LaboissiereMPO Trilogia Parte II

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 V. 2 |  N o  1 |  Janeiro  Fevereiro |  2005 37 Ancoragem absoluta utilizando microparafusos ortodônticos. Protocolo para aplicação clínica (Trilogia - Parte II)  Absolut e orthodontic anchor age with titanium micro-sc rews. Treatment planning and clinical protocol (Trilogy - Part II)  Marcos Laboiss ière Jr*  Henrique Villela**  Fábio Bez erra***  Marcos Laboissière**** Luciana Diaz***** * Mestrando em Implantodontia pelo CPO São Leopoldo Mandic - Campinas-SP; Professor do curso de Especialização em Implantodontia da ABCD - DF. ** Especialista em Ortodontia e Ortopedia facial pela ABO - BA; Professor do curso de Especialização em Ortodontia e Ortopedia Facial da ABO - BA. *** Especialista em Periodontia pela FOB - USP - Bauru; Professor do curso de Especialização em Implantodontia da ABO - BA. **** Especialista em Ortodontia pela FOB - USP - Bauru; Clínica particular especializada em Ortodontia para adultos em Brasília - DF. ***** Mestranda em Implantodontia pelo CPO São Leopoldo Mandic - Campinas - SP; Especialista em Periodontia ABO - DF. RESUMO Para que a comunicação multidisciplinar seja mais eficiente, o cirurgião deverá reciclar conceitos básicos de biomecânica, de movimentação dentária e de terminologias ortodônticas. O controle da ancoragem ortodôntica é decisivo para o sucesso do tratamento, existindo vários recursos intra e extrabucais a serem utilizados. Convencionalmente estes métodos apresentam uma série de desvantagens, incluindo com- plicações estéticas, funcionais, necessidade de colaboração do paciente e constrangimento social, que podem interferir na aceitabilidade do tratamento indicado. A ancoragem absoluta está relacionada com a possibilidade do implantodontista ou cirurgião fornecer ao ortodontista um ponto fixo e imóvel de ancoragem dentro da cavidade bucal, para que sejam realizados movimentos simples ou complexos de forma mais controlada e previsível. Os microparafusos ortodônticos oferecem uma vasta possibilidade de escolha da localização de instalação no osso alveolar e basal, bem como uma grande variação do ponto de aplicação da força no arco. A escolha adequada destes dois pontos pode facilitar o tipo de movimento desejado, conseqüentemente maior controle sobre o tratamento ortodôntico. O uso dos microparafusos ortodônticos como dispositivo para ancoragem direta, simplifica a aparatologia ortodôn- tica e minimiza os efeitos colaterais das forças indesejáveis. Neste artigo é sugerido um protocolo de aplicações clínicas para a utilização da técnica de ancoragem absoluta. Unitermos - Microparafuso ortodôntico; Miniimplante; Ancoragem absoluta; Ancoragem ortodôntica.  ABSTRACT  For a multidiscipline communication more efficie nt, te surgeon will have to recycle basic concepts of biomecha- nics, dental moveme nt and orthodontic terminologies . T he control of the orthodontic anchorage is decisive for the success of the treatment, existing some extrabuccal and intrabuccal resources to be used. Conventionally these methods present a series of disadvantages, including aesthetic, functional complications, necessity of contribution of the patient and social constaint, that can intervene with the acceptability of the indicated treatment. The absolute anchorage is related with the possibility of the surgeon to inside supply to the orthodontic a fixed and immovable point of anchorage in the buccal socket, to that simple or complex movements of more controlled and  previsibl e form are car ried through. The orthodonti c microscrews off er a vast possib ility of choice o f the localiza- tion of installation in the alveolar and basal bone, as well as a great variation of the point of application of the  force in the arc. The adequa te choice of these te chnique can facil itate the type of m ovement desi red, consequently bigger control on the orthodontic treatment. The use of the orthodontic microscrews as device for direct anchorage, simplifies the aparatology orthodontic and minimizes the collateral effect of the forces undesirable. In this article the use of the technique of absolute anchorage is suggested by a protocol of clinical applicat ions.  Key Words - Mini-implants; Micro-screw implant; Orthodontic anchorage; Absolute anchorage.     C     A     D     E     R     N     O      C     I     E     N     T     Í     F     I     C     O

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Ancoragem absoluta utilizandomicroparafusos ortodônticos.

