
causar ansiedade, decepo ou constrangimento. Mas no devemos cometer o
erro de proteger os sentimentos da criana custa de no dizer-lhe o que ela
realmente precisa ouvir. Sem feedback honesto a criana no pode descobrir o
que fazer de forma diferente (adequadamente) da prxima vez.
Alm disso, no devemos retirar o sentido de responsabilidade criana pelo que
correu mal (assumindo que ela na verdade no o principal responsvel), s
porque no queremos ser duros com ela. Transmitir-lhe uma verdade distorcida,
proteg-la de experimentar a frustrao e de gerir o seu prprio erro ou fracasso,
dizendo que ela tentou o seu melhor quando est claro que ela no fez, pode
deix-la sentir-se impotente para melhorar, e inibir a experincia de arranjar uma
forma de saber fazer melhor da prxima vez.
Regra 2
Quando as coisas correm mal, instala-se a dvida, devemos combater isso. A
criana precisa de acreditar que o sucesso est ao seu alcance, no importando
os erros que cometeu no passado. Para implementar esta estratgia, devemos
aplicar o seguinte:
Ser especfico. Observar o que precisa ser melhorado e o que que
exactamente pode ser feito para melhorar?
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Enfatizar as aces que ela tem capacidade para mudar. Falar sobre os
aspectos do desempenho que dependem dela, como o tempo e o esforo
que ela colocou em prtica, ou o mtodo de estudo que ela usou. Evitar elogiar o esforo quando isso no trouxer nenhum benefcio. Muitos
pais tentam consolar as crianas, dizendo coisas como Bem querida, voc
no fez muito bem, mas trabalhou duro e realmente tentou o seu melhor.
Esta afirmao at pode parecer reconfortante, mas no o , a menos que
seja uma situao sem sada, desde o incio.
Estudos mostram que ser elogiado por esforo depois de uma falha no s fazas crianas sentirem-se estpidas, como tambm lhes transmite a noo que
elas no podem melhorar. Nestes casos, realmente melhor restringirmo-nos a
comentrios puramente informativos. Se o esforo no o problema, deveremos
ajudar a criana a descobrir o que , e o que pode ser feito no sentido de lhe
transmitir confiana e melhorar o processo que levou ao insucesso, falha erro ou
comportamento inadequado.
Regra 3
Quando as coisas vo bem, devemos evitar elogiar a habilidade. Todos ns
gostamos de ouvir o quo inteligente e talentoso que somos, e to naturalmente
assumimos que a nossa criana quer ouvir tambm. claro que elas gostam. Mas
no o que elas precisam de ouvir para se manterem motivadas.
Estudos mostram que quando as crianas so elogiadas por terem uma elevada
capacidade, isso deixa-as mais vulnerveis insegurana quando so
confrontadas com um desafio mais tarde, principalmente um desafio que seja
difcil e possa apresentar-se como uma frustrao. Se ser bem sucedido significa
que ela inteligente, ento ela provavelmente ir concluir que no inteligente
quando tem de esforar-se mais que o normal ou o desafio parece ser demasiado
exigente, ou pior,
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quando no consegue ser bem sucedido.
Devemos certificar-nos de que tambm elogiamos os aspectos do desempenho
da criana, principalmente aqueles que esto sobre o controlo dela (que ela
capaz de executar). Devemos falar sobre a sua abordagem criativa, o seu
planeamento cuidadoso, a sua persistncia e esforo, a sua atitude positiva.
Elogiar as suas aces, no apenas as habilidades. Dessa forma, quando a
criana se encontrar em dificuldades mais tarde, vai lembrar-se o que a ajudou a
ter sucesso no passado e colocar esse conhecimento ao seu servio, fazendo
uma boa utilizao da experincia anterior.
Educar para a assertividade vantagens a longo prazo
A assertividade uma habilidade de comunicao que se deve estimular logo nainfncia, esse comportamento constri-se passo-a-passo, proporcionando assimrelacionamentos mais saudveis e o aumento da auto-estima.
Esse comportamento d criana a capacidade de no se deixar manipular,evitando assim situaes desagradveis.
Como pais e educadores devemos ajudar as crianas a aprender a ouvir, aesperar pela sua vez para falar e nunca reagir de forma violenta quando hconfronto de opinies.
Conclui-se que a assertividade ter uma maior liberdade de escolha, aumentandoo respeito por ns prprios, melhorando assim o relacionamento com os outros.
Deste modo ao incentivar a criana a adoptar um comportamento assertivo,estamos a contribuir para uma mudana de atitudes e mentalidades, melhorandoo futuro da nossa sociedade.
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Relacionamento e educao na infncia
O relacionamento entre as crianas varia consoante a idade dos pares,
consoante o sexo das crianas e consoante a personalidade das mesmas.
A relao das crianas com os adultos tende a variar consoante a simpatia que
as crianas sentem por cada adulto, varia consoante a personalidade.
As relaes entre os adultos tendem a influenciar as crianas, os adultos so
os modelos que as crianas seguem, dai que acabem por ser imitados:
Se as relaes entre os adultos forem uma relao harmoniosa, as
crianas tornam-se normalmente meigas, carinhosas e afveis
Se as relaes entre os adultos forem conflituosas, as crianas tendem asentir-se ansiosas, revoltadas ou at mesmo violentas.
