Licao 03 - Efeso, A Igreja do Amor Esquecido
-
Upload
assembleia-de-deus-da-cacimba-do-povo -
Category
Documents
-
view
1.713 -
download
0
Transcript of Licao 03 - Efeso, A Igreja do Amor Esquecido
DEPARTAMENTO DE ESCOLA BÍBLICA
As Sete Cartas do Apocalipse: A mensagem final de Cristo à igreja
http://ameapalavra.blogspot.com
Lição 03_ÉFESO, A IGREJA DO AMOR ESQUECIDO
TEXTO ÁUREO :“Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e
pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei e tirarei
do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres” (Ap 2.5).
VERDADE PRÁTICA
Se não voltarmos urgentemente ao primeiro amor, jamais viveremos o
refrigério de um grande e poderoso avivamento.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Apocalipse 2.1-7
OBJETIVOS
- Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
· Identificar a singularidade da igreja de Éfeso;
· Compreender seu grave problema; e
· Conscientizar-se que devemos voltar ao primeiro amor.
http://ameapalavra.blogspot.com
INTRODUÇÃO
A igreja de Éfeso foi muito bem estabelecida na doutrina apostólica.
Em toda a Ásia Menor, não havia igreja mais obreira, dinâmica e
ortodoxa do que a de Éfeso. O seu preparo teológico era tão sólido,
que o seu pastor capacitara-se, inclusive, a confrontar os que se
diziam apóstolos (Ap 2.2). Éfeso era a igreja apologética (Parte da
Teologia que ensina a defender a religião contra os seus detratores)
por excelência. Ela destacava-se também por seu testemunho,
esforço e extenuante labor pela expansão do Reino de Deus. Paulo
ensinou a Palavra de Deus ali, durante três anos (At 20.31). Todos os
ensinos básicos lhe foram ministrados. Pelo teor e conteúdo da
Epístola de Paulo aos Efésios, observa-se que aquela igreja era
espiritual. Ela foi a igreja que João pastoreava quando foi desterrado
para a solitária Ilha de Patmos, segundo a tradição Cristã dos
primeiros séculos e de onde, talvez, tenha sido escrito o Evangelho
de João.
http://ameapalavra.blogspot.com
I. ÉFESO UMA IGREJA SINGULAR (pg.20)
1. Paulo em Éfeso. O Evangelho chegou a Éfeso durante a segunda
viagem missionária de Paulo (At 18.19). Paulo já havia estado em Éfeso
antes (At 18.21), quando ministrou lá pela primeira vez no inverno de 55 d.C.
Nessa terceira visita às igrejas da Galácia, permaneceu ministrando em
Éfeso por mais de dois anos (At 19.8-10), criando laços profundos com
aquela igreja. Durante essa viajem, Paulo escreve 1Corintios em Éfeso, 2
Coríntios na Macedônia e Romanos em Corinto.
2. A solidez doutrinária de Éfeso. Paulo afirma que esteve durante três
anos (At 20.31) admoestando a cada crente daquela igreja, ensinando que o
objetivo magnífico está na publicação do compromisso de Jesus de construir
uma igreja gloriosa, madura e de um ministério sem 'mácula, nem ruga' (Ef
5.27). Aqueles crentes receberam a revelação do 'mistério' da Igreja como
nenhuma outra comunidade da época. Durante esse tempo, Paulo lhe expôs
todo o conselho de Deus (At 20.27). Pode haver um curso bíblico mais
completo? E a epístola que o apóstolo lhes enviou? (Ef 1.1-5). Aqueles
cristãos doutoraram-se na Palavra de Deus.
http://ameapalavra.blogspot.com
3. Uma igreja de ministros excelentes. Além de Paulo, a igreja em
Éfeso foi pastoreada, também, por Timóteo e Tíquico (um dos Setenta
Discípulos, companheiro de Paulo em sua terceira viagem missionária).A
função do Pastor é de instruir o povo na Palavra de Deus (I Tm 3; II Tm 2.15;
Tt 1.6-9).
Essa igreja, teve o privilegio de possuir obreiros do calibre de Paulo e Apolo,
contou com cristãos ilustres como Priscila e Áquila (At 18.27). Seus primeiros
anos foram caracterizados por milagres e um grande crescimento (At 19.11-
20); ainda contou com Timóteo, Tíquico e João, o discípulo amado. Os
obreiros que por lá passaram eram de comprovada excelência. Que exemplo
de excelência doutrinaria! O pastor não deve falar ou ensinar suas próprias
filosofias, mas sim ser fiel ao ensinamento da Palavra de Deus. Inferimos
dessa liderança eclesiástica de Éfeso, o que esse mensageiro (pastor ou
líder local) tem uma responsabilidade muito séria diante de Deus. Que Deus
possa suprir a Igreja Brasileira com homens fiéis à Palavra como aqueles que
lideraram Éfeso no principio
http://ameapalavra.blogspot.com
II. O PROBLEMA DE ÉFESO (p.21)
1. Um grave problema. A queixa do Senhor contra essa igreja
foi o abandono do primeiro amor. A vitalidade espiritual que surge
do amor pelo Senhor que eles possuíam, degenerou para uma
rotina. Eram poderosos nas Escrituras, mas atrofiados na prática
do amor. Cristo exige de cada igreja devoção total e rejeita
aqueles membros indiferentes e desanimados. A vida cristã exige
comprometimento tanto emocional quanto intelectual com Cristo,
o evitar a indiferença, e a exortação a manter o zelo pelo Senhor.