Protocolo para aplicação clínica (Trilogia - Parte II) Absolute orthodontic anchorage with titanium micro-screws.

Treatment planning and clinical protocol (Trilogy - Part II)

 Marcos Laboissière Jr* Henrique Villela**  Fábio Bezerra***  Marcos Laboissière****Luciana Diaz*****

* Mestrando em Implantodontia pelo CPO São Leopoldo Mandic - Campinas-SP; Professor do curso de Especialização em Implantodontia da ABCD - DF.** Especialista em Ortodontia e Ortopedia facial pela ABO - BA; Professor do curso de Especialização em Ortodontia e Ortopedia Facial da ABO - BA.*** Especialista em Periodontia pela FOB - USP - Bauru; Professor do curso de Especialização em Implantodontia da ABO - BA.**** Especialista em Ortodontia pela FOB - USP - Bauru; Clínica particular especializada em Ortodontia para adultos em Brasília - DF.

***** Mestranda em Implantodontia pelo CPO São Leopoldo Mandic - Campinas - SP; Especialista em Periodontia ABO - DF.

RESUMOPara que a comunicação multidisciplinar seja mais eficiente, o cirurgião deverá reciclar conceitos básicosde biomecânica, de movimentação dentária e de terminologias ortodônticas. O controle da ancoragemortodôntica é decisivo para o sucesso do tratamento, existindo vários recursos intra e extrabucais a seremutilizados. Convencionalmente estes métodos apresentam uma série de desvantagens, incluindo com-

plicações estéticas, funcionais, necessidade de colaboração do paciente e constrangimento social, quepodem interferir na aceitabilidade do tratamento indicado. A ancoragem absoluta está relacionada coma possibilidade do implantodontista ou cirurgião fornecer ao ortodontista um ponto fixo e imóvel deancoragem dentro da cavidade bucal, para que sejam realizados movimentos simples ou complexos deforma mais controlada e previsível. Os microparafusos ortodônticos oferecem uma vasta possibilidadede escolha da localização de instalação no osso alveolar e basal, bem como uma grande variação doponto de aplicação da força no arco. A escolha adequada destes dois pontos pode facilitar o tipo demovimento desejado, conseqüentemente maior controle sobre o tratamento ortodôntico. O uso dosmicroparafusos ortodônticos como dispositivo para ancoragem direta, simplifica a aparatologia ortodôn-tica e minimiza os efeitos colaterais das forças indesejáveis. Neste artigo é sugerido um protocolo deaplicações clínicas para a utilização da técnica de ancoragem absoluta.

Unitermos - Microparafuso ortodôntico; Miniimplante; Ancoragem absoluta; Ancoragem ortodôntica.

 ABSTRACT 

 For a multidiscipline communication more efficient, te surgeon will have to recycle basic concepts of biomecha-

nics, dental movement and orthodontic terminologies. The control of the orthodontic anchorage is decisive for the

success of the treatment, existing some extrabuccal and intrabuccal resources to be used. Conventionally these

methods present a series of disadvantages, including aesthetic, functional complications, necessity of contribution

of the patient and social constaint, that can intervene with the acceptability of the indicated treatment. The

absolute anchorage is related with the possibility of the surgeon to inside supply to the orthodontic a fixed and

immovable point of anchorage in the buccal socket, to that simple or complex movements of more controlled and

 previsible form are carried through. The orthodontic microscrews offer a vast possibility of choice of the localiza-

tion of installation in the alveolar and basal bone, as well as a great variation of the point of application of the

 force in the arc. The adequate choice of these technique can facilitate the type of movement desired, consequently

bigger control on the orthodontic treatment. The use of the orthodontic microscrews as device for direct anchorage,

simplifies the aparatology orthodontic and minimizes the collateral effect of the forces undesirable. In this article

the use of the technique of absolute anchorage is suggested by a protocol of clinical applications.

 Key Words - Mini-implants; Micro-screw implant; Orthodontic anchorage; Absolute anchorage.