Um outro aspecto importante a considerar na comunicao com as crianas ochamado estilo parental de educao.
Os estilos educativos parentais;
Definio:
referem-se forma como os pais participam no crescimento da crianasocializando-a e deixando-a explorar o mundo, e tambm forma como essesmesmos pais transmitem criana valores como o respeito, a tolerncia e aaceitao dos outros. Ramalho (2002)
Estilos
educativos
Caractersticas Perigos Vantagens
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Estilo Autoritrio(muito controlo,pouco afecto)
*o poder exercido pelospais, e os filhos devem-lhe
obedincia indiscutvel;
*defende a preparao dacriana para a vida l fora;
*.a disciplina deve serimposta de forma rigorosa einflexvel;
*h uma forte conteno desentimentos, bem comoabsteno de opinies daparte da criana;
*defende que o mundo umlugar competitivo e exigente,no qual precisodemonstrar fora, sacrifciopara vencer;
*este estilo pode representarum ataque directo auto-estima
da criana, j que ela ensinada a no confiar nassuas prprias capacidades deraciocnio e discernimento. Ouseja, -lhe incutida a ideia deque sozinha no capaz. Almdisso, por ser constantementecriticada, a criana sente-sederrotada, pois nunca conseguedizer ou fazer algo que agradeos pais;
*a criana pode apresentarfalsa passividade e aceitao equando se encontrar longe dospais repressores pode tornar-sedescontrolada pela suanecessidade de liberdade;
* pode provocar agressividade erebeldia na criana em reacoa um ambiente altamentepunitivo;
*este estilo pode suscitar,ainda, dois tipos de reacesextremas nos adultos, filhos depais autoritrios , quando setornam pais:- podem ser to autoritriosquanto os seus prprios pais,perpetuando a autoridade;- ou, podem tornar-setotalmente permissivos , poisdefendem que no querem
perpetuar o ciclo de repressosentido na infncia.
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Estilo Permissivo(pouco controlo,
muito afecto)
* no h limites impostos criana ela faz o que quere tem o poder;
* a criana recebe poucaorientao em termos decomportamento;
* confunde o afecto com aliberdade sem controlo;
* no ensina criana orespeito pelos outros;
* no ajuda a criana aresolver os problemas.
* a criana no aprende acontrolar as suas emoes, temdificuldade em seguir regras em
outros contextos (por ex.escola) e pode ser rejeitadapelos colegas porque no sabe,por exemplo, esperar a sua veznas brincadeiras;
* podem surgir sentimentosnegativos da parte do adultoque toma conta da criana, poisesta exige muito controlo e tempouca noo dos sentimentosdos outros quando os magoa;
*na vida adulta, essas pessoaspodero apresentar dificuldadesno relacionamento com outraspessoas, por no saber partilharexperincias, no tolerarem afrustrao e no sabem darnem receber afecto.
Estilo Indiferente(pouco controlo,pouco afecto)
* acompanha apermissividade com a
ausncia de carinho;*considera os sentimentosda criana como triviais;
*no h controlo doscomportamentos da criana,vivendo esta de uma formaquase independente dospais;
*no h regras;
*os comportamentosadequados no soreforados e oscomportamentosinadequados no sopunidos ou so punidos deforma inconsistente;
* no ensina o respeitopelos outros.
* podem surgir atrasos nodesenvolvimento da criana
(por exemplo, a nvel dalinguagem e a nvel motor)porque a interaco com ospais pobre, ou seja, a crianano devidamente estimulada;
*ausncia de empatia e procurade afectos nos pais ou noutraspessoas;
*ausncia de controlo dosimpulsos e dificuldades de
resoluo de problemas;
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Estilo Orientador(controlo e afecto)
*controlo sem punioexagerada;
*presena de liberdade,carinho e compreenso semser demasiado permissivo,fomentando o respeitomtuo;
*transmisso clara econsistente dos limites doscomportamentos da criana;
*os comportamentosadequados so reforados;
* os comportamentosinadequados soimediatamente punidos;
*maiorprobabilidade
da criana serobediente,independentee socialmenteadequada;
*maiorprobabilidadeda criana termelhorcontrolo dosimpulsos edas emoes;
*maiorprobabilidadeda crianadesenvolveruma melhorcapacidade deresoluo deproblemas ede
aprendizagem;*boa relaodos pais coma criana edesta com osoutros.
Resumindo
Pais Autoritrios:
disciplina imposta de forma dura e austera, obedincia incondicional da criana; relao pobre; reduzida troca de afectos; conflitos.
Existe muito controlo / pouco afecto.
Pais Permissivos:
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dificuldades em impor regras e limites; no ensinam a partilha e a respeito pelo outro.
Existe pouco controlo / muito afecto.
Pais Indiferentes:
demonstram pouco interesse pela criana e pelo que ela capaz de fazer; Irritam-se e aborrecem-se quando a criana tenta partilhar emoes e
sentimentos.
Existe pouco controlo / pouco afecto.
Pais Orientadores:
ajudam os filhos a tornarem-se adultos independentes, generosos eresponsveis;
satisfazem as necessidades da criana, proporcionando carinho e bem-estar;
transmitem criana a ideia de que o seu comportamento possuiconsequncias e que o espao das outras pessoas deve ser respeitado.
Existe controlo e afecto.
Existem diferentes estilos educativos: Autoritrio, Permissivo, Indiferente eOrientador.