Este é o grande desafio da práxis cristã: ouvir, aprender e agir
segundo as Escrituras.
http://ameapalavra.blogspot.com
II. O PROBLEMA DE ÉFESO (p.21)
2. O primeiro amor. “Não sejais vagarosos no cuidado; sede
fervorosos no espírito, servindo ao Senhor” (Rm 12.11). Temos ouvido
frases do tipo: “Esse irmão está no fogo do primeiro amor!” ou “Isso é
coisa de quem está no primeiro amor”, e na maioria das vezes, não
entendemos o que é esse primeiro amor. Pelo exemplo de Éfeso
vemos que quem perdeu o primeiro amor, sua vida cristã está fora
dos parâmetros de Deus; “O fogo, pois, sobre o altar arderá nele; não
se apagará” (Lv 6.12).
O crente deve ser constante em seu zelo pelo Senhor e seu reino.
Aquele fogo do primeiro amor, do primeiro encontro com Deus tem
que durar a vida inteira.
http://ameapalavra.blogspot.com
II. O PROBLEMA DE ÉFESO (p.21)
3. Amnésia do amor. Sendo o primeiro amor tão sublime, pode alguém vir a
esquecê-lo? Lembremos que a cidade de Éfeso era como que 'o centro
mundial' do paganismo. Ali havia uma das sete maravilhas do velho mundo
— o templo da deusa Ártemis/Diana, local de intensa idolatria, onde
floresciam a prostituição, as bebedeiras e as orgias.
Para esta igreja, localizada em meio à tamanha idolatria e imoralidade, foi
normal seu envolvimento com a ortodoxia, o zelo pelo conjunto de doutrinas
provindas das Escrituras, e tidas como verdadeiras de conformidade com a
ministração de lideranças comprometidas com a verdade. Também é fato que
o exercício prático não pode ser esquecido, embora o ambiente fosse
desfavorável, não poderiam permanecer atrofiados na prática do amor
(intenso afeto por outra pessoa; devoção e dedicação).
A vida cristã exige comprometimento para que o amor não se transforme em
ódio, repulsa, por causa de praticas contrarias ao evangelho, mas o fervor
espiritual deve continuar ardendo ate que todos sejam alcançados com a
pregação da mensagem do Evangelho
http://ameapalavra.blogspot.com
III. VOLTA AO PRIMEIRO AMOR (p.21 - 22)
1. Rica em obras, pobre em amor. Aqueles irmãos tiveram um início
glorioso em sua experiência com Deus. A epístola de Paulo aos Efésios dá a
entender que aquela igreja não era problemática, como a de Corinto, por
exemplo. No princípio, os efésios se destacavam pela elevada
espiritualidade. Contudo, o tempo passou e algo mudou. Aparentemente,
tudo estava como antes: as obras continuavam a todo vapor. Aquela
comunidade era muito ativa e trabalhadora. Entretanto, a essência estava
comprometida. Havia muito trabalho e pouco amor; muita atividade humana e
pouca unção do Espírito. As boas obras são importantes, mas precisamos
lembrar que elas não salvam (Ef 2.8-9).
2. Amar é a mais elevada das obras. Não há obra tão elevada como
amar a Deus: “Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, e
de toda a tua alma, e de todo o teu poder.” (Dt 6.5). O Que é o Primeiro
Amor? (1Co 13.1-8). Amor profundo por Jesus, a Bíblia e a igreja; Desejo
profundo de andar em intimidade com Deus; Desejo ardente de cultuar ao
senhor; Amor e comunhão sincera com os irmãos; e Dedicação sincera a
Cristo e à sua obra, prazer em servir, consagração total.
http://ameapalavra.blogspot.com
IV. LEMBRANDO SE DO PRIMEIRO AMOR
Se o amor foi abandonado, perdeu-se aquela que deveria ser a principal
motivação para as boas obras. O que resta é um trabalho frio, mecânico,
automático e sem vida. Parece que os efésios se tornaram negligentes em
relação aos princípios fundamentais do cristianismo. Estavam caminhando,
mas algo se perdeu no meio do caminho: o primeiro amor, o fervor espiritual,
a intimidade com Deus. Pecados foram cometidos e esquecidos sem serem
perdoados.