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INTRODUÇÃO

 A obtenção de ancoragem absoluta, através do usodos microparafusos ortodônticos, vem sendo incorporadacada vez mais ao cotidiano do ortodontista. A instalaçãonormalmente deve ser feita por profissional da área da Im-plantodontia. Para que a comunicação multidisciplinar sejamais eficiente, o cirurgião deverá reciclar conceitos básicosde biomecânica, de movimentação dentária e de termino-logias ortodônticas.

 A ancoragem ortodôntica está diretamente relacio-nada à resistência a tendência de movimentação dentáriagerada por forças ortodônticas. A aplicação de forças paramovimentação dentária que, segundo a 3a Lei de Newton,gera forças recíprocas de mesma intensidade tanto do ladode movimentação, quanto do lado de resistência. Os den-tes submetidos a forças, com o objetivo de serem movi-mentados, compõem a unidade de ação, e do outro lado,

os dentes que devem resistir à movimentação compõema unidade de reação ou de ancoragem. O controle destaancoragem, em alguns casos, pode ser crítico, principal-mente, quando a dependência da colaboração do paci-ente pode ser crucial.

Os dispositivos de ancoragem podem ser classifica-dos como intrabucais ou extrabucais. A escolha dependedas necessidades clínicas apresentadas e mediante umaanálise criteriosa e individualizada dos objetivos do trata-mento 2,3,5,19,27 (Figura 1A).

Os aparelhos extrabucais têm sido utilizados paraobtenção de uma ancoragem eficaz, podendo orientar ocrescimento facial em pacientes jovens, assim como elimi-nar o perigo de movimentação dentária indesejada, causa-

da por forças recíprocas intermaxilares. Uma das grandes

limitações deste tipo de mecânica é a necessidade de cola-boração do paciente, que por motivos estéticos e sociais,pode interferir na aceitabilidade do uso destes aparelhos.

 Ancoragem intrabucal é vastamente utilizada e podeser classificada em intramaxilar ou intermaxilar. Intramaxi-lar consiste na utilização de grupos de dentes dentro do mes-mo arco e que se opõem à movimentação de dentes indivi-duais ou de grupos menores. A incorporação de dentes àunidade de ancoragem aumenta a área radicular que dissi-pará as forças de reação. Vários dispositivos são utilizadospara aumentar a resistência da ancoragem intramaxilar, comoo botão de Nance, a barra transpalatina (BTP), a placa lábioativa (PLA) e arco lingual de Nance (ALN), dentre outros.

Na ancoragem intermaxilar se utiliza a arcada opostacomo apoio para a transmissão de força, podendo a direçãodessas forças variar conforme as necessidades clínicas e ten-do em vista que movimentações dentárias indesejadas pos-sam ocorrer na arcada de ancoragem.

Convencionalmente os métodos que reforçam a an-coragem ortodôntica apresentam uma série de desvanta-gens, incluindo complicações estéticas, funcionais e neces-sidade de colaboração do paciente2,3,27,29.

Desta forma, a ancoragem absoluta está relacionadacom a possibilidade do implantodontista fornecer ao orto-dontista um ponto fixo e imóvel dentro da cavidade bucal,para que sejam realizados movimentos simples ou comple-xos de forma mais controlada e previsível.

 Apesar das miniplacas cirúrgicas e dos implantes os-seointegráveis serem relatados e utilizados para a obtenção

de ancoragem ortodôntica esquelética8,28 , eles apresentamdeficiências com relação à seleção do lugar apropriado parasua instalação na maioria dos pacientes em tratamento or-todôntico, procedimentos cirúrgicos de instalação e remo-ção mais invasivos e custo elevado.

