GOVERNANÇA CORPORATIVA FACE A MUDANÇAS...

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1 GOVERNANÇA CORPORATIVA FACE A MUDANÇAS CLIMÁTICAS Thiago Roque Banco Sumitomo Mitsui Brasileiro S.A Global Environment Department Junho 2010

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GOVERNANÇA CORPORATIVA FACE A MUDANÇAS

CLIMÁTICAS

Thiago Roque

Banco Sumitomo Mitsui Brasileiro S.A

Global Environment Department

Junho 2010

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CONTEÚDO

• Mercado Global de carbono

• Drivers de mercado

• Governança e mudanças dlimáticas

• Desafios

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Mercado global de carbono

Reduções Certificadas de Emissões - RCEs

Mercado total

2007 2008 2009

Volume Valor Volume Valor Volume Valor

(MtCO2e) USD milhões (MtCO2e) USD milhões (MtCO2e) USD milhões

MDL Primário 552 7.433 404 6.511 211 2.678

MDL Secundário 240 5.451 1.072 26.277 1.055 17.543

Total MDL 792 12.884 1.476 32.788 1.266 20.221

Volume Valor

MtCO2e USD milhões Variação

2007 2.984 63.007

2008 4.836 135.066 114%

2009 8.700 143.735 6,4%

Fonte: Banco Mundial

Fonte: Banco Mundial

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Participação dos principais segmentos no mercado

Mercado global de carbono

55

Compradores de créditos primários em 2009 *

* Créditos de MDL e Implementação Conjunta a serem gerados até 2012, por participação no volume.Fonte: Banco Mundial

Mercado global de carbono

66

Fonte: MCT

Mercado global de carbono

Fonte: MCT

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Drivers de mercado

•PRODUÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA NA UE e JAPÃO

(matriz carvão, gás natural e nuclear)

•Redução efetiva de emissões nos países Anexo I

•Quantidade de RCEs que cada país Anexo I pode usar para

atingir a meta

•RCEs emitidas (ou previsão):

•Número de projetos

•“Tamanho” de projetos

•Tempo para aprovação do projeto/emissão das RCEs

.

.

.

OFERTA DEMANDA

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Drivers de mercado

Fonte: Banco Mundial

Comparativo de preços: petróleo, carvão e carbono

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29/08/08 – EUR 25

29/08/08 – EUR 20,90

12/02/09 – EUR 7,96 12/02/08 – EUR 7,60

Fonte: BlueNext

Mercado global de carbono

CER

EUA

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Normalmente, empresas no Brasil enxergam somente um aspecto relacionado a mudanças climáticas

Governança e mudanças climáticas

Oportunidade!

Créditos de carbono – MDL

$$$

E os riscos relacionados???

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• Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa (IBGC)

• 2.3.1 Gerenciamento de riscos corporativos

– “O Conselho de Administração deve assegurar-se de que a Diretoria identifica preventivamente – por meio

de um sistema de informações adequado – e lista os principais riscos aos quais a organização está

exposta, além da sua probabilidade de ocorrência, a exposição financeira consolidada a esses riscos

(considerando sua probabilidade de ocorrência, o impacto financeiro potencial e os aspectos intangíveis) e

as medidas e os procedimentos adotados para sua prevenção ou mitigação.

Governança e mudanças climáticas

• 2.3.2 Sustentabilidade

– “Buscando a viabilidade e a longevidade da organização, o Conselho de Administração deve incorporar e

assegurar-se de que a Diretoria também incorpora considerações de ordem social e ambiental na definição

dos negócios e das operações. Cabe ao Conselho orientar o processo de definição das ferramentas e os

indicadores de gestão, inclusive remuneração, de modo a vincular os temas da sustentabilidade às

escolhas estratégicas e refleti-los nos relatórios periódicos (vide 3.5). Essa postura deverá ser disseminada

ao longo de toda a cadeia produtiva, por meio de mecanismos formais como contratos ou acordos de

parceria.”

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Política Estadual de Mudanças Climáticas – Lei n. 13.798, de 09/11/2009(http://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei/2009/lei%20n.13.798,%20de%2009.11.2009.htm)

Governança e mudanças climáticas

Política Nacional sobre Mudança do Clima – Lei n. 12.187, de 29/12/2009(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12187.htm)

Art. 12. Para alcançar os objetivos da PNMC, o País adotará, como compromisso nacional voluntário, ações de

mitigação das emissões de gases de efeito estufa, com vistas em reduzir entre 36,1% e 38,9% suas emissões

projetadas até 2020.