Cada estilo educativo influencia de maneira diferente os comportamentos dacriana e a forma como esta interage com os pais.
Exerccios:
Exerccio processo de comunicao
Exerccio vantagens de educao para a assertividade
Exerccio estilos educativos parentais; Exerccio Estilos educativos parentais -
dramatizao
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Referncias Bibliogrficas:
Fachada, Maria Odete. (1991) Psicologia das relaes interpessoais. Edies
Rumo. Lisboa.
Ramalho, Vera (2066). L Em Casa Mandam Eles? Psiquilibrios Edies. Braga
D. F. Ruth, Papalia D. E., Olds S. W. (2011) O Mundo da Criana. Mc Graw-Hill
3. Relao e comunicao com os diferentes adultos
Objectivos Especficos:
No final do mdulo, o formando dever ser capaz de identificar correctamentecaractersticas do comportamento comunicacional.
No final do mdulo, o formando dever ser capaz de diferenciar correctamente os4 estilos de comunicao a partir dos exemplos fornecidos.
No final do mdulo, o formando dever ser capaz de indicar em que consiste atcnica de desenvolvimento da atitude de auto-afirmao D.E.E.C, indicando oque quer dizer cada uma das letras iniciais.
No final do mdulo, o formando dever ser capaz identificar correctamente
comportamentos que promovem uma comunicao eficaz.
Contedos:
O modo como nos relacionamos com os outros, a maior ou menor eficcia norelacionamento, depende do nosso poder e da nossa habilidade na comunicao.
Todos ns, no nosso dia-a-dia, estamos constantemente a comunicar, pois j
vimos que h vrias formas de comunicar: comunicao verbal e no verbal.
Comunicao verbal: escrita e falada
Comportamentos da comunicao no verbal:
Espao pessoal Postura corporal Gestos
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Expresso facial Contacto visual
Utilizao da voz
Princpios gerais do comportamento comunicacional:
Seja um bom ouvinte. Tente compreender as reaces dos outros. Conhecer os outros. No veja s os seus interesses. Aceite o sucesso dos outros. Conhea-se a si mesmo. No tenha mudanas repentinas no seu comportamento. No pense que o rei de tudo e de todos.
O comportamento e a comunicao so determinantes nas relaes entre aspessoas. A relao interpessoal afectada pelo comportamento que cada umassume nessa mesma relao.
O que se diz e o modo como se diz, o que se faz, so factores de reaces ou
comportamentos dos outros que so afectos a esses estmulos.Comportamentos agressivos geram agressividade; comportamentos simpticosgeram simpatia. Ningum pode exigir amor se no der amor.
O homem tem a capacidade de reflectir sobre o seu comportamento e ajust-lo spessoas e s situaes de modo a favorecer as suas relaes com os outros.
O modo como nos comportamos, comunica aos outros o que somos e o quepensamos; por isso, devemos faz-lo de forma positiva e produtora de boasrelaes.
Os estilos de comunicao
No existem duas pessoas que ajam exactamente do mesmo modo. Todos osindivduos tm modos mais ou menos estveis de comunicar. Mesmo que umapessoa consiga comunicar de diferentes modos e saiba faz-lo, ela escolhesempre a maneira como ela gosta de comunicar com os outros.
Por isso podemos considerar que existem estilos de comunicao, que no so
mais do que formas diferentes de abordar a situao interpessoal.
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- Todas as pessoas tm determinados estilos disponveis para utilizar consoante
as situaes, mas h um que prevalece sempre.
- O estilo eficaz em funo da situao onde se aplica.
- a utilizao de um determinado estilo de forma indiscriminada, qualquer queseja a situao, que d origem a problemas interpessoais.
Estilo agressivo
A agressividade observa-se atravs de comportamentos de ataque contraas pessoas e os acontecimentos.
O agressivo pensa que sempre ganhador atravs do seu mtodo, masno entende que se o fosse, no necessitaria de ser agressivo.
O agressivo age como se no tivesse falhas nem cometesse erros. Tem uma grande necessidade de se mostrar superior aos outros e por isso
excessivamente crtico. O seu objectivo principal ganhar sobre os outros, de dominar e de forar
os outros a perder. O agressivo tem a conscincia de que se deve proteger de possveis
ataques e de possveis manobras dos outros, porque tem a conscincia deque mal compreendido e no amado.
O agressivo procura dominar os outros; valorizar-se custa dos outros eignorar e desvalorizar sistematicamente o que os outros dizem e fazem.
Sinais do agressivo: falar alto, interromper, fazer barulho com os seusafazeres enquanto so outros se exprimem, no controlar o tempo enquantoest a falar, olhar de revs o seu interlocutor, arvorar um sorriso irnico,manifestar por mmica o seu desprezo o a sua desaprovao, recorrer aimagens chocantes ou brutais.
Expresses usadas com frequncia pelo agressivo:
Neste mundo preciso um homem saber impor-se. Prefiro ser lobo a cordeiro. As pessoas gostam de ser guiadas por algum com um temperamento
forte. Se eu no tivesse aprendido a defender-me j h muito tinha sido
devorado.
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Os outros so todosuns imbecis. S os fracos e os hipersensveis que podem sentir-se agredidos.
Exemplo - agressividade:
Porque que foste demitido do ltimo emprego? pergunta o entrevistador.