Park19,20,21,22,23,24 , Kyung 11,12,13,14 e Villela et al4,30 afirmamque um sistema de ancoragem ortodôntica esquelética, paraser considerado ideal deve possuir as seguintes caracterís-ticas: ser facilmente instalado, resistente às forças ortodôn-ticas, de remoção simples, de tamanho reduzido e prontopara carga imediata ou ativação precoce para minimizar o

tempo global de tratamento. A força ortodôntica pode ser aplicada através de mo-

las ou elásticos. As molas podem fornecer forças leves e con-tínuas que são bem toleradas pelos microparafusos1,11,20. Oselásticos fornecem forças interrompidas e pesadas no está-gio inicial, que podem contribuir para a desestabilização domicroparafuso. É importante salientar a possibilidade de es-colha da localização do microparafuso, bem como, a instala-ção do ponto de aplicação da força no arco. Estas duas variá- veis podem direcionar a linha de ação de força em relação aocentro de resistência do dente ou grupos de dentes a serem

movimentados. A escolha pode ser feita para facilitar o tipo

 Figura 1Demonstrando asdiferenças no aspectoclínico do pacienteem (A) com ancora- gem máxima na me-cânica convencional(AEB, PLA, ALN,BTP e elásticos)e em (B) com osmicroparafusosortodônticos (MPO)instalados conforme

a indicação de anco-ragem absoluta pararetração anterior superior e inferior.

 A

B

    C    A    D    E    R    N    O

     C    I    E    N    T    Í    F    I    C    O

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de movimento desejado, podendo ser de translação direcio-nando a linha de ação de força mais próxima ao centro deresistência e de inclinação quando a linha de ação de forçapassar mais distante do centro de resistência9,12.

Dessa forma, o uso dos microparafusos ortodônticoscomo dispositivo para ancoragem direta, simplifica a apa-ratologia ortodôntica e minimiza os efeitos das forças inde-sejáveis, devido à possibilidade de se escolher o local maisconveniente para sua instalação (Figura 1B).

 Algumas das suas indicações clínicas serão exempli-ficadas com casos que surgem no cotidiano das clínicas deOrtodontia, onde o protocolo cirúrgico de instalação utili-zado foi o sugerido por Bezerra et al4.

O objetivo deste artigo é sugerir um protocolo deseleção de indicação, quantidade, localização, objetivo e vantagens dos microparafusos ortodônticos para cada caso.

PROTOCOLO DE APLICAÇÃO CLÍNICA

• Retração anterior Após análise criteriosa da face, dos modelos e da ce-

falometria, nos diagnósticos ortodônticos onde a exodon-tia dos primeiros pré-molares é indicada para a retração totaldos dentes anteriores, o controle de forças indesejáveis naunidade de reação na maioria dos casos é crítico. Principal-mente nos casos onde o paciente é portador de má-oclusãode Classe I com biprotrusão severa11,19,23 (Figura 2) e Classe

II de Angle de grande magnitude11,12,23,26 (Figura 3). O usode ancoragem absoluta direta minimiza significantementea possibilidade de mesialização da unidade de ancoragem,ou seja, a perda de ancoragem (Tabelas 1 e 2).

Estudos experimentais em cães da raça beagle de-monstraram8,10 que os microparafusos podem suportar for-ças ortodônticas sem que haja alteração na estrutura de ti-tânio dos mesmos.

 A quantidade de força que será aplicada, através dasmolas de NiTi, deverá ser calibrada até 300 g de cada lado,

caso sejam distalizados os seis elementos dentários ou de

 Figura 2 Paciente Classe I de Angle, com biprotru-são e indicação de exo-dontia dos primeiros  pré-molares. Foraminstalados quatro mi-

croparafusos ortodôn-ticos para se obter an-coragem absoluta du-rante a mecânica deretração total dos den-tes anteriores.

Tabela 1 Protocolo de aplicação clínica para retração anterior superior.

INDICAÇÃO ORTODÔNTICA

• Retração anterior-superior.

QUANTIDADE DE MICROPARAFUSOS

• 2 microparafusos ortodônticos por vestibular.

LOCAL DE INSTALAÇÃO

• Entre os segundos pré-molares e os primeiros molares

superiores.

FINALIDADE

• Ancoragem direta para a distalização anterior, com di-

minuição de possíveis movimentos indesejáveis demesialização da unidade de ancoragem.

 Figura 3Diagnóstico ortodôn-tico de Classe II de  Angle com indicaçãode exodontia dos pri-meiros pré-molaressuperiores para dimi-nuição do trespassehorizontal. Foram uti-

lizados microparafu-sos ortodônticos como forma direta de anco-ragem para retraçãoanterior.