1. Lembrar-se de onde caiu. A Bíblia exorta-nos a lembrar-nos de Deus,
porque Ele jamais se esquece de nós (Ec 12.1; Is 44.21; 49.15). O cristão,
infelizmente, corre o risco de esquecer-se daquEle que se esquece somente
de nossos pecados (Hb 8.12). Nas cartas às sete igrejas da Ásia, fica claro
que Jesus examina a sua igreja, mas cada um de nós precisa examinar a si
mesmo, sob a luz da Palavra de Deus, para verificarmos a nossa real
condição espiritual: “Lembra-te de onde caíste”. A igreja não se arrepende se
cada membro não se arrepender, pois o resultado coletivo é fruto das
iniciativas individuais.
http://ameapalavra.blogspot.com
2. Voltar à prática das primeiras obras. “Jesus tem o remédio para a
perda do primeiro amor (v.5). a) “Lembra-te de onde caíste” — o filho pródigo
também refletiu sobre sua vida e se lembrou da casa do pai (Lc 15.17); b)
“arrepende-te” — arrependimento verdadeiro envolve intelecto, sentimento e
vontade; o arrependimento de Judas foi apenas emocional (Mt 27.3-5); c)
“pratica as primeiras obras” — muitos pensam em estratégias de crescimento
inovadoras, mas o avivamento começa com a reconquista do que foi perdido
(Lm 5.21; 2 Cr 29.25-30; Jr 6.16; Pv 24.21); d) “quando não, brevemente a ti
virei e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres” — se
permanecermos na condição de desobedientes a Deus, isso resultará na
perda da nossa posição em Cristo”.
3. Amar a vinda de Cristo. Cremos que a Segunda vinda de Cristo é a
bendita esperança da Igreja, o grande ponto culminante do evangelho. A
vinda do Salvador será literal, pessoal, visível e universal. Devemos amar a
Sua vinda, esperando com fé e mantendo-nos vigilantes, pois o dia e a hora
não se sabe, nem os anjos, e nem o próprio Senhor Jesus, mas somente o
Pai (Mt 24:36). Na carta aos Efésios 2.19, Paulo diz aos irmãos que agora
não somos mais estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos
e da família de Deus; nossa identidade é celestial, não temos identidade com
este mundo.
http://ameapalavra.blogspot.com
III.CONCLUSÃO
A essência da vida cristã está exatamente na experiência do primeiro amor.
Quando este primeiro amor começa a se transformar em rotina diária, é um
sinal de alerta de que a verdadeira experiência cristã está se esfriando. O
segredo é fazer o efeito do primeiro amor permanecer em nossas vidas. O
primeiro amoré o selo identificador de um relacionamento. Ele é o fruto de
uma tomada de decisão, de uma entrega pessoal, de um envolvimento
existencial. Promessa aos vencedores: “Ao que vencer dar-lhe-ei a comer da
árvore da vida que está no meio do paraíso de Deus” (v.7). A nossa
glorificação e o nosso galardão estão condicionados à perseverança em
servir ao Senhor (Mt 24.13; 1 Co 15.1,2; Hb 3.14; Ap 2.10; 3.11; Rm 8.18).
“Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de
verdade." (1Jo 3.18.
http://ameapalavra.blogspot.com
IV_REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASBERGSTÉN, Eurico. Introdução à Teologia Sistemática. Rio de Janeiro: CPAD, 1999. BÍBLIA.
Português.
BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática.trad. por Odayr Olivetti. Campinas: Luz Para o Caminho,
1990.
BÍBLIA. Português. Bíblia de Referência Thompson. Tradução de João Ferreira de Almeida.
Edição rev. e corr. Compilado e redigido por Frank Charles Thompson. São Paulo: Vida,
1992.Bíblia de Estudo Pentecostal, 1995 por Life Publishers, Deerfield, Flórida-EUA;
DAVIDSON, F. M. A.. O Novo Comentário da Bíblia. Edições Vida Nova, 1997.
ERICKSON, MILLARD J: Introdução a Teologia Sistemática. Trad. Lucy YamaKami. Editora
Vida.
FINNEY, Charles: Teologia Sistemática. Editora CPAD. Rio de Janeiro, RJ. 2ª Edição 2001.
GRUDEM, Wayne A. Manual de teologia sistemática: uma introdução aos ensinos fundamentais
da fé cristã. Tradução Heber Carlos de Campos. São Paulo: Editora Vida, 2001.
HENDRIKSEN, William. Mais que vencedores. Ed. Cultura Crista. Ano 2001
HENRY,Matthew. Comentário Bíblico. Rio de Janeiro: CPAD,2002.
HORTON, S. M. Apocalipse: As coisas que brevemente devem acontecer. 2.ed., RJ: CPAD,
2001.
KISTEMAKER, Simon J. Comentario al nuevo testamento: exposición del apocalipsis.Libros
Desafio: 2004.
KISTEMAKER, Simon. Apocalipse. São Paulo: Cultura Cristã, 2004.
LAWSON, S. J. As Sete Igrejas do Apocalipse: O Alerta Final de Cristo para seu povo. 5.ed.,
RJ: CPAD;
LOPES, Hernandes Dias. Apocalipse. Editora Hagnos. Ano 2005
POHL, Adolf .Apocalipse de João I: comentário esperança / Adolf Pohl; tradução Werner Fuchs.
Curitiba: Editora Evangélica Esperança, 2001.
SILVA, Severino Pedro da. Apocalipse: versículo por versículo. 11. ed. São Paulo: CPAD, 1996.
WIERSBE, Warren. Comentário Bíblico. Novo Testamento
http://ameapalavra.blogspot.com