Porque naquela empresa toda a gente s sabe atrapalhar aqueles querealmente esto a trabalhar. O meu patro um ladro e eu fui um tolo empermanecer l durante tanto tempo.
O estilo passivo
A atitude passiva uma atitude de evitamento perante as pessoas e osacontecimentos.
Em vez de se afirmar tranquilamente, o passivo afasta-se ou submete-se;no age.
O passivo no age porque tem medo das decepes. Tmido e silencioso,ele nada faz.
O passivo , quase sempre, um explorado e uma vtima. Raramente est em desacordo e fala como se nada pudesse fazer por si
prprio e pelos outros. Tende a evitar os conflitos a todo o custo. Tem muita dificuldade em dizer no e em afirmar as suas necessidades
porque muito sensvel s opinies dos outros. Sente-se bloqueado e paralisado quando lhe apresentam um problema
para resolver. Tem medo de avanar e de decidir porque receia a decepo. Tem medo de importunar os outros. Deixa que os outros abusem dele.
Expresses usadas com frequncia pelo passivo:
No quero dramatizar: preciso deixar as pessoas vontade. preciso saber fazer concesses. Admito que os outros sejam directos comigo, mas eu tenho receio de os
ferir.
No gosto de prolongar a discusso com intervenes no construtivas.
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Exemplo - passividade:
O entrevistador pergunta:
Como podes tu aumentar os lucros da empresa?
Aumentar os lucros? responde assustado. Eu vou precisar vender, mesmotrabalhando na administrao? Ah, no sei se vou conseguir.
Estilo manipulador
O manipulador no se implica nas relaes interpessoais. Esquiva-se aos encontros e no se envolve directamente com as pessoas,
nem nos acontecimentos. O seu estilo de interaco caracteriza-se por manobras de distraco ou
manipulao dos sentimentos dos outros. O manipulador no fala claramente dos seus objectivos. uma pessoa
muito teatral. Considera-se hbil nas relaes interpessoais, apresentando e estudando
discursos diferentes consoante os interlocutores a quem se dirige. Dificilmente aceita a informao directa, preferindo fazer interpretaes
pessoais. Diz com frequncia Poderamos entender-nos. Apresenta-se, quase sempre, como um til intermedirio e considera-se
mesmo, indispensvel. Raramente se assume como responsvel. Tende a desvalorizar o outro atravs de frases que pretende que sejam
humorsticas e que denotem inteligncia e cultura. Exagera e caricatura algumas partes da informao emitida pelos outros,
repete a informao desfigurada e manipula-a. Fala por meias palavras: especialista em rumores e diz que disse.
Tira partido do sistema (das leis e das regras), adapta-o aos seusinteresses e considera que, quem no o faz estpido.
A sua arma preferida a culpabilidade. Ele explora as tradies,convices e os escrpulos de cada um: faz chantagem emocional.
Emprega frequentemente o ns e no o eu; falemos francamente,confiemos um no outro.
Exemplos - manipulao:
Se fosses mesmo um bom colega, tu (Chantagem emocional)
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Se eu fosse a ti (Decidir no seu lugar)
No posso porque neste momento a minha famlia est toda doente. (Dar
desculpa para obter compaixo)
Se me fizeres isto, ficar-te-ei eternamente grato. (Oferece recompensas:aprovao ou bens materiais)
Estilo auto-afirmativo
A atitude de auto-afirmao tambm pode ser chamada de assertividade.O termo tem origem no verbo to assert, que significa afirmar.
As pessoas afirmativas so capazes de defender os seus direitos, os seusinteresses e de exprimir os seus sentimentos, os sues pensamentos e assuas necessidades, de forma aberta, directa e honesta.
A pessoa afirmativa tem respeito por si prpria e pelos outros; est abertaao compromisso e negociao.
Aceita que os outros pensem de forma diferente de si; respeita asdiferenas e no as rejeita.
Trata-se de uma pessoa que se pronuncia de forma serena e construtiva. Est vontade na relao face a face. Coloca as coisas muito claramente
s outras pessoas, negoceia na base de objectivos precisos e claramentedeterminados.
Negoceia na base de interesses mtuos e no mediante ameaas. No deixa que o pisem.
A assertividade um estilo de comunicao que nos permite ser mais construtivosna relao com os outros.
No uma caracterstica inata ou um trao de personalidade que alguns de ns
possuem e outros no. uma aptido que pode ser aprendida, isto , que cada um pode desenvolvermediante um treino sistemtico e estruturado.
A maior parte das pessoas no assertiva em todas as situaes. Podemoscomunicar assertivamente com um colega de trabalho e ter bastante dificuldadeem faz-lo com familiares.
Exemplo auto-afirmao:
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Voc j trabalhou sobre presso? Questiona o entrevistador
Sim, vrias vezes. No tenho problemas com isso. Alis, para auxili -los a
resolver o problema que estou aqui.
Bower (1976) desenvolveu um mtodo que permite o treino e o desenvolvimentoda atitude de auto-afirmao.
Este mtodo permite reduzir as tenses entre as pessoas em qualquer domnio davida particular, familiar ou profissional. Trata-se de um mtodo que pressupenegociao, com base no entendimento.
A tcnica de auto-afirmao chamada D.E.E.C.