 A

B

C

 A

B

C

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80 g a 120 g para a movimentação de elementos dentáriosisolados.

• Desvio de linha médiaQuando o paciente apresenta assimetria dentária com

desvio de linha média, o tratamento deve ser decidido apósuma criteriosa avaliação de alguns fatores, como severidadeda assimetria, sentido do desvio e localização da assimetria,se envolve um ou os dois arcos. Em alguns casos podem sernecessárias extrações assimétricas e ancoragem diferencia-da nos dois lados do arco (Tabela 3).

 A ancoragem assimétrica é um fator que pode dificul-tar a execução do planejamento ortodôntico devido à apara-tologia de ancoragem convencional, na sua maioria, ser si-métrica, como a barra transpalatina, o botão de Nance e oarco extrabucal. Um artifício muito utilizado para este tipode situação são os elásticos intermaxilares, que podem geraralguns efeitos colaterais, como movimentação indesejada do

arco oposto e problemas graves de assimetria vertical de pla-

no oclusal. Outro fator que limita a utilização deste recurso éa falta de previsibilidade devido à total dependência da cola-boração do paciente3,5,27,29 (Figura 4).

INDICAÇÃO ORTODÔNTICA

• Desvio da linha média.

QUANTIDADE DE MICROPARAFUSOS

• 1 microparafuso por vestibular.

LOCAL DE INSTALAÇÃO

• Entre o segundo pré-molar e o primeiro molar supe-

rior do lado contrário ao desvio.

FINALIDADE

• Tracionar os elementos anteriores, através da orienta-

ção do arco para a correção da linha média.Tabela 3

 Protocolo de aplicação clínica para desvio de linha média.

INDICAÇÃO ORTODÔNTICA

• Retração anterior-inferior.

QUANTIDADE DE MICROPARAFUSOS

• 2 microparafusos ortodônticos por vestibular.LOCAIS DE INSTALAÇÃO

• Entre os segundos pré-molares e os primeiros molares

inferiores;

• Entre os primeiros e os segundos molares inferiores,

preferencialmente.

FINALIDADE

• Ancoragem direta para a distalização anterior, com di-

minuição de possíveis movimentos indesejáveis de me-

sialização da unidade de ancoragem.Tabela 2 Protocolo de aplicação clínica para retração anterior inferior.

 A

B

C

D

E

F

 Figura 4 Paciente com desvio da linha média no arco superior para a esquerda

e com indicação de exodontia do primeiro pré-molar direito. Na mecânicaortodôntica convencional pode ser necessária a utilização de elásticos

intermaxilares, o que torna o tratamento altamente dependente do paciente(A, B e C). Com a instalação do microparafuso ortodôntico (D e E). Após 25 dias

 pode-se observar correção parcial da linha média (F) sem elásticos.

 Figura 5  Paciente com desvioda linha média da ar-cada superior para aesquerda, sem indica-ção de exodontia (A)e instalação do micro- parafuso para realiza-ção da distalização

dos dentes posteriores(B). Em 34 dias hou-ve distalização clini-camente visível (C).

 A

B

C

    C    A    D    E    R    N    O

     C    I    E    N    T    Í    F    I    C    O

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Na nova abordagem adotada com o uso dos micro-parafusos ortodônticos são eliminados desta etapa do tra-tamento os elásticos intermaxilares11,23. Dependendo da se- veridade do desvio, existe a possibilidade de correção semextrações (Figura 5), com a distalização total do hemi-arcooposto ao desvio.

• Mesialização de molar inferiorEm pacientes jovens ou adultos, com perda recente

do primeiro molar inferior, onde o segundo e o terceiro molarse apresentam com anatomia e fisiologia dentro dos crité-rios de normalidade, possivelmente uma das formas de tra-tamento indicado seria a instalação de um implante osseo-integrável para a substituição do elemento perdido. Mas omelhor tratamento certamente seria o reposicionamento dosmolares remanescentes no local do elemento perdido.

  A mecânica convencional para a mesialização demolar inferior unilateral costuma ser complexa, através de

aparatologia intrabucal que pode ser ineficiente para evitarefeitos colaterais indesejados no perímetro do arco.