Parágrafo único. A projeção das emissões para 2020 assim como o detalhamento das ações para alcançar o

objetivo expresso no caput serão dispostos por decreto, tendo por base o segundo Inventário Brasileiro de

Emissões e Remoções Antrópicas de Gases de Efeito Estufa não Controlados pelo Protocolo de Montreal, a ser

concluído em 2010.

SEÇÃO XIX - Disposições Finais

Artigo 32 - ...

§ 1º - O Estado terá a meta de redução global de 20% (vinte por cento) das emissões de dióxido de carbono

(CO2), relativas a 2005, em 2020.

§ 2º - Ao Poder Executivo será facultado, a cada 5 (cinco) anos, fixar metas indicativas intermediárias, globais ou

setoriais, antes de 2020.

Como metas de redução de emissões afetariam o seu negócio?

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“Aquecimento Global e a nova Geografia da Produção agrícola no Brasil”(Embrapa e Unicamp, Agosto de 2008) http://www.embrapa.br/publicacoes/tecnico/aquecimentoglobal.pdf

Governança e mudanças climáticas

•“O aumento das temperaturas em decorrência do aquecimento global pode provocar perdas nas

safras de grãos de R$ 7,4 bilhões já em 2020 - número que pode subir para R$ 14 bilhões em

2070 – e alterar profundamente a geografia da produção agrícola no Brasil.

•Se nada for feito para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e adaptar as culturas para a

nova situação, deve ocorrer uma migração de plantas para regiões que hoje não são de sua

ocorrência em busca de condições climáticas melhores.

•Áreas que atualmente são as maiores produtoras de grãos podem não estar mais aptas ao

plantio bem antes do final do século.

•A mandioca pode desaparecer do semi-árido, e o café terá poucas condições de sobrevivência

no Sudeste.

•Por outro lado, a região Sul, que hoje é mais restrita às culturas adaptadas ao clima tropical por

causa do alto risco de geadas, deve experimentar uma redução desse evento extremo, tornando-

se assim propícia ao plantio de mandioca, de café e de cana-de- açúcar, mas não mais de soja,

uma vez que a região deve ficar mais sujeita a estresses hídricos.

•Por outro lado, a cana pode se espalhar pelo país a ponto de dobrar a área de ocorrência.”

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Índice Carbono Eficiente (ICO2) – BM&FBOVESPA e BNDES

Governança e mudanças climáticas

•Objetivos:

• mensurar o retorno de uma carteira teórica constituída por papéis do IBrX-50

reponderados em função do grau de eficiência da emissão de gases de efeito estufa

(GEE) das empresas

• incentivo à mensuração, divulgação e gestão das emissões, ampliando a transparência

aos acionistas e ao mercado e criando oportunidades de investimento para investidores

sensíveis às questões ambientais.

•Eficiência na emissão de GEE:

•A eficiência da empresa será comparada com a média do seu setor econômico, e com a

emissão média total da carteira

•Divulgação: expectativa entre setembro e outubro 2010.

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Desafios no presente e futuro

•As mudanças climáticas são uma “nova” classe de risco às corporações;

•Dimensão temporal das mudanças climáticas difere da aplicada ao planejamento corporativo;

•Implicam em riscos de origem regulatória (metas legais), mercado (pressão por parte de

investidores/consumidores), operacionais/continuidade (influência direta na atividade:

agricultura), entre outros;

•Os riscos existem e seu potencial impacto varia de acordo com atividade, setor, localização, etc.

Eles devem ser levantados, cabendo avaliar sua materialidade;

•O Conselho de Administração deve desempenhar efetivamente seu papel e inserir o tema

definitivamente na estratégia corporativa.

Desafios

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CONTATOS

Thiago Roque - Gerente Global Environment Dept

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Tel: 11 3178 8104

Cel: 11 9153 5040

Contato

Telefone: +55 11 3178-8000

Banco Sumitomo Mitsui Brasileiro S.A.

Avenida Paulista, 37 11° andar – conj. 112

São Paulo / SP - CEP: 01311-902

E-mail: [email protected]

Ouvidoria

0800 – 722 - 2762

Banco Sumitomo Mitsui Brasileiro S.A.

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