So as iniciais de:
DESCREVER D
EXPRESSAR E
ESPECIFICAR E
CONSEQUNCIA C
Descrever o Sr. A descreve o comportamento do Sr. B de uma forma toprecisa e objectiva quanto o possvel.
Expressar o Sr. A transmite ao Sr. B o que pensa e sente em relao ao seucomportamento sentimentos, preocupaes, desacordos e crticas.
Especificar o Sr. A prope ao Sr. B uma forma realista de modificar o seucomportamento.
Consequncia o Sr. A tenta interessar ao Sr. B a soluo proposta, indicando-lhe as possveis consequncias benficas da nova atitude que lhe proposta.
Sugestes para uma comunicao eficaz:
Escolher o momento adequado para comunicar; Desenvolver um tom de voz agradvel; Ser claro e especfico; Evitar mal entendidos; Ser positivo;
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Ser cordial e respeitar a opinio dos outros; Levar em conta a necessidade e opinio dos outros; Resolver se possvel imediatamente os conflitos que surjam.
Exerccios:
Exerccio Estilos de comunicao (autodiagnstico)
Exerccio questionrio comportamentos comunicacionais
Exerccio estilos de comunicao (agressivo, assertivo, manipulador, passivo)
Exerccio identificar estilos de comunicao (emparelhamento)
Exerccio A minha experincia de comunicao
Exerccio: Aplicao da tcnica DEEC
Exerccio comportamentos que promovem uma comunicao eficaz
Referncias Bibliogrficas:
Fachada, Maria Odete. (1991) Psicologia das relaes interpessoais. EdiesRumo. Lisboa.
4. Desenvolvimento do trabalho em equipa
Objectivos Especficos:
No final do mdulo, o formando dever ser capaz de especificar o conceito detrabalho em equipa, sendo necessrio referir a noo de grupo.
No final do mdulo, o formando dever ser capaz de ordenar correctamente asfases de planificao de uma actividade com crianas.
No final do mdulo, o formando dever ser capaz de planificar uma actividadepedaggica com crianas inserida num momento da rotina diria.
Contedos:
O que trabalhar em equipa? Porque importante?
Porque que devemos trabalhar em equipa quando trabalhamos com crianas ou
temos crianas ao nosso cuidado?
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Pense no seu dia a dia e d exemplos do trabalho em equipa que realiza.
Trabalho em equipa ou trabalho de equipa quando um grupo ou uma sociedaderesolve criar um esforo colectivo para resolver um problema.
O trabalho em equipa pode tambm ser descrito como um conjunto ou grupo depessoas que se dedicam a realizar uma tarefa ou determinado trabalho.
O trabalho em equipa possibilita a troca de conhecimento e agilidade nocumprimento de metas e objectivos compartilhados. Na sociedade em quevivemos, o trabalho em equipa muito importante, pois cada um precisa da ajudado outro.
O grupo um conjunto de pessoas, unidas por objectivos e caractersticas
comuns que desenvolvem mltiplas interaces entre si.
No seio do grupo, as pessoas desenvolvem a sua personalidade atravs de trocade ideias e do dilogo.
O grupo pensa e age de modo diferente do que qualquer um dos seus elementosconsiderados individualmente, cria-se uma conscincia colectiva que no igual soma das conscincias individuais.
Quando trabalham em equipa, os membros de um grupo apresentam uma certacoeso que os fora a agir na consecuo dos objectivos e a manter-se unidos.
Uma das condies bsicas para que os membros do grupo cooperem aconfiana que se dever desenvolver entre eles.
Vantagens dos grupos / trabalho em equipa:
1. Tomada de deciso de maior risco. As tomadas de decises so maisarriscadas o que em caso de sucesso, beneficia significativamente os seusparticipantes.
Como se explica isto? Por um lado, quando a deciso muito arriscada, em casode falhar, nenhum dos indivduos do grupo se considera, individualmente,responsvel pelo acontecimento. Por outro lado, caso a deciso tomada pelogrupo tenha sucesso, o mrito , quase sempre, assumido por todos em conjuntoe, por cada um em particular.
2. Maior rapidez e eficcia na concretizao dos objectivos.
Atravs do grupo, cada um dos seus elementos, atinge muito mais rapidamente oseu objectivo porque os esforos de muitos e a diferenciao de papeis facilita odesempenho e aumenta a produtividade, reduzindo, significativamente, o tempo
da sua realizao.
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3. Enriquecimento das decises.
A variedade de ideias e sugestes que os membros do grupo apresentam socada vez mais enriquecidas, o que permite a progresso, a variedade e a validadedas decises.
4. Diviso de tarefas
Vrios sujeitos podem intervir numa tarefa comum, cada um contribuindo com assuas habilidades, capacidades e aptides.
5. Criao de laos de amizade
O grupo tanto mais coeso e produtivo, quanto maior for a amizade e a confiana
entre os seus membros.
6. Segurana pessoal
As ideias, valores e atitudes expressas ou defendidas pelo grupo tendem a serexpressas por cada um dos seus elementos, sem que temam as reaces dopblico. O indivduo no tem que se defender sozinho, em qualquer circunstnciaem que expresse a opinio do grupo porque este, sendo coeso, o defende eapoia.
7. Poder e influncia face ao exterior
A fora do grupo medida pela fora da sua interveno na sociedade. medidaque o poder do grupo se fizer notar, a sua influncia aumenta significativamente.