 A abordagem da ancoragem direta ou indireta para amesialização de molares depende da anatomia, da distân-cia entre os molares remanescentes ao espaço protético eda bossa canina4,30 , sendo que a ancoragem direta tem mos-

trado melhores resultados12,14,23 (Tabela 4).

Park22,23,24 afirma que existe uma predisposição na-tural de mesialização do terceiro molar acompanhando o

movimento do segundo molar, o que torna ainda mais efi-ciente e rápida a técnica de ancoragem absoluta com osmicroparafusos ortodônticos, com menor índice de efei-tos colaterais indesejados tanto no arco inferior quantono superior (Figura 6).

INDICAÇÃO ORTODÔNTICA

• Mesialização de molar inferior.

QUANTIDADE DE MICROPARAFUSOS

• 1 microparafuso ortodôntico por vestibular.

LOCAL DE INSTALAÇÃO• Preferencialmente entre o primeiro pré-molar

e o canino inferior.

FINALIDADE

• Tracionamento para a mesial dos molares remanescen-

tes para substituir o elemento perdido.Tabela 4

 Protocolo de aplicação clínica para mesialização do molar inferior.

 A B C

D E F

G H I

 Figura 6 Paciente apresentava o elemento 46 com comprometimento de furca, com indicação de exodontia. As fotografias A, B e C demonstram a técnica utilizada

 para a instalação e escolha do local do microparafuso ortodôntico. Em D observam-se as anatomias dos elementos 47 e 48 satisfatórias. Após 65 dias de ativaçãodo microparafuso ortodôntico e com auxílio de molas NiTi observa-se clinicamente que houve mesialização do 47. Com a tomografia computadorizada da mandíbula

 pôde-se verificar o deslocamento dentário para mesial (G). Clinicamente verificou-se que não houve inclinação significante do elemento tracionado (H).

O microparafuso ortodôntico apresenta-se monocortizalizado, conforme o protocolo sugerido por Park HS e Bezerra F. (I).

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• Distalização de molar superiorExistem casos onde há possibilidade de se obter espaço

suficiente para corrigir a má-oclusão do paciente com a dista-lização dos molares superiores. A literatura registra algumasmecânicas que possibilitam esse movimento, porém, normal-mente precisam ocupar o espaço do palato do paciente oudependem extremamente da colaboração do mesmo, o que,na maioria das vezes, é uma grande desvantagem11,20,27,29.

Para o paciente onde, durante o tratamento, houveperda de ancoragem e ainda há necessidade de espaço paracorrigir problemas ortodônticos, os microparafusos ortodôn-ticos, juntamente com o Sliding Jig modificado16,27 , tornam-se uma excelente opção para retratamento (Figura 7).

Em pacientes adultos ou adolescentes, onde há indi-cação do uso de aparelho extrabucal para distalizar molaressuperiores os microparafusos ortodônticos podem ser indi-cados4,30 (Figura 8). Recomenda-se que, nesses casos, sejamextraídos os terceiros molares, para que haja menor resis-tência durante a mecânica de distalização (Tabela 5). Alémdas molas NiTi, no protocolo de distalização, recomenda-

se a utilização do Sliding Jig modificado, por ser simples e

eficiente, para movimentar molares ou outros dentes, uniou bilateralmente, segundo Lucato16.

INDICAÇÃO ORTODÔNTICA

• Distalização dos dentes posteriores.

QUANTIDADE DE MICROPARAFUSOS

• 2 microparafusos ortodônticos nos casos simétricos

por vestibular.

• 1 microparafuso ortodôntico nos casos assimétricos

por vestibular.

LOCAL DE INSTALAÇÃO

• Entre os segundos pré-molares e os primeiros

molares superiores.

FINALIDADE

• Distalizar os dentes superiores para ganho

de espaço ortodôntico.Tabela 5

 Protocolo de aplicação clínica para distalização dos dentes posteriores.

 Figura 7Em retratamentos or-todônticos onde hou-ve perda da ancora- gem (A) com o micro-  parafuso ortodônticoe o auxílio de Sliding   Jig modificado (cur-

sor) para distalização,(B e C) pôde-se recu- perar o espaço perdi-do e realizar as corre-ções ortodônticas ne-cessárias.

