Machado de assis

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MACHADO DE ASSIS Autor síntese

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MACHADO DE ASSIS

Autor síntese

NARRATIVA FICCIONAL

Sobreposição do individual ao social;

Equilibra o novo e mantém o melhor do tradicional;

Reflexão

Romance, conto e crônica Linguagem

Humor

Crônica: compromisso direto com a realidade cotidiana;

Nível individual x Social e político

Romance e conto: visa À criação de universos autônomos;

Sínteses da condição humana em determinado espaço e tempo

“Velha verdade que o amor e a glória são as duas forças

principais da terra” (ASSIS, 1950, p. 566)

A aspiração precípua da existência é o amor ao lado ou em oposição ao poder.

Amor e glória tanto unem quanto separam os homens.

“Tenho horror a toda superioridade” (ASSIS, 1950, p. 568)

REFLEXÕES

tempo objetivo: Passado, presente, futuro

Memória

tempo subjetivo: duração

Reflexões

Consciência individual de sua própria condição

ÂNGULOS DE VISÃO

EXCLUSIVOS

Ao contornar julgamentos definitivos, o romancista conseguiu

atribuir ao personagem, ao leitor e a ele mesmo, ângulos de visão

exclusivos;

Para isso contou com o HUMOR e com o gosto pelas

CITAÇÕES (crônicas);

Recorre ao trocadilho, abalando a gravidade das situações, fatos e

acentuando o ridículo, quando existe.

HUMOR

Uma forma de raciocínio;

Contrasta a grandeza que traz o triunfo da solidariedade com a

vulgaridade dos interesses e reações pessoais;

Indivíduo x Espécie

Amesquinha-se

LEITURAS MACHADIANAS

Os Testamentos;

Hegel;

Shopenhauer;

Spencer;

Renan.

CRÍTICA

O que lhe parecia importante era a contribuição que o crítico poderia fornecer

ao criticado e ao leitor;

Passa pelo Romantismo, Realismo e Parnasianismo;

Valorizava o novo e o tradicional: buscava equilíbrio;

As críticas nos chama atenção para sua preocupação com os estilos literários, a

narrativa ficcional, o compromisso do escritor com o seu momento e o seu povo,

assim como a exigência com a forma e a linguagem.

Condenaria reproduzir a vida pela reprodução da vida, o abuso da

descrição minuciosa, que resulta em documentário, fazendo restrições

a Realismo/Naturalismo.

Caminha para a concepção da personagem como uma realidade

autônoma, definida nos limites de seu universo.

PERSONAGEM

Antes: preestabelecido pelo esquema dramático

Personagem

Depois: processo analítico do caráter da personagem

O romance é o personagem!

AS DUAS FASES

Evolui da preferência do social à valorização do individual como

destino;

O homem é visto através da sociedade

A sociedade é vista através do homem

FASE ROMÂNTICA

Helena e Iaiá Garcia:

Não reorganiza a sociedade em proveito do bem estar coletivo;

O homem é o espelho da sociedade e sobrevive pela sua

capacidade de gerar ilusões ou mitos;

Constata-se que nesse momento o amor e a glória são os impulsos

e ao mesmo tempo os objetivos precípuos dos homens.

FASE ROMÂNTICA

Ressureição, A Mão e a Luva, Helena e Iaiá Garcia:

- Compromisso com o Romantismo;

- Preservação da integridade moral projetada no contexto social;

- O amor ainda reabilita e reintegra;

- Harmonia entre o amor e a glória.

HELENA E IAIÁ GARCIA

Anuncia o sentimento trágico da vida presente em toda a narrativa

ficcional machadiana;

Acentua o caráter trágico da obra;

Volta-se ainda para um contexto social conservador;

Confrontam-se amor e glória através dos desníveis sociais;

Logo se percebem inconciliáveis, logo que se manifestam

conflitivos.

TÍTULOS AMOR X GLÓRIA PLACAR

A mão e a

luva e

Ressureição

Harmonia entre ambos AMOR =GLÓRIA

Helena e

Iaiá Garcia

Tensões geradas pelo contexto social, impedindo a harmonia

ideal.

AMOR vs GLÓRIA

Memórias

de Brás

Cubas e

Quincas

Borba

Ênfase na sedução da glória; O homem na sociedade vale pelas

aparências; Frieza seletiva; eliminação do fraco.

GLÓRIA

Dom

Casmurro

Aproximação da visão sintética do amor e da glória, que será

desfeita pelo conflito moral; O contexto da sociedade

contemporânea é que condiciona a conduta em favor da glória.

GLÓRIA – AMOR

GLÓRIA ou a

solidão

Memorial de

Aires

Reflete as qualidades supremas da maturidade: tolerância

complacência, severidade e auto-satisfação na idade; Pessoas em

harmonia com a legítima aspiração à glória, que se volta para o

bem comum e compreensão humana.

Equilibra GLÓRIA e

AMOR

CONCLUSÃO

A obra de Machado de Assis é assim subordinada a um tratamento

universalizante e desde cedo progressivamente independente de

vinculação limitadora.

Oferece-nos rico material para que se pesquise a sociedade

contemporânea do Rio de Janeiro;

No conjunto de sua obra, prevalece o sentido da existência.