Desvantagens dos grupos / trabalho em equipa:
1. Tomadas de deciso empobrecidas
Muitas vezes, as decises so tomadas tendo em vista os interesses da maioriados elementos do grupo, visando a satisfao de maior nmero de pessoas.
2. Pensamento de grupo
frequente que em grupos com alguma histria de sucesso que os seuselementos se supervalorizem, dada a estima e considerao por parte do meioonde esto inseridos. Para que isso no acontea importante que os seuselementos estejam em permanente comunicao consigo prprios e com oexterior.
3. Transformao do eu em ns
O grupo poder condicionar alguma perda de liberdade de aco dos sujeitos queo compem. Isto acontece devido criao de expectativas mais ou menos
rgidas, que conduzem ao conformismo e impedem a inovao e a liberdade de
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criar, individuais.
Comportamentos a ter quando se trabalha em equipa
1. Cooperar. Colaborar na procura dos objectivos que o grupo fixou.
2. Respeitar os outros.
3. Integrar-se totalmente no grupo. Todos devem ter a possibilidade de
intervir e nenhum dever monopolizar as intervenes.
4. Servir o grupo, sem perder a sua individualidade.
5. No ser conformista. O grupo s evolui e progride, em funo da
maleabilidade dos seus membros para se adaptarem s novas situaes.
Barreiras que impedem a comunicao no grupo
1. Diferenas entre as pessoas.
2. Juzos de valor.
3. Pensar somente em si prprio.
Disponibilidade para Trabalhar em Equipa - o bom desempenho em equipa est
relacionado com algumas caractersticas fundamentais:
- Saber ouvir;
- Ceder territrio (autonomia e clareza de papis);- Ceder informao;
- Confiar; significa criar confiana;
- Integridade moral;
- Sentido de humor (desdramatizar situaes mais difceis);
- Conscincia dos pontos fortes e fracos;
- Motivao para o sucesso.
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Requisitos da Equipa - Para que uma equipa seja funcional fundamental que se
verifiquem os seguintes aspectos:
- Objectivos comuns;
- Liderana eficaz;
- Interaco e envolvimento de todos os membros;
- Manuteno da auto - estima individual (no haver favoritismo);
- Comunicao aberta;
- Poder dentro do grupo para tomar decises;
- Confiana mtua;
- Respeito pelas diferenas;
- Resoluo construtiva de conflitos.
Obstculos ao Trabalho em Equipa
O insucesso de uma equipa muitas vezes resultante de uma liderana ineficaz,no entanto algumas vezes deve-se tambm a uma subordinao ineficaz(subordinado no sentido de colaborador, no de subalterno).
Alguns dos factores que influenciam a liderana ineficaz so:- Individualismo: tendncia para cada um trabalhar por si;- Tradicionalismo;- Autoritarismo;- Falta de reconhecimento do seu trabalho;- Desconfiana;- Competio;- Falta ou excesso de confiana;
- Ausncia de solidariedade;- Falta de motivao.
Competncias interpessoais na Equipa
Cada elemento da equipa deve assumir determinados comportamentos quelevaro a um trabalho mais produtivo e gratificante, entre eles temos:
- Assumir riscos;
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- Criticar construtivamente;
- Dar o benefcio da dvida;
- Dar apoio aos outros;
- Reconhecer / gratificar o sucesso dos outros;
- Escuta activa: significa ouvir activamente, ou seja nunca desvalorizar o que aoutra pessoa nos diz;
- Reconhecer e gratificar os esforos da equipa;
- Encorajar e apreciar os comentrios relativamente ao desempenho da equipa
A Planificao de actividades enquanto trabalho de equipa
Planear significa pensar antes de agir e definir antecipadamente os objectivos quevo depois dar forma s aces.
Quando planeamos uma actividade devemos sempre ter em conta os resultadosesperados, o que se far para os obter e como avaliar esses resultados.
Planear implica definir:
Os resultados que se espera atingir com a actividade A estratgia e meios a utilizar para os obter
A forma de verificar/controlar os resultados obtidos
Quando planeamos temos sempre em mente um grupo especfico de
crianas, de uma determinada idade que pretendemos que realizem umconjunto especfico de aprendizagens. Se pretendemos que as crianas aprendam com as actividades que
preparam temos de avaliar o desempenho da criana e a eficcia da vossaplanificao.
No infantrio todas as actividades so actividades pedaggicas
Aspectos que devem ser planeados antes de se aplicar uma actividade/jogopedaggico:
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1. ObjectivosTipo de competncias pretendes desenvolver nas crianas (motoras, cognitivas,sociais / educativas, teraputicas).
2. Idade/Nvel de DesenvolvimentoFaixa etria e nvel de desenvolvimento das crianas para quem a actividade sedirige.
3. Grau de ExignciaNvel de complexidade da actividade: fcil, moderada, difcil de acordo com amdia de competncias do grupo.
4. Nmero de ElementosQuantidade mxima e mnima de crianas envolvidas na actividade, para que estaresulte e atinja os seus objectivos ldicos e educativos.
5. EspaoCaractersticas que deve ter o local vais realizar a actividade (interior/exterior,amplo/reduzido).
6. MateriaisPrecisas garantir que tens todos os objectos e materiais necessrios para por emprtica a actividade. H centenas de actividades divertidas e educativas quenecessitam de muito poucos recursos, ficando mais econmicas.