• Intrusão de molares superiores A perda de dentes posteriores no arco inferior pode

provocar um desajuste oclusal de grande magnitude. Nor-

 Figura 8Em pacientes adoles-centes e adultos jovemonde há indicação douso do AEB, os micro- parafusos ortodônti-cos podem ser utiliza-dos como substitutosde forma eficiente,  funcional e estético.Com auxílio de Sli-ding Jig modificado

(cursores) de distali- zação (A, B e C) o or-todontista pode tantodistalizar os molares  posteriores quantocontrolar o desenvol-vimento maxilar 

 A

B

C

 A

B

C

    C    A    D    E    R    N    O

     C    I    E    N    T    Í    F    I    C    O

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malmente há uma extrusão dos dentes superiores antago-nistas e migração dos dentes no mesmo arco para a áreaedêntula, o que pode impedir a reabilitação protética comimplantes osseointegráveis4,7,17,29,30.

Para conseguir intrusão de dentes posteriores atra- vés de uma mecânica ortodôntica convencional é necessá-rio unir os demais dentes para servirem de unidade de an-coragem com uma estrutura metálica soldada17 ou uma es-trutura de acrílico, para evitar o efeito colateral de extru-são18. Este tipo de artifício, apesar de ser eficiente, é muitocomplexo, trabalhoso e incômodo, por ocupar um grande volume intrabucal.

Com o uso da ancoragem absoluta com micropara-fusos ortodônticos existe a possibilidade de intrusão realdos elementos dentários extruídos, de forma simples e sema necessidade de aparatologias ortodônticas complexas10,14,28

(Figura 9) (Tabela 6).

Kyung, HM11,14 descreve alguns fatores que devem seranalisados antes de se começar a mecânica de intrusão: saú-de periodontal, posição da furca radicular e a possibilidadede se reabilitar o antagonista.

Segundo Consolaro6

 , quando se utilizam forças orto-

dônticas ótimas não existe a possibilidade de rompimento dosfeixes vásculo-nervosos durante o movimento de intrusão.

Park23 e Bae1 afirmam que o seio maxilar é remodeladocom a deposição óssea em volta do ligamento periodontal dasraízes dos molares durante a intrusão de dentes posteriores.

• Ausência da unidade de ancoragem inferiorNa mecânica ortodôntica convencional, durante a

retração anterior-superior, é comum a utilização de elás-ticos intermaxilares que vão dos molares inferiores até aregião anterior do arco superior, denominados de elásti-cos de Classe II. Este recurso tem como objetivo poten-cializar a retração anterior- superior minimizando a pos-sibilidade de perda de ancoragem, ou seja, a movimen-tação dos dentes posteriores para mesial. Porém, estamecânica pode gerar efeitos colaterais indesejados noarco inferior.

Nos casos onde o controle da ancoragem no arcosuperior é mais crítico por apresentar ausência dos molares

inferiores, a substituição destes dentes por implantes os-seointegráveis e conseqüente confecção de próteses, per-mite a utilização dos elásticos de Classe II.

Contudo, caso o paciente não se apresente momen-taneamente apto a ser submetido à cirurgia de instalaçãodos implantes osseointegráveis, a utilização dos micropa-rafusos ortodônticos para obtenção de uma ancoragem ab-soluta (Tabela 7), torna-se uma excelente opção para servirde apoio direto para a retração anterior-superior1,11,26.

Esta opção torna o tratamento ortodôntico mais efi-ciente e previsível, dispensando a necessidade do uso do

arco inferior como apoio de ancoragem (Figura 10).

INDICAÇÃO ORTODÔNTICA

• Intrusão dos molares superiores.

QUANTIDADE DE MICROPARAFUSOS

• 2 microparafusos ortodônticos por vestibular.• 1 microparafuso ortodôntico por palatino.

LOCAL DE INSTALAÇÃO

• 1 entre o segundo pré-molar e o primeiro molar supe-

rior.

• 1 entre o primeiro molar e o segundo molar superior.

• 1 entre as raízes palatinas do primeiro molar e o se-

gundo molar superior.

FINALIDADE

• Intrusão pura de elementos dentários extruídos que

comprometem o espaço inter-oclusal, para futura rea-bilitação cirúrgica/protética.

Tabela 6 Protocolo de aplicação clínica para intrusão de molares superiores.

 Figura 9 Para intrusão purade molares, os micro- parafusos ortodônti-cos devem estar posi-cionados por vesti-bular, o mais apical

 possível (em mucosanão ceratinizada), senecessário (A). Oelástico deve ficar ativado no arco (B).O microparafusoortodôntico por pala-tino orienta o sentidoda intrusão evitando possível força devestibularização dosmolares (C).

 A

B

C

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INDICAÇÃO ORTODÔNTICA

• Ausência da unidade de ancoragem inferior.

QUANTIDADE DE MICROPARAFUSOS

• 1 microparafuso ortodôntico por vestibular

para cada lado.

LOCAL DE INSTALAÇÃO

• Preferencialmente entre o pré-molar

e o primeiro molar superior.

FINALIDADE

• Realizar movimentos simples ou complexos onde

há necessidade de controle absoluto da ancoragem.Tabela 7

 Protocolo de aplicação clínica para movimentações ortodônticascom ausência da unidade de ancoragem inferior.

CONCLUSÃO

Com a análise das indicações e aplicações clínicas daancoragem absoluta com o uso dos microparafusos orto-dônticos, pôde-se observar que, como o dispositivo de an-coragem direta, simplifica a aparatologia ortodôntica e mi-nimiza os efeitos colaterais das forças indesejáveis de for-ma versátil e eficaz.

Os pacientes foram altamente receptivos a esta novaabordagem no tratamento quando se demonstravam as vantagens e os benefícios do uso dos microparafusos orto-dônticos. Este dispositivo auxiliar no tratamento mostrou-se cômodo e reduziu a dependência da colaboração dospacientes.

 Apesar das vantagens clínicas observadas nos casoscitados neste artigo (Tabela 8) faz-se necessário um maiornúmero de estudos prospectivos longitudinais multicên-tricos para evidenciação científica e utilização clínica roti-neira da técnica de ancoragem absoluta com micropara-fusos ortodônticos.

 Figura 10Tratamento onde nãohá o auxílio da unida-de de ancoragem infe-rior (A, B e C) os mi-croparafusos ortodônti-cos podem ser posicio-nados possibilitando amovimentação dentá-ria de forma mais se- gura, rápida e previsí-vel, com menor depen-dência da colaboraçãodo paciente (D, E e F).

    C    A    D    E    R    N    O

     C    I    E    N    T    Í    F    I    C    O

 A

B

C

D

E

F

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Tabela 8Vantagens da aplicação clínica da técnica de ancoragem absoluta com os microparafusos ortodônticos.

 VANTAGENS DA ANCORAGEM ABSOLUTA

COM OS MICROPARAFUSOS ORTODÔNTICOS

• Menor dependência da colaboração do paciente.

• Diminui a necessidade do uso de aparatologia extrabucal, de elásticos intermaxilares,

de barra trans-palatina ou de arco lingual de Nance.

• Maior previsibilidade no tratamento ortodôntico.

• Menor tempo de tratamento ortodôntico.

• Mais conforto para o paciente.

• Estética mais favorável.

• Simplificação da mecânica ortodôntica em casos complexos.

• Tratamento ortodôntico em pacientes com impedimentos absolutos ou relativos paraa substituição de elementos perdidos por implantes osseointegráveis.

• Em alguns casos de intrusão não há necessidade de montagem de aparelho em todo o arco, simplificando

a mecânica e evitando efeitos colaterais indesejáveis.

• Menor efeito colateral indesejável na mecânica ortodôntica.

• Cirurgia de instalação e remoção simples e menos invasiva.

• Exames pré-operatórios simplificados.

• Baixo custo financeiro.

• Dispensa uso do laboratório de prótese.

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Endereço para correspondência:Marcos Laboissière Jr.SCN Qd. 02 - Ed. Liberty Mall Torre - B - Sala 525 - Asa Norte70710-500 - Brasília - DF

Tels.: (61) 3033-7633 / [email protected]

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    C    A    D    E    R    N    O

     C    I    E    N    T    Í    F    I    C    O