7. Tempo/DuraoTempo previsto para realizar a actividade, que deve ter em conta aspectos taiscomo: transio entre actividades, explicao da actividade, motivao dascrianas, alterao do espao ou transio para outro espao mais adequado.
8. Fases da actividadeOrganizao lgica da actividade (princpio, meio e fim) de forma a facilitar aexplicao que ser dada s crianas e a prever todas as situaes que podemocorrer quer para facilitar quer para dificultar a actividade.
Fases da planificao
Definir objectivos Pensar como se ir desenvolver a actividade, ou seja, que tipo de
situaes de ensino / aprendizagem tero de ser criadas para atingir osobjectivos
Explorar os meios e materiais que temos disponveis e que podemosutilizar
Desenvolver a actividade Analisar os resultados
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Planificao da actividadeDestinatrios
Actividade(nome)
Tempo/durao Objectivos Descrioda
Actividade /tarefas
Meios emateriais
necessrios
Avaliao
Exemplos de planificaes de actividades:
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Para avaliarmos se a criana aprendeu o que esperavam ao planificar a actividadedevemos ser capazes de:
Definir os nveis de desempenho a atingir; Criar instrumentos de observao e registo; Analisar as grelhas de avaliao de desenvolvimento;
Prever o que fazer para ajudar as crianas que no foram capazes de terum bom desempenho na actividade que planearam.
Uma das grandes vantagens da entrada das crianas na pr-escola a criao derotinas, de uma disciplina que permitiro criana adquirir e desenvolver umconjunto de competncias essenciais ao seu desenvolvimento.
A partir da pr-primria as actividades passam a estar distribudas em espaos detempo especficos.
importante planear uma rotina diria consistente que comporte o processo deplanear-fazer-rever.
As crianas precisam de consistncia. Esta necessidade apoiada atravs dumarotina diria que ajuda as crianas a antecipar o que vo fazer a seguir.
Estabelecida a sequncia de eventos que se repete diariamente as crianassentem-se seguras e em controlo.
A rotina diria pode incluir o processo de planear-fazer-rever implementado aolongo do dia. Significa isto, que as crianas tm margem de escolha para planearas actividades que vo fazer, o que garante o seu interesse, executar essasactividades e falar daquilo que fizeram. Quando esto a recordar, o educador
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reflecte sobre as escolhas e as experincias que foram feitas, desenvolvendo nascrianas confiana no seu prprio poder de deciso ao mesmo tempo que lhesrefora o sentimento de autonomia.
Um dia no infantrio na sala 2/3 anos
Entrada/saudaes/apresentaes Jogos educativos/exerccios sensoriais Dilogo/exerccios de linguagem Jogos ao ar livre Ordenao de objectos Canes Refeio Repouso Hbitos higinicos Hora do conto Actividades/brincadeiras por sectores Organizao do material Sada
Um dia no infantrio sala dos 4/6 anos
(Todos os anteriores) Exerccios de leitura e escrita iniciais Exerccios de clculo Biblioteca Conversas e actividades sobre cincias, histria, geografia, etc
Objectivos especficos das rotinas dirias
Criao de hbitos e prticas higinicas
Conhecimento do corpo Desenvolvimento do auto controlo e do desenvolvimento do eu Estimulao das interaces sociais com outras crianas Desenvolver a linguagem aumentando o vocabulrio e capacidade de
dilogo
A sala de infantrio est dividida em diferentes sectores de brincadeira etrabalho
Zona das bonecas
Zona dos legos
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Zona das dramatizaes Biblioteca Zona das actividades plsticas Cantinho dos contos Etc
Aquisies ligadas aos diferentes sectores
Criao do conceito de grupo com diferentes actividades de comunicao,integrao e colaborao.
Actividades instrumentais para desenvolver os msculos finos do brao eda mo, ao mesmo tempo que se estimulam os msculos oculares
(coordenao olho/mo) e a reteno das primeiras letras. Realizao de actividades lingusticas que permitam desenvolver ovocabulrio, a estruturao das frases e os diferentes significados quepode ter.
Actividades artsticas que desenvolvam a capacidade criativa e deexpresso da criana atravs de actividades plsticas, msica,dramatizao, etc.
Actividades sensrio-motoras que permitam adequar os seus movimentoss necessidades do meio. Um bom equilbrio motor e sensorial leva a umdesenvolvimento psicolgico e intelectual mais rpido e harmonioso (jogosao ar livre, exerccios rtmicos e sensoriais de tacto, paladar, volume, etc).
Evoluo do pensamento lgico-abstracto atravs de exerccios de clculo,jogos simblicos, associao de ideias, que permitam associar palavras aobjectos.
Desenvolvimento psicossocial dando a conhecer criana a importnciados sentimentos pessoais em relao aos sentimentos e interesses dogrupo.
Exerccios:
Exerccio: o que trabalhar em equipaExerccio: O menino mal comportado
Exerccio: planificao de uma actividade
Exerccio: planificao de uma actividade inserida nas rotinas dirias
Referncias Bibliogrficas:
Maisonneuve; Jean (2004). A dinmica dos grupos. Coleco Vida e Cultura.
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Edies Livros do Brasil. Lisboa.
Ramiro, Marques (1999). Modelos Pedaggicos Actuais. Pltano-Edies
Tcnicas.
5. Desenvolvimento de atitudes e comportamentos
Objectivos Especficos:
No final do mdulo, o formando dever ser capaz de identificar o conceito deresponsabilidade.
No final do mdulo, o formando dever ser capaz de identificar o conceito deiniciativa pessoal.
No final do mdulo, o formando dever ser capaz de identificar o conceito decapacidade autocrtica.
No final do mdulo, o formando dever ser capaz de identificar o conceito decapacidade de reformular as suas aces.
Contedos:
No sentido do crescimento e desenvolvimento pessoal, importante que cada umde ns procure desenvolver determinadas atitudes e comportamentos que nospossibilitaro um maior bem estar connosco e com os outros.
Especificamente quando falamos do nosso papel na prestao de cuidados acrianas, devemos ter em ateno as seguintes atitudes e comportamentos.
Responsabilidade
Ter responsabilidade a obrigao geral de responder pelas consequncias dosprprios actos ou pelas dos outros.
Os motivos das aces de um indivduo responsvel devem fazer sentido e estedeve fazer conhecer as suas opinies sem causar transtorno, ao resto dacomunidade.
Ser responsvel a obrigao de qualquer cidado para uma vida saudvel emsociedade.
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Iniciativas pessoais
Pode-se dizer que Iniciativa Pessoal a fora que coloca a faculdade daimaginao em aco, com a inteno de transformar o seu propsito de vida emseu equivalente fsico ou financeiro.
Por outras palavras, Iniciativa Pessoal refere-se aco dirigida, visando umdeterminado resultado, aco essa queno depende nem espera pela aprovao,indicao ou ordem de outros para ser manifestada. Ela fundamenta-seexclusivamente no seu prprio querer, no seu prprio pensar. o agir a partir desua prpria deciso.
A palavra-chave dessa visita Responsabilidade. Ter iniciativa pessoal sersempreresponsvel por tudo o que faz (incluindo as consequncias dos seus
actos, claro). Afinal,voc est fazendo o que voc quer fazer, o tempo todo.Mesmo quando voc pensa que no, que os outros (famlia, cnjuge, sociedade,patro etc) comandam ou decidem a sua vida, ou que voc no tem opo;mesmo nesses casos a escolha de permitir que a sua vida seja ditada porterceiros foi sua. Por isso, mesmo quando voc faz algo que no quer, voc estfazendo o que quer
Capacidade de autocrtica
Autocrtica o processo de anlise crtica de um indivduo sobre seus prpriosactos, considerando principalmente os erros que eventualmente tenha cometido esuas perspectivas de correco e aprimoramento.
Crtica uma anlise sobre algo, uma apreciao dos aspectos positivos e
negativos.
Capacidade de reformular as suas aces
Capacidade de re-pensar o seu modo de actuao e encontrar novas formas deactuar.
Estas atitudes e comportamentos que descrevemos so especialmenteimportantes na fase de acompanhamento das actividades pedaggicas comcrianas. Permitem-nos perceber o que se pode melhorar no planeamento feito equais as direces que deve tomar o desenvolvimento de cada criana.
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Exerccios:
Exerccio Atitudes e comportamentos (emparelhamento)
Referncias Bibliogrficas:
Dicionrio Priberam da Lngua Portuguesa (http://www.priberam.pt)
4. CONCLUSO
Pretende-se com este mdulo Actividades pedaggicas no quotidiano das
crianas que os formandos fiquem dotados das competncias necessrias eadequadas para planear, realizar e avaliar actividades com crianas.
Para isso so abordados os seguintes temas:
- Observao e conhecimento individualizado das crianas: tcnicas eprocedimento.
Neste ponto, espera-se que os formandos sejam capazes de reconhecer a funoda observao de crianas, isto , conhecer as crianas com as quais se vorealizar actividades. Dentro dos instrumentos de observao existentes,
salientam-se as grelhas de registo de observao e as tabelas de comportamento.
- Relao e comunicao com as crianas.
Neste captulo, aborda-se o tema geral do processo de comunicao e suasprincipais caractersticas e especificidades da comunicao com crianas. Soainda referidos os estilos educativos parentais, como exemplo das diferentesformas de nos relacionarmos com as crianas que se encontram ao nossocuidado.
- Relao e comunicao com os diferentes adultos.
Aqui, abordado mais uma vez o processo de comunicao e a importncia doscomportamentos comunicacionais. So apresentados os 4 estilos de comunicaopresentes no relacionamento interpessoal, com especial ateno ao estilo decomunicao auto-afirmativo (ou assertivo). apresentada uma tcnica que visaresolver situaes-problema assertivamente, que visa dotar os formandos decompetncias comunicacionais eficazes no seu dia a dia, quer em contextofamiliar quer em contexto profissional.
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- Desenvolvimento do trabalho em equipa.
Com o desenvolvimento desta temtica, espera-se que os formandos sejam
capazes de identificar em que consiste o trabalho de equipa e de reflectir sobre asua importncia na sociedade actual.
Como exemplo de um trabalho em equipa, referida a planificao de actividadespedaggicas.
- Desenvolvimento de atitudes e comportamentos.
Por ltimo, so referidos determinadas atitudes e comportamentos que devemestar presentes ao longo do nosso projecto de vida, especialmente quando esseprojecto integra a presena de crianas ao nosso cuidado.
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ANEXOS
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5. GLOSSRIO
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6. EXERCCIOS
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7. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS